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31/10/2023, 21:39 Adubação Verde - Espécies para cobertura verde

AGROLINKFITO CULTURAS  AGRICULTURA  COTAÇÕES  NOTÍCIAS  CLASSIFICADOS AGROTEMPO REGIONAL EAD


 + SEÇ


FERTILIZANTES Conteúdos Técnicos  Notícias

Manejos

Adubação Verde - Espécies para


cobertura verde
Entenda o manejo de algumas espécies possíveis
de serem utilizadas em adubação verde.
Por: AGROLINK -ANDERSON WOLF MACHADO
Publicado em 30/12/2021 às 00:00h.

Escolher a espécie a ser utilizada para cobertura verde é tão


importante quanto o manejo em si. As espécies trazem diferentes
resultados ao solo, sendo imprescindível determinar,
primeiramente, o objetivo da adubação verde. Após determinar o
objetivo, pesquisamos por espécies que satisfaçam este, e
definimos o manejo e época de cultivo, satisfazendo as
necessidades de cada espécie. Seguindo esta página, você
encontrará características de diversas espécies para adubação
verde.

Épocas de plantio (mês)


Espécies
J F M A M J JA S O N D
Aveia P I I P
Azevém P I I P
Calopogônio PP P P I I P
Crotalária P I I P
Ervilhaca P I I P
Feijão de porco PP P P I I P
Feijão Guandu Anão P I I P
Feijão Guandu PP P P I I P
Girassol I P P P P I
Labe-Labe PP P P I I P
Milheto PP P P I I P
Mucunas P I I P
Nabo Forrageiro P I I P
Soja Perene PP P P I I P
Tremoço Branco P I I P

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CULTURAS  AGRICULTURA  COTAÇÕES  


AGROLINKFITO
Tabela 1. Épocas de plantioNOTÍCIAS
para espécies de
CLASSIFICADOS AGROTEMPO REGIONAL EAD + SEÇ


cobertura verde.
FERTILIZANTES Conteúdos Técnicos  Notícias

Fonte: Carlos, Costa & Costa. 2006

A quantidade de cada nutriente é uma característica que em


determinados casos nos ajuda a escolher a espécie mais adequada
para uma determinada ocasião. Observe a tabela abaixo, retirada
de um estudo:

Massa Idade
Leguminosas N P K Ca Mg
seca (meses)*
t/ha g/dm³
Feijão-de-
6,4 6 33,8 3,1 6,7 11 7,9
porco
Guandu 5,5 6 14,9 2,3 3,8 3,3 2,0
Mucuna preta 2,5 3 38,6 3,0 17,2 7,1 1,8
Mucuna anã 2,0 2 40,3 4,8 11,6 11,4 5,7
Chamaecrista 25,1 14 28 2,5 16 6,9 2,8
C. juncea 4,8 4 14,7 2,2 3,6 9,9 7,0
C. spectabilis 3 3 23,3 2,8 5,8 17,3 8,0
t/ha kg/ha
Feijão-de-
6,4 6 216 20 43 70 51
porco
Guandu 5,5 6 82 13 21 18 11
Mucuna preta 2,5 3 97 8 43 18 5
Mucuna anã 2 2 81 10 23 23 11
Chamaecrista 25,1 14 703 63 402 173 70
C. juncea 4,8 4 71 11 17 48 34
C. spectabilis 3 3 70 8 17 52 24
Tabela 2. Concentração e quantidade acumulada
de nutrientes na matéria seca de leguminosas em
solo corrigido e adubado.

Fonte: Lopes & Alvez, 2005.

Este mesmo estudo verificou que, para as plantas de feijão-de-


porco, guandu, mucuna preta e chamaecrista, em situações de
solos de baixa fertilidade, sem aplicação de fertilizantes e
corretivos, a produção de biomassa bem como a quantidade de
nutrientes foi menor. Porém, a adaptação destas leguminosas em

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AGROLINKFITOsolos deAGRICULTURA
baixa fertilidade,
CULTURAS 
 sem a NOTÍCIAS
COTAÇÕES aplicação de insumos apontam
CLASSIFICADOS AGROTEMPO REGIONAL EAD + SEÇ

 uma alternativa viável em médio e longo prazo para recuperação


FERTILIZANTES da fertilidade do solo. Conteúdos Técnicos  Notícias

Após decidida a espécie para ser utilizada, é necessário observar


características sobre o plantio como profundidade, espaçamento e
quantidade de sementes. Observe a tabela abaixo para
plantio exclusivo de adubação verde.

Prof *Sementes *Quantidade **Sementes **Quantid


Cultura
(cm) (m) linear (kg/ha) (m²) kg/ha
2a
Aveia preta 56 54 281 60
3
2a
Aveia preta 70 50 350 60
3
Azevém 1 150 10 752 12
1a
Calopogônio 18 8 88 10
2
Crotalária 2a
14 10 69 12
breviflora 3
Crotalária 2a
11 25 56 30
juncea 3
Crotalária 2a
20 6 37 7
mucronata 3
Crotalária 2a
20 4 27 5
ochroleuca 3
Crotalária 2a
15 10 70 12
spectabilis 3
2a
Ervilhaca 30 30 150 40
3
Feijão de 2a
3 100 11 120
porco 5
Feijão
2a
guandu 9 25 44 30
3
anão
Feijão 2a
9 45 44 55
guandu 3
2a
Girassol 3 9 16 11
3
2a
Labe-Labe 5 40 27 55
3
2a
Milheto 52 12 259 15
3
2a
Mucunas 3a4 75 a 80 11 a 19 90 a 10
3

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AGROLINKFITO Prof *Sementes


COTAÇÕES*Quantidade
CULTURAS   NOTÍCIAS  **Sementes
CLASSIFICADOS**Quantid
AGRICULTURA  AGROTEMPO REGIONAL EAD + SEÇ
Cultura
 (cm) (m) linear (kg/ha) (m²) kg/ha
FERTILIZANTES Nabo 2a Conteúdos Técnicos  Notícias
24 10 118 12
forrageiro 3
1a
Soja perene 18 5 88 6
2
Tabela 3. Espaçamento e quantidade de sementes em plantio
exclusivo.

*Semeadura em linha com espaçamento de 0,25m.


** Semeadura a lanço
Fonte: Carlos, Costa & Costa. 2006

Massa
Dias para Altura verde
Espécie Hábito
florescimento (m) / seca
(t/ha)
Touceira 25-
Aveia 70-150 0,8-1,2
ereta 60/3-6
Touceira 30-
Azevém 150-180 0,6-0,8
ereta 60/3-6
0,4 - 20-
Calopogônio Perene Trepadora
0,8 30/4-5
Crotalária Arbustivo 15-
90-100 0,8-1,0
breviflora ereto 20/3-5
50-
Crotalária Arbustivo
90-120 2,0-3,0 70/15-
juncea ereto
20
20-
Crotalária Arbustivo
120-150 1,5-2,0 40/5-
mucronata ereto
10
20-
Crotalária Arbustivo
120-150 1,5-2,0 30/7-
ochroleuca ereto
10
Crotalária Arbustivo 20-
90-100 1,2-1,5
spectabilis ereto 30/4-6
20-
Ervilhaca 120-150 Decumbente 0,5-0,8
30/4-6
Feijão de Herbáceo 20-
90-100 0,8-1,0
porco determinado 40/3-6
Feijão
Arbustivo 20-
guandu 90-120 1,0-1,2
ereto 40/4-9
anão
Feijão Arbustivo 20-
150-180 2,0-3,0
guandu ereto 40/4-9
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AGROLINKFITO CULTURAS  AGRICULTURA  COTAÇÕES  Massa


NOTÍCIAS 
AGROTEMPO CLASSIFICADOS
REGIONAL EAD + SEÇ

 Dias para Altura verde


Espécie Hábito
FERTILIZANTES florescimento (m) / seca Conteúdos Técnicos  Notícias
(t/ha)
40-
Arbustivo
Girassol 60-90 1,5-2,5 90/7-
ereto
12
15-
Labe-labe 120-150 Trepadora 0,5-1,0
30/5-9
40-
Touceira
Milheto 60-90 1,0-2,5 50/8-
ereta
10
Herbáceo 10-
Mucuna anã 90-120 0,5-1,0
determinado 50/2-8
Mucuna 10-
120-150 Trepadora 0,5-1,0
cinza 50/2-8
Mucuna 10-
150-180 Trepadora 0,5-1,0
preta 50/2-8
Nabo Herbáceo 25-
60-90 0,5-1,5
forrageiro determinado 50/2-5
20-
Soja perene Perene Trepadora 0,4-0,8
30/4-5
Tremoço Arbustivo 30-
120-150 0,8-1,2
branco ereto 40/3-5
Tabela 4. Características de espécies para adubo
verde.

Fonte: Carlos, Costa & Costa. 2006

Abaixo, listamos e caracterizamos algumas espécies possíveis


de serem utilizadas para adubação verde / plantas de
cobertura.

Espécies de inverno

Gramíneas

Apesar de não fixarem nitrogênio atmosférico, são importantes


para quebrar o ciclo de proliferação de pragas, moléstias e plantas
daninhas das culturas comerciais de leguminosas. Além disso,
promovem uma cobertura de solo mais duradoura do que
leguminosas, crucíferas e outras, devido a maior relação Carbono /
Nitrogênio

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AGROLINKFITO CULTURAS  Aveias (Avena spp.):


AGRICULTURA  em muitos
COTAÇÕES  países é usada
NOTÍCIAS na alimentação
CLASSIFICADOS AGROTEMPO REGIONAL EAD + SEÇ

 humana devido ao alto teor de proteína (17 a 19%) e vitaminas,


FERTILIZANTES embora cerca de 80% seja destinado às pastagens. Esta planta
Conteúdos Técnicos  Notícias
atua reduzindo moléstias causadas por Rhizoctonia e Sclerotinia
na soja, moléstias radiculares no trigo e população de
nematoides. A aveia branca é mais adaptada a regiões
temperadas, enquanto a preta é mais adaptada a regiões
tropicais e subtropicais. Deficiência hídrica e altas temperaturas
nos dias anteriores à emergência da panícula prejudicam os
grãos, a floração e a maturação da cultura. Já na fase inicial de
crescimento, a aveia suporta longos períodos de estiagem,
recuperando o crescimento após a chuva. Na maturação, exige
altas temperaturas e baixa umidade. Se utilizada como matéria
prima para a indústria, não deve receber chuva após a
maturação, pois causa escurecimento indesejável aos grãos.
Quanto ao solo, a aveia é menos exigente do que o trigo,
cevada, centeio e azevém, produzindo bem em quase todos os
tipos de solos, preferindo os solos leves, permeáveis, bem
drenados, férteis e com alto teor de matéria orgânica. Já a aveia
preta prefere solos argilosos, sendo mais rústica que a branca
quanto à fertilidade e resistência à deficiência hídrica, sendo
também menos sensível à acidez do solo do que o trigo,
crescendo bem com pH entre 5,0 e 7,0.
A aveia amarela possui boa resistência à ocorrência de
ferrugem e pulgões. Apresenta também maior resistência à seca.
Pode ser cultivada em consorcio (azevém, ervilhaca, trevo,
centeio etc.) ou solteira.
A aveia preta é usada para proteger o solo, reciclar nutrientes,
rotacionar com outras gramíneas de inverno como trigo e
cevada, alimentar animais (principalmente bovinos) e produzir
grãos. Apresenta ótimos resultados quando consorciada com
ervilhaca, nabo forrageiro ou outras leguminosas forrageiras. A
consorciação é feita na proporção de ½ de sementes de aveia
para ½ de sementes de ervilhaca ou nabo forrageiro (50kg/ha de
aveia + 40 kg/ha de ervilhaca, ou 50kg/ha de aveia + 5 kg/ha de
nabo forrageiro).
A semeadura da aveia solteira pode ser realizada em linhas
espaçadas de 15 a 20 cm, usando 90 a 100 kg de sementes por
hectare. Na semeadura a lanço, podem ser acrescentados até
20% de sementes, usando aproximadamente 120 kg de
sementes por hectare.
Apesar de ser usada para proteger e adubar o solo, a aveia pode
sofrer um ou dois cortes para pasto antes de se realizar a
rolagem, dessecação e/ou incorporação. Esta deve ser feita
quando a planta estiver em plena floração, 120 a 140 dias após a
semeadura, feitos ou não os cortes. O ciclo completo para a
produção varia entre 150 a 180 dias, com rendimento médio ao
redor de 1200 kg/ha. A época de semeadura, como planta
recicladora, vai de final de março até início de julho.

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AGROLINKFITO CULTURAS  Azevém (Loliummultiflorum):


AGRICULTURA COTAÇÕES  éNOTÍCIAS
uma planta
 rústica, agressiva
CLASSIFICADOS AGROTEMPOe REGIONAL EAD + SEÇ

 com boa capacidade de perfilhamento, sendo cultivada nos


FERTILIZANTES estados do sul do Brasil, principalmente, para a alimentaçãoConteúdosde
Técnicos  Notícias
gado leiteiro. No Paraná, é bastante utilizada na rotação com
soja, para controle de plantas invasoras e diminuição da
aplicação de herbicidas no sistema plantio direto.
Trata-se de uma planta melhoradora do solo, com alta tolerância
à geada, adaptada a regiões de clima temperado,
desenvolvendo-se também em clima subtropical. Se desenvolve
em qualquer tipo de solo, porém, preferindo os argilosos e ricos
em matéria orgânica, sendo mais exigente que o centeio em
questão de fertilidade, e possuindo boa tolerância à acidez do
solo. Por outro lado, é considerada uma planta que esgota o
solo.
Esta planta possui um ciclo que varia de 160 a 180 dias,
dependendo da cultivar e da época de semeadura, que ocorre
entre o final de março até o início de julho. A semeadura do cedo
proporciona a produção de pasto ainda nos meses de inverno. Já
na semeadura do tarde, o crescimento é mais lento, resultando
em menor cobertura do solo, e a produção de feno ocorre no
final do inverno e início da primavera. Para a cobertura do solo,
como semeadura em linhas, se utiliza entre 30 e 40 kg. Já na
semeadura a lanço, deve-se aumentar a quantidade em 20%.
Centeio: é utilizado como planta de cobertura e adubação
verde, melhorando as condições físicas do solo, destacando-se
pela sua precocidade, rusticidade em relação ao ataque de
pulgões e condições de baixa fertilidade, redução de plantas
daninhas em sistema plantio direto e resistência ao ataque de
nematoides.
Trata-se de uma planta extremamente resistente à temperaturas
baixas, suportando até 25ºC negativos, porém, pode ser
prejudicado por ventos quentes e secos e excesso de chuva na
floração, e apresenta elevada tolerância à seca. Cresce e
desenvolve-se tanto em solos arenosos quanto argilosos, ácidos
e bem drenados. Tem alta capacidade de absorção de
nutrientes, sendo eficiente em aproveitar elementos menos
solúveis, se apresentando como um bom reciclador de
nutrientes.
Seu ciclo de vida tem de 140 a 180 dias, florescendo aos 120 -
130 dias após a semeadura, que ocorre entre o final de abril até
meados de julho. O espaçamento entre plantas é de 17 a 20 cm,
e usa-se, para a cobertura de solo, de 85 a 100 kg de sementes
por hectare, dependendo do poder germinativo. Em semeadura
a lanço esse valor sobe para 90 a 110 kg por hectare. Para a
produção de sementes a quantidade é de 45 a 65 kg por hectare
na semeadura em linhas e 70 a 85 kg na semeadura a lanço. A
semente deve ser posicionada em uma profundidade de 3 a 5
cm no solo.

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FERTILIZANTES Conteúdos Técnicos  Notícias

Imagem: Pixabay

Leguminosas

São plantas que realizam a fixação simbiótica do


nitrogênio atmosférico, promovendo grande melhoria química do
solo. Porém, para aumentar a duração da cobertura do solo, é
importante que estas sejam cultivadas em consórcio com
gramíneas.

Ervilhacas (Vicia spp.): o gênero é classificado em 3 grupos


(produção de grãos, forrageiras e espontâneas). Sua importância
se deve ao seu uso múltiplo, como planta de cobertura e
alimentação animal. A ervilhaca comum (Vicia sativa) se adapta
ao clima temperado úmido sem grandes oscilações de
temperatura, principalmente na maturação, tendo restrições em
clima subtropical, prosperando muito bem nas regiões mais
frias. No geral, as ervilhacas toleram mal temperaturas abaixo de
0°C, sendo sensíveis às mudanças bruscas de temperatura. A
ervilhaca comum não tolera muito bem geadas prolongadas,
mas suporta bem geadas isoladas. Se a temperatura atingir 5ºC
negativos, a parte aérea morrerá, porém irá rebrotar com a
elevação da temperatura. Já temperaturas e umidades elevadas
favorecem o desenvolvimento de doenças fúngicas. Assim, a
temperatura ideal situa-se entre 15ºC e 20°C. Em geral, são
plantas resistentes à seca.
Quanto ao solo, são plantas que se desenvolvem praticamente
em todos os tipos, desde que bem drenados, não salinos e com
umidade suficiente. Estas plantas são mais tolerantes aos solos
ácidos que a maioria das leguminosas. A ervilhaca peluda (mais
rústica que a comum) pode se desenvolver também em solos
pobres.
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AGROLINKFITO CULTURAS  Além AGRICULTURA


de proteger o solo, estas
COTAÇÕES  espécies
NOTÍCIAS melhoram as qualidades
CLASSIFICADOS AGROTEMPO REGIONAL EAD + SEÇ

 físicas, químicas e biológicas, reciclando nutrientes e diminuindo


FERTILIZANTES a necessidade de adubação nas culturas subsequentes. ConteúdosAs
Técnicos  Notícias
ervilhacas incorporam ao solo até 150 kg de nitrogênio por
hectare (o equivalente a 330 kg de ureia) por safra. Alguns
trabalhos apontam a ervilhaca como a melhor cultura
antecessora ao milho na rotação de culturas.
A semeadura ocorre de Abril a Junho. Semeaduras do cedo
proporcionam crescimento mais acelerado e boa cobertura do
solo a partir do final de Maio. Semeaduras de final de maio e
durante o mês de junho proporcionam crescimento lento e a
cobertura do solo ocorrerá somente a partir de setembro. O
espaçamento entrelinhas é de 17 a 30 cm. Para adubo verde é
rolada, dessecada ou incorporada na 3ª floração, que ocorre
entre 120 a 140 dias após a semeadura, para colher sementes o
ciclo atinge de 160 a 180 dias.
Na semeadura solteira, recomenda-se utilizar 60 a 80 kg de
sementes por hectare, no consórcio com aveia, recomenda-se 40
a 60 kg de sementes de aveia e 30 a 40 kg de sementes de
ervilhaca comum por hectare. Para a ervilhaca peluda, a
quantidade pode ser de 25 a 30 kg de sementes.
Ervilha forrageira ou do campo (Pisum sativum var. arvense):
além de sua principal finalidade como forrageira e cobertura do
solo, os grãos desta espécie podem ser utilizados na
alimentação humana, embora tenha um sabor mais amargo que
a ervilha de horta.
É uma espécie adaptada para regiões de clima temperado
úmido. Adapta-se a climas frescos, não prosperando em regiões
quentes e secas. Adapta-se a todos tipos de solos, preferindo
solos argilosos com bastante matéria orgânica, soltos, frescos e
bem drenados, neutros a ligeiramente ácidos. A semeadura,
quando o objetivo for cobertura de solo, é realizada durante o
mês de maio, já para produção de grãos, é realizada entre junho
e julho.
Na semeadura solteira, recomenda-se usar até 180 kg de
sementes por hectare, com um espaçamento entrelinhas de 15 a
40 cm, podendo ser também semeada a lanço. No plantio
consorciado, recomenda-se 40 a 60 kg de aveia e 100 kg de
ervilha forrageira por hectare.
Fava (Vicia fava L. var major): é uma espécie com potencialidade
para uso na alimentação humana, animal e como planta
medicinal em distúrbios e moléstias renais. É uma espécie
bastante rústica, pouco exigente quanto ao tipo de solo, possui
boas características conservacionistas, sistema radicular bem
desenvolvido, fixação de nitrogênio atmosférico, porém ainda
possui um uso muito restrito. Se desenvolve bem em regiões
subtropicais com temperaturas uniformes, não tolerando
geadas e deficiência hídrica prolongada. A estiagem acelera a
floração, retardando ou paralisando o crescimento das plantas.
A semeadura ocorre de abril a julho, usando-se entre 200 e 230
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AGROLINKFITO CULTURAS  kg deAGRICULTURA


sementes por hectare
COTAÇÕES  na semeadura
NOTÍCIAS  em linhas
CLASSIFICADOS (com REGIONAL EAD
AGROTEMPO + SEÇ

 espaçamento de 17 a 40 cm), e 220 a 250 kg por hectare na


FERTILIZANTES semeadura a lanço. Conteúdos Técnicos  Notícias
Fava forrageira (Vicia faba L. var. eqüina Pers.): possui maior
estatura do que a fava de horta, ramificação mais abundante,
folhas menos glaucas, sendo os legumes subcilíndricos mais
estreitos e as sementes, quase arredondadas, menores. É
cultivada exclusivamente para forragem, com sementes muito
apreciadas por equinos e grande valor para bovinos de gorda e
de leite.
Esta planta resiste às geadas até 4°C negativos, a temperatura
mínima para germinação é cerca de 3°C e a ótima para o
crescimento e desenvolvimento é entre 20 e 25°C. A fava
forrageira é exigente em Ca e K, e, quanto ao solo, o pH mais
adequado se situa entre 6,5 a 8, com boa retenção de umidade.
É semeada em linhas, entre abril e julho, com espaçamento de
17 a 40 cm entrelinhas, usando cerca de 150 kg de sementes por
hectare, ou até 180 kg na semeadura a lanço.
Lentilha: (Lens esculenta Moench): importante na utilização dos
grãos para alimentação humana, porém pode ser usada para
alimentação animal e planta de cobertura. É uma planta típica de
climas subtropicais, tolerante à deficiência hídrica, porém as
geadas intensas podem causar prejuízos. Não deve ser cultivada
em zonas tropicais úmidas. Adapta-se a quase todos os tipos de
solos, porém, preferindo arenosos, alcalinos e profundos, sendo
a umidade excessiva prejudicial, e resistindo bastante à
salinidade. Sua semeadura ocorre entre abril e julho, em linhas
espaçadas de 17 a 40 cm usando-se 45 a 80 kg de sementes por
hectare, ou 50 a 90 kg em semeadura a lanço.
Serradela (Ornithopus sativus Brot.): adaptada a climas frescos
e com umidade suficiente, sendo resistente a frios e geadas.
Prefere solos leves, profundos e frescos, com boa umidade,
porém sem excessos, com algum teor de matéria orgânica.
Tolera solos com acidez média, e é exigente em potássio e
fósforo. Pode ser consorciada com aveia ou azevém, e semeada
entre abril e julho. Na semeadura em linhas, o espaçamento é
de 17 a 40 cm entrelinhas, usando-se 25 a 30 kg de sementes
por hectare, ou 30 a 35 kg em semeadura a lanço.
Sincho (Chícharo comum) (Lathyrus sativus L.): pode ser usado
na alimentação humana na forma de vagens e grãos tenros, e o
grão seco transformado em farinha, sendo um ingrediente para
purê e pão ázimo. Deve-se atentar ao consumo excessivo do
sincho, pois causa uma doença do sistema nervoso chamada
latirismo (naurolatirismo). É uma espécie adaptada ao clima
temperado quente a subtropical, e tropical com estação fria,
possuindo boa resistência à seca. Sua semeadura ocorre entre
março e julho, usando-se 90 a 120 kg por hectare, na semeadura
em linha com espaçamento de 17 a 40 cm entrelinha, ou a lanço
com um aumento de 10% a 15% na quantidade.

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AGROLINKFITO CULTURAS  Tremoços (Lupinus


AGRICULTURA  spp): utilizado
COTAÇÕES  como planta
NOTÍCIAS de cobertura
CLASSIFICADOS na REGIONAL EAD
AGROTEMPO + SEÇ

 recuperação das condições físicas e biológicas do solo, e como


FERTILIZANTES fixador de nitrogênio, porém, é bastante suscetível a problemas
Conteúdos Técnicos  Notícias
fitossanitários. O tremoço azul é o mais indicado por ser menos
suscetível às moléstias. Deve-se atentar à presença de alcalóides
tóxicos nas espécies amargas, impedindo a sua utilização na
alimentação humana.
O tremoço exige bastante sol e não se adapta bem em climas
excessivamente quentes e úmidos, sendo sensível à deficiência
hídrica na fase de plântula, embora o tremoço amarelo seja
menos exigente em umidade do solo. Requer um clima
relativamente frio, chegando a suportar até 4°C negativos, no
caso do tremoço branco e amarelo, e 6°C a 8°C negativos para o
tremoço azul, porém, não sobrevivem muito a geadas. As
temperaturas médias de 10°C a 14°C são muito favoráveis ao
seu crescimento.
Quanto ao solo, o tremoço amarelo se desenvolve bem em solos
arenosos e ácidos, já o branco e azul se adaptam melhor em
solos argilosos, mais férteis e pouco ácidos.
A semeadura ocorre entre março e junho, sendo a época mais
indicada entre abril e a primeira quinzena de maio. Para a
produção de sementes, indica-se o plantio no cedo, e para
adubo verde, a época de semeadura depende do ajuste com os
cultivos comerciais. A semeadura em linhas é feita com 80 a 100
kg de sementes com um espaçamento de 17 a 40 cm
entrelinhas, e a semeadura a lanço com 100 a 120 kg de
sementes por hectare.
Trevo encarnado (Trifolium incarnatum L.): adaptado a climas
temperados, e preferencialmente úmidos, e é pouco resistente à
seca. Cresce mais em temperaturas baixas do que a maioria dos
outros trevos, desenvolvendo os talos florais com a duração da
luz do dia de 12 horas. Adapta-se aos solos leves, arenosos e
argilosos, bem drenados, tolerando acidez mediana, maior em
relação aos trevos branco e vermelho. Exige uma fertilidade do
solo mediana.
A semeadura é realizada entre março e junho, utilizando-se 8 a
10 kg/ha de sementes, entretanto, é mais usado o cultivo
consorciado com aveia, azevém e cornichão para fins de pastejo.
Trevo-doce branco (Melilotus albus Medic): bianual de inverno,
fixador de nitrogênio, é uma forrageira e de cobertura de solo,
com um vigoroso sistema radicular e promove modificações no
espaço aéreo do solo, melhorando a infiltração e
armazenamento de água. Se desenvolve em condições amplas
do clima, sendo resistente à seca e ao rigor do inverno. Não
tolera acidez, e possui exigências de fertilidade semelhantes às
da alfafa, com boa habilidade para utilizar os minerais menos
solúveis.
A semeadura ocorre entre abril e julho, utilizando-se 8 a 10 kg de
sementes por hectare na semeadura a lanço.

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31/10/2023, 21:39 Adubação Verde - Espécies para cobertura verde

AGROLINKFITO OutrasAGRICULTURA
CULTURAS  famílias COTAÇÕES  NOTÍCIAS  CLASSIFICADOS AGROTEMPO REGIONAL EAD + SEÇ


FERTILIZANTES Colza e canola (Brassica napus L. var. oleífera Metzg.):Conteúdos
de clima Técnicos  Notícias

temperado frio, existem variedades de inverno e de primavera,


as primeiras exigem vernalização para que ocorra a floração, e
as de primavera são menos exigentes em baixas temperaturas,
permitindo o cultivo em regiões de clima temperado quente ou
subtropical. As cultivares de inverno apresentam um ciclo bem
superior às cultivares de primavera, tendo um maior potencial
produtivo.
A semeadura ocorre a lanço ou em plantio direto, utilizando-se
cerca de 5 kg/ha de sementes. No plantio direto pode-se usar a
mesma semeadora de trigo, com caixa para sementes
forrageiras, e o mesmo espaçamento entre linhas. A semeadura
ocorre entre o início do mês de maio até meados de junho,
tendo um ciclo de 140 a 180 dias. A rolagem ou dessecação é
realizada com 30% dos frutos (síliquas) formados. O cultivo para
grãos pode render em média 1500 kg/ha. É importante ficar
atento aos efeitos alelopáticos da canola em relação à soja, que
prejudicam o cultivo desta cultura.

Imagem: Pixabay

Nabo forrageiro (Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg.):


trata-se de uma crucífera, utilizada na medicina popular, visto
que as raízes e folhas contêm ácido sulfociânico e a parte aérea
é usada como estimulante das funções gástricas. Possui grande
valor na alimentação animal e como planta de cobertura, devido
ao seu crescimento rápido, cobrindo o solo entre 30 a 40 dias,
agressividade e eficiência na competição com plantas daninhas.
Apesar de não fixar nitrogênio, o seu sistema radicular recicla
este e outros nutrientes que foram perdidos no solo através de
seu sistema radicular robusto, que também descompacta o solo.
As variedades europeias podem ser cultivadas em climas
temperados, continentais e tropicais, sendo resistentes às
geadas tardias. Quanto ao solo, adapta-se bem aos solos
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31/10/2023, 21:39 Adubação Verde - Espécies para cobertura verde

AGROLINKFITO CULTURAS  arenosos, exigindo


AGRICULTURA  fertilidade
COTAÇÕES  média.
NOTÍCIAS  CLASSIFICADOS AGROTEMPO REGIONAL EAD + SEÇ

 A semeadura é realizada entre maio e meados de junho,


FERTILIZANTES usando-se 8 a 12 kg de sementes por hectare. Entre osConteúdos
70 e 80
Técnicos  Notícias
dias começa a florescer, e dos 90 aos 120 pode ser rolado,
dessecado ou incorporado (vale lembrar que seus resíduos se
decompõem rapidamente, deixando o solo descoberto,
recomendando-se consórcio com aveia, usando 4 a 6 kg de
sementes por hectare de nabo forrageiro, e 40 a 60 kg de
sementes por hectare de aveia). Até a colheita de sementes, o
nabo tem um ciclo de 150 a 180 dias, com maturação
desuniforme.
Gorga (Spergula arvensis L.): da família das cariofiláceas, é uma
planta daninha de diversas culturas econômicas, e utilizada na
alimentação de gado leiteiro, ovelhas e aves, produzindo um alto
volume de forragem em pouco tempo.
É uma espécie adaptada a clima frio, com bom desenvolvimento
com temperatura média do mês mais quente inferior a 22°C e a
do mês mais frio inferior a 18°C, com boa resistência ao frio e
geadas, beneficiando-se com alta umidade relativa do ar.
Pode ser muito útil como planta de cobertura, recicladora de
nutrientes e melhoradora de solo por suas características
conservacionistas como rusticidade, crescimento rápido,
melhoramento das propriedades físicas do solo e como planta
não esgotante, embora seu manejo não seja fácil.
A semeadura ocorre entre abril e julho, porém a melhor época é
de abril a maio, utilizando-se 6 a 10 kg de sementes por hectare,
com espaçamento de 17 a 40 cm entrelinhas, ou 10 a 15 kg por
hectare na semeadura a lanço.

Espécies de verão

Importantes em propriedades de agricultura familiar, com mão-de-


obra disponível, e terra e capital limitados. Os insumos externos
são mínimos, suprindo as necessidades da lavoura com o uso
racional das fontes de matéria orgânica. Esterco animal e restos
culturais, junto com o cultivo consorciado são as engrenagens do
sistema de produção.

Gramíneas

Não fixam nitrogênio, mas apresentam uma produção elevada de


massa verde e massa seca com alta relação C/N, sendo uma
cobertura mais duradoura, com maior tempo de proteção ao solo
de fatores de erosão.

Milheto (Pasto italiano) (Pennisetum americanum (L.) Leehe.):


adapta-se a vários tipos de solos, incluindo arenosos frescos,

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AGROLINKFITO CULTURAS  tolerando seca, acidez


AGRICULTURA e salinidade,
COTAÇÕES  mas
NOTÍCIAS  desenvolve-se
CLASSIFICADOS melhor REGIONAL EAD
AGROTEMPO + SEÇ

 em solos de aluvião e férteis. É semeado entre setembro e


FERTILIZANTES dezembro, com espaçamento de 40 a 60 cm entrelinhas, usando
Conteúdos Técnicos  Notícias
10 a 15 kg de sementes por hectare, ou até 25 kg na semeadura
a lanço.
Sorgo forrageiro (Sorghum bicolor (L.) Moench.): anual, de
estação estival, com a mesma adaptação climática do milho, mas
com alguma resistência à deficiência hídrica. Pode ser utilizado
como alimentação animal (forragem, silagem, fenação) e para
proteção do solo. A semeadura ocorre entre agosto e janeiro,
utilizando 15 kg de sementes por hectare na semeadura em
linhas, com espaçamento de 50 a 80 cm entrelinhas, e até 40 kg
por hectare na semeadura a lanço.
Teosinto (Zea mexicana (Schrad.) Reeves & Mangelsd.): cultivada
no sul do Brasil, porém não resiste às geadas. Tem folhas
adocicadas, sendo apetecido pelo gado. Adapta-se a solos
francos, férteis e frescos, porém não tolera solos encharcados.
Semeado entre setembro e dezembro, usando-se 60 kg de
sementes por hectare, com espaçamento de 50 a 80 cm
entrelinhas, e na semeadura a lanço deve-se aumentar a
quantidade de sementes em 20%.

Leguminosas

Grupo de plantas recicladoras de maior contribuição para a


melhoria de propriedades químicas, físicas e biológicas do solo em
função da elevada produção de massa seca aérea e radicular.
Devem compor sistemas de produção que tenham o cultivo
consorciado como base, sendo usadas em propriedades de
economia de base familiar. Em empresas rurais somente se
justificam se houver necessidade de rotação de cultura para
quebrar o ciclo de moléstias, pragas ou plantas daninhas.

Crotalária grantiana (Crotalaria grantiana Harv.): é mais


exigente em fertilidade do solo do que as demais. É uma planta
herbácea, com porte baixo, e boa competidora com as plantas
daninhas e boa resistência à deficiência hídrica.
Crotalária juncea (Crotalaria juncea L.): anual, de crescimento
rápido (com boa capacidade de controle de plantas invasoras e
de nematoides), e com capacidade de fixar até 165 kg de
nitrogênio por hectare (o equivalente a 360 kg de uréia por
cultivo). Desenvolve-se em áreas de baixa fertilidade, e é
adaptada ao clima tropical, não resistindo à geadas. É semeada
entre setembro a dezembro (para a produção de sementes,
semear em setembro), e geralmente consorciada com milho,
mandioca e culturas perenes. A semeadura em linhas é
realizada com 40 a 50 kg de sementes por hectare, usando-se
espaçamento de 30 a 50 cm entrelinhas, podendo ser realizada

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AGROLINKFITO CULTURAS  também a semeadura


AGRICULTURA  a  lanço.
COTAÇÕES Recomenda-se
NOTÍCIAS  CLASSIFICADOS o AGROTEMPO
cultivo REGIONAL EAD + SEÇ

 consorciado com milho, mandioca ou frutíferas em geral, como


FERTILIZANTES fonte de nitrogênio para as culturas comerciais. Conteúdos Técnicos  Notícias
Recomendamos também assistir ao vídeo abaixo do canal
"Instituto Agriverdes", em que o professor Milton Padovan
esclarece outros benefícios do uso da Crotalária juncea em
cobertura verde.

Crotalária espectábilis / guizo-de-cascavel (Crotalaria


spectabilis Roth.): crescimento menos acelerado do que a
crotalária juncea e menor capacidade competitiva com plantas
daninhas. Não suporta geadas, a atua no controle de
nematoides. Semeada de setembro a dezembro (semear em
setembro para a produção de sementes), através de semeadura
a lanço ou em linhas, utilizando-se 20 a 25 kg de sementes por
hectare. Na semeadura em linhas, utilizar espaçamento de 30 a
40 cm entrelinhas. Recomenda-se o cultivo consorciado com
milho, mandioca ou frutíferas em geral, como fonte de
nitrogênio para as culturas comerciais.
Crotalária breviflora (Crotalaria breviflora): leguminosa com
porte baixo, muitas vezes utilizada nas entrelinhas de pomares
ou lavouras de café. Atua na diminuição da população de
nematoides na área.
Crotalária mucronata (Crotalaria mucronata): é uma espécie
agressiva e rústica, cujas raízes conseguem romper camadas
adensadas no solo. Contribui para a diminuição de nematoides,
e é uma planta de clima tropical subtropical, não tolerando
geadas.
Feijão-de-porco (Canavalia ensiformis (L.) DC.): boa rusticidade e
adaptação aos solos paupérrimos que imediatamente
enriquecem. Possui as mesmas exigências climáticas do
feijão comum, sendo bastante resistente à deficiência hídrica e
altas temperaturas. Semeado de setembro a dezembro,
podendo ser semeado em consórcio com milho, mandioca,
frutíferas ou outras culturas comerciais, e exerce bom controle
das plantas invasoras, principalmente tiririca.
Na semeadura, utilizar cerca de 120 kg/ha de sementes na
menor densidade (5 plantas por metro de linha) e sementes
menores, ou até 200 kg/ha quando utilizada a maior densidade

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AGROLINKFITO CULTURAS  (8 plantas por metro


AGRICULTURA de linha)
COTAÇÕES  com  sementes
NOTÍCIAS maiores,
CLASSIFICADOS ou REGIONAL EAD
AGROTEMPO + SEÇ

 quando semeado a lanço.


FERTILIZANTES Feijão miúdo / caupi (Vigna unguiculata Walp.): comConteúdos
grande
Técnicos  Notícias
importância na alimentação humana, oferece usos múltiplos
como: vagens tenras, com alto teor de vitamina B; grãos
germinados, com alto teor de vitamina C e B; e grãos secos,
cozidos, com sabor acentuado. É uma planta de clima tropical,
mais exigente em calor e luz do que o feijão comum, porém,
menos sensível à seca, requerendo temperaturas maiores que
20°C para atingir a maturação. Possui elevada resistência à
deficiência hídrica, porém o excesso de umidade é prejudicial.
Não é uma espécie exigente do solo, se adaptando a quase
todos os tipos, inclusive os mais pobres, bem drenados,
desenvolvendo folhagem abundante em solos muito férteis, em
detrimento à produção de grãos.
A semeadura ocorre de setembro a janeiro, podendo ser
consorciado ou solteiro, a lanço, em linhas ou em covas, com
espaçamento de 30 a 40 cm nas entrelinhas, utilizando-se entre
30 e 65 kg/ha de sementes, conforme a cultivar. Para a
semeadura a lanço, aumentar a quantidade de sementes em
20%.
Feijão guandu (Cajanus cajan (L.) Millsp): adaptado ao clima
tropical e subtropical, exigente em temperaturas elevadas, é
uma planta de fotoperíodo longo com boa resistência à
deficiência hídrica. Se desenvolve em solos pobres, mas não
tolera solos úmidos, preferindo os secos, soltos e profundos.
Tem grande importância na alimentação humana (vagens
verdes, grãos tenros e farinhas), cerca, sombreamento, medicina
caseira (folhas anti-hemorrágicas e diuréticas, inflamação na
garganta, dores de dente, laxante, aftas etc.) e conservação do
solo.
Quanto à semeadura, esta é realizada de setembro a janeiro,
usando entre 40 e 50 kg de sementes por hectare, com
espaçamento de 50 cm entrelinhas e 5 a 8 plantas na linha.
Já no consórcio com milho ou outras culturas comerciais, utiliza-
se cerca de 20 kg de sementes por hectare, com espaçamento
de 2 metros nas entrelinhas. O guandu arbóreo deve ser
cultivado por no máximo 2 anos, pois os caules engrossam e se
tornam muito lenhosos, dificultando o enterrio da massa para
adubação verde.
Labe-labe (Lablab purpureum (L.) Sweet): é uma planta de ciclo
longo, podendo ser pastoreadas antes de rolada e/ou
dessecada. É uma boa opção para rotação com milho,
aumentando a produção de grãos, podendo ser utilizada
também com milheto, sorgo forrageiro e capim sudão, nas
entrelinhas de pomares ou como forrageira. É recomendada
para a recuperação de solos, e não tolera geadas. É semeada
entre setembro e janeiro, com espaçamento de 50 cm nas
entrelinhas com uma quantidade de 40 a 60 kg de sementes por

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AGROLINKFITO CULTURAS  hectare. Já na semeadura


AGRICULTURA  a lanço,
COTAÇÕES  deve-se
NOTÍCIAS  utilizar 50 a 70AGROTEMPO
CLASSIFICADOS kg por REGIONAL EAD + SEÇ

 hectare.
FERTILIZANTES Mucunas (Stizolobium spp.): a mais difundida é a Conteúdos mucuna Técnicos  Notícias
rajada, que contribui de 50 a 200 kg de nitrogênio por hectare
para o solo. Se desenvolve bem nas regiões tropicais e
subtropicais, necessitando de climas quentes, invernos suaves e
sem ocorrência de geadas, tendo boa resistência à deficiência
hídrica e tolerância a solos ácidos.
Para adubação verde, deve ser semeada entre setembro e
janeiro, necessitando de 140 a 150 dias para florescimento. É
semeado a lanço, em covas ou em linhas com a quantidade de
sementes entre 80 e 100 kg por hectare. Na semeadura em
linhas indica-se 50 cm de espaçamento entrelinhas, com 6 a 8
sementes por metro na linhas.
Para produzir sementes, esta leguminosa necessita de suporte
para os ramos (cercas ou linhas de milho sobre terraços), e
indica-se o espaçamento de 1 metro entrelinhas, utilizando-se 20
a 25 kg de sementes por hectare.
As mucunas são pouco exigentes em fertilidade do solo, podem
ser cultivadas solteiras ou em consórcio com, culturas perenes,
mandioca, café ou milho (devendo ser semeadas no período de
floração da cultura), e atuam na diminuição de nematoides,
caruncho e plantas invasoras. No caso de perenes, deve-se
realizar o manejo dos ponteiros dos ramos, para que a planta
não se agarre em espécies perenes devido ao hábito trepadeiro.

Outras famílias

Trigo mourisco / Trigo sarraceno (Fagopyrum esculentum


Moench.): geralmente é produzido para alimentação animal, e
em outros países, para alimentação humana. É uma planta
rústica, com rapidez na cobertura do solo e ciclo curto (entre 10
e 12 semanas), podendo ser utilizada como planta de cobertura.
É uma das melhores espécies para adubação verde em culturas
perenes como cafezais, laranjais e outras. É uma cultura que
abafa as plantas daninhas, porém pode-se tornar infestante e
competir com cultivos comerciais. Possui efeitos negativos
(possível alelopatia) quando antecede o trigo, trazendo fortes
efeitos negativos. As cultivares mais usadas são Japonesa,
Prateada, Comum e Botan.
Esta planta é sensível às geadas, e se desenvolve bem em clima
úmido e fresco, requerendo tempo seco entre a germinação e o
início da floração, umidade regular ou tempo nublado durante a
floração, e tempo seco entre a maturação e colheita. Quanto aos
solos, desenvolve-se bem em solos arenosos e argilosos, desde
que bem drenados, e é tolerante à acidez, possuindo também
grande capacidade de assimilação de nutrientes minerais.
A semeadura é realizada entre fevereiro e março, com 40 a 50 kg

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AGROLINKFITO CULTURAS  de sementes por hectare,


AGRICULTURA utilizando-se
COTAÇÕES  NOTÍCIAS espaçamento
 entrelinhas
CLASSIFICADOS AGROTEMPO REGIONAL EAD + SEÇ

 de 17 a 35 cm. Já para a semeadura a lanço, utiliza-se de 60 a 70


FERTILIZANTES kg de sementes por hectare. Conteúdos Técnicos  Notícias

Espécies perenes

Existe um grande potencial de utilização de coberturas


permanentes de solo, principalmente em pomares. Estas plantas
protegem o solo de agentes climáticos como a radiação solar, que
decompõe a matéria orgânica, e a chuva intensa que causa a
degradação do solo através da erosão. Além disso, estas plantas
sequestram o carbono, fixam nitrogênio atmosférico, aumentam o
teor de matéria orgânica, mobilizam nutrientes e favorecem a
microbiota do solo. As espécies de cobertura perenes, ao
competirem e interferirem no ciclo reprodutivo de plantas
daninhas, reduzem a mão-de-obra empregada no controle destas
plantas indesejadas. Porém, o uso de coberturas perenes nestes
sistemas de produção ainda não é exatamente nítido, carecendo de
pesquisas e experimentos para obtermos mais informações sobre
o manejo e resultados. Através de pesquisas, podemos encontrar
alguns estudos ilustrando benefícios para culturas comerciais
perenes (como citros ou bananeiras) por meio de cultivo de
coberturas perenes. Apesar da possibilidade de considerarmos
algumas famílias para o uso na cobertura de solo, a prática com
leguminosas é a mais racional e difundida devido à capacidade de
fixação de nitrogênio desta família, sistema radicular ramificado e
profundo e riqueza de compostos orgânicos.
Ao usarmos coberturas perenes, devemos fazer uma poda de
limpeza em plantas cítricas objetivando o aumento de luz solar nas
entrelinhas, favorecendo o desenvolvimento de plantas de
cobertura. Deve-se optar por leguminosas de porte baixo,
diminuindo a competição intraespecífica por luz, bem como fazer
um controle eficiente e periódico das plantas daninhas, pois as
leguminosas perenes apresentam um crescimento lento,
diminuindo seu potencial de competição por nutrientes. O
sucesso desta prática depende, também, dos cuidados com a
supressão da vegetação espontânea.
Quanto à nutrição, é importante observar que ambas as
leguminosas e cultura comercial devem ter suas necessidades
nutricionais atendidas, com adubações específicas e, se necessário,
irrigar também as plantas de cobertura, principalmente na fase de
estabelecimento, visando um desenvolvimento mais rápido ao
cobrir o solo.

Espécies

Amendoim forrageiro (Arachis pintoi): trata-se de uma espécie


leguminosa, que realiza fixação biológica de nitrogênio, e se

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31/10/2023, 21:39 Adubação Verde - Espécies para cobertura verde

AGROLINKFITO CULTURAS  destaca das outras


AGRICULTURA  devido à maior
COTAÇÕES velocidade
NOTÍCIAS  de cobertura
CLASSIFICADOS do REGIONAL EAD
AGROTEMPO + SEÇ

 solo, tendo uma boa produção inicial de fitomassa. Além disso,


FERTILIZANTES não é agressiva à pomares cítricos. Conteúdos Técnicos  Notícias
Esta espécie pode ser usada em pastagens, em consórcios com
gramíneas, sendo uma boa alternativa para o gado de corte.
Para ser viável, o cultivo deve ser realizado seguindo as
condições climáticas e solo, devendo-se plantar na época certa
(a depender da região) e, se necessário, irrigando a planta na
ausência de chuvas, como no caso do Cerrado. De maneira geral,
o índice pluviométrico deve ser maior do que 1200 mm anuais.
Soja perene (Neonotonia wightii): utilizada como cobertura
verde com espécies frutíferas, podendo ser usada também como
forragem para alimentação do gado (com alta palatabilidade,
digestibilidade e bom valor forrageiro), a soja perene é uma
planta trepadora, que se desenvolve bem em altitudes elevadas.
Não tolera solos mal drenados ou com excesso de alumínio, é
exigente em fertilidade do solo e possui uma boa resistência à
seca, porém morre com a geada (rebrotando após o inverno).
Possui um crescimento inicial lento, e em climas quentes, produz
sementes que germinam facilmente. Para o plantio, as sementes
devem ser escarificadas por métodos simples como imersão em
água.
Calopogônio (Calopogonium muconoides): trata-se de uma
espécie leguminosa, com alta capacidade de fixação de
nitrogênio. Se adapta em solos de banhado e pouco férteis,
argilosos ou arenosos. É uma planta perene de clima tropical
quente e úmido, porém, quando ocorre uma estação bastante
seca e duradoura, pode tornar-se anual. A sua cobertura de solo
ajuda na diminuição de erosão, podendo ser utilizada em
encostas. Possui lento crescimento inicial, formando uma
camada densa em cerca de 5 meses, e possui potencial
forrageiro.

Anderson Wolf Machado - Engenheiro Agrônomo

Referências:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO. Manual de


Adubação e de Calagem Para os Estados do Rio Grande do Sul e de
Santa Catarina. 10. ed. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência
do Solo, 2004.

EMBRAPA et al. MANUAL DE CALAGEM E ADUBAÇÃO DO ESTADO


DO RIO DE JANEIRO. 1. ed. Brasília, DF: Editora Universidade Rural,
2013.

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31/10/2023, 21:39 Adubação Verde - Espécies para cobertura verde

AGROLINKFITOBARNI, Nídio Antonio


AGRICULTURA  et
CULTURAS  al. Plantas
COTAÇÕES  Recicladoras
NOTÍCIAS  de Nutrientes
CLASSIFICADOS e de REGIONAL EAD
AGROTEMPO + SEÇ

 Proteção do Solo, para Uso em Sistemas Equilibrados de Produção


FERTILIZANTES Agrícola. Boletim FEPAGRO, Porto ALegre, 12 jul. 2003. Conteúdos Técnicos  Notícias

CARLOS, José A. Donizeti; COSTA, Juliana Amorim da; COSTA,


Manoel Baptista da. Adubação verde: Do conceito à prática. Série
Produtor Rural, [s. l.], ano 2006, n. 30, 2006.

LOPES, Otávio Manoel nunes; ALVEZ, Raimundo Nonato Brabo.


Adubação Verde e Plantio Direto: Alternativas de Manejo
Agroecológico para a Produção Agrícola Familiar Sustentável.
Documentos, Belém, PA, 2005.

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