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Acadêmico:
Eduardo Hideki Kondo RA: 108260
e assumindo que ele está preenchido com um dielétrico sem perdas e livre de cargas e de correntes,
com paredes perfeitamente condutoras. Assim, as equações de Maxwell no dielétrico são:
onde
Assim, as equações (12.1) e (12.2) correspondem a três equações de Helmholtz. Portanto, para se obter
os campos E e H, deve-se resolver seis equações diferenciais escalares. Por exemplo, para encontrar
EZS:
Resolvendo a equação e assumindo que a onda se propaga através do guia de onda ao longo de +z,
obtém-se:
onde
Modos de propagação TM e TE
Os modos de propagação TM e TE são compostos de superposições de ondas planas. Modos
TM não possuem componente HZ enquanto que modos TE não possuem componente EZ.
e
A partir deste resultado, pode-se encontrar as outras componentes dos campos supondo HZS = 0.
onde k = ω με e γ = α + jβ.
com
Assim
Este é o único caso em que haverá propagação, pois todas as componentes de campo possuirão o fator
�−�� = �−��� .
Portanto, para cada modo caracterizado por um conjunto de inteiros m e n, haverá uma frequência de
corte correspondente fc.
Assim, o guia de onda opera como filtro passa-alta e a frequência de corte é dada por:
1
onde a velocidade de fase de uma onda plana uniforme no meio dielétrico sem perdas é u' = με
. Já o
comprimento de onda de corte é dado por:
Agora, a constante de fase � pode ser escrita em função da frequência de corte fc como
onde a constante de fase de uma onda plana uniforme no meio dielétrico é β' = ω/u' = ω με.
*As grandezas-linha são as características da onda se propagando no meio dielétrico não limitado pelo
guia de onda.
No entanto, nos modos TE, os índices m e n não podem ser zero ao mesmo tempo, pois isso acarreta
que as componentes de campo sejam zero. O que implica em que um dos modos de menor frequência
de corte seja o TE10.
Por definição, o modo com menor frequência de corte (ou com maior comprimento de onda) é
chamado de modo dominante.
A partir da equação (12.28) obtém-se a frequência de corte do modo TE10, considerando m=1 e n=0.
Observa-se que as impedâncias intrínsecas dos modos TM e TE são puramente resistivas e variam de
acordo com a frequência, de acordo com a figura abaixo.
Já, a figura abaixo demonstra a configuração de linhas de campo para o modo TE10.
Figure 5 - Linhas de campo para o modo TE10
Por fim, as equações mais importantes para os modos TM e TE são resumidas na tabela abaixo.
Já o segundo termo da equação (12.45) representa uma onda se propagando na direção e sentido -z com
um ângulo -θ. Dessa forma, o campo pode ser resumido à soma de duas ondas planas transversais
eletromagnéticas se propagando em trajetórias em zigue-zague entre as paredes do guia. Diante disso,
pode-se estender a decomposição do modo TE10 a qualquer modo TM e TE, resultando em quatro
ondas planas para m e n não nulos.
Ainda, a velocidade de fase up, que representa a velocidade na qual os pontos de mesma fase se
propagam ao longo do guia de onda, é expresso por:
Daí, surge o conceito de velocidade de grupo ug, que é resumido pela velocidade de propagação de um
conjunto de ondas pertencentes a um grupo de frequências. Seu valor é sempre inferior ao de u’ e é
expresso por:
A figura a seguir mostra a decomposição de uma onda em ondas planas transversais e a relação entre as
velocidades.
Figure 6 - (a) Decomposição do modo TE10 em duas ondas planas; (b) relação entre u', up e ug.
Transmissão de potência e atenuação
Para determinar o fluxo de potência no guia, é necessário primeiro calcular o vetor de
Poynting médio na direção z:
Considerando uma situação não ideal, há sempre uma perda contínua de potência ao decorrer da
propagação da onda. Desta forma, o fluxo de potência no guia é dado por:
Assim, para que haja conservação de energia, a taxa de decrescimento da potência média deve ser igual
à média temporal da potência dissipada por unidade de comprimento PL, isto é,
Assim, em geral:
onde �� e �� são as constantes de atenuação devido às perdas ôhmicas, ou por condução (�� ≠ ∞) e
devido às perdas no dielétrico (σ ≠ 0), respectivamente.
Para determinar �� , deve-se considerar que γ = jβ. Substituindo ε da equação (12.25) pela
permissividade complexa, obtém-se:
Aplicando um raciocínio similar e, após algumas manipulações matemáticas, encontra-se que �� para
os modos TE10 pode ser expresso por: