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Manutenção Mecânica

Análise de Vibrações
Análise de Vibração

© SENAI-SP, 2016

Trabalho organizado pela Escola SENAI ”Mário Dedini” do SENAI-SP, para o Curso de Aperfeiçoamento
de. Profissional – Análise de Vibração.

Equipe responsável

Organização Humberto Aparecido Marim


SENAI SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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Sumário

Vibração mecânica 07

Instrumentos de medir vibração 16

Rota e ponto de coleta 19

Análise espectral 21

Exercícios 51
Análise de Vibração

Vibração mecânica

Vibração mecânica é um fenômeno que ocorre quando uma partícula executa


movimentos em torno de uma posição de equilíbrio. Podemos definir este movimento
vibratório através de expressões matemáticas como o exemplo abaixo. Fisicamente
falando vibração seria a troca de energia cinética em potencial, tudo isto num mesmo
sistema.
Wn = 2 . π . k/m
Onde:
Wn = frequência natural;
K = rigidez
M = massa

Escala de aço em movimento gerando vibração no final do movimento

Equipamento em funcionamento gerando vibração em toda sua extensão


Um corpo é dito estar vibrando quando ele descreve um movimento de oscilação em
torno de uma posição de referência. O número de vezes de movimento completo

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Análise de Vibração

(Ciclos) tomados durante o período de um segundo é chamado de frequência e sua


unidade é hertz (hz).
A vibração de um componente simples como, por exemplo, uma lamina fina excitada
numa determinada frequência é facilmente identificada.

Tipos de Movimentos

Movimento Harmônico
Movimento harmônico é o movimento que propaga a energia gerada por um evento,
dentro de um mesmo ciclo, chamado de período de vibração, de acordo com as
figuras.

movimento harmônico pingo de água

Movimento Periódico
O movimento periódico é o intervalo de tempo, chamado de período de vibração,
designado pelo símbolo T (tempo), de acordo com as figuras.

movimento periódico ponteiro de segundos do relógio

Movimento Randômico
O movimento randômico são freqüências que aparecem de formas aleatórias no decorrer do
espectro. Contém todas as freqüências de uma banda específica, podendo ser chamando
de ruído.

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Análise de Vibração

Movimento randômico peça sendo serrada longe do


ponto de fixação

Transformada Rápida de Fourier (FFT)

A transformada de Fourier permite analisar de forma adequada funções não periódicas. Ela
é mais útil pois está relacionada a problemas de comunicações e processamentos de sinais.

Movimentos Harmônicos, Periódicos e Randômicos

Grandezas Físicas

As grandezas físicas da vibração são:


· Freqüência
· Amplitude
· Fase

FREQUÊNCIA
Freqüência é o número de ciclos que um evento acontece em um determinado período,
medidos na unidade Hz (Hertz).

F = 1/T
Onde:
F = frequência
T = tempo
1 = n° de ciclos
Rádio com frequências

As estações de um rádio são divididas em ondas de freqüências. A amplitude de cada


estação determina a nitidez do som.
A investigação dos sinais através da freqüência é a técnica fundamental no diagnóstico de
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Análise de Vibração

vibrações. A análise de freqüência facilita o trabalho para a detecção de fontes de vibrações.

T2 = 29,5 hz

T1 = 40 hz

A análise de freqüência é representada com o parâmetro escolhido para a medição em função da freqüência conforme
desenho acima.

AMPLITUDE
AMPLITUDE é a intensidade que acontece um determinado evento mostrando a criticidade
e destrutividade dos eventos presentes.
É plotada no “EIXO Y” cartesiano.

Amplitude de um movimento pendular

Espectros demonstrando frequência e amplitude

FASE
Informa o ângulo em que o sinal se apresenta através da reação física da máquina ou

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Análise de Vibração

componente. Em máquinas rotativas tem-se o seguinte evento: Em um ponto de referência


da máquina existe a atuação da força num determinado instante “t” e, para toda AÇÃO
existe uma REAÇÃO igual e contrária.
A força de ação é em movimento e quando ocorrer à reação, o ponto que desloca a força
não estará no ponto de referência.

Representação de uma massa fora do centro do corpo em rotação

Nível de Vibração

Transdutor acoplado a mancal coletando informações

O nível de vibração de um espectro, em função do tempo, pode ser medido em valor


Pico a Pico, valor de Pico e valor RMS (Root Mean-Square).

O valor Pico a Pico indica o percurso máximo da onda, é o maior ciclo, usado para
identificar a falha no estágio prematuro e também para seu estágio avançado, não leva
em consideração o histórico no tempo da onda.
Esse valor é tomado considerando-se o valor máximo que a grandeza pode atingir no
semi-ciclo positivo e no semi-ciclo negativo.
Sua diferença nos dá o valor pico-a-pico. Para uma forma de onda senoidal em que
haja simetria em relação às amplitudes dos dois semi-ciclos, esse valor é o dobro do
valor de pico.

O valor de Pico é utilizado para identificar choques de curta duração, porém, indica
somente a ocorrência do pico, não levando em consideração o histórico no tempo da
onda.

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Análise de Vibração

Podemos dizer que o valor de pico é o valor máximo que a grandeza considerada
atinge em um ciclo, tanto em relação a parte positiva como negativa.
Assim, podemos expressar seu valor de pico como sendo o obtido quando a grandeza
considerada (tensão, corrente ou potência) é medida para ângulos de fase de 90º 180º
90º ou 270º. Como o valor considerado só ocorre no momento exato em que tal ângulo
é atingido, tais valores são instantâneos.

O valor RMS (Root Mean Square) ou (Raiz Média Quadrática) é a medida de nível
mais relevante, porque leva em consideração o histórico da onda no tempo e registra a
severidade da energia contida no sinal, e portanto, à capacidade destrutiva da
vibração.
O valor eficaz ou RMS (“root-mean--square) é também uma forma de média para
valores instantâneos.

Lembrando você que as senoides na vibração nunca são somente harmônicas, pois
temos periódicas e randômicas

Pico a Pico RMS Pico

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Análise de Vibração

Parâmetros, Unidades de Vibração e Conversão entre Unidades

Observando a vibração de um componente simples, como uma lâmina fina, pode-se


considerar a amplitude da onda, como sendo o deslocamento físico da extremidade da
lâmina, em termos de velocidade e sua aceleração. Qualquer que seja o parâmetro
considerado:

• Deslocamento (m, mm e um);


• Velocidade (m/s e mm/s);
• Aceleração (m/s2 e km/s2)

Estes parâmetros são unidade mundialmente utilizada de acordo com as


recomendações ISO, portanto quando escolhidas a forma e o período da vibração
permanecem similares.
Utilizamos unidades de freqüência o Hertz, mais neste caso também utilizamos o Ciclo
por Minuto (CPM) e também o Ciclo por Segundo (CPS).

1 CPM = 1RPM
1CPS = 1Hz
1Hz = 60 CPM

• Para converter a vibração expressa em qualquer dos outros dois modos para
velocidade use a fórmula:

D = 27 x (V/RPM) mm ou 2,53 x 1000000 x (A/RPM2) mm

• Para converter a vibração expressa em qualquer dos outros dois modos para
deslocamento é preciso usar a fórmula:V = 37 x 0,001 x D x RPM mm/s ou
93,6 x 1000 x (A/RPM) mm/s
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Análise de Vibração

• Para converter a vibração expressa em qualquer dos outros dois modos para
aceleração use a fórmula:

A = 0,396 x 0,000001 x D x RPM2 g ou 10,7 x 0,000001 x V x RPM g

Deslocamento evidencia as energias de vibrações que ocorrem em baixa


frequência (10hz ou 600 CPM), muito utilizado na identificação de
desbalanceamento em partes de máquinas rotativas com amplitudes elevadas na
freqüência de rotação do eixo. Devido a isto, em balanceamento de campo
apresenta boa performance até 20hz(1200 RPM) e eventualmente até 30Hz (1800
CPM) dependendo da rigidez do sistema (base flexível).

A velocidade de vibração é o parâmetro menos influenciado por ruídos de baixa ou


alta freqüência, se mostrando num espectro a mais aplainada das curvas, sendo,
por isso, o parâmetro normalmente escolhido para avaliação da severidade de
vibração entre 10 Hz e 1000 Hz dos seguintes problemas:
- Falta de Rigidez Mecânica;
- Desbalanceamento;
- Desalinhamento Paralelo e Angular;
- Empenamento;
- Folgas;
- Desgaste em Acoplamentos;
- Passagens de Pás;
- Problemas de Escorregamento de Bobinas em Motores Elétricos.

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Análise de Vibração

A aceleração de vibração é o parâmetro que representa melhor os componentes


de alta freqüência, ou seja, é a rapidez que a velocidade de um corpo varia. Como
a própria velocidade é uma rapidez, pode-se dizer que é a velocidade da
velocidade. Sua aplicação é recomendada na monitoração de freqüências entre
1000 e 10000 Hz para identificar os seguintes problemas:
- Engrenamento;
- Falhas de rolamento;
- Cavitação;
- Problemas de freqüência de ranhuras em motores elétricos.

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Análise de Vibração

Instrumentos de Medir
Vibração

Captação dos sinais de vibração com transdutores

Os sensores são componentes fundamentais para o recebimento de informações,


merecendo uma atenção bastante cuidadosa por parte do usuário.
Existem dois tipos de transdutores básicos para a medida de vibração mecânica:
absolutos e relativos.
São chamados absolutos os transdutores que medem a vibração de um corpo sem
vínculo com alguma referência externa, ou seja, somente o movimento alternado é
medido. Nesta categoria estão o vibrômetro e o acelerômetro, que são firmemente
presos ao equipamento sob medição.
Os transdutores denominados relativos são acondicionados fora do elemento cuja
vibração se deseja medir, e ela é captada em relação àquele ponto de fixação.

trandutor absoluto transdutor relativo

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Análise de Vibração

Registradores e medidores

Esses aparelhos medem a amplitude das vibrações, permitindo avaliar a sua


magnitude. Medem, também, a frequência, possibilitando identificar sua fonte
causadora.
Os registradores podem ser analógicos ou digitais, e estes últimos tendem a ocupar
todo o espaço dos primeiros.

Analisadores

Existem vários tipos e, entre eles, destacam-se: analisadores de medição global,


analisadores com filtros conciliadores (fornecem medidas filtradas para uma gama de
frequência escolhida, sendo que existem os filtros de porcentagem constante e os de
largura da banda espectral constante) e analisadores do espectro em tempo real.

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Análise de Vibração

Os analisadores de espectro e os softwares associados a eles, com a presença de um


computador, permitem efetuar:
• o zoom, que é uma função que possibilita a ampliação de bandas de frequência;
• a diferenciação e integração de dados;
• a comparação de espectros;
• a comparação de espectros com correção da velocidade de rotação.

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Análise de Vibração

Rota e Ponto de Coleta

Toda equipe de manutenção deve participar no momento de definição da rota de


trabalho, também de como serão chamados os pontos de coleta. Para que isto
obedeça a um padrão, mostraremos alguns modelos usados.
No caso abaixo descrito (motor e redutor) temos o seguinte:

3 A, H OU V 2 A, H OU V

6 A, H OU V

5 A, H OU V

4 A, H OU V 1 H, A OU V

Bancada de simulação de vibração com os pontos determinados


Obedecendo a ordem do motor para o equipamento movido, mais para cada mancal
devemos medir nos sentidos atuantes das forças (axial e radial), sendo que na radial
buscamos informações relacionadas a problemas que se apresentam na rotação do
equipamento e do próprio elemento inspecionado, portanto agora fica assim:
1H, 1V, 1A, e assim por diante, explicando melhor.
1 = mancal 1(rolamento traseiro do motor);
V = vertical;
H = horizontal;
A = axial.

Outra informação que fará parte desta designação do ponto medido é o que vamos
medir, ou seja:
- velocidade(V);
- deslocamento(D);
- aceleração(A);
- peakvue(P);
- envelope(E).

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Análise de Vibração

Esmeril com os pontos definidos


Outras condições que devemos levar em consideração durante o planejamento:
• Motor montado na vertical você verifica em velocidade fixação dos mancais;
• Para redutores deve-se ficar atento, pois você deve cadastrar os rolamentos e
as frequências de engrenamento para os eixos;
• Máquinas de usinagem medir sempre sem estar produzindo e com a rotação
máxima;
• Máquinas operatrizes medir somente motor e eixo árvore, os demais fazer
análise de óleo;

Para definirmos a rota levamos em conta o setor que será coletado as informações, a
fim de agilizar o processo de coleta, pois ficaria impossível o técnico preditivo ter que
ficar andando de um lado para o outro afim de coletar todos os pontos de uma rota.

Da mesma forma que devidos pontos devem ser adaptados com cabos já
definitivamente instalados, para que o técnico não tenha que ficar retirando proteções
e colocando em risco sua integridade.

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Análise de Vibração

Análise Espectral

Todo problema percebido em um espectro deve ser analisado e diagnosticado


em função das frequências coletadas, pois os elementos mecânicos se comportam de
forma que podemos diferenciar, analisando pontualmente ou em função da rotação do
equipamento ou eixo. Segue a lista dos mais usuais dentro da indústria.

Problemas de Desbalanceamento

A força de desbalanceamento estará estável e em fase. A amplitude do


desbalanceamento ganhará um incremento igual ao quadrado da rotação (3X a
rotação = 9X a amplitude de vibração). A frequência de rotação do eixo estará
sempre presente e normalmente dominará o espectro. Pode ser corrigido pela
colocação de apenas uma massa de correção em apenas um plano do centro de
gravidade do rotor.

O desbalanceamento acoplado tende a estar 180° fora de fase ao longo do eixo. 1x


rpm sempre presente e normalmente dominando o espectro. A amplitude do
desbalanceamento ganhará um incremento igual ao quadrado da rotação (3X a
rotação = 9X a amplitude de vibração). Pode causar grandes vibrações tanto radiais
como axiais. A correção requer balanceamento em dois planos de correção. Note que
existirá uma diferença de fase de aproximadamente 180° nos mancais tanto na direção
horizontal quanto na vertical.

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Análise de Vibração

O desbalanceamento de rotores em balanço causa altas amplitudes na rotação do eixo


do rotor tanto na direção axial como na direção radial. As leituras axiais tendem a
estar em fase enquanto que as radiais tendem a estar instáveis. Rotores em balanço
podem apresentar desbalanceamento forçado e acoplado. A correção se fará de
acordo com o tipo de desbalanceamento.

Torno Convencional simulando desbalanceamento retirando uma das castanhas

Espectro do torno convencional com a castanha retirada com rotação de 2240 rpm aproximadamente com
desbalanceamento, na harmônica de rotação de 30hz, com amplitude de 0,5gE.

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Análise de Vibração

A excentricidade ocorre quando o centro de rotação está deslocado do centro


geométrico de rotores, polias, engrenagens, mancais, etc. Grandes amplitudes de
vibração ocorrem em 1X rpm do componente excêntrico na direção entre os centros
dos dois rotores pertencentes ao sistema. A leitura comparativa das fases nas
direções horizontal e vertical usualmente diferem de 0° ou 180° (ambas indicarão a
linha de centro do movimento). A tentativa de balanceamento de rotores excêntricos
resultará em uma diminuição das amplitudes de vibração em uma direção, porém
aumentará em outra (depende da dimensão da excentricidade).

Espectro de um sistema com excentricidade, mostrando em evidência as rotações do elemento movido


(1800 rpm = 29,75hz e amplitude 5,2 mm/s) e o elemento motriz ( 5400 rpm = 89,6hz e amplitude de
3,7mm/s).

O empenamento do eixo causa grandes vibrações na direção axial com diferença de


fase de 180° ao longo do eixo da máquina. 1X rpm dominará o espectro se o
empenamento estiver próximo ao centro do eixo e 2X rpm aparecerá se o
empenamento estiver próximo aos acoplamentos (tome cuidado para que a
orientação do transdutor não esteja na direção invertida no momento da medição).

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Análise de Vibração

Espectro de uma bomba com o eixo empenado e rotação de aproximadamente 3600rpm, observe que o

empenamento é semelhante ao desbalanceamento, pois aparece na frequência de 59,64 hz, e amplitude de 14,1

mm/s

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Problemas de Desalinhamento

O desalinhamento angular causa grandes vibrações na direção axial com diferença de


fase de 180° ao longo do acoplamento. 1X rpm e 2X rpm dominará o espectro,
contudo 3X rpm poderá aparecer. Estes sistemas podem também indicar
problemas no acoplamento.

Desalinhamento Paralelo entre eixos movidos e motriz, com evidência na 1°harmônica de rotação e na 2° com

menor evidência na amplitude(1800 e 3600 CPM ou seja 1800rpm e o dobro da rotação), coletado com o

transdutor na radial.

O desalinhamento paralelo causa sintomas similares ao angular, mas mostra grandes


amplitudes de vibração na direção radial com aproximadamente 180° de
defasagem ao longo do acoplamento. Dependendo do tipo de acoplamento 2X
rpm se apresenta com maior amplitude do que 1X rpm. Quando o
desalinhamento é severo e composto (angular + paralelo) aparecerão grandes
amplitudes de vibração em harmônicos mais altos (4X, 8X) ou vários harmônicos com
características de folgas mecânicas. O tipo de acoplamento influencia sobremaneira o
espectro quando o desalinhamento é severo.

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Desalinhamento Angular entre eixos movidos e motriz, com evidência na 2° harmônica de rotação do motor (60

e 120 hz ou seja 3600rpm e o dobro da rotação), e na 1° com menor valor de amplitude, coletado com o

transdutor na axial.

Painel do Alinhador a Laser, indicando desalinhamento combinado

O desalinhamento entre rolamento e eixo geralmente causa grandes vibrações na


direção axial. Causará torção com fase aproximada de 180° entre o lado de cima do
eixo e o assento do rolamento ou em medições axiais defasadas de 90° ao redor do
eixo. Alinhar ou balancear o equipamento não resolverá o problema, o rolamento
deverá ser retirado e montado novamente.

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Espectro de desalinhamento entre rolamento e eixo com evidência na 2° harmônica (180 hz = 6,2gE) menor

evidência 1° harmônica (90 hz = 3,1gE) e menor ainda na 3° harmônica (360 hz = 2,8gE)

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Problemas de Folgas Mecânicas

Folgas mecânicas por falta de rigidez são causadas por folgas estruturais, fragilidade
dos pés da máquina, torção da base metálica ou problemas estruturais da base de
concreto. Haverá inversão de fase de 180° entre as medições verticais do pé e da
base metálica em comparação com as medições da base de concreto.
Folgas mecânicas por falha de fixação geralmente são ocasionadas por parafuso de
fixação solto, folgas nos chumbadores, trincas no pé, mancal ou em uma das bases.
É usualmente chamado de pé manco.

Também são causadas por ajuste impróprio entre componentes. Causarão vários
harmônicos devido a não linearidade entre os componentes com folga e as forças
dinâmicas do eixo. Sua forma de onda no tempo será truncada. Geralmente reflete
ajuste impróprio entre anel externo do rolamento e caixa do mancal ou anel interno e
eixo. A fase é geralmente instável e pode variar bastante de uma medição para outra.
As folgas são frequentemente dimensionais e causam grande diferença de leitura se
comparados os níveis com acréscimo de 30° na direção radial ao redor da caixa do
mancal. Em geral causam sub-harmônicos de múltiplos exatos de 1/2 e 1/3 rpm (0,5,
1,5, 2,5, etc.).

O roçamento de rotor produz espectro similar ao de folgas mecânicas onde as partes


rotativas entram em contato com as estacionárias. O roçamento pode ser parcial ou
em toda a revolução. Normalmente gera uma série de frequências que excitam uma
ou mais ressonâncias. Freqüentemente excitam sub-harmônicos da frequência de
rotação de frações inteiras (1/2, 1/3, 1/4, 1/5,... 1/n) dependendo das frequências
naturais do rotor. Roçamento do rotor pode excitar várias altas frequências. Isto pode
ser muito sério e de curta duração se causada pelo contato do eixo com o metal
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patente do mancal, mas é menos sério quando o eixo roça com a selagem, uma pá de
agitador com a parede do tanque, ou a capa de um acoplamento pressionando o eixo.

Bomba Centrífuga com folga na caixa do mancal gerando harmônicas na frequência de rotação em evidência a

cada 60 hz.

No último estágio de desgaste de mancais de escorregamento normalmente aparecem


evidências de presença de uma série de harmônicos da frequência de rotação (acima
de 10 ou 20). Mancais desgastados normalmente tem predominância de vibrações na
direção vertical em relação a horizontal. Mancais de deslizamento com folga excessiva
podem permitir um menor desbalanceamento e/ou desalinhamento causando altas
vibrações em relação as das folgas nominais dos mancais.

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Espectro de um equipamento com rotação de 1870rpm, com repetidas harmônicas na mesma frequência de

rotação, ou seja a cada 30hz.

A instabilidade (oil-whirl) ocorre a 0,42 ~ 0,48 x rpm) e é normalmente muito severa


quando as amplitudes ultrapassam 50% das folgas nominais do mancal. “Oil -Whirl” é
uma excitação do filme de óleo, onde um desvio da condição normal de trabalho
(ângulo de atitude e relação de excentricidade) gerada pela cunha de óleo empurrando
o eixo ao redor do mancal. A força desestabilizadora na direção de rotação resulta
em uma precessão (whirl). Pode ser causada pela coincidência entre a frequência de
precessão e a frequência natural do eixo. Mudanças na viscosidade do óleo, pressão
do lubrificante e pré-cargas externas podem causar “Oil-Whirl”.

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A instabilidade (oil-whip) ocorre quando a máquina opera acima de 2x a frequência
critica do rotor. Quando o rotor ultrapassa 2x sua velocidade critica a precessão ou
instabilidade pode estar muito próxima da critica do rotor e causar grandes vibrações
que o filme de óleo pode não suportar. A frequência da instabilidade irá sintonizar com
a velocidade critica gerando um pico que não desaparecerá mesmo com o aumento da
velocidade de rotação.

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Problemas com Forças Hidráulicas e Aerodinâmicas

Frequência de passagem de pás (ou palhetas) é igual ao n° de pás (ou palhetas)


vezes a rotação do eixo. Está presente em bombas, ventiladores, sopradores e
normalmente não representam problemas, porém grandes amplitudes da BPF e seus
harmônicos podem ser gerados se a folga entre as pás e o corpo do difusor
estacionário não estiverem iguais em seu contorno. Também BPF (ou harmônicos)
podem coincidir com alguma frequência natural do sistema e causar grandes
amplitudes de vibração. Uma alta BPF pode ser gerada se o impelidor está
desgastado pelos anéis laterais ou por soldas rápidas em difusores quebrados,
mudanças abruptas de direção em tubulações, distúrbios de fluxo ou se o rotor da
bomba ou ventilador estiver excêntrico em relação ao seu alojamento.

Turbulência de fluxo ocorre frequentemente em sopradores devido a variação de


pressão ou velocidade do ar passando através do ventilador ou junta de expansão
conectada. Esta ruptura do fluxo causa turbulência que gera ruído aleatório
(randônica) de baixa frequência na faixa de 50a 2KHz.

Normalmente cavitação gera ruído aleatório, energia em larga faixa de alta frequência
que às vezes superpõe com harmônicos da frequência de passagem das pás.
Normalmente indica pressão insuficiente na sucção. A cavitação pode rapidamente
destruir as partes internas da bomba se não for corrigida. Isto pode principalmente
causar a erosão das pás do impelidor. Quando presente é frequente haver ruído como
pedras passando pela bomba.

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Problemas com Transmissão por Correias

Sempre a frequência fundamental da correia é menor que a frequência de rotação da


polia mais lenta. Correias gastas ou frouxas normalmente causam 3 a 4 múltiplos de
sua fundamental. Normalmente dominam o espectro picos nas frequências
fundamentais tanto da polia movida como da polia motora. As amplitudes são
normalmente variáveis pulsando ora na rotação da polia movida ora na motora. Na
maioria dos casos os altos níveis são na frequência fundamental vezes o nº de
polias que a correia passa. Para Calcular a frequência da correia utilize a seguinte
fórmula:
Fc = π x D x R
60xL
Onde:
Π = 3,14(constante)
D = diâmetro de uma das polias
R = rotação da polia escolhida
60 = constante de conversão
L = perímetro da correia

Polias excêntricas ou desbalanceadas causam grandes vibrações em 1 X a sua


rotação. A amplitude é normalmente grande e varia de um mancal p/ outro, sendo
maior no mancal da polia com problemas. Normalmente polias são balanceadas com a
retirada de massa através de perfurações.

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Ressonância de correia pode causar grandes amplitudes se a frequência natural da
correia se aproximar ou igualar a frequência da polia motora ou movida. A frequência
natural da correia pode ser alterada pela tensão ou comprimento da correia. Pode
ser detectada soltando-se a correia e observando-se a resposta da medição.

O desalinhamento entre polias produz grandes vibrações em 1 X rpm da polia motora


ou movida e predominantemente na direção axial. O aparecimento das frequências
das polias motora ou movida dependerá do ponto em que as medições forem
tomadas. Após o alinhamento das polias é comum a rotação do eixo acionado
dominar o espectro.

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Espectro demonstrando frequência da correia (6,25 hz) e frequência da rotação da polia escolhida (78,5 hz)

Imagem de acionamento por correias de um torno convencional, amostra correia frouxa.

A correia é do tipo VAX 71, fazendo o cálculo chegamos ao valor de frequência de passagem da correia de

aproximadamente de 5Hz, com amplitude de 0, 09gE.

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Problemas com Motores Elétricos

Problemas de estator geram grandes amplitudes em 2 X a frequência da rede de


alimentação (2 FL). Excentricidade do estator causa desbalanceamento no
campo magnético entre rotor e estator por variação do air-gap, o que produz vibração
bastante direcional. A diferença no entreferro não pode exceder 5% em motores de
indução e 10% em motores síncronos. Folga no pacote de chapas é devido a suporte
do estator fraco ou folgado. Curtos nas lâminas do estator podem causar
aquecimento desigual e localizado que podem causar o empenamento do eixo do
motor. Produz vibração termicamente induzida com aumento significativo com o tempo
de operação.

A excentricidade do rotor produz um entreferro rotativo variável entre o rotor e o


estator que induz vibração (normalmente o 2FL é próxima do harmônico da
frequência de rotação). Em geral requer “zoom” no espectro para separar 2FL do
harmônico da frequência de rotação. A excentricidade do rotor gera 2FL rodeada por
bandas laterais da frequência de passagem dos pólos (FP), bem como, FP rodeia a
frequência de rotação. A componente FP aparece em baixa frequência. (Frequência
de passagem dos pólos = Frequência de escorregamento X número de pólos).
Normalmente os valores de FP estão na faixa de 20 a 120 COM (0,30 - 2.0 Hz).

O problema de fase devido a folga ou quebra de conectores pode causar vibração


elevada com componente de 2x a frequência da rede de alimentação (2FL) com
bandas laterais de 1/3 da frequência da rede (1/3FL). A amplitude de 2FL pode
ultrapassar 25mm/s. Esse problema em particular pode ser esporádico.

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Folgas nas bobinas do estator em motores síncronos geram vibração na
frequência de passagem das bobinas (CPF) que é igual ao nº de bobinas X rpm. A
frequência de passagem das bobinas terão bandas laterais da frequência de rotação.

37
Espectro evidenciando problema elétrico em um motor devido o espaçamento entre as harmônicas estarem a

60 hz cada, ou seja 3600rpm.

Os problemas em motores de corrente contínua podem ser detectados pela alta


amplitude da frequência de disparo SCR (6xFL) e seus harmônicos. Esses problemas
incluem SCRs danificados, folgas nos conectores e indutor de campo quebrado.
Outros problemas incluem folgas ou cartão de controle em curto e podem causar altas
amplitudes de1a5xFL (60 a 300Hz).

Barras do rotor ou anel de curto circuito quebrados ou trincados, contato danificado


entre barras do rotor e anéis de curto circuito, ou curto nas lâminas do rotor,
produzem vibrações com altas componentes em 1 x rpm com bandas laterais da
frequência de passagem dos polos (FP). Além disso, barras do rotor quebradas
frequentemente geram bandas laterais ao redor do terceiro, quarto e quinto
harmônicos da frequência de rotação.

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Folga nas barras do rotor são indicadas por 2 x a frequência da linha de alimentação
(2xFL) com bandas laterais da frequência de passagem das barras (RBPF) e/ou
seus harmônicos (RBPF = nº de barras X rpm). Normalmente causam altos níveis
na componente 2xRBPF e baixos níveis em 1xRBPF.

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Análise por Envelope

A técnica de envelope permite diferenciar eventos e períodos dentro do espectro, o


que facilita a interpretação dos defeitos de rolamento e engrenamento, pois estes
provocam impactos periódicos, gerando frequências na faixa de 4Khz a 6Khz,
percebendo estes parâmetros através de aceleração, sendo estas frequências de
defeitos baixas, e com amplitudes também baixas ficando encobertas por outros
defeitos.

Esta análise permite extrair o sinal excitado (defeito) da fonte geradora, localizando
com isso os componentes com problema. Portanto este filtro serve para selecionar as
frequências de rolamento e engrenagem dentro da faixa, funcionando como um
amplificador de frequências de defeito.

Imagem demonstrando frequências de ouros elementos e de rolamentos


A análise de envelope eleva ao quadrado o sinal no tempo filtrado, este mesmo sendo
repetitivo, consegue simular uma série de harmônicas de ondas senoidais que são
múltiplos inteiros da frequência do defeito. Quando uma série de harmônicas é
multiplicada por ela, a resultante desta multiplicação é a soma e a diferença entre as
harmônicas envolvidas, todas estas somadas atingem valores fora da faixa de
medição, e todas uma vez subtraída são equivalentes a 1 x o defeito que são somados

40
e retornam com isso a faixa de medição realçadas desta vez. Este por sua vez pode
ser normalmente processado pela FFT.

Problemas com Redutores e Engrenagens (colocar imagem e espectro com


engrenagem danificada)

A excentricidade do rotor produz um entreferro rotativo variável entre o rotor e o


estator que induz vibração (normalmente o 2FL é próximo do harmônico da frequência
de rotação). Em geral requer “zoom” no espectro para separar 2FL do harmônico da
frequência de rotação. A excentricidade do rotor gera 2FL rodeada por bandas laterais
da frequência de passagem dos polos (FP), bem como, FP rodeia a frequência de
rotação. A componente FP aparece em baixa frequência. (Frequência de passagem
dos polos = Frequência de escorregamento X número de polos). Normalmente os
valores de FP estão na faixa de 20 a 120 COM (0,30 - 2.0 Hz).

A indicação chave de desgaste nos dentes é a excitação da frequência natural da


engrenagem juntamente com bandas laterais espaçadas com a frequência de rotação
da engrenagem danificada. A frequência de engrenamento (GMF) pode ou não mudar
em amplitude, porém altas amplitudes das bandas laterais ao redor da GMF acorrem
normalmente quando o desgaste é visível. Bandas laterais podem ser um melhor
indicador de desgaste do que a própria GMF.

41
A GMF é frequentemente muito sensível a carga. Altas amplitudes de GMF não
indicam necessariamente problemas, particularmente se as frequências das bandas
laterais ficarem em níveis baixos e não excitarem as frequências naturais das
engrenagens. Cada análise deve ser executada com o sistema operando em sua
máxima carga de trabalho.

Altas amplitudes de bandas laterais ao redor da GMF frequentemente sugerem


excentricidade, folgas ou eixos não paralelos que admitem a rotação de uma
engrenagem modular na frequência de rotação da outra. A engrenagem com
problemas é indicada por espaçamento das frequências de bandas laterais. “Backlash”
incorreto normalmente excita a |GMF e a frequência natural da engrenagem, ambas
com bandas laterais de 1 x rpm. A amplitude da GMF decairá com o aumento da carga
se o “backlash” estiver com problemas.

O desalinhamento das engrenagens quase sempre excita a segunda ordem ou altos


harmônicos da GMF com bandas laterais da frequência de rotação. Frequentemente
apresentará somente amplitude 1 x GMF, mas altos níveis a 2x ou 3x GMF. É
importante determinar a Fmax para registrar pelo menos o segundo harmônico da
GMF se o transdutor e o sistema tiverem capacidade.

42
Uma trinca ou quebra do dente irá gerar uma amplitude a 1Xrpm da engrenagem além
de excitar a frequência natural da engrenagem com bandas laterais na frequência de
rotação. Isto é melhor detectado na forma de onda que irá apresentar um pronunciado
pico toda vez que o dente quebrado tenta engrenar. O tempo entre impactos “∆”
corresponderá a 1/rpm da engrenagem com problema. A amplitude dos picos na forma
de onda normalmente será muito maior que a frequência 1Xrpm na FFT.

Ou seja, para conseguir o valor da frequência de engrenamento utilizamos o seguinte


cálculo:

FE = Z x RPM/60

43
Espectro demonstrando frequência de engrenamento em evidência

Torno convencional com engrenagem com dentes quebrados a mesma possui 84 dentes, calculando a

frequência seria de 784 Hz numa rotação de 560 rpm, e com amplitude em torno de 0,105gE.

44
Problemas com Rolamentos

Defeito de Pista Externa (BPFO) = n x fr (1- BD x Cosβ)


2 PD

Defeito de Pista Interna (BPFI) = n x fr (1+ BD x Cosβ)


2 PD

Defeito de Gaiola (FTF) = fr ( 1- BD x Cosβ)


2 PD

Defeito de Elemento Rolante (BSF) = BD x fr [ 1 – (BD x Cosβ)2]


PD PD

A primeira indicação de falha em um rolamento aparece em frequências ultrassônicas


(20KHz ~ 60KHz), portanto fora do range de frequência do coletor analisador de
dados (20KHz). O espectro será dominado pela frequência de rotação do eixo e
harmônicos e não é necessário sugerir uma intervenção. 1° estágio da falha.

45
Pequeno defeito no rolamento começa excitando as frequências naturais dos
componentes do rolamento (Fn) que predominantemente ocorre na faixa
de 1 a 5KHz. Frequências de bandas laterais aparecem acima e abaixo do pico de
frequência natural no fim do 2º estágio de falha.

Frequências de defeitos do rolamento e seus harmônicos começam a aparecer.


Quando o desgaste progride, aparecem mais harmônicos das frequências de defeito e
o nº de bandas laterais também aumenta, tanto ao redor destas frequências
quanto das frequências naturais do rolamento. O desgaste agora é visível e pode
se estender na periferia do rolamento, particularmente quando as bandas laterais
estão bem formadas e acompanhadas pelas frequências de defeito e seus
harmônicos. É recomendável a intervenção para troca do rolamento. 3° estágio da
falha.

Próximo do final da vida a componente 1 x rpm é evidente. A piora


normalmente causa o aumento dos harmônicos da frequência de rotação. As
frequências de defeito do rolamento e frequências naturais desaparecem e em lugar
fica um ruído de banda larga em alta frequência (tapete ou carpete de ruído). Os níveis
de vibração tendem a diminuir pouco antes da falha.
Quando aparece defeito de gaiola em rolamentos os defeitos mais prováveis são
desalinhamento e atrito. Pois estas forças que fazem isto gerando esta característica;
Sinais de rolamentos e engrenagens devem ser tomados na direção da carga, p.ex. e,
para medir o estado de conservação de rolamentos procuramos nos aproximar o
máximo possível da “Zona de Carga”.

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Defeito de Pista Externa (BPFO) num rolamento de esfera de contato angular (3306) no eixo de entrada (lado

acoplado) do cabeçote de um torno convencional, cuja frequência é de 80,49 hz e amplitude de 2,22 gE.

Defeito de Gaiola (FTF) num rolamento cônico (27600) no eixo árvore (lado acoplado) do cabeçote de um torno

convencional, cuja frequência é de 17,05 hz

Cuidados:
Quando aparece defeito de gaiola em rolamentos os defeitos mais prováveis são
desalinhamento e atrito. Pois estas forças que fazem isto gerando esta característica;
Sinais de rolamentos e engrenagens devem ser tomados na direção da carga, p.ex. e,
para medir o estado de conservação de rolamentos procuramos nos aproximar o
máximo possível da “Zona de Carga”;
Para engrenamentos helicoidais procuramos a direção axial e para engrenamentos
retos, procuramos as radiais;
Alarme de banda é a somatória da frequência mínima com a máxima, pois a energia
dissipada é a mínima e talvez você não consiga perceber em função dos alrmes 1 e 2
que foram inseridos afim de diagnosticar, ou coloque os filtro 1 o TETO ou M valor
global como alarme;
Ressonância é a interação entre as energias de frequências próximas, incluindo-se
nestas, as frequências naturais envolvidas, ao passo que o Batimento é a interação
simples de dois eventos de rotação similar, sendo a primeira permanente e a segunda
47
transitória. O Batimento possui um grau de destrutividade muito menor do que a
Ressonância, e isto são fundamentais em preditiva.

Equipamento com movimento alternativo (compressores e motores a


combustão)

Equipamentos que possuem movimento alternativo apresentam vibrações em


harmônicos de 1x RPM em níveis maiores que aqueles que não possuem estas
características. Compressores, motores diesel são os mais comumente encontrados.
Estes equipamentos transmitem tais vibrações e, assim como em motores veiculares,
são montados sobre coxins, evitando a transmissão da vibração.

Forças impulsivas, mesmo que periódicas, geram um espectro de vibração (FFT) com
uma quantidade grande de harmônicas. Espectro de vibração (FFT) não permite
relacionar os componentes de vibração diretamente com os defeitos mecânicos.

Forças impulsivas: melhor visualização através da forma de onda – captura dos


eventos de impactos.
Forma de onda: por ser a representação real do movimento no tempo de um ponto,
captura todos os impactos.
Dificuldade: dados precisam ser sincronizados por tacômetro.

48
Curva de Tendência

Em todas as coletas e análise realizadas encontramos um nível global de vibração,


que é a somatória de todas as frequências de um determinado range definido pelo
usuário, podendo com isso registrar estes valores ao longo do tempo através de
CURVA DE TENDÊNCIA. Mediante os resultados obtidos nesta curva de tendência é
possível prever uma data de ocorrência da falha programando-se assim as
intervenções com antecedência. A plotagem de tendência permite comparar uma
leitura recente do PONTO de medição com as leituras anteriores, permitindo que você
veja o comportamento do valor global por parâmetro monitorado do PONTO com o
decorrer do tempo.

Curva de Tendência gerada onde na data marcada foi realizado uma preventiva e com isso pode-se notar uma

melhora no nível da vibração global

49
Níveis de Alarme

Para todos os pontos de medição, é registrado o nível global de vibração, que


representa a composição de várias fontes de vibração.
Os critérios de avaliação das condições de um equipamento estão baseados em
normas como ISO 2372. Indicações confiáveis das condições de uma máquina são
baseadas na alteração das medidas relativas, isto é, a especificação de um espectro
de referência, ou nível a acompanhar a sua evolução.
O principal critério da avaliação de máquina rotativa em velocidade RMS é a norma
ISO 2372 de1974. Aqui no Brasil usamos a NBR 10082 de 2011.

Imagem da norma ISO 2372

• Classe 1(Até 20CV = 15KW)


• Classe 2( De 20~100CV = 75KW)
• Classe 3(Acima de 100CV com base rígida)
• Classe 4(Acima de 100CV com base flexível)

50
Imagem retirada da norma ISO 2372 para valores globais em gE

• CL1: Rolamentos com um diâmetro interno entre 200 mm e 500 mm e velocidade do eixo abaixo de 500 rpm;
• CL2 (padrão): Rolamentos com um diâmetro interno entre 200 mm e 300 mm e velocidade do eixo entre
500RPM e 1800 rpm;

• CL3: Rolamentos com um diâmetro interno entre 20 mm e 150 mm e velocidade do eixo de 1800 RPM
a 3600 rpm.

51
• Atividade A
Responda o questionário consultando sua apostila
1° O que é manutenção preditiva?

2° Cite pelo menos 3 exemplos de técnicas preditivas?

3° O que é vibração mecânica?

4° O que é deslocamento e que unidade podemos utilizar?

5° Explique aceleração e velocidade:

6° Quais as responsabilidades de um técnico em vibração e de um operador?

7° Para que usamos a frequência, amplitude e a fase numa análise de vibração?

8° Defina:
a) Pico a Pico

b) Pico

c) RMS

9° Que tipos de sensores usamos e o que cada um fornece?


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10° Como definimos as rotas e os pontos nas máquinas?

11° Que normas utilizamos em análise de vibração?

Atividade B
Analise os espectros no software @titude Analyst, e cite os possíveis problemas,
justificando suas respostas, consultando sua apostila
a) Equipamento avaliado:
Rotação do Equipamento:
Possível Defeito encontrado:
Justificativa do problema:

b) Equipamento avaliado:
Rotação do Equipamento:
Possível Defeito encontrado:
Justificativa do problema:

c) Equipamento avaliado:
Rotação do Equipamento:
Possível Defeito encontrado:
Justificativa do problema:

d) Equipamento avaliado:
Rotação do Equipamento:
Possível Defeito encontrado:
Justificativa do problema:

e) Equipamento avaliado:
Rotação do Equipamento:
Possível Defeito encontrado:
Justificativa do problema:
53
f) Equipamento avaliado:
Rotação do Equipamento:
Possível Defeito encontrado:
Justificativa do problema:

Atividade C
Analise os conjuntos principais das máquinas que lhe foram entregues os manuais,
faça um croqui das conjuntos que serão analisados e determine os pontos de cada
máquina com seus devidos filtros e determine a rota do setor.
a)

54
MÁQUINA:
CONJUNTO:
QUANTIDADE DE PONTOS:
JUSTIFICATIVA:

CROQUI DA ROTA E DOS PONTOS:

MÁQUINA:
CONJUNTO:
QUANTIDADE DE PONTOS:
JUSTIFICATIVA:

CROQUI DA ROTA E DOS PONTOS:

55
b)
MÁQUINA:
CONJUNTO:
QUANTIDADE DE PONTOS:
JUSTIFICATIVA:

CROQUI DA ROTA E DOS PONTOS:

MÁQUINA:
CONJUNTO:
QUANTIDADE DE PONTOS:
JUSTIFICATIVA:

CROQUI DA ROTA E DOS PONTOS:

56
c)
MÁQUINA:
CONJUNTO:
QUANTIDADE DE PONTOS:
JUSTIFICATIVA:

CROQUI DA ROTA E DOS PONTOS:

MÁQUINA:
CONJUNTO:
QUANTIDADE DE PONTOS:
JUSTIFICATIVA:

CROQUI DA ROTA E DOS PONTOS:

57
d)
MÁQUINA:
CONJUNTO:
QUANTIDADE DE PONTOS:
JUSTIFICATIVA:

CROQUI DA ROTA E DOS PONTOS:

MÁQUINA:
CONJUNTO:
QUANTIDADE DE PONTOS:
JUSTIFICATIVA:

CROQUI DA ROTA E DOS PONTOS:

58
Atividade D
Bom agora que você já consegue criar pontos na máquina, gerar rota de coleta e
analisar espectros. Escolha uma máquina (fresadora ou torno convencional) e siga
todas as etapas da análise de vibração.
MÁQUINA:
TAG:
IMAGEM: CROQUI DA ROTA E DOS PONTOS:

ESPECTRO

COMENTÁRIOS

GRÁFICO DE TENDÊNCIA

PROGRAMAÇÃO DA INTERVENÇÃO:

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