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e os processos de
auto(trans)formação
em tempos de esperança
Introdução
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internalizando que sim, não estava sozinha. Todo o apoio que demos umas às
outras foi essencial para que seguíssemos a diante. Uma mais a frente outras
um pouco atrás, mas sempre respeitando o tempo de cada uma. A aceitação
da situação foi essencial para que meu trabalho fluísse de forma tranquila,
conforme os meses iam passando. Haviam famílias que agradeciam, que
reconheciam o esforço, no entanto, outras permaneciam em silêncio e que de
certa forma também era uma forma de resposta. Já outras, sempre queriam os
direitos e deixavam os deveres para o cantinho de suas vidas!
Sim, sobrevivi!!! Vendo tantas perdas, de tantas pessoas, perdas estas,
imensuráveis, fui trabalhando a resiliência e êta palavrinha que ficou
cada vez mais presente em minha vida. Muitas situações negativas forma
vivenciadas para que eu aprendesse que não impostava o reconhecimento,
pois nunca conseguiremos “agradar” ou “dar conta” de tudo e de todos.
Uma situação que gostaria de descrever brevemente, foi a frustração
da espera por retorno das atividades, em específico, das atividades adaptadas
para aluna em situação de inclusão. Foram inúmeras horas dedicadas
para que as inúmeras atividades adaptadas chegassem a ela com muita
organização, que fosse compreendida da melhor forma possível pela aluna
e sua família, pois pensava: As famílias são as extensões dos nossos braços.
Também, inocentemente, pensava que fosse percebida a dedicação e carinho
de minha parte, ou seja, a professora que parou e dedicou seu tempo às
atividades diferenciadas para minha filha, no caso, a aluna. Confesso que,
inicialmente, fiquei na espera, espera esta que foi me deixando cada vez mais
angustiada. Pensava em como poder ser mais presente na vida desta aluna,
e que isso aos poucos foi me deixando cada vez mais frustrada. O que me
ajudou muito nesse processo foi poder compartilhar com a colega, educadora
especial. Não que eu desejasse uma afirmação positiva do meu trabalho, mas
para que eu tivesse um norte e poder auxiliar cada vez mais no processo dessa
referida aluna. Não que os demais não necessitassem disso, mas eu estava
antecipando sua ida para o 6o ano, e queria que a aluna desenvolvesse sua
autonomia, confiança, auto estima e consequentemente conseguisse “voar”
livremente a cada objetivo alcançado.
Se não fosse o acalento da colega educadora especial, a qual me
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Após o envio da carta pela colega, ela tentou por algumas vezes
saber o que achei de sua carta, por mensagens no celular. O que ela não
esperava era que sua carta seria respondida por meio de outra carta. Uma
das aprendizagens que Freire (1996) nos indica é a de que o professor
precisa saber “escutar”. Era necessária a escrita de uma carta-resposta cuja
escrita contemplasse os sentidos que sua carta me causou. A carta-resposta
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Referências
ANDRADE. Joze Medianeira dos Santos de; HENZ, Celso Ilgo. Auto(trans)formação
permanente com professores: em busca de uma compreensão político-epistemoló-
gica. REEDUC. Revista Educação e Cultura Contemporânea, v. 15, n. 39, 2018.
FURTADO, Daniele Barros Vargas Furtado. Cartas a Paulo Freire: narrativas de uma
professora iniciante. Dissertação de Mestrado. Universidade do Estado do Rio de
Janeiro. 2019.
FONTOURA, Helena Amaral da. Analisando dados qualitativos através da tematização.
In: FONTOURA, HA (Org.) Formação de Professores e Diversidades Cultu-
rais: múltiplos olhares em pesquisa. Coleção “Educação e Vida Nacional”. Niterói,
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