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Moda: Conceitos fundamentais

Até meados do século XIV os consumos de roupa eram controlados por leis
suntuárias que visavam acima de tudo distinguir os grupos sociais presentes nas
sociedades estamentais europeias, e reforçar a barreira entre as classes. Com a
ascensão da burguesia e a possibilidade do uso de roupas requintadas pelos novos
ricos, a moda surge como uma maneira de quebrar as tradições que antes eram
vigentes, porém ainda limitada devido às novas leis de indumentária que buscavam
conter os luxos, além de fixar um código de aparências.
Anteriormente à Revolução Industrial as formas de exposição da vida
particular eram através das vestimentas e do modo que a pessoa se portava, já
durante a Era Vitoriana, as mesmas eram o meio de se recatar da vida pública. A
forte rejeição da postura individual gera a necessidade de exposição das
personalidades acaba refletindo nas roupas, assim como em toda grande mudança
social, e no que vem a se tornar moda. A partir deste momento a roupa é usada não
somente para refletir a imagem de personalidade que as pessoas queriam passar,
mas vira um instrumento da vaidade. Moda deixa de ser somente roupa e a divisão
de classes, como passa a ser o modo de agir diante da sociedade, e, acima de tudo,
um prazer estético que vem sempre se sobrepondo à tradição.
Com a Revolução Industrial e a modernização dos processos têxteis, a
massificação das modas tornou- se algo comum. As tendências eram ditadas pelos
grandes costureiros e copiadas pelos estilistas, tais cópias eram menos requintadas,
além de possuírem uma qualidade duvidosa, porém era o meio existente de
pessoas de classe baixas serem inseridas em sociedade, mesmo que com uma
roupa pouco glamourosa. O estar na moda e por dentro dessa modernidade,
mesmo que precariamente, era o modo que a população sem acesso aos luxos das
roupas sob medida havia encontrado de serem inseridos em sociedade.

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