O documento discute como a moda se tornou uma instituição social com o advento do prêt-à-porter na década de 1960, permitindo que as classes sociais tivessem acesso à moda. Apesar de proporcionar liberdade de escolha, a moda também influencia os comportamentos das pessoas e as leva a um consumismo exacerbado baseado nas constantes mudanças de tendências ditadas pelo sistema capitalista. Assim, a moda passou a ter um papel fundamental na organização da sociedade, regendo seus hábitos e relacionamentos.
O documento discute como a moda se tornou uma instituição social com o advento do prêt-à-porter na década de 1960, permitindo que as classes sociais tivessem acesso à moda. Apesar de proporcionar liberdade de escolha, a moda também influencia os comportamentos das pessoas e as leva a um consumismo exacerbado baseado nas constantes mudanças de tendências ditadas pelo sistema capitalista. Assim, a moda passou a ter um papel fundamental na organização da sociedade, regendo seus hábitos e relacionamentos.
O documento discute como a moda se tornou uma instituição social com o advento do prêt-à-porter na década de 1960, permitindo que as classes sociais tivessem acesso à moda. Apesar de proporcionar liberdade de escolha, a moda também influencia os comportamentos das pessoas e as leva a um consumismo exacerbado baseado nas constantes mudanças de tendências ditadas pelo sistema capitalista. Assim, a moda passou a ter um papel fundamental na organização da sociedade, regendo seus hábitos e relacionamentos.
Resumo Partindo de uma atividade realizada em sala de aula com base no livro O Imprio do Efmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas, escrito por Gilles Lipovetsky, foi possvel desenvolver esse artigo. Lipovetsky (1989) defende que com o advento do prt-- porter a moda se tornou uma Instituio social, ao alcance de todos. Ao mesmo tempo em que proporciona liberdade de escolha, ela influencia nas decises, nos gostos e nos comportamentos das pessoas. Demonstrando, assim, que ela possui determinado poder. A partir desse sistema, a sociedade passou a seguir uma lgica de consumo baseada no capitalismo e no desejo insacivel de compra. Palavras-chave: Moda, prt--porter, Instituio, consumo.
Introduo Partindo da viso de Lipovetsky (1989), o fenmeno moda nas sociedades contemporneas estereotipado como universo de glamour, fetiche, futilidade e superficialidade. Contudo, o que fica escondido nessa viso generalizada o verdadeiro conceito da moda que uma das engrenagens que constituem as sociedades. A moda interfere constantemente na vida das pessoas, seja nos seus relacionamentos, nas suas atitudes, suas personalidades ou nos seus hbitos cotidianos, dessa forma sua funo vai muito alm desse pensamento predefinido de moda-ftil. A partir da constatao de que moda uma Instituio social to importante quanto o papel exercido pela Igreja, pela Escola ou Estado e tomando como base Gilles Lipovetsky (1989) e sua obra O Imprio do Efmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas, pretende-se divulgar essa face desconhecida do fenmeno moda por meio da anlise dos fatos que a constituem, e sua funo nas relaes humanas.
* Acadmica de graduao em Moda, Centro Universitrio de Maring; e-mail: renataclaudine@hotmail.com *Acadmica de graduao em Moda, Centro Universitrio de Maring, e-mail: simonedead@hotmail.com. * Orientao Ana Paula Machado Velho
A consti tuio da moda como institui o A sociedade na dcada de 1960, segundo anlise de Lipovetsky (1989), em termos de moda, sofreu grandes transformaes: a Alta Costura perde seu poder dando lugar ao prt-porter que reorganiza a sociedade de maneira mais democrtica permitindo que as classes tenham alcance a moda. O prt--porter surge com o objetivo de produo industrial atrelada a produtos de boa qualidade, acompanhando o ritmo acelerado de mudana das tendncias. O Imprio do Efmero enfatiza que uma das vertentes do prt--porter a possibilidade de permitir que o ser humano expresse sua individualidade e personalidade por meio da moda, que age como elemento promotor da liberdade de escolha, sendo essa no somente a respeito da vestimenta, mas tambm de estilo de vida, atitudes e comportamentos. Com a liberdade de estilos, surge ento no somente uma nica moda, mas vrias outras que podem coexistir e serem misturadas. Esse leque de possibilidades de estilos contribui para o desenvolvimento do consumismo exacerbado, da obsolncia de produtos e de toda a formao do sistema moda baseado no efmero. Em funo do capitalismo, Gilles Lipovetsky (1989) aponta para o fato de que o sistema moda prima pelas transformaes constantes que levam ao culto dos objetos, transformando-os em fetiches que se inovam sem parecer inovar, pois as inovaes so mnimas. Um sistema obsolente que leva a sociedade ao consumismo sobre o pretexto de que o novo sempre melhor. Seguindo a lgica do consumo capitalista, Lipovetsky (1989) conclui que a moda age motivando o consumo, criando novas necessidades, desejos, produtos de luxo que at ento pertenciam ao universo dos mais abastados. Esse consumismo obriga o ser humano a comprar de maneira irracional para que seja aceito socialmente, numa busca constante pela satisfao de seus desejos, mas que nunca adquirida e, assim, perpetua a um crculo vicioso de constante troca que nunca satisfaz. Gilles Lipovetsky (1989) enftico ao defender que, mesmo a moda propiciando essa liberdade de escolha e permitindo que o homem consiga formar suas opinies e comportamentos a partir dela, ela tem o poder sobre a sociedade, ditando modismos que influenciam diretamente a mesma. A moda, ento, se iguala s instituies que organizam a sociedade. E mais: a moda permite o convvio das pessoas, segundo O Imprio do Efmero, construindo o meio social a partir de suas regras, imposies quanto aos comportamentos e quanto aos relacionamentos. Dessa forma, ento, Lipovetsky (1989) defende a idias que a moda um dos motores essenciais que regem a sociedade, sendo assim a sociedade no seria a mesma sem ela. No entanto, o sistema da moda que impulsiona o consumismo, no
objetiva transformar o ser humano em marionete, mas sim libert-lo, permitindo que este constitua sua identidade a partir do que ela oferece e fornece, alm de garantir a insero dele como parte do grupo social.
Consi deraes finais Seguindo a proposta de Lipovetsky (1989), esse artigo enfoca que, com o prt-- porter, a moda ganhou seu status de Instituio, ao mesmo tempo em que permitiu uma liberdade de estilos e de individualidade, ela cede lgica capitalista e institui o imprio do efmero. Ao partirmos do ponto de vista de O Imprio do Efmero, chegamos concluso de que, com a sociedade tornando-se grande consumista, a moda se espalha para todos os cantos. Ou seja, no somente est vinculada s roupas e seus artifcios, mas tambm est presente nos comportamentos, no estilo de vida das pessoas, nos objetos. A transformao da moda tornou-a mais democrtica, atingiu todas as classes, fazendo com que as mesmas passassem ao consumo compulsivo. As vrias modas existentes fazem parecer com que o homem tenha sua identidade prpria, quando na verdade ele segue um crculo consumista. Assim, Lipovetsky (1983, p. 275) sugere que a moda consumada possui valores e comportamentos diversificados. Ela pode ter disseminado padres universais, mas isso no significa que tenha os uniformizado. Pelo contrrio, ela preza pelas tendncias comportamentais e estilos de vida mais variados possveis.
Referncias LIPOVETSKY, Gilles. O Imprio do Efmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. So Paulo: Companhia das Letras, 1989.