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ESTUDO DE CASO: RAFAEL E MARCELO

Rafael e Marcelo são supervisores de uma empresa de porte médio do ramo eletrônico. Ambos
trabalham na Enrich S.A. há quatro anos e trabalharam em outras empresas do mesmo ramo.
Ambos estão na faixa dos 25 anos, têm o mesmo nível educacional e supervisionaram equipes
de dez pessoas nos últimos três anos. Eles são bastante parecidos, mas na opinião de Ricardo
– que trabalhou com ambos - são muito diferentes.
Ricardo trabalhou na equipe de Rafael por 14 meses antes de ser transferido para a equipe de
Marcelo, onde está trabalhando nos último cinco meses. Ele argumenta que a diferença entre
Rafael e Marcelo é como água e vinho.
Rafael nunca confiou aos membros de sua equipe as tarefas a eles designadas. Segundo
Ricardo, “Rafael estava constantemente verificando se estávamos seguindo suas instruções”.
Ele designava uma tarefa que era facilmente realizável e depois verificava pelo menos quatro
vezes ao dia para ter certeza que estava saindo como ele havia planejado. Rafael nunca
deixava nenhum dos participantes de sua equipe ter o mérito pelo trabalho bem desenvolvido.
Ele é que queria ter todo o mérito.
Desde que Ricardo foi transferido (a seu pedido) para a equipe de Marcelo, as coisas
melhoraram bastante. Agora Ricardo tem vontade de ir trabalhar. Quando Marcelo designa
tarefas para qualquer um dos integrantes da equipe, ele os trata como pessoas responsáveis,
que sabem realizar suas tarefas.
Rafael estava constantemente verificando as tarefas. Quanto algum membro da equipe surgia
com uma nova idéia, Rafael sempre dizia que aquela não era uma boa idéia, sem ao menos
pensar a respeito. Mas se a idéia era boa, a equipe a introduzia e o mérito ficava com Rafael.
Ele tinha sempre que ser o “garoto de ouro” da equipe.
Logo que Ricardo foi para a equipe de Marcelo, a primeira coisa que ouviu dele foi: “Se você
tiver alguma idéia para melhorar as operações, coloque-a imediatamente à equipe”. Marcelo
também colocou que ali se trabalhava em conjunto, que todos os participantes eram
componentes importantes da equipe. Também falou que não seria o supervisor da equipe para
sempre e que gostaria que um dos integrantes de sua equipe tivesse condições de assumir seu
posto no caso de uma promoção.
Rafael também era temperamental. Quando estava mal-humorado, ele descontava nos
integrantes de sua equipe. Nesses dias, nada do que era realizado em seu departamento era
considerado correto. O pior de toda essa situação, segundo Ricardo, era que a equipe não tinha
condições de prever essas mudanças bruscas em seu estado de espírito.
Marcelo nunca leva nada para o lado pessoal, ele é realmente profissional. Sua vida pessoal
não é trazida para a organização. (Administração: Teorias e processos - Caravantes)

Questões para discussão

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