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BIOLOGIA,

EMBRIOLOGIA
& HISTOLOGIA
GUIA DE ESTUDOS PARA ENFERMAGEM

Pedro Augusto
1ª EDIÇÃO - 2022
Esse livro foi elaborado por mim, um estudante universitário do 1.º semestre
do curso de enfermagem, com os conhecimentos adquiridos nas aulas de
“Biologia, Embriologia e Histologia” ministradas pelo Professor Dr.
Fernando Ananias.

A premissa foi tentar criar um método de estudo bom o suficiente que


facilitasse o meu aprendizado e estudo para as provas, produzindo resumos
dos conteúdos das aulas, tendo que ser, obrigatoriamente, de fácil acesso e de
simples consulta, foi aí então que tive a ideia de fazê-lo em um formato
digital, podendo ser facilmente revisitado por mim e compartilhado.

Espero que o conteúdo desse livro seja tão útil para você quanto ele me foi.

Pedro Augusto
Sumário
1. ORGANELAS CELULARES ............................................................................................. 7
• CÉLULAS .......................................................................................................................................... 7
• GENE ............................................................................................................................................... 8
• ORGANELAS .................................................................................................................................... 8
• CURIOSIDADE SOBRE O FÍGADO ...................................................................................................... 11
2. MEMBRANA PLASMÁTICA ........................................................................................ 12
• ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA MEMBRANA PLASMÁTICA ............................................................. 12
• FUNÇÃO DA MEMBRANA PLASMÁTICA ........................................................................................... 13
• LIPÍDEOS DE MEMBRANA (FOSFOLIPÍDIOS) ..................................................................................... 13
• MODELO DO MOSAICO FLUIDO ...................................................................................................... 14
• PROTEÍNAS NA MEMBRANA ........................................................................................................... 15
• CARBOIDRATOS NA MEMBRANA .................................................................................................... 16
• OS COMPONENTES DA MEMBRANA PLASMÁTICA ........................................................................... 16
• AFINAL, O QUE É COLESTEROL? .......................................................................................................17
• REFLEXO DE VÔMITO (ÊMESE) .........................................................................................................17
• LIGANTES E RECEPTORES.................................................................................................................17
• RECEPTORES DE MEMBRANA ......................................................................................................... 18
• TIPOS DE RECEPTORES (PROTEÍNAS RECEPTORAS) .......................................................................... 22
• GRADIENTE ELETROQUÍMICO ......................................................................................................... 23
• BOMBA DE SÓDIO (NA+) E POTÁSSIO (K+) ....................................................................................... 26
• NECROSE (MORTE DA CÉLULA) ....................................................................................................... 26
• EQUILÍBRIO OSMÓTICO .................................................................................................................. 26
3. NÚCLEO E MITOSE .................................................................................................. 27
• ENVOLTÓRIO NUCLEAR .................................................................................................................. 27
• NUCLÉOLO E RIBOSSOMOS ............................................................................................................ 28
• AMINOACIDOS (A.A) ...................................................................................................................... 29
• HISTONAS E CROMOSSOMOS ......................................................................................................... 30
• OCTÂMERO DE HISTONAS .............................................................................................................. 32
• PROBLEMAS CAUSADOS POR ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS ........................................................ 32
• ÁCIDOS NUCLEICOS........................................................................................................................ 34
• DNA 5' 3' LINHAS ........................................................................................................................... 37
• PONTES DE HIDROGÊNIO ............................................................................................................... 37
• DUPLICAÇÃO DO DNA .................................................................................................................... 38
• ANEMIA FALCIFORME .................................................................................................................... 39
• MITOSE (CICLO DA MITOSE) ........................................................................................................... 39
• CÂNCER ......................................................................................................................................... 53
4. EMBRIOLOGIA HUMANA .......................................................................................... 54
• O QUE É A EMBRIOLOGIA HUMANA? .............................................................................................. 54
• SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO .............................................................................................. 54
• ÓRGÃOS EXTERNOS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO .......................................................... 55
• ÓRGÃOS INTERNOS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO .......................................................... 56
• ESPERMATOGÊNESE ......................................................................................................................60
• ERROS DURANTE A MEIOSE ............................................................................................................ 63
• SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ................................................................................................. 64
• ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO.......................................................................... 64
• O QUE É UM ÓVULO?..................................................................................................................... 66
• HIPÓFISE E HIPOTÁLAMO ............................................................................................................... 67
• MENSTRUAÇÃO ............................................................................................................................. 68
5. CICLO MENSTRUAL ................................................................................................. 68
• CICLO MENSTRUAL ........................................................................................................................ 69
• TESTE DE GRAVIDEZ ........................................................................................................................71
• TABELINHA: MITO OU VERDADE? ....................................................................................................71
• GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA, QUAL A DIFERENÇA? .....................................................71
• MENINO E MENINA........................................................................................................................ 72
• TESTICULO E OVÁRIO ..................................................................................................................... 73
• DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO ............................................................................................... 76
• OVULAÇÃO .................................................................................................................................... 77
• ESPERMATOZOIDE X SISTEMA DE DEFESA DA MULHER .................................................................... 77
• FASES DA FECUNDAÇÃO................................................................................................................. 78
6. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO ............................................................................ 82
• BLASTOCISTO ................................................................................................................................ 82
• GRAVIDEZ ECTÓPICA ...................................................................................................................... 86
• FERTILIZAÇÃO IN VITRO ................................................................................................................. 86
• FOLHETOS EMBRIONÁRIOS ............................................................................................................ 86
• ETAPAS DA NEURULAÇÃO .............................................................................................................. 87
• MIELOMENINGOCELE OU ESPINHA BÍFIDA ......................................................................................90
• INCLINAÇÃO AXIAL......................................................................................................................... 91
• DESENVOLVIMENTO DO CORAÇÃO ................................................................................................. 92
• DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA ................................................................................................ 94
• FASES DO NASCIMENTO ................................................................................................................. 96
• RETENÇÃO DA PLACENTA ............................................................................................................... 98
• GÊMEOS ........................................................................................................................................ 99
• ENDOMETRIOSE .......................................................................................................................... 100
7. TECIDOS E OSSOS ................................................................................................. 100
• ORIGEM DO TECIDO EPITELIAL ..................................................................................................... 100
• FUNÇÕES DO TECIDO EPITELIAL .....................................................................................................101
• TECIDO EPITELIAL (TECIDO DE REVESTIMENTO)..............................................................................101
• PROCESSO DE MATURAÇÃO ......................................................................................................... 102
• CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO EPITELIAL ........................................................................................... 103
• LIGAÇÃO ENTRE AS CÉLULAS ......................................................................................................... 111
• TECIDO CONJUNTIVO .................................................................................................................... 111
• ORIGEM DAS CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO ............................................................................ 112
• TECIDO CONJUNTIVO SECUNDÁRIO ............................................................................................... 114
• TECIDO ÓSSEO .............................................................................................................................. 115
• OSSIFICAÇÃO ................................................................................................................................ 115
• CRESCIMENTO DOS OSSOS E FRATURAS ........................................................................................ 116
8. SANGUE E TECIDO.................................................................................................. 116
• SANGUE ....................................................................................................................................... 116
• ELEMENTOS FIGURADOS ............................................................................................................... 117
• COMPONENTES DO SANGUE .........................................................................................................118
• HEMATOPOIESE (A partir dela que se produz os elementos figurados)........................................ 119
• SISTEMA NERVOSO ....................................................................................................................... 121
• NEURÔNIO .................................................................................................................................. 122
• SINAPSE ...................................................................................................................................... 123
• TIPOS DE NEURÔNIOS .................................................................................................................. 124
• BAINHA DE MIELINA .................................................................................................................... 125
BIOLOGIA,
EMBRIOLOGIA
& HISTOLOGIA
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1. ORGANELAS CELULARES

• CÉLULAS

O QUE AS CÉLULAS EUCARIONTES E PROCARIONTES TÊM EM COMUM?

A célula eucarionte e procarionte têm em comum a presença de material genético (embora na célula
procarionte esteja disperso no citoplasma) e de ribossomos.

O QUE SÃO CÉLULAS?

As células são estruturas microscópicas que compõem todos os seres vivos. Em seu interior há uma
série de estruturas e organelas que colaboram para os processos metabólicos.

Porém há diferenças significativas entre os eucariontes e os procariontes. As células de indivíduos


eucariontes contêm uma membrana que delimita o núcleo, chamada de carioteca, possuem
também organelas membranosas e citoesqueleto.

Nos procariontes não há nenhuma dessas estruturas citadas, portanto o material genético fica
disperso no citoplasma como um nucleoide. Além disso, essas células têm parede celular.

CÉLULA PROCARIONTE CÉLULA EUCARIONTE


Maior estrutura, cujo diâmetro máximo é de 100
Menor estrutura, cujo diâmetro máximo é de 5 μm.
μm.
Funcionamento simples. Funcionamento complexo.
Não há organelas membranosas. Possui organelas membranosas.
Material genético está no citoplasma. Material genético está dentro do núcleo.
Molécula de DNA circular. Molécula de DNA longa e filamentar.
Reproduzem-se por fissão binária assexuada. Reproduzem-se por mitose e meiose.
Constituem seres unicelulares. Formam seres uni ou pluricelulares.
Reino Monera. Reinos Protista, Fungi, Plantae e Animalia.
Bactérias e arqueias são seres procariontes. Fungos, plantas e animais são seres eucariontes.

As células eucariontes são mais complexas por conta das organelas. Elas criam compartimentos
funcionais. Cada organela realiza uma função específica, exemplo: No banheiro, você toma
banho, na cozinha você cozinha a sua comida e no quarto você dorme, ou seja, cada cômodo tem
a sua função ESPECÍFICA, assim como as organelas.

“Todos os nossos órgãos são formados por células. Se alguma coisa está acontecendo com o
paciente (alguma doença). É porque alguma coisa aconteceu com a sua célula. Se o paciente está
doente, é porque houve modificações na sua célula.” (Professor)

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• GENE
O QUE É?

É uma porção do DNA que guarda as informações para a síntese de uma proteína, ou seja, as
informações genéticas ficam no GENE dentro do DNA.

O RNA é o ácido ribonucleico, ele possui uma função diferente do que o DNA, enquanto o DNA
está armazenando as nossas informações genéticas, o RNA pega as informações genéticas
armazenadas no DNA e transforma essa informação genética em proteínas.

Uma letra qualquer do código genético (DNA) que sofreu


alguma mudança vai causar problemas para o indivíduo. Essa
mudança é conhecida como mutação. Uma mutação no DNA
vai causar uma mutação no RNA e que vai causar uma
modificação da proteína.

• ORGANELAS
Ribossomos:
Síntese de proteína. São estruturas celulares, presentes em células procarióticas e eucarióticas,
responsáveis pela síntese de proteínas.
As proteínas são as macromoléculas orgânicas mais abundantes das células, fundamentais para a
estrutura e função celular. Elas são encontradas em todos os tipos de células e nos vírus.
Elas são formadas por aminoácidos ligados entre si e unidos através de ligações peptídicas.

“Todas as proteínas do nosso corpo são recebidas pelo ribossomo. Os aminoácidos (a.a) sempre
dão origem às proteínas. São mais ou menos 20 tipos de aminoácidos.” (Professor)

As proteínas nunca são iguais, pois são diferentes Aminoácidos (a.a) que vão se juntando para a
formação da proteína, além disso, uma proteína pode ter milhares de aminoácidos (a.a).

Repare que uma proteína possui diversos aminoácidos, alguns iguais e outros não.

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“Tudo tem proteína envolvido. Tudo o que ocorre no organismo tem direta ou indiretamente relação
com a proteína.” (Professor)

Exemplos de doenças relacionadas à proteína:


1. Alzheimer: problema na proteína.
2. Diabetes
- Tipo 1: Doença crônica em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina.
- Tipo 2: O corpo não produz insulina ou cria resistência à insulina.

A insulina é uma proteína!

Retículo endoplasmático rugoso¹ (RER):


Síntese de proteína que vão para fora da célula;
Enzimas digestivas (Lisossomos).
¹O retículo endoplasmático, quando associado aos ribossomos adquire uma aparência áspera, motivo pelo
qual é chamado de rugoso ou granuloso.

Retículo endoplasmático liso (REL):


Síntese de lipídios;
Desintoxicação.

Lisossomo:
Digestão celular.
“O lisossomo é cheio de enzimas*.”
*Enzimas são proteínas que atuam controlando a velocidade e regulando as reações que ocorrem no organismo.
Elas catalisam reações químicas específicas atuando sobre substratos específicos e em locais específicos desses
substratos. A ação das enzimas pode ser influenciada por alguns fatores, como a temperatura elevada.

Núcleo:
Centro de controle da célula.

Vacúolo (célula Vegetal):


Armazena substâncias e regeneração osmótica.

Plastos:
Cloroplastos. = Fotossíntese.

Citoesqueleto:
Micro túbulos; *
Filamentos intermediários; *
Micro filamentos. *
*Sustentação e Movimento

Complexo de Golgi. “Correios da célula”:


Recebe, modifica e envia as secreções*;
Forma os lisossomos e o acrossomo.
*Vesícula Secretora

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“O Golgi não armazena, o Golgi ao receber as proteínas (a.a) faz o processamento final.” (Professor)

O retículo endoplasmático rugoso, faz* as proteínas e as envias para o complexo Golgi. O complexo
Golgi ao receber essas proteínas, as empacota e as distribui pelo corpo.
*Quem faz as proteínas (a.a) são os ribossomos grudados na parede do reticulo endoplasmático.

“Enzimas que estão no Golgi vão pendurando informações nos aminoácidos e os transformando
em proteínas especificas” (Professor)

Peroxissomo:
Quebra a H2O2 com a Enzima catalase;
“Formação” da bainha de mielina²
²A Bainha de Mielina é uma capa de tecido adiposo que protege suas células nervosas. Estas células são parte
do seu sistema nervoso central, que transporta mensagens entre o seu cérebro e o resto do seu corpo.

Macrófagos:
São células de defesa, cuja atuação se dá no sistema imunológico. Estão presentes no tecido
conjuntivo e concentram-se em órgãos com função de defesa do organismo. Os macrófagos se
caracterizam por serem células com formato irregular, possuírem citoplasma abundante e terem
pseudópodes.

Mitocôndria:
Respiração celular. As mitocôndrias são organelas celulares encontradas exclusivamente nas
células eucariontes. É nelas que ocorre a respiração celular, um processo em que moléculas
orgânicas são utilizadas na fabricação de adenosina trifosfato (ATP), que é a principal fonte de
energia das células.
ENERGIA:
ATP OU CALOR

Quando o bebê nasce, ele utiliza mais energia de calor, pois para ele isso é mais importante para
a sua sobrevivência momentânea (O bebê pode morrer sem calor).
O Adulto utiliza mais ATP.

“A mitocôndria produz ATP, mas para os bebês, calor” (Professor)


“O Musculo possui muita mitocôndria. A mitocôndria tem 2 membranas (a interna e a externa).”
(Professor)

Alguns tecidos apresentam uma maior quantidade de mitocôndrias quando comparados com
outros. Esse é o caso das células do tecido muscular, que são ricos dessas organelas em razão da
sua necessidade constante de energia.
O oxigênio é muito importante para os nossos músculos. Sem o oxigênio o muscula terá que
trabalhar de maneira anaeróbica, e isso causa dores muscular.
“A criação do 2 lactato vai produzir ATP sem oxigênio e isso faz ocorrer dores musculares e
câimbras” (Professor)

FERMENTAÇÃO LÁTICA NO MÚSCULO

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A FERMENTAÇÃO LÁTICA nas células musculares é um processo que ocorre de forma alternativa,
frente a situações em que o organismo não realiza respiração aeróbia. Considerado um artifício
metabólico de curto prazo, ativado quando o organismo é submetido a um intenso esforço físico
em condições de baixa oxigenação muscular.

Durante a atividade motora (contrações musculares) em condições de anaerobismo, inicialmente as


células catabolizam parcialmente a molécula de glicose (não aproveitando todo o potencial
energético deste monossacarídeo), processada em duas moléculas de ácido pirúvico, fornecendo
uma quantidade pequena de Adenosina Trifosfato (2 moléculas de ATP), produzindo também duas
moléculas de NADH2 (enzima aceptora de hidrogênio).

Em continuidade ao processo catabólico, cada ácido pirúvico em reação com as moléculas de


NADH2, dão origem a duas moléculas de ácido lático, restituindo as enzimas e liberando mais 06
moléculas de ATP para o funcionamento celular.

Naturalmente, por meio do mecanismo aeróbio, são produzidas 38 moléculas de ATP. Contudo, por
meio do mecanismo anaeróbio, são ofertadas apenas 08 moléculas de ATP.

Porém, a desvantagem anaeróbia em relação à aeróbia, consiste não somente a quantidade de ATP,
mas aos efeitos fisiológicos causados. Em decorrência a extensos períodos de atividade fermentativa
(exercícios físicos prolongados), as células musculares passam a conter uma concentração muito
elevada de ácido lático, prejudicando o funcionamento da célula.

Entre os efeitos provocados em defesa do metabolismo, o organismo passa a sentir dor e fadiga
muscular, causada por uma contração arrítmica (gradativa ou repentina) atuando com sinal de alerta,
induzindo o fim da atividade para repouso e restabelecimento da capacidade fisiológica do órgão.
Isso ocorre à medida com que o excesso de ácido lático se difunde para o fígado, onde é convertido
em ácido pirúvico e posteriormente em glicose armazenada na forma de glicogênio, sendo a
conversão denominada de gliconeogênese.

• CURIOSIDADE SOBRE O FÍGADO

O fígado faz a desintoxicação, transformando uma molécula tóxica em atóxica.


Um remédio pode ser toxico para o nosso corpo e por isso ele deve ser desintoxicado pelo fígado.

MAS O REMÉDIO É DESINTOXICADO ANTES OU DEPOIS DE FAZER EFEITO?


(pergunta de um aluno)

Via oral: Metabolismo de primeira Passagem*. Quando o paciente bebe o remédio, ele vai ser
desintoxicado primeiro. Porque vai passar pelo fígado e depois “caminhar” pelo corpo.

Via parenteral (injeção): Totalmente oposto. Primeiro a substância “caminha” pelo corpo e só
depois que chega ao fígado que ela será desintoxicada.
*Metabolismo de primeira passagem (também conhecido como metabolismo pré-sistêmico ou efeito de
primeira passagem) é um fenômeno do metabolismo dos fármacos no qual a concentração do fármaco é
significantemente reduzida (e inativada) pelo fígado antes de atingir a circulação sistêmica.

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Após um fármaco ser ingerido, ele é absorvido pelo sistema digestivo e entra no sistema porta
hepático. Antes de atingir o resto do corpo, ele é carregado através da veia porta hepática para o
fígado. O fígado metaboliza muitos fármacos, às vezes de tal maneira que somente uma pequena
quantidade de fármaco ativo é lançado a partir do fígado em direção ao resto do sistema circulatório
do corpo. Essa primeira passagem pelo fígado diminui significativamente a biodisponibilidade do
fármaco. Vias de administração alternativas podem ser usadas, como intravenosa, intramuscular,
sublingual e trans dérmica. Estas vias evitam o efeito de primeira passagem pois permitem que o
fármaco seja absorvido diretamente na circulação sistêmica.

2. MEMBRANA PLASMÁTICA

• ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA MEMBRANA PLASMÁTICA


A membrana plasmática, também chamada de membrana celular ou plasmalema, é uma estrutura
que delimita a célula, separando o meio intracelular do meio externo. Ela atua delimitando e
mantendo a integridade da célula, é como uma barreira seletiva, permitindo que apenas algumas
substâncias entrem, como oxigênio e nutrientes, e outras saiam, como os resíduos e, assim, manter
a homeostasia.

Ela “desenha” a fronteira da célula, funcionando como a muralha de um castelo, que reveste e
delimita, protege e seleciona o que entra e sai por seus muros.

Veja na imagem abaixo, em marrom, a estrutura da Membrana Plasmática:

Para executar essas funções, a membrana plasmática precisa de lipídios, que formam uma barreira
semipermeável entre a célula e seu ambiente. Ela também precisa de proteínas, que estão
envolvidas no transporte através da membrana e na comunicação celular, e carboidratos (açúcares
e cadeias de açúcar), que enfeitam as proteínas e os lipídios e ajudam as células a reconhecerem
umas às outras. (Ainda veremos mais disso nesse artigo)

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• FUNÇÃO DA MEMBRANA PLASMÁTICA

A membrana plasmática desempenha diversas funções importantes na célula, como:


• Delimita a célula, separando seu meio interno do ambiente externo;
• Protege a célula contra a ação de diversos agentes;
• Controla as substâncias que entram e saem da célula;
• Detecta sinais do meio externo.

“Do lado de fora da célula tem muito sódio e do lado de dentro, muito potássio.” (Professor)

Íon pode ter carga: Negativa e Positiva


Dentro da célula há um predomínio de ânion ¹ e por isso que internamente a célula é negativa.
Fora da célula há um predomínio de cátion ² e por isso que externamente ela é positiva.
¹Átomo que ganhou (ou aceitou) elétrons e, portanto, está carregado negativamente.
² Átomo que perdeu (ou cedeu) elétrons e, portanto, está carregado positivamente.

Essa é uma célula POLARIZADA, ou seja, está em repouso.


Isso ocorre, pois, a célula possui dois polos em diferentes
estados. O lado de dentro está negativo e o lado de fora
está positivo.

A troca de polaridade, do meio externo para o meio interno


e vice-versa, gera o impulso elétrico.

• LIPÍDEOS DE MEMBRANA (FOSFOLIPÍDIOS)


Uma analogia que podemos fazer para Veja na figura abaixo.
entender o funcionamento da parede celular
da membrana plasmática - que é constituída Assim, as caudas hidrofóbicas ficam voltadas
por uma camada DUPLA de fosfolipídio - é para o interior da bicamada protegidas da
como tentar misturar a água com o óleo: A água, formando um meio hidrofóbico ou
água é polar e o óleo é apolar, dessa forma, apolar nesta região da membrana.
por apresentarem essa diferença de
polaridade, eles não se misturam, um acaba
AFASTANDO O OUTRO. Sabendo disso,
podemos dizer então, que a cabeça seria a
água e a cauda o óleo

A membrana é formada por lipídeos que


apresentam uma região da molécula
hidrofílica, que interage com a água, e uma
cauda apolar ou hidrofóbica (formada pela
cadeia de hidrocarboneto de ácidos graxos)
que “foge” da água.

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E POR QUE TEMOS TODA ESSA ESTRUTURA?

Sabendo que dentro da célula é cheio de água e pela célula estar em um meio aquoso, é preciso
separar essa célula desse meio aquoso que ela se encontra. A maneira biológica encontrada para
fazer isso ocorrer é colocar moléculas de gordura (lipídios) como uma parede dupla, sendo o meio
entre essas duas paredes HIDROFÓBICO, ou seja, repelindo o contato do meio externo com o meio
interno, e as paredes HIDROFÍLICAS.

A ÁGUA PODE ATRAVESSAR A MEMBRANA PLASMÁTICA?

A água pode, de fato, atravessar a membrana plasmática sem auxílio, mas somente em uma taxa
muito baixa. (Você pode imaginar pouquíssimas moléculas de água escondidas entre as caudas dos
fosfolipídios, ocasionalmente escapando com esta manobra devido ao seu pequeno tamanho). Os
canais de proteínas chamados aquaporinas, que a célula pode abrir e fechar conforme sua
necessidade, são utilizados para o transporte rápido das moléculas de água através da membrana
plasmática.

• MODELO DO MOSAICO FLUIDO


“Isso faz com que a célula não seja estática, esse meio aquoso permite o movimento da célula, assim
como o óleo num copo com água.” (Professor)

De acordo com o modelo de mosaico fluido, a membrana plasmática é um mosaico de componentes


— principalmente de fosfolipídios, colesterol e proteínas — que se movem livremente e com fluidez
no plano da membrana, ou seja, um diagrama da membrana (como o de abaixo) é apenas um
instantâneo de um processo dinâmico em que os fosfolipídios e as proteínas estão continuamente
deslizando uns entre os outros.

Curiosamente, esta fluidez significa que se você inserir uma agulha muito fina em uma célula, a
membrana irá simplesmente fluir ao redor da agulha; e, uma vez que a agulha é removida, a
membrana irá se reconstituir sem qualquer problema.

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• PROTEÍNAS NA MEMBRANA
As proteínas são o segundo maior componente das membranas plasmáticas. Há duas categorias
principais de proteínas da membrana: integrais e periféricas.

As proteínas integrais de membrana são, como seu nome sugere, integradas à membrana: elas
têm pelo menos uma região hidrofóbica que as ancora no interior hidrofóbico da bicamada de
fosfolipídios. Algumas estão apenas parcialmente ancoradas na membrana, enquanto outras estão
inseridas de um lado a outro da membrana e estão expostas nos dois lados. As proteínas que se
estendem através das duas camadas da membrana são chamadas proteínas transmembrana.
As porções de uma proteína integral de membrana localizadas dentro da membrana são
hidrofóbicas, enquanto aquelas que são expostas para o fluido extracelular ou para o

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citoplasma (lado de dentro da célula) tendem a ser hidrofílicas. Algumas proteínas integrais de
membrana formam um canal que permite que íons ou outras pequenas moléculas passem
através da membrana. (Veremos isso melhor abaixo em Transporte Transmembrana)
Proteínas periféricas de membrana são encontradas no exterior e no interior das superfícies das
membranas, conjugadas tanto às proteínas integrais quanto aos fosfolipídios. Ao contrário das
proteínas integrais de membrana, proteínas periféricas de membrana não aderem ao interior
hidrofóbico da membrana, e tendem a ser mais frouxamente ligadas.

• CARBOIDRATOS NA MEMBRANA
Os carboidratos são o terceiro maior componente da membrana plasmática. Em geral, eles são
encontrados na superfície externa das células e estão associados às proteínas (formando as
glicoproteínas¹) ou aos lipídios (formando os glicolipídios²). Estas cadeias de carboidratos podem
consistir em 2-60 unidades de monossacarídeo e podem ser simples ou ramificadas.

Juntamente às proteínas de membrana, esses carboidratos formam marcadores celulares distintos,


um tipo de identidade molecular que permite que as células reconheçam umas as outras. Esses
marcadores são muito importantes para o sistema imune, permitindo que células imunitárias
diferenciem entre as células do organismo, as quais não devem ser atacadas, e células ou tecidos
estranhos, os quais devem ser atacados.
¹as glicoproteínas são proteínas que possuem ligações covalentes a uma ou mais cadeias de oligossacarídeos
(polissacarídeos pequenos). Essas cadeias são bem heterogêneas, influenciando no dobramento e na
estabilidade da proteína e acabam gerando informações sobre o destino dela.
²geralmente, os glicolipídios são encontrados no folheto externo das membranas celulares, onde desempenha
não apenas um papel estrutural para manter a estabilidade da membrana, mas também facilita a comunicação
célula-célula atuando como receptores, âncoras para proteínas e reguladores da transdução de sinal.

• OS COMPONENTES DA MEMBRANA PLASMÁTICA

A – Bicamada lipídica (ou fosfolipídica): fosfolipídios são moléculas antipáticas que se dispõem
na bicamada com a porção hidrofóbica apolar dirigida para o centro da membrana, e com a porção
hidrofílica polar (cabeça com terminal fosfato) direcionada para o exterior ou interior da célula;
B – Colesterol: reduz ou aumenta a fluidez da membrana de acordo com a temperatura,
funcionando como um “tampão de fluidez”. (Seria como uma espécie de amortecedor)
Não há necessidade de ser ingerido via alimentação, isso porque o fígado já o produz, ou seja,
produção endógena. Sem o colesterol não existiria a produção da membrana das células e
nem a produção de hormônios esteroides;

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C – Proteína intrínseca (ou transmembrana): são firmemente aderidas aos lipídios da membrana
e formam canais de transporte de substâncias e, também, são receptores específicos de hormônios;
70% das proteínas de membrana são desse tipo;
D – Proteína extrínseca: ligam-se à membrana por interação com a região polar dos lipídios ou por
interação com as proteínas transmembranas (também conhecidas como integrais);
E – Glicoproteína: associação entre carboidratos e proteínas de membrana;
F – Glicolipídios: associação entre carboidratos e lipídios. As glicoproteínas e glicolipídios são
marcadores responsáveis pela determinação dos grupos sanguíneos;
G – Glicocálice (ou Glicocálix): união entre glicoproteínas e glicolipídios; é através do glicocálix
que as células se reconhecem e se unem umas às outras, para formar os tecidos.

• AFINAL, O QUE É COLESTEROL?


O colesterol é um tipo de gordura encontrada no organismo, muito importante para o seu
funcionamento normal. Ele é o componente estrutural das membranas celulares e está presente
no coração, cérebro, fígado, intestino, músculos, nervos e pele.

O corpo usa o colesterol para produzir alguns hormônios, tais como vitamina D, testosterona,
estrogênio, cortisol e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras.

Cerca de 70% do colesterol do organismo é endógeno, ou seja, produzido pelo corpo, e apenas 30%
é obtido pela alimentação. Contudo, ao consumir grandes quantidades de alimentos ricos em
gordura, o fígado acaba produzindo mais colesterol do que o normal.

Essa produção adicional significa que elas vão de um nível normal de colesterol para um que não é
saudável. Tanto as taxas de colesterol muito altas quanto as muito baixas são perigosas à saúde.

• REFLEXO DE VÔMITO (ÊMESE)

O vômito ou êmese é definido como um mecanismo de defesa do organismo cuja finalidade é a


expulsão forçada do conteúdo gástrico. Normalmente é precedido por sintoma de náusea, que é à
vontade ou iminência de vômito.

Reflexo de vômito: (Algo não está bem)


• Receptor de Membrana
• Receptores Químicos

Quando eles percebem que há algo de errado com o alimento, ele envia uma informação para o
centro hermético no tronco encefálico e este da como resposta o vômito.

• LIGANTES E RECEPTORES

Receptores são de vários tipos, mas eles podem ser divididos em duas categorias: receptores
intracelulares, os quais são encontrados dentro da célula (no citoplasma ou no núcleo), e
receptores de superfície celular, os quais são encontrados na membrana plasmática.

17
Receptores são importantes para sinalizar a molécula (ligante) o caminho que ele precisa fazer
dentro do corpo humano até chegar em seu local de destino. Assim como uma jornada de mil
quilômetros começa com um único passo, também uma via de sinalização complexa no interior de
uma célula começa com um único evento essencial – a ligação entre uma molécula sinalizadora, ou
ligante, e sua molécula receptora, ou receptor.

Receptores e ligantes possuem várias formas, mas todas têm uma coisa em comum: existem em
pares estreitamente alinhados, com um receptor reconhecendo apenas um (ou poucos) ligantes
específicos, e um ligante se ligando a apenas um (ou poucos) receptores alvos. A ligação de um
ligante a um receptor muda sua forma ou atividade, permitindo-lhe transmitir um sinal ou produzir
diretamente uma mudança dentro da célula

“Os receptores variam de uma célula para outra. Isso ocorre para que a molécula
específica se ligue com a célula específica. Exemplo: chave e cadeado.” (Professor)

“Quantos receptores podemos ter em uma célula?” (Pergunta de uma aluna)

“Não existe um número específico” (Professor)

• RECEPTORES DE MEMBRANA
Receptores de membrana são muito importantes porque são eles que permitem que nos
comuniquemos com o mundo exterior. Sem os receptores de membrana, nossas células não
poderiam trabalhar em conjunto e formar o corpo humano que conhecemos.

18
MAS O QUE É UM RECEPTOR DE MEMBRANA?

Um receptor de membrana é basicamente uma proteína integral que está na membrana celular e
que faz a comunicação com o meio externo. De forma resumida, eu vou dizer que é uma proteína
integral que se comunica com o meio externo.

A forma com que os receptores de membrana funcionam é que no nosso corpo tem um monte de
moléculas sinalizadoras circulando.

Nós as chamamos de moléculas sinalizadoras extracelulares, já que elas estão fora da célula. Esta
parte aqui é a porção extracelular. (Vamos dizer que temos uma molécula sinalizadora rosa. Para
facilitar a nossa compreensão, vamos supor que ela se pareça com um triângulo. É claro que, na
verdade, ela não se parece com um triângulo, ok?)

Moléculas sinalizadoras podem ser uma variedade de coisas. Podem ser íons, ou moléculas que
basicamente se ligam a outras entidades químicas. Por isso, também são chamadas de ligantes. Um
ligante pode ser um neurotransmissor, ou um hormônio, ou uma célula que reconhece
moléculas. E o que eles podem fazer é se ligar ao nosso receptor de membrana e desencadear
mudanças dentro da célula.

Eu vou desenhar aqui um receptor de membrana. Lembre-se que estas são proteínas integrais.
Proteínas integrais são proteínas que atravessam a membrana celular. Vamos supor que temos uma
proteína integral aqui.

19
Basicamente, o que vai acontecer é que este ligante vai se ligar a esta proteína integral. Vou
representar isso aqui embaixo.

A proteína integral que está em nossa membrana celular vai se ligar ao triângulo ligante que temos,
desta maneira acima. Agora, o que temos aqui o nosso complexo ligante-receptor. É só um jeito de
dizer que o ligante e o receptor de membrana se ligaram. E, uma vez que isso acontece, isso pode
dizer à célula o que fazer. Isso consegue explicar coisas como o funcionamento hormonal, ou como
nossos impulsos nervosos funcionam, ou ainda por que nossas células se dividem ou morrem.
Também explica por que a célula permite que algumas coisas entrem dentro dela e outras, não.

Um conceito de aplicação real que é muitíssimo importante é o design de drogas


farmacêuticas.

Na verdade, uma boa parte das drogas tem como alvo nossos receptores de membrana. É por
isso que algumas drogas têm como alvo células específicas. Algumas drogas atingem apenas o seu
fígado, enquanto outras atingem o seu coração. Isso porque diferentes células possuem
diferentes receptores, e esses receptores se ligam a diferentes ligantes. O processo inteiro de
se ligar e dizer à célula o que fazer tem um nome especial próprio: é a transdução de sinal. O que
acontece durante esse processo é que uma molécula sinalizadora extracelular (o nosso ligante) se
liga ao nosso receptor de membrana e aí essa proteína receptora causa uma resposta intracelular
(dentro da célula). Ou seja, depois da ligação, vai acontecer o que chamamos de resposta
intracelular. Esse receptor vai se ligar à proteína e isso vai fazer com que a proteína mude sua
conformação, o que pode ativar proteínas sinalizadoras intracelulares, ou seja, proteínas dentro da
célula. Isso vai ativar uma cascata de sinais proteicos que vão alterar o comportamento de nossa
célula.

20
PARECE BEM COMPLICADO, NÃO É?

Basicamente, a maneira como isso funciona é que temos um sinal original (o ligante) e isso pode
ser um hormônio, um neurotransmissor ou outra coisa. E aí esse sinal vai ser passado adiante.
Ele se liga uma proteína, que vai dizer a outras proteínas dentro da célula o que está acontecendo.
Esse sinal vai ser propagado pelas células que desempenham uma função específica.
Como você pode perceber, aqui no diagrama eu desenhei uma forma específica para
o ligante: eu escolhi um triângulo. Na verdade, essa escolha foi feita devido à
facilidade de desenhar. Mas repare que ele se encaixa perfeitamente na proteína
que eu desenhei, que tem um encaixe para o triângulo. Isso é muito importante.
Cada receptor é específico. Então, o que está faltando, neste caso, algo com formato
de triângulo, só pode se ligar a alguns tipos, e muitas vezes a apenas um único tipo
de ligante especificamente. Neste caso aqui, ele só pode se ligar a este ligante
triangular rosa.
Receptores permitem que o nosso corpo e células transfiram informações de uma
forma muito bem específica. Isso é importante porque, quando o corpo libera
hormônios, eles se espalham por todo o sistema sanguíneo.

COMO QUE O NOSSO PÂNCREAS SABE QUAIS SÃO OS SEUS HORMÔNIOS? E COMO O
CORAÇÃO FARIA PARA NÃO INTERAGIR COM ELES?

Bem, este é o porquê: os receptores de membrana têm uma preferência específica para certos
tipos de ligantes. Inclusive, nós chamamos isso de modelo chave-fechadura. Se a gente imaginar
o nosso ligante como uma chave e o receptor como uma fechadura, o nosso receptor de
proteína, que é uma fechadura neste caso, precisa de uma chave específica para abri-la. Assim
como no nosso chaveiro, onde nós devemos ter uma chave para a caixa do correio, outra para a
porta da frente, talvez uma para a porta de trás. Cada uma dessas chaves vai ter um encaixe
diferente e abrir uma fechadura diferente. Basicamente é assim que as nossas células funcionam.
Agora, eu só quero apontar que este é o modelo antigo. Nosso modelo mais recente é chamado
encaixe induzido. Esses dois conceitos são bem similares, mas, ao invés de dizer que o ligante e a
membrana receptora têm um formato bastante específico, o encaixe induzido traz mais flexibilidade.
Ele diz que o ligante e a membrana receptora podem, às vezes, mudar a sua conformação, assim
como uma massa que pode ser modelada para realizar um encaixe.

Ainda tem uma tonelada de novos receptores de membrana sendo descobertos. Inclusive, até onde
sabemos, nós podemos agrupar os receptores de membrana em três grandes grupos:

• O primeiro grupo nós chamamos de canais iônicos regulados por ligantes.


• Já o segundo grupo nós chamamos de receptores acoplados à proteína G.
• E o terceiro e último grupo são os receptores ligados a enzimas.

Resumindo: Nós temos receptores de membrana muito importantes na membrana celular. Eles são
proteínas integrais que permitem às células se comunicarem com o ambiente externo.

21
O processo pelo qual essas proteínas funcionam, esses receptores de membrana, é que temos
ligantes, que podem ser íons ou moléculas. Aí, um ligante específico pode se ligar à proteína integral,
causando o processo que nós chamamos de transdução de sinal.

A transdução de sinal significa que o nosso sinal, ou nossa ligação, é propagada pelas células,
ativando diferentes proteínas e causando uma resposta intracelular. Ligantes e receptores têm
um encaixe bastante específico. Somente ligantes específicos podem se encaixar com receptores
de membrana específicos, no que nós chamamos, inclusive, de um modelo chave-fechadura. Um
nome mais atual para isso é o encaixe induzido, na qual o ligante e o receptor são um pouco mais
flexíveis, como uma massa de modelar, ou seja, podem mudar sua conformação de forma leve para
encaixar um no outro. Todos esses receptores de membrana que conhecemos podem ser agrupados
em três grupos: canais iônicos regulados por ligantes, receptores acoplados à proteína G e
receptores ligados a enzimas.

• TIPOS DE RECEPTORES (PROTEÍNAS RECEPTORAS)

• Do tipo canal iônico: Canal por onde passam íons (Ca+, Na+, K+, Cl, etc.)
quando ele é ativado ele se abre e passam os íons.
CANAIS IÔNICOS SÃO SELETIVOS

• Ligado à proteína G: Proteínas formada por unidades α, β e y (alfa, beta e Gama)


• Receptor que funciona como Enzima: Receptores ligados a enzimas são receptores de
membrana plasmática com domínios intracelulares que estão associados com uma enzima.
Em alguns casos, o domínio intracelular do receptor na verdade é uma enzima que catalisa a
reação. Outros receptores ligados à enzima têm um domínio intracelular que interage com
uma enzima

POR QUE AS CÉLULAS TÊM RECEPTORES?

Ao ser ativado o receptor desencadeia uma reação em cascata. E por que isso ocorre? Para fazer
alterações na célula. O objetivo disso é provocar na célula uma mudança, exemplo: Fazer a célula se
dividir.

22
- Se a molécula reconhece o receptor FORA da membrana ela é HIDROSSOLÚVEL e se ela
reconhece o receptor DENTRO da membrana ela é LIPOSSOLÚVEL*, pois consegue
atravessar a camada de fosfolipídios até o receptor.

* Que se dissolve em gordura ou óleo

• GRADIENTE ELETROQUÍMICO

O QUE É A DIFUSÃO SIMPLES?

É o processo no qual o soluto se move diretamente através da membrana plasmática (Parede dupla
de fosfolipídios), do meio mais concentrado para o menos concentrado, sem a ajuda de proteínas
transportadoras.

TRANSPORTE PASSIVO (FACILITADA)


O transporte passivo é o tipo de transporte de substâncias através da membrana plasmática que
ocorre SEM gasto de energia, que conta com o auxílio de proteínas.
Não há gasto de energia porque as substâncias deslocam-se naturalmente do meio mais
concentrado para o menos concentrado, ou seja, A FAVOR do gradiente de concentração.

23
TRANSPORTE ATIVO
O transporte ativo é o que ocorre através da membrana celular COM gasto de energia (ATP).
Nesse caso, o transporte de substâncias ocorre do local de menor para o de maior concentração, ou
seja, CONTRA um gradiente de concentração.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS TRANSPORTES PASSIVO E ATIVO?

No transporte passivo não há gasto de energia para o deslocamento das substâncias. Enquanto isso,
no transporte ativo as substâncias deslocam-se com gasto de energia.

“Quando o transporte é CONTRA o gradiente eletroquímico exige o gasto de energia ATP”


(Professor)

24
QUAL A DIFERENÇA BÁSICA DE UNIPORTE, ANTIPORTE E SIMPORTE?

• Uniportadores (ou transportadores uniport): transportam um único tipo de substrato,


seguindo o gradiente de concentração. Um exemplo disso é a proteína de transporte para a
glicose (carreador GLUT);
• Antiportadores (ou transportadores antiports): fazem a translocação de dois tipos de
substratos diferentes em direção opostas, usando o gradiente de concentração de um deles
para impulsionar o outro contra o gradiente de concentração. Um exemplo disso é o trocador
Na+/Ca2+, o qual o sódio entra na célula (a favor do gradiente químico) e o cálcio sai da célula
(contra o gradiente químico);
• Simportadores (ou transportadores simport): fazem a translocação de dois substratos
diferentes na mesma direção, usando o gradiente de concentração de um deles para
impulsionar o outro contra o seu gradiente químico. Um exemplo disso é o carreador
Na+/Glicose no intestino (carreador SGLT1) o qual deixa entrar sódio em função do gradiente
químico, e impulsiona a entrada também de glicose (contra o gradiente químico).

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• BOMBA DE SÓDIO (NA+) E POTÁSSIO (K+)
A bomba mais conhecida é a bomba de Na+/K+, cuja função é manter o potencial elétrico e as
condições fisiológicas essenciais para a sobrevivência das células. Essa bomba bombeia sódio
do meio intracelular para o meio extracelular, isto é, contra seu gradiente químico. Concomitante a
esse processo, essa mesma bomba carrega potássio o meio extracelular para o meio intracelular,
também contra o gradiente químico.

• NECROSE (MORTE DA CÉLULA)


“Sua PRINCIPAL causa é a ausência de oxigênio na célula, mas não SOMENTE por isso.”
(Professor)

• EQUILÍBRIO OSMÓTICO
A osmose é um processo de difusão da água através de uma membrana seletivamente permeável.
Nessa difusão, observa-se a movimentação do solvente do meio menos concentrado para o meio
mais concentrado e sem gasto de energia pela célula. Essa movimentação da água acontece
até que as concentrações dos dois lados da membrana estejam iguais. A osmose pode ser
observada no nosso dia a dia, quando, por exemplo, colocamos sal em uma salada, fazendo com
que os vegetais ali presentes percam água por osmose para o meio externo (mais concentrado) e
murchem.

H2O: Solvente
ÍONS e MOLÉCULAS: Soluto

A solução ou meio isotônico é aquele em que há equilíbrio entre a célula e o meio, ou seja, a
velocidade de entrada e saída do solvente da célula é a mesma, de modo que os meios ficam
igualmente concentrados de soluto.

Dentro da célula a quantidade de SOLVENTE e SOLUTO é, ou deveria ser, equivalente.

“A célula SEMPRE tem que se manter isotônica. Na DIFUSÃO quem se movimenta é o soluto e na
OSMOSE quem se movimenta é o solvente.” (Professor)

Se a célula ficar HIPERTÔNICA é porque tem + soluto


- Isso faz com que a célula perca H2O para tentar fazer com que a célula volte a ser isotônica.
Exemplo: Se o lado de fora da célula tiver maior concentração do que do lado de dentro, a
célula vai começar a transferir H2O do meio interno para o meio externo, se desidratando,
com o intuito de deixar ambos os lados equilibrados. Porém, essa desidratação em excesso
pode ser muito prejudicial à célula, chegando à desidratação total e culminando na morte da
célula (necrose).

Resumo: Caso uma célula seja inserida nesse contexto, perderá água até secar, já que a
movimentação se dará de dentro para fora da célula.

26
Se a célula ficar HIPOTÔNICA é porque tem + solvente
- Se uma célula for inserida em um meio hipotônico, provavelmente inchará até se romper,
uma vez que a movimentação de solvente para seu interior é constante, em busca de
equilíbrio.

3. NÚCLEO E MITOSE

• ENVOLTÓRIO NUCLEAR
O envoltório nuclear possui DUAS membranas, uma externa e outra interna. As membranas estão
sendo representadas nessa imagem por essas linhas azuis escuras. Sendo que a linha azul escura de
dentro é a membrana (parede) interna e a linha azul escura de fora é a membrana externa. Já esse
espaço de dentro, em azul claro, que fica entre as membranas de azul escuro, chama-se perinuclear.

Perceba que o Envoltório Nuclear é uma continuação do Reticulo Endoplasmático, sendo muito
importante na fase de mitose, onde ele vai formar o Envoltório Nuclear.

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Além disso, é importante perceber que o Envoltório Nuclear possui POROS, chamados de POROS
NUCLEARES. Os POROS são esses espaços que existem por todo o Envoltório Nuclear e, que na
imagem abaixo, estão circulados em vermelho.

Esses POROS servem para comunicar o


Citoplasma¹ com o Nucleoplasma², ou seja, ele
permite a comunicação e a permissão de
substâncias, tanto para entrada no núcleo,
como para a saída do núcleo.

As linhas em roxo são os filamentos de DNA.

¹Citoplasma: líquido que preenche a célula


²Nucleoplasma: líquido que preenche o núcleo

Além disso, o núcleo possui por toda a


parte interna do Envoltório Nuclear,
menos nos POROS (isso ocorre para que
as substâncias possam passar sem
problemas), essa estrutura de proteção
em verde, chamadas de citoesqueletos.

• NUCLÉOLO E RIBOSSOMOS

Nucléolo, também conhecido como o “núcleo do núcleo”, possui em seu interior o RNA
Ribossômico, sendo esse o RESPONSÁVEL pela produção do Ribossomo, que ordena a produção
de Ribossomos. Lembre-se que os Ribossomos são pequenas proteínas, PRESENTES NO
CITOPLASMA, e alguns também presentes nas membranas (paredes) do Reticulo Endoplasmático
Rugoso. O nucléolo é formado, principalmente, por RNA ribossômico e proteínas. Esse RNA é
sintetizado a partir de instruções do DNA

Os ribossomos possuem um papel MUITO importante na produção de proteínas, são eles que
vão fazer a síntese de proteína.

MAS O QUE ACONTECE QUANDO A QUANTIDADE DE RIBOSSOMOS NÃO É SUFICIENTE?

Aí é que entra o RNA Ribossômico. O RNA Ribossômico do nucléolo ordena a produção de mais
Ribossomos para que não falte.

28
No Envoltório Nuclear é possível encontrar:
46 Cromossomos, cada um deles com o seu DNA e, dentro de cada cromossomo, existe um
filamento de DNA (Uma cadeia de DNA bem longa), ou seja, sé nós temos 46 Cromossomos, nós
também teremos 46 filamentos de DNA*
Filamento: Elemento fino e alongado

• Diversos tipos de RNA (mensageiro, ribossômico, transportador e Micro), e que são


sintetizados no núcleo quando seus genes são transcritos;
• O Nucléolo, onde se encontram os genes de rRNA (Ribossômico);
• Diversas proteínas;
• Nucleoplasma.

O Envoltório Nuclear delimita o núcleo da célula, separando o material que está dentro do núcleo
para o de fora. Ele não é contínuo, ou seja, possui buracos por toda a sua membrana, buracos
esses chamamos de POROS. Uma das funções desses POROS é a liberação para o citoplasma
do que é produzido dentro do núcleo, exemplo: Ribossomos e RNA.

Os Ribossomos são produzidos no Nucléolo e ele é formado por DUAS partes, sendo elas:
A Subunidade maior e a Subunidade menor. É importante destacar que essas subunidades saem
de DENTRO do nucléolo separadas e só se juntam quando elas forem fazer a síntese de proteína
NO CITOPLASMA, ou seja, a síntese de proteína ocorre FORA do nucléolo!

"Só é Ribossomo quando as duas partes (Subunidade maior e menor) se juntam. Sem essa junção
são apenas subunidade maior e menor." (Professor)

A TRANSCRIÇÃO do DNA em RNA acontece


DENTRO do núcleo, o filamento do RNA então
sai do núcleo para o Citoplasma para se
encontrar com as subunidades maior e menor e,
ao se juntarem ao filamento de RNA (Elas só se
juntam ao filamento quando o mRNA chegar),
começam a produzir proteínas. Vale lembrar que
é nessa hora que ocorre a TRADUÇÃO.

É importante saber: Esse RNA que sai pelo PORO


nuclear para realizar a tradução é o mRNA (RNA
Mensageiro), pois ele leva ao ribossomo a
MENSAGEM de qual proteína deverá ser
produzida. É daí que vem o nome.

• AMINOACIDOS (A.A)
(Aminoácidos são as unidades fundamentais de todas as proteínas)

Os aminoácidos estão soltos por todo o citoplasma da célula e quem os transporta até o Ribossomo
para a produção de proteína é o tRNA (RNA Transportador). Porém, é importante dizer que:
Os aminoácidos NÃO são produzidos pelo corpo, eles precisam ser ingeridos via alimentação,
ou seja, exógenos.

29
LEMBRE-SE: PROTEÍNAS SÃO A JUNÇÃO DE VÁRIOS AMINOÁCIDOS (a.a)

"Se você NÃO come proteínas, seu corpo NÃO cria proteína" (Professor)

O tRNA possuem uma forma de trevo, assim como na foto abaixo:

• HISTONAS E CROMOSSOMOS
Histonas são um tipo de proteína encontrada nos cromossomos. As histonas se ligam ao DNA,
ajudam a dar forma aos cromossomos e ajudam a controlar a atividade dos genes.
→ Cada cromossomo é constituído por uma larga molécula de DNA associada a diversas
proteínas. (Lembre-se: Cada cromossomo possui uma molécula de DNA dentro dele) As
proteínas associadas se classificam em dois grandes grupos, ou seja, dentro do nosso
cromossomo, nós temos também algumas proteínas além do nosso DNA:
1. As proteínas histonas;
2. E um conjunto HETEROGÊNEO de proteínas não histônicas;

(Chama-se de CONJUNTO HETEROGÊNEO porque são várias proteínas não-histônicas diferentes. Se a


proteína é histona e ao lado tem uma outra proteína histona significa que elas são iguais, por isso que elas
possuem o mesmo nome. Se temos proteínas que são não-histônicas, pode ser um monte de proteína de
qualquer tipo, desde que não seja histonas. Por isso fala-se em HETEROGÊNEO, porque é diferente.
Homogênea = Igual, Heterogênea = Diferente)

→ O complexo formado pelo DNA, proteína histona e proteínas não-histonicas é denominado


Cromatina.

30
ENTÃO O QUE É UMA CROMATINA?

A cromatina é uma estrutura que compõe o


cromossomo e ela é feita de uma molécula de
DNA, proteínas histonas e de proteínas não-
histônicas.

As proteínas histonas, não-histônicas, DNA


formam a cromatina e a cromatina se enrola
várias e várias vezes formando o
cromossomo, como visto na imagem ao
lado

Repare na quantidade de vezes em que o DNA


foi se enrolando/condensando nas 8 proteínas
histonas, formando com isso a CROMATINA e
depois disso as cromatinas foram se
enrolando/condensando em mais cromatinas
e quando a condensação chega ao seu limite,
ou seja, já não é mais possível se
enrolar/condensar, isso significa que ela
chegou ao seu último estágio, o
CROMOSSOMO.

31
“A diferença entre a cromatina e o cromossomo é o estado de condensação” (Professor)

• OCTÂMERO DE HISTONAS
As histonas são proteínas simples, solúveis em água. Foram
descritas cinco histonas distintas (H1, H2A, H2B, H3 e H4),
contudo, apenas quatro compõem o nucleossoma (H2A, H2B,
H3 e H4) juntamente com o DNA. Com relação a essas quatro,
existem duas cópias de cada, originando um octâmero, ou
seja, 8.

• PROBLEMAS CAUSADOS POR ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS

• Síndrome de Down: A Síndrome de Down é uma condição genética, definida por um


cromossomo 21 extra nas células do corpo, conhecido também por trissomia do 21. Dentro
das células, existem os cromossomos que carregam informações sobre o indivíduo, sendo
que cada um tem 46 cromossomos, já aqueles com Síndrome de Down possuem 47. Na
condição, ocorre um erro na divisão celular que resulta na presença adicional de um terceiro
cromossomo do par 21 nas células, muitas vezes isso ocorre na formação do óvulo ou
espermatozoide que contém um cromossomo 21 a mais.

• Síndrome Cri-Du-Chat (Síndrome do Miado de Gato): Esta síndrome é uma anomalia


cromossômica, causada pela deleção parcial (quebra) do braço curto do cromossomo 5. Os
afetados se caracterizam por apresentar assimetria facial, com microcefalia (cabeça pequena),

32
má formação da laringe (daí o choro lamentoso parecido com miado de gato), hipertelorismo
ocular (aumento da distância entre os olhos), hipotonia (tônus muscular deficiente), fenda
palpebral antimongolóide (canto interno dos olhos mais altos do que o externo), pregas
epicânticas, orelhas mal formadas e de implantação baixa , dedos longos, prega única na
palma das mãos, atrofia dos membros que ocasiona retardamento neuro motor e
retardamento mental acentuado.

• Síndrome do x-frágil: Doença genética que causa deficiência intelectual. A síndrome do X


frágil causa deficiência intelectual leve a grave. Afeta homens e mulheres, mas as mulheres
costumam ter sintomas mais leves. Os sintomas incluem atrasos na fala, ansiedade e
comportamento hiperativo. Algumas pessoas têm convulsões. As características físicas
podem incluir orelhas grandes, rosto comprido, mandíbula e testa proeminentes e pés chatos.
É possível utilizar a terapia para tratar deficiências de aprendizagem. Medicamentos podem
ser usados para tratar transtornos de humor e ansiedade. (Genética e hereditária)

• Autismo: São alterações em vários GENES.

Síndromes Numéricas:
São ocasionadas por maior ou menor na quantidade de cromossomos.

Síndromes Estruturais:
Possui a quantidade normal de 46 cromossomos, mas alteração na estrutura deles.
→ A maior causa de aborto espontâneo são alterações no cromossomo.

Os cromossomos não possuem o formato em X, mas sim em formato de FILAMENTO. Os


cromossomos só estarão em formato de X apenas durante uma fase especifica da divisão celular
(Mitose).

33
• ÁCIDOS NUCLEICOS
Eles têm uma função muito importante para todos os seres vivos: Armazenar a nossa informação
genética e poder também transmitir essas informações, exemplo: Se você tem predisposição para
ter músculos ou não, se você é loiro, moreno, ruivo, cabelo cacheado, se você é alto, baixo etc. Todas
as suas características estão armazenadas nessa molécula chamada de DNA.

1 cromossomo nada mais é do que uma molécula de DNA

O DNA é um POLÍMERO formado de NUCLEOTÍDEOS.

POLÍMEROS, do grego, Poli (muitos) e mero (unidade de repetição).

Existem dois tipos de ácidos nucleicos, o ácido Desoxirribonucleico (DNA) e o ácido Ribonucleico
(RNA).

O DNA é o principal constituinte dos cromossomos. Os genes são segmentados por moléculas de
DNA, responsáveis pelas características dos indivíduos.

O RNA participa principalmente do processo de síntese de proteínas.

O DNA e o RNA são formados por várias unidades NUCLEOTÍDEOS, por isso, são chamados de
POLINUCLEOTÍDEOS.

Cada NUCLEOTÍDEO é o produto da combinação entre 3 componentes, são eles:


• Fosfato;
• Açúcar ou Pentose: no DNA é a desoxirribose, já no RNA é a ribose (como na imagem acima)
• base nitrogenada.

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Perceba que o DNA é formado por uma fita de Dupla Hélice enquanto o RNA não.

AS BASES NITROGENADAS PODEM SER:

• Purinas:
- Guanina (G)
- Adenina (A)
-
• Pirimidinas:
- Citosina (C)
- Timina (T) SOMENTE NO DNA
- Uracila (U) SOMENTE NO RNA

35
As PURINAS possuem DOIS anéis, enquanto as PIRIMIDINAS possuem apenas UM anel:

PARA FACILITAR!
Associar PURINA com PURA e PURA com ÁGUA
PURINAS: ÁGua = Adenina e Guanina
O RESTANTE ENTÃO SERÁ PIRIMIDINA

“A base de 2 anéis sempre vai se ligar com a base de 1 anel.” (Professor)

A purina JAMAIS vai se ligar com outra purina e a pirimidina JAMAIS se ligará com outra
pirimidina. É sempre purina se ligando com pirimidina, portanto:

COMO AS BASES NITROGENADAS SE LIGAM?


Adenina se liga com Timina e Timina se liga com Adenina
Citosina se liga com Guanina e Guanina se liga com Citosina
Dica para lembrar: Agnaldo Timóteo - Gal Costa ou AT, CG

No RNA haverá uma troca entre Timina por Uracila. Se na base nitrogenada tiver um T é
porque é uma fita de DNA e se na base nitrogenada tiver um U é porque é uma fita de RNA.

36
• DNA 5' 3' LINHAS

O fosfato da parte de cima está se ligando na 5ª molécula de carbono e o fosfato da parte de baixo
está se ligando na 3ª molécula do carbono, por isso o nome de 5' 3' LINHAS.

• PONTES DE HIDROGÊNIO
(As pontes de hidrogênio são as ligações entre as bases nitrogenadas)

37
Entre Guanina (G) e Citosina (C) existem 3 PONTES DE HIDROGÊNIO, enquanto entre Adenina
(A) e Timina (T) existem apenas 2 PONTES DE HIDROGÊNIO. Portanto, a ligação mais forte
será entre Guanina (G) e Citosina (C).

→ A sequência de bases nitrogenadas forma o código genético: (ATCGGCTATACG...)


Alterações no código genético levam a formação de uma proteína alterada que pode causar
problemas.

• DUPLICAÇÃO DO DNA
Primeiro passo para ocorrer a autoduplicação do DNA é o “desenrolamento” da dupla hélice,
separando-se os pares de bases complementares de cada fita. Isso é feito com auxílio de enzimas,
que promovem a quebra das pontes de hidrogênio que unem os pares de bases.

Cada fita separada funciona, agora, como molde para a produção de uma fita complementar. Com
auxílio de uma enzima chamada polimerases, as bases nitrogenadas vão pareando-se com sua base
complementar: Timina com Adenina e Citosina com Guanina. Após o processo de pareamento das
bases, duas novas moléculas de DNA se formam, inteiramente novas. Portanto, a duplicação do DNA
é semiconservativa, ou seja, em cada nova molécula formada, um filamento é o original e outro
filamento é o novo.

38
3 enzimas que atuam na replicação do DNA e que função desempenham:

DNA helicase: descompacta a estrutura do DNA desfazendo as ligações de hidrogênio entre as


bases nitrogenadas da molécula para iniciar a replicação.
DNA primase: responsável por sintetizar as porções de DNA, chamados de primers, que se ligarão
à fita original de DNA.
DNA polimerase: enzima de replicação responsável por ampliar a nova fita formada na replicação.

→ As informações de quais aminoácidos vão formar a proteína estão no GENE;

• ANEMIA FALCIFORME

Proteína hemoglobina que tem uma alteração em uma de seus aminoácidos. Anemia falciforme é
uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos) caracterizada pela alteração dos glóbulos
vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. (como na
imagem abaixo)

• MITOSE (CICLO DA MITOSE)


Um adulto é feito de aproximadamente 100
TRILHÕES de células, ainda que todos tenhamos
começado a partir de uma única célula. Para crescer,
se desenvolver e reparar danos teciduais, nós
dependemos da divisão celular. Em células
eucarióticas, ou seja, as nossas, esse processo se dá
por uma série de eventos bem orquestrados
chamado MITOSE.

Todos os dias os nossos corpos precisam produzir


milhões de células na pele para substituir aquelas
perdidas normalmente. Cada uma dessas células precisa ter um conjunto completo de todo material
genético. Antes da divisão celular, em que uma célula se divide em duas células idênticas, o DNA
precisa ser replicado de maneira que cada célula filha receba uma cópia exata. (Como na imagem
ao lado)

39
Após a replicação do DNA os cromossomos começam a se condensar dentro do núcleo.

O DNA condensa se enrolando ao redor de proteínas nucleares chamadas de histonas, formando os


nucleossomos, o OCTÂMERO DE HISTONAS.

Essa estrutura, como um colar de pérolas, é chamada de cromatina, à medida que a célula se prepara
para a divisão, a cromatina se condensa ainda mais, encurtando e condensando o cromossomo.

40
Os cromossomos replicados são chamados de cromátides-irmãs.

41
A replicação do DNA e a formação das cromátides irmãs é uma parte do ciclo celular. Para se
preparar para a divisão, a célula passa pela INTÉRFASE e que pode ser dividida em 3 FASES
DISTINTAS:

Durante a fase G1, ou intervalo 1, todas as organelas e componentes citoplasmáticos, incluindo os


centríolos, são replicados.

42
Durante a fase S, ou de síntese, o DNA é replicado.

Durante a fase G2, ou intervalo 2, todas as enzimas necessárias para o processo de divisão celular
são produzidas

43
A maioria das células eucarióticas passa boa parte do tempo em intérfase, e um período muito curto
em divisão celular, a mitose. A célula agora está pronta para fazer a mitose, que consiste em 4 FASES,
que são elas:

Metáfase Anáfase
Prófase Telófase

Aí vai uma dica: Dá para lembrar a ordem das fases com o famoso mnemônico:
[ProMETo] a Ana Telefonar.

44
Durante a PRÓFASE, os cromossomos condensam e se tornam visíveis, como duas cromátides irmãs,
mantidas juntas pelo centrômero.

O citoesqueleto se desfaz à medida que o fuso mitótico começa a se formar, o centríolo exerce um
papel importante na distribuição dos cromossomos na divisão celular.

45
Os centríolos migram para polos opostos da célula e estabelecem uma ponte de microtúbulos,
chamado de fuso mitótico, e a carioteca se desfaz.

Próximo ao fim da PRÓFASE, os cromossomos se ligam por proteínas nos seus centrômeros,
chamado de cinetócoros, aos microtúbulos de cada polo, movendo os cromossomos em direção ao
EQUADOR da célula.

Cinetócoros

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Durante a METÁFASE, todos os cromossomos estão alinhados no EQUADOR da célula, chamada de
PLACA METÁFASE.

A ANÁFASE começa pela degradação das proteínas que prendem as cromátides-irmãs, liberando
os cromossomos individuais

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Os cromossomos, agora livres, são puxados por seus cinetócoros (centrômero) para os polos
opostos da célula, ou seja, separação das cromátides-irmãs.

Na TELÓFASE, um sulco de clivagem se forma no centro da célula.

48
Esta endentação é feita por um anel de constrição de filamento de actina que percorre toda a célula
por dentro, ou seja, a célula sofre CITOCINESE (estrangulamento) separando a célula em duas.

Os cromossomos se juntam em polos opostos a célula e começam a descondensar à medida que o


envelope nuclear começa a se refazer.

49
O fuso mitótico se desfaz e os microtúbulos são despolimerizados em monômeros de tubulina, que
podem então ser usados para refazer os citoesqueletos das novas células filhas, em células animais,
a citocinese completa a divisão celular por estender o sulco de clivagem (a linha que divide a célula
ao meio) até a completa separação das duas células filhas.

Durante o ciclo celular alguns pontos de checagem (em verde na imagem abaixo) existem para
garantir que o processo esteja ocorrendo sem erros e, caso contrário, o ciclo celular irá parar para
checar esses erros e corrigi-los...

50
ou inibir que essa célula continue a divisão celular. O Primeiro ponto de checagem ocorre no G1/S
e é considerado o ponto de checagem PRIMÁRIO, em que a célula continua ou pare o processo de
divisão. (Sinais externos e fatores de crescimento podem influenciar o ciclo celular antes ou durante
este ponto de checagem crítico)

O ponto de checagem G2/M permite a célula que passou com sucesso pelas 3 FASES da INTÉRFASE
que comece a MITOSE.

51
O último ponto de checagem é o ponto de checagem do fuso, que garante que todos os
cromossomos tenham se ligado as fibras do fuso em preparação para a ANÁFASE.

Fatores de crescimento, o tamanho da célula e o estado nutricional da célula são fatores que
contribuem para regulação do ciclo celular, para que apenas que algumas células se dividam no
tempo apropriado, uma vez que todos os pontos de checagem passem, a célula está liberada para
se dividir.

RESUMO SOBRE A MITOSE:

• A mitose é um processo de divisão celular que leva à formação de duas células-filhas que
apresentam o mesmo número de cromossomos da célula-mãe.
• Ela se alterna com a intérfase no ciclo celular.
• É dividida em quatro estágios: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
• A citocinese ocorre sobreposta aos últimos estágios.
• A meiose se diferencia da mitose por gerar quatro-células filhas com metade do número de
cromossomos da célula-mãe.

O CICLO CELULAR SE DIVIDE EM:

1 - Interfase (Período de repouso de divisão);


2 - Mitose ou meiose (Período de divisão):
- Prófase:
- Envoltório nuclear começa a desaparecer;
- Condensação da cromatina;

52
- Desaparecimento do nucléolo;
- Duplica os centríolos e se movimentam para as extremidades apostas da célula.
- Metáfase:
- 3º ponto de checagem;
- Não há mais envoltório nuclear;
- Centríolos começam a produzir as fibras de fuso (citoesqueletos proteicos);
- Cromossomos alinhados no equador da célula;
- CROMATINA ATINGE O MÁXIMO DE CONDENSAÇÃO, OU SEJA, APARECIMENTO DA
FORMA EM X DO CROMOSSOMO;
- As fibras do fuso (as linhas) se prendem na bolinha do meio do cromossomo, que se
chama centrômero.
- Anáfase:
- Fibras de fuso se encurtam;
- Separação das cromátides-irmãs.
- Telófase:
- Célula sofre CITOCINESE (estrangulamento), SEPARANDO a célula em DUAS;
- Envoltório nuclear reaparece;
- Cromatina descondensa.

Esse ciclo de divisão celular por mitose não continua se a célula possuir algum erro genético, pois
acabaria originando 2 células erradas. Nas checagens é verificado a ocorrência desses erros
genéticos, caso possua, a célula é induzida a morte (Apoptose), não continuando o ciclo de divisão.
Porém, se o gene no cromossomo estiver alterado, o controle de erro da célula ficará sem
controle e, portanto, não saberá que há necessidade de descartar a célula tumoral nos pontos
de checagem.

• CÂNCER
Câncer é um termo genérico para um grande grupo de doenças que pode afetar qualquer parte do
corpo. Outros termos utilizados são tumores malignos e neoplasias.

Câncer: Formação de neoplasia primaria e secundaria. A célula neoplásica não sai nunca do ciclo de
divisão, nem nas checagens. (multiplicação de forma desordenada)

53
Metástase: Tumor secundário. As células cancerosas soltam-se do tumor original, vão para outras
partes do corpo e formam novos tumores. Esse processo, conhecido como metástase, causa
problemas sérios e, por isso, é muito importante que seja detectado e tratado o mais cedo possível.
A célula neoplásica possui metabolismo altíssimo, precisando de muita glicose. O TUMOR então
começa a consumir os lipídios, proteínas, entre outros do nosso corpo com o intuito de produzir
glicose para ele, por isso a perda de peso e magreza são associadas a pessoas com câncer.

Miomas = Tumores

GENES SUPRESSORES TUMORAIS

GENES PROTO-ONCOGENES
- A alteração desses genes presentes na nossa célula. Causa a produção de proteínas com o
erro que irão realizar as checagens da divisão celular e não acontecendo O devido controle,
ou seja, mutações nesses genes causam células cancerígenas.

4. EMBRIOLOGIA HUMANA

• O QUE É A EMBRIOLOGIA HUMANA?


A embriologia humana é a área que estuda a formação do IMPORTANTE!
indivíduo desde o momento em que os gametas* se O espermatozoide é
encontram — a fecundação —, até o ponto em que o bebê está
o responsável em
pronto para nascer — o parto.
*Gametas: são as células responsáveis pela reprodução sexuada. Elas definir o sexo do
também são chamadas de células sexuais e fundem-se no processo de bebê!
fecundação para produzir o zigoto, que, por sua vez, origina o embrião, gerando
um novo ser.

• SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO


O Sistema Reprodutor Masculino produz os gametas masculinos e o hormônio testosterona. Esse
sistema apresenta órgãos externos e internos, os quais serão discutidos a seguir.

Eles passam por um lento amadurecimento concluindo-se na puberdade, ou seja, quando as células
sexuais ficam disponíveis para originar outro ser.
ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

54
Os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino são: uretra, pênis, vesícula
seminal, próstata, canais deferentes, epidídimo e testículos.

• ÓRGÃOS EXTERNOS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO


Externamente, o sistema reprodutor masculino é formado pelo pênis e pelo saco escrotal.
• PÊNIS

O pênis é um órgão cilíndrico externo, que • CORPOS CAVERNOSOS: Dois cilindros


possui dois tipos de tecidos: cavernoso e superiores localizados na posição
esponjoso. Através do pênis são eliminados dorsal, ficam lado a lado ao longo do
a urina (função excretora) e o sêmen órgão. Eles são envolvidos por tecido
(função reprodutora), ou seja, via dupla. conjuntivo denso.
O tecido esponjoso envolve a uretra e a • CORPO ESPONJOSO: Um cilindro na
protege, enquanto o tecido cavernoso se posição ventral que envolve a uretra.
enche de sangue, fazendo com que o pênis As suas extremidades formam a
fique maior e duro (ereção), pronto para o glande. É encoberto por tecido
ato sexual, geralmente levando à ejaculação muscular.
(processo de expulsão do sêmen).
O QUE CAUSA A EREÇÃO DO PÊNIS?
Para que a ereção do pênis aconteça, ele
precisa se encher de sangue. Essa reação
acontece em resposta a algum tipo de
estímulo erótico.
Os tecidos dos corpos cavernosos são
semelhantes a esponjas e podem se encher de
sangue. Quando isso acontece, o tecido erétil
e esponjoso absorve o sangue, como um
sistema inflável, e o pênis aumenta de
tamanho e de volume

55
A ereção do pênis é possível devido à ação dos nervos. As reações químicas desencadeadas no
organismo fazem com que os vasos sanguíneos relaxem. Assim, os vasos e os músculos dos corpos
cavernosos podem se encher de sangue.

Quando ocorre a ejaculação, o fluxo de sangue diminui e o pênis volta a ser flácido. Todas essas
ações que ocorrem durante a ereção são coordenadas pelo sistema nervoso autônomo.
A ereção do pênis é um processo importante, pois é o que torna possível a penetração do órgão
na vagina da mulher durante a relação sexual.

• SACO ESCROTAL Saco Escrotal → Testículo → Rede de


Túbulos
No saco escrotal ou bolsa escrotal, estão os
testículos, os quais ficam suspensos na
extremidade do cordão espermático. A
localização dos testículos no saco escrotal é
importante, pois garante que essas
estruturas fiquem em um local com
temperatura inferior àquela encontrada no
restante do corpo. Normalmente, a
temperatura no saco escrotal é cerca de 2ºC
abaixo da temperatura corporal. Podendo
ser contraído e ficando mais junto ao corpo
O saco escrotal é a camada de fora do
para evitar o frio e ficando mais separando
testículo.
para evitar o calor, se descontraindo.

• ÓRGÃOS INTERNOS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

Reconhecemos como órgãos internos pertencentes ao sistema reprodutor masculino: o testículo,


o epidídimo, o ducto deferente, ducto ejaculatório e a uretra, além das glândulas acessórias.
Essas glândulas são responsáveis por produzir secreções que, junto com os espermatozoides,
formam o sêmen.
• TESTÍCULOS

Os testículos são duas glândulas de forma


oval, que estão situadas na bolsa escrotal.
Na estrutura de cada testículo encontram-se
tubos finos e enovelados chamados "tubos
seminíferos".

Nos testículos são produzidos


os espermatozoides, as células
reprodutoras (gametas) masculinas,
durante o processo chamado
espermatogênese, além de diversos
hormônios.

56
O processo de formação dos espermatozoides é denominado de espermatogênese.

O principal hormônio é a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais


secundárias masculinas, como os pelos, modificações da voz, etc. A testosterona só será produzida
a partir da puberdade.

• EPIDÍDIMO

Os epidídimos são canais alongados que se


enrolam e recobrem posteriormente a
superfície de cada testículo. Corresponde ao
local onde os espermatozoides são
armazenados.
“Os espermatozoides são armazenados aqui
de forma temporária. É temporário porque se
em 72 horas os espermatozoides não forem
ejaculados, eles morrem. Se isso ocorrer, o
organismo os absorve.” (Professor)

• CANAL DEFERENTE

O canal deferente é um tubo fino e longo que


sai de cada epidídimo. Ele passa pelas pregas
ínguas (virilha) através dos canais inguinais,
segue sua trajetória pela cavidade abdominal,
circunda a base da bexiga e alarga-se
formando uma ampola.

Recebe o líquido seminal (proveniente da


vesícula seminal), atravessa a próstata, que
nele descarrega o líquido prostático, e vai
desaguar na uretra.

O conjunto dos espermatozoides, do


líquido seminal e do líquido prostático,
constitui o “esperma” ou “sêmen”.

“Sêmen/Esperma é formado por: Espermatozoide e secreção das 3 glândulas.” (Professor)

57
• VESÍCULA SEMINAL

secreção espessa e leitosa, que neutraliza a


ação da urina e protege os espermatozoides,
além de ajudar seu movimento até a uretra.

O líquido seminal também ajuda a


neutralizar a acidez da vagina durante a
relação sexual, evitando que os
espermatozoides morram no caminho até
os óvulos.

“Importante: o pH base do espermatozoide


fica em torno de 8. É importante ser básico
porque a cavidade vaginal é ácida. Quando o
espermatozoide com pH 8 (base) entra em
contato com o pH ácido da vagina, ele se torna
A vesícula seminal é formada por duas pH 7 (neutro), ou seja, ele neutraliza o pH
pequenas bolsas localizadas atrás da bexiga. ácido da vagina, sem isso eles morreriam.”
Sua função é produzir o "líquido seminal", uma (Professor)

• PRÓSTATA

A próstata é uma glândula localizada sob a


bexiga que produz o "líquido prostático", uma
secreção clara e fluida que integra a
composição do esperma.

“A próstata deixa passar espermatozoide e


urina” (Professor)

• URETRA

A uretra é um canal que, nos homens, serve


ao sistema urinário e ao sistema
reprodutor. Começa na bexiga, atravessa a
próstata e o pênis (sua maior porção) até a
ponta da glande, onde há uma abertura pela
qual são eliminados o sêmen a urina.

Importante ressaltar que urina e esperma


nunca são eliminados ao mesmo tempo
graças à musculatura da bexiga, na entrada
da uretra, que impede que isso ocorra.

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• GLÂNDULAS ACESSÓRIAS:

Vesículas seminais: Produzem uma secreção rica em


AS 3 GLÂNDULAS substâncias importantes para o espermatozoide. Entre
(GLÂNDULAS ACESSÓRIAS): essas substâncias, destaca-se a frutose, que está
relacionada com o fornecimento de energia aos
• Vesícula Seminal
espermatozoides. Cerca de 70% do sêmen é formado por
• Próstata secreção proveniente dessa glândula.
• Bulbouretral
Próstata: A próstata produz secreção que é eliminada
durante a ejaculação. O material secretado é espesso e
leitoso e contém enzimas e nutrientes.
Glândulas bulbouretrais: Produzem uma secreção clara que atua como um
lubrificante e neutralizante, retirando qualquer resto de urina que possa ter ficado
no canal urinário.

EM RESUMO:
Dentro do TESTÍCULO possui uma rede de túbulos seminíferos → Produção do espermatozoide.


Essa rede dá origem a outro sistema de túbulos no EPIDÍDIMO. Nele os espermatozoides são
armazenados temporariamente, ou seja, os espermatozoides são criados na rede de túbulos
seminíferos, que fica dentro do TESTÍCULO, e são armazenados no EPIDÍDIMO. Se em até 72 horas
ele não for ejaculado, ele morre e será absorvido pelo organismo.

No EPIDÍDIMO se origina o DUCTO DEFERENTE e que tem contato com 3 glândulas:

1. Vesícula Seminal

2. Próstata

3. Glândula Bulbouretral

Esse DUCTO DEFERENTE continua até a abertura peniana: Eliminando urina e SÊMEN pelo
mesmo canal/trajeto.

“O ducto deferente termina na bexiga” (Professor)


O SÊMEN é composto por espermatozoide e secreção das 3 GLÂNDULAS, tendo pH básico em
torno de 8, neutralizando o pH vaginal que é ácido. Caso contrário os espermatozoides morreriam.

CURIOSIDADE:
“Biopsia não é um exame, é uma coleta (Método de coleta); Exame Histopatológico: Análise
“(Professor)

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• ESPERMATOGÊNESE
TESTÍCULO: é uma capsula fibrosa de tecido conjuntivo e dentro tem os TÚBULOS SEMINÍFEROS
onde o espermatozoide é produzido. Dentro desses túbulos tem uma CÉLULA muito importante, a
ESPERMATOGÔNIA e, somente essa célula, que dá origem ao espermatozoide.

O túbulo, se cortado, tem como ser visto em rodela, assim como na imagem abaixo.

A produção de espermatozoide precisa de A CÉLULA DE SERTOLI só aparecem na


testosterona para acontecer, e o corpo só puberdade e servem para fazer a nutrição dos
produzirá testosterona quando o menino espermatozoides.
chegar na puberdade.

Quando essa célula espermatogônia entra em estado de meiose, ela vai produzir espermatozoide e
deixa de existir.

“Como que repõe uma célula que não existe mais? Resposta: Por mitose, a “vizinha” ao lado faz
mitose para suprir a falta das “coleguinhas” que não existem. Meiose para fazer o espermatozoide
e mitose para suprir as células que desapareceram. Ou seja: ela faz mitose e meiose.” (Professor)
As espermatogônias entram em divisam por meiose, então ela deixa de ser uma espermatogônia e
se transforma em um espermatozoide.

Conforme elas entram em divisam por meiose ocorre uma reposição dessas células.

A célula vizinha entra em divisam por mitose e origina novas espermatogônias.
Todo o processo é chamado de GAMETOGÊNESE → formação de gametas (+ geral)
ESPERMATOGÊNESE → formação do espermatozoide (+ específico)
A ESPERMATOGÔNIA é chamada de célula germinativa.

Espermatogônia
(2n) = 46 cromossomos

60
1º passo: Aumenta de
tamanho/volume e se torna
um espermatócito 1 ou
primário.
Espermatócito 1: Sofre
duplicação do DNA e passa
a ter 92 moléculas de DNA.
46 + 46 = 92.
Espermatócito 2: Sofre a
primeira divisão, ficando 46
moléculas de DNA para cala
lado.
Sofre outra divisão depois,
ficando com 23 moléculas
de DNA para cada lado.

“Aqui podem ocorrer erros


na divisão desse DNA,
sendo que uma célula pode
ter 24 mol e vai fecundar um
ovulo com 23 mol, ficando
assim com mais do que 46
mol de DNA.” (professor)

Essa etapa final é considerada o término da


meiose, onde o resultado de toda essa divisão
culmina em 4 ESPERMÁTIDES com 23
moléculas de DNA cada, ou seja, no final da
meiose cria-se a ESPERMÁTIDE. Essas 4
ESPERMÁTIDES se transformam em 4
ESPERMATOZOIDES, com 23 moléculas de
DNA cada.

“Espermatogênese = Diferenciação Celular” “Testosterona (Hormônio Importante): é ele


(Professor) quem vai estimular a meiose, isso começa a
ocorrer na puberdade.” (Professor)

61
Confira um resumo mais completo abaixo:

62
Confira um resumo mais simplificado abaixo:

• ERROS DURANTE A MEIOSE

“Somente bebês com síndromes nos “Erros na meiose provocam números de


cromossomos 13, 18 e 21 nascem, o restante gametas maiores. Os erros são mais comuns
sofre aborto espontâneo.” (Professor) em mulheres do que em homens” (Professor)

Os erros são mais comuns em mulheres do que em homens porque a mulher já nasce com os
ovócitos semiprontos e os carrega durante toda a vida. Vários fatores podem interferir ao longo
da vida, causando mais chances de erros.
Os erros em homens são menores porque os espermatozoides são renovados a cada 72 horas.

Pergunta de um aluno: “Por que o homem é estéril, infértil?”


A infertilidade masculina é o motivo de 30% dos casos de infertilidade entre os casais. As principais
razões são:
• Diminuição do número de espermatozoides, conforme o homem fica mais velho;
• Pouca mobilidade dos espermatozoides;
• Espermatozoides anormais;
• Ausência da produção de espermatozoides;
• Vasectomia;
• Dificuldade na relação sexual;
• Doenças sexualmente transmissíveis.

63
“A quantidade mínima de espermatozoide para ser considerado fértil é de 20 milhões de
espermatozoides por m/l. Caso essa quantidade não seja produzida, infértil o homem será.”
(Professor)
“Quando os receptores de testosterona do homem não funcionam, ele não terá a produção de
espermatozoide, com isso será infértil” (Professor)
Outros erros que podem causar infertilidade:
• Cabeça dupla do espermatozoide; “Caso tenha mais de 60% dos
• Cauda sem tamanho ideal do espermatozoides com alterações o
espermatozoide; homem será infértil.” (Professor
• Entre outras.

• SISTEMA REPRODUTOR FEMININO


O Sistema Reprodutor Feminino ou Aparelho Reprodutor Feminino é o sistema responsável pela
reprodução humana.

Ele cumpre diversos papéis importantes:


• produz os gametas femininos (óvulos);
• fornece um local apropriado para a ocorrência da fecundação;
• permite a implantação de embrião;
• oferece ao embrião condições para seu desenvolvimento;
• executa atividade motora suficiente para expelir o novo ser quando ele completa sua
formação.

• ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

O sistema reprodutor feminino é formado pelos seguintes órgãos: ovários, tubas


uterinas, útero e vagina.

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• OVÁRIOS

Os ovários são dois órgãos de forma oval


que medem de 3 a 4 cm de comprimento. Eles
são responsáveis pela produção dos
hormônios sexuais da mulher, a
progesterona e o estrogênio. Nos ovários
também são armazenadas as células sexuais
femininas, os óvulos.

Assim, durante a fase fértil da mulher,


aproximadamente uma vez por mês, um dos
ovários lança um óvulo na tuba uterina: é a
chamada ovulação.

“Cada mês um diferente do outro.”


(Professor)

• TUBAS UTERINAS

Tubas uterinas são dois tubos, com


aproximadamente 10 cm de comprimento,
que unem os ovários ao útero. A partir disso,
o óvulo amadurecido sai do ovário e penetra
na tuba.

Se o óvulo for fecundado por um


espermatozoide, forma-se uma célula-ovo ou
zigoto, que se encaminha para o útero, local
onde se fixa e desenvolve, originando um novo
ser.

• ÚTERO

O útero é um órgão muscular oco de grande


elasticidade, do tamanho e forma semelhante
a uma pera. Sua principal função é
acomodar o feto até o nascimento do bebê.
Na gravidez ele se expande, acomodando o
embrião que se desenvolve até o nascimento.
A mucosa uterina é chamada de
ENDOMÉTRIO, que passa por um processo de
descamação durante o período da
menstruação.

65
• VAGINA

A vagina é o órgão sexual feminino e atua como o canal que faz a comunicação do útero com o
meio excretor. Ela possui aproximadamente 8 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro.

Suas paredes são franjadas e com glândulas secretoras de muco. Suas funções estão relacionadas
à passagem do sangue durante a menstruação, a penetração do pênis durante a relação sexual
e o principal canal do parto, sendo este local por onde sai o bebê.

• O QUE É UM ÓVULO?
gametas masculinos
(espermatozoides) para
formar um novo ser vivo. Da
junção de um óvulo com um
espermatozoide se origina o
ovo ou zigoto, célula que
começará a se dividir para
formar o novo embrião.

Os óvulos são igualmente


produzidos durante a vida
intrauterina e ficam
armazenados dentro dos
Os óvulos são os gametas femininos, ou células sexuais folículos. O outro nome
femininas. Isso significa que eles precisam se combinar com os usado para óvulo é oócito.

66
Geralmente dizemos "óvulo" para nos referir à célula que é liberada da tuba uterina, mas na
verdade durante a ovulação e todo momento antes da fecundação, o óvulo está no estágio de
ovócito secundário. Isso porque a meiose foi interrompida na fase de metáfase II e só será
completada se houver a fertilização. Em outras palavras, o óvulo só será óvulo e estará pronto
para ser fecundado quando encontra o espermatozoide. Caso isso não ocorra, o ovócito irá
morrer cerca de 24 horas após ter sido liberado e eliminado na menstruação.

“Ovócito vai ser óvulo somente quando ele for fecundado, se isso não ocorrer ele será só ovócito”
(Professor)

Ovócito:

Os ovócitos são envolvidos por uma camada de células


foliculares. (essas coisas em rosa na imagem ao lado)

Ovócitos + células foliculares = Folículo Primário.

• HIPÓFISE E HIPOTÁLAMO

No HIPOTÁLAMO, a partir da puberdade,


começa a produzir hormônios.

O objetivo da ovulação é liberar esse ovócito


para que as fímbrias o capturem.
As fímbrias são um dos componentes das
tubas uterinas. Elas auxiliam na captação do
ovócito liberado pelo ovário levando-o até o
encontro com os espermatozoides para a
fecundação. A cirurgia de laqueadura é um dos
principais fatores que podem afetar
as fímbrias, impossibilitando a sua reversão.

O HIPOTÁLAMO libera o GNRH (Hormônio


liberador de gonadotrofina), que vai na
HIPÓFISE (Hipofisária) e com isso faz ela
liberar o hormônio folículo estimulante (FSH).
O FSH estimula a maturação do folículo que
está no ovário, então essas CÉLULAS
FOLICULARES vão aumentando em tamanho.

As CÉLULAS FOLICULARES viram folículos em crescimento → Tornando-se folículos maduros.

67
CÉLULAS FOLICULARES a produzirem ESTROGÊNIO para a
manutenção do FOLÍCULO

Vários FOLÍCULOS vão maturar ao mesmo tempo, porém o


primeiro FOLÍCULO que chegar na fase madura inibe a
maturação dos outros.

Se libera mais de 1 ovócito ocorrerá a múltipla ovulação. 1 ovócito é


fecundado por 1 espermatozoide: Gêmeos, Trigêmeos e por aí vai...
O hormônio FSH estimula as

5. CICLO MENSTRUAL
• MENSTRUAÇÃO

A menstruação representa o início da vida fértil de uma mulher, isto é, o período em que a
mulher atinge sua maturidade e já pode engravidar.
Ela corresponde, portanto, à eliminação pelo corpo feminino do material resultante da descamação
da mucosa uterina e do sangue resultante do rompimento dos vasos sanguíneos. Ela ocorre
quando não há fecundação do óvulo.

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• CICLO MENSTRUAL

O ciclo menstrual é o período entre o início de uma menstruação e outra. Esse período dura, em
média, 28 dias, mas pode ser mais curto ou mais longo.

A primeira menstruação chama-se “menarca” e na maioria das vezes, ocorre entre os 12 e os


13 anos. Por volta dos 50 anos, fase é chamada de "menopausa", os óvulos se esgotam e cessam
as menstruações e a fertilidade da mulher.

O ENDOMÉTRIO é um tipo de tecido do corpo humano que está localizado no interior do útero.
É ele quem faz o revestimento desse órgão e que permite que uma célula fecundada fique
presa a ele, resultando no crescimento do embrião que faz parte da gravidez.

2 FASE: Essa proliferação estimulada pelo ESTROGÊNIO faz com que o ENDOMÉTRIO cresça e
engorde.

O professor deu o seguinte exemplo para falar sobre a importância de manter a progesterona
sempre em alta: A progesterona é a responsável em manter a “cama” (parede uterina) pronta e
arrumada para receber o embrião quando ele chegar. O embrião sofre implementação na parede
do útero (a “cama”) → Esse endométrio não pode se desfazer durante toda a gravidez, se ele se
rompe ocorre o aborto.

2 FASE: O ESTROGÊNIO estimula o ENDOMÉTRIO e com isso ele vai se proliferar e preparar a cama
para o embrião chegar.

FASE PROGESTERÔNICA: Se reduzir a produção de PROGESTERONA, acontece o aborto. A “cama”


é mantida pela PROGESTERONA. Essa “cama” não pode se desfazer, se isso acontecer, ocorrerá o
aborto.” Ele tem que ficar preso até o fim da gestação”

O hormônio luteinizante provoca ovulação: ele vai no folículo para estimular a liberação do ovócito.

“Se em 48 horas o ovócito NÃO for fecundado, ele morre, se for fecundado: ovulação e formação
do embrião” (Professor)

69
Com o ovócito liberado sobra o folículo sem ele: o ovócito então passa a se chamar CORPO LÚTEO;


O LH estimula o CORPO LÚTEO a produzir PROGESTERONA;


A produção de progesterona tem que estar em alta até o final da gravidez, pois ela é a
responsável por manter o endométrio (a “cama”) crescido;


O CORPO LÚTEO funciona até o 3º mês da gestação;


Após isso, o feto produzirá a placenta e vai ser ela quem assumirá o papel de produzir a
progesterona.
(se o nível de progesterona cair durante essa troca, ocorrerá o aborto)

EM RESUMO
Os primeiros 14 dias marcam a 1ª fase do ciclo menstrual, fase essa com um aumento considerável
do ESTROGÊNIO.
A PROGESTERONA é predominante na 2ª fase do ciclo menstrual. O Corpo Lúteo
É a PROGESTERONA que mantém a parede uterina (ENDOMÉTRIO) é quem produz
OU SEJA:
a progesterona.
1ª Fase: MAIS estrogênio e aumento da parede → (ENDOMÉTRIO)
2ª Fase: MAIS progesterona e manutenção da parede → (ENDOMÉTRIO)
“A PROGESTERONA mantém a parede crescida na fase 1 pelo
ESTROGÊNIO e o nível de PROGESTERONA tem que estar alto o tempo todo para poder manter a
parede, se esse nível cai, o risco de um aborto é muito grande.” (Professor)

70
Ao final da 1ª fase acontece a OVULAÇÃO. A ovulação é quando um ovócito é liberado de um
ovário. Esse ovócito sobrevive por até 48 horas (2 dias) antes de não poder mais ser fertilizado
pelos espermatozoides, ou seja, o ovócito espera o espermatozoide por até 48 horas para ser
fecundado e se isso não ocorrer, ocorrerá a menstruação.

O espermatozoide sobrevive por até 72 horas (3 dias).

• TESTE DE GRAVIDEZ
Quando o embrião sofre a implantação ele libera o hormônio βHCG. É tanto hormônio produzido
que o corpo começa a liberar os hormônios sobressalentes na urina e é por isso que o teste de
gravidez funciona. Ele detecta esses hormônios na urina.

O embrião estimula o CORPO LÚTEO a produzir PROGESTERONA.

Se não tiver ocorrido a gravidez, não haverá a produção desse hormônio, então o CORPO LÚTEO
não continuará a produzir PROGESTERONA.

A menstruação (28º dia) e a “cama” (endométrio) se descamando/se rompendo porque não foi
fecundada. Como tem muitos vasos sanguíneos envolvidos nesse processo, ela sangra.

• TABELINHA: MITO OU VERDADE?

“A história da tabelinha NÃO funciona, é mito! Fazer sexo 3 dias


antes do dia 14 e 3 dias depois não é recomendado!”
(Professor)

É um método pouco eficiente quando comparado aos outros


métodos.

• GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA, QUAL A DIFERENÇA?


Gametogênese é o processo que leva à produção dos gametas. Na mulher, os gametas são
produzidos nos ovários, enquanto nos homens os gametas são produzidos nos testículos. O
processo de gametogênese na mulher é chamado de ovogênese ou oogênese, já o processo de
formação de gametas no homem é chamado de espermatogênese.

71
Figura 1 Espermatogênese Figura 2 Ovogênese

Ou seja: Na espermatogênese (HOMEM), formam-se 4 espermatozoides, enquanto na ovogênese


(MULHER), forma-se apenas 1 ovócito. Ambos por meiose.

• MENINO E MENINA
“A genitália masculina e feminina possui em desenvolvimento muito parecido entre elas.”
(Professor)
Na 7ª semana formam-se gônadas. As gônadas são órgãos que produzem células sexuais sendo
os ovários os representantes do sexo feminino e os testículos, do sexo masculino.
Além da sua função reprodutiva, as gônadas são também glândulas do sistema endócrino,
responsáveis pela produção de hormônios sexuais.

SEXO CROMOSSÔMICO
Cromossomos XX: MENINA Cromossomos XY: MENINO
(Homólogos | Iguais) (Não-Homólogos | Diferentes)

O Cromossomo Y é exclusivo aos homens, ou seja, é ele quem vai determinar se o bebê será
ou não homem.

“A diferença entre X e Y fica na região mais embaixo do cromossomo” (Professor)

O GENE SRY só existe no cromossomo


masculino e é o responsável pela criação da
proteína de “FATOR DE DETERMINAÇÃO
TESTICULAR”, o FDT, presente somente na
região NÃO-HOMÓLOGA e exclusiva do Y.
O cromossomo carrega a informação (GENE), para produzir determinada PROTEÍNA e que vai servir
para determinada FUNÇÃO.

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“Gônada é o termo que a gente usa para se referir ao ovário e ao testículo” (Professor)

A gônada é indiferenciada até a 7ª semana de gestação, ou seja, ainda não é possível saber se é
menino ou menina (ainda não possui sexo)

Quem vai determinar o sexo do embrião é o SRY. Se não tiver a presença do SRY, será menina,
fazendo com que o ovário seja criado. Se o SRY estiver presente no GENE do embrião, menino ele
será, criando com isso os testículos.

• TESTÍCULOS E OVÁRIO
Ovário → Órgão Abdominal
Testículos → Órgão Pélvico → Bolsa Escrotal

“O testículo, assim como o ovário, termina o seu desenvolvimento no 6º mês de gestação”


(Professor)

Os genitais masculinos têm a mesma origem embrionária dos genitais femininos. A origem do pênis
e do clitóris são a mesma.

Formasse a genitália Genitália já começa a se Genitália está


masculina/feminina. diferenciar. completamente diferenciada.

73
IMPORTANTE!

chamadas de bulbos esponjosos e compostos


por um tecido erétil, portanto quando
acontece o aumento da circulação sanguínea
na região, fica em estado de ereção.
Eles só começam a ficar diferentes a partir da
sexta ou sétima semana, quando os embriões
começam a expressar seus cromossomos
sexuais.

A partir daí, a liberação de testosterona em


embriões com cromossomos sexuais XY levará
à formação de órgãos sexuais masculinos,
enquanto a falta desse hormônio sexual em
embriões XX levará à formação de órgãos
O que dá origem ao clitóris e qual é a sua sexuais feminino.
relação com a glande do pênis?
Qual a relação dos pequenos e grandes
Tanto o clitóris como o pênis são formados a lábios com o corpo do pênis?
partir dos mesmos tecidos embrionários
durante o desenvolvimento do feto no útero Os dois possuem função de proteção da
da mãe. São formadas por estruturas entrada da uretra.

Os testículos são formados dentro da cavidade abdominal do menino durante a gestação. À medida
que a gravidez evolui, eles começam a descer para a bolsa escrotal, levando consigo veias e artérias,
estruturas que lhes garantem a irrigação.

• O ovário é um órgão abdominal, ou seja, ele fica no abdômen e permanecerá lá.


• O testículo é criado no abdômen e faz um deslocamento de lá do abdômen até a bolsa
escrotal → Isso ocorre entre o 6º ao 8º mês de gestação. (MIGRAÇÃO DIRECIONAL)
- Isso tem que ocorrer tanto no testículo esquerdo, quanto no testículo direito. (anel inguinal)

74
MAS QUAL O OBJETIVO DISSO?

O objetivo de o testículo sair do


abdômen e ir para o saco escrotal é
muito simples: A temperatura. A
temperatura do saco escrotal é de 2º
graus menor que a temperatura do
corpo.

O controle da temperatura é crucial


para a formação e amadurecimento
dos espermatozoides.

Se permanecessem dentro da cavidade


abdominal, onde a temperatura é 2º
graus mais alta do que no interior da
bolsa, a produção dos espermatozoides
estaria seriamente comprometida.
“É por isso que nos dias muito frios os testículos diminuem de tamanho e, quando faz muito calor,
a bolsa escrotal dilata.” (Professor)

TESTÍCULOS NÃO DESCIDOS

Criptorquia (Criptorquidismo): são testículos que não completaram sua descida, permanecendo
dentro da barriga (abdominais) ou no canal inguinal.
Testículos Ectópicos: aqueles que durante a sua descida se desviam da rota principal do músculo
que os direcionaria até a bolsa escrotal, e fixam-se na raiz da coxa, períneo, pênis, no outro lado da
bolsa escrotal ou na região inguinal, mais superficiais. (Em regiões totalmente estranhas e fora da
área de deslocamento)
Consequências:
• Não formação de
espermatozoides por conta da
temperatura alta;
• Chance de ter câncer.

75
• DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO ULTRASSOM: é
um dos exames de
Qual a diferença entre embrião e feto? imagem mais
O embrião NÃO possui aspectos humanos (Até a 8ª semana, 2 meses); importantes para o
O feto possui aspectos humanos (A partir da 9ª semana). acompanhamento
Todo o processo começa com o encontro dos 2 gametas → Durante o sexo. do
Ou seja: O encontro do espermatozoide com o ovócito. desenvolvimento
Durante o sexo, o espermatozoide será ejaculado na cavidade vaginal, embrionário. Serve
nesse momento, quando o espermatozoide entra no começo da cavidade para acompanhar e
vaginal, ele é praticamente imóvel, passando a ganhar mobilidade por verificar alterações
EFEITO DE CAPACITAÇÃO: Mudanças Bioquímicas fazem com que o no feto.
Espermatozoide ganhe movimento.
O espermatozoide, no contato inicial com a vagina, possui uma textura gelatinosa
(grudenta), isso serve para que ele não escorra da cavidade vaginal durante o sexo.
Depois de estar dentro da vagina e sofrer os EFEITOS DA CAPACITAÇÃO, fica com uma
textura mais liquida e ganha movimento. O tempo médio para que isso ocorra é de 1
minuto.

“O espermatozoide de pH com caráter básico → neutraliza o pH ácido da vagina. Mesmo assim, por
conta do pH ácido da vagina, milhares de espermatozoides vão morrer na cavidade vaginal.”
(Professor)

A movimentação que é feita durante o sexo estimula a contração


dessa musculatura, favorecendo a abertura do canal vaginal e o
“sugamento” dos espermatozoides (Já que nessa fase inicial eles
são imóveis), esse movimento abre o óstio uterino, que é muito
fechado, permitindo a passagem dos espermatozoides.

ESTRUTURA DO ESPERMATOZOIDE

O ACROSSOMO possui enzimas do tipo proteases, que vão


digerir a zona pelúcida do ovócito.
Cada MITOCÔNDRIA possui o seu próprio DNA, de origem
materna.
O ESPERMATOZOIDE, depois de 1 semana dentro do corpo da
mulher e, ao tocar na parede do ovócito, perde a cauda e suas
mitocôndrias que ali estavam, ou seja, somente a cabeça do
espermatozoide é quem vai entrar no ovócito, a cauda, onde
ficam as mitocôndrias, não vão mais fazer parte do processo.

76
Quando o espermatozoide se chocar com algo, seja com a parede vaginal ou com outro
espermatozoide, ele morrerá, ou seja, sempre que o acrossomo romper, o espermatozoide morre”
(Professor)

• OVULAÇÃO
A ovulação é alternada: Em um mês ocorre no ovário esquerdo, no outro mês no ovário direito
e assim consecutivamente.

↳ Isso faz com que o espermatozoide tenha que escolher o lado correto: 60% vão para o lado correto
e 40% vão para o lado incorreto.
↳ Os espermatozoides entram no canal vaginal buscando um sinal que o ovócito emite (Mediadores
Químicos), sinal esse que recebe o nome de QUIMIOTAXIA, esse sinal serve para que o
espermatozoide saiba a localização do ovócito.

• ESPERMATOZOIDE X SISTEMA DE DEFESA DA MULHER


Para o sistema de defesa da mulher o espermatozoide é considerado um corpo estranho e, como
sempre acontece quando alguma molécula estranha entra no organismo, o sistema de defesa
começa a atacar.

“Toda vez que alguma molécula estranha (Antígeno) entra no corpo humano, o sistema de defesa
vai atacar” (Professor)

Ou seja: Molécula ESTRANHA ao corpo = ANTÍGENO


Fungos, bactéria e vírus NÃO são antígenos, eles possuem antígenos (Moléculas Estranhas) na sua
superfície → As células possuem em sua superfície proteínas DIFERENTES das do corpo adentrado,
logo, estranhas ao corpo.

“O nosso sistema de defesa não reconhece vírus, bactéria e fungos, ele reconhece uma molécula
ESTRANHA, o antígeno.” (Professor)

77
Essa bactéria possui PROTEÍNAS, identificadas em azul no
desenho ao lado, que são moléculas ESTRANHAS (antígeno)
ao corpo, logo, o sistema de defesa começará a atacar. Repare:
O sistema de defesa não identificou a bactéria, mas sim as
proteínas (moléculas estranhas) que ficam ao seu redor.
Nosso sistema de defesa só ataca moléculas estranhas!

“E é por isso que existe a rejeição de órgãos. Eles podem ser considerados como ESTRANHOS pelo
corpo que está recebendo esse novo órgão. São diferentes informações genéticas, com diferentes
células e com diferentes proteínas.” (Professor)

• FASES DA FECUNDAÇÃO
ANTES DE FALAR SOBRE A FECUNDAÇÃO É IMPORTANTE LEMBRAR AS FASES DA OVULAÇÃO.
Todo mês, o organismo da mulher passa por variações hormonais induzidas pela hipófise, glândula
localizada no cérebro. A hipófise produz dois hormônios: LH e FSH.
O hormônio folículo-estimulante (FSH) estimula a secreção de estrogênio, responsável pelo
desenvolvimento e maturação dos folículos ovarianos. É o FSH que regula o crescimento,
desenvolvimento, puberdade, reprodução e secreção de hormônios sexuais pelos testículos e
ovários.
O Hormônio Luteinizante (LH) é produzido pela hipófise e é responsável pela ovulação e
produção de progesterona.

O FSH e LH são produzidos pela hipófise e juntamente realizam a liberação do ovócito durante o
ciclo.

OU SEJA: A função do Hormônio FSH é de criar as condições básicas para o início da ovulação e
engrossamento do endométrio (parede do útero), para quando o blastocisto (última etapa do
estágio embrionário) chegar ao seu destino: O endométrio. Esse endométrio (parede do útero), que
foi engrossada lá no começo, vai servir para o embrião se grudar e se desenvolver. O LH vai liberar
o ovócito e manter a parede engrossada que o hormônio FSH criou.

OVULAÇÃO EM RESUMO:

Todo início de ciclo menstrual começa com o FSH estimulando o amadurecimento de um


grupo selecionado de folículos primordiais, que se tornam folículos primários.
Estes folículos primários começam a produzir o hormônio
estrogênio. Conforme os níveis de estrogênio vão crescendo,
um dos folículos torna-se dominante, continuando o seu
desenvolvendo, enquanto os outros param de crescer e
começam a atrofiar. (A imagem ao lado mostra os folículos
que deixaram de crescer)

O ovócito sofre a sua primeira meiose na fase folicular, quando está sendo amadurecido.

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O folículo dominante produz níveis cada vez maiores de estrogênio, atingindo seu pico na véspera
da ovulação.

Também logo antes da ovulação, a hipófise passa a produzir o hormônio LH em grandes


quantidades, o que estimula o amadurecimento final do ovócito primário para ovócito
secundário.
↳ Quando o ovócito atinge a fase 2 e se transforma em ovócito secundário, ele está pronto
para ser lançado na tuba uterina e ser fecundado. Isso ocorre lá pelo dia 14 do ciclo menstrual.

24 a 36 horas após o pico de LH, o folículo maduro rompe-se e libera para a tuba uterina o ovócito.
Isso refere-se ao número 5 da imagem acima.
Se a mulher tiver relações nessa fase, o espermatozoide irá encontrar o ovócito maduro em uma das
trompas, iniciando o processo de fertilização do mesmo.

AGORA, DE FATO, A FECUNDAÇÃO:

Na puberdade, iniciam-se os ciclos ovarianos e, a cada ciclo, alguns folículos começam a se


desenvolver e um ovócito secundário é liberado (ovulação). Na ovulação, o ovócito sai do
ovário e segue, lentamente e deslizando pelos cílios da tuba uterina. É na tuba uterina que
geralmente ocorre a fecundação, processo em que o espermatozoide se funde ao ovócito.

79
O espermatozoide, depois de passar por tudo
aquilo que já foi falado nesse artigo, enfim se
encontra com o ovócito. (imagem ao lado)
Porém, é importante destacar algumas coisas
antes de prosseguir:

A Zona Pelúcida: é uma membrana protetora


e é formada a partir de secreções realizadas
pelo próprio ovócito e por células foliculares
presentes no ovário, e sua composição tem
como base filamentos glicoproteicos, que
podem ser classificados em quatro tipos de
proteínas: ZP1, ZP2, ZP3 e ZP4.

Corona Radiata: uma estrutura formada por células foliculares presentes no ovário, e cuja função
principal consiste em fornecer nutrientes essenciais para o ovócito.

Os grânulos corticais: são estruturas membranosas ricas em enzimas que alteram a zona pelúcida,
impedindo que esta se ligue a outro espermatozoide após a fecundação.

Nesse momento, o ovócito (ainda não fecundado) é chamado de HAPLOIDE, ou seja, POSSUI
METADE DO NÚMERO CROMOSSÔMICO (os 23 gametas da mãe). Na genética eles são chamados
de “n”.

Assim que o espermatozoide se encontra com


o ovócito, tentativas de penetrá-lo serão
iniciadas. Ele possui em sua cabeça o
acrossomo, que é composto por enzimas.
Essas enzimas servem para romper e
destruir as barreiras do ovócito. O
espermatozoide vai rompendo essas barreiras,
que é formado pela Zona Pelúcida e Corona
Radiata e, quando conseguir romper essas
barreiras, ele já não terá esse acrossomo e seu
núcleo terá acesso ao citoplasma do ovócito,
quando isso ocorre, os Grânulos Cordicais
vão impedir que outros espermatozoides
entrem no ovócito. O núcleo do
espermatozoide, assim como o ovócito, possui
23 cromossomos, ou seja, haploide, também
chamado de “n”. (imagem ao lado)

80
↳ Quando eu junto 23 cromossomos (n) com outros 23 cromossomos (n) eu crio 46 cromossomos
(2n), ou seja, uma célula chamada DIPLOIDE, uma célula com 46 cromossomos.

O OVÓCITO, ASSIM QUE FOR FECUNDADO, E TÃO SOMENTE NESSA ESPECIFICIDADE,


SOFRERÁ A SEGUNDA MEIOSE E SE TRANSFORMARÁ EM ÓVULO.

Para a formação do óvulo e do espermatozoide são feitos meiose, porém, a partir da formação do
ZIGOTO, serão feitas mitoses sucessivas, fazendo com que o desenvolvimento embrionário de fato
comece. Mas afinal, o que é um ZIGOTO?

Zigoto é o primeiro estágio do desenvolvimento embrionário. Trata-se de uma célula única,


resultante da fusão dos gametas masculino e feminino. As fases da formação do zigoto são as
seguintes:
1. o espermatozoide passa pela corona radiata do ovócito;
2. o espermatozoide penetra a zona pelúcida, modifica suas propriedades físicas (reação zonal)
e a torna impermeável para outros gametas masculinos;
3. as membranas plasmáticas das células masculina e feminina se fundem e o espermatozoide
entra no citoplasma do ovócito, se transformando em óvulo;
4. os pronúcleos feminino e masculino se formam e replicam o DNA dos gametas;
5. os pronúcleos se fundem e ocorre a agregação dos cromossomos paternos e maternos — 23
de cada, totalizando 46.

O zigoto é a primeira célula de um novo ser e já apresenta constituição genética única, resultante
da variação de espécie que acontece a partir da mistura cromossômica dos progenitores. A
formação do zigoto marca o início do desenvolvimento do embrião, que segue com a fase de
clivagem (processo de divisões celulares).
Em resumo:
1- Zigoto: 1 célula (que acabou de ser fecundada)
2- Processo de clivagem: Essa célula começa a se dividir por mitose.
(1 →2→4→8→16....)
↳ Cada célula formada a partir do zigoto é chamada de BLASTÔMERO.

“Essa camada em laranja do lado de fora é a zona pelúcida, são camadas de proteínas, proteínas
essas que podem ser chamadas de ZP1, ZP2, ZP3 e ZP4 e que impedem que esses blastômeros se
separem (É como se fosse uma barreira)” (Professor)
A mórula, que leva esse nome por se parecer muito com uma amora, se forma perto do útero,
quando chega na cavidade uterina a mórula se transforma em blastocisto. A movimentação da tuba
uterina relacionada com a movimentação dos cílios presentes na região, juntamente com a

81
contração, vai fazer com que o blastocisto saia “rolando” até chegar enfim ao endométrio.
(a imagem abaixo resume todo o caminho percorrido pelo embrião)

Resumo do ciclo ovariano, fecundação e desenvolvimento embrionário durante a primeira semana. O estágio 1 do
desenvolvimento começa com a fecundação na ampola da tuba uterina e termina com a formação do zigoto. O estágio 2
(dias 2 a 3) compreende o estágio inicial da clivagem (de 2 até aproximadamente 32 células, a mórula). O estágio 3 (dias
4 a 5) é a fase do blastocisto livre. O estágio 4 (dias 5 a 6) é representado pela implantação do blastocisto na parede
posterior do útero, local normal da implantação.

5. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

• BLASTOCISTO
É nesse momento em que o embrião vai se implantar no endométrio (parede do útero). Ele deve
se implantar na região mediana do endométrio, onde há um espaço maior para a gestação e um
ambiente rico em vasos sanguíneos, facilitando a formação da placenta.

“A placenta SOMENTE se forma em locais ricos em vasos sanguíneos” (Professor)


Qualquer região da tuba uterina pode ser utilizada para a gestação, mas um espaço muito
pequeno pode fazer com que a fecundação não ocorra.

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A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterina
passa através da zona pelúcida para formar – a cavidade blastocística

À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados em duas partes:

- Trofoblasto: Camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta.

- Embrioblasto: Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao


embrião.

Durante esse estágio o concepto é chamado de blastocisto. Cerca de 6 dias após a fecundação, o
blastocisto adere ao endométrio (parede do útero) por ação de enzimas proteolíticas
(metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado onde o embrioblasto está localizado.
Logo, o trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas (imagem abaixo):

- Citotrofoblasto: Camada interna de células.

- Sincicitrofoblasto: Camada externa de células. É ele quem vai comer as células do


endométrio (Parede do útero) para poder penetrar-se nela.

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“O blastocisto PRECISA se grudar e penetrar no endométrio para começar a gestação” (Professor)

No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial


na parte póstero-superior do útero. O SINCICIOTROFOBLASTO é altamente invasivo e se adere
a partir do polo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do blastocisto
no endométrio do útero. Esse é responsável pela produção do hormônio hCG que mantém a
atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez.

EM RESUMO:
“O embrião vai “rolando” até se prender no endométrio, ele PRECISA se prender na parede
uterina para que a gestação ocorra, se isso não ocorrer ele morre.” (Professor)

O TROFOBLASTO é a camada celular externa do BLASTOCISTO, essa camada fica ao redor de todo
o BLASTOCISTO e é ele que formará a parte embrionária da placenta.

A estrutura celular do TROFOBLASTO é composta de três tipos de células: o CITOTROFOBLASTO,


SINCICIOTROFOBLASTO, e trofoblasto intermediário ou extraviloso.

O CITOTROFOBLASTO possui alta atividade mitótica, ou seja, que faz divisão por MITOSE, mas não
apresenta a síntese de hormônios. Ele dá origem às outras células do TROFOBLASTO, como o
SINCICIOTROFOBLASTO.

O SINCICIOTROFOBLASTO é altamente invasivo e se adere a partir do polo embrionário, ou seja, a


parte contendo os EMBRIOBLASTOS, liberando enzimas que possibilita a implantação do
blastocisto no endométrio do útero. Esse é responsável pela produção do hormônio hCG que
mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes
de gravidez. É o principal componente da placenta humana.

Ou seja: A adesão do BLASTOCISTO ao


endométrio ocorre SEMPRE adjacente ao
EMBRIOBLASTO, assim como na imagem ao
lado.

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Quando o embrião (A) gruda no endométrio
(vermelho), o SINCICIOTROFOBLASTO
começa a liberar enzimas PROTEASE
(bolinhas em azul), essas enzimas começam a
romper os vasos sanguíneos da parede uterina
e que vão se acumulando em pequenos
espaços ao redor do embrião (B). Esses vasos
sanguíneos contêm sangue materno e são
chamados de VILOSIDADES CORIÔNICAS
(laranja).

Vilosidades Coriônicas (laranja) com


preenchimento de sangue (B) fazendo com a
placenta comece a sua formação, ou seja, a
placenta começa a se desenvolver com o
rompimento desses vasos sanguíneos.

“O EMBRIOBLASTO dá origem a todas as células do embrião, ou seja, é ele quem da origem ao


bebê, e tão somente ele; o TROFOBLASTO só participa e origina o anexo, que é a placenta. Ele não
origina o bebê, quem faz isso é o EMBRIOBLASTO” (Professor)

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• GRAVIDEZ ECTÓPICA

“Se o BLASTOCISTO não penetrar no endométrio, ele não vai se desenvolver” (Professor)

Onde o BLASTOCISTO tocar ele vai tentar grudar, se isso não ocorrer, ocorrerá a implantação
ECTÓPICA, ou seja, gestação em que o óvulo fertilizado é implantado fora do útero.

GRAVIDEZ ECTÓPICA ABDOMINAL (Gravidez de risco)


Como o abdômen é rico em vasos sanguíneos, a placenta conseguirá se formar tranquilamente
nessa região. Quando a gravidez ocorre nessa região, o ciclo menstrual será todo errado, podendo,
inclusive, ocorrer menstruação durante a gravidez;

• FERTILIZAÇÃO IN VITRO
A FIV (fertilização in vitro) é uma das principais técnicas da reprodução assistida, que consiste na
fertilização do óvulo pelo espermatozoide em laboratório, dando origem a embriões que serão
transferidos, posteriormente, para o útero da mulher.

É um procedimento de alta complexidade, uma vez que necessita de um maior acompanhamento


médico, utilização de medicamentos para estimulação ovariana e estrutura laboratorial para
promover o encontro do óvulo com o espermatozoide fora do corpo da mulher.

São utilizados BLASTOCITOS para que a FIV ocorra. São separados 4 BLASTOCITOS para que
esse processo ocorra, se os 4 forem implantados com sucesso no endométrio, terão então 4 bebês
(se tudo ocorrer bem durante a gestão). Se apenas 2 conseguirem se implantar, terão então 2
bebês, porém se nenhum for implantado, nenhum bebê nascerá.

• FOLHETOS EMBRIONÁRIOS
Durante o desenvolvimento embrionário, no processo de gratulação, as células, que estão em
constante multiplicação, iniciam um processo de invaginação, no qual as células presentes na
superfície da blástula (blastocisto) movem-se para o interior, formando camadas e um intestino
primitivo. As camadas são chamadas de folhetos embrionários germinativos.

O EMBRIOBLASTO dá origem a 3 folhetos embrionários (TRILAMINAR), que são eles:

“A partir do EMBRIOBLASTO se origina 3 células: ECTODERMA, ENDODERMA e MESODERMA”


(Professor)

86
A ectoderma é a camada mais externa,
a endoderma é a mais interna, e
a mesoderma é a intermediária entre elas.

A ECTODERMA vai se proliferando na parte de


cima e forma a CAVIDADE AMNIÓTICA.
É ela que se rompe momentos antes do parto.

A ENDODERMA vai se proliferando e


revestindo o espaço de baixo, formando uma
cavidade chamada SACO VITELÍNICO.

“A bolsa, que comumente as pessoas falam, na verdade se chama CAVIDADE AMNIÓTICA, portando,
se vocês falarem que a “bolsa estourou”, nem falem que vocês foram meus alunos” (Professor)

ECTODERMA → Cria a CAVIDADE AMNIÓTICA (Bolsa)


ENDODERMA → Cria o SACO VITELÍNICO

CURIOSIDADE

Em animais ovíparos o saco vitelínico é uma reserva de nutrientes para o embrião durante todo o
seu desenvolvimento.

Em animais placentários esse saco serve de reserva de nutrientes, mas somente até a placenta estar
formada, porque é ela quem vai nutrir o embrião durante todo o seu desenvolvimento.

O embrião é a placa do meio, a MESODERMA, porém ele precisa se transforma de placa em tubo,
esse processo é chamado de ORGANOGÊNESE, que nada mais é do que a formação de órgãos.

• ETAPAS DA NEURULAÇÃO
Durante a evolução, os primeiros neurônios surgiram na superfície do corpo, como uma forma de
relacionar o animal ao meio externo. Seguindo esse raciocínio, se levarmos em consideração os três

87
folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma), o folheto que está em contato com
o meio externo é o ECTODERMA, e será dele que surgirá o sistema nervoso.

A neurulação é o processo envolvido na formação da placa neural e das pregas neurais e no


fechamento dessas pregas para formar o tubo neural.

A partir do décimo oitavo (18º) dia de gestação, início da terceira semana, o ectoderma sofre um
espaçamento por influência indutora da notocorda, transformando-se na PLACA NEURAL. Essa
placa irá crescer e se curvar para dentro, formando o SULCO NEURAL e, posteriormente,
a GOTEIRA NEURAL, com formato semelhante a uma gota.

Durante essa dobradura, acaba sendo formada uma aba da ectoderme, a CRISTA NEURAL. Essa
estrutura será a responsável por dar origem aos elementos do sistema nervoso periférico.

Após formada, a goteira neural irá se fechar no polo superior e formar uma espécie de tubo, o TUBO
NEURAL, que percorre todo o eixo anteroposterior do embrião, processo conhecido como
neurulação. Essa estrutura dará origem ao sistema nervoso central.

O processo de fechamento da gota neural não ocorre simultaneamente em todo o embrião. A gota
vai se fechar mais rapidamente nas regiões centrais e mais devagar nas extremidades. As últimas
partes do sistema nervoso a se fechar são o NEURÓPORO ROSTRAL e o NEURÓPORO CAUDAL,
dois orifícios presentes respectivamente na extremidade cranial e caudal do embrião.

O neuróporo cranial se fecha na quarta


semana (24º dia), sua falha no fechamento
culmina em doenças como a anencefalia. Já o
neuróporo caudal se fecha com 26 dias, sua
falha no fechamento origina malformações
como MIELOMENINGOCELE.

O fechamento completo do tubo vai ocorrer


na quarta semana, quando o neuróporo
caudal finalmente se fecha por completo.

EM RESUMO:
Formação do tubo neural: As células do ectoderma começam a se achatar, formando a PLACA
NEURAL, a qual vai sofrendo INVAGINAÇÃO → formando o SULCO NEURAL e que em seguida se
fecha como um zíper formando o TUBO NEURAL
É essa a estrutura embrionária que dará
origem ao SISTEMA NERVOSO
As extremidades do SULCO NEURAL se unem formando um tubo

88
1. PLACA NEURAL → 2. SULCO NEURAL → 3. TUBO NEURAL

A MESODERME dá origem a NOTOCORDA, grifada em amarelo na imagem acima, e que é um


outro tubo, com sua localização abaixo do TUBO NEURAL. É a NOTOCORDA que será a responsável
pela criação das vertebras. (ou seja: um tubo em cima e um tubo no meio)

SOMITOS vão dar origem à maior parte do esqueleto axial e músculos associados, assim como a
derme da pele adjacente. Os SOMITOS vêm da MESODERME.
Cada uma das três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) dá origem a
tecidos e órgãos específicos:

89
• O ECTODERMA EMBRIONÁRIO dá origem à epiderme, aos sistemas nervosos central e
periférico, aos olhos e ouvidos internos, às células da crista neural e a muitos tecidos
conjuntivos da cabeça.
• O ENDODERMA EMBRIONÁRIO é a fonte dos revestimentos epiteliais dos sistemas
respiratório e digestório, incluindo as glândulas que se abrem no trato digestório e as células
glandulares de órgãos associados ao trato digestório, como o fígado e o pâncreas.
• O MESODERMA EMBRIONÁRIO dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células
sanguíneas, ao revestimento dos vasos sanguíneos, à musculatura lisa das vísceras, ao
revestimento seroso de todas as cavidades do corpo, aos ductos e órgãos dos sistemas
genitais e excretor e à maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, ele é a fonte de
todos os tecidos conjuntivos, incluindo cartilagens, ossos, tendões, ligamentos, derme e
estroma (tecido conjuntivo) dos órgãos internos.

EM RESUMO:

ECTODERMA: Origina pele, pelos, unhas e TUBO NEURAL, essa por sua vez. forma o SISTEMA
NERVOSO.

MESODERMA: Origina os SOMITOS e os SOMITOS originam os ossos da costela e musculatura.


- Músculos, ossos, cartilagem e tecido conjuntivo

ENDODERMA: Origina o TUBO DIGESTÓRIO e vários órgãos abdominais.

• MIELOMENINGOCELE OU ESPINHA BÍFIDA


O diagnóstico é feito pelo ultrassom e é uma falha no fechamento do tubo neural – estrutura que
origina a medula e o cérebro no embrião. Essa falha faz com que a medula, as raízes nervosas e as
meninges do bebê fiquem expostas. Normalmente essa falha ocorre na região lombar.

Os problemas causados pelo não fechamento correto do TUBO NEURAL pode ser associado pelo
uso de medicamentos e DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO:

A deficiência de ácido fólico durante a gestação tem se mostrado o principal fator de risco
para defeitos do tubo neural identificado até hoje. Anencefalia e espinha bífida correspondem a
cerca de 90% de todos os casos de defeitos do tubo neural e os 10% dos casos restantes consistem
principalmente em Encefalocele. Mulheres gestantes estão mais propensas a desenvolver
deficiências desta vitamina, principalmente devido ao aumento da demanda durante a
gestação, também por consequência de uma dieta inadequada, hemodiluição fisiológica
gestacional e influências hormonais. Por isso, a suplementação periconcepcional e durante a
gestação é tão importante, estudos relatam que essa reposição reduz o risco de ocorrência e
recorrência para os defeitos do tubo neural em cerca de 50 a 70%.

90
“Quando o não fechamento ocorre na região da cabeça se dá então a ANENCEFALIA” (Professor)

• fator de risco anencefalia e meningomielocele;


• Mulheres grávidas = aumento da demanda desta vitamina;
• Dieta inadequada e influências hormonais;
• Reposição reduz 50-70%;
• Ácido fólico atua no metabolismo. Incluindo síntese de DNA*;
• Diagnóstico a partir da 16ª semana;
• Entre 24ª e 26ª cirurgia pode ser realizada.

*A duplicação do DNA demanda MUITA vitamina

“O bebê que nasce com a mielomeningocele precisa fazer uma cirurgia de correção para que não
ocorra lesões na medula.” (Professor)

• INCLINAÇÃO AXIAL
Esse embrião deixa de ser apenas tubular e passa a ter uma estrutura tubular curvada:

“Brotos superiores formam os braços e os inferiores formam as pernas” (professor)

91
• DESENVOLVIMENTO DO CORAÇÃO
Forma-se um coração com 3 pares de veias iniciais:
• VEIAS VITELINA SEPTAÇÃO Na 8ª semana ele vai
• UMBILICAL formando as divisões:
• CARDINAL ÁTRIOS, VENTRICULOS
e ARTERIAS

“Até a 8ª semana ele é um embrião, depois ele já será considerado feto, por ter adquirido
caracteristicas humanas.” (Professor)
“O tamanho do embrião é muito pequeno na 3ª semana, então muitas mulheres abortam sem nem
mesmo saber. (pela menstruação)” (Professora)

ENDODERME: forma o TUBO DIGESTÓRIO


SACO VITELÍNICO: forma o CORDÃO
UMBILICAL e as primeiras células sanguíneas
→ saco vitelínico some.

VISICULA EMBRIONÁRIA é o espaço que fica


ao redor do embrião

CAVIDADE AMNIÓTICA → Armazena o


líquido amniótico (ECTODERME); O líquido
amniótico é composto basicamete por água e
serve como uma proteção mecânica contra
batidas e coisas do gênero.

O feto fica preso no ENDOMÉTRIO (parede do


útero), dentro do líquido amniótico e que está
dentro da vesícula embrionária.

92
EM RESUMO:

93
• DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA

SÃO DUAS ARTÉRIAS E UMA VEIA QUE PASSA POR TODA A PLACENTA
O sangue materno fica circulando sem ter contato com o sangue do feto

O sangue entra e sai das vilosidades levando CO2 e O2 até o feto. Do feto para a mãe e da mãe para
o feto → Isso ocorre via trasporte por osmose.

“A glicose passa para o feto via transporte” (Professor)

ANTICORPOS IgG passam para o feto

Proteínas

Esses ANTICORPOS não são duradouros, por isso que é imprescindível e importante vacinar o bebê.
Os ANTICORPOS duram aproximadamente 30 dias.

94
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA ESQUEMATIZADO

“O deslocamento da placenta pode ocorrer por queda nos níveis de progesterona. É a progesterona
que mantem o embrião preso ao endométrio.” (Professor)

Na fase fetal, depois da 8ª semana da gestação, a ORGANOGÊNESE está a todo vapor. Crescimento
rápido do feto. O feto vai crescendo e tendo cada vez MENOS espaço para ele na CAVIDADE
AMNINIÓTICA, consequentemente tem-se a REDUÇÃO do LÍQUIDO AMNIÓTICO.

“Isso faz com que o feto faça uma pressão sobre os órgãos abdominais da mãe. Quanto mais o feto
cresce, mais ocorrem mudanças nos locais dos órgãos da mãe.” (Professor) (imagem abaixo)

DPP: Método para saber quando o bebê, mais ou menos, vai nascer. (Data Provável do Parto)
Feto de 266 dias ou 38 semanas após a fecundação ou feto 280 dias ou 40 semanas após a última
menstruação normal.

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Esquemas de secções medianas de um corpo feminino. A, Não gestante. B, Gestante com 20 semanas. C, Gestante com
30 semanas. Observe que com o crescimento do concepto, o útero aumenta em tamanho para acomodar o rápido
crescimento fetal. Com 20 semanas, o útero e o feto atingem o nível do umbigo, e com 30 semanas eles alcançam a
região epigástrica. As vísceras abdominais da mãe são deslocadas e comprimidas e a pele e a musculatura da sua
parede abdominal anterior são esticadas.

• FASES DO NASCIMENTO
“O bebê é quem faz a movimentação para sair da mãe” (Professor)

1ª fase: Dilatação do colo uterino para a passagem do bebê;


2ª fase: O feto passa pelo colo;
3ª fase: Posição cefálica;
4ª fase: Passa pelo ombro (A região mais larga do feto é a região dos ombros); →se isso não ocorrer:
DISTÓCIA. Isso ocorre quando o bebê não passa com os ombros pela vagina, fica preso pelos
ombros dentro da mãe;
5ª fase: A partir do momento em que os ombros do bebê passam pela fagina o mesmo é expulso
da mãe com muita facilidade.

O ESQUEMA ABAIXO ILUSTRA O PARTO (NASCIMENTO). A e B, O colo está dilatado durante o


primeiro estágio do trabalho de parto. C-E, O feto está passando através do colo e da vagina durante
o segundo estágio do trabalho de parto. F e G, Como o útero se contrai durante o terceiro estágio
do trabalho de parto, a placenta se dobra e se afasta da parede uterina. A separação da placenta
resulta em sangramento e formação de um grande hematoma (massa de sangue). Apressão sobre
o abdome facilita a separação placentária. H, A placenta é expelida e o útero se contrai.

96
97
Saída da cabeça do feto durante o segundo estágio do trabalho de parto. A, A coroa da cabeça do feto distende
o períneo da mãe. B, O períneo desliza sobre a cabeça e a face. C, A cabeça está exposta, subsequentemente, o
corpo do feto é expelido.

A contração uterina ajuda o bebê a sair e faz com que a placenta saia espontaneamente, porém,
nem sempre isso ocorre, causando então a RETENÇÃO DA PLACENTA dentro da mãe.

• RETENÇÃO DA PLACENTA
A placenta precisa sair junto com o bebê, se isso não ocorrer naturalmente, precisará ser
removida.
Isso precisa ser feito pois as informações contidas na placenta são referentes ao material
genético do bebê, que é diferente ao da mãe. Podendo causar reações inflamatórias para a
mãe.

As chances de isso acontecer é de 1,5% - 2,7%.

FATORES DE RISCO
• Parto acelerado ou induzido;
• História de placenta retida;
• Pré-eclâmpsia* e aumento da pressão;
• Má-formação.

*A pré-eclâmpsia é um novo diagnóstico de hipertensão arterial ou de piora de hipertensão arterial


preexistente, que é acompanhada de um excesso de proteína na urina e que surge após a 20ª semana de
gestação.

PARTO EMPELICADO

É quando o bebê nasce sem o rompimento da cavidade amniótica (Bolsa).


• Extremamente raro
• No 3º semestre da gestação o liquido amniótico se renova a cada 3 horas, por ter detritos
(sujeiras) do feto, já no final da gravidez a renovação é mais rápida, já que terá muito mais
detritos (sujeiras) → Final da gravidez passa a 500ml/h

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• GÊMEOS
MONOZIGÓTICO (iguais) DIZIGÓTICOS (diferentes)
1 ÓVULO fecundado por 1 ESPERMATOZOIDE 2 ÓVULOS fecundados por 2 ESPERMATOZOIDES

Na fase de divisão dos BLASTÔMEROS ocorre Se os óvulos se implementam muito próximos


um erro formando 2 embriões OU na fase do um ao outro no endométrio, a placenta de
EMBRIOBLASTO ele se divide em 2 grupos ambas será apenas uma, ou seja, 2 embriões
Formando gêmeos idênticos dividindo a mesma placenta (Porque elas se
fundem), agora se os implantes forem longe,
GÊMEOS MONOZIGÓTICO FUNDIDOS cada um terá a sua prórpia placenta.

Acontece por erro na separação do GÊMEOS DIZIGÓTICOS DISCORDANTES


EMBRIOBLASTO, o embrioblasto precisa ser
separado totalmente para que o feto não Quando nasce um bebê normal e outro com
nasça grudado ao outro. alguma alteração, ex: 1 normal e 1 com
Síndrome de Down.

SEPARAÇÃO COMPLETA

GÊMEOS CONJUGADOS
“SIAMESES”

A chance de nascer gêmeos com a síndrome de down acontece no MONOZIGÓTICO, já que é 1


mesmo ESPERMATOZOIDE para 1 mesmo ÓVULO, serão IGUAIS.
99
• ENDOMETRIOSE
É quando as células do endométrio acabam aparecendo em outras regiões, ou seja, fora do útero.

“A principal TEORIA é sobre a MENSTRUAÇÃO RETRÓGRADA, ou seja, a menstrução sobe ao


invés de descer, levando material do endometrio para outras regiões do corpo.“ (Professor)

O principal problema da ENDOMETRIOSE é a formação de aderência, os órgãos vão se grudando


e é aí que começa a dor, principalmente em alças intestinais e que são mega vascularizadas.

Os sintomas mais comuns são dor e irregularidades menstruais. Tratamentos eficazes, como
hormônios e excisão cirúrgica, estão disponíveis.

6. TECIDOS E OSSOS

• ORIGEM DO TECIDO EPITELIAL


O tecido epitelial tem origem nos 3 folhetos embrionários: ECTODERMA, MESODERMA e
ENDODERMA, ou seja, TODAS as células do nosso corpo vieram desses 3 folhetos embrionários.

ORIGINAM DO ECTODERMA: epitélios de revestimento em pele (epiderme), boca, cavidades nasais


e ânus; glândulas mamárias, salivares e sebáceas.

ORIGINAM DO MESODERMA: epitélio de revestimento dos vasos sanguíneos (endotélio), epitélios


do sistema geniturinário (exceto a bexiga) e epitélio de revestimento de membranas que envolvem
órgãos internos (pleura, peritônio e pericárdio).

ORIGINAM DO ENDODERMA: tecidos epiteliais de revestimento do tubo digestório, exceto boca


e ânus; do sistema respiratório; de órgãos como bexiga, fígado e pâncreas; das glândulas tireoide e
paratireoide.

ÓRGÃO → SISTEMA → ORGANISMO


Exemplo: ÓRGÃO: Bexiga → SISTEMA: Urinário

“ÓRGÃOS SÃO FORMADOS POR TECIDOS E TECIDOS SÃO FORMADOS POR CONJUNTO DE
CÉLULAS QUE VÃO FORMAR OS ÓRGÃOS” (PROFESSOR)

Formados por vários tecidos (conjunto de células). A pele é o maior órgão do corpo humano.

No nosso corpo, existem muitos tipos de células, com diferentes formas e funções. As células estão
organizadas em grupos, que “trabalhando” de maneira integrada, desempenham, juntos, uma
determinada função. Esses grupos de células são os tecidos.

Os tecidos do corpo humano podem ser classificados em quatro grupos principais: tecido epitelial,
tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.

100
• FUNÇÕES DO TECIDO EPITELIAL
• Proteção e revestimento — revestem externamente o organismo, diversos órgãos e
cavidades do corpo;
• Absorção de nutrientes — epitélio absortivo do intestino;
• Trocas gasosas — tecido epitelial de revestimento dos alvéolos pulmonares;
• Secreção de substâncias — tecido epitelial de secreção;
• Percepção de estímulos sensoriais — neuroepitélio.

• TECIDO EPITELIAL (TECIDO DE REVESTIMENTO)


As células do tecido epitelial ficam muito próximas umas das outras e quase não há substâncias
preenchendo espaço entre elas. Esse tipo de tecido tem como principal função revestir e proteger
o corpo. Forma a epiderme, a camada mais externa da pele, e internamente, reveste órgãos como
a boca e o estômago.

O tecido epitelial também forma as glândulas – estruturas compostas de uma ou mais células que
fabricam, no nosso corpo, certos tipos de substâncias como hormônios, sucos digestivos, lágrima e
suor.

“O TECIDO EPITELIAL reveste TODO o nosso corpo e órgãos ocos, exemplo: Boca, intestino,
artérias, veias e etc...” (professor)

As duas principais camadas da pele são EPIDERME e DERME, porém, quando a região é mais
desenvolvida, poderá existir a HIPODERME, conhecida como TECIDO ADIPOSO (Gordura/Lipídios).

“O TECIDO ADIPOSO armazena triglicerídeos e gordura, mas não só isso, ele libera MEDIADORES
INFLAMATÓRIOS. É por isso que pacientes obesos são considerados grupo de risco em relação a
COVID-19, já que ela é uma doença inflamatória e pessoas com sobrepeso já possuem essa
característica presente no organismo, piorando ainda mais com os efeitos inflamatórios do vírus”
(Professor)

As células ADIPOSAS também liberam substâncias que causam resistência à insulina, causando
diabetes tipo 2
+ EPITELIAL = EPIDERME
+ CONJUNTIVO = DERME
+ ADIPOSO = HIPODERME

101
PELE ESPESSA: Presente na palma das mãos e na planta dos pés. Isso ocorre porque são
regiões onde ocorrem mais atritos, por isso tem maior número de camadas celulares e
queratina;
PELE FINA: O resto do corpo.

A diferença entre elas é o desenvolvimento de folículo Piloso (dá origem aos pelos) somente na pele
fina

A PELE ESPESSA (ou GROSSA) é a pele da palma das mãos e da planta dos pés. Ela sofre um atrito
maior e, por isso, possui uma epiderme constituída por várias camadas celulares e por uma camada
superficial de queratina bastante espessa. Não possui pelos e glândulas sebáceas, mas as glândulas
sudoríparas são abundantes.

A PELE FINA (ou DELGADA) é a pele do restante do corpo. Tem uma epiderme com poucas
camadas celulares e uma camada de queratina delgada.

• PROCESSO DE MATURAÇÃO
(O processo de MATURAÇÃO ocorre de baixo para cima)

As células mais profundas são chamadas de BASAL, por isso são mais jovens e, com a maturação
elas se tornam:

CÉLULAS DE CAMADA ESPINHOSA


(maturação)
CÉLULAS DE CAMADA GRANULOSA
(maturação)
CÉLULAS DE CAMADA CÓRNEA

Esse processo ocorre através de divisão por MITOSE.

DETALHE IMPORTANTE: As células da camada CÓRNEA têm grande quantidade de lipídios, a


função é fazer uma barreira contra a água (para que não entre água pela pele). Lipídios repelem
água.

102
PELE (DA MAIS EXTERNA PARA A MAIS INTERNA): Camada Córnea, Camada Granulosa,
Camada Espinhosa e Camada Basal. A pele apresenta diferenças segundo a sua localização.

• CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO EPITELIAL

1. NÚMERO DE CAMADAS:

Todo TECIDO EPITELIAL sempre está junto com o TECIDO CONJUNTIVO (dupla inseparável). O
que os separa é uma camada de proteínas fibrosas chamada de LÂMINA BASAL:

TECIDO EPITELIAL SIMPLES

TECIDO EPITELIAL SIMPLES POSSUI SOMENTE UMA CAMADA;


TECIDO EPITELIAL ESTRATIFICADO

TECIDO EPITELIAL ESTRATIFICADO POSSUI DUAS OU MAIS CAMADA;

103
TECIDO EPITELIAL PSEUDO-ESTRATIFICADO

TECIDO EPITELIAL PSEUDO-ESTRATIFICADO É QUANDO A POSIÇÃO DO NÚCLEO VARIA E


PARECE HAVER VÁRIAS CAMADAS;
(Específico do sistema respiratório, não possui em outro lugar)

O epitélio pseudoestratificado tem este nome porque parece ser estratificado, pois apresenta
núcleos em diferentes alturas da camada epitelial.

Na verdade, há só uma camada de células, porém elas apresentam alturas diferentes, o que resulta
na distribuição variada de seus núcleos, dando a falsa impressão de estratificação. A rigor é,
portanto, um epitélio simples.

Um tipo especial de epitélio


pseudoestratificado reveste internamente as
porções condutoras do sistema respiratório (p.
ex. cavidade nasal, traqueia, brônquios). Por
esta razão também é denominado epitélio
respiratório, representado na figura inferior
ao lado.

Características principais das células deste


epitélio:

Possui células colunares altas e células


basais pequenas. Além disso, há dois ou três
outros tipos de células, não facilmente
perceptíveis em preparações rotineiras.
A superfície livre das células colunares possui
grande quantidade de cílios, importantes para
mover a camada de muco existente sobre a
superfície epitelial, na qual aderem bactérias e
partículas de poeira.

104
TECIDO EPITELIAL DE TRANSIÇÃO

TECIDO EPITELIAL DE TRANSIÇÃO: MUDA DE TAMANHO CONFORME A NECESSIDADE.

Quando a bexiga estiver vazia → pouca pressão interna (ESPESSO)

Quando a bexiga estiver cheia → Ele se comprime por ter muita pressão interna (FINO)

Há uma acomodação das células epiteliais dependendo da pressão interna na bexiga.

2. MORFOLOGIA DA CAMADA MAIS EXTERNA:

Essa classificação é baseada na última camada de célula da pele

Se essas células forem achatadas → Será pavimentosa


Se essas células forem mais quadradas → Será cúbico
Se essas células forem colunar → Será Colunar, pois se parece com uma coluna (também sendo
possível chamá-las de Prismático ou Cilíndrico).

PAVIMENTOSO CÚBICO COLUNAR


PRISMÁTICO
CILÍNDRICO
TECIDO EPITELIAL SIMPLES PAVIMENTOSO

105
TECIDO EPITELIAL SIMPLES PAVIMENTOSO SÃO ACHATADAS E TÊM FORMA POLIGONAL;
(comum em vasos sanguíneos)
TECIDO EPITELIAL SIMPLES CÚBICO

TECIDO EPITELIAL SIMPLES CÚBICO TEM FORMATO CÚBICO;


(comum em ducto de glândulas salivares)

TECIDO EPITELIAL SIMPLES COLUNAR

TECIDO EPITELIAL SIMPLES COLUNAR TEM FORMATO DE COLUNA;


(comum no intestino)

Podendo ser chamada também por TECIDO EPITELIAL SIMPLES PRISMÁTICO ou por TECIDO
EPITELIAL SIMPLES CILÍNDRICO

106
TECIDO EPITELIAL SIMPLES COLUNAR COM BORDA EM ESCOVA

As MICROVILOSIDADES (C) na imagem acima, são como graminhas em um campo de futebol,


servem para aumentar a superfície de contato → aumentando a absorção de nutrientes.

CÉLULAS CALICIFORME: as células caliciformes são classificadas como CÉLULAS SECRETORAS,


elas estão presentes em muitas partes do trato gastrintestinal e nas vias superiores do sistema
respiratório, sendo uma célula produtora de muco (glicoproteína), exemplo: escarro

Trato Gastrointestinal (Intestino): o objetivo é proteger a passagem do bolo fecal, ou seja,


serve para que a passagem do bolo fecal não cause danos.

Vias Superiores do Sistema Respiratório: proteção contra a desidratação, ou seja, o muco


presente no sistema respiratório serve para que as vias não fiquem secas.

TECIDO EPITELIAL PSEUDO-ESTRATIFICADO COLUNAR CILIADO


(presentes no sistema respiratório)

DIFERENÇA ENTRE MICROVILOSIDADES E


CÍLIOS:

MICROVILOSIDADES são sustentadas por


filamentos de actina, SEM MOVIMENTAÇÃO;
CÍLIOS são sustentados por microtúbulos, ou
seja, POSSUI MOVIMENTAÇÃO.

107
TECIDO EPITELIAL ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO
(presente em pele, cavidade bucal (bochecha, em cima da língua)

K = camada de queratina

“Algumas regiões possuem queratina e outras não, isso ocorre por conta do atrito no local e, quanto
maior o atrito, maior será a camada de queratina naquela região.” (Professor)

É por isso que existe o remédio sublingual,


como nessa região da boca o atrito é muito
baixo, não existe essa camada de queratina,
facilitando a absorção, ou seja, o tecido
queratinizado, por ser mais espesso, atrapalha
na absorção.

EM RESUMO:

108
COMBINANDO AS DUAS CLASSIFICAÇÕES (SIMPLES E ESTRATIFICADO), OBTEMOS UMA
GRANDE VARIEDADE DE EPITÉLIOS:

• EPITÉLIO PAVIMENTOSO SIMPLES: encontrado nos vasos, cápsula de Bowman (rins),


mesotélio.
• EPITÉLIO CÚBICO SIMPLES: encontrado nos túbulos contorcidos do rim e na parede
dos folículos da tireoide.
• EPITÉLIO CILÍNDRICO SIMPLES: encontrado em quase todo o tubo digestório,
revestindo o estômago, o piloro, o intestino delgado e o grosso e a vesícula biliar.
• EPITÉLIO PAVIMENTOSO ESTRATIFICADO: pode ser queratinizado (pele) ou não,
esôfago, vagina, língua, cavidade oral.
• EPITÉLIO CÚBICO ESTRATIFICADO: encontrado nos ductos de algumas glândulas.
• EPITÉLIO CILÍNDRICO ESTRATIFICADO: é raro, só está presente em poucas áreas do
corpo, como na conjuntiva ocular e nos grandes ductos excretores de glândulas
salivares.
• EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO: na bexiga e ureter.
• EPITÉLIO PSEUDO-ESTRATIFICADO: geralmente é revestido por cílios, como na
traqueia e brônquios, ou estereocílios, no epidídimo.

RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS EPITÉLIOS

1. São derivados do ectoderma, do mesoderma e do endoderma;


2. Recobrem e revestem todas as superfícies corporais, exceto as cartilagens articulares, o
esmalte do dente e a superfície anterior da íris;
3. As funções básicas dos epitélios são proteção (pele), absorção (intestinos delgado e grosso),
transporte de substâncias sobre a superfície (mediado por cílios), secreção (glândulas),
excreção (túbulos do rim), trocas gasosas (alvéolos pulmonares) e deslizamento entre
superfícies (mesotélio de serosas);
4. A maioria das células epiteliais se renovam continuamente por mitose;
5. Os epitélios não têm direto suprimento sanguíneo e linfático. Os nutrientes são liberados por
difusão;
6. As células epiteliais quase não apresentam substâncias intercelulares livres entre si (em
contraste com o tecido conjuntivo);
7. A natureza coesiva de um epitélio é mantida por junções celulares;
8. Os epitélios estão ancorados a uma lâmina basal. A lâmina basal e os componentes do tecido
conjuntivo cooperam entre si para formar a membrana basal;
9. Os epitélios apresentam polaridade estrutural e funcional.

109
DESENHOS PARA FACILITAR A COMPREENSÃO

110
• LIGAÇÃO ENTRE AS CÉLULAS
As células se mantêm ligadas umas às outras através de um COMPLEXO JUNCIONAL (Vários tipos
de junções celulares) - essas células não se soltam facilmente porque estão bem unidas entre si e
presas as lâminas basal através dos HEMIDESMOSOMOS.

“Nada fica solto, tudo fica muito bem preso, por isso que a gente puxa a pele e ela não se solta.
Epitelial, basal, tecido conjuntivo, musculo e osso ficam todos juntos e é o colágeno que
segura tudo isso” (Professor)
O tecido conjuntivo é cheio de fibras sendo o COLÁGENO a principal, é ele que se prende à LÂMINA
BASAL

• TECIDO CONJUNTIVO
Fica abaixo do TECIDO EPITELIAL, altamente vascularizado e é formado por vários tipos de fibras:
Fibra de Colágeno (+ abundante)
MAIS COMUNS
Fibra Elástica
Fibra Reticular

111
Possui diferentes tipos de células e elas não ficam grudadas uma as outras, elas ficam soltas
(capacidade de mobilidade)

Existem espaços intracelulares grandes, preenchidos por uma MATRIZ EXTRACELULAR, sendo
composta por fibras e: H2O, Íons, Proteínas, glicoproteínas e Glicosaminoglicanos (GAG) → Açúcar.

Existe uma enorme quantidade de VASOS SANGUÍNEOS no TECIDO CONJUNTIVO, ele é


altamente vascularizado → o objetivo desse alta vascularização é para a nutrição e manutenção do
tecido

Já o TECIDO EPITELIAL é AVASCULARIZADO, ou seja, não possui VASOS SANGUÍNEOS, então a


sobrevivência dessas células é feita pela difusão de nutrientes do TECIDO CONJUNTIVO para o
TECIDO EPITELIAL. Sendo assim, o TECIDO EPITELIAL depende do TECIDO CONJUNTIVO para
sobreviver.

FIBRAS DO TECIDO CONJUNTIVO SÃO DUAS:

1. Colágeno = Sustentação
2. Fibra elástica = Elasticidade

• ORIGEM DAS CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO


MESODERME → CÉLULA MESENQUIMAL

Nós guardamos essas células no nosso corpo → nós precisamos delas para a formação de novas
células

É a CÉLULA MESENQUIMAL que origina TODAS as células do TECIDO CONJUNTIVO, origina


também as células do TECIDO CONJUNTIVO SECUNDÁRIO

Tecido Conjuntivo secundário: Tecido Cartilaginoso, Ósseo e sanguíneo

FIBROBLASTO

O fibroblasto é a célula constituinte do tecido conjuntivo e sua função é formar a substância


fundamental amorfa*, sendo responsável por:

• biossíntese de colágeno do tipo 1 que melhora a firmeza da pele;


• regeneração do tecido;
• sintetizam colágeno, elastina e as proteínas que dão estrutura, firmeza e elasticidade aos
tecidos;
• também produzem fatores de crescimento, que atuam no metabolismo celular;
• é o responsável pela cicatrização.

Ou seja, produtor de COLÁGENO e sintetiza toda a MATRIZ EXTRACELULAR

*Que não tem forma definida

112
ADIPÓCITO
(resistência à insulina; armazena gordura)

Tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo que se caracteriza por armazenar gordura
em células especializadas, denominadas adipócitos. Ele apresenta grande importância, uma vez que
sua camada é responsável, entre outras funções, por garantir isolamento térmico e ser uma
importante fonte de energia.

A formação do tecido adiposo ocorre com base nas CÉLULAS MESENQUIMAIS (tecido
embrionário) indiferenciadas.

MASTÓCITO
(Ela é cheia de grânulos e esses grânulos estão relacionados a alergia)

Mastócitos são células inatas, sentinelas do sistema imunológico. Possuem localização tecidual e
marginal a vasos sanguíneos, sendo capazes de responder rapidamente a agente agressores

Por serem intimamente ligados na ativação da resposta imune de linfócitos T, os mastócitos têm
grande importância na defesa contra helmintos e bactérias.

Têm granulas dentro que contêm histamina e outras, quando o paciente entra em contato
com algum alérgeno essas granulas são liberadas, liberando histamina na corrente sanguínea
→ início do processo alérgico

PLASMÓCITO
É o linfócito que dá origem ao PLASMÓCITO.
Produtor de anticorpos, ou seja, faz parte do sistema de defesa. (ataca o antígeno)

MACRÓFAGO
(especializado em fagocitose)

MACRÓFAGOS são células de defesa, cuja atuação se dá no sistema imunológico. Estão presentes
no tecido conjuntivo e concentram-se em órgãos com função de defesa do organismo. Os
macrófagos se caracterizam por serem células com formato irregular, possuírem citoplasma
abundante e terem pseudópodes.

Os MACRÓFAGOS têm como sua principal função realizar a fagocitose. Basicamente, o


MACRÓFAGO faz a fagocitose de células danificadas e velhas, assim como agentes estranhos e
partículas inertes. Eles possuem funções diferentes de acordo com o local em que são encontrados
e do nome que recebem. No entanto, é essencial esclarecer que todos realizam fagocitose.

Ou seja, ele destrói (fagocita) além de bactérias, fungos e vírus, células danificadas e velhas.
Importante dizer que são os lisossomos que destroem todos esses resíduos de dentro do
MACRÓFAGO. NEOPLASIA = CÉLULA DO TUMOR

113
• TECIDO CONJUNTIVO SECUNDÁRIO
É ele quem forma as cartilagens do nosso corpo: HIALINA, ELÁSTICA e FIBROSA.

O tecido cartilaginoso é um tecido conjuntivo especial, cujas células derivam da célula


mesenquimal indiferenciada. É um tecido avascular, formado por células denominadas
CONDROBLASTOS e os CONDRÓCITOS que estão envolvidos por uma MATRIZ EXTRACELULAR
ABUNDANTE (o espaço entre as células). Mais de 95% do volume da cartilagem consiste em matriz
extracelular, que constitui o elemento funcional desse tecido.

condroBLASTO = o blasto significa JOVEM | condróCITO = o cito significa MADURO

CARTILAGEM
CARTILAGEM HIALINA

Essa MATRIZ EXTRACELULAR é rica em


Glicosaminoglicanos (GAG) → carga
negativa e de Água → carga positiva, como
os opostos se atraem, a água é atraída pela
GAG.

A CARTILAGEM serve para proteger o osso na


hora do impacto, como se fosse uma esponja,
quando ocorre o impacto entre os ossos, a
água da CARTILAGEM sai e depois que o
impacto acaba a água volta.

ARTROSE: é quando não tem muito dessa


cartilagem, causando um atrito osso com osso.
OS OSSOS SÃO REVESTIDOS COM CARTILAGEM → CARTILAGEM ARTICULAR

CARTILAGEM ELÁSTICA

Os condrócitos e Condroblastos têm a mesma função aqui


A diferença é que essa é rica em fibras elásticas
Encontrado no pavilhão auditivo externo

CARTILAGEM FIBROSA
Essa cartilagem é rica em COLÁGENO, por isso é a mais
resistente de todas.

Fica no DISCO invertebrado, por isso o nome HÉRNIA DE


DISCO → Levantar muito peso de maneira incorreta.

114
• TECIDO ÓSSEO
O TECIDO ÓSSEO é composto por: OSTEOBLASTO, OSTEÓCITO e OSTEOCLASTO
OSTEOBLASTO e OSTEÓCITO = fazem a Produção da MATRIZ EXTRACELULAR ÓSSEA, rica em
muuuuuuuito COLÁGENO (Por isso que ela é bem rígida).
OSTEOCLASTO = Faz a reabsorção óssea por lisossomos → digestão extracelular
O OSTEOBLASTO e OSTEÓCITO produzem a MATRIZ EXTRACELULAR e o OSTEOCLASTO
organiza essa MATRIZ EXTRACELULAR no osso, moldando o osso no formato correto, ou seja:
OSTEOBLASTO e OSTEÓCITO formam o osso e o OSTEOCLASTO modela esse osso, é como se os
OSTEOBLASTO e OSTEÓCITO fossem os pedreiros e o OSTEOCLASTO o arquiteto.

“As enzimas degradam o colágeno do osso, digerindo e reabsorvendo esse osso, porém, é
necessário que isso ocorra de maneira controlada, se sair do controle o indivíduo terá
OSTEOPOROSE” (Professor)

Essas células ficam mergulhadas no tecido em uma matriz mineral rígida.

OSTEOBLASTO = cada célula possui 1 núcleo


Os dois estão presentes na periferia
OSTEOCLASTO = são células multicelulares do osso.

• OSSIFICAÇÃO
“OSSOS” NO FETO

Os ossos no feto na verdade não são ossos, são feitos de MOLDES ÓSSEOS DE CARTILAGEM, pela
cartilagem HIALINA.

Com o desenvolvimento do embrião a cartilagem vai ossificando-se e se transformando em ossos


propriamente.

Quando essa OSSIFICAÇÃO acontece a partir da cartilagem ele é chamado de ENDOCONDRAL;


Quando essa OSSIFICAÇÃO se faz a partir do tecido conjuntivo é chamada de INTER
MEMBRANOSA.

115
• CRESCIMENTO DOS OSSOS E FRATURAS
(Os ossos crescem da ponta mais externa para o meio)

Na EPÍFISE do osso tem um disco epifisário formado de


cartilagem HIALINA, esse disco é responsável pela ossificação
latitudinal → Ossificação endocondral

Envolvendo todo o osso tem uma camada de TECIDO


PERIÓSTEO, quando o osso quebra a primeira coisa que
acontece é a proliferação do PERIÓSTEO, ocupando o lugar da
fratura;

Depois a formação do CONDROBLASTO e CONDRÓCITO


(cartilagem);

Logo na sequência a OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL e a


formação do osso em si.

Nesse processo é possível ocorrer calos nos ossos, chamados de


CALO ÓSSEO, quem vai fazer essa remodelação desses calos é
o OSTEOCLASTO.

7. SANGUE E TECIDO

• SANGUE
O sangue é um tipo especial de tecido conjuntivo que se destaca por apresentar-se como um fluído
de cor vermelha e viscoso. Caracteriza-se por apresentar uma MATRIZ LÍQUIDA (PLASMA), em
que se encontram suspensos os elementos celulares do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas).
Nos seres humanos, o sangue corre dentro do nosso sistema cardiovascular, o qual é fechado. Isso
significa que nosso sangue é encontrado apenas no interior do coração e de nossos vasos
sanguíneos.

“O sangue é o único tecido que a matriz extracelular é liquida” (Professor)

116
• ELEMENTOS FIGURADOS

HEMÁCIAS ou ERITRÓCITOS (GLÓBULOS VERMELHOS) – Célula


LEUCÓCITOS (GLÓBULOS BRANCOS) – Célula
PLAQUETAS (FRAGMENTOS CELULARES) – Não é célula e são formadas por fragmentos de
MEGACARIÓCITO

Os elementos figurados do sangue são os COMPONENTES CELULARES desse tecido. No sangue


temos dois tipos de células (as hemácias e os leucócitos) e os fragmentos celulares conhecidos
como PLAQUETAS.

Ou seja, as HEMÁCIAS e os LEUCÓCITOS são células enquanto as PLAQUETA não são células, mas
sim um FRAGMENTO CELULAR → É por isso que é chamado de ELEMENTO FIGURADO.

Veja, a seguir, as principais características de cada um desses componentes:

• HEMÁCIAS, ERITRÓCITOS OU GLÓBULOS VERMELHOS

As hemácias são células sanguíneas que se destacam por seu


formato de pequeno disco bicôncavo contendo uma grande
quantidade de hemoglobina*, pigmento responsável pelo
transporte de oxigênio.

Essas células são numerosas e as mais encontradas em nosso


sangue. Devido à grande quantidade de hemácias e à presença
de pigmento hemoglobina no interior dessas, o sangue
apresenta um aspecto avermelhado.

*A hemoglobina é uma proteína globular encontrada no interior dos eritrócitos que é responsável pela coloração vermelha
do sangue. Apesar dessa característica marcante, essa não é a única função da hemoglobina, que está relacionada também
com o transporte de gases e o equilíbrio ácido-base.

• PLAQUETAS OU TROMBÓCITOS

As plaquetas são fragmentos de células da medula óssea, chamadas de megacariócitos. Essas


estruturas são anucleadas e apresentam formato de pequenos discos. Sua função é garantir a
coagulação do sangue e ajudar na reparação de danos nos vasos sanguíneos.

COMPONENTES CELULARES DO SANGUE E SUAS FUNÇÕES

COMPONENTE CELULAR FUNÇÃO


Atuam no transporte, principalmente,
Hemácias
de oxigênio.
Leucócitos Atuam na defesa do organismo.

Plaquetas Atuam na coagulação sanguínea.

117
• LEUCÓCITOS OU GLÓBULOS BRANCOS

Os leucócitos são células incolores que apresentam


como função principal defender nosso organismo.
As duas formas principais de defesa por parte dessas
células são a fagocitose e a produção de anticorpos.

A fagocitose é um processo em que as


células englobam e digerem a partícula estranha,
enquanto os anticorpos são proteínas de defesa que
atuam, por exemplo, sinalizando uma célula para que
ela possa ser fagocitada, ou neutralizando um antígeno.

Uma característica interessante dos leucócitos é sua capacidade de atravessar os vasos sanguíneos,
sendo esses capazes, portanto, de atuar em tecidos lesionados.

Vale salientar que não existe apenas um tipo de leucócito, sendo possível a identificação de cinco
tipos distintos: LINFÓCITOS, MONÓCITOS, EOSINÓFILOS, BASÓFILOS E NEUTRÓFILOS. Esses
cinco tipos estão divididos em dois grupos: granulócitos e agranulócitos.

Os granulócitos destacam-se pela presença de grânulos específicos e de um núcleo irregular,


enquanto os agranulócitos não apresentam grânulos específicos e seu núcleo apresenta-se mais
regular. Neutrófilos, eosinófilos e basófilos são granulócitos, enquanto os linfócitos e os monócitos
são agranulócitos.

FUNÇÃO
O sangue apresenta diversas funções no corpo, garantindo, por exemplo:
• Transporte de nutrientes;
• Transporte dos gases respiratórios;
• Transporte de resíduos do metabolismo;
• Defesa e imunidade por meio da ação dos leucócitos;
• Coagulação sanguínea por meio da ação das plaquetas.

O sangue é vermelho por causa das hemácias que são ricas em ferro e é o ferro dessas
hemácias que vão dar ao sangue a sua coloração avermelhada.

• COMPONENTES DO SANGUE
• PLASMA

“O PLASMA é a parte líquida do sangue” (Professor)


O plasma é a parte líquida do sangue, é composto, em grande parte, por água e várias substâncias
dissolvidas. No plasma encontramos íons, como o sódio, potássio, cálcio e
magnésio; proteínas, como albuminas e anticorpos; e várias substâncias que são transportadas
pelo sangue, como glicose, vitaminas, hormônios, gases respiratórios e resíduos do metabolismo.
Essa porção do sangue apresenta uma coloração amarelada.
PLASMA amarelado e leitoso = COLESTEROL e TRIGLICERÍDEOS altos

Hipercolesterolemia
Hipertrigliceridemia

118
“É na medula óssea que os leucócitos e a plaqueta são produzidos. No começo é o saco vitelino que
produz o sangue, depois o fígado e só depois que a medula óssea é formada que o sangue do bebê
passa a ser produzido pela medula óssea.” (Professor)

• HEMATOPOIESE
(A partir dela que se produz os elementos figurados)

BASÓFILO
LEUCÓCITOS

EOSINÓFILO
DERIVADOS DE LINHAGEM MIELÓIDE

NEUTRÓFILO

MONÓCITO ORIGINA O MACRÓFAGO

LINFÓCITO DERIVADO DA LINHAGEM LINFÓIDE

PARA LEMBRA: B E N MO LI = BEM MOLE

119
MONÓCITO

É o monócito que origina os macrófagos, → dentro da corrente sanguínea ele é monócito,


porém quando ele sai de lá ele vira macrófago. De 4 a 8% no sangue. Está relacionado com a
inflamação.

“O tempo de vida de uma hemácia é de 120 dias, ou seja, a produção de sangue precisa ser
constante” (Professor)

O remédio quimioterápico faz com que o número de hemácias (e relacionados) caia, isso ocorre
porque o remédio ataca a medula, já que o objetivo é impedir a divisão celular do tumor, levando a
anemia e a baixa imunidade.

BASÓFILO

Ele está relacionado as respostas alérgicas do indivíduo, ou seja, se o indivíduo tem alergia o número
de BASÓFILOS no sangue é maior.

Menos de 1% de basófilo no sangue de um paciente significa que ele está bem, mas que isso já é
um quadro de alergia. A histamina está relacionada com a alergia.

NEUTRÓFILO

É o mais abundante na circulação sanguínea – 60 a 65%. → Envolvido com infecções bacterianas

LINFÓCITOS

É o segundo mais abundante depois dos neutrófilos – 20 a 30%. → Relacionado as infecções virais,
ou seja, o número dele aumenta se houver infecção viral.

EOSINÓFILO

Reação alérgica contra parasitas e agentes infecciosos. Também participam dos processos
inflamatórios em doenças alérgicas e asma. De 2 a 4%.

120
• SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é o sistema responsável por captar, processar e gerar respostas diante dos
estímulos aos quais somos submetidos. É devido à presença desse sistema que somos capazes
de sentir e reagir a diferentes alterações que ocorrem em nossa volta e mesmo no interior do nosso
corpo.

Ele pode ser dividido em duas porções:


• SISTEMA NERVOSO CENTRAL: formado pelo Cérebro, Cerebelo, Bulbo/ponte e medula
espinhal.
• SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: formado pelos nervos, gânglios e terminações nervosas.

121
O sistema nervoso é composto por um tipo especial de tecido denominado tecido nervoso, o qual
possui como tipos celulares os NEURÔNIOS e as chamadas CÉLULAS DA GLIA.
1. NEURÔNIO: Recepção e transmissão do impulso elétrico
2. CÉLULAS DA GLIA:

- Micróglia = Defesa (faz fagocitose)


- Astrócito = Nutrição
- Oligodendrócito = Formação da bainha de mielina no Sistema Nervoso Central (SNC)
3. Célula de Schwann = Formação da bainha de mielina no SNC

As células do Sistema Nervoso são parecidas com um polvo cheio de tentáculos.

• NEURÔNIO
(Neurônios são as células que caracterizam o sistema nervoso, responsáveis por transmitir impulsos
ao cérebro)

Base do sistema nervoso, o neurônio é a célula característica do sistema nervoso com a capacidade
de estabelecer conexões entre si ao receber estímulos do ambiente externo ou do próprio
organismo. São os responsáveis por transmitir os impulsos nervosos ao cérebro. Temos cerca de 86
bilhões de neurônios e sua estrutura é geralmente a mesma: há o corpo celular, que acomoda o
núcleo e as organelas celulares; o axônio, uma prolongação única, revestida de mielina (camada
lipídica que atua na condução dos impulsos nervosos) e responsável por conduzir os impulsos; e os
dendritos, que são ramificações tanto do corpo celular quanto do axônio e realizam a comunicação
entre os neurônios, por meio das sinapses.

122
COMPONENTES DO NEURÔNIO
Os dendritos são prolongamentos do neurônio que garantem a recepção
dos estímulos, levando o impulso nervoso em direção ao corpo celular. A
Dendritos
grande maioria dos neurônios apresenta uma grande quantidade de
dendritos.
Prolongamento que garante a condução do impulso nervoso. Cada
neurônio possui apenas um axônio, o qual é, geralmente, mais longo que
os dendritos. Envolvendo o axônio, está um isolamento elétrico chamado
Axônio de BAINHA DE MIELINA. Essa bainha é formada por dois tipos celulares:
oligodendrócitos, no sistema nervoso central, e células de Schwann,
no sistema nervoso periférico. Os locais onde há falha nessa bainha são
chamados de nódulos de Ranvier.
Corpo Local do neurônio onde está presente o núcleo, grande parte das
celular organelas celulares e de onde partem os prolongamentos dessa célula.

Liberação de impulso elétrico do SNC para o SNP fazendo a contração dos músculos.
NERVOS são conjuntos de AXÔNIOS
↳ O impulso elétrico vem do axônio do neurônio passando de um para o outro em uma rede de
neurônios conectados, até chegar no local para a contração muscular.

IMPULSO ELÉTRICO: Informações


O Sistema Nervoso controla as atividades do corpo
↳ O único órgão que ele não controla é o coração.
NEURÔNIO é uma célula com muitas mitocôndrias, isso ocorre pois o neurônio precisa de muita
energia.
↳ Ele produz muito neurotransmissor → esses neurotransmissores produzem ACETILCOLINA e
ADRENALINA
O NEURÔNIO é constituído de PROTEÍNA (é por isso que ele tem complexo Golgi)

• SINAPSE
A sinapse é uma região onde há a comunicação entre os neurônios, entre neurônios e
músculos e entre neurônios e glândulas. Na grande maioria das sinapses, a transmissão de
informação é possível graças à presença de neurotransmissores, que são mensageiros químicos.
Nesse tipo de sinapse, chamada de sinapse química, o impulso nervoso (sinal elétrico) de um
neurônio pré-sináptico é transformado em sinal químico, que atua na célula pós-sináptica. É
importante salientar que existem ainda as chamadas sinapses elétricas. Nessas sinapses, as correntes
elétricas fluem diretamente de um neurônio a outro.

123
• TIPOS DE NEURÔNIOS
Os neurônios podem ser classificados, de acordo com sua morfologia, em NEURÔNIOS
MULTIPOLARES, NEURÔNIOS BIPOLARES e NEURÔNIOS PSEUDOUNIPOLARES.

TIPOS DE NEURÔNIOS
NEURÔNIOS Esse tipo de neurônio possui mais de dois prolongamentos
MULTIPOLARES celulares. É a ocorrência mais comum.
Possui apenas um axônio e um dendrito. Pode ser encontrado na
NEURÔNIOS BIPOLARES
mucosa olfatória, na retina e nos gânglios coclear e vestibular.
NEURÔNIOS Possui um prolongamento único, que se divide em dois. Esse tipo
PSEUDOUNIPOLARES de neurônio pode ser observado nos gânglios espinais.

TIPOS DE NEURÔNIOS (DESENHO)

Neurônio Pseudounipolar = Falso único prolongamento,


parece que tem apenas 1, mas se prolonga em 2 (presente em
gânglios)

Neurônio Bipolar = 2 prolongamentos (+ comum no SNP)

Neurônio Multipolar = Vários prolongamentos surgindo do


núcleo celular, são a maioria no corpo (comum no SNC)

Neurotransmissores se ligam ao receptor do outro


neurônio

ASTRÓCITO: um prolongamento dele gruda no vaso sanguíneo e o outro no neurônio, por eles
passam os nutrientes (nutrição dos neurônios)

Os vasos sanguíneos do cérebro são todos envolvidos por ASTRÓCITOS, formando BARREIRAS
HEMATOENCEFÁLICA (BHE), é uma estrutura que impede e/ou dificulta a passagem de substâncias
do sangue para o sistema nervoso central, tais como anticorpos, complemento e fatores de
coagulação.
↳Os fármacos precisam ser lipofílicos para ser mais fácil a passagem deles por essa barreira.
A barreira serve para que nada de ruim acesse o sistema nervoso e cause lesões a ele. Ex: agrotóxicos,
poluição e afins.

124
• BAINHA DE MIELINA
A BAINHA DE MIELINA é uma estrutura formada por uma
membrana lipídica rica em glicofosfolipídeos e colesterol, que recobre
os axônios, atuando principalmente como isolante elétrico, facilitando a
rápida comunicação entre os neurônios.

É formada por células especializadas chamadas células da glia. Essas


células enrolam-se ao redor do axônio, depositando camada sobre
camada de sua própria membrana plasmática em uma espiral justa,
formando uma estrutura semelhante a um "rocambole" (imagem ao lado).

Quando o ASTRÓCITO se envolve em apenas 1 volta no neurônio = Envolvimento Simples


Quando ele se envolve e dá várias voltas no neurônio = Envolvimento em espiral, com isso ele
formará a BAINHA DE MIELINA, o resultado disso é que a passagem do impulso nervoso será
mais rápida.

AXÔNIO Mielínico (Tem a bainha e por isso + rápido)


AXÔNIO Amielínico (Não possui a bainha e por isso + lento)
Cada oxônio, além da bainha de mielina, também é envolvido por tecido conjuntivo.
oxônio + tecido conjuntivo = endoneuro

No cérebro:
• Substância Cinzenta (externa) corpos celulares dos neurônios e células glia
• Substância Branca (Interna) axônios mielinizados e célula de glia

Na medula: ao contrário
• Substância Cinzenta (Interna)
• Substância Branca (externa)

Substância branca tem neurônios e substância cinzenta não tem


H medular é a substância cinzenta

EM RESUMO:

O sistema nervoso garante que os estímulos sejam captados e interpretados, e que respostas a esses
estímulos sejam geradas.
• O sistema nervoso é constituído por tecido nervoso.
• O sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
• O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e medula espinhal.
• O sistema nervoso periférico é formado pelos gânglios e nervos.
• O sistema nervoso autônomo apresenta duas divisões, a parassimpática e a simpática.

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pedro_augusto_@outlook.com (19) 99407-7299
PRODUZIDO e EDITADO por PEDRO AUGUSTO

Campinas, 28 de maio de 2022

FIM.

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