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BELO HORIZONTE / MG
ESPORTES AQUÁTICOS
SUMÁRIO
1 ESPORTES AQUÁTICOS ......................................................................................... 4
2 NATAÇÃO ............................................................................................................... 10
2.2 Regras............................................................................................................... 14
4 MERGULHO ............................................................................................................ 38
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ESPORTES AQUÁTICOS
6.3 Regras............................................................................................................... 50
7 IATISMO .................................................................................................................. 52
8.2 Regras............................................................................................................... 60
9 REMO ...................................................................................................................... 61
9.3 Regras............................................................................................................... 65
10 SURF .................................................................................................................... 72
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ESPORTES AQUÁTICOS
11 WINDSURF .......................................................................................................... 78
11.3 Categorias...................................................................................................... 80
12 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................... 83
1 ESPORTES AQUÁTICOS
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ESPORTES AQUÁTICOS
Fonte: piscinasplanalto.com.br
No caso dos Esportes Aquáticos, a relação do homem com a água provoca uma
sensação de bem-estar, trazendo vários benefícios para a saúde do sistema
cardiovascular, desenvolvimento do equilíbrio, força, flexibilidade, resistência muscular,
melhora da autoimagem, minimiza o estresse e ainda auxilia no controle do peso.
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ESPORTES AQUÁTICOS
Neste período, começa a respiração, por meio da expiração que permite o acesso
ao fundo. Este momento dependerá de um trabalho de qualidade durante a fase de
adaptação psicológica.
Existem várias dificuldades na ambientação para as atividades no meio aquático,
tendo influência direta do comportamento adquirido em meio terrestre.
O indivíduo que se insere no meio aquático, fica sujeito a vários fatores e
estímulos que geralmente não estão sujeitos fora da água. Desta maneira, quando um
aluno em qualquer período da vida, inicia sua atividade física na água, isso implicará em
um conjunto de alterações que passam por: alterações da visão (fica limitada), equilíbrio
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ESPORTES AQUÁTICOS
(os apoios passam a ser móveis), audição (normal, no entanto, limitada pela água nos
ouvidos), respiração (condicionada à necessidade para o que se está fazendo),
informações proprioceptivas, no sistema termorregulador.
1.2 História
As primeiras provas que se têm notícia foram no Japão, em 1910, no entanto, não
há registro de ganhadores. Logo após, foram realizadas na cidade de Londres, por volta
de 1837. A partir desses eventos, várias competições foram sendo organizadas
continuamente.
Foi durante as Olimpíadas de Londres que se fundou a Federação Internacional
de Natação (FINA), que regulamenta não só as modalidades de natação, mas também
as de nado sincronizado, saltos ornamentais e polo aquático.
A natação foi muito bem aceita, então logo foi inclusa nos primeiros Jogos
Olímpicos modernos, na cidade de Atenas, Grécia. No início esta competição era
disputada em mar aberto, com menos segurança que atualmente. Vale ressaltar que os
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ESPORTES AQUÁTICOS
Fonte: cob.org.br
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ESPORTES AQUÁTICOS
2 NATAÇÃO
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ESPORTES AQUÁTICOS
Fonte: bolanaguanatacao.com.br
Vinte anos depois, em 1980, nos Jogos Olímpicos de Moscou, chegou a vez de
Djan Madruga, Jorge Fernandes, Cyro Delgado e Marcus Matiolli. Os quatro fizeram
7m29s30 no revezamento 4×200 m livre e ganharam a terceira medalha de bronze para
a natação do Brasil em Olimpíadas.
A era de prata chega nos Jogos de Los Angeles, em 1984, com Ricardo Prado,
que entra para a história do esporte nacional ao conquistar o segundo lugar nos 400 m
medley, com o tempo de 4m18s45. Gustavo Borges se consagrou por ser o primeiro
atleta brasileiro a conquistar três medalhas em Olimpíadas. Em Barcelona, em 1992, ele
foi vice-campeão nos 100m livre com 49s43.
Nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, Gustavo subiu no pódio para receber
a medalha de prata pelos 200 m livre, 1m48s08, e o bronze, pelos 100 m livre, 49s02.
Além de Gustavo Borges, a Olimpíada de Atlanta fez outro medalhista brasileiro,
Fernando Scherer, que conquistou bronze nos 50 m livre com a marca de 22s29.
A natação é tão antiga quanto o homem, pois desde o início dos tempos, era
necessário nadar para se locomover e se alimentar, atravessar rios, lagos e mares em
busca de abrigo e alimentos.
A natação só começou a ser organizada no século XVII, no Japão, onde o
Imperador determinou que ela fosse ensinada e praticada nas escolas, mas como o
Japão era um país fechado, isso não se disseminou para o resto do mundo.
Foi na Inglaterra, em 1837, que a natação foi organizada como competição pela
primeira vez, quando foi fundada a Sociedade Britânica de Natação. No início, o estilo
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ESPORTES AQUÁTICOS
adotado pelos atletas era o nado peito. Na década de 1870, J. Arthur Trudgeon, um
instrutor inglês de natação, viajou para a América do Sul e observou um estilo alternativo
de se nadar. Ele levou o novo estilo para a Inglaterra, onde era chamado nado trudgeon,
hoje, conhecido como nado crawl com pernada de tesoura.
A natação é um dos esportes nobres das Olimpíadas ao lado do atletismo. Sempre
foi um esporte olímpico, desde a primeira disputa em Atenas, 1896. Naquele ano, apenas
os estilos livre (crawl) e peito foram disputados. O nado costas foi incluído nos Jogos de
1904, já o borboleta, surgiu como evolução do nado peito, na década de 1940.
2.1 História
Na antiguidade, saber nadar era mais uma arma de que o homem dispunha para
sobreviver. Os povos antigos (assírios, egípcios, fenícios, ameríndios, etc.) eram exímios
nadadores. Muitos dos estilos do nado desenvolvidos a partir das primeiras competições
esportivas realizadas no séc. XIX basearam-se no estilo de natação dos indígenas da
América e da Austrália.
Entre os gregos, o culto da beleza física fez da natação um dos exercícios mais
importantes para o desenvolvimento harmonioso o corpo.
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Histórico no Brasil
A natação foi introduzida oficialmente no Brasil em 31 de julho de 1897, quando
clubes Botafogo, Gragoatá, Icaraí e Flamengo fundaram no rio a União de Regatas
fluminense que foi chamado mais tarde de Conselho Superior de Regatas e Federação
brasileira das Sociedades de Remo.
Em 1898, eles promoveram o primeiro campeonato brasileiro de 1500m. Abrão
Saliture foi o campeão, nado livre.
Em 1913, o campeonato brasileiro passou a ser promovido pela Federação
Brasileira das Sociedades do Remo, em Botafogo. Além dos 1500 m. nado livre, também
foram disputadas provas de 100m para estreantes, 600m para seniors e 200m para
juniors.
Em 1914, o esporte e competições no brasil começaram a ser controladas pela
Confederação Brasileira de Desportos.
Somente em 1935, as mulheres entraram oficialmente nas competições.
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ESPORTES AQUÁTICOS
Fonte: seekpng.com
Competições
Acontecem em piscinas de 25 m ou de 50 m, divididas em raias. Podem ser
individuais ou por equipe. Nos revezamentos, disputados por equipes de quatro atletas,
cada nadador completa uma parte da prova. São disputas que alternam velocidade e
resistência. Há também a prova de nado medley, que combina os quatro estilos. A
distância percorrida é padronizada. Além do torneio olímpico, disputa-se um campeonato
mundial a cada quatro anos.
2.2 Regras
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No nado livre, o atleta pode nadar de qualquer forma, fazendo qualquer tipo de
movimento. Por ser o estilo mais rápido, o nado crawl é, geralmente, o mais escolhido
pelos atletas. Nele, é preciso nadar com o corpo esticado, movimentando os braços
como alternadamente e batendo as pernas na água alternadamente.
Já no nado borboleta, os atletas devem manter os ombros alinhados com a
superfície da água, enquanto pés, braços e pernas têm de fazer movimentos simultâneos
para cima e para baixo. No fim da competição, os nadadores precisam encostar com as
duas mãos na borda simultaneamente.
No nado costas, por sua vez, os praticantes começam a prova já dentro da piscina
e de frente para as balizas (base instalada em uma das bordas, da qual mergulham os
nadadores para competições de outros estilos), segurando a barra existente na mesma
com as duas mãos. Durante todo o trajeto, o nadador deve movimentar-se com as costas
viradas para a água, alternando movimentos de braços e pernas.
Local
Uma prova de natação deve ser disputada em uma piscina, que pode estar
localizada em um ginásio fechado ou a céu aberto. A piscina deve ter 50 m (medida
olímpica) ou 25 m (medida semiolímpica) de comprimento por 25 m de largura, com
profundidade em torno de 1,8 m. A temperatura da água precisa oscilar entre 25º C e 28º
C.
O espaço que cada atleta ocupa dentro da piscina é chamado de raia. Qualquer
piscina de competição deve ter oito raias de 2,5 m de largura cada. Exceto no estilo
costas, os nadadores largam de uma base de partida, que fica em uma das bordas. Esta
base, na verdade, é um bloco quadrado de cimento, revestido de material antiderrapante,
que fica entre 50 cm e 75 cm acima da água. Trata-se de um cubo com 50 cm de lado,
no qual também há um suporte (barra) utilizado para a partida do nado costas, que deve
ficar entre 30 cm e 60 cm da superfície da água. Atualmente os blocos de partidas são
feitos de um material inclinado, que permite angulação de 90° da perna e aumenta o
impulso de largada.
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ESPORTES AQUÁTICOS
Táticas
Cada tipo de prova exige uma preparação específica do nadador, pois as técnicas
utilizadas pelos atletas variam de acordo com o estilo de disputa da competição (veja
mais no item Regras).
Alguns detalhes, porém, podem ajudar o desempenho de qualquer atleta. O
nadador pode permanecer submerso nos 15 primeiros metros da piscina. Alguns
desenvolvem uma técnica especial que lhes permite ganhar mais tempo ficando no fundo
da piscina. Se o nadador passar estes primeiros 15 metros submerso é desclassificado
(tanto na largada quanto nas viradas).
Equipamentos
O uniforme de um nadador é simples. Ele deverá utilizar uma sunga (maiô, para
as mulheres), uma touca de proteção para os cabelos feita de borracha e óculos de
mergulho, confeccionados a partir de um tipo de plástico ante embaçante que permite a
visão total dos nadadores quando dentro d’água.
Ultimamente, algumas empresas têm produzido roupas especiais para nadadores,
confeccionadas de materiais como o neoprene, espécie de borracha isotérmica que
diminui o atrito do corpo do atleta com a água, potencializando, assim, sua velocidade.
Atualmente, o que existe de mais moderno é conhecido por “pele de tubarão”. Trata-se
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ESPORTES AQUÁTICOS
Fonte: crodriguesnatacao.wordpress.com
Enquanto outros estilos como o nado peito, crawl, ou costas pode ser nadado
adequadamente por iniciantes, o Nado Borboleta é um estilo mais difícil que requer boa
técnica, bem como os músculos fortes.
É o mais novo estilo de natação em competição, aconteceu em 1933.
O estilo borboleta geralmente é ensinado depois que o nadador tiver estabelecido
habilidades básicas nos outros três outros estilos de competição.
O estilo borboleta depende de um bom tempo e ações simultâneas de braço e
perna.
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ESPORTES AQUÁTICOS
“S” alongado, para cada braço, iniciando-se de forma subaquática, afastando os braços
para lateral logo após a entrada na água, aproximando-se do corpo (na altura do quadril),
mantendo os cotovelos altos, coincidindo com a elevação da cabeça, respiração e
pernada (movimento descendente).
A finalização ocorre quando as mãos passam próximos às coxas, com a palma
voltada para dentro, rompendo a linha da água primeiramente com o cotovelo.
Durante a recuperação dos braços, primeiramente coloca-se a cabeça na água
após a respiração, depois os braços passam pela lateral do corpo por cima da água,
flexionados e os cotovelos, entrando novamente bem à frente da cabeça para iniciar a
fase da pegada.
Quanto à coordenação braço-perna-respiração, inicia-se a braçada com uma
pernada, e durante a aproximação das mãos (na altura do quadril), realiza-se outra
pernada e a elevação da cabeça para respiração. A respiração ocorre quando as mãos
estão próximas ao abdome e execução de uma pernada.
O nado borboleta, também conhecido como golfinho, é o mais recente dos estilos
competitivos. Surgiu do nado de peito e no início era nadado com a pernada de peito e
movimentação aérea dos braços, por isso o nome borboleta. Com a mudança para a
pernada atual passou a ser chamado por alguns nadadores de golfinho, mas seu nome
oficial ainda é BORBOLETA.
O borboleta é nadado nas seguintes distâncias:
• 50m borboleta
• 100m nado borboleta
• 200m nado borboleta
• No revezamento 4X 100M quatro estilos (3ºestilo)
• Nos 200m e 400m medley (1ºestilo) Regras:
• SW8. 1- O corpo deve ser mantido sobre o peito todo o tempo, exceto quando
executar a virada, onde pernadas laterais são permitidas. Não é permitido girar
para as costas em nenhum momento.
• SW8. 2- Ambos os braços devem ser levados juntos à frente por sobre a água e
trazidos para trás simultaneamente sujeitos a SW 8.5.
• SW8. 3- Todos os movimentos para cima e para baixo das pernas devem ser
simultâneos. As pernas ou os pés não precisam estar no mesmo nível, mas não
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ESPORTES AQUÁTICOS
A seguir o nadador (a) deve manter o agarre com os pulsos travados e na metade
da puxada os braços estarão na posição vertical (cotovelo alto). A segunda metade da
puxada deve ser a mais longa e rápida possível (push!) Com os cotovelos se
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ESPORTES AQUÁTICOS
aproximando do corpo, os pulsos “firmes” e o queixo sendo puxado para cima, até
extensão dos cotovelos.
ERROS COMUNS:
Virar as palmas para dentro e puxar sob o corpo após a entrada. Isso faz com que
o nadador perca a maior parte da força da puxada e inibe a batida para baixo da perna.
Deve-se sempre alongar o máximo após a entrada e nunca tentar aplicar a força com as
mãos, até que a batida para baixo tenha terminado.
Fonte: souesportista.decathlon.com.br
RECUPERAÇÃO
O nadador relaxa a pressão, quando as mãos passam pelas coxas, palmas viram
para dentro, dedo mínimo saindo primeiro! As mãos irão para fora na lateral e sobre a
água, de maneira mais relaxada possível, até atingirem a posição de entrada que deve
coincidir com a primeira pernada para baixo.
PERNADAS, (GOLFINHADAS) E COORDENAÇÃO BRAÇOS/PERNAS.
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Pontos Principais:
• Reto com leve inclinação nos quadris. A linha da água está entre as
sobrancelhas e a linha do cabelo.
• Os olhos voltados para frente olhando levemente para baixo.
• A leve inclinação para os quadris permite que a batida de perna fique na água.
• Os ombros giram na braçada, utilizando os fortes músculos peitorais e gerando
uma forte força propulsiva.
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ESPORTES AQUÁTICOS
• Leves ajustes da cabeça mudam a posição das pernas. Se a cabeça for mantida
erguida fora da água, as pernas cairão e se submersa, as pernas sairão da água.
• As pernas trabalham quase na profundidade do corpo. Isto cria uma menor
resistência para o movimento à frente.
Ação da Perna
A ação da perna do nado livre/crawl frontal auxilia o corpo a permanecer na
posição horizontal e equilibra a ação braçal. Também pode contribuir com a propulsão
dentro da braçada.
Pontos Principais:
• A ação da perna começa nos quadris.
• É necessária ação alternada.
• Há uma leve dobra dos joelhos.
• Os pés chutam para a superfície e revolvem a água sem espirrar.
• Os tornozelos estão relaxados para permitir que os dedos apontem e forneçam
um efeito natural de dedos para dentro.
O número de batidas de perna pode variar para cada ciclo braçal.
Ação do braço
A ação de braço contínua e alternada é a força dentro do estilo e permite propulsão
constante. Ao longo de todo o estilo há cinco áreas principais que requerem atenção à
entrada, movimento para baixo, movimento para dentro, movimento para cima e retorno.
Entrada
• A mão é virada com a palma voltada meio para fora para que o dedão entre
primeiro.
• A mão entra entre a linha da cabeça e dos ombros com uma leve dobra do braço.
• A mão então avança sob a superfície. Nota: este é um alongamento natural, não
super-arqueado. Movimento para Baixo
• A mão se movimento para baixo e ligeiramente para fora para a posição de
pegada (não tendo visto isto previamente definido, explique).
• A mão continua este movimento para baixo e para fora.
• O cotovelo começa a dobrar. É importante que o cotovelo seja mantido alto.
Movimento para Dentro
• O lançamento da mão muda e se curva para dentro em direção à linha central
do corpo. Isto é semelhante à ação de palmeteio.
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ESPORTES AQUÁTICOS
Retorno
Fonte: amaralnatacao.com.br
Respiração
• A cabeça é virada suavemente no mesmo tempo da rolagem natural do corpo.
• A cabeça é virada, não levantada.
• A inspiração é feita quando o braço de respiração estiver completando o
movimento para cima.
• O braço que não respira entra na água quando a respiração é feita.
• A cabeça é virada de volta para o centro em uma ação suave assim que a
respiração for feita.
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Nado costas, também conhecido como crawl costas, é provavelmente o mais fácil
de todos os estilos competitivos de se ensinar e aprender, já que o nadador tem sua
cabeça para fora da água, ao contrário do nado livre onde o rosto está na água e a
coordenação de respiração e braços deve ser dominada.
Alguns alunos preferem nado costas pois seus rostos estão para fora da água e a
respiração não é um problema. Crawl costas e frontal têm semelhanças. Estas
semelhanças são úteis quando nadadores iniciantes são lembrados de uma habilidade
ou parte de uma habilidade que podem ser familiares a eles.
Postura corporal
Pontos Principais:
• Supino, horizontal e alongado.
• Orelhas são submersas logo abaixo da superfície da água.
• A cabeça permanece parada, olhos voltados para cima ou levemente para baixo
na direção dos dedos do pé.
• O queixo está encolhido para assegurar que as pernas sejam mantidas na água.
• Quadris são mantidos próximos à superfície.
• Ombros rolam junto com a braçada.
• Para manter as pernas na água, há uma leve inclinação da cabeça até os
quadris.
Pernada
A ação da perna ajuda a manter uma posição corporal horizontal e a equilibrar a
ação do braço. Isto minimizará o balanço das pernas de um lado a outro.
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ESPORTES AQUÁTICOS
Ação do Braço
A ação do braço é contínua e alternada. A ação do braço proporciona propulsão
constante. Ação de braço dobrado é mais eficiente do que ação de braço reto.
A ação de braço reto pode ser preferida nos estágios iniciais de desenvolvimento.
Entrada
O dedo mindinho deve entrar na água primeiro, braço reto e junto à linha do ombro.
Movimento Inicial para Baixo:
• O braço se move para baixo e para fora para a pegada. Isto é acompanhado por
uma rolagem natural do ombro.
• A mão é lançada para baixo e para fora pela palma.
Movimento para Cima
• O lançamento da mão muda para movimento dentro e para cima.
• Os braços são dobrados a um ângulo de 90-graus no cotovelo.
Movimento Final para Baixo
• O braço empurra até a coxa
• Dedos apontam para os lados e as palmas estão para baixo.
Retorno
• A mão sai começando pelos dedões.
• O braço gira gradualmente para assegurar que o mindinho esteja pronto para
entrar.
• O braço permanece reto e relaxado enquanto isso.
Respiração
• A respiração é natural. Como regra, respire a cada ciclo de braçada.
Cronometragem
• Seis pernadas a cada ciclo de braçada.
Regras – FINA
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ESPORTES AQUÁTICOS
Fonte: supercoloring.com
NADO DE COSTAS SW 6
• SW 6.1 - Antes do sinal de partida, os competidores devem alinhar-se na água,
de frente para a cabeceira de saída, com ambas as mãos colocadas nos
suportes de agarre. Manter-se na calha ou dobrar os dedos sobre a borda da
calha é proibido.
• SW 6.2 – Ao sinal de partida e quando virar, o nadador deve dar um impulso e
nadar de costas durante o percurso exceto quando executa a volta, como na SW
6.4. A posição de costas pode incluir um movimento rotacional do corpo até, mas
não ultrapassando os 90º da horizontal. A posição da cabeça não é relevante.
• SW 6.3 – Alguma parte do nadador tem que quebrar a superfície da água durante
o percurso. É permitido ao nadador estar completamente submerso durante a
volta, na chegada e por uma distância não maior que 15 metros após a saída e
em cada volta. Nesse ponto a cabeça tem que quebrar a superfície.
• SW 6. 4 - Quando executar a volta, tem que haver o toque na parede com alguma
parte do corpo na sua respectiva raia. Durante a volta, os ombros podem girar
além da vertical para o peito após o que uma contínua braçada ou uma contínua
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e simultânea dupla braçada pode ser usada para iniciar a volta. O nadador tem
que retornar a posição de costas após deixar a parede.
• SW 6.5 – Quando do final da prova, o nadador tem que tocar a parede na posição
de costas na sua respectiva raia.
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A Saída
A saída do nado de peito é feita do bloco de partida. Em comparação com os
nados crawl e borboleta, o mergulho da saída do nado peito é um pouco mais profundo,
para que o nadador aplique a braçada e a pernada ainda durante o mergulho, o que é
chamado de filipina e garante melhor desenvoltura do nado. O nadador deve observar
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ESPORTES AQUÁTICOS
com atenção o posicionamento dos joelhos. Eles não podem estar muito à frente na
preparação da pernada.
Isso gera uma falha: o quadril sobe, o que produz atrito e enfraquece a potência
da pernada.
Fonte: ativo.com
O Estilo
Para os iniciantes, recomenda-se, em primeiro lugar, o aprendizado correto da
batida de pernas. Esse movimento é de grande importância para a sustentação, o
equilíbrio e a impulsão do nadador. Inicialmente, as pernas devem ser estendidas
fortemente para trás. No momento em que as pernas são esticadas, o corpo tende a ficar
na horizontal.
Braçada
No início da primeira braçada após a saída e a cada volta, o nadador deve estar
sobre o peito. Ocasionalmente, o nadador pode ter um braço ligeiramente mais alto que
o outro, mas se os movimentos dos braços são simultâneos e no mesmo plano horizontal,
o estilo está correto. A chave para observar os braços é estar certo que se movimentam
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ESPORTES AQUÁTICOS
simultaneamente. A maioria das infrações ocorre com nadadores jovens, que ainda não
tem uma boa coordenação.
As mãos devem ser lançadas juntas para a frente a partir do peito, abaixo ou sobre
a água. Os cotovelos devem estar abaixo de água exceto para a última braçada antes da
volta, durante a volta e na braçada final da chegada.
As mãos devem ser trazidas para trás na superfície ou abaixo da superfície da
água. As mãos não podem ser trazidas para trás além da linha dos quadris, exceto
durante a primeira braçada após a saída e em cada volta.
Durante cada ciclo completo de uma braçada e uma pernada, nesta ordem, parte
da cabeça do nadador deve quebrar a superfície da água, exceto após a saída e após
cada virada, quando o nadador poderá dar uma braçada completa até as pernas e uma
pernada enquanto completamente submerso. A cabeça tem que quebrar a superfície da
água antes que as mãos virem para dentro na parte mais larga da segunda braçada.
Pernada
Todos os movimentos das pernas devem ser simultâneos e no mesmo plano
horizontal, sem movimentos alternados. Os pés devem estar virados para fora durante a
parte propulsiva da pernada. Não são permitidos movimentos em forma de tesoura,
pernada vertical alternada ou de golfinho. É permitido quebrar a superfície da água com
os pés, exceto seguido de uma pernada de golfinho.
A Virada
Para virar, o nadador precisa tocar a borda com as duas mãos, ao mesmo tempo
e na mesma altura. Depois disso, o braço do lado para o qual o corpo vai virar é lançado
de volta à piscina acima da cabeça. A outra mão empurra a borda para jogar a cabeça
em sentido contrário. Ao mesmo tempo, os joelhos são direcionados para a borda até
que os pés consigam tocá-la. Nesse momento, as mãos já devem estar juntas a frente,
preparando-se para a retomada dos movimentos.
A Respiração
No momento em que o nadador estende as pernas, o corpo sobe, o que possibilita
a elevação dos quadris. Com isso, automaticamente, o nadador retira a cabeça da água
para respirar, do meio para o final da braçada. No início da propulsão, quando os braços
ficam estendidos, o rosto do nadador está submerso, tendo a linha da água na altura da
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testa. Durante os movimentos dos braços, o nadador, lentamente, começa a expirar pela
boca.2
O estilo medley nada mais é do que uma prova que, inclusive, faz parte de grandes
competições olímpicas.
Nessas provas, os indivíduos devem realizar quatro diferenciados estilos de
natação de maneira seguida: borboleta, seguido de costas, peito e, por fim, o nado livre.
O nado livre, por sua vez, permite que o nadador escolha por qualquer estilo que
não seja os já realizados nas primeiras provas, no caso, o borboleta, peito e costas.
Dessa forma, grande parte dos atletas aposta no nado crawl, que também é uma
modalidade mais rápida na natação.
As regras da natação estilo medley, provas de 200 e 400 metros podem ser tanto
individuais, como também em grupo de quatro atletas.
No caso do revezamento, quatro diferentes atletas fazem parte de uma equipe,
sendo cada um deles responsável por nadar em um estilo. Porém, nesse caso, a ordem
é diferenciada: a prova se inicia com a modalidade costas, peito, borboleta e por fim o
nado livre.
Regras do estilo medley
Entre as principais regras da natação estilo medley, provas de 200 e 400 metros,
devemos destacar que nas provas individuais, a mesma distância é percorrida pelo atleta
em cada modalidade. Já em medley por equipe, cada um é responsável por um estilo
diferenciado.
O estilo medley pode ser competido tanto por homens como também por
mulheres, em distâncias que podem variar conforme cada tipo de piscina.
O medley individual, praticado em 200 m, se tornou uma prova olímpica nos Jogos
no ano de 1968. Por alguns anos, a modalidade não foi mais disputada, voltando para
as Olimpíadas em 1984. A partir dessa data, os Jogos foram disputados em todas as
olimpíadas.
Fonte: solbrilhando.com.br
3 NADO SINCRONIZADO
3.1 História
Mas o nado sincronizado não se transformou no que é hoje tão facilmente. Mesmo
com algumas apresentações em competições de natação ao longo dos anos, foi somente
em 1934, na Feira Mundial de Chicago, que o termo “nado sincronizado” foi utilizado pela
primeira vez. A partir dali o esporte tomou forma e os atletas começaram a se aperfeiçoar
técnica e fisicamente.
Após a primeira competição oficial ter sido disputada em 1940, o nado
sincronizado não perdeu tempo e buscou logo virar um esporte olímpico. O caminho não
foi fácil. De 1952 a 1968, participou como esporte de demonstração. A primeira conquista
oficial foi em 1955, nos Jogos Pan-Americanos do México. Alguns anos mais tarde, em
1973, já sob o comando da Federação Internacional de Natação (Fina), foi disputado o
primeiro Campeonato Mundial da modalidade. Com a globalização do nado sincronizado,
o Comitê Olímpico Internacional (COI) acrescentou o esporte à lista oficial em 1982. A
estreia, portanto, ocorreu em Los Angeles-1984.
3.2 As provas
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Fonte: rededoesporte.gov.br
4 MERGULHO
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4.1 Conceito
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Mergulho livre
Por mergulho livre entende-se aquele feito sem o uso de aparelhos de respiração.
Dentro desta categoria devemos distinguir duas modalidades muitíssimo
diferentes entre elas: o mergulho em apneia e o chamado de snorkeling.
Snorkeling
O snorkeling é a maneira mais fácil de se ter o primeiro contato com o mundo
submarino. Pode ser praticado por quase qualquer pessoa, usando apenas um par de
nadadeiras, uma máscara e um snorkel (aquele tubinho que serve para respirar enquanto
permanecemos olhando para debaixo d´água) para nadar e dar curtos mergulhos em
apneia (prendendo a respiração) em baixas profundidades (piscinas naturais em rios e
mares).
Apneia
O mergulho em apneia propriamente dito (técnica usada principalmente por
caçadores submarinos), pelas elevadas profundidades alcançadas e tempos
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5 SALTOS ORNAMENTAIS
5.1 História
Fonte: acordeidisposta.com.br
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5.2 Brasil
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Existem quarto tipos de saltos com parafuso: frente, trás, pontapé à lua e revirado.
Devido as muitas combinações possíveis, este grupo inclui mais saltos que qualquer
outro.
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Conforme você assistir mais e mais aos saltos ornamentais, especialmente por
executantes talentosos, você irá observar que embora muitos saltadores façam os
mesmos saltos, eles nunca se parecem à mesma coisa. Isto se deve às maneiras
individuais diferentes, características de movimento, força e senso de tempo, em que
todos adicionam um fenômeno abstrato, mas observável chamado “estilo”.
O estilo é difícil de ser acessado por algum padrão, a não ser que você goste ou
não dele. Por isso é difícil julgar os saltos. Mesmo que existam critérios de execução que
todos os saltadores devam conhecer, a avaliação permanece um processo subjetivo. Não
importa o quão bom um salto é executado, os gostos artísticos dos juízes têm uma grande
parte no resultado de qualquer competição, e por esta razão existem diferenças nas
opiniões entre técnicos, competidores, juízes e espectadores em relação à exatidão dos
resultados.
A um salto é dada a pontuação entre 0 e 10 pontos, entre notas redondas ou
adicionadas de ½ ponto por cada juiz.
Ao classificar o salto em uma das categorias de julgamento, certas partes de cada
salto devem ser analisadas e avaliadas, e uma nota pelo conjunto deve ser obtida.
As partes de um salto são:
1. Aproximação: Deve ser tranquila, mas eficiente, mostrando uma boa forma.
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ESPORTES AQUÁTICOS
5.5 Pontuação
6 POLO AQUÁTICO
Os jogadores não podem se apoiar nas bordas ou qualquer outra marcação e, com
exceção do goleiro nenhum outro jogador pode tocar a bola com as duas mãos ao mesmo
tempo.
O jogo tem quatro tempos de sete minutos cada com dois minutos de descanso
entre eles. Cada equipe pode pedir “tempo” duas vezes durante o jogo. Um gol é
assinalado quando a bola é chutada ou conduzida dentro da baliza adversária,
atravessando completamente a linha de gol.
Dois relógios controlam o tempo: um indica o tempo efetivo de jogo, assinalando
o tempo remanescente do quarto.
O segundo relógio indica o tempo que o time atacante tem para chutar no gol
adversário: 30 segundos de jogo efetivo.
Fonte: brasilescola.uol.com.br
O início de cada quarto de jogo se inicia com os jogadores alinhados fora da linha
de gol. Ao sinal do juiz os times nadam em velocidade em direção ao campo adversário.
O jogador chegando em primeiro lugar à bola, colocada equidistante das linhas de gol,
tem a posse de bola para o primeiro ataque.
Existem dois tipos de faltas. A falta ordinária, que constitui 90% das infrações no
jogo e a falta grave. As faltas graves são penalizadas com expulsão (20 segundos ou se
47
ESPORTES AQUÁTICOS
acontecer um gol ou seu time retomar a posse de bola; todos autorizados pelo juiz) ou
pênalti (chute livre ao gol, da linha dos 5 metros).
6.1 Origem
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ESPORTES AQUÁTICOS
meio liquido, em condições idênticas às que apresentaria se estivesse na terra. Por isso,
na água, tem que flutuar, mover-se com facilidade, agilidade e explosão.7
O polo aquático surgiu no Brasil no início do século XX. Flávio Vieira foi o
responsável pela introdução do esporte nos clubes, a princípio no Rio de Janeiro, como
o Clube Regatas Botafogo, Clube de Regatas Vasco da Gama e o Natação e Regatas.
Os jogos eram realizados na praia, com times formados por 11 jogadores com uniformes
e sem tocas, assim como no futebol. A primeira partida de que se tem conhecimento foi
disputada na praia de Santa Luzia em 1908, entre o Natação e Regatas e o Flamengo.
O Brasil participou das olimpíadas de 20, 32, 60, 64, 68 e 84. Na primeira, em 1920
na Antuérpia, foi eliminado na fase inicial. Em Los Angeles, 1932, um triste episódio. A
equipe brasileira foi desclassificada por agressão, e a partir daí, passou um longo período
suspensa das competições internacionais, o que fez diminuir o interesse das pessoas
pelo esporte. Só em 1946, quando o Brasil venceu o Sul-americano realizado no Rio de
Janeiro, é que o polo aquático brasileiro retornou ao cenário mundial. Em 1950, o jogo
era considerado lento e desinteressante para o público, o que fez com que houvesse uma
mobilização para que as regras fossem alteradas.
Essas mudanças representaram um divisor de águas no polo aquático nacional.
Os jogadores poderiam nadar com a bola parada, as substituições serem feitas a
qualquer momento do jogo e o número de jogadores em cada equipe diminuiu. Além
disso, em 1960 estipulou-se um tempo de posse de bola. Todas essas modificações
pretendiam tornar o esporte mais dinâmico, dar mais liberdade para os atletas se
movimentarem em campo e, assim, atrair a atenção do público. Dois personagens
estrangeiros foram de fundamental importância para a evolução do polo aquático no
Brasil. Na década de 50, o Fluminense contratou o técnico italiano Paolo Costoli, que
introduziu novos métodos de treinamento e modernizou o estilo de jogo dos brasileiros.
Nos anos 60, o húngaro Aladar Szabo, como jogador, foi o responsável por passar a
experiência da Escola Húngara para os brasileiros.
7 Extraído: esporte.hsw.uol.com.br
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ESPORTES AQUÁTICOS
6.3 Regras
Fonte: osul.com.br
Os jogadores são proibidos de tocar o fundo da piscina, bem como apoiar-se nas
bordas. Os atletas, com exceção do goleiro, são proibidos de tocar a bola com as duas
mãos ao mesmo tempo. Também é não é permitido dar socos ou afundar a bola debaixo
da água. Cada equipe tem 35 segundos para concluir seu ataque.
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ESPORTES AQUÁTICOS
As faltas no polo aquático são divididas em simples e graves. São regras simples,
por exemplo, tocar a bola com as duas mãos, ultrapassar o tempo de limite de ataque,
afundar a bola, impedir que o adversário arremesse ou empurrá-lo. Já as faltas graves
são espirrar água na cara do adversário, atrapalhar uma cobrança de falta e desrespeitar
o árbitro. Cometer uma dessas faltas acarreta penalização de 20 s fora do jogo.
Entre os homens a disputa dos Jogos Olímpicos é dividida em dois grupos com
seis seleções. No feminino são oito seleções divididas em dois grupos de quatro. Os
primeiros colocados de cada grupo vão direto para as semifinais, enquanto os segundos
e terceiros lugares se enfrentam em duelos eliminatórios. Os vencedores vão às
semifinais com os ganhadores destes duelos disputando o ouro olímpico.
As faltas no polo aquático podem ser simples ou graves. As simples resultam em
reversão (posse de bola para o adversário). Nas faltas graves, além da bola, o time perde
também, por 20 segundos, o jogador cometeu a falta. Mas o atleta pode voltar antes se
um gol for marcado ou se o seu time recuperar a posse de bola.
O jogador que cometer três faltas graves deverá ser substituído. Socos, chutes ou
qualquer outro tipo de agressão intencional resulta em expulsão sem direito a
substituição.
Quando um jogador estiver em situação de gol, dentro da área de 5 metros, e
sofrer uma falta, simples ou grave, é marcado o pênalti. A cobrança, em tiro direto, é feita
da própria linha de 5 metros. O goleiro deve manter a cabeça abaixo da trave.
Existem dois tipos de faltas no polo-aquático, as faltas simples que são cerca de
90 % das faltas e as graves que tem maiores penalizações. Faltas Simples
• Usar o punho;
• Pegar na bola com as duas mãos;
• Afundar a bola quando estiver em disputa;
• Impedir que o adversário jogue;
• Empurrar o adversário;
• Quando o tempo de ataque acaba;
• Receber a bola estando sozinho a dois metros da linha de gol, que caracteriza a
“zona do impedimento”.
Este tipo de falta acarreta em tiro livre. O jogador de posse da bola deve cobrar a
falta o mais rápido possível. Faltas Graves
• Empurrar ou puxar um adversário que não está com a bola;
• Segurar, agarrar ou puxar o adversário;
51
ESPORTES AQUÁTICOS
7 IATISMO
Por volta de 3400 a.C, os primeiros navios a vela estavam em uso no rio Nilo, no
Egito.
Os cascos dos primeiros navios eram feitos de papiros agrupadas.
Mais tarde, madeira proveniente de acácia ou Sicômoros foi usada, embora
apenas comprimentos curtos poderiam ser cortados a partir destas madeiras. Eles tinham
um único mastro com uma vela quadrada, que foi utilizado, além de remos quando o
vento estava soprando em uma direção favorável.
8 Extraído: www.aquaticapaulista.org.br
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ESPORTES AQUÁTICOS
Fonte: organicsnewsbrasil.com.br
7.1 Vela
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ESPORTES AQUÁTICOS
7.2 Antiguidade
Como esporte, a vela foi introduzida na Inglaterra pelo rei Charles 2º na metade
do século 17, logo após seu exílio na Holanda.
Entusiasmado com a modalidade, ele começou a organizar competições em 1610.
Um ano mais tarde, organizou a primeira competição realizada em águas britânicas,
contra seu irmão, o duque de York.
Os mais antigos clubes dedicados às regatas a vela foram também criados no
Reino Unido. Em 1720, foi fundado o Cork Harbour Water Club (atual Royal Cork Yacht
Club). Em 1775, foi a vez do Cumberland Fleet, depois rebatizado Royal Thames Yacht
Club.
Em 1875, nasceu a Yacht Racing Association, criada com o objetivo de organizar
e codificar os regulamentos para a realização de regatas no âmbito do Império Britânico.
Seu primeiro presidente foi o príncipe de Gales, Eduardo 7º.
54
ESPORTES AQUÁTICOS
7.3 Barcos
A origem do Iatismo se mistura com a história dos próprios barcos, que fenícios,
gregos, romanos, chineses e tantos outros povos usavam para pescar, fazer comércio,
combater e conquistar novas terras. A prática começou há milênios atrás!
Como esporte, acredita-se que o Iatismo tenha surgido na Holanda, no século
XVII. A primeira regata aconteceu na Irlanda, em 1749.
E foi lá que surgiu o primeiro clube ligado ao esporte: o “Royal Cork Yacht Club”
(algo como “Cortiça Real Iate Clube”!).
A primeira regata olímpica aconteceu nos Jogos de 1900, em Paris. Em Londres,
nos Jogos de 1908, o iatismo tornou-se um esporte oficial.
Nessa época, os iatistas ainda eram milionários excêntricos – afinal, para
conseguir um barco para treinar você; precisa ter muito dinheiro! Foi só na década de 70
que surgiram os primeiros profissionais do esporte, pessoas dedicadas apenas ao
Iatismo.
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ESPORTES AQUÁTICOS
Fonte: desportonalinha.com
e “Finn”.
56
ESPORTES AQUÁTICOS
A cada regata o barco soma determinado números de pontos, de acordo com sua
posição de chegada. Vence a competição aquele que somar o menor número de pontos
ao final da série de regatas. A Vela é um esporte nos olímpico desde 1900. E é a
modalidade que mais rendeu medalhas olímpicas ao Brasil.
Existem três tipos comuns de regata, a competição convencional, onde todos os
barcos competem entre si. Existe o match-race que é a forma de regata, barco contra
barco; com uma contagem de pontos diferente da regata convencional; sendo o
matchrace mais famoso a America’s Cup, que também é a regata e competição esportiva
mais antiga do mundo.
A terceira e menos comum, normalmente praticada em barcos de monotipo, é a
regata em equipe, que consiste em um complexo sistema de pontuação onde as equipes
(normalmente separada por Clubes) competem umas contra as outras.
No Brasil o iatismo foi introduzido pelos europeus ainda no século XIX e o primeiro
clube foi fundado em 1906, o Iate Clube Brasileiro do Rio de Janeiro, seguindo-se
posteriormente a fundação do Iate Clube do Rio de Janeiro e de Associações idênticas
em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Em 1934 foi fundada a primeira entidade de direção do iatismo que se denominou
Liga Carioca de Vela e, no mesmo ano, apareceu a Federação Brasileira de Vela e Motor.
Adequando-se ao modelo do sistema esportivo pátrio, surgiu a Confederação Brasileira
de Vela e Motor em 1941.9
regatas são descartadas no final do evento. Assim, o campeão é aquele velejador que
somar o menor número de pontos em toda a competição.
Uma regata tem cinco fases: largada, contravento (etapa na qual os barcos rumam
em direção à boia de marcação), través (manobra de mudança de direção contornando
a boia), popa (parte do percurso em que os barcos buscam o local de chegada da regata)
e chegada.
Três regras básicas tratam do direito de passagem de um barco em relação a outro
durante a competição.
Quando os barcos estão em amuras opostas, o barco que está com amuras a
bombordo deve dar passagem para o barco de sotavento, quando os barcos estão em
mesmas amuras e em compromisso, o barco de barlavento deve dar passagem ao barco
de sotavento, e quando os barcos estão nas mesmas amuras e não estão em
compromisso, o safo de popa deve dar passagem ao safo de proa.
É comum competidores protestarem após a regata. A comissão de árbitros julga
os protestos e determina desclassificações de barcos que cometeram irregularidades
durante a regata.
A classe mais popular da vela é a Laser. Na disputa masculina, o barco de 4,23 m
de comprimento, tem uma vela de 7,1 m2 de área.
Na Laser Radial, disputada por mulheres, o tamanho da vela é menor: 5,1 m2.
Nos dois casos, os barcos possuem apenas um tripulante.
Na Hobbie Cat 16, dois tripulantes competem em um barco de 4,9 m, com vela de
20,3 m2.
Na J24, a área da vela é ainda maior: 24,2 m. Os barcos, de 7,3 m de comprimento,
comportam cinco tripulantes. Já a Snipe, com duas pessoas a bordo, tem barcos de 4,7
m de comprimento, com 10,8 m2 de vela. É também uma classe bastante popular,
principalmente no continente americano.
A prancha à vela será representada pela nova categoria Neilpryde RS:X, com
velas de 9,5 m2 para homens e 8,5 m2 para as mulheres.10
8 MARATONAS AQUÁTICAS
Maratona Aquática
8.1 História
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ESPORTES AQUÁTICOS
8.2 Regras
8.3 O que é
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ESPORTES AQUÁTICOS
9 REMO
9.1 A origem
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ESPORTES AQUÁTICOS
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ESPORTES AQUÁTICOS
63
ESPORTES AQUÁTICOS
No Brasil, segundo Alberto B. Mendonça, que fez diversos relatos sobre histórias
dos esportes náuticos, a origem das regatas começou em 1566, no Rio de Janeiro.
Lembrando que nessa época havia um confronto entre portugueses e franceses. E para
comemorar uma fuga dos inimigos, os portugueses realizaram uma disputada de canoa.
Isso virou uma solenidade religiosa, sendo instituída, no dia 20 de janeiro, “A Festa das
Canoas”. Falando em religião, o Padre Antonio Vieira confirmava, em seus escritos, que
colonos e índios realizavam corridas de canoas, ao longo da costa brasileira, no período
que o Brasil era colônia.
esporte foi o Clube de Regatas Santista, de Santos. No entanto, a elite carioca que
popularizou o remo no país, pois ela era a diversão dos jovens. Isso fez com que clubes
como Flamengo e Vasco formassem equipes para disputar regatas na Baía de
Guanabara. A Confederação Brasileira de Remo foi fundada só em 25 de novembro de
1977.
9.3 Regras
65
ESPORTES AQUÁTICOS
Os barcos utilizados para as competições são constituídos por um, dois, quatro ou
oito remadores. Quando tem oito remadores é obrigatório ter um timoneiro. Ele é um
integrante que não rema, mas é o responsável por orientar e incentivar a sua equipe
durante as provas.
66
ESPORTES AQUÁTICOS
utilizados remos de até 4 metros. Outro detalhe muito importante, é que as pás dos remos
devem ser pintadas em ambos os lados com as cores de suas federações. O limite da
espessura da pá do remo é de três milímetros para prova tipo curto e de cinco milímetros
para o tipo longo.
Os remadores são distinguidos entre ligeiros e pesados. O considerado ligeiro, tem
o seu peso restrito a 72.5 quilos e 59 quilos para homens e para mulheres,
respectivamente. Os membros da tripulação devem vestir o uniforme oficial de suas
federações nacionais. Não é permitido o uso de equipamento de transmissão de ondas
de comunicação para receber ou enviar instruções externas.
9.4 Provas
Skiff simples
67
ESPORTES AQUÁTICOS
Skiff duplo
Skiff quádruplo
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ESPORTES AQUÁTICOS
Quatro atletas, com dois remos cada, navegam em um barco de 13,4 metros de
comprimento e com 52 quilos.
Homens não podem ter mais do que 72,5 quilos, e as mulheres, mais do que 59
quilos.
Dois sem
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ESPORTES AQUÁTICOS
São dois competidores em um barco que mede 10,4 metros e com o remo longo.
Quatro sem
Quatro remadores com um remo longo cada tem de navegar em um barco de 13,4
metros e 51 quilos.
70
ESPORTES AQUÁTICOS
Oito com
Cada atleta leva um remo longo. O barco mede 19,9 metros e pesa 96 quilos.12
10 SURF
Os primeiros relatos do surf dizem que ele foi introduzido no Havaí pelo rei
polinésio Tahito. Mas oficialmente o primeiro fato concreto que revelou a existência do
esporte foi feito pelo navegador James Cook, que descobriu o arquipélago do Havaí e viu
os primeiros surfistas em ação.
Na época, o navegador gostou do esporte por se tratar de uma forma de
relaxamento, mas a Igreja Protestante desestimulou por mais de 100 anos a prática do
surf.
O reconhecimento mundial veio com o campeão olímpico de natação e pai do surf
moderno, o havaiano Duke Paoa Kahanamoku. Ao vencer os jogos de 1912, em
Estocolmo, o atleta disse ser um surfista e passou a ser o maior divulgador do esporte
no mundo. Com isso o arquipélago e o esporte passaram a serem reconhecidos
internacionalmente.
72
ESPORTES AQUÁTICOS
Após a vitória nas Olimpíadas, Duke introduziu o esporte nos Estados Unidos e na
Austrália com grande sucesso.
O sucesso do esporte foi tão grande que hoje em dia é um dos mais praticados
em todo o mundo. Os filmes do cinema e os comerciais de Tv foram fundamentais para
a exposição do surf.
Atualmente a ASP (Associação dos Surfistas Profissionais) é quem regulamenta e
traça as diretrizes do esporte. Os maiores surfistas do mundo disputam anualmente o
WCT (World Championship Tour) e daí sagra-se o campeão mundial.
Prancha
A prancha é o elo entre o surfista e o mar. Uma boa prancha é essencial para
quem quer ter um bom desempenho. Ela tem que estar adaptada ao tamanho e as
características físicas do atleta.
O desenvolvimento do material utilizado nas pranchas foi tão grande, que as
velhas (de madeira), foram substituídas por modernas placas de poliuretano.
Além das conhecidas pranchinhas, mais velozes e utilizada pelos principais
surfistas, existem as Fun e Long Boards.
Fun Board
A Fun Board é uma intermediária entre a pranchinha e o Long. Já as Long Boards
são as mais clássicas e trazem consigo o peso e a responsabilidade de toda a história
do surf.
Para completar a lista de materiais necessários para a prática do surf, tem o lash,
a parafina e o neoprene.
Leash
O leash é a famosa cordinha. Ela é geralmente amarrada junto ao calcanhar e
prende o atleta a prancha. Verifique sempre se o lash está bem preso, pois caso se solte
você terá muito trabalho para pegar a prancha novamente.
Parafina
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ESPORTES AQUÁTICOS
Fonte: edition.cnn.com
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ESPORTES AQUÁTICOS
75
ESPORTES AQUÁTICOS
Para ter um bom desempenho nas ondas, é preciso conhecer algumas das
técnicas do surf. Abaixo, listamos as principais com algumas dicas dos instrutores
Luciano Sant’Anna e do instrutor da escola Chandler Surf, Carlos Albuquerque.
Remar
É feita alternando os braços, como o nado craw da natação, mas não basta
somente saber remar e sim onde entrar para remar as ondas e varar a arrebentação.
Para os iniciantes, o melhor é ficar mais no início (beira) e pegar as espumas.
Além de mais seguro, é mais fácil para entrar na onda, aconselha Sant’Anna. É
importante remar a prancha sempre deixando o bico da mesma um palmo fora d’água.
Nunca deixe o bico emerso, pois ela irá bicar, explica. Quando visualizar uma
ladeira que forma na onda, busque remar para descer a mesma. Quando sentir que
entrou na ladeira da onda e a força dela estiver te levando, é hora de ficar em pé sobre a
prancha.
Ficar em pé na prancha
Procure perceber que entrou na ladeira da onda e que a força dela está te levando,
esse é o momento de se posicionar em pé na prancha. O surf acontece na parte lisa da
onda (parede da onda), portanto a hora de sair de cima da onda é quando ela virar
espuma. Ninguém surfa a onda até a mesma encalhar na areia. Na espuma, a onda torna-
se muito turbulenta, pois são bolhas de ar explodido de baixo da prancha.
76
ESPORTES AQUÁTICOS
Sentar na prancha
Procure manter o seu peso no centro da prancha e sempre com o bico fora d’água.
Nunca dê as costas para a onda, pois ela pode lhe machucar. Sentar na prancha é como
andar de bicicleta. Não fique olhando para o bico da prancha, afinal, assim como andar
de bicicleta, a pessoa não anda de bicicleta olhando para o pneu da frente.
Joelhinho
A finalidade do joelhinho é furar a onda, ou seja, passar pela arrebentação da
mesma. Esse é o único momento em que o surfista emerge o bico da prancha dentro
d’água.
Porém, a dica que deixo é mergulhar com a prancha a aproximadamente 1,5m
antes da onda chegar até você, pressionando o bico da prancha para baixo. Quando
emergir o bico dentro d’água, deixe a onda passar e não coloque o joelho no deck da
prancha. Caso o atleta tenha muita dificuldade de furar a onda pelo modo joelhinho, é
possível usar o modo tartaruga.
Fonte: groupon.com
Tartaruga
É mais executada quando se está surfando com uma prancha longboard ou
funboard, que são pranchas mais pesadas e com o bico largo, muito difícil de afundar no
77
ESPORTES AQUÁTICOS
joelhinho. A tartaruga consiste em virar a prancha com o fundo (botom) para cima e o
atleta fica em baixo da prancha.
Daí vem o nome tartaruga, pois o atleta fica parecendo um casco de tartaruga,
explica Sant’Anna. Quando a onda se aproximar numa distância entre 1 a 2m, é o
momento exato de virar a tartaruga. Ao sentir a onda passar por cima da prancha, tente
voltar num giro do mesmo lado que você virou e se manter em cima da prancha.
Furar a onda
Movimento usado pelos surfistas para furar as ondas que vêm em sentido contrário
durante a remada na arrebentação. Consiste em segurar nas bordas da prancha com as
mãos, impelindo-a para o fundo com a ajuda de um joelho ou de um pé, na parte de trás
da prancha. Também recebe o nome de mergulho de pato, golfinho, peixinho e
submarino.13
11 WINDSURF
11.1 História
Windsurf
11.2 Equipamentos
79
ESPORTES AQUÁTICOS
A vela funciona como um motor. É ela que tem a função de captar o vento e mover
a prancha. Para a proteção da vela o rig conta com uma retranca. É ela quem mantém o
formato da vela e dá a direção para a prancha. O mastro também tem a função de manter
o formato da vela.
E a extensão que é utilizada para estender o mastro para a medida certa. Além
disso o velejador deve contar com capacete, colete ou flutuador, roupa de neoprene para
os dias mais frios, leash, capas de proteção e transporte do equipamento,
cabo de puxar vela (puxão), luva, gancho e trapézio de cintura.
Manobras do Windsurf
• Aerial Jibe – o velejador salta sem soltar os pés das alças, gira a prancha em
180º e vira a vela no ar.
• Back Loop – o atleta dá um loop para trás.
• Body Drag – o velejador tira os pés da prancha e arrasta-os na água, retornando
à posição inicial.
• Jump Jibe – quando a troca da direção da prancha é feita no ar.
• Loop – uma volta completa com a vela no ar.
• Push Loop – um Back Loop contra o vento.
• Table Top – o velejador dá um salto e deixa a prancha horizontal ao mar.14
11.3 Categorias
Freestyle
É a categoria mais agitada do windsurf. A maior atração é o looping, o movimento
mais arriscado, que consiste em usar as ondas como tranpolim para se lançar, junto com
a vela e a prancha, em seguida dar uma cambalhota de 360 graus sobre si mesmo e
voltar a água na mesma posição de antes.
Alguns atletas conseguem fazer o double-loop, duas voltas no ar antes de voltar à
água. Algumas competições desta categoria são indoors. O windsurf indoor é realizado
em tanques rodeados por potentes ventiladores em ginásios de grande porte.
14 Extraído: www.360graus.terra.com.br
80
ESPORTES AQUÁTICOS
Foi nos finais dos anos 70 que o windsurf apareceu no Brasil, através de Klaus
Peters, Marcelo Aflalo e Leonardo Klabin, que são considerados os pioneiros no esporte
aqui no país.
O esporte se fixou de verdade no Brasil após os eventos Hollywood Vela realizados
a partir de 1981 e que percorreram várias praias brasileiras. Esse ano, o windsurf estava
em destaque e era a imagem de abertura da novela Água Viva, da Rede Globo, que
ajudou a difundir e alcançar um grande público no Brasil.
Em 1984, o Windsurf ganha o título de esporte Olímpico e o Brasil cria a
representação da Classe no Conselho da Confederação Brasileira de Vela e Motor, com
15 Extraído: www.oradical.uol.com.br
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ESPORTES AQUÁTICOS
16 Extraído: www.abws.com.br
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ESPORTES AQUÁTICOS
12 BIBLIOGRAFIA
FIGUEIREDO, P.A.P. Natação para bebes, infantil e iniciação: Uma estimulação para
a vida. Phorte, 2011.
PALMER, Mervyn L. A ciência do ensino da natação. São Paulo: Manole, 1990. 359p.
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