FRIEDRICH NIETZSCHE - AS TRÊS METAMORFOSES DO HOMEM FILOSOFIA - SLIDE 017 TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO AS TRÊS METAMORFOSES DO HOMEM
Em sua obra Assim falou Zaratustra, Nietzsche utilizou a imagem
da metamorfose para se referir às três fases que o homem deve passar para alcançar uma vida digna, o estado de super- homem. Diante da irracionalidade do mundo e da imposição dos valores cristãos que tolhem a vontade e aprisionam a natureza e os instintos humanos, o homem deveria passar por um processo de libertação, tornando-se dono de si mesmo e vivendo a partir de uma nova ordem de valores realmente humanos. AS TRÊS METAMORFOSES DO HOMEM
A respeito dessa metamorfose, Nietzsche afirmou: “Três
transmutações vos cito do espírito: como o espírito se torna um camelo, e em leão o camelo, e em criança, por fim, o leão.”. A figura do camelo representaria, assim, o homem que traz em suas costas todo o peso da moral ocidental. O camelo, apesar de parecer um animal passivo, possui a força necessária para, devagar, mas determinadamente, partir rumo ao deserto para lá se tornar leão. Se, em um primeiro momento, o camelo é aquele que suporta o peso da moral tradicional cristã, em um segundo momento, ele, de alguma forma, enfrenta um processo de transição para romper com essa moral. AS TRÊS METAMORFOSES DO HOMEM
Chegando ao deserto, o camelo se transforma em leão, animal
forte e vigoroso que, por sua força e capacidade de luta, rompe com os valores que lhe eram impostos e considerados até então como única e correta forma de vida. O leão luta para se tornar senhor de si mesmo, sem entraves e correntes morais que o impeçam de viver sua natureza íntima e instintiva. Dessa forma, o homem que se torna leão reconhece os valores que oprimiam a sua vida e luta para romper com esses valores previamente instituídos, buscando o seu direito de criar novos valores. AS TRÊS METAMORFOSES DO HOMEM
A última metamorfose representa o estado da criança. Somente
nessa transformação, do leão em criança, o homem é capaz de adquirir um olhar diferente e inocente sobre o mundo. A criança traz em si a capacidade de viver pela natureza, de deixar vir à tona seu espírito dionisíaco, de se deixar encantar pela vida e vivenciá-la de forma leve e natural. Nessa terceira fase, o homem, por ter um olhar diferenciado sobre a sua existência, pode pensar a vida sem considerar princípios finalistas e / ou utilitários. Nesse estado, o homem rompe com a inércia e parte para a construção de si mesmo, tendo como base uma nova ordem de valores que priorizam a vida e a natureza humana. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARANHA, Mária Lúcia de Arruda [et.al]. Filosofando. Volume Único. São
Paulo: Editora Moderno, 2009. AMORIM, Richard Garcia [et.al] Filosofia. Volume 5 e 6. São Paulo: Editora Bernoulli
Abraham Maslow, da hierarquia das necessidades à realização pessoal: Uma viagem na psicologia humanista através da hierarquia das necessidades, da motivação e da realização do pleno potencial humano