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©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

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Ana LeBear é criadora do método
Empreender com Afeto, que já aju-
dou mais de 6 mil empreendedores
do brasil e do mundo a encontrar
realização pessoal e rentabilidade
nos negócios através da junção
entre personalidade, talento e em-
preendedorismo!

Pós-Graduada em Psicologia do
Design pela Concordia University,
Ana é Residente no canadá desde
2009 e palestrante recorrente em
eventos de empreendedorismo na
América do Norte. Seus eventos
são marcados por uma abordagem
humana e direta que desmistifica e
simplifica grandes áreas do empre-
endedorismo.

Dentre seus principais cursos es-


tão o Money-Heart Sales Code
(Prospecção com Coração), Time
to Shine (Planejamento Anual com
Propósito), e o Workspace Detox
(Organização da empresa para De-
sintoxicação).

Desde 2016 Ana oferece também


um trabalho seleto de curso onli-
ne aliado a mentoria de 12 meses,
o Golden Club, que já conta com
mais de 100 mentorados gradua-
dos de 7 países!

Sua primeira empresa, a LeBe-


ar Design, atua desde 2011 nos
mercados brasileiro, americano e
canadense e tem em seu portfólio
mais de 200 trabalhos de branding,
marcas e websites para empreen-
dedores que amam o que fazem e
empresas de todos os portes!

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INTRODUÇÃO
Por muitos anos na minha vida eu tive a certeza de ter
nascido na época errada. O saber-fazer à moda antiga,
com calma, com alma e com arte sempre despertou em
mim grande fascínio! Durante minha infância e adoles-
cência, contudo, o mundo parecia ter cada vez menos
tempo e espaço para esse tipo de trabalho e realização
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com propósito e com amor…

Anos mais tarde, no auge dos meus 28 anos, eu me


vi carregando uma bagagem profissional de respeito.
Formação na prestigiada Universidade de São Paulo,
Pós-Graduação no Canadá, experiência de trabalho
no setor público, projetos privados, 2 anos ao lado de
um dos maiores designers do Brasil, participação em
projetos e exposições internacionais… tudo lindo no
papel, mas, na prática, nada me parecia significativo,
faltava alguma coisa.

Meu caminho me levou a empreender pela mais pura


e simples decepção com o sistema de trabalho no qual
eu me encontrava. Tudo era feito com pressa ou sem

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comprometimento, muito girava em torno de status,
poder e dinheiro, pouco se valorizava a qualidade do
trabalho e das relações humanas.

Eu me sentia um peixe fora d’água, e, por isso, decidi


criar minhas próprias correntes para nadar sozinha...

Porém a vida nos reserva grandes surpresas, e minha


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decisão de sair do corporativo e me isolar na minha


própria agência de design acabou me levando a criar
uma enorme comunidade de pessoas, como eu e
como você, que valorizam o bem-estar, que querem
trabalhar com o que amam e ter uma vida rentável e
bem sucedida criando um mundo melhor para si mes-
mos e para os outros ao redor!

Nos erros e acertos, avanços e tropeços que vivi na


minha agência, eu aprendi que Empreender com Afe-
to é possível, é mais leve, mais prazeroso e muito mais
lucrativo! E que para ter uma vida com significado
basta fazer o que você ama estruturando sua empresa
da maneira certa!

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Foi assim, na prática de uma empresária inquieta e incon-
formada com os modelos tradicionais de empreendedo-
rismo, que nasceu o método Empreender com Afeto.

Hoje somos mais de 6 mil membros no portal Empre-


ender com Afeto que abriga meus cursos autorais e
mentorias online. E em minhas palestras no Brasil e
América do Norte eu percebo cada vez mais o quão
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grandiosa é a nossa rede!

Se você ama o que faz e quer encontrar sucesso fi-


nanceiro, realização pessoal e criar uma rotina de sa-
tisfação e bem-estar para uma vida verdadeiramente
plena, não deixe de ler este livro todinho!

Eu separei os melhores conselhos para simplificar o


seu dia-a-dia e trazer leveza, clareza e objetividade
aos seus negócios!

Neste livro minhas experiências pessoais ilustram


cada um dos 5 elementos vitais a serem trabalhados
para que sua empresa seja rentável, sua rotina tran-
quila e sua vida cada dia mais plena!

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5 elementos Vitais para emreender com afeto

EQUILÍBRIO: Vida Pessoal, Profissional e Equilíbrio


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SUA VOZ: Marketing de Conteúdo e a sua Voz

DINHEIRO: Dinheiro, Ansiedade e Multitarefas

PLANO DE NEGÓCIOS: Propósito e Plano de Negócios

ROTINAS: Rotinas para viver e vender melhor

Você vai ver que trabalhar com calma e com alma, com
rentabilidade, eficiência e sustentabilidade é a forma
de viver do futuro, embora com gostinho de saber-fa-
zer à moda antiga :)

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©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

Empreender com afeto

D ES C U B R A SE É P A R A VOCÊ

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Foi no inverno de 2011 que eu decidi deixar meu
emprego fixo numa empresa canadense e montar mi-
nha agência de design. Naquela época eu já morava
no Canadá, e depois de 2 anos trabalhando naquela
empresa, eu tinha toda a liberdade com que podia so-
nhar! Eu trabalhava de casa quando quisesse, tinha
muita autonomia e coordenava uma equipe compe-
tente. Se por um lado eu me sentia feliz no meu ofício,
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tinha alguma coisa que me dizia que havia mais que


aquilo, que havia uma felicidade maior... mas eu não
sabia por onde começar, nem como ou onde procurar.

Naquele ano eu fui passar uma temporada no Brasil


e em poucas semanas ficou claro para mim qual era
a peça que faltava: eu queria fazer a diferença no
meu país. Embora que já tivesse decidido que mo-
raria por muitos anos no canadá e que era aquele,
realmente, o meu lugar, eu queria trabalhar com
clientes brasileiros e colaborar com o crescimento
de pessoas que poderiam, realmente tornar o meu
país um lugar melhor. Eu queria fazer a diferença
onde eu sentia que mais precisava, meu país.

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Durante aqueles meses no Brasil eu conheci muitos
profissionais. Eu tinha decidido passar alguns meses
no Brasil para organizar os últimos ajustes do meu ca-
samento com o Rafa, aquele que, além de marido, vi-
ria a se tornar meu sócio e parceiro em todas as aven-
turas empreendedoras futuramente. Naqueles meses
conhecemos tantas pessoas interessantes, com em-
presas legais, que ofereciam serviços feitos com ca-
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rinho, que se entregavam realmente de corpo e alma


aos seus clientes… mas era difícil encontrar essas pes-
soas online, eu precisava de muito deslocamento físi-
co, muita indicação e a impressão que eu tinha era de
que esses talentos estavam escondidos no Brasil! Ver
tanta gente talentosa e dedicada empreendendo no
Brasil e com grande potencial de crescimento online
foi a gota que faltava para eu tomar minha decisão.

Eu me lembro perfeitamente o dia em que, tomando


café da manhã na sala do nosso apartamento eu falei
para o Rafa:

“Sabe, se é pra ir morar fora do país o resto da vida,


eu quero, pelo menos, contribuir para que nosso país

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seja um lugar melhor no futuro, eu quero que as pes-
soas possam, cada vez mais, contratar essas empresas
legais, operadas por quem ama o que faz. Todo mundo
precisa saber que essas empresas existem!”

Naquele dia eu já estava 100% convencida de que


contribuir, de alguma forma, com o crescimento de
pequenas empresas operadas por empreendedores
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que amam seus ofícios era o que eu podia fazer de


mais relevante com o meu trabalho, e que isso pode-
ria fazer a vida de muitas pessoas melhor!

Se todo mundo pudesse fazer o que mais gosta e


ganhar dinheiro com isso, e, do outro lado, se todo
mundo pudesse contratar serviços de quem faz o que
gosta! Em pouco tempo o mundo começaria a mudar…

Foi então que naquele inverno de 2011 eu pedi de-


missão do meu emprego na empresa canadense e de-
cidi me dedicar em tempo integral àquelas empresas
operadas por talentosos empreendedores que ama-
vam seus trabalhos. Meus primeiros clientes foram for-
necedores do meu casamento, nos quais eu via grande

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potencial e com os quais eu sentia grande afinidade…
em pouco tempo a notícia foi se espalhando, novas
marcas aparecendo e novos clientes chegando à minha
porta. Seis meses depois foi a vez do Rafa pedir demis-
são do trabalho dele e se juntar a mim na nossa agência
online. Eu fazia vendas, comunicação e design, ele fazia
programação, sistemas e administrativo.
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Naquela época nossa principal ambição era viver daqui-


lo que fazíamos de melhor: entender as pessoas em suas
multiplicidades e individualidades e apresentar a melhor
versão delas ao mundo através da internet.

Quando chegou a hora de voltar para nossa casa no


hemisfério norte, nós não tínhamos mais nenhuma
dúvida, o plano seria continuar operando nossa agên-
cia de design 100% online.

Contando assim parece que foi um caminho sem tur-


bulências, mas não quero que você se engane… nossas
dúvidas eram inúmeras, e nossas conversas, infinitas.
A gente se preocupava com estabilidade financeira,
queríamos ter filhos um dia e a rotina de trabalho era

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intensa demais, não sobrava tempo para nada.

Ao mesmo tempo, todo tipo de instrução que buscáva-


mos sobre “como empreender” nos decepcionava. Eram
sempre as mesmas técnicas antigas, parecia sempre
haver uma vontade de levar vantagem, de manipular o
cliente… parecia tudo tão frio, tão desumano… a gente
se recusava a aplicar aquelas “técnicas” de empreende-
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dorismo agressivo nos nossos clientes amados.

Eu queria viver bem, queria empreender com estabi-


lidade, mas não queria ter uma relação estritamente
comercial com meus clientes, eu jamais passaria a
vê-los como números e o cuidado e o carinho com
que eu trabalhava não podiam ser atrapalhados pe-
las minhas políticas de vendas, ou pelo meu marke-
ting digital. Meu funil de vendas não podia tratar
meu cliente como “apenas mais um lead”.

Era difícil ver o futuro, muitas vezes eu pensei que


talvez fosse mesmo impossível ter um vida leve e ren-
tável, trabalhar com amor e ter sucesso financeiro ao
mesmo tempo! Mas no meu coração não tinha espaço

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para achismos nem para desculpas! Eu decidi mergu-
lhar de cabeça e, com muita experimentação, muito
estudo, muito teste e muita dedicação, o Empreender
com Afeto foi nascendo…

Em princípio esse jeito de empreender era só o meu


jeito de trabalhar! Os resultados foram chegando e
muito mais expressivos que os resultados que eu tinha
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tido nas experiências com o “empreender gelado” que


a gente vê até hoje por aí…. mais leveza, mais estabili-
dade, melhor posicionamento no mercado, mais pales-
tras, visibilidade, mais vendas e mais clientes ideais… e
com o tempo os meus clientes foram percebendo que
eu estava empreendendo de um jeito muito diferente
do que era feito na prática tradicional.

Naquela época o mundo de um empreendedor se di-


vidia em dois campos opostos:

De um lado estavam aqueles que se deixavam levar pela


vida, que iam no fluxo e sem controle, sempre amando o
que faziam, com foco total no cliente e na entrega. Essas
pessoas tinham satisfação, mas não tinham estabilidade,

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não tinham vendas constantes nem sabiam por onde co-
meçar para ter uma vida melhor.

E do outro lado estavam aqueles que focavam 100%


no dinheiro, no empreender comercial e gelado dos
anos 90, então aplicado ao mercado de pequenas em-
presas, tentando vender sempre mais, se importando
mais com os números que com os clientes, sempre em
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busca de enriquecimento rápido. Alguns desses tinham


sucesso financeiro, outros não, mas poucos encontra-
vam felicidade e satisfação no seu trabalho.

Foram meus próprios clientes que começaram a pedir que


eu ensinasse como eu operava a minha empresa, porque
parecia que eu estava criando um meio termo muito feliz
que juntava o empreender com o amar o que faz!

Desde 2016 o Empreender com Afeto saiu da LeBear


Design e se tornou um método disponível para outros
empreendedores que amam o que fazem e que que-
rem ter resultados incríveis sem perder o amor, sem
perder a leveza e sem perder o prazer de trabalharem
com o que amam! O portal do Empreender com Afeto

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se tornou uma parte muito significativa da minha vida
e desde então já somos mais de 6mil alunos membro!

Uma das grandes chaves para Empreender com Afeto


é o autoconhecimento.

Nós próximos capítulos eu vou mergulhar com você


em 5 elementos fundamentais para aprofundar seu
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autoconhecimento e, com isso, conseguir empreender


e se posicionar melhor no mercado.

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Capítulo 1

V I D A PE S SO A L, P R O F ISSIONAL
E E Q UILÍB R IO

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Empreender é viver daquilo que você mais ama, é ter
o controle dos seus dias em suas mãos e a liberdade
de ser quem você realmente é. É fazer o que faz de
melhor e levar a sua mensagem e o seu trabalho para
pessoas que realmente querem e precisam trabalhar
com você. É viver o seu propósito a cada dia e se co-
nhecer melhor a cada desafio enfrentado...
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Então porque parece que estamos sempre correndo


contra o relógio?

Porque tem sempre mais tarefa pra fazer do que o


tempo nos permite?

Porque precisamos trabalhar mais horas do que te-


mos para desenvolver o nosso trabalho da maneira
que desejamos?

• Pode ser que você Empreenda há pouco tempo e acredi-


te que a correria acontece porque você está começando…

• Pode ser que você tenha filhos pequenos (eu!) e acredite


que seja por isso que seu tempo está tão reduzido…

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• Pode ser que você empreenda e tenha um empre-
go-fixo ao mesmo tempo e julgue ser essa a razão das
coisas não avançarem ao passo que você gostaria…

• Pode ser que sua empresa tenha crescido rápido


demais e você sinta que não houve tempo para estru-
turar este crescimento…
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Independente da situação que você vive hoje, o fato é


que, muitas vezes parece difícil equilibrar a Vida Pessoal
com a Vida Profissional, principalmente ao empreender.

Você sente que tem tempo para organizar sua empresa da


maneira que gostaria?
Você sente que tem tempo para manter a sua casa da for-
ma que gostaria?
Existe tempo para encontros com amigos e vida social no
seu dia-a-dia?
Você sente que está vivendo plenamente a sua vida
familiar?
E a saúde, como anda? Você tem cuidado da sua alimenta-
ção, exercício físico e saúde mental?
Você tem dormido bem e descansado o tempo que precisa?

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Ter todas essas áreas bem vividas no seu dia-a-dia não
é tão complicado como parece. O segredo de tudo é
EQUILÍBRIO.

Não adianta trabalhar até mais tarde, ou atender seus


clientes fora dos seus horários. Não adianta tentar
trabalhar enquanto as crianças cochilam, não adianta
usar seus fins de semana para fazer só alguns ajustes
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na sua empresa ou terminar aquele trabalho para o


seu cliente.

Quantas vezes você já tentou ser mais produtivo e fa-


zer mais coisas no mesmo dia ou dar um grande avan-
ço na sua empresa em determinado mês, só para che-
gar no final e se sentir mais cansado e mais perdido?

Equilibrar não é exagerar igualmente em todos os


lados.
Não é trabalhar demais e se forçar a ter uma vida
social ativa e se culpar por não ir à academia e pas-
sar grande parte das suas horas em família estando
esgotado.

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EQUILIBRAR É REDUZIR

É DIMINUIR O QUE ESTÁ

ROUBANDO ENERGIA DAS

OUTRAS PARTES.

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Encontrar o equilíbrio entre minha vida pessoal e mi-
nha vida profissional foi, sem dúvida, a medida que
mais me trouxe (e continua trazendo) resultados fi-
nanceiros desde que comecei a Empreender em 2011.
Com uma estratégia simples (que vou te ensinar a fa-
zer hoje!) eu consegui mudar completamente o plano
de negócios da minha empresa e a reposicionar no
mercado, dobrando as vendas e reduzindo para 10%
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o tempo que dedico à prospecção de clientes.

Com essa estratégia simples, nossa empresa ficou


mais rentável, mais ágil e, com isso, nossa vida pesso-
al parou de ser vivida nos momentos que sobravam e
passou a ter um espaço garantido no nosso dia a dia.
Conseguimos equilibrar!

Foi difícil? Não foi! Difícil mesmo era viver no dese-


quilíbrio...

Naquela época eu pensava que para ter resultados eu


precisava me esforçar. E que quanto maior e melhor
meu portfólio, mais fácil seria vender. Naquela épo-
ca a LeBear Design fazia de tudo: criação de marcas,

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design de site, design de produtos, livros, impressos,
convites, programação de site, criação de sistemas
internos, consultoria de ferramentas online, folders,
cartões de visitas, design de interface e várias outras
coisas. Eu recebia muitos pedidos de orçamento (tam-
bém, fazia tanta coisa!) mas acabava fechando poucos
projetos. Para cada orçamento enviado eu passava
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pelo menos umas 2 horas tentando entender o clien-


te, decidir o que ele precisava e estimar um preço para
aquele serviço. Chegamos a enviar 80 orçamentos
para fechar 1 projeto! E tínhamos que ficar até tarde
terminando os projetos fechados, porque era tanto
tempo prospectando, tanto tempo para fazer cada or-
çamento, tanta energia desperdiçada que estávamos
sempre cansados, correndo...

A coisa não era bonita...

Foi quando eu percebi que para ter um equilíbrio eu


precisava oferecer menos coisas. Eu percebi que tinha
que diminuir o número de produtos que eu oferecia
para não acabar ficando doida. E decidimos reduzir

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nosso trabalho a UMA COISA SÓ. Parecia loucura,
mas para mim, naquele momento, fazia sentido!

000 Nos próximos 12 meses nossas vendas dobraram!


000Nosso tempo livre também voltou a existir.
000A gente não perdia mais tempo fazendo 80 orça-
mentos para fechar 1 projeto.
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000A cada 5 orçamentos enviados, um virava contrato.

Eu já ajudei centenas de alunos no Money-Heart Sales


Code a reduzir suas ofertas e o resultado é sempre o
mesmo: mais clareza para o seu cliente e uma rotina
mais tranquila e rentável para você.

Esse é só um exemplo de como uma medida simples


pode trazer o equilíbrio que você precisa para sua
vida pessoal e profissional e com isso, aumentar a
rentabilidade da sua empresa!

E diversas vezes na nossa jornada de empreender sur-


giram momentos e oportunidades de equilibrar mais,
equilibrar melhor, equilibrar novamente, com novas

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estratégias, em outras partes do negócio, estratégias
de vida. Sempre para tornar as coisas ainda mais sim-
ples e rentáveis.

O objetivo deste capítulo é te ajudar a pensar so-


bre como você pode, hoje, começar a implantar essa
mesma estratégia…
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PENSAMENTO PARA O DIA


O que você poderia reduzir para tornar sua vida mais plena
HOJE (com o que você tem e onde você está agora)?

Pense em todas as coisas que você faz e gostaria de


fazer com regularidade na sua vida. Pense nas tarefas
da empresa, no que você faz para vender, nos aten-
dimentos aos clientes, na criação dos produtos, na
entrega final, no marketing, na produção de conteú-
do, no planejamento, no seu fluxo de trabalho. Pense
no que você faz na sua vida pessoal, as pessoas com
quem você encontra e aquelas com quem você gosta-

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ria de encontrar mais, os lugares que você frequenta,
as pessoas com quem você conversa nas redes so-
ciais. Pense no tempo que você passa em tarefas da
casa, mercado, cuidando dos filhos ou pets. Pense no
quanto você se dedica à sua saúde física. No quan-
to você se dedica à sua saúde mental. Nas atividades
que você considera mais relaxantes e reenergizantes
e nas atividades que você sente que são realmente
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desgastantes. Pense no que você gostaria de viver,


pense no que você gostaria de ser, pense no que você
gostaria de sentir todos os dias e tente se responder:
O que você precisa cortar? Onde é preciso diminuir
para equilibrar?
Use o dia de hoje para pensar sobre isso, lembre-se, não
tem certo nem errado, tudo o que você pensar é uma des-
coberta e um pedaço do seu caminho.

Anote todos os insights, pensamentos, ideias e des-


cobertas.

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Capítulo 2

P R O P Ó SITO E P L A N O
D E N E G Ó C IO

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Se você tem vontade de correr só de ler o termo Pla-
no de Negócios, fica aqui que esse monstro vai ser
desmistificado.
Se tem uma coisa com poder de intimidar e desanimar
o empreendedor é a busca por um plano de negócios
definido antes da hora.

Você decide empreender, você sabe o que vc ama fa-


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zer, você quer ajudar as pessoas e viver de fazer essa


coisa que você tanto gosta, mas aí surge a dúvida:
Como fazer?

Atendimentos individuais, produtos personalizados, so-


b-medida... ou, grupos, cursos, assinaturas? Devo fazer
isso ser online ou offline? Produtos ou serviços?

Se você já se pegou pensando sobre esses formatos,


você está precisando (re)definir o seu plano de negócio.

E esses questionamentos não são exclusividade de


quem está começando, eles ressurgem diversas ve-
zes ao longo do empreender e saber lidar com eles
é fundamental. Todas as possibilidades de venda

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que você decidir implementar na sua empresa farão
parte do seu Plano de Negócios.

O grande problema é que...

...os modelos tradicionais de empreendedorismo te


pedem para escrever o seu plano de negócios deta-
lhadamente antes de abrir a sua empresa. E esse plano
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supostamente já deve conter o que você vai vender,


para quem vai vender, porque essa pessoa vai querer
comprar, quanto ela vai pagar e de que forma. OO

Aí você, empreendedor do afeto, que faz o que ama e


se entrega de corpo e alma ao seu trabalho, simples-
mente murcha, desanima e paralisa.

Afinal de contas se o primeiro passo já é tão compli-


cado, imagina o resto do empreender!?

Você não imagina a quantidade de vezes que eu ouvi


de empreendedores frases do tipo: “Ana, fui procu-
rar uma instituição renomada para me informar sobre
empreendedorismo e fiquei com impressão que eles

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querem me fazer desistir!” Ou, “Nossa é tudo tão mais
complicado do que parecia...”

Isso me parte o coração, porque eu já passei exata-


mente por essa sensação e hoje em dia sei que ela é
completamente desnecessária.
(inclusive, foi por isso que eu criei o Empreender
com Afeto! Todos os cursos do nosso portal tem uma
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metodologia simples, criada com muito carinho para


quem trabalha com o que ama)

Pra mim, se você se sente oprimido pela pressão de


criar um plano de negócios com base em dados do
mercado, seu coração está te dizendo que isso está
errado. E está mesmo!

Não pelo Plano de Negócio em si, porque ele é de fato


uma ferramenta muito importante e que todo mundo
vai precisar desenvolver em determinado momento.
Mas porque tentar imaginar para quem você vai ven-
der, como e por qual valor, antes de olhar para dentro
é uma insanidade.

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Pesquisa de opinião, análise de mercado, compara-
ções com a concorrência, criação de personas... tudo
isso são formas de alimentar suas inseguranças pes-
soais, de olhar para fora e de atrasar o seu crescimen-
to verdadeiro.
Minha experiência já mostrou que olhar para fora te
torna só mais um do mesmo e não te faz feliz.
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Sim, você precisa de um plano de negócios, mas antes


dele, vem algo muito mais significativo, o seu propósito.

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©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

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PROPÓSITO.
ANTES DE PROPOR,
Quando eu abri minha primeira empresa em 2011 eu
não tinha um plano de negócios (e não queria ter!). Eu
sabia que eu queria ajudar pessoas que têm negócios
simpáticos a ter mais visibilidade e sucesso. O que eu
via era que quase todos os negócios que eu julgava
incríveis eram feitos com carinho, tocados por pesso-
as que amavam o que faziam e, quase sempre, esses
negócios estavam à beira de fechar. Eu sentia que eu
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podia ajudar, que eu podia mostrar ao mundo que es-


ses negócios eram muito mais interessantes que os
negócios tradicionais e milionários que dominavam o
mercado na época. Que era mais legal comprar de al-
guém que faz o que ama!

Esse era (e é!) o meu propósito.

Como eu faria isso? Criando nas pessoas a vontade de


comprar desses pequenos negócios, ou seja, criando
marcas atraentes, sites eficientes, e experiências de
compra mais pessoais, únicas. Era isso que eu sabia
fazer melhor, era isso que eu mais amava fazer (design
de marcas e programação de sites) e era assim que
eu podia fazer uma grande diferença nesses negócios.

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E assim nasceu, naturalmente o meu “plano de negó-
cio com alma”. E é assim que eu recomendo que você
comece a escrever ou reavaliar o seu!

000O seu propósito é o efeito que você quer causar nas


pessoas (e ele não muda depois que você o descobre).

000O seu plano de negócio é a forma como você cau-


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sa esse efeito (e ele evolui junto com você).

REFLEXÃO:
• Se você ainda não conhece claramente o seu propó-
sito, quero que você se pergunte:
Como eu posso causar um impacto significativo na
vida de determinadas pessoas fazendo algo que eu
adoro fazer?

• Se você já conhece claramente o seu propósito,


quero que você:
(Re)avalie o seu modelo de negócio - isso é uma prá-
tica que deve ser feita sempre, mais ou menos a cada
2 anos.

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Capítulo 3

M A R K ETIN G D E C O N TE Ú DO
E A SUA VO Z

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Você com certeza já esteve em um ambiente baru-
lhento, onde todo mundo fala ao mesmo tempo e
você, mesmo que queira ouvir a pessoa com quem
está conversando, tem dificuldade de prestar atenção
na conversa.

Assim é a internet hoje em dia. O tempo todo. Muita


gente falando, um tentando falar mais alto que o outro,
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cada um tentando vender seu peixe. Da mesma forma


que acontece na festa barulhenta, as pessoas assumem
posturas diferentes... alguns gritam mais, outros aca-
bam falando sem que ninguém os ouça, algumas pes-
soas ficam tímidas e acabam até por se calar.

Mas você empreende, então sente que para sua em-


presa vender você precisa falar e falar alto, você pre-
cisa atrair clientes, você precisa berrar na festa baru-
lhenta. Não que você queira, mas existe essa pressão
e essa obrigação.

E você sente essa necessidade de falar, de produzir


conteúdo, de fazer marketing, de postar nas mídias
sociais... essa ansiedade cresce e vira quase um far-

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do na vida do empreendedor... e todo dia acontece a
mesmas coisas: você se cala. Ou porque o dia-a-dia te
faz esquecer de criar conteúdo, ou porque cada vez
que você tenta sentar para escrever aquele papel em
branco te faz paralisar.

• O que devo postar?


• Quem vai querer ouvir o que tenho a dizer?
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• Como criar um conteúdo diferente?


• Como ser relevante e engajador, com uma pitada de
inovador, mas meio tímido?
• Como ser sério, porém simpático e criar uma autori-
dade aos olhos dos meus clientes ideais?

AAAAAAAH! É tanta pergunta que nossa cabeça co-


meça a girar... melhor fazer um café, dar uma voltinha
ou “melhor ainda”, dar uma olhadinha no que as outras
pessoas estão escrevendo para “me inspirar”.

Eu sei como é, porque (adivinha!) eu também passei


por isso. No começo da LeBear Design eu não co-
nhecia a minha verdadeira voz, eu me sentia oprimi-
da pelo papel em branco, mas eu achava que tinha

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que produzir conteúdo mesmo assim.

Então, eu olhava os outros, eu via o que outros em-


preendedores de vários nichos diferentes estavam
fazendo. Eu tentava veementemente imaginar meu
cliente ideal, criar personas e, com isso, criar uma co-
municação que agradasse à esses seres imaginários.
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

Eu pensava: se eu faço marcas autênticas e sites in-


teligentes, minhas “personas” vão amar saber que a
gente usa as linguagens mais modernas de progra-
mação, que todos nossos sites são programados sob
medida, que o código é super eficiente e seguro, que
testamos extensivamente em todos os navegadores e
tamanhos de telas... bla bla bla... nem preciso continu-
ar para você perceber que todo esse papo era chato
pra caramba e não dava resultado nenhum.

Eu estava querendo parecer uma grande agência. Eu


escrevia tudo na terceira pessoa, a comunicação era
fria, desinteressante e pra falar a verdade, muito cha-
ta de fazer. Eu não me sentia eu mesma, era uma ta-
refa que tinha que ser feita, uma daquelas obrigações

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pesadas que você adoraria cortar da sua vida.

Hoje em dia, claro, as coisas são completamente di-


ferentes! Cada vez que eu sento para escrever conte-
údo eu sinto minha alma ficando mais leve, eu sinto
que, de fato, estou conversando com você e sei que
as coisas que tenho a dizer fazem mesmo a diferença
na sua vida.
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

Antes eu demorava 4 horas para escrever uma news-


letter chata, hoje, em 20 minutos eu escrevo um con-
teúdo muito mais verdadeiro, autêntico e relevante.

000Naquela época eu passava 4 horas para enviar


um email para uma lista de 200 pessoas.
000Hoje em dia eu levo 20 minutos para escrever um
email para uma lista de mais de 30 mil pessoas.

A lista cresceu conforme o prazer em escrever nasceu.

E, claro, isso teve um impacto muito significativo nas


minhas vendas e na minha alegria de viver :)

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O segredo para encontrar esse sweet spot, esse jeito
gostoso de escrever seu conteúdo. É encontrar a sua
voz. Não adianta imaginar o seu cliente ideal, não adian-
ta pensar “no que a pessoa quer ouvir”, você precisa
olhar para dentro e pensar no que VOCÊ TEM A DIZER.

Eu sei que parece intimidador, que você pode até pen-


sar que não tem nada a dizer, mas, acredite, você já
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

é uma pessoa diferente de todas as outras (todos nós


somos!) e já tem uma voz única, uma mensagem sua,
autêntica e verdadeira. Isso já está dentro de você ago-
ra, mesmo que você não saiba e nunca tenha ouvido.

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©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

PARA ENCONTRAR
A SUA VOZ
É PRECISO PRIMEIRO

SILENCIAR.

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É preciso parar de ouvir os outros e ouvir a si mesmo,
é preciso parar de olhar para fora e aprender a olhar
para dentro. É preciso silenciar a festa barulhenta da
internet e, muitas vezes, da sua própria mente.

Sabe porque? Porque é preciso entender O QUE


VOCÊ VAI DIZER, para só então pensar como dizer.
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

De nada adianta falar alto e claramente se a mensa-


gem que você está passando não é a mensagem cor-
reta. É como um concerto de música clássica, primeiro
você afina, depois você entra com todo o seu fôlego!
Primeiro você entende sua mensagem, depois você
pega o megafone!

Quando você senta para escrever o seu conteúdo e


aquilo se torna uma tarefa pesada, ou você tem aque-
le branco e não sabe o que escrever... quando vem
essa trava, esse peso, essa dúvida, é porque você está
tentando parecer ser algo ou alguém que você não é.

O meus alunos do Golden Club começam a mentoria


anual com um módulo sobre como encontrar a sua

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mensagem de marca e comunicá-la nas mídias sociais,
pois este é o primeiro passo para um marketing efe-
tivo e autêntico.

No meu exemplo, eu estava tentando parecer uma


startup, uma agência online impessoal, uma empre-
sa maior do que eu era e que operava de um jeito
diferente do meu. Eu tentava parecer isso porque
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

eu achava que isso valia mais do que o meu conhe-


cimento e o meu jeito, eu achava que o meu cliente
preferiria uma agência maior e mais “estabelecida” a
contratar duas pessoas que trabalhavam fazendo o
que amam. Eu estava errada, e só percebi isso quando
parei de tentar parecer ser uma agência tradicional e
passei a ser “a Ana LeBear que faz marcas e sites au-
tênticos e inteligentes com cuidado”.

EU QUERO QUE VOCÊ SE PERGUNTE...

O que você está tentando parecer para seu cliente?

O que é seu verdadeiramente que você está tentando


esconder para passar uma ideia de ser outra coisa?

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Procure tirar alguns minutos para pensar sobre isso.
Não vai ser tão fácil, tá? Mas vai ser o primeiro pas-
so para encontrar a sua verdadeira voz! E isso tem o
poder de mudar o seu marketing (para muito melhor!)
para sempre.
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

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©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

Capítulo 4

D I NHE IR O , A N SIE D A D E
E MULTITA R E F A S

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Adivinha qual é a causa número 1 de ansiedade do
empreendedor?
000Dinheiro!
Na maioria das vezes a inconstância ou a falta de dinheiro.

Mas também, não raramente, a preocupação em


como administrar e tomar decisões assertivas em re-
lação ao dinheiro que entra.
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

Você se preocupa com as vendas, você hesita em in-


vestir na sua empresa, você demora para montar uma
equipe, ou mantém aquele funcionário que não tá
mais trabalhando bem... tudo por insegurança com o
dinheiro, por medo de gastar ou de ficar sem.
Também tem aqueles que estão numa boa onda de
vendas, mas nem por isso conseguiram desenvolver
uma relação legal com o dinheiro...

Nesse caso você acha que para sua empresa crescer


você precisa mesmo é fazer investimentos e acaba
achando que só por não ter medo de gastar e de com-
prar serviços e contratar profissionais qualificados seu
investimento vai valer a pena.
Nesses anos eu já vi e vivi diferentes formas de ter

45
uma relação desbalanceada com dinheiro... eu tive
épocas em que o medo de ficar sem dinheiro me fazia
dar descontos maiores do que eu gostaria, só para fe-
char contrato. Nessa época eu topava qualquer tipo
de trabalho, mesmo que fosse ser mais complicado
do que eu estava habituada a fazer, mesmo que fosse
um valor abaixo do que o meu serviço padrão, só para
não ficar sem receber.
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

E eu também já tive fases muito mais prósperas onde


eu reinvestia absolutamente tudo o que eu podia na
empresa, sem viver plenamente os efeitos das boas
vendas do meu trabalho.

Para um lado ou para o outro, a relação estava dese-


quilibrada.

Dinheiro é uma preocupação que atinge quem vende


pouco e quem vende muito, quem está começando e
quem já atua há muitos anos.
E normalmente sabe o que acontece quando você
tem uma relação desbalanceada com dinheiro? Você
implanta na sua vida um ciclo vicioso de ansiedade.

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Veja se você reconhece esse padrão...
Vai chegando perto do fim do mês e vai vindo aquela
sombra... contas a pagar. Bate aquele nervoso. Você
pensa que não dá mais pra viver assim espremido
todo mês. Os gastos parecem sempre maiores do que
o esperado. “As vendas poderiam ser melhores”, você
pensa. “Isso resolveria tudo!” E aí você entra no ciclo
insano do “eu preciso vender mais”.
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

Como vender mais?

Você não sabe, mas é só isso que você precisa.

Para dar um jeito de aumentar as vendas você se en-


che de energia e começa a trabalhar duro e a fazer
tudo o que acredita ser possível para melhorar as suas
vendas. Tudo que for possível. Ao mesmo tempo.

Quando você percebe, o multitasking já tomou conta da


sua rotina, você faz diversas coisas ao mesmo tempo e,
às vezes, é até difícil chegar ao final de algumas delas.

E por aí você vai seguindo, sem perceber que, como

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todo ciclo, a roda continua girando e sua atuação em
multitarefas te leva para mais ansiedade e, em última
instância a menos dinheiro.
O ciclo:

Pouco dinheiro (ou dinheiro mal usado) > Ansiedade


> Multitarefas te leva num caminho de ida e volta de
Multitarefas, para Ansiedade, para Pouco dinheiro
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

(ou dinheiro mal usado).

E esse ciclo atinge tanto quem vende muito quanto quem


vende pouco.

Sabe porque?

Por que o problema não reside no quanto você ven-


de, mas sim, na sua relação com dinheiro. Em como
você o percebe e como você o usa na sua vida.
É por isso que eu faço questão que os meus alunos
do Golden Club e Money-Heart Sales Code aprendam
sobre as suas personalidades financeiras. Existem di-
versos jeitos de se relacionar com dinheiro e todos
eles podem atrapalhar o seu negócio.

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Dinheiro é fluxo. Dinheiro é troca, dinheiro é energia.

Dinheiro não é bom, dinheiro não é mau. Dinheiro é


apenas uma ferramenta. Uma ferramenta que, se bem
usada, vai fazer de você a melhor versão de si mesmo.

Se bem usado,
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©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

O DINHEIRO VAI TE TORNAR


A SUA MELHOR VERSÃO.

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Não é a quantidade de dinheiro que determina se
você vai ou não viver plenamente, mas sim a maneira
como você usa esse dinheiro e como você lida com a
entrada e a saída dele.

Quer um exemplo?
Eu conheço empreendedores que faturavam 2, 3 mi-
lhões de reais por ano e nem por isso tinham dinheiro,
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

que dirá uma vida plena. Não importa quanto você


vende, se tudo o que entra acaba saindo, sua situação
financeira é preocupante.
Às vezes seu faturamento diminui e sua renda au-
menta ao mesmo tempo e junto com ela aumenta sua
felicidade.

Vender mais nem sempre é o melhor. Às vezes é, mas


desde que você saiba exatamente como usar este di-
nheiro para a sua felicidade e crescimento a curto e
longo prazo.

EU QUERO QUE VOCÊ SE PERGUNTE:

Eu quero mesmo vender mais?

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É disso que eu mais preciso neste momento?
Ou eu preciso vender melhor e usar melhor o meu di-
nheiro para minha felicidade plena?

Todos nós temos acesso ilimitado a recursos finan-


ceiros. Basta olhar as áreas da nossa vida onde está
o potencial financeiro latente, onde se escondem as
possibilidades de um futuro mais abundante.
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

Esse potencial latente pode ser um novo produto,


um novo serviço uma nova frente da sua empresa, ou
pode ser uma nova forma de usar o seu dinheiro na
sua vida diária.

EU QUERO QUE VOCÊ PENSE:

Onde na sua vida existem recursos financeiros escon-


didos a serem explorados ou recursos conhecidos que
podem ser redirecionados?

Onde na sua vida está o dinheiro que pode ser criado


ou aproveitado de outra forma?

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©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

Capítulo 5

RO TIN A S P A R A
V EN DE R M E LHO R

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Quando eu fundei minha empresa em 2011, vender
era a tarefa que eu mais evitava fazer.

Curioso, não? Como pode um empreendedor evitar a


venda?

De várias formas sutis... primeiro eu não tinha preços


claros na minha mente, então cada pessoa que pedia
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um orçamento tinha que me passar um briefing gigan-


tesco e esperar pacientemente que eu enviasse um
orçamento personalizado. Era tanta coisa para calcu-
lar que eu demorava horrores e muitas vezes chegava
a ficar com vergonha de mandar o orçamento para a
pessoa, já que às vezes já tinham passado vários dias,
até semanas do pedido de orçamento. Quando eu
consegui organizar meus preços, decidi então que fa-
ria um PDF bem lindo com todas as informações rele-
vantes, preços, formas de pagamento, tudo bem boni-
to... o plano era enviar essa apresentação maravilhosa
para todas as pessoas que pedissem um orçamento.

Parecia o plano perfeito. Não era.


Muita gente pedia o PDF, pouca gente fechava.

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Então o meu “eu que não queria vender” se cansou
de prospectar em vão e me deu a brilhante ideia de
colocar os preços no site logo, assim quem quisesse
comprar comprava, quem não quisesse, nem entrava
em contato.

Você já imagina o que aconteceu né?


Ninguém nunca comprou um projeto assim.
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

Naquela época eu só vendia para quem já me conhe-


cia. O cliente em potencial que vinha pelo site e pela
internet nunca comprava.
Eu dizia para mim mesma que era porque o cliente
que já me conhecia já confiava em mim, mas com o
tempo fui observando o que acontecia no meu sub-
consciente...

Foi quando eu percebi que o tratamento que eu dava


a um conhecido que queria comprar era totalmente
diferente do tratamento que eu dava ao desconheci-
do que queria comprar. Com o conhecido eu conver-
sava, eu ouvia, eu estava aberta e me sentia leve, eu
criava uma atmosfera de liberdade e confiança e isso

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deixava ele mais inclinado a comprar comigo.

Por outro lado, com o desconhecido eu sentia obri-


gação de vender, tinha vergonha de conversar e mais
ainda de falar de preços.

A forma como eu pensava e agia criava uma atmos-


fera positiva ou negativa que afetava tanto a mim
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

quanto ao cliente no momento da venda.

Eu queria criar com todos os clientes aquela mesma


atmosfera leve e a mesma ambientação de confiança
que eu vivia com clientes que já me conheciam.

Foi quando eu descobri o poder das rotinas.

A maneira como você se sente tem um impacto muito


significativo nos resultados que você observa no seu
negócio.

000Quando você se sente pressionado, você age sem


clareza, com ansiedade e gera resultados abaixo do
desejado.

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000Quando você se sente confiante, inspirado, suas
conversas são mais fluentes, seus argumentos mais
certeiros, sua conexão mais verdadeira e os resulta-
dos, obviamente, muito melhores.

O segredo para vender e viver melhor está na sua


capacidade de criar espaços de recarga na sua vida.
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Sentimentos nos levam a ações correspondentes. Eu


me sinto ansioso, eu tomo uma atitude guiada pela
ansiedade. O que eu não tinha percebido, lá no come-
ço da minha empresa é que eu poderia fazer o proces-
so reverso. Eu poderia ter uma ação de tranquilidade
para então me sentir tranquilo.

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©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

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DIARIAMENTE
CRIE SUA CALMA
Todos os dias você tem em suas mãos a possibilidade
de criar a atmosfera na qual você quer viver. Se você
quer uma vida mais plena, você quer uma vida mais
calma, mais tranquila e mais significativa. Com seu
tempo ocupado com aquilo que realmente faz a di-
ferença na vida das pessoas. Ter uma rotina saudável
que proporciona mais vendas é aprender a equilibrar
o trabalho e o auto-cuidado. O gastar energia e o re-
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carregar as baterias. O doar e o receber.

Na minha história pessoal várias pequenas rotinas fa-


zem parte dessa criação de uma atmosfera de felici-
dade que resulta em mais bem-estar, mais confiança
e melhores resultados.

Tudo começa com o auto-cuidado.

Aqui vão alguns exemplos de pequenas rotinas que


me fazem recarregar as minhas baterias para empre-
ender melhor...

- Começar o dia com um tempo livre só para mim an-


tes de trabalhar (pode ser 15-30min).

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- Manter meu corpo ativo nos dias em que minha
mente vai ter que trabalhar muito. Procuro sempre
correr de manhã quando tenho vendas para fazer no
período da tarde ;)
- Ter um momento certo e um ritual que marque o final
da minha jornada de trabalho (atualmente é sair para
caminhar às 16:30 e buscar meu filho na creche a pé)
- Construir uma atmosfera de relaxamento e concen-
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tração para atividades criativas (música, vela, incenso,


o que for bom para você!)
- Comprar flores para cantinhos especiais da casa (amo!)
- Ter um hobby, fazer uma atividade cultural, extra-
-curricular, algo que te faça desligar do trabalho e se
conectar com outras camadas da sua personalidade...

São coisas pequenas que tem um impacto enorme


nos seus resultados e no seu empreender. Cuidar de
você é sempre uma forma de acelerar o crescimento
da sua empresa.

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Com essas dicas eu espero te ajudar no início da sua ca-
minhada para Empreender com Afeto, crescer com amor
e criar uma vida verdadeiramente plena para você!

Eu sei que, fazendo o que você ama, você tem muito mais
chances de criar uma vida feliz e abundante, com vendas
©ANA LEBEAR | EMPREENDER COM AFETO

constantes, clientes ideais sempre satisfeitos e, o melhor


de tudo, fazendo o que você ama e tendo sucesso com
isso você inspira outras pessoas e gera um impacto imen-
surável na sua família, na sua comunidade, na sua área
de atuação de forma geral esse impacto é sentido no
mundo inteiro! Quanto mais pessoas conseguirem viver
muito bem fazendo o que mais amam, melhores serão
todos os serviços, mais rápidos serão os processos e mais
qualidade encontraremos em tudo o que nos cerca! Você
faz parte dessa rede, não deixe a vida te desanimar, cer-
que-se sempre de pessoas que fazem o bem como você e
que podem te ajudar a transpor os obstáculos que, cer-
tamente virão para o seu crescimento e aprendizado :)

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Esses são os melhores canais para você continuar
essa conversa comigo:
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