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Aqualidada dos

produtos ChassBasa
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com praços da fábrica,


,

vocâ só ancontra na
Ravista LA/ICE
Editor: Marcos Roland
Editoração eletrônica: Wilson Pessoa
Colaboraram nesta edição: GM Garry
Giovanni, Grande Kasparov (ChessBase), GM Gilberto Mil os,
em Buenos Aires MI Herman Claudius, J. Carlos Vieira, GM
Leitor amigo' LANCE Rafael Leitão, GM Reinaldo Vera e MIF
Está em suas mãos aLa11ce núme- Revista Brasileira de Xadrez Tatiana Ratcu.
ro 26, que destaca em primeiro lugar o 1998 Ano 4 NR 26 Foto da Capa: Adriano Valle
feito do jovem Giovanni VescO\ i no ABRILJMAIO Todos os direitos reservados.
Torneio de Vil la Marte! li , pnn íncia de
Buenos Aires, Argentina. em fi nais de na do letão naturalizado es panhol: o tão e m um grande torneio aberto na
maio. Ele conseguiu sua \Cgunda. nor- encontro denom inado "Xadre z do Fu- Alemanha. N ão percam!
ma de grande mestre n e~se evento. que turo·· (o match Kasparov-Topaio v com
assistiu a uma nova dobradmha brasi - a ~üuda de computadores): o canto de Grandes eventos
leira nopodium de um torneio interna- um ve lho guerreiro, Korchnoi, que aca-
em perspectiva
cional: Gilberto Mi los Jr. dividiu os lau- ba de vencer um torneio Categoria XV
A FIDE anuncia para o fim deste
réis do primeiro posto com Giovann i. em Serajevo: o gra nde desafio
ano e início de 1999 a realização do seu
Giovanni é um talento invulgar, um "Giants'". cm Frankfurt, que inclui um
seg undo Campeonato Mundial
dos maiores de ~ ua geração no cc nü- tornei o rápido Cat. XXIT (com Kas-
Knoc kout, em um local realmente ba-
rio internacional , que vo lta a brilhar, parov. KramniJ.... Anand e l vanc huk ) e
dalado: Las Yegas, Estados Un idos.
após alguns anos de certa instabilida- um mat ch homem-máquina para nin-
Certamente haverá uma grande progra-
de. Parece que e le vo ltou a trabalhar g ué m botar defeito· Anand ,., Fntz 5.
mação paralela.Portanto, vamos ao
duro e os res ultados não se ti zeram es- c~ te auxd1ado pelo ma i ~ possante com- jogo!
perar. Parabéns a Giovanni e um reca- putador pessoal disponível no me rca- E está agendado para o mês de se-
do: queremos mais' do. No plano nacional, te rnos a Semifi- tembro, no Rio de Janeiro, o primeiro
nal do Campeonato Bras ileiro, em Campeonato Mundial Juveni l por Equi-
E mais... Te resina, a quinta e última etapa e limi - p_es, uma oportun idade para a consa-
natória do grande Campeonato Paulista gração de Rafael Leitão, G iovanni
Outros des taques de sta edição
de 199R. e a participação de Rafael Lei- Vescovi, Tatiana Ratcu e c ia.
são a continuação do Boletim do Cam-
peonato Mundial da FIDE. o New York
Open , onde esteve o nosso co labora-
dor José Carlos Vieira, o Campeo nato Su~nário
Paulista 1998. um g rande e vento do Editotial
xadrez nacional. o Festi\al Pan-ameri- G iovanni Vescovi faz segunda norma de Grande Mestre 2
cano da Ju, entude. re.d!zado em Festi val Pan-amcricano da Juventude 4
Florianópolis. e rnai" um c apitulo da
Bolettm do Campeonato Mundial da FIDE (III) 5
História dos Campeõe-. ~lunJ1a ~-por
Garry Kasparov ( ChessBa ~e l Sem e'-
XJdrez pJra pnnctptantes 19
quecer as nossas scções fixas : Herman Relance 23
C laudius e se us quebra-cabeças de Nc\\ Yot:k Open 9 26
tática, Tatiana Ratcu ensinando xadrez Paulistão 98: uma fe..,ra de xadrez 28
para a guri zada, com as ilust rações
Uma defesa moderna contra oS 1. tema Reu 30
imperdíveis do jovem artista Rodri go
Di Biase, e Relance, um olhar rápido
História dos Campeões do Mundo 33
sobre o notic iário do xadrez nacional e Quem mata esta? 38
internac ional. Significado dos símbolos 40

Grandes eventos na linha Endereço:


A próxima edi ção prome te real - Rua Aurora, 94 7/2'2- Pça da Republica São Paulo- SP
mente muito. Grandes realizações em- Telefax:(0 11 )3361-2534
polgaram o xadrez internac io nal nas E-mail : marcos.roland@persocom.com.br
últimas semanas: a grande vitória de
Anand no Torn e io Comuni d ad de
Assinatura (6 números) R$ 30,00
Madrid; o matc h Kasparov-Seleção de Assinatura (8 números) R$ 39,00
Israel, mais uma vitória do S uper Gran- Assinatura {12 números) R$ 54,00
de Mestre russo: o match Kra mnik- Números atrasados R$ 6,00
Shtrov, com um a surpreendente vit<'i-

lANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26 1


Giovanni V escovi faz segunda norma
de Grande Mestre
Marcos Ro land

iovanni Vescovi e Gilberto


G Mi los venceram o Torneio de
Vi lia Martelli,· Argentina, cat. IX, so-
Curioso, neste encontro, é que o
adversário do Giovanni, o Mestre In-
ternac ional Sergio Slipak, tinha ames-
mando 6,5 pontos em no ve rod adas. ma pontuação do brasileiro e também
Para Giovanni, o torneio re presentou lutava pe la norma. Se a partida com
também a segu nda norma de grande Ginzburg mostrou o talento de Gio-
mestre. A primeira havia sido conquis- vanni em posições complicadas, nesta
tada em fevereiro, na!> Bermudas, no ele pôde ex ibir a sua técnica.
mãtch Américas -Europa~. no qual e le l.c4 e6 2.d 4 ~f6 3.'flf3 dS 4.~3
fez outra dobrad inha vitoriosa. naque- cS S.cxdS cxd4 6.®xd4 flxd5 7.e4
la oportunidade com Rafael Lei tão. fuc3 8.®xc3 ~6 9.0 d2
Logo após Vi lia Martelli, Giovanni Segundo relata Mi los, esta joga-
tentou a terceira e detinitiva norma em da surpreendeu Shpak, que talvez es-
o utro tornei o cat. IX celeb rado e m ti vesse esperando 9 ~b5 ou 9.a3, con-
complicações fa vorecem o branco,
Buenos Aires, co memo rati vo dos 40 forme foi jogado na parttda Topalov-
por exemplo: 36 ... fxe4 37.~xh5 e3+
anos da Asociacion de i Personal Su- Adams, Linares 1997 (I /2-1 /2 em 32
3R .wt3 ~dI t 39J:!e2+- ou 36 ...~d I
perior de E mpresas de Ene rgia lances). A jogada textualfoi usada em
37.®xf5 d3 3R.fí:g6+ ~xg6 39.~xg6+
(APSEE), e esteve perto de consegui - Cifuentes Pa rada (2500)- Vedder
wh X 40 .~x h6 + l!tg8 41.~g5+ wh8
lo, deixando de coletar os pontos ne- (23 75), Wijk aan Zee 1994, e Gutman
42. ~114 + wgB 43.fí:c7 ~e2+ 44.\!tg l
cessários nas três últimas rodadas. (2490)- Schulz (2360), Porz 1988, em
~e3+ 45. whl e o negro não tem mais
Mas a forma de Gio va n'n i é tão esplên- ambos os casos com resultado favo-
xeques!
dida que o seu títul o de grande mestre rável ao branco.
36.fxg5 hxgS 37.~d2 wf8
deve ser uma questão de tempo.No 9 ... 0 d7 10.~e2 ~c7
l3 7 ... tli3R.fic I+-)
próximo número, daremos um a cober- [I O... f1c8 11.0-0 f6 12. ®b3 ~b6
38.~xg5
tura detalhad a da atuação de Giovanni 13.1Wxb6 axb6 14.e5!? fue5 15.fue5
(3R.fic I fxe4]
e Mi los em Vila M arte!li . Por ora. mos- fxe5 16.0c30d6 17.f1fe l f1f8 18.~d3±,
38 ...fí:d6
tramos algumas de suas partid as, co m Cifuentes Parada- Vedder, 1994]
[3X ... fxc4 39 ~h6+ we7 (39 ... 19g8
comentários d a redação. I 1.0- 0 eS 12 .~c4 (/).e7 13 .~g5
40.0 xe4 :t'txe4 4 1 .~g5+ Wf8
0xg514.'flxg5± 0-0 15.®13 (/).e816.~f5
42.~xd X +-+-) 40.f!c7+ fí:d7 41.~h4+
Vescovi,G (2480)- g617.~h3 h5 18.llacl ®e7 19.~0 ~d7
c;!.lfR 42 .~h R+ we7 (42 ... 0g8 43.®h6+ 20.®g3 l!tg7 21.0 d5 fí:ae8 22.a3 llh8
Ginzburg,M (2480)
we7 44 .~g7+ 0t7 45.fí:xd7+ wxd7 23.h4 ®f6 24.f1c3 fí:e7 25.lldl f1c8
Holan desa (A90)
46 .~xd4+) 43 .fí:xd7+ Wxd7 44.®xd4+ 26.f1dcl f1ee8 27.b4 a6 28.fí:c5 ®f4
e mate em poucos lances] 29.®xf4 exf4 30.f1lc4 fí:cd8 3l.e5 0 e6
Esta partida é bem represe ntati va
39.fí:c7 fí: d7 40 .~x f5 fí: xc7 32 .0 xc6 b xc6 33.f1xf4 fí:dl+ 34.wh2
do estilo e do talento de Giovanni , que
4t .fí:xc7 ®xa2+ 42.wg3 ®xb3+ 43.0 13 0 d 5 3S.f1a5 f1a8 36.f1f6 f1c l 37.flg5
tem grande habilidade parajogar posi-
a4 44.~1'6 wg8 45.fics ~ b8+ 46.wh3 '5',.'7 'lfl 'i"í'rl l> 'M'o'1
ções complicadas.
0 c6+ 47.wg 2 ®b2+ 48.wg3 t!!Jb 8+
l.d4 fS 2.c4 flf6 3.g3 e6 4.t;ilg2 dS
5.flf3 c6 6.0--0 t;ild6 7.b3 ~e7 8.t;ilb2 49.wg2 ~ b2+ 50.\!tgl t!!J bl+ Sl.wf2
0-0 9.flbd2 ~d7 IO.fleS t;ile8 ll.fld3 ®b2+ 52.0 e2 0 17 53.f1g5+ wf8 54.f1h5
flbd7 1H)f3 h6 13.flfe5 gS 14.t3 t;iih S 1- 0
15.~d2 ~g7 16Jâae l fí:ad8 17 .~a5
~b8 1 8.~b4 fl xeS 19.dxe5 'flh 7 Vescovi,G (2480) - Slipak,S (2510)
20.cxd5 cxdS 2l.l':l:cl fí:fe8 22.fí:c2 'flf8 Scm i- Tarrasch (041)
23J!fcl b6 24 .~d4 f\d7 25.e3 aS
26.fí:c6 ~5 27J:hb6 f\xd3 28.1Wxd3 Esta partida, jogada na penúltima
~xeS 29. ~xe5 ~xeS 30.f4 t,!li b2 rodada. foi a deci siva para a norm a de
3l.l':l:bc6 d4 32.fí:lc2 ~bl+ 33.wf2 eS Gio va nni . Na última rodada, e le em-
(Ver diagrama) patou rapidamente com o Grande Mes-
34.e4!? exf4 35.gxf4 t;ilt7 tre urug uaio Andrés Rodri guez, que
Em caso de 35 ... gxf4 3 6 .~h3 , as fez um torneio d isc reto. 39.e6 fxe6 40.llxa 6 J;Ic4 4 l.wh 3

2 LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26


wf6 42Jid8 we5 43Jâg8 l::Ic3+ 44.13 O d6 9.l::Iel l::Ib8 10.a4 ~e7 ll.h3 0-0 sacrifício de qualidade.
Wf4 12.g4 !le8 13.g5 ~d7 14.~ce2 ~f8 32.~xe4 dxe4 33.!lfl ~5
Precipita o fim. Compreende-se I 5.c3 b6 16.~g3 ~b7 17.~c2 ~cS É óbvio que o negro tem ampla
a ansiedade de Slipak, que precisava 18.~3 b5 19.axb5 axbS 20.~g4 ~5 compensação pelo pouco material sa-
vencer mas tinha um peão a menos e 21.~hS ~xg4 22 .®xg4 !:IaS 23J!bl crificado.
posição inferior. De todo modo, a de- ~3 24.l::Idl ~5 2S.®g3 l::Ia4 26.!lel 34.~e3
fesa passiva com 44 .. .<~f6 ou 44 ... wf5, l::Iea8 27.f4 ~7 28.fS l::Ie8 29.fxe6 lhe6 Este bloqueio do peão "e" e de-
a longo prazo, deveria perder também, 30.~f4 fesa da diagonal g 1- a7 é imprescin-
por exemplo: 44 ...1H6 45 .l::Iaa8 c5 dível; a tentativa de defender o peão
(45 ...Hb7 46.l::Iaf8+we5 47.l::Ixg6 fua3 "g" com 34.~2, por exemplo, levaria
48.l::Ie8 l::Ixb4 49.~xe6 etc.) 46.l::Iaf8+ ao desastre imediato após 34 ...~f3+
We5 47.bxc5, seguido de l::Ixg6, etc. (34 ...~c5 também é bom) 35.Whl e3!
Em ambas as variantes, o peão ''h" etc.
negro toma- se fatalmente débil. 34. ~f3+ 35.whl ~xgS 36.l::Ibdl
45.lhg6 l::Ic l 46.Wh2 l::Ic2 47.l::Ia5! ~f3 37.®g2 l::Ia6 38.ili5 ®c8 39.®g4
we3 48.ilie6 wf2 49.~f4 !ld2 fS 40.®f4 lâh6 4l.Wg2 ®e6 42.flc7 ®c4
1- 0 43.wf2 ~e7 44.~8 ~h4+ 4S.wg2 ®e2+
46.Wh l ~gS 47.®g3 f4 48.l::Ifel ®xdl
Ginzburg,M (2480) - 49.lâxdl fxg3 50.~xg5 iligS 5l.Wg2
Milos,G (2555) e3+ 52.wxg3 e2 53.l::Iel l::Ie6 54.~7
Siciliana (880) l!e7
0-1
l.e4 c5 2 .~f3 e6 3.d4 cxd4 4.~d4 30...dS! 3t.®f2 l::Iexe4! Uma belíssima partida de ataque
flc6 S.flcJ ®c7 6.g3 a6 7.~g2 ~f6 8.0- Um bem fundamentado e seguro do versátil grande mestre brasileiro.

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revista que o Brasil' cons ou!·
lANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26 3
Festival Pau-americano da Juventude
Marcos Roland

se m falar em Tatiana Duarte, Giovanni


O Festival Pan-americano da
Juventude mais uma vez foi
realizado em Santa Catarina, desta feita
Vescovi, Rodrigo Fernandez e outros.
O nosso mel hor classificado foi o
6,0; 3° Lenita Pinho (Brasil) 5,5.
U-14 absoluto ( 42jogadores)
I o Vinay Bhat 6,5 (31 ,0); 2° Ariel
na capital, Florianópolis. entre 6 e 16 de catarinense Alexandr Fier, que conse- Fama 6,5 (30,0); 3o Miguel Lobos 6,0. O
maio. Um número recorde de 295 enxa- g uiu a segunda colocação (medalha de melhor brasileiro nesta categoria foi
dristas, entre crianças e ado lescentes, prata) na categoria mirim absoluto, per- Gabriel Miguel, com 5,5 pontos, sexto
participaram das competições. Foram dendo o título para o norte-americano colocado.
disputados os Campeonatos Pan-Ame- Alejandro Martinez. Também conse- U-14 feminino (23 jogadoras)
ricanos das categorias mirim (U-I 0), pré- g uiram medalhas Lenita Pinho, do I o C i ndy Tsai 6,0 (25,0); 2° Anahi
infantil (U-12), infanti l (U- 14). cadetes Mato Grosso do Sul, terceira colocada Meza 6,0 (22,5); 3° Marisol Simes 5,0.
(U-16)e infanta-juvenil (U-18), absolu- (medalha de bronze) na categoria pré- Bárbara Farhat, com 4,5 pontos, séti-
to e feminino. O sistema de empar- infantil (U-12) feminino e Rodrigo ma colocada, foi a melhor brasileira.
ceiramento adotado para todas as pro- Fontana, de Santa Catarina, que levou U-16 absoluto ( 48jogadores)
vas foi o suíço, em sete rodadas (com o bronze no U-16 absoluto. . I o Rafael Frasca 6,5 (30,5); 2° Juan
exceção das categorias U- 14 e U-16, Os melhores classificados nas di- Ezquerdo Moreno 6,5 (29 ,0); 3° Rodrigo
absoluto, que tiveram oito rodadas). versas categorias foram: Fontana (Brasil) 6,0.
Os brasileiros e argentinos vinham U-10 absoluto (26jogadores) U-16 feminino (32 jogadoras)
dominando o Festival nos últimos anos, I o A lejandro Ramírez 6,5: 2° la lrina Krush 7,0 (EUA, 100%!);
mas nesta edição foram surpree ndidos Alexandr Fier (Brasil ) 6,0 3° Martin 2° Isis Corrales 5,0 (22,5); 3a Viviana
pela pequena delegação norte-america- Marinangeli 5,0. Laurent 5,0 (22,5). Fabiana Fracasso,
na, que participou pela primeira vez. U-10 feminino (23 jogadoras) com 4,5 pontos, foi a melhor brasileira.
Nossos "irmãos do Norte" mais uma vez I o Deni se Carraro 6,0 (escore acu- U-18 absoluto (32jogadores)
exibiram seu apetite para medalhas: con- mulado: 26,0); 2° Ingres Rivera 6,0 I o Ru ben Felgaer 6,0 (26,0); 2a
seguiram cinco primeiros lugares e doi s (24,0); 3° Milena Herrera 5,0 (20,0). Yevgeniy Pereshteyn 6,0 (24,0); 3°
segundos, apesar de terem trazido ape- Karina Kanzier. em nono lugar, com 4,0 Gaston Varela 5,0 ( 19,5). O melhor bra-
nas oito jogadores! pontos, foi a melhor brasileira. s i I e iro nes ta categoria foi Fausto
Pelo lado brasileiro, registre-se. U-12 absoluto (36jogadores) Capuano Neto, que fez 4,5 pontos e
que, neste ano, nossa equipe não con- I o .John Muno z 6,0; 2° Sergio ficou em séti mo lugar.
tou com alguns "papões" ele títulos em Barrien tos 5,5; 3a Damiam Brusco 5.0 U-18 feminino (16 jogadoras)
anos anteriores, que ultrapassaram o (22.5). O melhor brasileiro aqui foi I o Sarai Sanchez 5,5 (21,5); 2°Elina
limite de idade, sem que os novos jo- Daniel Miguel, em qu into lugar. tam- Groberman 5,5 (21,0); 3° Teresa Pomar
gadores surgidos tenham já alcança- bém co m 5,0 pontos (20,0). 5,0. O Brasil não passou além do déci-
do a mesma força ; é o caso, por exem- U-12 feminino (19 jogadoras) mo lugar, através de Marcela Kuhn,
plo, de Rafael Leitão e Tatiana Ratcu, I o Ar111e Weiss 6,5 ; 2° Nadya Ortiz com 3,5 pontos.

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4 LANCE Revista Brasile ira de Xadrez n° 26


Boletim do Campeonato Mundial
da FIDE (III)
Continuamos neste número a pu- Persistindo o empate partia-se para nova 6, para toda a partida, sem acréscimos,
blicação do Boletim do Primeiro Cam- série de duas partidas rápidas, agora com o empate favorecendo o segundo
peonato Mundial Knockout da FTDE, com 15 minutos, com o acréscimo de I O jogador. Novamente as cores seriam
realizado em finai s do ano passado e segundos por lance efetuado. Em caso sorteadas. Esta última modalidade não
início deste. Aqui estão a~ partidas de novnempate, a decisão se faria pela chegou a ocorrer no Mundial.
da terceira e quarta rodadas, dispu ta- chamada morte súbita, e m que o joga- O Mundial da FIDE foi uma opor-
das em Groningen . Apresentamos to- dor das brancas (esco lhido por sorteio) tunidade única para se observar os
das as partidas jogadas no ritmo nor- dispunha de 4 minutos e o das pretas 5 melhores laboratórios do xadrez inter-
mal, e mais algumas (não todas) dos minutos para toda a partida, ainda com nacional em ação. Os grandes mestres
playoff's, disputadas no ritmo rápido I O segundos de acréscimo por lance da elite ali "gastaram" o que tinham de
ou relâmpago (morte súbita) feito. Essa série de partidas terminava me lhor, pois ninguém queria perder a
Lembramos que o regulamento da quando qualquer um dos lados conse- chance de duplicar a sua premiação em
competição previa um rn atch de duas gUisse a primeira vit<Íria. Havia ainda dólares , que era a recompensa por pas-
partidas no ritmo normal. Se hou vesse uma ultima possibilidade de desempa- sar à etapa seguinte.
empate nesse match, eram jogadas duas te. se. a JUIZO do árbitro. a .. morte súbi- Va l e a pena acom panhar as
partidas no ritmo rápido. com 25 minu- ta" cstl\ esse se prolongando Indefini- analises de Gilberto MiJos (tercei-
tos para cada jogador e mais I Om se- damente: sena uma so partida, em que ra rodada) e Rafael Leitão (quar-
gundos de aréscimo por jogada feita. as brancas tenam 5 minutos e as pretas ta) .

Terceira rodada
Comentários de Gilberto Milos

Adams,M 1,5-2,5 28.rlc4 'fJ.e7 flf6 5.®e2 b5 6.~b3 {j;_e7 7.c3 d5 8.d3
0-0 9.~g5 dxe4 10.dxe4 ~7 ll.~e3
Tiviakov,S ~5 IZ.C~c2 ~4 13.{jJcJ ~b7 14.flbd2
Adams venceu outro matc h com
fud2 15.~xd2 cS 16.0-0 ®c7 17.b3
firmeza e jogando bem.
ã:fd8 18.a4 ~c6 19.ã:fdl h6 20.~e3
A pnmeua partida caminha va para
®b7 21.~2 ili6 22.0 ã:d7 23.c4 bxa4
o empate, mas um ~urpreende nte ata-
24.ã:dbl axb3 25.~xb3 ®c7 26.fuc5
que ao re1 pela:> c::ba~ brancas. com
ã:dd8 27.~xa6 ®c8 28.~c5 ®xa6
poucas peças n' tabuleirO leHm o
29.~xe7 ®xal30.ã:xal fual+ 3l.Q;lf2
GM inglês à \itóna ~a e~unda, ele
rld7 32.~b4 rla2 33.Q;le3 ã:d4 34.~c5
sacrificou a dama para -.egurar a po i-
~g4+ 35.fxg4 ã:xe4+ 36.~xe4 ã:xe2+
ção e assegurou o empate
37.Q;lxe2 ~xe4 38.Q;lf2
'h-'h
Adams,M (2680) -
Tiviakov,S (2590)
Siciliana (851) 19.h5!± g:th5 Akopian, V 4-3
Primeira partida (29 g5 30 0 h3]
.JO. .t ~h7
Vaganian,R
l.e4 c5 2.~f3 d6 3.~b5+ ~c6 4.0- .3 ~6 31 ~f5 ã:h7 32.ã:b4+-] Do vencedor deste match sairia
0 ~d7 s.~el flf6 6.c3 a6 7 .~fl ~g4 Jl. x hJ e7 32.~ e6++- Wh8 meu adversário, caso eu vencesse. Eu
8 .d3 g6 9.'~)bd2 0 g7 IO . h3 ~ xf3 33.ã:c7 f5 J.t.:;dd7 ~gS 35.flg6+ l-0 não tinha preferência e sabia que
11.~ 0-0 12.d4 cxd4 13.cxd4;!; rlc8 ambos jogadores tinham estilos se-
l4.®b3 ã:c7 15.~f4 ~d7 16.ã:ad 1 ®b8 Th iakov,S (2590)- melhantes e se preocupavam, primei-
17.h4 e5 18.dxe5 dxe5 l9.~e3 ®e8 Adams,M (2680) ramente, em não perder.
20.®a3 ®e7 2l.®xe7 ~xe7 22.g3 h6 Ru~ Lopez (C77) O match foi duríssimo, bem jo-
23.ã:d6 ~8 24.ã:d2 ~f6 25.ã:dd 1 ~xe4 Segunda partida gado e com pouquíssimos riscos. A
26.~xh6 ~xh6 27.rlxe4;!; f6'! última partida, que classificou Ako-
[27 ...~g7] pian, foi jogada no ritmo relâmpago.

LANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26 5


Vaganian,R (2640) - Anand foi o merecido vencedor
Almasi,Z 1,5-0,5 deste torneio e, na minha opinião, de-
Akopian,V (2660)
Gambito da Dama (043) Yusupov,A veria ser o novo campeão mundial,
Primeira partida mas isto só foi possível graças a cola-
Yusupov,A (2640)- boração de Khalifman, na segunda e
1.~ d5 2.d4 ~f6 3.c4 c6 4.~c3 Almasi,Z (2615) decisiva partida deste match.O russo
e6 5.~g5 b6 6.~xf6 ®xf6 7.e3 f\d7 Ataque Torre (A46) tinha uma posição completamente
8.~d3 dxc4 9.~xc4 g6 10.0-0 ~g7 Primeira partida ganha e permitiu, com apenas um erro,
ll.llcl 0-0 12.e4 l::i:d8 13.®e2 ®e7 que Anand bloqueasse seus peões
l .d4 ~f6 2.flf3 e6 3.~g5 c5 4.e3 passados unidos e conseguisse um
14.e5 b6 15.i:ífel a6 16 .~d3 ~ b7
h6 S.~xf6 ®xf6 6.~bd2 cxd4 7.exd4 empate que levaria o match para as
17.~e4 b5 18.flbl lldc8 l9:f:lbd2 aS
flc6 8.c3 dS 9 .~d3 ~d6 IO.®e2 0-0 partidas rápidas.
20.~b3 a4 21.~5 flxc5 22J!xcS ~f8
11.0- 0 eS 12.dxeS fl xeS 13.flxeS Deve ter sido muito difícil para
23.llecl ®d7 24.!ISc2 b4 2S.®e3 !IaS
~xcS 14.:\âfel ~c7 15.®f3 ®g5 16.flfl
K11alifman conseguir dormir na noite
26.h4 cS 27.~xb7 ®xb7 28.dxc5 ®dS
0 e6 17.h3 l::i:ad8 18.1:'íadl g6 19.fld2 após este encontro. Nos dias seguin-
29.c6 \Wxa2 30.l;:cd2 l;:cd5 3l.c7 a3 tes, sempre que o via, estava bebendo.
32.bxa3 l;:cxd2 33.~xd2 bxa3 34.~e4 d4 20.~4 \1:!11"4 2l.®xf4 ~xf4 22.c4 :gcs
®b2 35.~6l;:cxc7 36.l;:cxc7 a2 37J'l:a7 23.b3 l!lg7 24.:gc2 :gfd8 25.fld2 ~d7
26.flt3 ~c6 27.~e5 !Ie8 28.flxc6 bxc6 Khalifman,A (2655) -
ai®+ 38.!Ixal ®xal + 39.wh2 <iiig7 Anand,V (276S)
29.c5 aS 30.:gdel Ç?f8
40.~4 ®dl 4l.g3 Anti-Merano (046)
Yí-Yí
Yz-Yl Primeira partida
Almasi,Z (2615) -
Akopian,V (2660)- l.d4 d5 2.~0 c6 3.c4 ~f6 4.~c3
Yusupov,A (2640)
Vaganian,R (2640) e6 S.e3 ~bd 7 6.®c2 ~d6 7.~d3 0-0
Sistema Paulsen (C47)
Francesa (C08) 8.0-0 dxc4 9.li;>xc4 a6 IO.frdl bS
Segunda partida
Segunda partida ll.~e2 cS 12.dxcS <;.ls _cs l3.fle4 ~e7
Almasi venceu o match graças a 14.fleS fldS 15.~6 ®e8 16.~c3 fuc3
l.e4 e6 2.d4 dS 3.~d2 cS 4.exdS 17.flxe7+ ®xe7 18.®xc3 li;>b7 19.1i;>d2
esta rartida. mas não me pareceu me-
exd5 5.~gf3 ~f6 6.~b5+ <iitd7 7.<iitxd7+ â:fc8 20.®d4 e5 2l.~ b4
recido. Yusupov tinha uma pequena e
~bxd7 8.0-0 ~e7 9.axcS fl xcS I O:flb3 Y:rYz
clara vantagem quando jogou ... f5? ,
~e4ll.~fd4 ®d7 l2.®f3 0-0 l3.~fS
entregando um peão e piorando sua
~d8 14.~e3!Ic8 1S.c3 aS 16.f\ bd4 a4 rosiçào. Certamente algwna coisa tà- Anand,V (2765)-
17.a3 g6 18.~g3 f\d6 l9.!Iad l flc4 lhou em seus cúlculos. Khalifman,A (2655)
20.~cl ®g4 21.®xg4 flxg4 22.~2 l!e8 l.e4 e5 2.flf3 flf6 3.flc3 flc6 4.g3 Siciliana (866)
23.~b4 bS 24.~xd5 h4 2S.f3 hxg3 ~cs s.~g2 d6 6.d3 a6 7.~e3 ~g4 8.h3
Segunda partida
26.fxg4 gxh2+ 27.wxh2 wg7 28.wg3 0 xl3 9.®xl3 fld4 lO.®dl h5 ll.fle2
frc5 29.lld4 b5 30.wf3 fleS+ 3t.wg3 flxe2 12.®xe2 0xe3 13.®xe3 h4! 14.g4 l.e4 cS 2.ffi d6 3.d4 cxd4 4.fud4
~4 32.c.Yf3 ~5+ 33.\!lg3 flc4 flh7+ IS.f4 flf8 16.f5 ~h7 17.0-0 ®gS flf6 S.flc3 flc6 6.~gS e6 7.®d2 a6 S. o-
Yz-Yz 18.\!lifl f\f6 19.a4 aS 20.:\âa3 0-0 O-O flxd4 9.\Wxd4 ~e7 10.f3 ®c711.g4
21J~ b3 :gfb8 22.c3 Ç)d7 23.d4 b6 bS12.®d2 ~b7 l3.~f4 b414.~2 !Ic8
Akopian,V (2660) - 24.1:'í d 1 :ges 2S.l;:ca3 fl f6 26.d5 g6 IS.flg3 ®aS 16.Wbl dS 17.gS ~d7
Vaganian,R (2640) 27.:\âfl Wg7 28.:gaal :ge7 29.\!lie2 flg8 18.h4 :!âd8 19.ti;>h3 dxe4 20.fxe4 ~5
Reti/Barcza (A li) 30.:gf2 f6 3l.:gan fl h6 32.fxg6 wxg6 2l.®e2 0-0 22.b3 \Wb5 23.®xb5 axb5
Sétima partida (4min x Smin, +lOs) 33.wh2 :gn 34.:\âgt wh7 3s.~n :ggs 24.~g2 fS 25.gxf6 li;>xf6 26.ti;>e3 l;:cc8
36.\!liel fS? 37.exfS± c.Yg7 38.~d3 :ggrs 27.~h3 :gres 28.â:d6 ~xe4 29.~xe4
l.~f3
dS 2.g3 c6 3.~g2 ~g4 4.c4 39.1"6+!+- ã:xf6 40.â:fS ~f7 4I.â:xg5+ ~ xe4 30.!Ih2 ~fS 3l. ~d4 ~ xh3
~f6 S.cxd5 !iaf3 6.~xl3 cxdS 7.d3 flc6 flxgs 42.wg2 e4 43.~c2 â:f4 44.~dl 32.<;.lxf6 gxf6 33.:\âxh3 Q}f7 34.:!âhd3 fS
8.0-0 e6 9. ~c3 ~e7 IO.~ g2 0- 0 :!â8f6 45.®xh4 ~f7 46.®g3 fles 47.~e2 3S.ã:6d4 ã:cS 36.l::i:xb4 eS 37.a4 e4
ll.~d2 ~d7 12.!Icl l:'íc8 13.a3 a6 ~g6 48.h4 e3 49.®xe3 flxh4+ SO.wg3 38.:!âd7+ we6 39.lldl bxa4 40Jâxa4
14.b4 bS IS.e4 dxe4 l6.~xe4 fl b6 flg6 Sl.~d3 fleS S2.~fS we5 41.wcl lâec8 42.c4 e3 43.l;:ca7
17.~c3 fS 18.~S ~xcS 19.bxcS fla4 1- 0 !'18c7 44.!'1a8 we4 45.!'1ad8
20.~al e5 21.®b3+ wh8 22.~xc6 !Ixc6 (Ver diagrama)
23.~xe5 frxcS 24 Jâ xcS fl xcS Anand,V 3-2 45 ...f4?
25.~xg7+ c.Yxg7 26.®c3+ !If6 27.\WxcS 45 ... lâe5 !-+. Tudo que as pretas
®xd3 28.®e7+ ã:f7 29.\W gS+ wh8
Khalifman,A necessitam para vencer é avançar seus
30.llcl\Wd7 3l.IWf4 !If8 32.1:'íc7 ®di+ Mesmo os grandes campeões pre- peões passados, sem permitir que se-
33.c.Yg2 ®d5+ 34.f3 !Id8 3S.®h4 cisam da sorte e a ela devem parte de jam bloqueados, e este lance, ao con-
1-0 seus triunfos. trário do jogado na partida, cumpre

6 LANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26


match, a decisão de Aleksandrov pela 8 ... 0- 0 9.~e5 b6 10.cxd5 cxd5
abertura escocesa pareceu- me um ll.f3 ~b7 l2.~c3 a6 l3.l:!cl ~c6
erro, uma vez que Azmai foi segundo 14.fl xc6 ~xc6 15.~a4 ®b7 16.®e2
de Kasparov no match em que este ~xa4!? 17.bxa4 b5= 18.~c3?!
utilizou essa abertura contra Karpov. [ 18.axb5 axb5=]
I .c4 e5 2.flf3 flc6 3.d4 ex d4 l8... bxa4 19.~a5 a3 20.ã:bl ®d7
4.flxd4 ®f6 5.~e3 ~c5 6.c3 ~ge7 7.~c4 2l.ffb3 fffb8 22.l:!fb 1 l:!xb3 23.lhb3
fleS !U~>e2 ®g6 9.0-0 0-0 10.fld2 d5 ffc8 24.g3 g5!
I 1.\UhS ®d6 l 2.f4 ~Sc6 13.e5 ®h6 Um lance típico desta variante,
14.fl2b3 \Uxd4 1S.~xd4 flxd4 l6.cxd4 que todos os seus praticantes devem
flfS ter em mente.A idéia é jogar ... g4 e
Eu pretiro oc upar esta casa com o assegurar o controle de e4.
bispo que mais tarde poderá ir a e4. 25.~xa6l:!cl+ 26.Wg2 g4 27.fxg4
estas funções . As brancas não teriam 17 .fff2 aS 18.í:ie2 b6 19.l:!c I c6 ~g4 28.®d2 ®c6! 29.l:!b6?
como evitar a coroação de um dos pe- 20.!!c3± flc7 2l.g4?! [29 .~d3 !:!di! 30.®e2 ®cl t]

ões, sem entregar uma torre c portanto 2l.fld2'. seguido de flfl - fle3 , 29... ®c2- + 30.ffxd6
perderiam, uma vez que seus peões não deixando em aberto a possibilidade [30.Wxc2 fí:xc2+ 3 1.\tlgl ~c7 ;
estão suficientemente avançados para de g4. 30.~d3 ®xd2+ 3l.~xd2 ffdl -+]
compensar tal perda. 46.fí:Xd4+ \tlf] 2 1... 15! 22.exf6 ®xf6 23.!!e3 ~d7 30...®e4+ 31.\tlh3 ffc2 0-1
24.~d3 flg6p 2S.fS a4 26.~al a3?
47.Hfl +\tlg3 48.ffg l + wt2.
46-!il d4+ \tleS [26 ... ®xd4 27.flc2 ®f6 28.g5 Krasenkov,M (2645)-
[46 ... \tlfJ 47 .fff8] \Wxg5 + (2X ... ®f7 29.®e2 flh4 30.!!e7+- Bareev,E (2670)
47.\tldl fí:c8 48.fí:8d7 ff8c7 49.fí:d8 ) 29 .!!g2+-; 26 ... c5] Holandesa/Leningrado (A81)
l:!c8 Y:r-Yz 2 7. b4 c5?! 28.bxc5 bxc5 Segunda partida
29.dxc5± fleS 30.fl b3 ~a4 31.\Uc2
Khalifman,A (2655) - ã:ad8 32.fld4 ~xc2 33.l:!xc2 ff b8 l.d4 f5 2.g3 ~f6 3.~g2 g6 4.~h3
Anand,V (2765) 34.fle6 fff7 3S.c6 flc4 36.ffel +- ~g7 s.~f4 flc6 6.d5 ~es 7.~c3 c6 8.e4
Bogoíndia (E ll ) [36.!!xc4'! dxc4 37.c7 ã:c8 fxe4 9.~xe4 ~xe4 I O. ~xe4 cx d5
Quinta partida ( LS min + I Os) JX.®dR+ !!fR] ll.í:ixd5 e6 12.1~g2 0-0 13.0-0 aS
36 ... l/!J h4 37.c7 ã:e8 38.!!f2 ~b6 l4 .a4 ;; a6 IS .ff bl ~c6 t6. c4 e5
l.d4 ~f6 2.flf3 c6 3 .c4 \U b4+ 39.®d4 flc8 40.â e3 h5 4l.®xd5 hxg4 17.f:d5 d6 18.~e4 fld4 19.~e3 11ih8
4.~bd2 0-0 S.a3 \Uxd2+ 6 .\Uxd2 b6 4Hjg5 1-0 20.:;il~d4 exd4 21.f4 ~d7 22.b3 ®c8
7.~g5 ~b7 8.e3 d6 9.~d3 ~bd7 10.0- 23.;;d3 s-eS 24J::Ibell:!aa8 25.h4 ffae8
0 h6 ll.~h4 c5 L2.\Ug3 -d5 13.cxd5 Krasenkov,M 1,5-0,5 26.:;:;g2 ~g4 27.@13 ~f5 28.~e4 ~g4
exd5 14.dxc5 bxcS IS.b4 'fle4 16.l:!cl 29.~ 0 ~rs 30.@e4 ~e6 3l.h5 gxhS
fu g3 17.hxg3 c4 18.\UfS 'flf6 19.®d4 Bareev,E Yt-Yt
®b6 20.l:!fd 1 s:ic8 2I.;.b I ..... g.:t 22.e.t
fffe8 23.®xb6 axb6 H .exdS bS 25.l:kJ A hoa e i nstr uti va vitó ri a de Beliavsky,A 2,5-1,5
l:!ad8 26.l:!e3 l:!xeJ 27.fxeJ gas 28.e4 Kra~enkov na primeira partida garantiu
l:!xa3 29.e5 ~d 7 30.e6 fxe6 3l.dxe6 sua classificação. Foi um modelo de Rublevsky,S
~x e6 32 .~d4 s:ig4 33.~xb5 l:! b3 co mo jogar a variante "M uro de pe-
34.ffcl l:!xb4 35.~a2 fl b6 36.flc3 í:ie6 dra". A partida que decidiu o match
37.l:!b1 l:!xbl+ 38.í:ixb I fldS 39.flxd5 i\ posição fin al da segu nda parti- contou com um erro incríve l d e
~xd5 40.M211if7 4l.Wc3 \Uxg2 42.\tld4 da era muito fa vorável às brancas. Rublevsky. Não tenho certeza sobre
~fl 43.~e4 Wf6 44.~13 11it'S 45.í:id I l1ig5 qual deveria ser o resultado final da
46.~13 h5 O-I Bareev,E (2670) - partida, mas ele tinha apenas uma op-
Krasenkov,M (2645) ção e não a utilizou. Só os nervos po-
Holandesa (A84) dem explicar tal jogada.
Azmairaparashvili,Z Primeira partida
1,5-0,5 Beliavsky,A (2710)-
l.d4 dS 2.c4 e6 3.~13 c6 4.e3 fS Rublevsky,S (2650)
Aleksandrov,A Este sistema é melhor para as pre- Catalã (EOl)
tas após a jogada eJ das brancas, uma Primeira partida
Azmaiparashvili,Z (2645) - \ez que o bispo branco de casas
Aleksandrov,A (2660) pretasfíca atrás da cadeia de peões. l.d4 d5 2.fll3 e6 3.g3 c5 4.~g2
Escocesa (C45) s .\Ud3 flf6 6.0- 0 ~d6 7 .b3 ®e7 cxd4 5.0-0 ~f6 6.~xd4 e5 7.~13 ~c6
Primeira partida [7...0-0 8.~a3! ] 8.c4 d4 9.e3 c;tlc5 10.ex d4 ~xd4
8.\Ub2 ll.~xd4 fud4 l2.~g5 0-0 l3.fr3 h6
Nesta partida, qu e d ecid iu o [8.a4'?] 14.c;tlxf6 ®xf6 15.b3 ®g6 16.l:!e1 f6
LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26 7
17.4JdS Wf7 18.f4 4Jc6 19.1Wd3 il h8 30.fld3 b3 31.4JeS fld7! 32.4Jf7+
20J:!fl ~e6 2t.:ã:ael I!Yd7 22.We3 c;!;>g4 [32.ilid7 bxc2-+]
23.fxe5 4Jxe5 24.h3 c;í;> f5 25Jâd 1 32 ... we7 33.4Jxd6 ilicS 34.4JfS+
:ã:ad8 26.'it>h2 b6 27.4Jxf6 ®xdl Wf6 35.c;í;> b 1 hS 36.g3 fua4 37.1t>d2 ~dS
28.!Ixdl ftxdl 29.Wxe5 lâxf6 30.g4 38.~e3 ~e6 3 9.Ítid3 4Jxb2 40.~xa6
~ g6 31.1/YbS+ lt> h7 32. ~ d5 c;í;> f7 ileS 41.c;í;> bS Wd4 42.h4 g4 43.4Jg2
33.~e4+ ~g6 34.~dS c;í;>f7 35.c;í;>e4+ flc4+ 44.~xc4 ~xc4 4S.ili4 ~f7 0-1
~g6 36.~d5
Yz-Yz Svidler,P 1,5-0,5
Rublevsky,S (2650) -
Epishin,V
Beliavsky,A (2710)
Pire (808) Fiquei realmente impressionado
com o sacrifício d e peão feito por
Segunda partida
Svidler, na vigésima jogada da pri-
l.e4 d6 2.d4 4Jf6 3.flc3 g6 4.flf3
Dreev,A 1,5-0,5 meira partida. Comentei com Rafael a
respeito da profunda concepção do
~g7 s.~c4 4Jc6 6.d5 ~b8 7.h3 c6 Sadler,M tricampeão russo e de corno deveria
8.~b3 0- 0 9.0- 0 b6 IO J:2g5 0 b7
ser seu preparo.
1l.lâel 4Jbd7 12.dxc6 Glxc6 13.fld5 Drccv.A (2640)- Sadler,M (2665) Alguns meses depoi s, lendo are-
h6 14.~h4 e6 15.~xf6+ flxf6 16.fld4 GDA(D20) vista holandesa New in Chess, encon-
~b7 17 .4J b5 g5 I 8 .fl xd6 0 xe4 Primeira partida trei análises do próprio Svidler sobre
esta partida. Ele confessou ter pendu-
l.d~ eiS 2.c4 dxc4 3.c4 flf6 4.c5 rado o peão!!
fld5 5.0 xc4 flc6 6.flc3 4Jb6 Hib5 c;í;>d7 Só mesmo um jogador muito pro-
Beliavsky,A (2710)- 8.fl t3 c6 9.0- 0 'lí-'lí fundo pode pendurar um peão e der-
Rublevsky,S (2650) rotar um jogador do níve l de Epishin.
Catalã (EOI) Sad ler,M (2665) - Dreev,A (2640)
Terceira partida (25 min + I Os) GD/Merano (048) Svidler,P (2660)- Epishin,V (2570)
Segunda partida Caro- Kann (B12)
l.d4 d5 2.4Jf3 e6 J.gJ c5 4. ~g2 Primeira partida
cxd4 5.0-0 41f6 6.f hd4 e5 7 ... . n ~c6' l .d ~ d5 2.c~ c6 3. f3 '- f6 4.z..c3

8.c4 d4 9.e3 ~ c5 I O.c:\d~ ~xd4 c6 5.cJ .hd 7 Ó.wd3 fhC~ 7. .., :\C-1 b5 t.e-t c6 2.d4 d5 3.e5 ~fS 4.4Jf3 e6
11.4Jxd4 4Jxd4 12. ~g5 0-0 13.flc3 8.0 d3 Ç,. !J7 9.0- 0 a6 IO.e4 c5 I I.d5 5 ....e2 c5 6 . .>te3 cxd4 7.fl xd4 fle 7
h6 14.~xf6 I!Yxf6 15.1'4 I!!J b6 16.~f2 ®c7 12.dxc6 fxe6 I 3.c;í;>c2 c;í;>d6 8.~g5 '9 a5+ 9.~c3 Ítig6 10.0-0 a6
13 ... 0 O O 14.f!g5 flc5 15.®e2foi 11.h4 h5 12.c;í;>d3 c;í;>xd3 l3.cxd3 4Jbc6
4Jc6 l7.f5 lâd8 18.fld5 ®c5 19.f6 g6
20.lâcl ~e6 2l.lâc3 Wh7 22.c;í;>e4 fl b4
jogado pelos mesmos jogadores, com l4.flf3 flg615.d4 ~e? l6.~xe7 flgxe7
as mesmas cores, no Mundial por l7.a3 ilis 18.g3 ®b6 19.4Ja4 \Wa7
23.a3 I!Yd4 24.Wxd4 exd4 25 .l;b3
Equipes cm Lucerna, 1997. O inglês
4Jxd5 26.cxd5 ~xdS 27.c;í;> xd5 l:âxd5
venceu a partida cm 62 la nces.
28.lâxb7 lt>g8 29.\!?fl aS 30.ile2 d3+ 14.flg5 flf8 15.f4 0-0-0 16.1\!iel
3l.Wdl g5 32.lâc7 l'íb8 33Jâc3 l!? h7 c5
34.b3 lt>g6 35J!f3 iâb6 36.ild2 h5 [lô ... hô 17.1Jt3 0xt<l 1X.e5 c;!;>xc l
37.lâfxd3 :ã:xd3+ 38. 1!? xd3 wxf6 llJ.!:í:xc I '<i]
39.'it>d4 iâd6+ 40.I!?c5 iâd2 4I.h3 l!?fS 17.a4'!! h4 18.flc2 h6 19.fxe5
42.b4 axb4 43 .ax b4 ile4 44.b5 f5 c;!;> xc5 2H.flf3 flc6+ 2l.fl xe5 l/lixeS
45.b6 f4 46.gxf4 gxf4 47.h7 l:'! d8 22.!:í:f5 ®d6 23.0 f4
48.1t>b6 lâb8 49.lâc8 [:!3 .e5 ®c6)
(Ver diagrama) 23 ...~xf4 24.9Jxf4
49 ... :ã:xc8?? [o24.lâxt4]
(49 ... ã:xb7+ 50.ilxb7 t] 5 l.l!?c6 24 ... lâhe8 2S.:ã:d I lâxc4! 26.lâxd6
f2 52.:ã:f8 lt>e3 53.Wd5 We2 54.We4 H:xe I + 27.Wf2 !hd6 28.lâxc5+ ild8
fl® 55.:ã:xfl lt>xfl 56.h4 (56.M4 we2 29.ilxel gS!+ 20.flc S ~fxd4 21.lâc1 ~x f3+
57.1t>g5 lt>f3 58.wxh5 l!?f4=) 56 ...1!?e2 I\ partir deste momento, Dreev 22.1/!JxfJ 4Je7 23.lâc3 !!c8 24.:ã:fc1 :ã:c6
57.1t>f5 wd3 58.wg5 ile4 59.wxh5 jogou o ti na I ele forma impecável, ex- 25.b4 1Wb6 26.®f4 ®c7 27 .a4 4Jg6
plorando cada detalhe e dando a im- 28.\Wd2 1Wxe5 29.b5 axbS 30.axb5 lâb6
wf5=J
pressilo de qu e as brancas não poderi- 3l.~d3 ®d6 32.lâc8+ wd7 33.!!1c7+
SO.bxc8® l!?f3 5 I .il b7
am escapar. ®xc7 34.lâxc7+ wxc7 35.\Wc3+ wd7
1-0

8 lANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26


36.~5+ i>d6 37.~xb7+ i>d7 38.®c5 29.i:âxc8+ ~xe8 30.cxd4 fle2+ 3l.Whl Georgiev,K 1,5-0,5
l"txb7 39.®c6+ i>e7 40.®xb7+ i>f6 f\xd4 32.~c5 ~b3 33.~xa7 ~f7 34.fld6
4l.b6 d4 42.®c7 d3 43.Wfl ~eS 44.b7 ~xaS 35.~b6 Milov,V
1-0 !h- Y1
Georgiev,K (2670)-
Epishin,V (2570)- Svidler,P (2660) Gelfand,B (2695) - Milov,V (2635)
Grunfeld (D97) Lautier,J (2660) Índia do Rei (E66)
Segunda partida Índia da Dama/Petrosian (El2) Primeira partida
Segunda partida
l.d4 ~f6 2.c4 g6 3.~3 dS 4.f\f3 t.d4 ~f6 2.c4 g6 3.~f3 ~g7 4.g3
~g7 5.®b3 dxc4 6.®xc4 0-0 7.e4 a6 l .d4 ~f6 2.c4 e6 3.f\f3 b6 4.~3 0-0 5.~g2 d6 6.0-0 ~6 7.~3 a6 8.d5
8.e5 bS 9.®b3 f\fd7 lO.~e3 cS t l.e6 ~b7 S.a3 dS 6.cxd5 ~xdS 7.®c2 flxc3 ~as 9.~d2 c5 10.®c2 l:Ib8 ll.b3 b5
cxd4 t2 .~xd4 ~c S l 3.exf7+ l:âxf7 8.bxc3 cS 9.e4 ~c6 IO.~b2 i:âc8 ll.dS 12.i:âbl ®c7 l3.~b2 ~f5 l4.e4 ~d7
14.®dl ~b7 lS.i:âcl ®d6 16.flf3 ~xf3 cxdS 12.i:âd I d4 1 3.~b5 a6 14.~xc6+ l5.h3 bxc4 l6.bxc4 eS 17.~2 lib4
17.gxf3 ~c6 18.®xd6 exd6 19.i:âdl i:â xc6 15.0-0 ®c8 16.cxd4 cxd4 l8.a3 ~a4 l9.®d3 !Ibb8 20.~c3 ~7
l"td8 20.~h3 iiff8 2 t.f4 flb4 22.we2 17 .IMJ b3 Çi;lcS 18.Çi;lxd4 0-0 19.fle5 'fl.c7 21.%!xb8 %!xb8 22.%!bl 'fJ.xbl+ 23.lMlxbl
1Ife8 23.fld5 ~xdS 24.1Ixd5 ~xb2 20.Çi;lxc5 bxcS 2l .IMJc4 ®e8 22.f4 ®e6 flb7 24.~ 1 ®b6 25.frb3 ~h6 26.c;;>n
2S.f5 ~4 26.i>f3 ~f6 27.fxg6 hxg6 23.1Ifc l h6 24.g3 ~xd2 27.flxd2 IMJxbl 28.~xbl ~c2
28.l"tgl i>f7 29.ftg4 flc3 30.i:âd3 dS Y1- !h 29.f\d2 fl b6 30.f4 f6 31.i>f2 ~a4
3t.l"tr4 ~4 32.wg2 ftd6 33 .~g4 wg7 32.~al fiaS 33.i>e3 flb6 34.~d3 ~dl
34.~dl d4 35.~cl ~cs 36.i:âdf3 fte4 Gelfand,B (2695) - 3S .~c3 flb7 36.~e2 ~a4 37.h4 i>f7
37.h4 l"txf4 38 .~xf4 i:âdS 39.~ h6+ Lautier,J (2660) 38.f5 ~c2 39.~d3 ~dl 40.~e2 ~c2
i>xh6 40.ftxf6 wg7 4l.ftc6 d3 42.wf3 C atalã (EOl) 4l.~d3 ~dl 42 .~e2
~a4 43 .~x a4 bxa4 44. i:âcl wh6 Quarta partida (25min + lOs) Yz-!h
4S.i>e4
l.d4 dS 2.~f3 e6 3.g3 cS 4.~g2
Yz-Yí
f\f6 5.0- 0 cxd4 6.flxd4 e5 7.flf3 flc6
Shirov,A 2,5-1,5
Gelfand,B 3,5-2,5 8.c4 d4 9.e3 d3 l0.f\c3 ~b4 ll.~d2 Milos,G
~c612. fl xc5 fl xe5 13.®a4+ flc6
Lautier,J 14,Çi;lxc6+ bxc6 15.®xb4 lib8 l6.®a3 Apesar da vantagem teórica de
hS 17.e4 ~g4 18.~f4 i:âc8 19.®c5 h4 meu adversário, eu tinha grandes es-
20.~g5 f6 2t.Çi;lxh4 lMJc7 22.f4 g5 23.h3 peranças de vencer. Estava jogando
Uma superbatalha !
Após duas partidas bem disputa- gxh4 24. hxg4 hxg3 2S.i>g2 i:âh2+ bem e Shirov é um jogador que arrisca
das no ritmo normal . o match seria 26.wx~3 ®h7 27.f5 ®h3+ 28.M4 i:âg2 muito, o que pode ser fatal num match
decidido nas partidas rápidas. 29.i:âf3 ®h6+ de duas partidas.
No primei ro match. duas \iltónas O- I Rafael e eu preparamos muito a
das pretas, sendo que na segunda par- primeira partida e teria tido reais
tida Lautier demonstrou seu grand e Gelfand,B (2695)- chances de vencer, caso tivesse man-
poder d e rec up eração. O segu ndo Lautier,J (2660) tido o peão de vantagem (~3), mas
match ia pelo mesmo caminho, mas a Peão Dama (D02) não dei o devido valor a esta jogada e
décima jogada das pretas na segunda Sexta partida (ISmin +lOs) acabamos empatando.
partida foi um grave erro e permitiu A abertura da segunda partida foi
que Boris Gelfand continuasse no tor- l.d4 d5 2.flf3 c6 3.~g5 h6 4.~h4 uma surpresa e a idéia " ... h5-h4" ocor-
neio. ®b6 S.b3 fld 7 6.e3 eS 7.~e2 e4 8.flfd2 reu-me sobre o tabuleiro. Mais tarde
cS 9.dxc5 fl xcS I O.flc3 g5 ll.fud5 errei e fiquei inferior, mas recuperei-me
Lautier,J (2660) - ®d8 12. ~ b5 + ~d7 t3. ~ g3 i:âc8 e ti ve um momento de grande emoção
14.~x d7+ ®xd7 l5.~e5 i:âh7 16.flf6+
Gelfand,B (2695) após a jogada 40, quando pensei que
Nimzoíndia (E58) flxf6 I 7 .~x f6 i:âc6 18.~b2 i:âd6 19 .~d4 iria ve ncer, não enxergando a resposta
Primeira partida ®fS 20.®e2 fle6 2l.c3 l:âd7 22.f3 exf3 de meu adversário que forçava o em-
23.®xf3 ®b5 24.®e2 ®c6 25.0-0 ~d6 pate.
l.d4 f\f6 2.c4 e6 3 .~3 ~b4 4.e3 26.~4 Çi;lbS 27.®c2 ~f8 28J!f6 ®c8 A primeira das partidas rápidas foi
0-0 S.~M3 c5 6.~f3 dS 7.0-0 flc6 8.a3 29.i:âafl bS 30.f\d2 ®c7 31.®e4+ i:âe7 mal jogada por ambos e a segunda
~c3 9.bxc3 ®c7 lO.cxdS exdS ll.a4
32.®c6+ ®xc6 33.i:âxc6 Wd7 34.fta6 apenas por mim. Os nervos e a falta de
l"te8 12.~a3 c4 13.~c2 fle4 14.~xe4 wc8 35.1If5 wb7 36.i:âaf6 ~e6 treino em partidas rápidas influíram
l"txe4 15.~2 l"te8 16.e4 ~e6 l7.1Iel 37.i:âxb5+ wc8 38.~4 h5 39.~e5 ~xe5 no meu desempenho.
dxe418.fue4 ~dS l9.®g4 i:âe6 20.i:âe3 40.f\xe5 a6 4l.i:âd5 h4 42.h3 ~c7 De qualquer forma sai satisfeito
~7 21.~3 ~6 22.flf5 i:âae~ 23.i:âael 43.i:âc5 wb7 44.ft 4 ~6 45.i:âcf5 l"td7 do torneio, adquiri experiência neste
®f4 24.l"txe6 fxe6 25. ®xf4 fl xf4 46.l:âxf7 tipo de competição e já estou treinan-
26.~3 ~c6 27.a5 e5 28.flxc4 exd4 1-0
LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26 9
do partidas rápidas, para conseguir 0 f8 33.l::rxa8 l::rxa8 34.a3?! ®gS~
uma atuação melhor na próxima vez. 35.0 e3" ®eS 36.f3 dS! 37.0d4 ®gS
38.cxd5 exdS 39.l::rc3
Milos,G (2590) - Shirov,A (2700) (39.e5 ®cl + 40.1./Yfl ®c4 4l.®xc4
Ruy Lopez (C78) dxc4 42 .:Bb I ~xb5 (42 ... ~xa3=)
Primeira partida 4 3.:Bxb5 0 xa3 =; 39.exd5? ®xd5
40.®b2 :Bd8t]
l.e4 eS 2.~f3 fr6 3.0 b5 a6 4.0 a4 39... 0 xb5 40.1./YxbS ®d2
flf6 5.~ bS 6.0b3 0 c5 7.d3
Preparamos bastante este lance e eu
esperava a resposta ...0 b7, mas acredito
que a jogada de Shirov s~j a meU1or.
7... d6 8 .a4 f'r b8 9.axb5 axbS
10.0 e3 ~
Shirov,A (2700) - Milos,G (2590)
[l0 ...0xe3 ll .fxeJ;;! Siciliana (849)
ll.~bd2
Se~unda partida
[ 11.~3 0g4! ; I J.0 xt:5 dxc5+J
ll ...h6 12.®e2 l.c4 cS 2.-tJO c6 3.d4 cxd4 4.fJxd4
[12.c3 ~xe3 13.fxe3 b4~] fJc6 S.ficJ ll!ic7 ó.0 e2 a6 7'.0- 0 fJf6
12...~7 13.c3 ®f6!? 8.0 c3 0 b4 9.fJa4 0 e7 1O.fJxc6 bxc6
[13 ... b4;!;] ll.0 d3!'! cS
14.g3! 0e7 [ll .. .d5 12.exd5 cxd5 13.fJb6 4t.®d3!=
[14 ... b4 15.0 a4 fJe7 ( 15... 0 b7'' frbX 14. fJ xc8 ®xc8 15.0d4 0- 0 [41. ®xd5 ? l::rb8] Yl-Yl
16.d4+-) 16.d4±] 16.\We2±]
l5.flh4?! 12.c4 0 b 7 13.flc3 h5!? Shirov,A (2700)- Milos,G (2590)
[o15.d4 0b6 16.0c2 1 fJg 6 l 13 .. 0 o 14.t4 d6;!;] Siciliana (848)
17.b4;!;] 14.113 h4 JS.®d2 Terceira partida (25min + lOs)
15 ... b4 16.0 c4 bxc3 17.hxc3 r1s.14 ~hsJ
15... d6 16.frab I f'rd8 l.e4 cS 2.~0 e6 3.d4 cxd4 4.fud4
0 b7?!
!I Ô... fJd 7 17.t4] fJc6 S.flc3 ®c7 6.0 e3 a6 7.0 d3 flf6
[l7 ...frh2? 18.0 b3'; 17... t:6 1noJ
17.0 g5! 8.0-0 ~5 9.h3 0 c5 10.®d2 d6 Í l.f4
18J!acl!
l1 7.b4?! cxb4 18.l::rxb4 ~d7] flg6 12.<~hl 0-0 13.frael 0 d7 14.flf3
[18 .f4 ? 0xe3 + 19 .®xc3 exf4
l7 ...~h7 18.0 14 flf8 19.b4 cxb4 0 xe3 15.®xe3 eS 16.f5 fle7 17.g4 0 c6
20.frxf4 ®xc3+] 18.~d2 dS 19.®g3 dxe4 20.flcxe4
18...c6! 20.f'rxb4 fJ~6'?
[o20...fJt17,.,] e4 2I .flxe4 fldS 22.wh2 flf4 23.f6
[18 ... d5 l 9.exd5 fJxd5 20.fJe4±) frad8 24.fxg7 wxg7 25.®h4 flg6
21.f'rtb I 0 a8
19.f4 dS 20.0 xc5 fJxcS 2l.fxe5 26.®f6+ IYg8 27.1./YgS 0 xe4 28.l::rxe4
[21 ... 0 c6 22.0e3=]
®e6~ 22.~b3 lâd6 29.h4 f6 30.®h6 ®g7 31.®xg7+
22.@c3± frc8 23.f'rb6
[22.exd5 cxd5 A) 23 .0 b5 0 a6 wxg7 32. wg3 flf4 33.:Be3 fl xd3
j23 .fJa4! A) 23 ... 0c6 24 .~b6 f'rcl8
(23 ... ®b6? 24.d4 ) 24.0 x a6 ~x a6~ 34.cxd3 E!fd8 35.:Bff3 h6 36.g5 hxgS
2H k15 ex d5 26.cxd 5 0 a8 (26 ... 0 ct7
il25 .c4 frh2; 8) 23.0a2 23 .. .0a6~; 27 .0b6 ®eX 28 .0xd 8 0 xd8 29JTh8 \Wc5 37 . hxg5 fxgS 38. lâxe5 l::rxd3
22.d4!? dxc4 23 .dxc5;!;] 22..:f)a4'?! 30.0xg6 fxg6 3 1.®e2+wf7 32.:B lb7+- 39.:Bxg5+ i>h6 40.:Bg4 :Bxf3+ 41.1Yxf3
[o22 ...fub3 23.0xb3 ®xe5 24.-tJtJ;!;] ) 27.0 b6 ®d7 28.0 xd8 0xd8 29.0xg6 :Bd2 42.lâb4 bS 43.we3 :Bg2 44.wd4
23.exd5 cxdS 24.0 b5 ®b6+ 25.d4 fx g6 3ü .f'r b8 ®a 7 3 l. ®e3++-; 8) frc2 45.wd3 lâg2 46. wc3 wg7 47.a4
0 c6 26.0xa4 23 ... O- O 24.fJb6 J;fb8 25 .fJxa8 l::rxa8 :Bg3+ 48. wc2 :Bg2+ 49. wb3 :Bg3+
[26.0xc6 ®xc6!~ (26 .. .fJxc 6 26.:Bb7 ®d8 27.t4±] SO.wa2 bxa4 5l.frxa4 frg6 52.wa3 wf7
27.~f5! il®xb3 28.®g4)] 23 ...-tJes 24.frxa6 ~xd3 53.:Bc4 we7 54.wa4 wd7 55.wa5 :Bh6
26 .•.0xa4 27.flc5 0b5 [24 ... ~xc4? 25. fJ b5' fJ xcl 2 56.b4 J;fg6 Yl-~
(Ver diagrama) 26.fJxc7+ wd7 (26 ...wd8 27.~xd21Yxc7
28.®g4?! 2X.0a5 + Wd7 29.0 b5++-; 26 ... :Bxc7 Milos,G (2590) - Shirov,A (2700)
[28.~3!±) 27.frxaX+ Wd7 28.0b5++-) 27.fJxa8 Inglesa (A26)
28 ...0xn 29:f)d7 ®b2 30.lhn fJxb l 2X.fJ b6++-] Quarta partida (25min + lOs)
Wxc3= 31.~xb8 l::rx b8 32.®f4 f'r f8 2S.®xd3 0- 0 26 J ! a4 lâ b8
27.lâb5'? l.c4 flf6 2.flc3 g6 3.flf3 0 g7 4.g3
33.flg2 flc6 34.e6 ®xd4+ 35.®xd4
[27.lâa 7 J;fx bl + (27.. .lâb7) 04) 5.0 g2 d6 6.~ fr6 7.d3 e5 S.l::rbl
fu d4 36.exf7+ l::rxf7 37.l::rxf7 wxf7
28.ilib I ®d8 29.c5± (29.~3±)] aS 9.a3 :Be8 10.~2
38.flr4
27 ...:Bfc8!;!; 28.0 d4 0 c6 29.f'ra7 [10.b4 axb4 ll.axb4 fki4]
Y:--~
®d8 30.1:!~3 :Ba8 3l.flb5 l::rcb8 32.®e2 10...~4 ll.e3

10 LANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26


[ll.b4 axb4 12.axb4 c6 13.b5 d5 Tkachiev,V (2615) - OII,L (2645) Van Wely,L (2655)- Piket,J (2630)
14.bxc6 bxc6 15.cxd5 cxd5 16.flb3=] Siciliana (850) GD/Variante da Troca
11...~6 12.f'ldS c6 13.flxf6+ ~xf6 Terceira partida (25min + lOs) Segunda partida
14.fle4 ~g7 1S.flc3 hS l6.h4 flc7
l7.~d2 I .e4 cS 2.'Z:lf3 d6 3.~c4 'Z:lf6 4.d3 l.d4 flf6 2.c4 e6 3.flc3 d5 4.f\f3
[l7.b4 axb4 I R.axb4 d5 I 9.b5 e4 efl s.~b3 flc6 6.c3 g6 7.0--0 ~g7 8.ã:et 'ZJbd7 S.cxdS exd5 6.~g5 ~e7 7.e3 O-
20.d4] 0-0 9.d4 cxd4 10.cxd4 e5 ll.dxeS O 8.®c2 c6 9.!1'tid3 ã:e8 tO.h3 f1e4
17... ~f5 l8.1!»c2 d5 l9.cxd5 cxdS rixeS 12.i.Mixd8 ã:xd8 l3.f1c3 h6 14.h3 ll.!l'tixe4 dxe4 12.fue4 ®as+ 13.wfl
20.fla4 ~<14 IS. ~ xeS f1 xb3 l6. axb3 !l'tie6 ®rs t 4. ~ xe7 ã:xe7 15.'ZJfd2 flb6
[20 .e4 ~c6 2 I .ex d5 ~xd5 17:t:lc4 ~d7 18.~e3 ~xc4 l9.bxc4 f1eS l6.ã:cl f\d5 l7.wgl 'Z:lb4 l8.l!»b3 aS
22.flxd5 <;;lxd5 23. ~x d 5 !Wx d 5 20.ã:a4 a6 2l.f!:b 1 !l:ac8 22.cS 'ZJd3 19.fld6 ®d3 20.f1xc8 ã:xc8 21.flc4
24.®c4=] 23.fld5 ã:e8 24.b3 1Yh7 2S.ã:c4 'ZJeS ®xb3 22.axb3 b5 23.f'ld6 ã:d8 24.'Z:lf5
20 ... e4 2l.dxe4 <;;lxe4 2Hihe4 26.f!:b4 !l:b8 27.ã:b6 flc6 28.~f4 ~eS ã:e6 2S.g4 g6 26.f1g3 fld3 27.ã:al f5
ã:xe4 23.flc3 29.0xeS l-O 28.ã:d 1 'ZJcS 29.gxf5 gxfS 30.fJxfS
[23 . ~c3 fle6 2 4 .~xg 7 wx g7 fl xb3 3l.wh2 f!:f6 32.ã:hgl+ 1Yf8
25.flc3?! (25. ã:bd l ã:g4. 2 5.flc5- ) 33.!l:gS h6 34.f!:h5 a4 3S.e4 b4 36.eS
25 ...ã:g4~ 26.ã:bd 1 i.Mix h4 27 .fl xd5 Van Wely,L 3,5-2,5
ã:g6 37.ã:d3 cS 38.d5 a3 39.bxa3 c4
flg5 28.1Wc3+ wh6 29.flt6) Piket,J 40.!l:13 fld2 4t.ã:f4 b3 42.f1xh6+ we8
23 ... ã:g4 24.fle2 flcll 2S.f3 ~ c4 43.flg4 b2 44.!l:h8+ we7 45.ã:h7+ we8
26.1i»dl ã:ac8 27.~c3 d4 28.exd4 flxd4 46.ã:h8+ we7 47.ã:h7+ we8 48.'Z:lf6+
Ant es de começar o match de par-
29.ã:f2 f1xe2+ 30.ã:xe2'? wf8 49.ã: h8+ 1Ye7 SO.!l:h7+ wf8
I 1das rúp1das. o úrbitro principal, Gert
[30.1Wxe2 ~xc3 3 1.bxc3 ll»c7!+] Sl.ã:h8+ we7 S2.ã:h7+
(}isscn. que, assim como estes joga-
30 ... 1!»x dl+ 3l. ã: xdl ~ xc3 Yz-Yz
dores. é hol andês, solici tou ao públi-
32.bxc3 ã:xc3-+ 33.\tlg2 ã:xa3 34.ã:d7
co que ao final do match não aplau-
ã:cc3 Van Wely,L (26S5)- Piket,J (2630)
di sse o vencedor, no sentido de não
0- l Índia do Rei/Clássica) (E94)
atrapalhar as outras partidas em an-
damento. Sexta partida (IS min + lOs)
Tkachiev, V 2,5-1,5 De fato. há uma grande rival ida-
de entre estes jogadores e a torcida é l.d4 'ZJf6 2.c4 g6 3.fr3 ~g7 4.e4
OU~L li\ ltllda d6 S.flf3 0-0 .6.!1'tie2 eS 7 .0-0 fla6
(lu,tnto .to pnme1ro match de par- 8.~e3 c6 9.Wc2 flg4 IO.~gS f6 ll.~h4
Tkatchiev segu1 u ~ u a e~ trateg1a tid a ~ rap1da~. um lato me chamou gS 12.~g3 fS l3.exfS exd4 14.fud4
de levar a decisão para as part1das multo a atenção apos 'encer J pri- ~e5 IS.!l:ad I We7 16.f4 gxf4 17.ã:xf4
rápidas e mais uma vez passou para a meira partida. Van \\.ely, precisando ,;,. h6 18.â ffl 0 d7 l9.wht flc7 20.'Z:le4
próxima rodada. apenas de um empate e jogando com fle8 2J .I!»b3 cS 22.f1e6 ã:xf5 23.ã:xf5
Ele sempre manteve o controle as brancas, não optou pela variante das !ltixe6 24.'ZJxd6 'Z:lc6 2S.ã:xc5 fl xd6
das partidas e soube aprove itar os trocas na defesa Índia do Rei, que pra- 26.!1'tixd6 ®f6 27.1Wxb7
poucos vacilas de seu adversário. ticamente decreta o empate. l-0
No ano passado, em Buenos Aires, Na segunda partida do segundo
tive oportunidade de vê-lo jogando match, Piketjogou uma abertura hor-
partidas relâmpago e desta vez o vi em rível e rapidamente fi cou perdido. Zviaginsev,V 2,5-1,5
ação nas rápidas. Ele transmite um a
imagem de tranqüilidade c segurança.
!\o fi nal deste emocionante match Seirawan,Y
os torcedores de Van Wely não aplau-
dira m e o cumprime ntaram com aper-
O II, L (2645) - Tkachicv, V (261S) Seirawan, que jogou este match
tos de mão. após abandonarem o local
GDA(D28) na mesa ao lado da minha, saiu
de jogos.
Primeira partida muito chateado quando a segunda
Pikct,J (2630)- Van Wely,L (26SS) partida do match terminou. Eu lhe
l.d4 d5 2.flf3 f1f6 3.c4 dxc4 4 .e3 Grunfeld (097) perguntei o que havia acontecido
e6 S.~xc4 cS 6.0- 0 a6 7.~ b3 flc6 Primeira partida e ele me explicou que havia es-
8.flc3 b5 9.i.Mie2 flaS I O.dxcS flxb3 quecido as regras do xadrez e per-
ll.axb3 ~xc5 l2.e4 ~b7 13.eS fld7 1.d4 oflf6 2.of\13 g6 3.c4 0 g7 4.fr3 mitido um empate por repetição.
14Jl:dl ~e7 IS.~f4 0- 0 16.ã:acl ã:c8 d S 5.®b3 dxc4 6.®xc4 0-0 7.e4 a6 De fato, sua posição era muito su-
l7.ll»e3 ã:c7 18.fld4 b4 l9.'Z:la4 !l:xc l R. Wa4 f\ hd7 9.e5 f1g 4 10.h3 fl h6 perior quando ocorreu a repetição .
20.fucl ~!»aS 2l.flc6 ~xc6 22.!l:xc6 ll. i.Mi a3f\ b6 12.~xh6 ~xh6 13.!1'tid3 A partida decisiva foi muito
l!»dS 23.®f3 i.Mixf3 24.gxt3 gS 2S.ã:c7 0 e6 14.0~1 c6 lS.!l:fel ®c7 16.ã:adl be m jogada por Zvianginsev, que
ã:d8 26.!1'tie3 wg7 27 .f4 h6 28.fxgS !l: fd8 17.fle4 0 dS l8.<;;lc2 ~ xe4 co rretamente sacrificou um cava-
hxg5 29.1Yg2 wg6 y,_y, 19.0 xe4 e6 20.h4 ã:d7 Y.-Yz lo .

LANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26 11


Zviaginsev,V (263S)- Zviaginsev,V (2635)- 4 .flxd4 flc6 S.flc3 d6 6.t;;le2 ~f6
Seirawan, Y (2630) Seirawan, Y (2630) 7.~e3 ~ e7 8.0-0 t;;ld7 9.~b3 a6
GDffartakower (063) GO/Tartakower (D63) I O.f4 bS ll.a3 0-0 12.g4 t;;lc8
Primeira partida Quarta partida (25min +lOs) 13.1./liel ~ b7 14.l:'ídl b4 lS.gS!
bxc3?!
1.~0 dS 2.d4 flf6 3.c4 e6 4.flc3 l.d4 fl f6 2.c4 e6 3.fl c3 dS [o l5 .. .~d7 16.axb4 ~xb4±]
~bd7 S.~gS h6 6.~h4 ~e7 7.e3 0-0 4.~gS fl bd7 S.flf3 h6 6.1J2h4 IJ2e7 16.gxf6 \U xf6 17.eS \U h4
8Jicl a6 9.b3 b6 lO.cxdS exdS 7.e3 0- 0 8.!!cl a6 9.b3 b6 lO .cxdS 18.1./lixcJ dS 19.~cS± l/llc7 20.fS d4?
ll.t;;ld3 t;;lb7 12.~fS g6 l3.~xd7 flxd7 cxdS l1.<,i;ld3 ~b7 l2 .~f5 g6 13. ~h3 (o20 ... exf5 2 l.!!xd5 l:'íad8]
14.t;;lg3 fíc8 lS.0-0 flf6 16.1Mle2 flhS 2l.fíxd4! flxd4 22.1Mixd4 ~dS?
fí e8 14.0- 0 '2:l f8 IS. fl eS fl 6h7
17.t;;les f6 18.~g3 flxg3 l9.hxg3 i>g7 [o22 ... ~e7 23 .~xb7± ®x b7
l6. ~ xc7 !!xc7 l 7.g3 l/lld6 l8. ~g2
20.®d3 ®e8 21.flh4 fS 22.fle2 ~d6 24.f6 (24.t;;lf3±) 24 ... fífd8]
ã: d8 19 .1/li c2 fl e6 20. fí fd I i>g 7
23.ili4 gS 24.fufS+ YI-Yz 23.1/lixh4+- l/lixeS 24.1/lid4 ®xd4
21.1Mib2 1'6 22.fld3 fl hf8 23 . b4 gS
24.flc5 I>XcS 25.bxc5 ®c6 26.e4 2S.~xd4 eS 26.~e3 aS 27.!'!dl
Seirawan,Y (2630) - l-0
Zviaginsev,V (263S) fíed7 27.exdS !!xdS 28.flxdS !!xdS
GDNariante da troca (03S) 29.!Jbl fld8 30.1Mle2 ®d7 3l.!'!xb7
Segunda partida fl xb7 32.c6 ®xc6 33.®e7+ i> g8 Sokolov,A (258S) - Short,N (2660)
34.®e4 Ruy Lopez (C78)
l.d4 dS 2.c4 e6 3.flf3 flf6 4.cxdS 1- 0 Segunda partida
exds s.~gs c6 6.~c3 h6 7.~h4 ~rs
8.®b3 gS 9 .~g3 !Ml b6 I O.e3 · fle4 l.e4 eS 2. ~f3 ~c6 3.~ bS a6
ll.~xe4 ítixe4 12.fld2 IJ;lfS 13.0-0-0
Short,N 2-0 4. ~ a4 fl f6 5.0-0 bS 6. t;;l b3 ~c S
~714.h4 ã:c815.\Ud3 ~xd3 16.!Mlxd3 Sokolov,A 7.a4 <,i;l b7 8.d3 0-0 9.~ c3 ~as
cS 17.hxgS IJ2g7 l8 .gx h6 ã: xh6 lO.flxeS flxb3 ll.cxb3 dS 12.\U gS
19.l:'íxh6 ®xh6 20.i>bl ®hS 2l.fíel c4 dxc4 13.dxe4 l';!:e8 14.t;;lxf6 ®xf6
1ge l Short vence u bem este
22.®c2 i>f8 23.®dl ®g6+ 24.®c2 ®h5 l5 .~ d 7 ®e7 16 .~ xcS l/li xeS
25.®dl ®g6+ 26.®c2 match.
A prime ira partida mostrou seu 17.axbS axb5 18. l';!: xa8 l';!: xa8
bom preparo e conhecimento da 19.l';!:et h6 20.h3 b4 2I.fla4 ®e7
Siciliana . Na segunda, ele preci- 22.1./licl !:IaS 23.f3 l';!:eS 24.l';!:dl fS
sava apenas empatar e j ogou para 2S.exf5 J';!:xfS 26.l';!:el ®d6 27.fíe8+
isto, sendo favorecido pela neces- Wf7 28 .!! e3 !! dS 29. ®c4 ~ a6
sid ade de ven cer de seu adve r- 3 0.!Mle4 IJ2 b5 3I.l';!:el \Ud7 32.fícl
sário. que forçou demais e acabou c;i2e 6 33. ®c2 Wg8 34. ~ cS fí di
perdendo JS. ®e4 ~ xh3 36.®e8+?
(36.l';!:c2 l';!:xc2 37.®xc2 ~e6=)
Short,N (2660)- Sokolov,A (2S8S) 36... Wh7-+ 37.®e4+ g6 38.l';!:c2
Siciliana (883) l';!: dl+ 39.\!.>f2 \UfS 40.®c4 t;;l xc2
Primeira partida 41.®f7+ Wh8 42.fle6 ®d2+ 43 .\!.>gJ
®el+
l.e4 cS 2.fl f3 e6 3.d4 cxd4 0-1

Quarta rodada
Comentários de Rafael Leitão

Shirov,A 1,5-0,5 Melhor seria14.e4 ~d7 15.ilil.


Akopian,A- Shirov,A
Jogar desta maneira era mais coeren-
Índia do Rei/Panno (E66)
Akopian,V Primeira partida
te, mas Akopian não queria tornar ne-
nhum risco ( l5.f4 exf4 l6.gxf4 ~g4
Um rnatch tranqüilo para Shirov. 17.fld l ~xb2 l8.fub2 bxc4 19.bxc4
Lflf3 ~f6 2.g3 g6 3.c4 \Ug7 4.~3
Na 1' partida ele .conseguiu um em- ®f6t).
0-0 5.~g2 d6 6.d4 ~6 7.0-0 a6 8.dS
pate fácil e na i • concretizou com l4 ...flxe4
flaS 9.~ 2 cS IO.fíbl l';!:b8 -ll.b3 bS
rnaestria a vantagem que conseguiu [14 ... Wh8!? 15.t;;lc3co)
l2.~b2 eS l3.®c2 ~fS l4.~e4
na abertura. l5.ítix"C4 t;;ld7 16.~c3 b4 1 7.~b2

12 LANCE Revisto Brasileiro de Xadrez no 26


fS 18.~g2 f)b7 l9.f4 c4 20.e3 ~xb2 parece ser o cam inho correto.
21.®xb2 ®f6 22.®xf6 i:l:xf6 23.g4 aS
Gelfand,B 3,5-2,5 ll.fxe5
24.g5 );!ff8 25.Wf2 a4 2li.i:l:b2 !!a8 Tkachiev [I l .i:l:ae l fxe4 12.dxe4 exf4
27.!!fb1 axb3 28.axh3 â a3 29.Qfl 13.gxf4 ~g4!oo)
);!fa8 30.~e2 c,!,Jg7 Os dois Jogadore s lev aram o ll...f)xe5 12.~h6!
Yz-Yz match para o ti e-break sem preocu- O bispo de g7 é muito forte e sua
paç:Jo. a partida decisiva do desem- troca expõe as debilidades das casas
Shirov,A- Akopian,V pate. Tkachicv saiu melhor da aber- negras.
Siciliana (881) tura. re<.;usou uma variante forçada d e 12 ... ~e6 13.~xg7 wxg7 14.f)f4
Segunda partida e mpate e acabou perdendo um ins - ®d7
tru tivo linal. [ 14 ... 0 n 15.exf5 f)xf5 16 .~xb7
l.e4 c5 2.f)f3 d6 3.d4 n.d4 .tf}xd4 i:l:b8 17.0d5±]
f)f6 S.f)c3 e6 6.g4 h6 7.hJ a6 8.0 g2 Tl<achicv,V (2615) - IS.~xe6+ ®xe6 l6.i:l:ael ?!
g5 Cclfand.B (2695) [ 16.exf5 fJ xf5 ( 16 .. . gxf5
Um plano tíri<: o da '-'ht:\ emngcn. Siciliana (B52) 17 .lâael ±; 16... f!x f5 17.i:l:xf5 ®xf5
As negras garantem a La~a c5 para seu Primeira partida 18.f!fl±) 17.c,'i;lxb7 :!;lab8 18.I,Ud5 ®d7
cavalo, m as em wmpens,tLào debili- 19.b3±]
tam seu flanc o re1. I .c4 cS 2.fJ f3 d6 3.I,Ub5+ ~d 7 16... i:l:ae8 17. b3
9.b3 f)bd7 10.0 b2 i !!5 ll.l#d2 ..J.<i.lxd7+ \Wxd7 S.c4 fJc6 6.fJc3 fJf6 7.0- ( 17 .ex f5 !!x f5 1 8.~xb7 X'íxfl+
<;Ud7 12.0- 0 - 0 'i!l c7 IJ.f4 gü~ 0 :,.:6 R.d4 cxd4 9.~xd4 <;Ug7 IO.fJc 2 O- ( 18 ... d5 19.d4±) 19.);!xfl );!b8 20.®g2
14.f)ce2! O l(.li;.e2 a6 12.\:td2 f!ab8 13.X'í acl bS ®d7 2l .I,Ud5 fJx d5 22.fJxd5 (22.®xd5
O cavalo é melhor que a dama cm 1-t.C\hS axbS 15.~d5 e 6 16.~cb4 ~xb2 .123.fJe4 );!xc2 24.fJxd6 ®e7oo)
f4. A impressão que se tem é que nd 5 I 7 .~xc6 fi: h6 18. ex d5 ~xd5 22 ... i:l:xb2 2 3.®f2 ®n 24.®g2=]
Shirov sabe exatamente como jogar IIJ.l/ll l] Y,-Y, 17 ... fxe4 t8.fJxe4 f)fS
essas posições da s it: iliana. ;\ pa rtid a poderia seg uir : As brancas não conduziram sua
14 ... ~ e7 IS. f h f..J 11- 11- 0 1') .. 9:xc(l '20. I!!J xd5 !he i 21.l:hc l inicia tiva com energ ia e, como con-
16.<i>bl <±> b8 17Jâhfl ~eX 18.4~de2! :?xh'2 22. !;b I ~ f6 23.®xb5 ®x b 5 seqüência, Gelfand consegu iu equi-
);! h 7 19. fJ g3 bli 2 IH i g h 5 f) fd 7 '24.Axb5 f!:cX=. li brar a posição.
21.f) d3 ~b7 22.f hc5 ~xcS 23.'81'6 19.c3 ®d7 20.d4 cxd4 2l.cxd4
i:l:g7? Gclfand,8 (2695) - fJg4 22.d5 ®cts 23.wh t ®b6 24.f)gs
Prova ve lm ente Ako pian n ão Tkachicv,V (2615) lâxel 25.®xel lâc8 26.f)e6+?
acreditou que Shirov fosse capturar Gambito da Dama Aceito (039) Tkach iev devéria ter forçado o
o peão d e h6 [o23 ... lâbh X 24.®c3 Segunda partida empate [26 .~xf5 gxf5 27.®e7+ Wg6
(24.i:l:f2 i:l:d f8 25.0a3 lâdX;;) 24 ... 0 c6 28.l/llf7 + l!;>xg5 29.®g7+ wh5 30.®xh7+
25.~d4 c,!,lb7 26-.-âf2 Õ:dfX '27 _fi ~ l .d4 eiS 2.~13 f)f6 3.c4 dxc4 4.f)c3 wgs (JO ... fJ h6? ? 3l.~f3+ c;!;lgs
As brancas têm mats e'paco e ,1, l' 6 5.c..J : b4 (l.\;>:,.:5 c5 7.Qxc4 nd4 3'2.iig7#) 3l.®g7+=]
negras estão na d efenst\ ,1 \la-. " S. \CI.t a5 26 ...c,!,Jg8 27.~e4 ®e3 28.0 xf5 gxf5
debilidades estão bem controlad,h
29.fJf4 lâc2 30.®xe3 fJxe3 31.!!el ~g4
e as brancas deverão iniciar um pia - 11. d:! l5 111.-bS- d"' 11. ,__b3 32.âe2 ~xe2 33.~xe2 ~e3 34.f)c3 a6
no com c4,!!c I ,b4.etc.] e-1:!. dJ l"hiJ.aJ;.,d614 ...:teJa6 Este fina l é muito ins truti vo. As
24.®xh6! );!g6 25.®h4 lâc8 26.fi:d2 15.0- U 11- 11 16.f..J c5 17. 1'5 ~d4 ! brancas devem defender com preci são
wa7 27.g5 I X. \d.t c \d.t 19.,:,. xd4 ~cS 20.0 xc5 ou o rei negro c hegará e m e5 e .o
As brancas têm um pciio a mats c \ hr5 ... ! I.
1
h I íkl c6 22. ®f3 i:l: fe8
pcãobran co de "d" es tará condenado.
melhor posição. 23. g3 adS~
27 ... ®c5 28.®1'4 aS 29.!!fdl a4 Js.wgt wn 36.h3?
30 .~fl a3 3 l. I,Uat ~c(l 32.114 ~xf6 (36.M 2 fJg4+ 37.wf3! (37.c;!;lg2 M6
33.gxf6 ~e5 34.0 e2 â g2 35.115 ®c6 38.h3 fJh6 39.wf3 we5+) 37 ... f)xh2 +
rkachicv, v (2615)-
36.!1Uxe5 dxeS 37.\!YxcS â gS 38.®d4 3X .Wf4 M6 39.f)e2 f)g4 40.~d4 tlli6
Gelfa nd,B (2695)
®xe4 39.®xe 4 ítl xc4 40. <;;>c I lâ fS 4 1.a4 a5 42.fJb5 f)f7 43. f)d4 f)e 5
Siciliana (826)
44.~xf5 f)d3+ 45.c,!,le4 fr 5+ ·4 6.c;!;lf4= ]
4U!fl lãdS 42.I,Ud I h5 43.Jât4 Jâxct2 Se\t::t rartida (15rnin + lOs)
44.íllxd2 );!d8+ 45.wc 1 ítlrs 46.Jâh4 36 ...wf6 37.wf2 ~c2 38.c;!;le2 'i!?eS
c,!,l b6 47.0e2 wcs 48. l; xh5+ ci;>d4 l.e4 c5 2.tJc3 d6 3.g3 :.;6 4.~g2 39.\!;>d3 f)a3 40.g4 ~b5 4l.f)dl fxg4
49.);!a5 c;!;le3 50.0 d I M 4 Sl.lâa 7 !!11! 0 g7 S.dJ ~ l'6 6.~113 e(l 7.0- 0 fJge7 42.hxg4 fr7+ 43.f)e3 f)xd5 44.f)c4+
52.lãxa3 eS 53.b4 c4 54.h5 e3 SS.bli X.í:id 0- 0 IJ.Ii!id2 eS I O.f4 fS wf4 45. wd4 f) f6 46.f) xd6 ~xg4
<;Ue4 56.!!a4 c,!,lcS 57.â a7 r,i;> f4 58.a4 ;io gosto do plano implemen- 47.~xb7 h5 48.Wd3 h4 49.ílle2 h3
);!g8 59.!!xf7 X!gt 60.Jâg7 P:n 61.17 tado por Ge lfand. As brancas têm v<m- 5o.wn wgJ st.~d6 h2 52.~4+ wr4
'i!?e5 62.c;!;lb2 tag:em em desenvolvimento, portanto 53.wg2 <i>xe4 54.b4 f)eJ+ 55.wxh2 f)c2
1-0 ;dxir a posrç:Jo com 9 ... e5 c I O... f5 não O- I

LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26 13


I/!J c2+ 40. i> g3 I/!Jxc4 41.1/!J g5+ i> h8 57.a5 i>e7 58.!íd4 l!fe6 59.~b4 h6
Krasenkov,M 4-3 42.1/!Jf6+ ~g7 43.®xb6 ®g8 44.i>f2 60.i>g4 ~c5 6l.~e4+ Wf6 62.b4 ~c2
Azmaiparashvili,Z ®a2+ 45.i>g3 63.h3 ~b2 64.l'!d4 i>e6 65.i>h4 ~bl
Yí-Yi 66.g4 ~b3 67.!íc4 Wf6 68.g5+ hxgS+
Um match muito di sputado e c he io 69.fxg5+ i>eS 70.i>g4 1!id5 71.!'íf4 1!fe5
de alternativas. O ti e-break foi dramá- Krascnkov,M (2645) - 72.h4 ~bl 73.~c4 \Pd5 74.~f4 \Pes
tico: na 5" partida Krasenkov desper- Azmaiparashvili,Z (2645) 7S.!íc4 wd5 76.~c7 !íxb4+ 77.i>g3
diçou a vitória. Na partida seguinte, foi Ga mbito da Dama (037) ~b3+ 78.i>f2 l:!b4 79.l:!h7 i>e5 80.h5
a vez de Azma jogar fora suas c hances. Sc:,.:unda partida Yz-Yz
Na 7• e deci siva partida o polonês j á
tinha um peão a mais após IO lances. l.d.t d5 2.c4 e6 3.flc3 flf6 4.flt3 Krasenkov,M (2645)-
0 c7 5.',:,.14 c5 6.dxc5 fla6 Azmaiparashvili,Z (2645)
Azmaiparashvili,Z (2645) - O desenvolvimento do cavalo por Catalã (E09)
Krasenkov,M (2645) a6 é raro. Mai s jogado é 6 ... ~xc5 se- Sexta partida (l5min +lOs)
Siciliana (B22) guido de 7 ...flc6.
Primeira partida 7.c3 ~..Jxc5 R.cxdS cxd5 9.íilb5+ l.d4 dS 2.c4 e6 3.~f3 ~f6 4.g3 íile7
0 <1 7 111.0 xd7+ ®xd7 ll.~e5 0-0 12.0-- s.~g2 c6 6.®c2 0- 0 7.0- 0 b6 8.flbd2
l.e4 c5 2.c3 ~f6 3.e5 .zid5 4.g3 0~ ~b7 9.e4
flc6 5.~g2 Yl/c7 As bra ncas têm uma vantage m [9.b3l
[5...e6] pequena. mas duradour:.1. O peão iso 9 ... dxe4
6.f4 e6 7.fla3 ~e7 lado é uma debll1dade permanente e Outro plano é 9 ... flbd7 IO.e5 fle8.
[o7 ... d6] as brancas dcvcni traba lhar cm volta IO.fl xe4 ~ bd7 ll. ~dl ®c8
8.fle2 0-0 9.0- 0 a6 I O.d3 b6 dele. É o tipo da posição ruim para se 12.flxf6+
ll.c4 fldb4 12.flb I aS 13.flbc3 ~b7 ter em um match de poucas partidas. [12.b3;!;]
14.a3 fla6 As negras devem lutar para, na melhor l2...fl xf6 13.c5 ~dS 14 .~g5 f6
As brancas têm vantagem . As ne- da s hipó teses, conseguirem o empate. l5.0d2 bxcS 16.dxc5 eS
gras têm uma grave debilidade em b5, 12...E!fd8 13 .®e2 ~ac8 14.l:'ffd 1 As negras conseguiram uma boa
além do péssimo cavalo em a6. flcc4 I S.~x f6! posição. Seu cavalo é muito bom em
15.fle4 O polo n ê~ resolve tomar medidas d5.
[ 15 .~e3! ~adR ( 15 ... d6 16 .flb5 imedi atas no ce nt ro. aproveitando a 17.b4 aS!? l8.bxa5 ~d8 19.flh4
®d7 17.exd6 ~xd6 I X.'2.,x d6 Wl xd6 ayilo "ra1o ~··da torrcdc dI sobre a clama fS 20.~f3 ~f6 2l.!íabl e4 22.flg5
19.d4± ôexd4 20.flxd4 91c5 ::!1.1/Ye l: em d7. 0 a6+ 23.l'!b6
15 ... f6 16.flb5+) 16 ~h5 ohX 17 ~ec3 IS ... z:Jx f6 t6.e4 ®e6 17.e5 fle8 As brancas tentam de todas as
flc7 (17 ... d6 l 8.exd6 ~xd6 19.fla-l=l I H. d4 \!!1~6 19.E!d3± maneiras mudar o rumo da partida. As
18.®b3 fu b5 19.Yl/x b5 fld4 20.~xd4 O pc.to de d.'i estü hem bloqueado negras estão me lho rando sua posição
cxd4 2l.fla4 ~xg2 22.wxg::!±: 15 .flb5 e contmua sendo uma debil idade. Além a cad a lance. portanto Krasenkov re-
®b8 16.~e3 flc7;!;] dis'o ;1' hrant.t' contam com boas sol ve blefar.
15...fld4 16.~e3 chances de .ttaque no tlanco rei . 23 ... h6 24.flh3 ~e2 25.~e l ~d3
[16.flxd4 exd4 17.f5 exf5 I R.l'!xfS I 9 ... ..:ib4 20.g g3 ~a6 21.'El-g4 fíc 4 26.®b3 fíf7 27.~f4 fu b6 28.axb6 ~b5
22.~ce2 E!dc8 23.b3 lâ4c7 24.e6 fxe6 29.0 fl ~xn 30.f'fxfl ®d7 31.l:!dl !íd8
flc5]
16...flf5 17.~f2 dS 18.cxd6 flxd6 25.~xc6 fíc2 26.~6d4 ~2c7 27.fle6 32.a4 gS 33.~e6 ®d3 34.®xd3 ~xd3
Com a manobra f:ld4- J"5 seguido fíc2 2H.fíc3 35.a5 ~a3 36.~bl ~d7 37.flc7 ~eS
da ruptura em d6, Krasc nkov c.onse Os c;l\·alm co nstitue m um perigo 38.0 b4 fía2 39.fle8 ~d4 40.0el i>f8?
guiu reduzir s ua desvantagem. consta nt e para o re i negro. Era me lhor40 ... e3 4l.fxe3 l,i;>xe3+
19.fl2c3 ~ad8 20.®c2 flfS 2I.g4 2X ...0 f8 29.fl6d4 l'!2c7 30.g3 flf6 42. Whl! A) 4 2 ... ~d4 43 .b7 l'!xb7
fld4 22. ~ xd4 cxd4 23.fl b5 ii!J d7 31.\\\lgS lât7 32 :~f4 0 c5 33.~e6 1/!JaS 44.~xb7 ~ai 45.a6 Al) 45 ...!Ixe l+
24.b4!? 34.flf5 wh8 35.lâfl ~cf8 36.®h4 wg8 46. i>g2 g4 (46 ... ~a l 47 .a7 ~xc 5
A intenção das brancas é criar jogo 37.1/YgS wh8 38.®h4 i>g8 39.lâe2 fle4 48 .flf6 ++-) 47 .h4 l:!g l + 48. i>h2 f4
no flanco dama. Mas sua vantagem 40 .flxd5! fld2 4l.fldc7+ ~ xc 7 49.flf6 + ! i>f8 50.fle4+-; A2)
anterior já foi des pe rdi çada e 42.flxe7+ wh8 43.~xd2 ®xd2" 44.~g6+ 45 ... ~xa6±; B) 42 ... l'!d8 43.flc7!; C)
Krasenkov defende-se com tranqüi - Wg8 45.flxf8 ~xf8 46.®c4+ ~f7 47.f4 42 ... fíb7 43.fld6 !'íb8 44.flxf5 ~xc5
lidade de agora em diante. ii!Jd8 4!l.~c I± 45:flxh6+ wh7 46 .~g4;!;.
24 ... f5! 25.flg3 ~xg2 26.i> xg2 A 'antagem é sufic iente para a E ainda melhor seria 40 ... ~xf2+,
rtfe8 27.rtfel ~f8 28.wgl g6 29.1/!Jf3 vitôri a mas Krase nka não demonstrou suficiente para definir o match, pois
axb4 30.axb4 fl xb4 31.l'!a7 ®c6 a técnic a nccess;íria e cedeu o empate. força o empate: A) 41.\Pfl l:!d3 ; B)
32.®e2 l:!d7 33.~xd7 ®xd7 34.gxf5 4!L.g6 49.~e6 ®d 1+ 50.wg2 ®d2+ 4l.i>hl sud4! ? (41...i>f8); C) 4l.<.i;>xf2
gxf5 35.flxf5 fl xd3! 36.1/Yxd3 exf5 5 l.wh3 wg7 52.®c5 ®d7 53.®e5+ Wg8 4I...~dd2 42.~e3 (42.b7 ~xf2 43.b8®
37.rtxe8 ®xe8 38.®xf5 ®e I+ 39.wg2 54.®d6 ®xd6 55.lâxd6 ~c7 56.a4 i>t7 !'!:g2 +=; 42. ~ fl ? e3 43 .b7 exf2 +

14 LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26


44.wg2 fl:db2+) 42 ...fl:g2+ 43.wfl f4 S.~bd2 c6 6.~g2 dS 7.0-0 ~e7 8.~5
44.gxf4 gxf4 45 .1ifixf4 fl:al2+ 46.\Ye l 0-0 9.b3 ~b7 lO.~b2 ~a6 ll.e4 :i:'rc8
fl:e2+ 47.wfl = (47.\Ydl? fl:a2 48.!iiig3 12.!!el liiib4
l"tgl+ 49.~el e3-+). [o12 ... c5]
Outra possibilidade era 40 ... fl:d8 13.exdS cxdS 14.a3 ~xd2
41.~d6 (41.~c7 <;;le5 ) 4l...!iiixc5 15.1/llxd2 ®c7
42.fuf5!t (42.~b7 lifixf2+·! 43.!iiixf2 [15 ... ®e7 16.a4±]
l"tdd2). 16.!!acl dxc4
4l.~d6 [oi6 ... ®b8 17.cxd5 ~xd5
[41.~7!iiie5] I 8 .!iiixd5 exd5 19.a4;t]
41. .. e3 42.fxe3 0 xc3 + 43 .Wf l 17.!!xc4 ®e7 18.d5!
~xcS 44.b7 !iiixd6 45.!iii b4 fl: xb7 Os temas posicionais fazem com
46.!iiixd6+ fl:e7 47.fl:e I fl:xaS 48.fl:xc7 que o sacrifício seja correto. Estes te-
fi:dS 49.!iiia3+- l!t g8 SO.fl:e2 \Y f7 De agora em diante Almas i se per- mas são: " raio X" entre a torre de e I e
51.fl:c2 l"td3 52.!iiib2 fi:d6 53.we2 \Yg6 de e e facilmente derrotado. Certo era a dama de e7; :i:'r de c4 entrando em jogo
54.fl:c5 fl:e6+ SS.!iiieS hS 56.\!?f3 wt7 J5.1/llh4 fl:xa4 36.!!xa4 ®xa4 37.®d8+=. pela 4·' til a ; cavalo mal colocado em a6.
S7.h4 cbg6 S8.~d4 fl:e4 S9.fl:xc6+ wh7 JS ... bxaS 36.1/llf3 ®d8 37.fl:b7 l"tc8 18...~xdS
60.fl:c7+ cbh6 6t.liiie3 \!?g6 62.0 xgS 38JU2 fl:c7 39.fl:bS a4 40.l:!a5 a3+ [18 .. J;txc4 19 .~c4! ± (19.d6 ®d8
1-0 41.fl:fl fl:c8 42.l:!a6 l/lle8 43.1/lle4 fi:b8 20.1ifixb7 ~Soo) .119 ...<;;lxd5? 20.~xd5
44.!l:a5 ®e7 45.®f3 ®c7 46.l:!bS ®xeS fi:d8 21.1/llgS! fl:xd5 22.~xf6 ®xf6
23.\!i/xdS+-; 18 ... 1ifixd5 19.~g4!±
Anand 2-0 Almasi,Z 47.®f6 ®c7 48.l:!al !!c8 49.®f2 !iiif8
SO.:ifcl I/Yc6 11- 1 .1!iiixc4 20.Iifixf6 gxf6 21.®h6+-)
19. ~ g4 hS 20.~xg7! cbxg7
Após Anand vencer co m as ne-
Anand, V (2765)- Almasi,Z (261S) 2l.®h6+ Wg8 22.!iiixdS!iiixdS 23.~f6+
gras a primeira partida, todos sabia m
Índia do Rei (E97) ®xf6 24.®xf6 lifixc4 2S.®gS+ Wh8
que a sua vi tória estava assegurada .
Segunda partida 26.1/YxhS+ cbg8 27.®gS+ wh8 28.l"te4
Ele não teve nenhuma dificuldade na
1-0
2" partida e fechou o match com 2-0.
l.d4 ~f6 2.~f3 g6 3.c4 liiig7 4.flc.J
f)-{) 5.c4 d6 6.!iiie2 eS 7.0-0 ~6 8.d5 Georgiev,K (2670)-
Almasi,Z (2615) - Anand,V (276S)
~7 9.b4 ~hS 10.fl:e1 ~f4 ll.lififl h6 Van Wely,L (265S)
Siciliana (842)
12.c5 :,:5 13.~2 f5 14.g3 ~fg6 1S.a4 f4 Índia·da Dama (El7)
Primeira partida
[ Ilhe li unaginar que o ataque ne- Segunda partida
~ ro con\lga <tlgum ... uces-;o As bran-
l.e4 c5"2.~f3 e6 3.d4 cxd4 4.f)xd4
cas. por outro lado . .J<Í e'>tào athanta- l .~f3 ~f6 2.c4 e6 3.g3 b6 4.!iiig2
a6 s.~d3 ~f6 6.0-0 ®c7 7.®c2 d6 8.c4
da'> no flanco dama. 0 b7 5.0-0 liiie7 6.d4 0-0 7.:i:'re1
g6 9.~3 !iiig7 IOJ~dl 0- 0 II.~Ó ~c6
16.~c4 g4 l7.~b5 fi:f6 18.!iiia3 hS [7.~3]
12.h3 ~7 13.<;;le3 ~deS
IIJ.~xc7! ®xc7 20.cxd6 !!xd6 2I.ilid6 7 ... dS 8.cxdS exdS 9.~c3 ~bd7
[13 ... f5 14.exf5 gxf5 15.fl:aci :!:J
l/llxd6 22.b5 1/llf6 23.d6+- ~fS 24.exf5 l0.0 f4 ~4 tl.!!cl cS 12.dxc5 ~xcS
14.fl:ac1 !iiid7 lS.~xeS dxeS
0 xf5 25. 1/lldS+ \l;> h8 26.l"tad I fi:d8 13.fl:fl ~xc3 14.fuc3 ~f6 1S.!'tc2 ~4
[15 ...~e5 l6.f4;t]
27.Çi;ldJ !iiixd3 28.®xd3 h4 29.d7 hxg3 l6.~l!;t
16.f3 ~d4 17.\!ilf2 fl:fd8 18.~c2
JO.hxg3 f3 31.0 cl ~f8 32.®e4 ®e6 As brancas têm uma pequMa, mas
~c6 19.ilid4 exd4 20.~d2 eS 21.b4
33.!iiia3 1-0 permanente, vantagem, já que o peão
!iiid7 22.®e2 aS
isolado é um tema estático.
Anand resolve sacrificar um peão
para quebrar a estrutura branca e dimi - Van Wely,Ll,S-0,5 16 ... ®f6 17.~d3 !iiid6 l8.~xd6
nuir sua inferioridade. ®xd6 19.®cl !!ac8 20.fl:d1 g6 2l.~h3
23.bxa5 !iiie6 24.\Yh l fi:dc8 25.fl:c2
Georgiev,K !!xc2 22.®xc2 ~gS 23.!iiig2 ~e6
!iiif8 26.fl:bt lificS 27.\!i/tl fl:cb8 28.f4 24.®d2 aS 2S.b4 fl:a8 26 .h4 hS
exf4!? Van Wely venceu convince nte- 27.bxaS bxaS 28.®b2 ~a6 29.®f6®d8
llltnrc a I·' partida e passou à próxima 30.®eS!iiic4 3l.!iiih3 ®b6 32.l"td2±
(Ver diagrama)
ta'>e <1 pcís defender uma posição infe- As brancas aumentaram sua van-
Anand resolve sacrificar a quali-
rior durante toda a 2·' partida. tagem nos últimos lances. Todas as
dade. Houve muita controvérsia sobre
suas peças estão bem colocadas.
este sacrifício, alguns achando que era
Van Wely,L (26SS)- 32 ...fl:e8 33.®f6 ~d3
correto, outros achando que não. Na
Georgiev,K (2670) Van Wely decide entrar em uma
minha opinião, o sacrifíc io é a me lhor
Índia da Dama (EIS) arriscada variante em que ganha um
forma de conter a inic iati va branca.
Primeira partida peão mas afasta sua dama do jogo. Sua
29.~xf4 ®xa S 30.!iiixb8 fl: xb8
31.®g3 ®d8 32.a4 h6 33.e5 fl: aH decisão é melhor do que ficar na "pas-
34.l"ta2 ®d7 3S.a5 l .d4 ~f6 2.c4 e6 3.~t3 b6 4.g3 !iiia6 siva neurótica".

LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26 15


34Jâxd31!libl+ 35.wh2 '!! colocallo e este é o principal motivo IO.Qb2 h6 ll.lâacl lâc8
O rei estaria melhor colocado em da va ntagem branca. \Wc7, h6,ã:c8 são lances de espera
g2. (35.Wg2 I!!Jxa2 36.lâtJ ~X 37.ííid7 ll.~c I'! ! que provocam as brancas a tomar al-
lâf8 38.~f5! (38.lâe3±) 3X ... I/Nx e2 Impreciso. Após este lance as ne- guma medida. As negras não têm a
39.~xg61/Ne6 40.~xh5 ®xf6 41.::'!xf6:t] gras poderiam ter-se libertado com a intenção de jogar c5.
35 ...1/Nxa2 36.!!13 ~d8 37.ííid7 lâf8 tradicional manobra dxc4 seguido de 12.®e2 0-0 13.fle5 dxc4 14.~xc4
38.Ete3 c5 [o I l .cxd5 exd5 I 2.~e2;±;]. 14.bxc4 é mais natural.
[38. ~f5 I/Nxe2 39.0xg6 \We6 11 ... 0 d7'!! 14... b5 IS.~d3 a6 16.a4!
40.~xh5 ®xf6 41.lâxf(l ~e6J;] [ll ... dxc4! A) 12.®xc4 e5 13.d5 E vitando a rupturac5, deixando as
38...®c2 39J'i:c7 a4 40.g4! hxg4 ( 13.tlxc5 f:lxe5 14. ~xe5 ®xe5) negras "travadas" no fl anco dama.
41.h5 ®cl 42.wg2 13 ... fli.:7 (!3 ... e4 1 4.~d2 ~e7«>); B) 16 ... 1/YbS I 7.~xd7 flxd7 18.fle4
[42.e3 g3+! 43.fxg3 (43 •Jig2 gxt2 12.0 xc4 12 ... e5 IJ.dxc5 ( 13.d5 fld4! lâfd8 19.-t'lcS?!
44.®xf2 ®c3) 43 ... ®c2+ 44.Wh3 1/!/J I==] 14 .'~)d2 \~g6t) 13 ... ~xe5 I 4.fl xe5 A troca provocada por este lance
42 ••• 1!lih6 43.hxg6 !/Yxg(J44.1/lixg6+ Wxe5-J acentua a falta de mobilidade do bispo
fxg6 45.~xa4 12.ncl5 cxdS 1 3.~c2 'f:ld8 ?! ele b7, mas e limi na a fraqueza de c6,
O final res ulta nte ainda...: perigo- l:l ... .!âacX 14.l/,llb3 ®dó 15.1/lixb7 além de aliviar a posição negra com
so para as negras. Seus peile~ estão :O: bX lh .®a6 11b6 17 .®a4 lâx b2 troca de peças. Melhor era [19.f4±]
fracos, a torre branca estü ati v a e o bis- I X.Qb5.,... 13 ... 1/Ng614.0- 0 0 h 3 19 ...~xc5 20.dxc5 lâdS 2l.®g4
po é superior ao cavalo. 15.~e l ~: 13 ...a5! ') 14.0 OfrecS;:. Este 0 f8 22.1/Ne4 g6 23.1/NfJ ~g7 24.suxg7
4s ..:flf7 46.~b3 lâd8 4 7.c-t plano antecipa o lance h4 lia s Wxg7 25.Si2c4 lâdd8 26.:\';!cdl ®eS!
[47.wg3\!?f8] brancas. Para isso. a torre perma- Sacrificando um peão para ativar
47••.wf8 48.lâa7 ~cs 49.Si2xd5 ~d 7 nece na c oluna "a". e nquanto a as peças.
50.lâa8+ We 7 5l.Wg3 ~d8 52.lâa 7+ outra defende a debdiuade do peão 27 .lâ xd8 lâx d8 28. ~xc6 ~xc6
lâd7 53.ã:al gS 54.lâh I Wd6 55.lâh5 de c7. liberando o cava lo. Além do 29.®xc6 bxa4 30.bxa4 lâd2 31.®xa6
ã:g 7 56.l'i:h6+ WcS 57.Si2c6 lâg6 rna1 s a troca de peiies na ala J a ®xcS 32.lâa t I!!Jc3 33.®fl ®b2 34.:\';!dl
5Ul:xg6 ~xg6 59.wxg4 ~f4 (,O .ííit'S d a ma fac i I i ta a defesa neg ra, já que I!:c2 35.a5 ®c3 36.lâal ®b2 37.a6 lâxf2
\Y d4 61. wxg5 wcS== 62.<.ilg4 ~d3 sobr <llll menos fraquezas para de- 38.®xf2 ®xal+ 39.®fl ®aS-40.h3 hS
63.wf3 flr4 64.sucs fld3 65.0 h 7 4lr4 fe nd er. 4 I. h4 eS 42.e4 ®b6+ 43.1!7112 ®aS
66.Wg4 fld3 67.f3 ~f4 MtSi2a6 flg6 14.~c5 0rs IS.g4! ~e4 16.13 ~h7 44.®e2 wf8 45.1/Nd3 we7 46.®c4 Wf6
69.~c4 flf4 70.Wg3 oflhS+ 7t.wt1 flf4 17.\\\lxc7 flc6 18.flxc6 47.1/Yc6+ wg7 48.®d6 ®ai 49.®d3 ®el
!lí-!lí I IX.14''' 1 g e7-+] 50.Wh3 Wh7 51.a7 1/Nat 52.1/Nd7
1x... bxc6 19.frc3? [o52.®e3]
52 ... 1/Nhl+ 53.Wg3 1/Nel+ 54.1!7h2
Dreev,A3-l [I 9.'chc6! ®g5 ( 19 ... 1/Yh4+ 20.Wd2,
®xh4+ SS.wgt 1/Nel+ 56.Wh2 1!lih4+
preparando 21 .\WgJ; I 9...fre6 20.lâc3
Zviaginsev, V 'iaeX 21.J..I'2 ) 20.::'!c3 A) 20 ... lâxe3 Y>-Y>
~I h-1 e 7 ( 2 I rxc2 22.11?xe2 f!e8-
Um encontro entre d01::. JDgado- 23 ..,til t6 2-1 c"' l 22 ;;;xe 7 â>..e7 Zviaginsev, V (2635)-
res muito sólidos. O match ~.::-.ta\'a bem 23 ~d2= B) 2 J ,e7 21 h4 âxc7 Oreev,A (2640)
equilibrado, até Zv ia ginsev perder (21 .'iod(, 22.-a'f-1) 22.hxg5 l:!xcJ Anti- Merano (045)
uma posição ganha na 3" parwJa. Terceira partida (25min + lOs)
23 .bxcJ hxg5 24.Wf2 lâb8 25.lâc l = l
1'J ...s c7 211.®xc6 I!!Jxc6 21.lâxc6
l .c4 c6 2.d4 dS 3.~c3 ~f6 4.~f3
Dreev,A (2640) 3-1 ~xe3 22.Wt1 lâb3 23.lâhc I gS 24.lâc8+
e6 S.e3 'flbd7 6.®c2 b6 7.~d3 ~b7 8.0--
Zviaginsev,V (2635) ~xc8 25J'l: xc8 + Wg7 26J!c5 lâxb2
Nimzoíndia (E33) 0 0 e7 9.b3 1/Nc7 10.~b2 lâd8 ll.l'i:adl
27. Wc I ffb I+ 28.Wd2 lâb2+ 29.wd I
Primeira pa rtida h6 12.We2 0- 0 l3.'f:le5 dxc4 14.bxc4
lâb I+ 31l. wd2 lâ b 2+ 3 t.we I lâ b I+
'flxeS IS.dxeS 'f:ld7 16.f4
32.wt1 lâb2
l.d4 flf6 2 .c4 e6 3.4lc3 Qb4 4.1/Nc2 Estudei este tipo de posição quan-
Yz-Y, do me preparava para e nfrentar o rus-
flc6 S.flf3 dS
so Malakhov, no mundial sub-18 em
O siste ma com 4 .. .'t)c(J l: normal- / ,viaginsev,V (2635)-
I 996. Naquela ocasião eu concluí que
mente seguido por d6-IM'e 7. preparan- Drcev,A (2640) esta estrutura dá vantagem às brancas.
do e5. i\ nti-Mcrano (045)
A presente partida confirma esta ava-
6.~g5 h6 7 .~xf6 \Wxf6 l-l.c3 0-0 Segunda partida liação.
9.a3 ~xc3+ IO.I!lixc3 lâe8 16...flc5 17.~bl frxdll8.flxdl!
Uma posiÇão clássica. O bispo de l.c4 c6 2.d4 dS 3.'f:lc3 ~f6 4.fl t3 O cavalo prepara-se para o ata-
c8 está passivo, porta nto as negras c6 S.c3 flhcl7 6.®c2 b6 que [I 8.ã:xd I lâd8 19.lâd4;±;].
pensam em ativá- lo. Para isso d evem Sistema sólido. que foge às com- 18...lâd8 19.1/Nc2 g6 20.flf2± hS?!
realizar o avanço e5 ou provocarem a pi icaçf\es usuais da Merano. Dreev decide evitar que o cavalo
troca cxd5. O cavalo e m c6 es tá mal 7.0 d3 0 h7 !tO- O Yie7 9.b3 ®c7 chegue em g4. Mas o lance da partida

16 LANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26


cria fraquezas ao redor do rei negro. vemos dar crédito a seu jogo criativo. 34.~xg6+ i>xg6 35.!'rg8+ ~g7 36.\\lig3+
21.g4! hxg4 22.'th g4 ~ d3 Nas partidas seguintes, Beliavsky não wh5 37.\'Yxg7! (37.!'rxg7 !'rh4+ 38.wg2
23.~h6+ i>g7 24.~xf7! teve chance. \\lic2+ 39.i>gl \\lic5+=) 37 ... !'rh4+
As brancas ganham um peão com (37 ... \\lic2+ 38.i>g3+-) 38.wg3+-; B)
esta combinação. Beliavsky,A (2710)- 33.\\lid8 com ataque decisivo.]
24 ...wxf7 25.0 d4 cS 26.®xd3 1%g8 Short,N (2660) 33.®h7 ®c2+
(26 ... cxd4? 27.\\lixg6+ i>f8 28.f5+-) Abertura Irregular (A40) (33 ... ~xb2 34.®g8+ wg6
27.~c3 \\lic6 28.e4 Primeira partida 35.®e8++-)
As brancas têm um peão a mais e 34.Wh3 Erxf3+ 35.~xf3 ~f4+
melhor posição. A vitória é apenas uma l.d4 c6 2.c4 b6 36.i>g3 \!llxb2 37.®g8+ wg6 38.®h7+
questão de tempo, mas em urn tic Short mostra suas cartas. Veio para lilf7 39.®g8+ i>g6 40.\\lie8+ i>f5
break tempo é exatamente o que falta ganhar. tanto de brancas quanto de 41.~xb7+- g5 42.!'rh6 \\lic3+ 43.~13
aos jogadores... negras, e está pronto para correr os ris- ~e2+ 44.i>g2 ~f4+ 45.whl d5 46.\\lif7
28 ... a6 29.®h3 b5 30.1%d 1 \\lic8 cos necessários. 1-0
31.~c2 ~c6 32.1%d2 b4 33.<;1 b2 aS 3.e4 ~b7 4.~d3 fS 5.exf5 0 b4+
34.Hg2 Hh8 35.®e3 Hg8 36.:!lg3 a4 6.\!tfl ~f6 7.~e2!? Short,N (2660)-
37.!'rg4 \\lid8 38.h3 Lance difícil de compreender à Beliavsky,A (2710)
Zvjaginse\ segue reforçando sua rrimeira \'ISta. A idéia de Bel i é trapar Ruy Lopez (C92)
posição para o assalto final o b1spo de b4 com 8.c5 [7.c5 bxc5 8.a3 Segunda partida
38 ... \WaS 39.f5! gxfS 40.e:\f5 c49 \c4 ~d6 IO.txc6 \\lie7"").
!'rxg4+ 4l.hxg4 ®g8 42.fxc6+? 7 ... 0-0 8.c5 b\CS 9.a3 10/aS Uma excelente partida de Short.
(42.®h3 exf5 43.®h5 + wfX IO.dxcS ~dS Ele precisava da vitória e foi como um
(43 ... \\lig6 44.e6+) 44.\\lixf5 ê \\li17 45.c6 Short dcc1de sacnficar a peça, assassmo em direção ao rei negro.
®xf5 46.gxf5+ J pois seria desastroso jogar I O... c6 l.e4 eS 2.~f3 ~6 3.~b5 a6 4.~a4
42 ...i>e8 ll.'?.'lf3 ErxfS 12.b4 ~xb4 13.axb4 ~f6 5.~ ~e7 6.Re l bS 7.0b3 d6 8.c3
Agora as brancas têm 2 peões a ~xb4 14.~b2 aS 0-0 9.h3 !'re8 IO.d4 ~b7 ll.~bd2 ~f8
mais, mas o rei negro está mais segu 1\ posição é muito desequlibrada: 12.d5 ~b8 13.~fl ~bd7 14.~h2
ro. Além do mais. os peões estão do- peça contra 3 peões, rei no centro, etc. As negras planeJam a ruptura c6.
brados e isolados. Esta partida prendia a atenção dos Com seu último lance, as brancas pla-
43.~5 \\ligS 44.i>f2 ®xe3+ 45.Wxe3 telespectadores presentes no Martini nejam eliminar o cavalo de f6 ( com
~g5+ 46.Wd3 a3 4 7 .<;1a I we 7 Hall e nmguém sabia o que estava ~h2...:.g4) acentuando a debilidade da
As brancas começam a correr ris- acontecendo. casa d5 [ 14.g4 ~5 15.~c2 c6oo].
co de derrota. O bispo de a 1 ~tá sem 15.h4 !'rdS 16.®b3 ~a 6 17.flc3 14... c6
movimento e os peões de e6 e g4 po- '?.'l xcS 18.®c2 !'rfS 19.!'rh3 \\lie7 20.i>gl (14 ... ~5 15.~c2 c616.dxc6~c6
dem cair se as negras conseguirem uma J!af8 2t.!'rfl 17.0g5 ~e7 18.~g3 ;t)
posição de zugzwang. Os últimos lances foram bem na- IS.dxc6 ~xc6 16.~g5 \\lic7 17.\\lif3
48.~e4 0 a4 49.0 f5 .,;;c6 50.~e4 turais e podemos avaliar a posição. A \\lib718.~g3 d519.~g4! dxe4 20.®f5±
~e8 5l.i>e2 <;1a4 52.~f5 0 c6 53.Ç,ld I? peça 'ale mms que os 3 peões já que As peças brancas estão esplendi-
(53.~g6= wxe6 54 _,._f5- ~e7 estamos no mew-jogo. O bispo de b2, damente colocadas garantindo uma
55.~g6) .JUntamente com uma torre pode gerar vantagem esmagadora.
53 ... ~f3+ 54.111c2 0 e2 55.wb3 -"'-e3 uma desagradável pressão em g7. Mas 20 ...~5
As brancas estão sem lance e de- as negras ainda têm muitos recursos, [20 ... ~e7 21.~h5 {21.~xf6 ~xf6
vem entregar 2 peões. como Short nos mostrará. 22.~xe5±) 21...~d5 22.~xd5 ~xd5
56.~e4 ~xg4 57.i>a4 <;1xe6 !t ... d6 2H'lg5! h6 23.g4 23.0xe7 Erxe7 24.\\lig5+-)
O peão de e5 está condenado. ,2J.~ fJ -+. para seguir com h5 - 2l.~xe4 !'re6 22.!'radl h5 23.~3
58.~d3 ~d7+ 59.i>b3 ~g4 60.e6 ':'.h4. ctc.J ~f4 24.0xf4 0xe4· 25.!'rxd7 ~xfS
i>xe6 6l.~g7 ~dI+ 62.~c2 ~fJ 63.0 d3 23 ... hxg5 24.gxf5 !'rxfS 26.!'rxb7 exf4 27.!'rxf7! 1-0
~c6 64.~c2 ~f4 65.0 d 1 wrs 66.~c2+ \ desvantagem material negra
i>g4 67.~f8 ~e3 68.~d6 i>l3 69.~d3 agora c de uma torre. Seus 4 peões Beliavsky,A (2710)-
Wf2 70.~c2 i>e2 71.~1'8 i>d2 72.~d6 garantem alguma compensação mas é Short,N (2660)
~a4+ 0-1 difícil Imaginar que possam escapar Gambito da Dama (D37)
de um ataque bem coordenado das Terceira partida (25min +lOs)
peças brancas.
Short,N 3-1 25.~g4 !'rf4 26.13 gxh4 27.\\lih2 l.d4 e6 2.c4 ~f6 3.~ d5 4.~3
Beliavsky,A I'Y gs 28.!'rxh4 ~d3 29.!'rh8+ wf7 0e7 5.~f4 0-0 6.e3 cS 7.dxc5 ~xc5
30.\\lig3! ®c5+ 31.Wh2 ~xc3 32.\\lih4 8.a3 ~6 9.b4 ~e7 10.cxd5
Short mereceu vencer o match. Na Beli ataca com muita energia. [I O. \\lic2 ~h5 ll.~g3 {ll.cxd5
t• partida buscou complicações des- 32 ... ~f6 exd5 12.~g3 ~e61') ll...dxc4 12.~xc4
de a abertura e, apesar da derrota, de- [32 ... 0xb2 A) 33.0h5+ g6 ~xg3 13 .hxg3 g6oo]

LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26 17


lO...fudS ll.~xdS exdS 1Hud3 Adams venceu a partida seguinte. Nas fua8 2l.~h2 b3 22.~bl ~7 23.®h5?
~6 13Jicl a6 14.0-0 f!e8 IS.~bl duas partidas restantes, o russo per- [23.f4 f5 24.exf6 0xf6 e as negras
Era melhor 15.h3, liberando a dama, deu mesmo tendo peão a ma is e me- estão bem; 23.~g4~]
que pode ir a d2. Se as negras jogam lhor posição. 23 ... g6 24.~h6 ~e8 25.~g4 ~xg4
15... d4, então após 16.e4 as brancas es- 26.hxg4 <;;>rs 27.~h3 ~e6 28.~e2 f6
tão um pouco melhores; não tão bom Adams,M (2680) - 29.!'í:dl
seria 15.~c2 g6 16.lâfdl ~g4 ( 16...~e6 Svidler,P (2660) [29.f4 fxe5 30.fxe5 ~e7+, prepa-
17.e4; 16... ~e7 17.~c5) 17.~c4 ~xf3 Siciliana (890) rando ~g5)
18.gxf3 d4, com boa posição. rrimeira partida 29 ... fxe5 30.dxe5 ~aS
15.•. g6 16.~a2 ~e6 17.1M'd 3 d4 [30 ...fue5? 31.0e4 ~7 32.~3]
18.~xe6 fue6 19.e4 l.e4 cS 2.~ f3 d6 3.d4 cxd4 31.®13?
[19.exd4 ~xd4 20.~x d 4 ~x d4 4.~xd4 ~f6 5.~c3 a6 6.~d3 g6 7.h3 [3 I .f4 d4-+; o3 1.®g3 0c5+]
2l.~xd4 ~xd4= ~22.f!fd I ~b2 23.f!b I (;ig7 H.0 c3 ~c6 9.0-0 0- 0 IO.lâcl ~d7 31 ...~xeS 32.®xd5 ®xdS 33.~xd5
~xa3 24.lâd3 ~xb4-+] ll.a4 l:'!c8 12.~xc6 (;ixc6 13.a5 ~d7 ~xg4 34.~c3 0 g7 35.ilil ~aS 36.<;í;>e4
19..•~e7 14.1Wd2 ~c515.~h6 ~xh616.®xh6b5 r!a 1 0- 1
As negras estão muito bem. Têm 17.~fl 0 b7 l8.~d5 c6 19.~b6 lâc7
um forte peão passado e m d4 e a dama 20. f3 ~f6 21.c3 ®es 22.®e3 ~d8 Svidler,P (2660)- Adams,M (2680)
não, o bloqueia bem. 23.f!a3 d5 24.b4 Yl- Yl Ruy Lopez (C89)
20.fld2 ~e5 21.0 g3 ~xg3 22.hxg3 I\ partida poderia segUi r: 24 .. .ru7 Quinta partida (15min +lOs)
~5! 23.~b3 25.cd ®xc3 26.~xe3 0 xd5 ( 26 ...exd5
[23.~xd4 f!d8 24.~e3 (24. ~ c3 27.'ff.e7 wfR 2X.l'!d7 lâcd7 2 9.~d7 !'í:cl7 l. e 4 eS 2. ~ f3 ~c6 3. 0 b5 a6
lâc6) 24 ... f!d3+) 30. r!a I Ek7 3l.r!c I wc7 =) 27.r!a I = 4. 0 a4 ~ f6 5.0-0 ~ e7 6. lâ el bS
7. ~ b3 0-0 8.c3 d5 9.exd5 ~xdS
23 ... f!d8 24.~c5 d3+ 25.~fcl ~c6
Svidler,P (2660) - I O. ~ xeS ~xe5 ll.!'í:xe5 c6 12.d3
26.<i9fl lâed6 27.~c3 lâ6d7
.\dams.~1 (2680) · d6 13.!:'íel lillh4 14.g3 ~h3 1S .~e4
O peão de d3 prende as peças negras
Ru~ Lopez (C88) ~rs t6.~d2 ~ g6 17.lâe l <;i;> g4 l8.f3
É muito dificil defender este t1po de pos1
Segunda partida 0 h3 l9. ~ e4 0 c7 20. <;í;> e3 i> h8
ção, especialmente em ntmos acelerados.
2l. ®d2 h6 22. Whl ~fe8 23 .<;í;>d4
28Jâel ~e6 29.\\!Jc4 ~xc4 30J!xc4 l.c4 c5 2:f:lt3 ~c6 3.~b5 a6 4.~a4 wg 8 24 . a4 ~ ad8 25 . axb5 axbS
~431.~bl h532.a4b533.axb5 axbS ~f6 5.0-0 ~e7 6.~el bS 7.~b3 0-0 26.~f2 <;í;> e6 27.~e4 ~f5 28.~f2 r!a8
34.!:'íc3 ~c2 35.f3 ~d4 36.wf2 f!a8 R.a4 ~b 7 9.d3 d6 I O.~bd2 f!e8 ll.c3 29. r! xa8 ~ xa8 30. ~ cS fi eS
37Jib2l!a4 3Uic5 ~a 1 39.f!d5 ~aS 12.0 a2 c5 13 .~g5 ~f8 14.~fl c4 3 1 .~ xe6 ~xe6 32.!'í:e4 ~g5 33. ~xe6
[39.:Sxb5 :Se 1- ~ J 1 5.~;.:3 hú 16.~f3 ~c8 17.d4 ~f8 fxe6 34.~e2±
39 ...:!":Idl 40.~bl f! xb4 4l.f!xb4 18.d5 Yz-Yz Somente o nervosismo e o pouco
ilib4 42.:Sds+ wg7- + 43.~cJ !'í:d2+ tempo no relógio podem explicar por-
44.<i9e3 l!xg2 45.~x b5 lâxg3 46.~d6 Svidler,P (2660) - que Svidler perdeu este final.
~6 47.~8+ Q;lf8 48.lâc8 ~eS 49.Wf4
Adams,M (2680) 34 ... wf7 35. f4 ®rs 36.0c2 ~f6
Ruy Lopez (C92) 37 . ~ b3 hS 38.®f3 ~dS 39.wg2 h4
d2 SOJi d8 di ® St. f! xdl lâxf3+
Tt'rccira partida (25min + lOs) 40. ~ d I g6 4l. ~ e4 0 d6 4V~ f3
S2.<i9xe5 wxe8 53.f!a l wf8 O-I
hxg3 43 . hx g3 we 7 44. ~ f2 <i9 d 7
l .e4 eS 2.~13 ~6 3.0 b5 a6 4.0 a4 45. ~ d4 cS 46 . ~ g7+ <;í;> e7 47. <;í;> e 4
Adams,M 4-2 'zJf6 5.0-fl ~e7 6.â e I bS 7.0 b3 d6 8.c3 ®g4 48. ~ f7 ~f6 49.<;í;> f3 ®fS 50.d4
11-11 9.113 'zJd7 I O.d4 ~b6 ll.~bd 2 c 4 Sl. ®g7 ~ c2 52. ~ h8 fl e4
Svidler,P exd4 12.cxd4 ~b4 13.9lfl cS 14.a3 53. 0 xe4 ® xe4+ 54 . \Y gl ®bl +
'zJc6 IS.f:\;.:3 ss.wg2 ®xb2 56.~a8 ~ bl S7.®b 7+
O match mais esperado da roda- l1 5.d5 ~a5 l6.0c2 0 f6=] We8 58. ®c6+ Wf7 59.®b7 b4 60.g4
da. Os dois jogadores atravessam uma I 5... c4 16.~c2 dS b3 61.0 h4 ~ c2+ 62.wh3 ~ xc3+
ótima fase e eram candidatos ao títu- 1\dams toma a medida con·eta para 63.wg2 ~d2+ 64.wf3 ®d 1+ 6s. <iYrz
lo. O match foi tenso com reviravoltas quem precisa vencer. Desequilibra a ~xd4 + 66.we2 l/lld3 + 67.\Yf2 ®d2+
incriveis e a certa altura ninguém mais estrutura, mesmo correndo ri scos de 68. wf3 ®b4 69.!M'c7 b2 70. ~ xe7
sabia o que esperar dos jogadores . sofrer um perigoso ataque. ®xe7 7l.®b6 c3 72 .We3 l/lld7 73.f5
Após 2 empates rápidos, eles foram 17.c5 aS 18.<;í;>e3 gxfS 74.gxf5 exfS 75.<i9 f4 ®d2+
para o tie-break. Sv idler venceu a (lit~f5 0xr:n9.0xf5 g6 20.0 c2 76.\!leS ~e2+ 77 .wxf5 ®d3+ 78.we5
primeira com as negras e todos espe- ®d7oo) b 1 ~ 79. ®e6+ wg7 80. ~ f6 + <i9 g8
ravam que fosse vencer o match . Mas 18 ... b4 19.axb4 axb4 20.~xa8 81. ~e6+ i> f8 82. ~f6+ we8 0-1

J: ChessBase ... é na Lance!.....


18 LANCE Revisto Brasile iro de Xadrez n° 26
Xadrez para principiantes
Tatiana Ratcu
Desenvolvimento de p eças (II)
xadrez, como qualque r outra
O ciência, desenvolveu-se pro-
gressivamente com o passar dos anos
e atualmente está bastante avançado
quanto à sua técnica: teoria de abertu-
ras, pos ições típ icas do meio-jogo.
combinações temáticas e conhecime n-
to de finais. É interessante sabe r como
ocorreu esse progres~o c en tende r
como se deu o aperfeiçoamento dos
conceitos, das idéias e dos planos uti -
lizados durante um a pm1ida de xadrez.
Há mais ou me nos um sécul o. o
xadrez era jogado co m um espírito de
luta diferente do atual. Jogava-se um
xadrez denominado "romfi ntico". no
qual as peças eram dirigidas diretamen-
te ao rei adversário e não havia maiores
preocupações em defender as debilida-
des que surgiam no próprio campo.
A diferença de nível entre jogado Então, c::m I g57, teve lugar um segue é a importância do desenvolvi-
res fortes e amadores era notável. e como aconteci mento que projetou conside- mento das peças no início e conse-
resultado temos partidas com erros gra- ravel me nte o nome e a carre ira de qüentemente no restante de uma par-
ves, que os mestres do passado apro- Morphy. Foi o prime iro Congresso tida de xadrez.
veitavam impecavelmente. elaborando Norte-A mericano de Xadrez, em Nova
combinações brilhantes, instrutivas c York. que - por sorte- ocorreu na épo- Brancas:Paul~or phy

muitas vezes inesquecíveis! I ca em que Morphy esta va à altura dele. Negras: Jogador amador
A seguir, c0Jl1entarei uma partida O Congresso consistia numa série New Orleans, 1849
de um dos mais fortes jogadores do de matches eliminatórios, e Morphy
século passado, famoso por sua cria- derrubou seus três primeiros adversári- l.e4 eS 2.f4
tividade, por seu JOgo agressivo e por os. antes ue ucrrotar Louis Paulsen no A abertura é a fase da partida cujos
introduzir alguns conceitos pus icionms match tina! por 6 a 2. Paulsen mostrou- objetivos mais importantes são:
e táticos do jogo. Falo <.lo amencano se. ma1s tarJe. um excelente JOgador e - Dominar as casas centrais do ta-
Paul Morphy ( 183 7-1 X84 ). grande estrategtsta, sendo que muitas buleiro (e4, d4, e5, d5) por meio de
Conhecido co mo "O orgulho e .1 ue suas tdéia'i de abertura foram adotadas peças ou de peões;
tristeza do xad rez". Morph y foi um por grandes mestres um século depois. - Desenvolver as peças de tal fomia
grande jogador, mas sua verdade1ra O fato de Morphy ter vencido esse mes- que estas criem ameaças que dificultem
categoria- em comparação com outros tre <.la defesa pode ser uma prova me- o desenvolvimento do adversário;
campeões- permanece um e ni g ma até lhor de suaforça do que sua vitória, - Proteger o rei efetuando o roque
hoje, mais de cem anos apôs sua mor- llllllto mais admirada, contra Anderssen. curto ou o roque largo. Em alguns ca-
te. Entre todos os e nxadri stas conhe- <h sucessos de Morphy baseavam- sos, o re i se mantém nas colunas cen-
cidos como os melhores dn mundo c m se em seus conhecimentos das posições trais "c", "d", "e" ou "f', rnas esses
suas épocas, ele teve a carreira mais aberta.., c no talo de saber desenvolver são casos especiais que geralmente
curta e ja mais encontrou adversá ri o as peças rapidamente nas clássica~ aber- ocorrem quando o rei recebe um xeque
que pudesse vencê- lo. Sua fa ma te m luras do 11anco do rei e tomar a iniciati- e a melhor opção é movê-lo.
sido sustentada por menos de 75 par- va de manetra económica, sem desper- A rapidez e a eficácia com que de-
tidas sérias e um número maior de bri- diçar lances. Geralmente, os contempo- senvolvemos as peças e ocupamos o
lhantes vi tórias em part idas informais. râneos de Morphy atacavam sem uma centro do tabuleiro é tão importante que
Morphy foi aclamado como pro- base ue desenvolvimento sólida ou jo- podemos até entregar um peão em troca
dígio aos 12 anos de idade, quando der- gavam um xadrez de manobras, com disto. É o que ocorre com o lance 2.f4
rotou o mestre Lowenthal, em visita à lances desperdiçados e irrelevantes que nesta partida. Chamamos de Gambito o
cidade natal de Morphy, Nova Orleans, emperravam seus planos. sacrificio de um peão com o intuito de
numa série de partidas amistosas. O tema principal da partida que ganhar tempos, dominar o centro e de-

LANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26 19


senvolver as peças rapidamente na fase
inicial da partida. É esta abertura, espe-
cificamente, o Gambito do Rei.
2 •.• exf4
O sacrifício de qualquer material era
considerado um desatio, e o jogador " inti-
mado" devia aceitá-lo. Claro que existem
outras possibilidades para recusar um
gambito, seja defendendo o peão, seja
acelerando seu próprio desenvolvimento.
3.f'lf3 g5
As negras tem a intenção de man-
ter a vantagem de um peão e pa ra isto
realizam jogadas que não estão de acor-
do com os objetivos mais importantes
da abertura. Essa luta de material con-
tra desenvolvimento e ganho de tem-
pos é O'(}Ue caracteriza um Gambito. ~
4.h4
Esta jogada ataca o peão de g5 e /I J \ \
obriga o condutor das negras a tomar
uma decisão: continuar defendendo o 7... d6 prej udica o ataque das demais peças
peão com 4 .. . f6, avançá- lo efetuando 7 ....®f6 seria contestado por 8.~3 ( ao rei inimigo, muito pelo contrário,
o lance 4 ... g4 ou tomar em h4. Todas com idéia dejogar~5 e0xf4) 8... c6 9.ü- com esta jogada as brancas conectam
essas jogadas têm alg um defe ito, que 01.®xh4 IO.ã:xf4.deixandoas negrassem suas peças de maior valor rapidamen-
se comprovará a longo prazo. reação contra a pressão no ponto f7. te. Quero dizer que após ~3 as torres
4 ... g4 ll.~d3 f3 ? e a dama terão livre comunicacão en-
Vejamos o que ocqrre se as ne- Com intenção de manter o peão tre os dois flancos.
gras tentam defender seu·peão em g5: de vantagem trocando o peão de f4 ll...gxf3
a) Se 4 ... h6? 5.hxg5 e as negras negro pelo peão de h4 branco, que, As negras podiam tentar atacar o
não podem retomar o peão pois per- após o ataque lj}_e7, não terá defesa. peão central d4 com ll...tt6, que s eria
deriam a torre de h8. Então surge uma dúvida: - Por que contestado por 12 .. 1/!Jgl e se 12 ... gxt3
b) Jogar 4 ... f6 e nfraquec eri a a não jogar diretamente 8...1j}_e7? A resposta l3 .. ®g7 â:g8 (te ntando algum c on-
diagonal e8-h5 e essa debilidade pode é simples. Com a jogada ... t3, as negras trajogo na coluna "g" em caso de ®xh6)
ser aproveitada imediatamente, por ex.: querem impedir que o bispo de c l saia de 14. 1j}_xf7+ ~xf7 15 .. I/!J xg8+ we 7
5.ilig5 fxg5 6 .. 1/!Jxh5+we7 7..1/!Jxg5+we8 sua casa 1nicial ganhando um tempo e por 16 .. ®xd8+ Wxd 8 17.Elxh4. A jogada
( 7... f'lf6 8.e5 recupera o cavalo com outro lado enfraquecem. também, a 14.. 1/!Jxh6 também ganha, mas oferece
grande vantagem) 8 .. 1/!JhS+ we7 9 .. 1/!JeS...- diagonal lH-e I das brancas. Ilustrare• es- uma mínima chance ao adversário. N o
wfl IO .. ®xh8, ganhando qualidade. tas palavras com a segwnte 'anante: 8 ... xadrez. quanto maior a exatidão e a
Se as negras tomassem o peão de h4 lj}_e7 9.1j}_xf4 0xh4-r 10. g3 0f6 l l.â:xh5, precisão das jogadas, menor a possi-
com 4 ...gxh4, as brancas seguiriam 5.d4 e ameaçando o cavalo de h6 e igualando o bilidade de s e cometer um erro fatal e
recuperariam os peões com vantagem em material. Porém o erro da jogada 8 .. .t3 é a perder a partida.
desenvolvimento e dorrúnio do centro. idéia geral de querer manter a todo preço 12.. ®xf3 1j}_g4 13.. ®e3
5.~5h5?! o peão a mais. O correto seria 8 ...tt6 ata- Com este lance a s brancas possu-
Mais um movimento de peão con- cando d4 e intencionando ~5, pressio- em uma forte ameaça. Analise a pos i-
siderado irregular numa abertura. De- nando o bispo de c4. ção e tente encontrá-la.
fendendo o peão, as negras atrasam s eu 9.gxf3 1j}_e7 IO.Ij}_f4
desenvolvimento. A opção é devol- Niio há como defender o peão de
ver o peão de g4 para recuperar os h4, pois 1O. ~g5 lj}_xg5 ll.hxg5 .®xg5
tempos perdidos com o avanço g4- permite que as negras coloquem sua
g5. Melhor seria 5 ... d6 6.ilig4 ~f6 dama em jog o, além de igualmente
7.ilif6+ .I/!Jxf6 8.d4 â:g8 9.~c 3 c6 - perder o peão.
agora é fácil notar que as negras ob- IO ... Ij}_xh4+?!
têm contrajogo na coluna "g" . Com es ta jogad a, as negras favo-
6.~c4 f'lh6 7.d4 rece m a abertura da coluna " h" para
As brancas conseguem dominar o cen- ataque das brancas.
tro com suas peças e com os seus potentes 11.19 d2
peões de e4 e d4, além disto ameaçam re- Este é um caso em que o rei no
cuperar o peão sacrificado tomando em t'4. centro não sofre ataque e tampouco

20 lANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26


13 ... {jte7 o reão com vantagem decisi va. Não contrar a combinação ganhadora.
As negras perceberam que a ameaça havia outra defesa, pois se 15 ... 'iiie6, Marten - Winterburn
Londres, 1930
real das brancas era jogar 14,(jtxh6!fxh6 e então J6.(jtxe6 fxe6 17.!fxh5 + - .
então 15.!fxh4 .\\lixh4 16.. \\lixh6 ganhan- 16.exf5
do uma peça. Seria um g rave erro Abrindo linhas de ataque e debi-
15 .. \\lixh6? por causa de lS ...{jtgS+, ata- litando mais ainda o rei negro.
cando a dama e o rei. Por este motivo, a 16 ...~xf5 17 .. \\lie6~xd4?
ameaça branca em eliminar o bispo de h4 17.. J!f8 ou d5 ofereceria maior re-
pam então tomar o cavalo sem perder a sistência ao ataque branco. Com ajo-
dama gada da pa1tida, as negras perdem uma
14.~c3 peça através de uma pequena e sim-
Não se pode tomar o cavalo, pelo ples combinação. Tente encontrá-la.
mesmo motivo anteriormente citado.
14... c6
Este lance tem a intenção de evi-
tar a jogada 1 5.~5. que ameaçaria to-
mar em e7 e posteriormente em h6. Posição depois de 15.0-0
15.!fafl Agora observamos que são as bran-
cas que deixaram sua ala da dama intacta,
e também serão punidas na ala oposta.
15 ... !fxg2+! 16.Wxg2
Se l6.'i!thl, seguiria 16 ... e3, ame-
açando a dama e se 17 .. \\lic2 ( 17.fxe3?
l'!xd2 ganha a dama) 17 ... ~f4 , com
muitas ameaças, entre elas 18 ...!fgl+
19.Wxg l ~3++.
18.. \\lixg4!
16... e3!
Entrega a dama para em seguida
Dando vida ao bispo de c6.
recuperá- la.
17.fxe3
18... hxg4 19.l'!xh8+ Wd7
E agora as pretas anunciaram mate
Se 19 ... 'iiif8 20.!fxf8 + wxf8
em 4 jogadas:
2 J.0 g5+ xeque descoberto com a tor-
re de fl. Este tema é muito utilizado, 17... ~f4+ 18.w~ .\\lig5+ 19.Wt'2
Observe por alguns minutos esta
posição. As negras conseguiram a mui retira - se a peça que obstrui (neste .\\lih4+ 20.wgl ~h3++
Yatcs- Mario
to custo manter aquele peão sacrifica- caso 'iiit4) para dar xeque ao rei e tam- Oli mpíada de Hamburgo, 1930
do pelas brancas na abe1tura. Podemos bém atacar outra peça.
ver claramente a diferença entre a ação 20J'íxd8+
das peças brancas c das peças negras. 1- 0
O resultado é fata l para o bando que Neste momento as negras desisti-
está atrasado. Na maiori a dos casos em ram de seguir lutando, uma vez que es-
que existe tal diferença, o lado em 'an- tão com peça a menos e jogando com
tagem ganha por meio de combinações. um m ai muito nÍms forte e sem chances
este é um dos métodos encontrados de '1rar a part1da. o entanto, para
para transformar uma vantagem tem- quem e~tá aprendendo, eu recomendo
poral (desenvolvimento, tempo, inici- segwr todas as partidas até o xeque-
ativa, centro, etc) em uma vantagem mate. observando e compreendendo
definitiva (material , ataques de mate, melhor todas as fases do jogo.
debilidades na estrutura de peões, etc). Finalizando este artigo, temos dois
15... f5 diagramas em que um dos lados tem
A ameaça das brancas era l6(jtxh6 grave insuficiência de"desenvolvimen- Jogam as brancas
ihh6 17.ihf7 ou 'iiixf7+, recuperando to e sofre a~ conseqüências. Tente en- Esta posição ocorreu depois do fraco

Jogue .x adrez,
não faça a~ueJTa! ·
MikhailTal

LANCE Revista Brasileiro de Xadrez n° 26 21


movimento das peças negras lO... c4?. Com esta jogada, o mate ou a partida, trate então, de colocar todas
Pense wn pouco nesta posição e tente perda da dama é inevitável. as suas forças em jogo para não ser
observar a diferença de desenvolvimento l3 ... l:!e8 vítima de combinações brilhantes, ins-
entre as peças brancas e negras. As negras Se 13 ... f5 ou-f6 14 ..\\llh?++. A úni- trutivas e muitas vezes inesquecíveis!!
não desenvolveram as peças do flanco da ca forma de evitar o mate seria entre- Bibliografia
dama, o que permite às brat1c.:1s efetuar gara da ma com 13 ... \\llxg5 . Ramon Crusi More, "Ataques contra
wn ataque ganhador no outro flanco. 14.. \\llh7+ M 8 15•. \\llhS++ e l enroque"
ll.~xh7+! c;l;lxh7 12.. \\ll hS+ c;l;lg8 Sabendo da importância do desen- Leonard Barden , "Como jogar bem
13.flg5 volvime nto das peças no iníc io de uma xadrez"

No altar dos sacrificios. meu bispo pelo vosso rei'

22 LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26


Amber
A 7" edição do Amber Interna- azar de deixar de ganhar o singular tor-
tional (torneio conjugado de partidas neio com pontuação isolada ao perder Piket,J (2575}- Shirov,A (2710)
rápidas e às cegas) teve lugar nas ins- na modalidade de às cegas, na última
Inglesa (A16)
talações do Metropole Palace Hotel , rodada, para o inglês Sadler. Karpov
Amber Rápido (9)
no Principado de Mônaco. entre 12 e teve um baixo rendimento nas partidas
l.~f3 ~f6 2.c4 g6 3.~c3 d5
27 de março 1998. Os top GM's con- sem ver (4,5111 ), enquanto o de
vidados jogaram em double round, Kramnik foi excelente (8,5/11). Na mo- 4.cxd5 ~xd5 5.h4 ~g7 6.hS ~c6
constando uma partida rápida e ou- dai idade de nípido, os reis foram Shirov 7.g3 ~g4 8.h6 ~xc3 9.bxc3 ~f3
tra às cegas, com cores trocadas, en- e lvanchuk (8/1 1), enquanto se espe-
10.exf3 ®d6 ll.~e2 0-0-0 12.1Wb3
tre cada par. Alexei Shi rov. da rava mais de Anand (511 1). Abaixo o f513.a4 e514.a5 e415.f441f616.0-
Espanha, e Vladimir Kramnik, da quadro geral de classificação, no qual
O ~g4 17 .~a3 ®xd2 18.a6 4Ja5
Rússia, foram os vencedores na ta- o primeiro resultado à esquerda de cada
19.axb7+ wb8 20.1Wb5 e3 2l.~c5
bela geral, superando Ivanch uk, da matéria refere-se ü partida rápida e no r-
exf2+ 22.fuf2
Ucrânia, por meio ponto. que teve o mal. 1-0

Monte Cario (MON), III 199R cal. XVIII (2680)

2 3 4 5 ó 7 R 9 lO 11 12 tot pcrf

I Shirov g ESP271 o ** Y,V, lO I '', I I I I '.!,'/, '!, o I I o1 I Y, '.I, I 15.0 2810


2 Kramnik g RUS2790 ., 1/! •• o, o .,.., ,,2 o o;, ,,, I I I V,I I I I I '.I, I Y, 1 15.0 2803
3 Ivanchuk g UCR2 740 OI y, I •• o, o o y, IO I y, I I iY, I 1 IO I 1 14'.1, 2791
4 Anand g!ND 2770 () y, '12 ~ \/. 1 • * Y:! •;, '12 '12 0'12 '12 'h 01 'ldl I I I I 12.0 2707
5 Ka111ov g RUS2ns () () I o;, I o;, 'h~ 01 I y, y, o I '/, y,:;, Y, O 1 \1, ll '.l, 2689
6 Topalov g BUL2740 () () y, o OI ~.h~ IO •• IO 1
12 1 V, ] OI Y, l Y, i 11 y, 2688
7 Ljubojevic g IUG2565 I l '!:! 00 o 1, I o o, 01 * * IO 1 Y, y, o I I I O I O'/, 2676
8 Lautier g FRA 2645 •, I o/, o ()() ~~ ~
' I'· I v, o OI •* 00 Y,V, IY, o1 9'/, 2633
9 Van Wcly g HOL 2605 oo 00 o··~ IO () y, o., o o\', I 1 * * I I 01 I Y, 9'1. 2636
lO Pikct g HOL 2575 IO 00 o (l V, I y, y, lO V, I y, y, 00 ** 0 1 y, y, 9.0 2624
li Sadler g!NG 2650 o y, '.1,0 01 ()() Y, i v, o oo o '/, lO I O ** 10 7'.1, 2565
12 Nikolic g BOS 26'15 .'/, o V, O 00 (l (l ()Y, v, o 01 I O o '/, '.I, '.I, 0 1 4' •
6'.1, 2535

Reykjavik lnternational qu,ttro pai~c~ (Lnânia. Hungrta. \ enc1da pelo MI argenti no Guillermo
O XVIII Reykjavik lnternational, Romên ia e México) ; o segundo. um Llanos (8/9). um dos poucos partici-
evento que faz parte do VISA Nordie torneio aberto com a participação de pantes não-chilenos . O segundo e o
Grand Prix 1998/ 1999, aconteceu e ntre cerca de I00 jogadores, quase exclusi- terceiro lugar foram ocupados, respec-
os dias I Oe 18 de março na i nteressan- \ a mente locais. O evento principal tes- tivamente, pelos MI's chilenos Daniel
te capital islandesa, aquecida por um tem unhou a boa fase do MI ucraniano Barria c Rodrigo Vasquez (7,5/8), este
manancial de águas termais. Desta vez, Sergei Ovscjevitsch (2475), que nas IO vencedor das duas últimas edições do
a festa coube à dupla norte-americana, rodadas obteve? vitórias, cedendo evento. Prova de que Guillermo Li anos
os GM's Larry Christiansen (7.5/9 ) e apenas três e mpates e conseguindo um não estava no Chile para brincadeira
Nick DeFirmian (7/9), que ocuparam, ratillf{ performance de 2635. Entre os foi sua outra vi tória, em seguida, no
isolados e sem perder panicla. o pri- egípcios, que naturalmente perde ram torneio fechado "Copa Cincuentenario
meiro e o segundo posto, respectiva- o nwtch frent e a uma equipe bem mais Ciudad de Viiia dei Mar", superando
mente. Salvando as honras nórdicas, forte- com a presença inclusive de fortes jogadores.
o GM dinamarquês Curt Hansen (6,5/ três GM's (Sax. Csom e Ghitescu)-os
9) foi o terceiro colocado. MT's Himdan . Hassan eSarwat foram Las Vegas
os melhores: c muito embora tenham A cidade-cassi no norte-america-
Golden Cleopatra Festival obtido apenas metade dos pontos (5/ na, também pólo das mais variadas
A Federação Egípcia de Xadrez, a I0). conseg uiram uma performance de convenções e eventos, abrigou no fi-
exemplo do ano passado, organizou, mais de I00 pontos acima de seu rating nal de março o Aberto Nacional com
na capital Cairo, em meados de março. oticial FIDE, na casa dos 2300. uma excelente afluência magistral (a
o Golden Cleopatra Festi vai, com o maioria dos GM's não-americanos vin-
objetivo de promover o xadrez na terra Magistral Internacional dos do Open de Nova Iorque fi naliza-
dos faraós. O festival, contando com Esucomex 1998 do a lguns dias antes). Q GM inglês
bom patrocínio, apresentou doi s even- O mais importante torneio aberto Julian Hodgson venceu a competição
tos: o primeiro, um encontro de dez do Chile teve lugar na capital Santiago por tie-break, ao lado dos GM' s
mestres do Egito contra uma se leção entre 27 de fevereiro e 8 de março.A Blatny, Ehlvest, Epishin e Pigusov, re-
composta de dez mestres vindos de prova, reunindo 160 enxadristas, foi cebendo cada um a quantia de U$2.300.

24 LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26


Supertorneio feminino em Belgrado
Em celebração ao Dia Mundial da acabou favorecendo a ucraniana, que sorrir do seu lado, pois se saíra
Mulher- 8 de março - realizou-se em assim arrebatou a copa. Zukhova,de 19 incólume de várias posições inferiores.
Belgrado, Iugoslávia, na primeira anos, foi mesmo surpreendente: cha- No geral, Cramling, detentora do
quinzena de março, o Supertomeio mada às pressas para cobrir claros abertos título de GM masculino, como.Chi-
Feminino, agora em sua 32" edição. Pia por conviqadas ausentes, e possuidora burdanidze, apresentou wn xadrez
Cramling, da Suécia, c Natalia elo rating mais baixo entre as com- mais convincente, liderando a prova
Zhuk.ova, da Ucrânia, foram as grandes petidoras. não se intimidou e venceu o até a última rodada, mas Zukhova teve
vencedoras, invictas, mas o tie-break forte torneio, tendo a sorte também a a sorte como aliada e levou a melhor.

Belgrado (IUG). III 1998 c;~t. IX (2456)


..
' 2 3 4 5 6 7 8 9 o tO( pcrf

I Zhukovn. 1\'araiJa wg UCR 2395 * y, y, y; y, y, y, 6.0 2587


2 Cramling. Pra g SUE 2535 y, y, y, y, y, 'h 6.0 2571
3 Stctànova. Anloancta m BUL 2480 y, o * I y, o I y, y, 5. 0 2495
4 Ch1burdanJdzc. Maia g GEO 2535 {) y, o • y, I y, y, 5.0 2489
5 VasilcvJÇh, Tatjana wg UCR 2410 y, y, y, o * I y, y, y, y, 4Y, 2460
6 Matvccva. Svcrlana wg RUS 2460 y, y, I Yz o • o y; y, 4Y, 2455
7 Mane. Ahsa m IUG 24RO \-, ~1 o o YJ * y, y, 4 Y, 2452
8 Bo1kovJc, 1\arasa wg ll.JG 2420 o ~~ y, o ~í 'h o * y, JY, 2379
9 Prudni~OV<J. Svcrlana wg RUS 2420 o v, ~2 ~h o y, o • y, 3 .0 2334
I O Peng Zhaoqlll 111 HOL 2420 o o o •;, h Y~ y, y, y, • 3.0 2334

Torneio na índia
Realizou-se na primeira quinzena de março, na cidade de Kozhikode, na Província de Kerala, Índia, um torneio internacional de
Categoria JO (2478), o Golden Jubilee lntemational. com a panicipaçãode 5 GM's e 7MI's. O vencedor foi o jovem fvU indiano Abhijit
Ku'nte (2460),já campeão juveni l de seu país e também asiático, encUJtando assim o caminho para tomar-se o quarto GM indiano, ao
lado do consagradíssimo Anand além de Banra e Thipsay. Kuntc. de 2 1anos, recebeu como prêmio, além do troféu, a quantia de 80
mil rupias, equivalentes a modestos 2 mil dólares americanos, pouco diante da dimensão do evento que testemunha o continuado
crescimento do xadrez na te1Ta hindu após o boo111 representado pela ascensão de Anand no cenário enxadrístico mundial.
Kozh1kodc (IND). III 1998 cal. X (2478)

~ 3 4 5 6 7 8 9 o 2 lOI pcrf

I Kunlc. Abhqu 111 11\D ~460 * v, v. o v, 7Y, 2613


2 Rahman. Z1aur 111 8A' 24~.'i () '• '·h I y, o 7.0 2579
3 Sash1klran. Knshnan fI D 2·1"0 I o y, y, I 6\1, 2544
4 Y urtacv. Lcomd g QRG 2520 o y, '· o o 6Y, 2539
5 Barua. D1bycndu g IND 2520 y, y, '/, y, •..; o y, y, 6 .0 25 10
6 Ad1an1o. Urur g 1!\A 26 15 () o y, o y, o I I 6.0 250 1
7 Konguvcl. Ponnuswamy m ll'\D 2430 () () I I 'h y, o y, o y, 5.0 2446
8 Ravi. Lanka 111 11\D 2405 I y, () () o () 'h y, y, 5.0 2449
9 Komliakov. Vikror g MOA 25 10 () o y, o I () I o y, I 5.0 2439
I O Prasad. Dcvaki V 111 IND 2400 1;:! I •;, o Y! o Y1 y, o y, o 4 .0 2383
li Thipsay. Pravccn M g IND 25 15 () () () y, o o y, y, * y, 4.0 2373
12 Murugan. K. 111 IND 24 10 y, () '/, () () o •;, y, o y, * 3Y, 235 1

Mar dei Plata todo parti ciparam 159 jogadores. O s 14.~g5 flg6 15.~xf6 0xf6 16J!xh5
O Aberto de Mar dei PI ata, um dos a lto~ custos com passagem e estada l';'í xh5 l7.0x h5 ~e5 18.®f3 ®g5+
prestigiados torneios da J\rge nti na, conti nuam impedindo uma maior parti- t9.wbl flf4 20.g4 0 d7 2I.flde2
aconteceu entre 4 e 12 de abril e cipação de brasileiros nos grandes tor- Talvez mais preciso fosse
averbou a boa forma do MI arge nti no neios abertos na terra portenha. 2l.flce2.
Alfredo Giaccio, que venceu sozinho 2I ... we7 22.flxf4 ®xf4 23.®d3
a competição, acumulando 7,5 pts nas Va n Riemsdijk.H (2375) - l';'íc8 24.13 0xc3 25.bxc3 f6 26.g5 fxg5
9 rodadas. O MI Fernando Braga. tam- Szmetan,J (2420) 27.0g4 ®e5 28.®d4 Hxc3 29.®xe5
bém da Argentina, capitaneou um con- Sicilia n a (895) dxe5 30.Hht 0 a4 31.Hh7+ wd6
junto de 6 mestres ocupando da se- 32.â:xb7 0 xc2+ 33.wb2 ã:c6 34.ã:g7
gunda à sétima posição (7/9), entre os l .c4 c5 2.flf3 d6 3.d4 cxd4 4.m:d4 0 a4 3S.â: xg5 â:c2+ 36 .\!;lbl Hf2
quais os brasileiros Herman Claudius flf6 S.flc3 a6 6.~g5 e6 7.®f3 flbd7 37.â:g6 ~d7 38.l';'í h6 aS 39.â:g6 Hd2
(4°) e Mauro de Souza (7") o veterano ~!.0-0-0 ~e7 9.0e2 h6 fo.~e3 fle5 40.l';'í h6 a4 41.a3 â:d3 42.wb2 Hb3+
GM argentino Oscar Panno (3"). Ao li. \I!Jg3 gS l2.h4 gx h4 l 3Jhh4 hS 43.wa2 l';'íb6 44.Hh2 Hb3 Y.-Yz
LANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26 25
New York Open 98
José Carlos Gonçalves Vieira

Uma festa de grandes mestres


D ealizou-se na segunda qu in mente. Um papel s ing ular tiveram , po- do-se em vigésimo-quinto lugar e sal-
~na de março a edição de 1998 rém, o M F Antonio Resende (2370) e vando a segunda inscrição, enquanto
do aclamado New York Ope n. O even- Ivan Nogueira (2295). Resende, sen- Nogueira se conte ntava com a metade
to, que teve lugar nos amp los salões tindo cansaço do longo vôo e aborre- dos pontos (4,5).
do The New Yorker Hotel, como no ano cido pelo fato de não ter acesso a um A ind a na Seção II, vencida pelo
passado, foi coroado de sucesso. A q uarto qu ando de sua chegada cedo GM ru sso A. By khovsky (2395), esti-
gorda bolsa de premi ação (U$ 170.000) pela manhã. a p o u ca~ horas do início veram presentes Tatiana Ratcu (4,5/9)
atraiu número recorde de grandes mes- do c.:vento (o chcc k-i n se ndo feito so- e David D ' Jsrael (4/9), testemunhando
tres, a par de d ezenas de MI's e M F's. mente a partir das 15h), teve o des- a dureza da competição e m todos o s
A boa administração tinanceira da com- prazer de perder logo na primeira roda- níve is, a lém dos p a uli s tas Eduardo
petição permitiu novamente que fossem ela para um jogador não menos qu e 400 Lavieri Martins (3,5/9) e Milton San-
distribuídos prêmios de consolação (o pts. abai xo de seu rating, e nqu anto chez (3/9), que a despeito da modesta
retorno do valor da inscrição: U$ 270) Noguei ra. que acompanhava Resende , pontuação conseguiram fazer blocos
aos que alcançassem 5.5 pts. em 9 ro- era tratado imp iedosa mente pelo GM para obtenção de rating FIDE. Na Se-
dadas nas 6 categorias oferecidas. peruano Julio Granda (v ide partida). Na ção III (U-2200), a brasileira Regina
O vencedor do tome io principal foi 4·' rodada. o desastre: Resende, vindo Ribeiro, depois de um começo estimu-
o GM armênio Artashes Minas ian de duas vit<írias. fica completamente lante, com três vitórias seguidas, amar-
(2570), que, não sem alguma sot1e, pon- ganho diante do GM Dimitry Gu revich, gou várias derrotas até estranhamente
tuou sozinho 8/9, recebendo 14 mil mas nu nw infel iz variação de la nces se dec idir pelo a bandono do torneio.
dólares mais um artístico tabuleiro ~ acaba caindo num tina! inferior, perden- A edição deste ano do NY Open foi
jogo de peças em finíssima porcelana, do por fim . l sso deixou Resende muito um verdadeiro festival de GM's. Ao todo
conjunto avaliado em 2 mil dólares, ofe- abatido. c, na 6·' rodada. o MF brasi le i- foi anunciado o mágico número de 64
recido por um dos patrocinadores. O GM ro s ucu m bia biso nhame nte e m 20 lan- GM's participantes, embora mais tarde ti-
Smbat Liputian (261 O) ocupou, tam- ces diante do GM Gregory Serper. O vessem que descontar a retirada de um e
bém isoladamente, a segunda coloca- traçado de Nogueira não fo i muito di- outro. Mesmo assim, ao final da festa um
ção (7,5/9), recebendo 7 mtl dólares, en- ferente. N.t ~ex ta rodada, quando acu- tabuleiro de papelão dos organizadores
quanto Vladimir Akopian (2660), fe- mul::l\ a 1 pts. 'indo de um sobe-e-des- exibia com certo otimismo um autógrafo
chando o cerco nessa tríplice vttória ce ti piCO de uerrotas para GM's e\ 110- magtstral em cada uma das 64 casas.
armênia, obtinha o terce iro lugar (7/9), rias contra jogadores não-ti tulados. foi A segw r uma seleta de partidas
seguido pelo russo V ladimir Epishin e mparceirado co m o promi ssor norte- interessantes:
(2590), quarto colocado com a m esma america no de 12 anos , do Es tado de
pontuação graças a wna inesperada vi- Kentucky. Matthew Hoe ks tra, que lhe Granda Zuniga,J (2630) -
tória, num fina l empatado, diante do infligiu uma dura derrota num fin al de Nogueira,I (2295)
estoniano Ehlvest na última rodada, damas, talvez beneficiando-se da ex- Gambito do Rei (C33)
numa coletividade de 200 competido- cessiva confiança do bras il e iro estam-
res. pada na manei ra bastante rápida com l.e4 eS 2.f4 exf4 3.~c4 dS 4.~xd5
A maior delegação estrangei ra fo i que não raro executa seus lances. Di- flr6 s.~c4!?
a da Espanha, com cerca de 40 jogado- ant e desse dese ncanto, os dois su r- Engenhoso, Granda improvisa.
res dis tribufdos nas diversas seções, preendentemente partiram para a Se- S...flxe4 6.flf3 ~d6 7.d3 fkS 8.0-
enquanto a participação bras iIeira es- ção ll (U-2400), e m busca de me lhores 0 0-0 9.b4 fle6 10.c3 aS ll.bS gS?!
teve reduzida a·'r t integrantes, me nos res ultados , aprovei tando-se do assaz 12.~a3 fld7 13.~xd6 cxd6 14.a4 fieS
da metade da representação e m 1997. flexíve l esq uema montado por Jose IS.flbd2 ~eS?!
Na categoria Open e stiveram presen- C uc hi . di re tor elo torneio. Pegando o [ 15 .. .flb6!?]
tes os conhecidos e nxadri s tas A nto- bonde andando , tiveram que jogar al- 16.flxe5 dxeS 17.®h5 Wg7
nio Resende, Ricardo Teixeira, Márc io g umas partidas na modalidade de rápi- IS.fíael f6 19.h4 h6?
Miranda e I van Nogueira, além deste do para se adequarem à outra seção. Lance perdedor que desprotege
articulista e do jovem paulis ta Rodrigo No in íc io da oitava rodada, curioso, eu sem necessidade a casa g6 .
RubiraBranco. O torneio, muito difícil, indagava de Ricardo Teixeira e Márcio 20.d4! f'íf8
não permitiu que fossem co nseg uidos Miranda: "Então, como estão se sain- [20 ... exd4 2l.c;!;>d3 fíh8 22.®g6+
mais do que 50 % dos pontos ( 4,5), por do Resend e e Nogueira na Seção TI?" \9f8 23.~c4-7]
parte de Ricardo Teixe ira (2360) e E, esboçando um sorri so, respondi am: 2l.hxg5 hxgS 22.~d3 fS 23.fue5
Márcio Miranda (2300), que se coloca- "Continu am perdendo!" Na verdade, flxd4 24.fífel fle6 25.~xf5
ram na 93' e 96• posição, respec ti va- Rese nde obte ve 5,5 pts. , posic io nan- 1- 0
26 LANCE Revisto Brasile iro de Xadrez n° 26
Benjamin,J (2595)- zo.flg4 <;i;ig 5 zt.<;i;if8+ wgs 22.h4! <;i;id2? 8.b3 c3! 9.flbl b4 10.a3 ~b7 ll.axb4
Waitzkin,.J (2465) (o22 ...fi:e8 23.hxg5 fuf8 24.flh6+ 0 xb4 12.ÇiigS c5! 13.®d3 flc6 14.~xf6
Escandinava (BOI) wg7 25.Jâfel 1-'-- ] ®xf6 15.fle5
23.Jâxd2! iâxd2 24.flh6+
l.e4 dS 2.exd5 li:Yxd5 3.flc3 1/:Yas Se 24 ... whX 25 :§:17 com mate
4.d4 c6 5.flf3 ~f5 6.0c4 flf6 7.~d2 c6 inevitúvel.
8.fle4 ®b6 9.flg3 Çiig4 I O.<;i;l b3 aS 1- ll
ll .c3a4 12.<;i;lxa4 ®xb2 13.fi:bl ®a3
14.~b3 ~d6 15.h3 ~xg3 16.hxg4 <;i;lc7 Smirin,l (2590) -
17.gS fldS 18.g6! fxg6 19.flg5 ®e7 Georgiev,K (2675)
20.®e2 Wd7 21.\Yfl h6 22.iâel iâe8 Siciliana (892)
23.<;i;lxd5 hxg5 24.0b3± li:Yf6 25.fi:h3
i'!a5 26.i'!e3 e5 27.c4 Jâh8 28.®g4+ \Wrs l.e4 cS 2.fll3 d6 3.d4 cxd4 4.flxd4
29.1/:YxfS+ gxf5 30.~xaS 0x~1S 3 1.iâd I flf6 5.flc3 a6 6.0e2 g6 7.g4 h6 8.h4
e4 32.0 exf3 33.iâxf3 g6 34.iâh3 JâhS e5 9.~b3 ~e6 IO.f4 exf4 Il.fld4 ~b6
35.we2 ~b6 36.c5 0 d8 37.0 17 !!xh3 12.flxc6 fxe6 13.<;i;lc4 eS 14.fld5 flxd5
38.gxh3 ~f6 39.wd3 fla6 411.0 xg6 f4 15.\\llxd5 flc6 16.®f7+ i>d8 17.c3?
41.0f5+ wc7 42.wc4 whR 43.d5 9Jc7 (o I HlJf6 + wc7 I X.\Wxh8 ®b4 + 15... flxd4! 16.fld7 ®d8
44.dxc6 bxc6 45.0 e4 1- H ItJ.0 d2l/lixc4 20.0-0-0 I/Yxa2 2 I .0 c3co) Aqui Granda dispunha de cerca
17 ... Gie7 18.\W xg6 wc7 19.wn de 18 minutos para alcançar o con-
Onischuk,A (261 O) - Haf8+ 20.b4 Wb8 21.®c6 dS 22.<;i;lb3 trole no quadragésimo lance. Não
Magem Badals,J (2535) rhc4 23.:14 d 24.b5 axbS 25.axb5 obstante, arremata a partida com sua
Caro Kan n/ Panov ( 041) l/,llxb5+ 2(d~c4 fi:f6-+ O- I hab1tual tranqüilidade e precisão téc-
Uma luta complicada e feroz. mca, enquanto o armênio, tenso, agi-
l.e4 c6 2.c4 <IS 3.cxd5 cxdS tava nervosamente as pernas
4.cxd5 flf6 5.flc3 flxdS 6.flf3 flc6 7 .d4 Ehlvest,J (2610)- Shaked,T (2535) I H:lxf8
e6 8.~c4 <;i;le7 9.0-0 0- 0 IO.iâcl '8xc3 Siciliana (841) [17.0xb7 ®xd7 1 8.~xa8 lâxa8
ll.bxc3 b6 12.0d3 ~b7 13.h4 \Uf6 19.fla3 Jâd8+ x b3]
14.flg5 g6 15.®g4 h5 16.\Wg3 \Wd7 1.~13 cS 2.e4 e6 3.d4 cxd4 4.flxd4 17 ... ~xg2 18. wxg2 flx b3!
17.i)e4 <;i;lg7 18.<;i;lgS fle7? a6 5.c4 flf6 6.~c3 \U b4 7.~d3 flc6 19.®xh7+ wxf8 20.fi:a2 fld4 2l.e4 g6
E agora, qual o lance do mestre? S.fl clc2 d6 9.0- 0 <;i;ld7 10.113 fle5 22.®h8+ we7 23.\WeS fJb5 24.iâct!Mld4
11.0 1"4 0 c5 12.a3 flg6 13.~ h2 e5 25. \Wf4 fi:d8 26Jie2 aS 27J:I e3 ®f6
14.Whl 0- 0 IS.f4 exf4 16.fl xf4 <;i;ld4 28.®g4 ®d4 29.i'!f3 ®e5 30.\Wh4+ g5
17:8 fd5 ~xd5 18.exd5 <;i;lxc3 19.bxc3 3I.®h5 i'!f8 32.h4 ®xe4 33.i>gl c2
'8e5 20.0xe5 dxe5 2t.l/,llh5± f5 34.f:la3 ~xa3 3S.fi:e3 ®f5 0-1

Minasian,A (2570)-
Geor giev,K (2675)
Siciliana Fechada (820)

Ao 111ício da 9• ro dada, Kiril


Georgiev era apontado como virtual
campeão do torneio, mas o discreto
GM armênio impõe-se posi-
c ionalmente e ganha sozinho o dis-
19.\Wd6!+- ®xd6 20.fl xd6 f6 putado Open.
21.:!he6 <;i;ld5 22.fi:xe7 fxg5 23.hxg5 l.e4 c5 2.d3 fr6 3.g3 g6 4.~2 ~7
i'!ad8 24.flb5 1-0 5.f4 d6 6.flt3 flf6 7.0-0 0-0 8.h3 lTh8
9.g4 bS lO.fS b4 11.1/:Yel 0d7 12.®h4 e6
Khalifman,A (2660)- 22.0 xf5! g6 23.~xg6 hxg6 13.0gS f6 14.~e3 flde5 15.ilxe5 i'lxt::;
Fishbein,A (2510) 24.\Wxg6+ wh8 25.®h6+ i>g8 26.lâf3 16.fld2 aS 17.flc4 flf7 18.®g3 !'tb7
Índia do Rei (E94) !'!xt3 27.gxt3 wt7 28.®h7+ 1-0 19.fi:f2 fi:e 7 20.lâafl a4 2l.g5 exf5
22.exf5 fxgS 23.f6 :!he3 24.i'lxe3 ~h6
l.d4 flf6 2.flf3 g6 3.c4 <;i;lg7 4.flc3 Anastasian,A (2540) - 25.0d5 iâe8 26.flc4 0e6 27.®g2 ~f8
d6 5.e4 0-0 6.<;i;lc2 e5 7.0-0 exd4 Cranda Zuniga,.J (2630) 28.fi:e 1 <;i;lxd5 29lixe8 ®xe8 30.®xdS ®c8
8.fud4 c6 9.wh 1 d5 1O.e5 fle4 Il.f4 f6 Catalã (E05) 3t.<;!;>g2 g4 32.h4 ®e8 33.®e4 ®d7 341Je2
12.cxd5 fuc3 13.bxc3 ®xd5 14.0 a3 a3 3S.bxa3 bxa3 36.®dS ®<18 371Je6 ®b8
lle8 15.exf6 \Uxf6 16.1'5 0 xf5 17.flxf5 l.c4 c6 2.g3 d5 3.0 g2 flf6 4.flf3 38.fle3 ®b2 39.®a8 hS 40.fi:e8 ®xf6
\Wxdl 18.flh6+ wg7 19.fi:axd I fi:xe 2 0 e7 5.0-0 0-0 6.d4 dxc4 7.flbd2?! bS 41.iâxf8+ i>g7 42.l/,lle8 ®f3+ 43.\Ygll--0

LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26 27


Paulistão 98: uma festa de xadrez
Marcos Roland

Scsi Je Rio Claro, entre IOe 12 de abril.


S egue de vento em popa o Cam
peonato Pauli sta de 1998.
competição que se pretende finalizar
c já contou c om a participação de um
número bemmaior de enxadristas: 120.
do Paulistão 98, realizada entre 15 e 18
de maio. I 02 e nxadristas participaram
do torneio, vencido pelo Mestrl:! Inter-
por um torneio Knockout com 80 jo- muitos deles titu lados. Venceu o tor- nacional Mauro G uimarães de Souza,
gadores, nos mesmos moldes do Cam- neio isoladamente o Grande Mestre que ganhou de Rafael Leitão na última
peonato Mundial da FIDE. sendo 16 Gilberto Mil os Jr.. com 5,5 pontos em rodada - após este recusar uma pro-
classificados pelo rating da Federação sei s rodadas. A seg uir vieram Rafael posta de empate na abertura - e foi o
Paulista de Xadrez e mais 64 enxadris- Leitão. Everaldo Mats uura, Rodrigo úni co a fazer 5,5 pontos. E m segundo
tas selecionados pela pont uação real i- Dis<.: on zi. Carlos Alejandro Martinez. lugar, perfilaram (pela ordem do desem-
zada nas etapas e liminatórias. que con- Wellington Rocha. Ivan Nogue ira e pate ) Giovanni Vescovi, Rodrigo
sistem em torneios abertos para todos Al exandre Segal , todos com 5,0 pon- Disconzi e Rodrigo Fernandez, com 5,0
os jogadores regi strados na FPX. tos. Cnm4.5 pontos, peliilaram Adriano pontos. Depois chegaram Rafael Lei-
Vale lembrar que mesmo o s joga- Rodrigues, Edson Tsuboi , Paulo Cézar tão , Herman Claudius, LuizLoureiro,
dores classificados pelo c ritério de de Souza Haro. Marcos. Capu cci, Wcll ingto n Rocha , David Maurice
rating devem disputar pelo menos duas Tatiana Ratcu, Giuliano Cu nico, Carlos D'Israel, Dirk Dagobert van Riemsdijk,
etapas eliminatórias. Esta cláusu la do Alberto Sega c Adriano Fern andes de Adriano Rodrigues, Carlos Martins e
regulamento, aliada ao exce lente nível Oliveira. Dirigiu a prova Roberto Telles Fernando Frare, com 4,5 pontos. Diri-
de premiação oferecido. tem atraído os de Souza e a arbitragem esteve a <.:argo giu a prova José Alberto Ferreira dos
mais fortes jogadores para prestigiar de Marius Rombout van Riemsdijk , Santos, o dinâm ico Presidente da Fe-
os abertos. Juntando-se a isto a força aux il iado por Edson Duarte, C<íssio deração Paul ista de Xadrez, e a arbi-
de jogo e a alegria de jogar qu e carac- Guizzo c Alexandre Batezelli. tragem foi de Marius Rombout van
terizam a nova geração do xadrez bra- Mi lo~ voltou a ganhar em Sfio Cae- R ie msdijk, com o a uxílio de Cássio
sileiro, temos tido verdade i ras festas tano do Sul , na terceira etapa, jogada Guizzo.
de xadrez no interior deSfio Paulo. com e ntre I " e 3 de maio. que foi a mais A gra nde nov idade nessa quarta
números recordes de partic ipação. Um concorrida. com a participação de 153 etapa foi a transmissão pela I nternet,
total de 272 en xadri sta~ j<í participou jogadores. ~c ndo um grande me tre através do site para jogar xadrez ao
da competição até o momento. (dois. se contamos com Rafael Le itão, vivo da Federação Paulista de Xadrez,
Das ci nco etapas el iminatórias que de \e ter confirmado o seu títu lo ao qu al os navegadores ti nham aces-
previstas, já foram rea lizada' quatro. no Congresso da FI DE. em Elista) e oito so pelos programas especializados,
A primeira, jogada na sede da União me~tre~ internac io nai s. Herm a n como, po r exemplo, o winboard, que a
Agrícola Barbarense, em Santa Bárba- Claudius e Eduardo Limp fizeram a FPX co locou à d ispos ição para
ra d'Oeste, em fins ele fevereiro e iní- mesma pontuac,:fio de Mi los (5,5. em seis download. Gilberto MiJos Jr., especi-
cio de março, teve a vitória de Edson rodadas). mas ticaram. respecti vamen- almente convidado, foi o grande ani -
Tsuboi, com 5 ,0 pontos e m ~ e i s roda- te. cm 2" e Y pelo sistema de desem- mador da roda de "perus" do clube vir-
das, ganhando no desempate de pate. Seguiram-se. <.:om 5.0 pon tos, tual da FPX, mostrando que é também
Jefferson Pelikian, Everaldo Matsuura, Everaldo Matsuura, Mauro Guimarães um hábil comunicador. Eram mostra-
Herman Claudius e Wcllington Roc ha. de Souza. Je fferson Pelikian , Marcos das, em cada rodada, de três a cinco
Seguiram-se Rodrigo Discon zi da Sil- Rol and . We llington Roc ha, Sandro partidas. A entidade está convidando
va e Adriano Rodrigues com 4,5; Eduar- I lelcno Trindade, Cícero Braga e Pau- os internautas do Brasil para se filiarem
do Limp, Mauro Gu imarães ele Souza, lo Cczar Haro. Fizeram 4.5 pontos ao seu clube, gratu itamente (por en-
James Mann de To ledo, Rodrigo Rodrigo Di sco nz i da Silva, Carlos quanto). Os interessados podem visi-
Fernandez, Carlos Albe110 Sega. Eduar- Mat1i ns, Rafael Leitão, Marcelo Cukier, tar o site http://www.fpx.com .br/, onde
do Blank Go n çal ves~ Lu iz Loureiro , César Umetsubo. Carlos Alberto Sega, encontrarão todas as instruções neces-
Horácio Prol Mede iros, Adriano Cal - Hor<Ício Prol Medeiros e Luiz Carlos sárias para a inscrição e obtenção da
deira, Luciano Malta. Paulo C'ézar de Cicala. A prova foi di sputada no São senha de acesso. A próxima transmis-
Souza Haro e Eduardo Gerbelli , todos Caetano Esporte Clube, dirigida por são ao vivo programada é a quinta e
com 4 pontos. Setenta e dois jogado- Lé lio S:1r<.:edo c contou com a arbitra- últ ima etapa do Paulista, a ser realiza-
res participaram da prova , que foi ge m de Mariu s Rombout van da em Americana , entre 26 e 28 de j u-
dirigida por José A lberto Ferre ira dos Riemsdij k, Edson Nogueira Duarte, nho próximos.
Santos e teve a arbitragem de .loara Císsin Eduardo Guizzo e Alexandre O Pau listão 1998 já distribuiu até
Chaves, auxiliada por Cássio Edua rdo Batczclli. agora R$ 12.000 em prêmios e promete
Guizzo e Alexandre Sigrist. A Associac,:ão dos Advogados, uma premiação total na fase final igua l
A segunda etapa foi real izada no e m Santos, foi o palco da quarta etapa ou superior a R$ 40.000. A fórmula foi

28 LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26


um sucesso tão grande que a Federa- 20.I.We l !l:e8 2I.t;{d3 flf6 22.I.Wh4 !tcS
ção Paulista j á programou o seu Cam- 23.h3 !l:hS 24.i.Wd4 ~xh3
peonato Feminino de 1998 nos mes- O- I
mos moldes, com três etapas elimina-
tórias (R$ 1.000 de premiação em cada Mauro G . de Souza-
uma) e fase final com 16 jogadoras. A Gilberto Mitos
primeira etapa está sendo iniciada em Nimzoíndia (E42)
São Caetano do Sul , quando fechamos São Caetano (5)
esta edição, no dia 12 de junho.
Abaixo, mostramos alg umas par- l.d4 flf6 2.c4 e6 3.~3 ~b4 4.e3
tidas jogadas nas primeiras etapas do h6 S.~gel cS 6.a3 ~aS 7.!tbl fla6
Campeonato Pauli sta Abso luto de 8 .~f4 fle4 9.i.W c2 flxc3 10.bxc3 d6
1998.No próximo número, divulgare- ll.~d3 flc7 12.0-0 ~b7 13.e4 0-0
mos a classificação ela q uinta e última 14.~e3 i.We7 IS.eS dxeS 16.~xh7+ wh8
etapa eliminatória e os RO jogadores 17.dxe5 g5 18.~h3 fS 19.flxg5 Wg7 Mauro G . de Souza - Rafael Leitão
classificados para a fase final , a ser 20.f4 !l:h8 21.i:Ifdl i:Ixh7 22.flxh7 Nimzoíndia (E42)
disputada nos meses de julho e agos- li?xh7 23.®e2 i:Ig8 24.i.Wh5+ wg7 25.~f2 Santos (6)
to. wf8 26. ®h6 + we8 27 .® h5+ wrs
28.Wh6+ Wg7 29.!l:d8+ fle8 30.!l:xe8+ 1.d4 flf6 2.c4 e6 3.flc3 ~b4 4.e3
Bolívar Gonzalez - Gilberto MiJos wxeX 31.®xe6+ wf8 32.g3 b6 S.flge2 cS 6.a3 ~aS 7Jâbl fla6
Siciliana (844) (Ver diagrama) 8.~d2 0- 0 9.~g3 ~b7 10.f3 cxd4
Rio Claro (5) 32 ... ®g6! - + 33.®d7 ®c6 ll.exd4 ~xc3 12.bxc3 dS 13.cxd5
34.Wxf5+ we8 35.®h5+ !l:g6 36.Wh8+ i.Wxd5 14.~d3 flb8 15.fle4 flbd7 16.0-
l.e4 cS 2.flf3 e6 3.d4 cxd4 4.fud4 we7 37. ®h4+ wf7 38.e6+ !l:xe6 0 I.Wc6 17.®el fue4 18.fxe4 eS 19.i:If5
flc6 S.flbS d6 6.~f4 eS 7 .~e3 ~e6 39.®117+ wrs 40.i.Wh8+ we7 4t.®g7+ We6 20.i.Wh4 i.Wa2 21.~cl ~a6 22.!tf2
8.~e2 ~e7 9.0-0 flf6 IO.~ lc3 0-0 wd8 42.l'!d I+ wc8 43.!l:d5 i.We8 44.i:!d 1 ~xd3 23.i:Ixa2 ~xbl 24.i:!f2 i:Ife8
ll.a4 h612.f3 a6 13.fla3 !l:c8 14.whl !l:g6 45.Wh7 ~xc3 46.f5 !l:g7 47.i.Wh6 25.Wg4 i:Ie6 26.~h6 fuh6 27.Wxd7 !tf8
flb4 15.f4 exf4 16.~xf4 dS 17.exd5 !l:d7 48J !xd7 Wxd7 28.d5 ~xe4 29.d6
~bxdS 18.~xd5 flxdS l9. ~d2 ~d6 O-I 1- 0

Matsuura. Rafael c Mi los : força de jogo c alegria de jogar

LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26 29


Uma defesa moderna contra o Sistema Reti
Rc.inaldo Vera

~g4 c 3 ... í.1f5! '?; esta última jogada gar 5 .. .'~)b4!?, para transpor à linha que
A maioria dos jogadores tem
um repertório defensivo bem
definido e estudado contra I .d4 ou
analisaremos em detalhe, sobretudo
com a idéia que o jovem GM
veremos nas próximas partidas. A al-
ternativa é 5 ... ~d6 6.c4 ~f6 7.flc3 0-0
l.e4. Esse repertório pode ser at ivo ou Morozevic popularizou, 4.~g2 ~b4!?, 8.c;;)g5 (note-se como é fácil o jogo
passivo, de acordo com o estilo do apesar de que. segundo minha base de branco nesta partida, fazendo pressão
jogador. Contudo, normalmente não dados. seu autorfni o GM russo 1\ronin, en d5, com jogadas naturais de de-
se presta a mesma atenção ú Abertura lú p<::lo ano de 1962. e posteriormente senvolvimento, para que o negro te-
Reti (I. ~f3 d5 2. g3), que. bem em- t(Ji c.:mpregada. também, pelo GM nor- nha que abandonar o centro) 8 ...~e7
pregada por um jogador posic iona l, é te- amencano Bisguier, em 1972. 9 .cxd5 ~xd5 (9 .. .exd5 l0.~e5)
muito desagradável para as negras, IO.~xe7 ~xe7 11.~5 ~xc3 12.bxc3
sobretudo se o segundo jogador é um c6 13.e4 c;;)g6 14.f4, e as brancas do-
jogador agressivo, e não lhe agradam minam todo o centro, enquanto as ne-
as posições tranqüilas que se derivam gras ficaram com um ~ fora de jogo
deste sistema, nas quais as brancas têm e m g 6 , Spassov-Yelasco, Blasco
quase sempre uma ligeira vantagem. Hospitalet de I' Infant 1994.
Por isso, trago aos leitores um sis 6.c4 ~xbl
tema de jogo contra a Abertura Rcti. Esta troca tampouco soluciona os
que tem a vantagem de ter- se tormado problemas das negras, como veremos
recentemente em sua versão moderna nesta partida.
e que na prática tem demonstrado s ua 7.!'íxb l Cil.e7 8.cxd5 ~xdS
eficiência; ademais, faz com que as [8 ... exd5 9.~5J
brancas tenham que jogar de tórma cri- 9.e4 ~b6 IO.Cil.e3 0--0 ll.l.!\le2lâe8
ativa e deixar de lado os esquemas tra- 12J ífdl ~f8 13.!!bcl
dicionais desta abertura. se pretendem Por que o extravagante movi - E o par de bispos, unido ao domínio
obter vantagem nesta etapa do jogo. mento 4 ... ~b4!'! ? do centro, dão ao branco uma agradável
O sistema em questão se produz Esta variante com ~c6 e ~f5 não vantagem, Miles- Armas, Memorial
depois das jogadas: gozava de boa reputação devido a que Capablanca 1994; a partida continuou:
1. ~f3 d5 2.g3 ~c6 as negras não podiam s ustentar seu 13...1.!\ie714.~4 f615.h4 1.!\if716.Cil.e3
peão centra l cm d5 quando as bran- !!ad8 J7.a3 i;t.;!d618.1.!\ic21.!\ih519l'Iel wh8
cas. com JOgada~ naturats de desen- 20.!!cd 1 0rl721.~cl e5 22.d5 ~723.b4
vo h 1111cnto como c.:4 e ~3. arreme ti- h6 24.í.1b2 fS 25.exf5 ilif5 26.~5 hxg5
am contra ele. As negras nunca pude- 27.1/:l'xfS â:f8 28.1.!\ixgS I.!\IxgS 29.hxg5 !!f5
ram escapar das ditículdades da aber- JO.c;;)cl 1-0.
tura. Vepmos o que ocorria na práti- A idéia de 4 ...~b4 ! ? surge dessas
ca, analisando alguns exemplos: dificuldades, e o objetivo não é outro
l .~f3 dS 2.g3 0<:6 3.d4 ~f5 4.c;;)g2 que não incomodar o branco, de ma-
e6?! neira que tenha que colocar seu cava-
Tambem se tentou, sem êxito, lo na ridícula casa a3, onde não tem
agili Lar o roque grande, como ocorre nenhuma perspectiva (inclusive em
na seguinte partida: 4 ... \Wd7?! 5.c4 e6 muitos casos retoma ao jogo voltando
6.0 O dxc4 H)bd2 O 0- 0 (7... ~xd4 a b I, s ua casa inicial); por outro lado, o
!·C ~x d4 ~xd4 9 .~xh7. segu ido de l/:\la4. cavalo negro em b4 é desagradável para
As brancas podem eleger entre as com vantagem esmagadora) !t~xc4 f6 o primeiro jogador, que por isso usu-
seguintes opções: (se ~l... ~x d4 9 :lli.d4 \Wxd4 10.\Wa4 a6 ahnente o desaloja por meio de c3,
a)3.i;t.;!g2queapós 3 ...e5 transpõe para I l.0 e3, as brancas tem ainplíssirna dando origem à mais importante en-
uma Pire com cores trocadas, o que usu- compensação pelo peão) 9 .Wb3 ~ge7 cruzilhada desta variante, pois as ne-
ahnente não é do agrado das brancas. lO.l!c l \Wd5 li.\Wa4 ~e4 IH)cd2 i;t.;!g6 gras têm duas retiradas possíveis: fu6
b) 3.c4, aqui as negras podem re- J3 .~b3 ®d6 14 .~5 ~5 t 5.1/:\ib5 ~b6 (com o objetivo de defender seu peão
alizar o avanço 3 ... d4 que ultimamente 16.0 e3 aó I 7 .l.!\lb3 !'íe8 18.!'íac I, e a dama mediante c6) ou fr6!? (que em-
tem dado resultados muito bons para vantagem branca é indiscutível: pres- bora não permita defender o centro com
as negras e que será o terna de um pró- são na coluna "'c'' c na diagonal a8- c6, tem a virtude de que o cavalo re-
ximo trabalho. h I. além de um ameaçador ~ em c5 gressa diretamente à luta pelo centro).
c)3.d4, esta é a jogada mais utili- (Smejkai - Murcy. Nova York 1986). Outra possibilidade do branco é inten-
zada e de melhor reputação. O segun- 5.0-0 ~f6 tar um imediato 5.c4!?, que veremos à
do jogador tem a sua di sposição 3 .. . Era a última oportunidade de jo- parte, pois nesse caso as negras podem

30 LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26


manter por mais tempo seu~ em b4. Como foi mencionado, com este 20.~bd3 cxd4 2l.cxdS exd5+ Niko-
mov imento as negras conservam a lic,P- Morozevich,A, Moscou (ol)
I) As negras regressam posibil idade de apoiar seu centro com 1994 (Y2-Y2 em 44).
c6 e logo o fl regressa ao jogo por c7. 9 ... c6 IO.~g5 ~e4
com o fJ à casa a6 Era suficiente l 0 ... h6 ll.~xe7
1. ~f3 d5 2.g3 4k6 3.d4 Si.lfS 4.Si.lg2 f'lxe7 12 .~2 0-D 13.e4 ~h7 e as ne-
~b4 5.~a3 e6 gras preparam posteriormente a rup-
Se se pensa regressar com o fl a a6 tura em c5 conseguindo a igualdade.
é possível jogar primeiro 5 ... c6, o que Note- se a solidez de sua posicão e a
nos permite defender o ponto b 7 me- ausência de pontos débeis.
diante 1/Nb6; vejamos alguns exemplos ll.~xe7 ~xe7 12.~bl! ~xf3
depois de S... c6: Se 12 ... 0-0 13.~bd2 ~xf3
A) 6.c3 ~6 7.~e5 ~f6 8.~2 h6 14 .~f3;!; e, logo após um oportuno
9.~3 ~h7 10.f4 e6 ll.fS Si.lxf5 12.~fS e4 ou c4, as brancas têm melhores
exf5 13 .1/Nd3 g6 14.0- 0 ( 14 .~xc6!?) perspectivas.
14...~715.g4 fug4 1 6.~g4fxg4 17.e4 13.~xf3 0-0 14.e4 l:'i:d8 15.~3!?
~g7 18.exdS ~xd5 19Jâel + wf8, Não dá nada 15 .~2 cS 16.exd5
Kogan,A- Levin,F, Budapeste 1997 (0-- flx d5 17.dxc5 flxc5 18.1/Nc2, com
1 em 58), e as brancas não têm suficiente R.\\llb3 igualdade.
compensação pelo material sacrificado. Aqui as brancas têm empregado lS ...cS?!
B) 6.0--0 6 ... e6 7.c3 ~ 6 e o jogo diferentes pl anos: Melhor era levar o ~ de a6 até o
se subdivide: A) S.c4 c6 9 .~c2 flf6 IO.b3 (um centro mediante 15 ...flc7, com idéia
Bl} 8.~c2 Si.le7 9.fld2 hS (dema- sistema de desenvolvimento tranquilo, de fle8-f6, conservando a posição cer-
siado agressivo, melhor era a natural que não deve dar vantagem) I 0 ...0-D rada para opor- se ao ~ branco.
9 ...~f6 10.f3 cS ll. e4 dxe4 12.fxe4 ll.Si.lb2 Si.le4 (o começo de um plano 16.exd5 ~xd5 17Jãadl
Si.lg4oo) 10.e4! dxe4 ll.~e4 h4 12 .~3 interessante para chegar a uma pos i- As brancas estão ligeiramente me-
4lli6 13.fuf5 fuf5 14.1/Ng41/Nd7 !5.b4 ção da Defesa llolandesa trocando o lhor, a posição lembra uma abertura
hxg3 16.hxg3 0- 0- 0 17 .~cS f'lxcS famoso bispo mau) 12 .~e3 f'ld7 (tam- Catalã onde o Si.l branco cria problemas
18.bxcS, com vantagem branca devi- bém era poss ível 12.Jâc8, com a idéia para as negras, com sua ação na grande
do ao par de Si.l's e a que desenvolve- de jogar cS) 13.a3 fS 14 .l;'icl \We8 diago nal. Bareev, E- Morozevich,A,
rão um forte ataque na coluna " b". 15 .~el 0xg2 16 .~3xg2~f6 17.e3 ~h6 Campeonato Russo 1995 ( 1- 0 em 35).
como ocorreu em S truchkova.S- I S 0 d3 ~f6 19 .h4 0e4 20.\\lle2 flb8
Ovchinikova,J , Campeonato Russo 21.flgtL! '- d7 22 .:tg2 ~d6 23l'ihl aS,
(feminino), Elista 1997 (1-0 em 34); com uma luta complexa, Yyzma-
II) As negras regressam
B2) 8.1/Nb3 8-...,.1/Nb6 9 .~h4 Si,lg6 navin ,A - Morozevich,A, Grand Prix com o fl à casa c6
10.fug6 hxg6 ll.e4 ~f6 12.exdS cxdS Intel USA 199S (0- 1 em37); l.f'lf3 dS 2.d4 4k6 3.g3 ~5 4.~g2
13.1/Nxb6 axb6 1 4.~b5 wd7 lS.Si.lf4 flh5 B) 8.fleS ~f6 9.flc2 h6 I O.b4 (ga- flb4 5.fla3 e6
16.~g5 flc7 17.a4 ~bS l8.axbS Si.le7, nhando espaço no flanco \\11) I O... c6 Melhor que S...~f6 6.c3 flc6 7.\\llb3
e as negras não têm maiores proble- ll.f'le3 Si.lh 7 12.a4 ~c7 13.\\llb3 f'le4 b6 (7 ... ~b8) 8.~f4 ~aS 9.\\lld1 e6
mas, Pomes,J- Izeta,F, Ampuriabrava 14. f3 ~d6 lS .aS 0- 0 16. ~d2 \We8 1O.®a4+ \\lld7 ( 10... c6 1l.b4±) ll.flb5
(ESP) 1997 (Y2-Y2 em 4 7). 17 .f'ld3 ~d 8 1 8.~fe 1 h5! (jogada típica Si.ld6 12 .~xd6 cxd6 13.flxd6+ we7
6.0-0 para debilitar o flanco w branco) 19 .flfl 14.®xd7+~d715 .~5+exfS16.f'lb4,
Também se jogou diretamente 6.c3 ~4 20.~f4 -tlbS 21.e4 h4 22.l;'iad I b6 1-0, Romanishin- Kuprejchik, Cam-
fla6 7.1/Nb3l:fu8 (7 ...1/NcS!?) 8.~h4c69.~f5 23.axh6 axb6 24.gxh4 ~a8 2S.~al peonato Soviético 1980.
exfS 10.f3 ~f6 11 .0-0 Si.le7 (11...1/Nd7) Si.lxh4 26.Si.lg3 Si.lxg3 27.hxg3 \\lld7 e as 6.c3
12.e4! fxe4 J3 .fxe4 dxe4 14.Si.lxe4 0-0 negras estão bem, Datu,l-Egorov,E, As brancas podem retardar 6.c3,
1S.Si.lg2 ~7 16.Si.lf4 Si.ld6 17.Si.lgS ~e8 Mundial por Equipes U- 26, Roque mas se chega a posições parecidas,
18.flc4 e o par de Si,l's, unido ú pressão na Saenz Pena (ARG) 1997 (Y2-Y2 em 43). vejamos: 6.0- 0 ~e77.c3 flc6 8.~c2
coluna "f' e à maior atividades de sua<; 8...®c8 9.~el fl f6 9.flce1 h6! (um plano mais ativo
peças, dão indiscutível vantagem ao pri- As brancas não obtêm nada inten- que 9 ... 0-0 10.~d3 aS ll.a4 ~e4
meiro jogador, Krasenkov,M-Sobjerg,E, tando abrir a coluna «C» para incomo- 12.@f4 ~d6 l3.!!cl ~xf4 14.fuf41/Ne7
Copenhague 1996 ( 1-ú em 40). Sem dú- dar a \\11 negm como ocorreu na seguinte IS .~3 ~a6 16.\\llb3 lãb6 l7.\\lla2, e a
vida, as negras necessitam de wna me- partida: 9 .c4 c6 I O.~f4 ~f6 li.:Bac l O- posição das brancas é mais fácil de
lhora nessa partida. O 12.fleS :Bd8 13 .flc2 h6 14.:Bfdl ~7 jogar, como ocorreu em Sunyé-Vera,
6...~e7 IS.a3 aS 16.\\lla2?! (melhor era 16.g4!? Brasil 1997, embora a partida tenha
Creio que é conveniente realizar 0 h7 17.\\llh3!? t. wh I , ~g l) 16... a4 X\\lla2 terminado em empate posteriormen-
este movimento antes de f'lf6 pois se 17. ~d2'11 ( 1 7.~b4= Morozevich,A ) te) 10.b3 ~4 ll.~b2 gS 12.~2 1/Nd6
evita o ataque f'Jh4. 17 ... -tle4 18 .Si.le I Si.lf6 19 .flb4? 13 .~d3 0- 0- 0 14.~xe4 ~xe4 15.f3
7.c3 ~a6 ( llJ.f3.~6 20.fle3 Si.lh 7 2l.Si.lb4oo) 19... c5 Si.lg6 16.e4 h5 17.a4 h4 18 .~a3 ~d7

LANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26 31


19.b4 hxg3 20.hxg3 f6 2 l .exd5 exd5 A justificação tática de todo o ll.®b3 a6 12.~bl ~4 13.~e l
22.®d2 ~d6 23.wf2 :~Ih2 24.:1Ih t ®h3 jogo branco, que agora cria ameaças [ 13 .~3!?]
25.:1Ixh2 ~xg3+ 26.Wfl ®xh2, com desagradáveis. 13...h5!
vantagem decisiva para as negras, 14 ... e5! Com o jogo fechado, as negras se
Antunes- Arencibia, Andorra 1995. Única para opor-se ao duplo ata- permitem esta demonstração no flanco
6 ...~6!? que a c6 e h5. 1!7, cujo principal objetivo é debilitar
IS.dxeS um pouco a posição do 1!7 branco.
Ganhar o peão não era saudável pois 14.~e5
logo após 15.~c6+? ! bxc616.Wx~6+®d7! Se 14 .h4 gS!? e o ataque toma
17.®xd7+ wxct7+' as negras estão algo mais força.
melhor devido à pressão sobre b2 e d4, t4... r6 ts.ruJ ~s!?
ademais ambos os f:l's brancos estão po- Melhor que 15 ... h4 16.f3 ~gS
bremente situados, por exemplo: 18.dxe5 17.~2.
(l8.flc4 exd4 19.cxd4 :!Ihe8+) 1 8...~xh4 t6.f3 flh3+ t7.wht h4! t8.gxh4
o
19.gxh4 rub2. melhor caminho era 5.d5 Cedendo a importante casa f4, que,
a6 16.Wd3 fle7 17.ffi, con jogo i!,rual. de todas as formas, cairia nas mãos do se-
15...0 xh4 16.e60 ~gS! 17.f4 gundo jogador após l8.g4~d3 19.®xd3
e agora. em vez de 17 ... 0-0, que flf4, com posição preferível para o negro.
conduziu a empate em Timman,J- 18...~xd3 19.®xd3 ~f4 20.®e3?!
Noguenas,J. Yerevan (ol) 1996, as Melhor era 20.®d2.
7.®b3 negras obtenam vantagem com I 7 ... 20...e5!
Esta jogada, unida aos próximos ~xf4! 18.®x h5 ~xg3+ 19.we2 ®f6! tJ. As negras se apoderam do con-
movimentos, é um intento direto de re- ... I.!!Je(i 20.®xt7+0 ®x t7 2l.ext7+ wxt7 trole das casas negras, ao mesmo tem-
futação da variante com o regresso do fl 22.0d5+ we7+, como demonstrou o po que trazem o ~ de c7 para o jogo.
a c6. Outros planos mais lentos tampouco próprio Nogueiras.. 2l.fld2
têm dado vantagem, v~jamos: Como se mencionou, as brancas po- Não adiantava tomar o peão, pois
A)H~bl (umplanodemasiadopas- dem intentar wn rápido4.c4,porém, como as brancas teriam problemas na gran-
sivo para ser perigoso) 7 ...fltõ 8.0-0~e7 veremos a seguir, isto tampouco tem dado de diagonal negra, vejamos: 2l.dxe5
9.~bd2 h6 10.~5 flxe5 ll.dxeS ~7 vantagem ao primeiro jogador. f:lce6! 22.l~lg3 fxe5 23 .r.t,lx f4 ~xf4
12.f4c613.e4dxe414.fue4 ~5 15.We2 l.flf3 dS 2.g3 flc6 3.d4 ~fS 4.c4!? 24.Wxe5 0- 0 25.~3 ~f6+.
®d3 16 .®xd3 ~xd3 17 .b3 flxcl Um intento de tomar a iniciativa 2l...flce6 22.~b3 ®d7 23.lldl
18.:1Iaxcl 0-0-0 19.f!cdl Wc7, com e evitar as variantes em que o fl negro aS!!
igualdade, V adasz,L-Gonzalez Garcia,J, salta para b4. e as negras tomaram definitiva-
Gyula (HUN) 1997 (V:rV2 em 36); 4 ... e6 s.~g2 ~b4!? mente a iniciativa ao romper a cadeia
B) 7.fr2 ~e4 (7 ... ~e7) 8.0-0 f:lf6 As negras, de todas as maneiras, de peões brancos do flanco dama,
9.~el ~d6 10.~3 0-0 ( I O... h6!?, se- buscam posições com os fl's em b4 e Pigusov-Vera, Linares 1997.
guido de g5 como na partida de a3. Era interessante 5 ... ~b4+ 6.flc3
Antunes- Arencibia mencionada aci- dxc4 7.0-0 ~xc3 8.bxc3 çt;le4 9.~h3
ma, é o mais indicado) ll.b3 a5 ~xf3 I O.exf3 flge7 ll.®a4 ®d5 e as
Conclusões
12.~b2 bS 13.a4 Wb8 14.axb5 ®xb5 brancas não têm suficiente compensa- A variante iniciada com os movi-
15.c4 dxc4 16.bxc4 ®b7 17.0c3 flb4 ção pelo A sacrificado, Todorcevic,M- mentos l.d4 dS 2.ffi fr6 3.g3 ~!? é
18.l:Thl;l; Schandorff,L- Mortensen,E, Efimov, 1991 (O- I em 45). uma alternativa válida para opor-se à
Copenhague 1996 (0- 1 em 60). 6.f:la3 ~e7 7.0-0 c6 Abertura Reti, mas apenas se utilizamos
7 ..Jib8 8.~h4 ~g4 9.e4 Também era possível 7 ... fl f6!? posteriormente a ativa idéia4~ flb4!?,
Parece que o branco vai logrando R.flh4 ~g4 9 .h 3 ~h5 I O.g4 ~g6 que fo i analisada neste trabalho, depois
seu objetivo de romper no centro, mas LI.flxg6 hxg6oo. da qual as negras têm duas maneiras de
agora suas peças ficam um pouco desor- 8.çt;id2 flf6 9.c5 retirar o fl: a6, que foi a idéia original de
ganizadas e as negras obtêm contrajogo. As brancas poderiam tratar de ga- seus criadores, e a mais moderna a c6.
9 ... dxe4 IO.~xe4 flf6 llhar um peão com 9.Wb3 aS 10.c5 b6! Em ambas as continuações, com jogo
Era perigoso 10... ~e7 ll .h3 ~h5 ll.çt;ixb4 axb412.®xb4 bxc5 13.dxc5 0-- preciso, o negro tem oportunidades de
12.Wb5! 0 14.~4 Wc7 15.flxf5 exf5~, mas neste igualar ou complicar a luta, embora este
ll.~gS ~e7 12.~xf6 caso a pressão nas colunas abertas "a" e autor, assim como os GM' s cubanos No-
Menos ambicioso é 12 .~g2 0-0 "b", assim como a debilidade do peão gueiras e Arencibia, damos preferência à
13.h3~ 14.~h615.~f6~f616.ffi de c5 dava muito bom jogo ao negro. retirada a c6. Tampouco o avanço ace-
~g6 e as negras não têm problemas. 9 ...fla6 IO.b4 flc7 lerado 4.c4 tem dado verdadeiros pro-
12...~xf6 13.h3! ~hS As brancas ganharam espaço no blemas ao negro, como se demonstrou
Não 13 ...~4 por 14.hxg4, com flanco®, mas seu rival não tem pon- em meu encontro com Pigusov. Creio que
vantagem. tos débeis e a longo prazo poderão são os jogadores da Abertura Reti com
14.®b5 operar no tlanco 1!7. brancas que têm a palavra.

32 lANCE Revisto Brasileiro de Xadrez n° 26


História dos Campeões do Mundo
Por Gan:y Kasparov fChessBase)
IV- Lasker (II)

enhuma história da carreira tinha pouco com que se preocupar. para reconhecer seu erro tão cedo.
N de Lasker é completa sem a
seguinte famosa partida. O jovem gê-
tl.'f)b3 f6 12.f5! 16.fle6 :r::íd7 17.:r::íadl ~8 18.:r::íf2
bS 19.ã:fd2 ã:de7 20.b4 <tlff7 21.a3
nio cubano Capablanca estava jogan- ~a8?
do facil e convincentemente neste tor- O ponto de interrogação é mere-
neio - provavelmente o mais forte jo- cido, não pela jogada, mas pela idéia
gado até então. Lasker. como de pra- de abrir a coluna "a", que pode ser
xe, começou bem devagar e. a quatro usada efetivamente apenas pelas tor-
rodadas do final, estava um ponto in- res brancas. Evidentemente o negro
teiro atrás de Capablanca e tentava perdeu a batalha estratégica, mas o
desesperadamente alcançá-lo. Sua sacri fi cio de qualidade 21.. .ã:xe6
última chance de lutar rela vitória no 22.fxe6+ ã:xe6 teria lhe dado as me-
torneio era bater o líder. lhores chances de luta.
22.wf2 ã:a7 23.g4 h6 24.ã:d3 aS?
Emanuel Lasker - 25.h4 axb4 26.axb4 ã:ae7
José Raúl Capablanca Uma triste retirada.
Ruy Lopez/Trocas (C68) f1e acordo com as clássicas leis
21.wn ã:gs 2s.wr4 g6 29.ã:g3 gs+
São Petersburgo, 1914 da escola posicional de Steinitz, esta
A última jogada criticada pelos
jogada deve ser condenada . O branco
comentaristas. Mas é muito tarde para
l.e4 e5 2.flf3 flc6 3.0 b5 a6 tica com um peão fraco em e4, o negro
bons conselhos. 29 ... gxf5 não oferece
4.~xc6! tem um ponto forte em e5, com uma
qualquer alív io: 30.exf5 d5 3l.g5!
Uma escolha muito surpreenden- desvalorização da vantagem de peões
hxg5 + 32.hxg5 fxg5 + 33.fug5+ <tlff8
te. A variante das trocas da Ruy Lopez das brancas no flanco-rei excesso
34.f6 ã:a7 35 .we5! etc.
era uma anna perigosa nas mãos de de aspectos negat1vos para apenas uma
30.wf3 flb6
Lasker, mas ninguém na audiência e sú jogada. Mas Lasker, com seu olho Uma tentativa desesperada.
entre os participantes acreditava que de águia. tinha visto muito além. 31.hxg5 hxgS 32.Ii:h3!
esta calma abertura poderia funcionar 12...b6 Lasker continua a executar seu
contra Capablanca. cuja excelente /\q ui 12... ~d7 1 3.~t4!'í:ad8foi re­ plano sem qualquer desvio de rota.
técnica era já largamente reconheci comendado por severos anal istas 32 .ã:xd6 teria dado algum tempo de
da. Com a charmosa autoconfiança da fW' 1 lll!lf'fcm. Mas obv1amente o bis
respiro ao negro: 32...flc4 33.ã:dl :r::íh8.
juventude, José Raúl infellzmcnte po está mais bem colocado em b7, 32...ã:d7
compartilhava essa falha concepção e onde ele ataca o peão de e4. O cavalo está acorrentado à casa b6.
não reconheceu as reais intenções de IHif4 ~b 7? Após 32... flc4 33.ã:al , a invasão com-
Lasker. Agora um grave erro! Em termos binada das torres brancas nas colunas
4...dxc6 S.d4 exd4 6.®xd4 Wxd4 gerais. o negro deveria ficar feliz em "a" e "h" demoliria a defesa das pretas,
7.fud4 desdobrar os seus peões "c". mas aqui 33.wg3
Agora até as damas estão fora do o peão "d'' tornar- se- ú uma fraqueza A preparação final.
tabuleiro. Esta é a forma de jogar por permanente. Necessário era l3 ... Çixf4! 33 ... we8 34.ã:dhl ~b7
uma vitória na partida decisiva? 14.l';xl4 c5 1 IS.ã:dl ~b7 l6.ã: f2 ã:ad8
7...~d6 8.flc3 fle7 9.0-0 0--6 I O.f4 1 7.~xd 8 (ou 17.ã:fd2 ã:xd2 1 8.~xd2
ã:e8 flc() I 9.ã:d7 ã:c8 e depois de fle5 o
Mais tarde, o Dr. Tarrasch sugeriu negro estú muito bem) 17 .. .!h d8
como melhor a linha: IO...fS ll.eS ~cS 18. ~d2 ã:xd2 19.flxd2 flc6 .
1 2.~e3 ~xd4 l 3.~xd4 b6 e, a despei- Este plano foi recomendado por
to do forte peão passado das brancas. Capablanca- mas somente depois que
o negro tem recursos defensivos sufi- a partida estava definida ...
cientes. Tão forte foi o impacto do pia 14.~xd6 cxd6 15.fld4 ã:ad8?
no original de Lasker que os comen Capablanca ainda não leva o pla-
taristas tentaram melhorar o jogo das no branco a sério. Mas o cavalo em e6
pretas o mais próximo possível do iní- se rá uma espi nha em sua garganta.
cio da partida! Mas Capablanca esta- Logo. era obrigatório IS... <;i.lc8 . Tal-
va certo em seu julgamento: o negro vez o cubano fosse orgulhoso demais
lANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26 33
35.e5! do título de Lasker, forçando-o ajo- 24.fid2 (24.we3 ~g5+) 24 . .. 1//Je4+
Após 23 jogadas (desde l2.f5), o gar um novo match pelo Campeonato 25.wf2 ~d4+ 26.Wg3 ~c3+ etc.
negro não foi capaz de neutrali zar este do Mundo com este jovem e enérgico Pode-se pensar quel9.e7!? pare-
peão! oponente, sob condições muito des- ce mais forte, mas não quebra a coor-
35 ... dxe5 36.fle4 fld5 37.fl6c5 favo ráveis. denação das peças pretas: 19 ... fie8!
~c8 38.f)xd7 ~xd7 39.fih7 fi f8 {l9 ... fic8?? 20.®f5! e a dama volta para
40.fial a defesa.) 20.bxa3®b6+ 2 l.wc2 fic8+
Harry Nelson Pillsbury-
Punição dolorosa para o erro na 22.Wd2 ~xd4 e depois desta mortal-
Emanuel Lasker
jogada 24. mente calma jogada o branco está sem
G;unbito da Dama (040)
40...wd8 4l.fia8+ ~c8 42.flcs defesa, por exemplo: 23.we2 ®e6+
São Petersburgo, 1896
E o negro abandonou. O velho 24.117D ®e3+ 25.Wg4 g6 26.®xd5 h5+,
mago do xadrez Lasker foi o ganha- com mate a seguir. Seria interessante
l.d4 eiS 2.c4 e6 3.flc3 flf6 4.flf3
dor deste confronto histórico. O efei- saber se um computador pode chegar
cS S.~gS cxd4 6.1//Jxd4 flc6 7.1//Jh4 ~e7
to psicológico de sua brilhante vitó- perto de executar semelhante grande
8.0-0-IJ ®as 9.e3 ~d7 1o.wb 1 h6
ria foi duradouro. Um Capablanca combinação.
ll.cxdS exdS 12.f\d4 0-0 13.~xf6
chocado perdeu com as brancas na 19... fi xf7 20.bxa3 ®b6+ 2l.~b5!
0 xf6 14.1//JhS flxd4 l5.exd4 ~e6 l6.f4
rodada seguinte para o Dr. Tarrasch. E A melhor chance. 21.wal ~xd4+
fiac8 17.fS
mesmo sete anos mais tarde, em seu ou 2l.wc2 fic7+ perderiam ambos
match pelo Campeonato Mundial com como acima demonstrado.
Lasker, ele jamais jogou 3 ... a6na Ruy 21...1//JxbS+ 22.<i>at fic7?
Lopez! Uma pena. Após dispender tanta
O americano Harry Nelson energia e cri atividade para alcançar
Pillsbury foi uma das mais brilhantes esta posição, Lasker, sob extrema pres-
estrelas do firmamento enxadrístico. são de tempo, omite a simples vitória
Ele nunca disputou um match pelo 22 ... ®c4 23.®g4 fie7 !, ameaçando
Campeonato do Mundo, mas durante ...fie4 e ... fie2, por exemplo, 24.f!he I
um ano foi considerado o futuro do ~ xd4 + 25.®xd4 fixei 26.®xc4
xadrez. Uma vitória sensac10nal em (26.®d2 fixd L+ 27.1//Jxdl) 26 ... fixd I+.
sua estréia internacional no Torneio 23.fid2 !!c4 24.fihdl?
de Natal de Hastings em I X95/96, à Perdendo novamente. 24.fiel! te-
frente do recentemente coroado cam- ria levado a um bonito empate:
peão do mundo, Lasker, deu- lhe um Como você pode ver, ambos os 24 ... 1//JaS! 25.fie8+ Wh7 26.®f5 + g6
lugar entre os jogadores rea lmente jogadores estavam com real espírito 27.fie7+ !! (27.®xf6?? !'rei+ 28.<i>b2
melhores. Na época, havia uma incer- de luta. Depois do ''normal" J 7 ...~d7 ®c3#) 27 ... ~xe7 28.1//Jt7+ <i>h8 29.®e8+
teza sobre a verdadeira hierarquia no I R.®fJ. a posição permaneceria com wg7 30.®xe7+, com xeque perpétuo.
topo do mundo do xadrez, o que tor- chances recíprocas. Mas aqui Lasker 24 ... fic3?
nava inevitáveis novas disputas. Para deslancha uma bela, profundamente Um sério erro, que poderia mudar
clarificar a situação, cinco dos melho- ca lculada combinação, que qualquer tudo dramaticamente. 24 ... ®c6! daria
res jogadores do mundo foram conv i- jogador de hoje ficaria orgulhoso de ao negro uma fácil vitória.
dados para um torneio em São Pe- achar. 25.®f5
tersburgo, em 1896: Lasker. Steinitz, 17...!!xc3!! 18.fxe6? 25.!!el! era mais enérgico, for-
Pillsbury, Chigorin e Tarrasch (no úl - Objcli vamente 18 .bxc3 ®xc3 çando o negro a se retirar: 25 ...fic8 e o
timo momento, Tarrasch cancelou sua 19. ®t3 era melhor, mas Pillsbury não branco tem uma clara vantagem.
ida por causa de seus deveres como entende porque de veria encaminhar- 25...®c4 26.<i>b2?
médico). Cada jogador disputou seis se para um final inferior. O apuro de tempo de Lasker está
partidas contra cada um dos outros. 18 ...fia3!! deixando Pillsbury nervoso! Ele sen-
Após três rodadas, Pillsbury estava na Este paradoxal sacrifício de torre te que seu oponente perdeu o fio da
liderança e Lasker era o segundo, mas força o rei branco a ir para o campo de meada, mas ele próprio não pode man-
até ele estava perdendo no seu micro- batalha, onde ele encontrará seu des- ter o rumo. 26.Wbl! causaria sérios
match contra Pillsbury: 2- 1. Foi so- tino. problemas para o negro, por exemplo,
mente devido à bem sucedida per- 19.ext7+ 26 ... fixa3 27 .fiel! e a história do xa-
formance de Steinitz contra o líder que A engenhosa idéia de Lasker pro- drez teria tomado um caminho dife-
Laskerconseguiu ficar no páreo, ape- vou ser correta em todas as variantes: rente.
nas um ponto atrás de Pill sb ury. A 19.hxa3 ®b6+ A) 20.117al 20 ... ~xd4+ (Ver diagrama)
partida seguinte foi jogada na quarta 21.fixd4 ®xd4+ 22.wbl fxe6 23.0e2 26 ...fixa3!!
rodada. Se Pillsbury ga nhasse , o re- ®e4+ 24.ila I fi t2, com um ataque de- No mundo mágico do xadrez, o raio
sultado do torneio seria mais ou me- c isivo; ou B) 20.ilc2 fic8+ 2l.wd2 pode cair duas vezes no mesmo lugar!
nos claro. E então o mundo do xadrez ®xd4+ 22 .we I (22.~d3 fi c2 +!! Imagino se Pillsburypôde acreditar em
colocaria em questão a legitimidade 23.ilxc2 ®b2#) 22 ...1//Jc3+ 23.We2 ®c2+ seus olhos - aqui o horror volta!

34 LANCE Revisto Brasileiro de Xadrez no 26


gar, depois de Steinitz. Ele nunca vol- dama, seus dois bispos causarão con-
tou a alcançar o pico de fo rça de jogo siderável incômodo ao branco, espe-
daquele ano magnífico, e morreu oito cialmente por causa do duvidoso ca-
anos ma is tarde, aos 34. Quem sabe valo em h4. Este é um claro sinal para
quão fre qüentementeHarry Ne lson Lasker não perder tempo. O leão deve
Pillsbury reviveu aquele dramático dia dar o bote!
em São Petersburgo e as chances que 15.®b5! ~ 16.®a5
ele desperdiçou - chances que teri am Evitando a traiçoeira armadilha de
mudado toda sua vida de uma vez para Marsh all: 16.flxd5 ~xd5 17.®xd5
sem pre. ®g5+ 18.®xg5 hxg5, ganhando o po-
Antes de detxannos o segundo bre cavalo.
campeão da história do xadrez, eu gos- 16 ... a6 17.~xa6 bxa6 18.®xa6+
taria de que você me acompanhasse na Wb8 19.flb5 flb6--20Jâd 3 ®gS+
27.®e6+ wh7 28.wxa3'!? apreciação c análise de um exemplo A lguns com entaristas bradaram
Exausto pelo vendaval preto. li na I de seu trabalho.A partida seguinte que 20 ... ®g5+ foi um erro. Na verda-
Pillsbury sucumbe a uma ameaça de provocou um pouco de debate sobre a de, disseram, o imediato 20 ... flc4 te ria
combinação com a qual Lasker ven- impedido a aparição da torre em b3,
mate. 28.wb l também pe r d ia:
ceu seu rival americano Fran k p or causa de 2 l .lâb3 ®g5 +
28 ...~xd4! 29.®f5+ g6! 30.!Wd7+ ~g7;
Marsha ll. É interessante saber como 22.Wb I fld2+. Está essa avaliação cor-
mas o imediato 28.®f5+ ! teria salvado
nossos leitores ava liarão a posição - reta, teria sido errônea a fam osa com-
meio ponto: 28 ...wh8 29.<.Y bl! ffxa2!
com ou sem a ajuda do computador. binação de Lasker? Como teria pro-
(29 ... ~xd4 30.®f8+ Wh7 31.~x a 3)
cedido Lasker se seu oponente tives-
30.fua2 ®b3+ 31.Qic I 0g5..- (31 ... ®xa2
Emanu el Laskcr- Frank Mar shall se jogado 20 ... flc4? A resposta é que o
32.®c8+wh7 33.®c2 r) 32Jâacl2 ®c3+ Pctrov (C 42) branco pode ganh ar, após 20 ... flc4
33.®c2 ®ai+ 34.®b I ®c3+. empate. São Petersburgo, 19 14 21.l::l:b3! l/llg5+, de duas formas dife-
28 ...®c3+ 29.i>a4 bS+! rentes:
O toque final. I .e4 eS H )t3 flf6 3.flxe5 d6 4.flf3 A) 22.f4!? gxf3+ 23.cj,lbl fld2+
30.Wx b5 ®c 4+ 31.Wa5 ~ d 8+ flxe4 s.®c2 ®e7 6.d3 flf6 7.~g5 ~e6 24.<.Yal flxb3+ 25.cxb3 ®xg3 26.flxf3
32.®b6 ~xb6# 8.flc3 fl bd7 9.0-0-0 h6 IO.~h4 gS ~d·6 27.lâc l ~f4 28.fle5 ! ~xe5
E chega ao fim este fascinante dra I I .~g3 flhS l2.d4 flxg3 13.hxg3 g4 29.®a7+ ! (29.dxe5? ®e3) 29 ... Wc8
ma humano. "Erros d emais" , dirá 14.flh4 dS 30.dxe5 <.Yd7 3l.flxc7! ®h4 32.flxd5+
você? Por favor, não se apresse em
We8 33.flc7+ Wd7 (33 ... Wf8 34.fue6+
"apagar" esta partida. Lembre- se de
fxe6 35.lâfl+ e mate) 34.®c5 !, com
sua singular importância hi stórica!
ameaças decisivas;
Naquele dia , Caissa escolheu Laker e,
B) 22.Wbl 22 fld2+ 23.'i9al fub3+
como sabemos hoj e. a Deusa do xa-
drez não erra. Sua cruel decisão mar- 24.cxb3 ~d6 25.®a7+ wc8 26.fud6+
cou uma encruzilhada na vida de am- lâxd6 (26 ... cxd6 27.f4! gxf3 28.flxf3
bos os jogadores. Lasker, inspirado por ®e3 29.l::l:e l ) 27.®a8+ r;i;>d7 28.®xh8
sua vitória, ganhou o torneio convin- lâc6 29 .a3 l::l:c2 3 0. f4 gxf3 3 l.fuf3
centemente. Mais tarde naquele ano, ®xg3 32.®f8+-.
ele arrasou Steinitz em um match- 21.'i9b I ~d6 22.lâb3 lâhe8 23.a4!
revanche e manteve o seu título por ~f5 24.fla7! ~d7 25.a5 ®d2 26.axb6
mais 25 anos! Pillsbury, após o de- lâe I+ 27.Wa2 c6 28.flb 5 cxbS 29.®a 7+
sastre acima, entrou em colapso , per- E as pretas abandonaram (29... Wc8
dendo cinco partidas das oito rema- O negro está a apenas uma jogada 30.®a8+ ~b8 3l.®a6 é mate). Uma
nescentes, fina lizando em terceiro lu- da fe lic idade. Após rocar na ala da demolição impressionante.

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Quem mata esta?
Herman Claudius van Ri emsdijk

a) Da prática
Diagrama I Diagrama 2 Diagrama3_
Speyer x Couvée Weber x W indfuhr Duras x Olland

As brancas jogam e ganham As brancas jogam e ganham

Diagrama4 Dwgrama 5 Diagrama 6


Bauer x Gõllner H. van Riemsdijk x Tarjan Karsa x Németh

As brancas jogam e ganham As brancas jogam e ganham As brancas jogam e ganham

Diagrama 7 Diagrama 8 Diagrama 9


Petrosian x Simagin Cohn x Soares Budrich x Gumprich

As brancas jogam e ganham As brancas jogam e ganham As brancas jogam

38 LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26


b) Composições
Diagrama 10 Diagrama 11 Diagrama 12
A.Zarur A. S. Gurevich V. A. Korolikov

Mate em dois lances As brancas jogam e ganham As brancas jogam e ganham

~-------------------S_o_I_u~ç_õ_es__c_om
___te_x_t_o_e_x~p_li_·c_a_ti_v_o_________~ ______ ~
Diagrama I Jncsma peça <.:ontam <.:omo um ~o. ào 2 ... wg8 3.:Se8+! (Xeque com dupla
A. S peyer x C ouvée l; verdade. pois ~.:ada um pode ter ca- função: desvia o cavalo da defesa de
(Amsterdam, 1902) ra<.:rcrí-;ticls diferentes. Assim. deve- h7 e promove um autob loqueio na
JJJos considerar ~cte xeq ues di stintos casa e8.) 3 ... '8xe8 4.~7+, abando-
Antes de mais nada. <.:ostumo per- nesta posição. Scí um leva à solução: nam. ·1-0 Contra o 4 ... Wh8 , vem
guntar aos meus alunos "quantos xe- 5. '8xf7++ e a 4 ... wf8, seg ue-se
ques existem na posição". É impressi- 1. 0 f8+! ~ h5 V ilJ xh5+! gxhS 5.~h7++.
onante como os jogadores. mes mo os J.â h6++ t - Il
mais fortes, têm di ficuldadc cm dete<.:- Diagrama 7
tar a quantidade de xeques ü sua dis- Oiagrama 4 Petrosian x Simagin
posição. Bauer- Giillner (Berlim, 1956) (Moscou, 1956)
Esse "mau costume" de não a nal i- l ~ is um belo exercício. Costuma-se achar que jogadores
sar os xeques "absurdos" deve ~er J. :;'f xh6 +! gxh6 (Ou I ... c;h h6 muito sólidos, dos quais Tigran é um
abolido do método de análise. princi- 2. ®g:> t wh7 3.®h4 + wg 6 4.rs++) protótipo, têm muitas limitações táti-
palmente dos jogadores em for mação. 2.\!.Y :,.:IH! '8xg8 3.t;k\f5 ++ cas. Cheguei a vê-lo jogar xadrez re-
O número correto de xeques é seis lâmpago. Era um táti co terrível. Uma
(fuc8+, ~f5+, '8g6+, ~xd5 +, exf6+ e Diagrama 5 bela demonstração, no xadrez pensa-
®xb7+) e a solução, nada dit1cil, é: H. van Riemsdijkx Tarjan (Tor- do, vem a seguir:
t.®xh7+! :Sxh7 2.~g6++ 1- 0. neio lntcrzonal - Riga , 1979) l.®a8+! wg7 (l...we7 falha por
I .~c4+! wd7 2.'8ac5+ (Por meio 2.1/Yxa7+ e a torre cai com xeque.)
Diagrama 2 de do1 s xeques as brancas melhoram 2 .~xe5+! I/Yxe5 3.®h8+! Wxh8 4.ilif7+,
Weber - Windfuhr (Match as condições para o bote final.) 2 ... abandonam. 1-0
Solingen x Wupperta l. 1935) ifc7 3.1âxc6+! wxc6 4.b5+ cJic7 (Não
Quantos xeques hú nesta posiçào' 1 hú como fug tr do duplo. O resto é só Diagrama 8
A resposta vem ráp1da. "três: !!fR+. <:\perneJO.) 5.~e6+ Wb6 6.'8xf8 ~xf3+ Max Cohn- Cesar Soares Filho
!!e7+ duc4 1-."- ''Não. não. o bispo tú 7.Wd hS 8.gxh5 g4.9.h6 g3 10.117 g2 (São Bernardo do Campo, 1979)
cravado". Mas a resposta está certa. ll.h8\W gt ® t2.®f6+ wa713.®a6+ wb8 Max Cohn foi sampeão paulista
pois a solução é 14.fld7+wc7 1S.®d6+ wd8 t6.'8dc5+. juvenil (à frente de Mitos !), primeiro
l.d8~+! Wf6 2.!!e6+ e as brancas abandonam. 1- 0 tabuleiro da Hebraica de São Paulo e
ganham. o antecessor de Milton Matone como
Diagrama 6 diretor de xadrez naquele clube. É
Diagrama 3 Karsa - Németh (Harkány, 1986) c onhecido por se u xadrez vistoso.
Duras - Olland (Torneio Magis- l.fle7+ Wl'8 ( 1... c;i(h8 2.flxf7++) Mas, como sempre, há os momentos
tral de Carlsbad, 1907) 2.~c8+! (Cortando a açào da torre. Há de exceção. Max jogou Uâd2? e em-
Outro e rro comum é <.:onsiderar que oito xeques diferentes. 2.'8g6+. ades- patou por causa do xeque perpétuo,
todos os xeques a descoberto ele uma <.: nberto e duplo. só leva à repetição.) deixando escapar o brilhante e total-

lANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26 39


mente forçado sumado em lidar com a originalidade, wg4, We6 e Wg6. Nas quatro refutações,
t.Wg8+ we7 2Jâxt7+! ~xt7 3.~f5+! (Zarur) j:í deu enorme contribuição ao a peça branca a dar o mate está
exf5 4.Wxf7+ wd8 s.Wf6+ we8 6.~t7+ Problema Mundial. Com seu método cravada. Uma concepção única.
wf8 7.~h5+ wg8 8.~gl + ~:.:2 9.~xg2+ todo especial de compor. c riativo c in-
wh7to.Wg7++. dependente. sem desobedecer às re- Diagrama 11
gras. extrai sempre o máximo e o me- A. S. Gurevitz
Diagrama 9 lhor. quer de suas novas idéias, quer "64", 1930
Budrich x Gumprich de suas idéias pré-estabelecidas. Já l.b4+! wa4 (I ... wb5 2.í1id3+)
(Berlim, 1950) realizou. tanto no gênero ortodoxo 2.flb2+ wa3 3.flc4+ wa4 4.~c2+ wb5
l.~xd5+! (forçando a abertura da como no heterodoxo. verdadeiros pro- 5.fld6+wc6 6.b5+! Wxb5 7.g;te4+(Con-
coluna "c") 1... cxd5 2.Wxf8+! (elimi- dígios da compos ic,:ão. Nos torneios do tra 7.~xb5 wxb5, seguido da captura
nando a çiefesa da última fileira) 2 ... Clube de Xadrez de Guaratinguetá do peão, as pretas empatam.) 7 ... wxc5
wxf8 3.~c8+ e mate no lance segui n- ( 1061-66 ). obteve seis Primeiros Prêmi- (7 ... wd7 R.~b5, com mate de bispo e
te. Não! Agora vem J ... ~dX~ 11 c são as os -.<.:guidos. -;cndo um H2 (mate aju- cavalo a seguir.) 8.~b7++.
pretas a dar o mate no lance segu inte! dado em dois lances) escolhido para o
Opa, esqueci de colocar um peão pre- "Fidc /\ lhum"dc 1%2-64' Diagrama 12
to em g4. No c<.:ntésimo Torneio da British V. A. Korolikov
Este é o primeiro diagr:tm:t do ex - Chess Federation obteve, no "mate- "64", 1937
celente livro "Combinaciones en cm-do i~". o 1". 2" (co m o pseudônimo 1"/2" Prêmios
Ajedrez", de Kurt Richter. de A. Elias) e Y Prêmios, mai s a Y Para terminar o nosso festival de
Lá existe o peão de g4. (iosto de Menção Honrosa. O tema foi o "xeque xeques, mais esta jóia:
mostrar a posição assim para colocar extravaganza" com o lance chave apli- J .í"fh5+! (As pretas ameaçavam: 1
umalertaaosjogadores mais impulsi- cando xeque. O I" Prêmio de Zarur. re- ... clfl+ 2.wal ~db3++) l...wxh5 (1...
vos. Já não foi dito que a manobra for- alizando a ·'Dan<_;a Estrelada dos Rei s" ~xh5 2 d8W+ ou se 1 ... wg3 2.~hl,
çada com xeques é o tim,:ante absoluto é uma obr:1 imortal I etc.) 2.~f4+ wh6 3.g8~! wh7 4.~f6+
(Lance número 24, pg. 35)'1 Sim e, /\I miro Zarur vive atualmente em Wh6 (Não 4 ... wh8 5.ilig6++.)5.ilig4+
como toda boa regra. tem :1 sua exce- Nill:rói c prometeu- me enviar uma i>h 7 6.~ef6+ wg7 7 ..~Se6+ çi;lf7 8.d8*!
ção. Uma série de xeques tórçantes pode scl<.:c,:iio d<.: seus melhores problemas. we7 9.c8~+! Uma série de xeques para
ser interrompida por um contr:1xcquel Como pode um problema de ninguém botar defeito.
mate e m- dois ser bonito'' Como não
Diagrama 10 cansamos de frisar, o xeque tem um Fontes Bibliográficas
Almiro Zarur e le mento forçan tc. Limita, portanto, Kurt Richter, "Combinaciones en
Torneio 100 da British Chess o núm ero de respostas, facilitando a Ajedrez"- Ediciones Limitadas Catalán,
Federation, 1961/62 t n Prêmio soluçiio. A beleza tampouco está na 1972
Chave: l.Wb4+ ch:1ve, l. wb4+ . As quatro varian tes Tr v i ng Chernev, "Chessboard
Almiro Zarur nasceu no dia 7 de süo: 1... \t>e4 2.1/»c2++; l ... wg4 2.~h6++; Magic"- Chess Rev iew, 1943
junho de I 920, no Rio de .laneim. Mé- I ... Wc(J 2.í"fc7++; I ... Wg6 2.flh4++. British Chess Federation, "Awards
dico, Zarur é sócio fundador da Uni <lo <)que torna este problema espc- in Problem Tourneys (numbers 98,99 and
Brasileira de Problemas. UBP. da qual taetllar s:lo os e nsaio s. No jargão ICXl)'' - Sn·oud News and Joumal Ltd., 1962
foi v ice-presidente nos bi ê n im I962/ problemís tico. o "ensaio" é a tentativa Oswaldo Faria, "Boletim Biográfi-
63 e I97017 I. Foi campeão br:1si k:iro de reft1tada por uma única resposta. No co Reservado" - Boletim da UBP, 1982
soluções e vice-campc;Lo brasileiro de problema de í':arur há quatro ensaios H.C. van Riemsdijk, colunas de
composições, em I%0 c ll)61. Cito temúticos (cm fuga estrelada): I .Wa4+, xadrez de "O Estado de S. Paulo"
Oswaldo Faria em seu "Boletim Bio- I.Wc4 t. I.Waú+ c I .Wc6+, refutadas por H.C. van Riemsdijk, arquivo pes-
gráfico Reservado" n" I: "Artista con- uma fuga estrelada simétrica, we4 , soal

Significado dos símbolos


;!; o branco estú um pouco melhor p com contrajogo
+ o preto est{L um pouco me lhor # xeque- mate
± o branco estú melhor jogada muito boa
+ o preto estú me lhor 11 jogada excelente
+- o branco tem uma vanta gem decisi v<L '1 má jogada
-+ o preto tem uma vantagem decisiva ' I') erro grave
a posição estú igual 1'1 jogada que merece atenção
ao a posição não está clara '/ I jogada duvidosa
õõ com compensação pelo material ~ com a idéia de
t com iniciativa D única jogada
~ com ataque o é melhor

40 LANCE Revista Brasileira de Xadrez n° 26


A nova versão do ChessBase estará dis-
ponível para venda em julho, e é um
arraso. Tem muitas funções novas, mas
espantosamente está mais fáci l de usar!
Muitas operações complexas agora exi-
gem apenas um clique do mouse.

Novíssimas Funções
• Árvores de posições. Podem ser gera-
das instantaneamente de qualquer cole-
ção de partidas. Estatísticas completas de
a6 4.Ba4 NRi S <Hl
qualquer posição - lances feitos, em a6 4.Ba4 Nf6 S.<Hl Be7 6.Rel b57.Bb3
quantas partidas, percentual de sucesso. a6 4.Ba4 NRi S.<HlNx<>4 6.d4 bS 7.Bb3
força dos jogadores, etc. Compatível a6 4.Ba4 Nf6 S.<Hl bS 6.Bb3
- - I P·DD> a6 4.Ba4 d6
com os livros de abertura do Fritz 5. que a6 4.Bxc6 dxc6 S.<Hl
podem ser editados usando todas as fu n- Nf6 4.o-o Nx<>4 S.d4
Nf6 4.Ne3
ções avançadas de ChessBase. f5
BcS 4.c3
• Apeifeiçoado gerenciamento de bancos NRi 4.d3
de dados, com funções automáticas de ; ":"' .t 't • ~ ' ~

"mixagem" ou substituição de comentá- ..


~·, , "\ ~ ~ ~

rios. Você pode "purificar" bancos de Novidade: árvore de posições no ChessBase 7.0. Após cada jogada, você pode ver os lances disponíveis na
baixa qualidad~. posição. o núm~ro de partida.~ . escore percemual, Elo médio dos jogadores e performnnce. Embaixo, o
programa listou as linhas principais, nas quais você pode entrar com um simples clique.
• Análises paralelas com múltiplos mó-
dulos. Inicie vários módulos de análise e tomaticamente manterá atualizado um
compare, deixe-os analisar certas posi-
Operações de um clique
banco dessas aberturas. Quando uma
ções enquanto você vê outra coisa. Relatório de abertura - Esta função nova coleção de partidas chegar, ele
• "Crafty" inclufdo: ChessBase 7.0 vem percorre seu banco e produz um relatório mostrará tudo que lhe for relevante.
com este potente módulo de análise de com todo conhecimento sobre a posição
Automático download de updates: Um
Robert Hyatt, autor do programa campe- que está na tela: hi stórico, famosos joga-
clique e ChessBase vai a nosso site para
ão mundial "Cray Blitz". dores, etc. ChessBase pode lhe mostrar
instalar a última update do programa.
as linhas críticas e planos principais, com
• Navegador de banco de dados , com sugestões de repertório. Apenas um cli- Automático download de novas parti-
"folders" e sub-janelas. Pesquise por que para carregar e estudar. das: Um cl ique e ChessBase "pinça" as
material em todos os bancos de dados em últimas partidas- toda semana, ou todo
um diretório, em todo o seu wi nchester. Dossiê de jogadores - Gera retrato
dia, quando torneios importantes estão
completo de um jogador, com dados bio-
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