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RESPOSTA TÉCNICA – Projeto básico para construção de casas populares

Projeto básico para


construção de casas
populares
Apresenta um histórico sobre a intervenção estatal
na construção de casas populares, além da
abordagem de um projeto padrão publicado pela
Caixa Econômica Federal
Sistema Integrado de Respostas Técnicas – SIRT/UNESP

Março/2011
Edição atualizada em: 26/02/2022
RESPOSTA TÉCNICA – Projeto básico para construção de casas populares

Resposta Técnica YAMANAKA, Eric Seiti


Projeto básico para construção de casas populares
Sistema Integrado de Respostas Técnicas – SIRT/UNESP
21/03/2012
Apresenta um histórico sobre a intervenção estatal na construção
de casas populares, além da abordagem de um projeto padrão
publicado pela Caixa Econômica Federal

Demanda Gostaria de saber se há fórmulas para o cálculo de materiais


a serem utilizados na construção de casas populares, a fim
de obter uma planilha de consumo de materiais necessários

Assunto Construção de edifícios


Palavras-chave Bloco de concreto; canaleta de concreto; casa popular;
construção; material de construção

Atualização Em: 26/02/2022 Por: Isabela Fernandes Ierick

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O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRTfornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos
processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de
pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a
interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.
RESPOSTA TÉCNICA – Projeto básico para construção de casas populares

Solução apresentada

Introdução

De acordo com Bonduki (1994), a intervenção estatal nas políticas habitacionais do Brasil
teve início durante o governo de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1954. Até então as iniciativas
governamentais para a produção de habitações e regulação do mercado de locação
residencial eram praticamente nulas, devido ao liberalismo predominante. No entanto, na
Era Vargas, a atuação do Estado foi bem mais rígida, e permitiu que este, embora com
certa fragilidade, iniciasse sua participação no processo de construção de habitações
populares.

Na época foi criada a Fundação da Casa Popular, que foi precursora do chamado Banco
Nacional da Habitação (BNH), fundado em 1964. Este, por sua vez, tinha como função a
realização de operações de crédito, principalmente o imobiliário. Nesse período, foi também
promulgada a Lei no 4.591, de 1964, que em seu Artigo 53 determinava que o BNH
celebrasse um contrato com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), “com a
finalidade de criar uma norma técnica que orientasse todos os procedimentos das
incorporações imobiliárias adequadas a cada tipo de edificação” (BRASIL, 1964;
CATANHEDE, 2003).

Portanto, era necessário padronizar o setor de construção de casas populares, a fim de


calcular os custos necessários para os financiamentos provenientes da União, Unidades
Federativas e Municípios. A ABNT publicou então, em 1965, o Projeto de Norma Brasileira
PNB 140, que sofreu várias tentativas de revisão, como propunha a própria Lei no 4.591
(BRASIL, 1964).

Em 1986, o BNH foi extinto e passou suas funções para a Caixa Econômica Federal, que
atualmente é o maior banco público da América Latina e possui programas de
financiamento e arrendamento para construção de casas populares, como o Programa de
Arrendamento Residencial (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2012).
Finalmente, no ano de 1992, o texto da NB-140 foi revisado por uma nova comissão técnica,
dando origem à Norma Brasileira NBR 12.721, intitulada “Avaliação de custos de construção
para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edilícios”. Ela sofreu
algumas modificações nos anos de 1999 e 2005, tendo sua versão vigente na revisão de
2006 ([ABNT], 2007).

Projeto básico para a construção de casas populares

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No intuito de auxiliar os municípios com escassez de recursos, o que dificulta a contratação


e execução de novos projetos, a Caixa Econômica Federal lançou um projeto padrão para
residências populares com 41,87 metros quadrados, ocupando uma área total de 58,90 m2.
A planta baixa da casa, que possui sala, dois quartos, banheiro e cozinha, pode ser
visualizada na Figura 1 (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2007).

Figura 1 – Planta baixa da arquitetura para casa popular com 42 m2


Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2007)

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Em tal projeto padrão também são especificados os métodos construtivos que devem ser
aplicados:

Fundação

A estrutura básica presente no projeto padrão é composta de baldrame, paredes de blocos


de concreto, viga de travamento após a última fiada de alvenaria e laje. A fundação (Figura
2) deve ser feita em covas com dimensões mínimas de 40x25 cm, niveladas e apiloadas
com maço de 30 kg. Nas cavas é assentada então uma camada de 5 cm de concreto
magro, sobre o qual são construídas vigas baldrame, com blocos de concreto tipo calha
(14x19x39 cm) contendo duas barras metálicas com 5 mm de diâmetro, preenchidas com
concreto estrutural e revestidas com duas demãos de pintura impermeabilizante. O espaço
vazio das cavas deve ser aterrado e no espaço interno da residência deve ser realizado
um aterramento interno, utilizando areia para aterro de boa qualidade (CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL, 2007).

Figura 2 – Estrutura necessária para fundação com baldrame

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Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2007)

Alvenaria

As paredes deverão ser construídas com blocos de concreto de 9x19x39 cm, assentados
com argamassa de cimento, cal e areia na proporção 1:0,5:8. Os blocos devem ser de boa
qualidade e sem trincas, entre os quais as juntas deverão apresentar no máximo 12 mm.
Nos vãos das janelas e portas deverão ser executadas contra-vergas e vergas utilizando
blocos de concreto tipo calha, com 9x19x19 cm, preenchidos com concreto estrutural e duas
barras metálicas com 5 mm de diâmetro (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2007). Na última
fiada de alvenaria deve ser executada uma viga de travamento, com as mesmas
especificações das vergas das portas e janelas (Figura 3).

Figura 3 – Vista frontal da casa, ressaltando as vergas e viga de travamento


Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2007)

Esquadrias

As portas utilizadas no projeto devem ser de madeira, com acabamento em esmalte


sintético e espessura de 3,5 cm. Na cozinha e sala elas devem ser almofadadas em
madeira, com fechadura de latão cromado, e nos quartos e banheiro devem ser de madeira
compensada lisa e fecho com tarjeta (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2007).

Na sala e quarto são utilizadas janelas de correr com duas folhas, em alumínio anodizado
fosco. Já na cozinha, a janela deve ser do tipo maxim-ar com duas bandeiras, e no
banheiro, com uma bandeira, todas confeccionadas com alumínio anodizado fosco (CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL, 2007).

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Cobertura

Sobre o banheiro e áreas de circulação da edificação deve ser executada laje pré-moldada
para forro, com espessura de 8 cm, empregando também lajotas e capa de concreto
estrutural de 2 cm. Já o telhado deve ser executado em telha cerâmica tipo plan, com
madeiramento de parajú ou ipê, devidamente emparelhadas e sem rachaduras, empenos ou
outros defeitos (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2007).

Pisos e pavimentos

O piso interno da casa deverá ser executado sobre lastro de 6 cm de concreto para
contrapiso, com resistência de 10 MPa. No banheiro, o piso deve ter um caimento de 3 cm
em direção ao ralo, e na cozinha, 1 cm, em direção a porta externa. O acabamento é feito
em piso cerâmico esmaltado de 33x33 cm, da linha popular PEI 3, com assentamento e
rejunte aplicados com argamassa colante. A calçada ao redor da edificação deve possuir 5
cm de espessura e 60 cm de largura, conforme o projeto empregado (CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL, 2007).

Cálculos

Segundo informações do site Cimento e Areia ([2003]), os cálculos das quantidade de


materiais necessários para execução de uma parede de alvenaria são:

Cálculo das quantidades para a argamassa de assentamento

● Área de 1 tijolo, excluindo juntas: 0,22m (22cm) x 0,06 (6cm) =


0,0132m2;
● Área de 62 tijolos: 62 x 0,0132 = 0,8184m2;
● Área das juntas: 1,00 - 0,8184 = 0,1816m2;
● Volume de argamassa de assentamento por m2: 0,1816m2x 0,11m (11cm) =
0,02m3;
● Volume de argamassa de assentamento para 10,00m2: 10 x 0,02 = 0,2m3;
○ Volume de cimento, considerando 1 parte sobre 11 (traço 1:2:8) = 0,2
÷ 11 = 0,0182m3;
■ Peso de cimento, considerando um peso específico de
1200kg/m3= 0,0182 x 1200 = 21,84kg;

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○ Volume de cal, considerando 2 partes sobre 11 (traço 1:2:8) = 0,0182


x 2 = 0,0364m3;
■ Peso de cal, considerando um peso específico de 1700kg/m3=
0,0364 x 1700 = 61,88kg;
○ Volume de areia, considerando 8 partes sobre 11 (traço 1:2:8) =
0,0182 x 8 = 0,1456m3;
● Peso de areia grossa, considerando um peso específico de 1700kg/m3=
0,1456 x 1700 = 247,52kg (CIMENTO E AREIA, [2003]).

Cálculo das quantidades para o revestimento interno

● Volume de chapisco para 10,00m2, considerando espessura de 5mm:


10m2 x 0,005m (5mm) = 0,05m3;
○ Volume de cimento, considerando 1 parte sobre 5 (traço 1:4) = 0,05
÷ 5 = 0,01m3;
■ Peso de cimento, considerando um peso específico de
1200kg/m3= 0,01 x 1200 = 12,00kg;
○ Volume de areia, considerando 4 partes sobre 5 (traço 1:4) = 0,01
x 4 = 0,04m3;
■ Peso de areia grossa, considerando um peso
específico de 1700kg/m3= 0,04 x 1700 = 68,00kg;

● Volume de emboço para 10,00m2, considerando espessura de 20mm: 10m2x


0,02m (20mm) = 0,2m3;
○ Volume de cal, considerando 1 parte sobre 5 (traço 1:4) = 0,2 ÷ 5 =
0,04m3
■ Peso de cal, considerando um peso específico de 1200kg/m3=
0,04 x 1700 = 68,00kg;
○ Volume de areia, considerando 4 partes sobre 5 (traço 1:4) = 0,04
x 4 = 0,16m3;
■ Peso de areia média, considerando um peso
específico de 1500kg/m3= 0,16 x 1500 = 240,00kg;
● Volume de reboco para 10,00m2, considerando espessura de 5mm: 10m2 x
0,005m (5mm) = 0,05m3;
○ Volume de cal, considerando 1 parte sobre 5 (traço 1:4) = 0,05 ÷ 5 =

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0,01m3;
Peso de cal, considerando um peso específico de 1200kg/m3=

0,01 x 1700 = 17,00kg;
○ Volume de areia, considerando 4 partes sobre 5 (traço 1:4) = 0,01
x 4 = 0,04m3;
● Peso de areia fina, considerando um peso específico de 1400kg/m3= 0,04 x
1400 = 56,00kg (CIMENTO E AREIA, [2003]).
Cálculo das quantidades para o revestimento externo

● Volume de chapisco para 10,00m2, considerando espessura de 5mm: 10m2 x


0,005m (5mm) = 0,05m3;
○ Volume de cimento, considerando 1 parte sobre 5 (traço 1:4) = 0,05
÷ 5 = 0,01m3;
■ Peso de cimento, considerando um peso específico de
1200kg/m3= 0,01 x 1200 = 12,00kg;
○ Volume de areia, considerando 4 partes sobre 5 (traço 1:4) =
0,01 x 4 = 0,04m3;
■ Peso de areia grossa, considerando um peso
específico de 1700kg/m3= 0,04 x 1700 = 68,00kg;
● Volume de emboço para 10,00m2, considerando espessura de 20mm: 10m2 x
0,02m (20mm) = 0,2m3;
○ Volume de cimento, considerando 1 parte sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,2 x
12 = 0,0166m3

■ Peso de cimento, considerando um peso específico de


1200kg/m3= 0,0166 x 1200 = 20,00kg;
○ Volume de cal, considerando 2 partes sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,0166
x 2 = 0,0333m3;
■ Peso de cal, considerando um peso específico de
1200kg/m3=
0,0333 x 1700 = 56,66kg;
● Volume de areia, considerando 9 partes sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,0166
x 9 = 0,1494m3;
○ Peso de areia média, considerando um peso
específico de
1500kg/m3= 0,1494 x 1500 = 224,10kg;

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● Volume de reboco para 10,00m2, considerando espessura de 5mm: 10m2 x


0,005m (5mm) = 0,05m3;
○ Volume de cal, considerando 1 parte sobre 4 (traço 1:3) = 0,05
÷ 4 = 0,0125m3;
■ Peso de cal, considerando um peso específico de
1200kg/m3= 0,0125 x 1700 = 21,25kg;
○ Volume de areia, considerando 3 partes sobre 4 (traço 1:3) = 0,0125
x 3 = 0,0375m3;
● Peso de areia fina, considerando um peso específico de 1400kg/m3 =
0,0375 x 1400 = 52,50kg (CIMENTO E AREIA, [2003]).

Observações

Ainda segundo o site Cimento e Areia ([2003]), é importante levar em consideração algumas
questões, como:

● O cimento e a areia devem ser medidos secos e soltos;


● A Cal hidratada deve ser medida em estado pastoso firme;
● Para cada m3 de argamassa, são consumidos de 350 a 370 litros de água limpa;
● Deve-se considerar um acréscimo de 5% nas quantidades dos materiais a título de
taxa de quebra;
● No caso de tijolos furados, deve-se considerar um acréscimo de 5% nas quantidades
dos materiais para argamassa de assentamento;
● Os pesos específicos considerados para os diferentes materiais são médias
estimadas;
● Como existem diferentes tipos de aditivos químicos que podem ser utilizados nas
argamassas, o fabricante deve ser consultado para definição dos traços das
argamassas, bem como a especificação e proporção do aditivo a ser utilizado
(CIMENTO E AREIA, [2003]).

Conclusões e recomendações

As casas populares constituem uma alternativa de baixo custo para famílias e municípios
com baixos recursos. No Brasil, o financiamento e construção de moradias populares se
iniciou na década de 30 e permanece até hoje, com os financiamentos dos projetos geridos
pela Caixa Econômica Federal. Baseado em projeto padrão publicado por esse banco, foi
discutida a construção de uma casa popular com materiais de baixo custo, abrangendo os

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RESPOSTA TÉCNICA – Projeto básico para construção de casas populares

principais aspectos da execução da obra e os materiais envolvidos. Embora não tenham


sido encontrados cálculos para a quantidade de material necessário, tal projeto padrão pode
ser levado como base para a mensuração.

O projeto padrão da Caixa Econômica Federal apresenta ainda o método de instalação


elétrica e instalações hidráulicas, além de uma planilha contendo os materiais utilizados.

Assim sendo, recomenda-se a leitura do projeto, bem como da ABNT NBR 12.721, que
apresenta informações relevantes sobre o custo unitário básico (CUB) para uma unidade
habitacional. Os links para esses documentos encontram-se referenciados na seção Fontes
Consultadas ([ABNT], 2007; CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2007).

A realização de qualquer construção deve ser acompanhada por um Engenheiro Civil e/ou
Arquiteto registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), que
devem tomar a responsabilidade legal pela obra.

O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas informa que existem, no Banco de Informações,


outras respostas que abrangem o assunto de seu interesse. Recomenda-se acessar o site
<www.respostatecnica.org.br>, realizando a busca pelos códigos 14996 e 19667 para
acessar o conteúdo disponível.

SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Casa popular. Resposta elaborada


por: Fabíula Sousa Amorim. Brasília: CDT/UnB, 2009. (Código da resposta: 14996)

SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Construção de casas industriais.


Resposta elaborada por: Patrícia da Conceição Nascimento. Salvador: RETEC/IEL, 2011.
(Código da resposta: 19667)

Fontes consultadas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.721: Avaliação de custos


unitários de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios
edifícios: Procedimento: Versão corrigida 2: 2007. Rio de Janeiro, 2007.

BONDUKI, N. G. Origens da habitação social no Brasil. Análise Social, v. 29, n. 127, p.

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Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.
RESPOSTA TÉCNICA – Projeto básico para construção de casas populares

711-732. São Paulo, 2003. Disponível em:


<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/470900/mod_resource/content/1/Origens%20da%2
0habita%C3%A7%C3%A3o%20social%20no%20Brasil.pdf>. Acesso
em: 26 fev. 2022.

BRASIL. Presidência da República. Lei no 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Dispõe sôbre


o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias. Diário Oficial [da] União,
Brasília, DF, 21 dez. 1964. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4591.htm>. Acesso em: 26 fev. 2022.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Cadernos Caixa: Projetos padrão – casas populares, 42


m2. Vitória, 2005. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/MarcosSouza22/projeto-casa-42m2>. Acesso em: 26 fev. 2022.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. In: WIKIPEDIA, A enciclopédia livre. [S. l.], 2012.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa_Econ%C3%B4mica_Federal>. Acesso em:
26 fev. 2022.

CANTANHEDE, D. A. G. Custo Unitário Básico (CUB): Verificação e validação do modelo


de cálculo. 2003. 180f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003. Disponível em:
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/3458/000388637.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 26 fev. 2022.

CIMENTO E AREIA. Cálculo de Quantidades de Materiais para Execução de uma


Parede de Alvenaria. [S. l.], [2003]. Disponível em:
<https://pt.scribd.com/document/58265415/Calculo-de-Quantidades-de-Materiais-para-Exec
ucao-de-uma-Parede-de-Alvenaria>. Acesso em: 26 fev. 2022.

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