O documento analisa a adaptação do livro "Desonra" para o filme homônimo, explorando como cada mídia representa a cultura africana, o personagem principal e o contexto político pós-apartheid da África do Sul. Compara como o filme dramatiza a narrativa do livro através de diálogos, ações e imagens ao invés de narração, e como ambos focam no desenvolvimento pessoal do protagonista dentro da sociedade em transformação.
O documento analisa a adaptação do livro "Desonra" para o filme homônimo, explorando como cada mídia representa a cultura africana, o personagem principal e o contexto político pós-apartheid da África do Sul. Compara como o filme dramatiza a narrativa do livro através de diálogos, ações e imagens ao invés de narração, e como ambos focam no desenvolvimento pessoal do protagonista dentro da sociedade em transformação.
O documento analisa a adaptação do livro "Desonra" para o filme homônimo, explorando como cada mídia representa a cultura africana, o personagem principal e o contexto político pós-apartheid da África do Sul. Compara como o filme dramatiza a narrativa do livro através de diálogos, ações e imagens ao invés de narração, e como ambos focam no desenvolvimento pessoal do protagonista dentro da sociedade em transformação.
Considerações sobre a cultura africana na literatura e no cinema: uma
análise comparativa entre o filme e o livro “Desonra”
Pesquisador: Lucas Furtado (PPGCOM UFRGS)
Introdução
• Livro de J.M Coetzee (sul-africano)
• Filme de Steve Jacobs (australiano) • Um professor universitário que muda de território • Um retratado do pós-apartheid Contar - Mostrar
Na passagem do contar para o mostrar,
a adaptação performativa deve dramatizar a descrição e a narração; além disso, os pensamentos representados devem ser transcodificados para fala, ações, sons e imagens visuais. (HUTCHEON, 2013, p. 69) Aspectos da linguagem nas obras • Escrito na terceira pessoa, porém com foco narrativo em David e ciente de seus pensamentos • Diálogos literalmente transpostos • Não há narração no filme O mundo • O desenvolvimento do personagem de interno e o David Lurie mundo • O contexto político que influencia o andamento da narrativa externo Nos velhos tempos, dava para acertar tudo com Petrus. Nos velhos tempos, dava para acertar as coisas a ponto de perder a paciência e demitir e contratar outro no lugar. Mas embora receba um salário, Petrus não é mais, em termos estritos, um trabalhador contratado. É difícil dizer o que Petrus é, em termos estritos. A palavra que parece servir melhor, no entanto, é vizinho. (COETZEE, 2000 , p. 135) • “Um risco possuir coisas: um carro, um par de sapatos, um maço de cigarros. Coisas insuficientes em circulação, carros, sapatos, cigarros insuficientes. Gente demais, coisas de menos. O que existe tem de estar em circulação de forma que as pessoas possam ter a chance de serem felizes por um dia” (COETZEE, 2000 , p. 114) “De novo estamos voltando ao ponto de partida, senhor presidente. Ele se diz culpado, sim, mas quando tentamos chegar a coisas especificas, de repente não é mais o abuso de uma jovem que ele está confessando, mas apenas um impulso a que não pode resistir, sem qualquer menção ao sofrimento que provocou, sem qualquer menção à longa história de exploração de que tudo isso faz parte” (COETZEE, 2000, p. 64) • Foco no desenvolvimento pessoal do personagem Considerações • Se distancia de uma visão mais direta do contexto político Finais