Você está na página 1de 2

COMO fazer um documentário

Oficinas nas periferias e comunidades carentes.


A Fórmula desgastada de documentário: selecionar um tema ou personagem, ou deixar que
ele fale ou alguém fale sobre ele, e complementar com entrevistas e depoimentos.
Mas ainda é a melhor forma.
O uso exacerbado de entrevistas, não é o único modo de produzir doc. cacoete de lingugem.
“A voz do outro”.
Fazer as pessoas pensarem, mostrar uma verdade escondida, um ponto de vista não óbvio.

Arte tem que exprimir a problemática social, e também contribuir para a transformação
social. Registro sociológico. (apogeu entre 1964 e 1965).
Ou registro das tradições populares, da arquitetura, das artes plásticas, da música.
Motivação emocional.
Pesquisar a elaboraçõ do argumento do filme.
A música também fala.
Fala o enrevitador, que pode parecer ou não.
No se entrevista o empregador, mas se registra o seu sermao, ou sua venda.
Bom fazer molduras.
Vozes diversificadas.
O barulho de um apito do trem.
As vezes o depoimento ou entrevistado fala, mas se tem outr imagem.
Filmr de costas o entrevistado.
Falas só misturados a ruídos de fundo.
Os entrevistados falam do que eles conhecem, não fazer perguntas técnicas.
Movimentar a camera no inicio da entrevista, quando estiver em pé, dá impressao que está
se chegando. Filmar a 45 graus.

Não se pode limpar o real.


Vamos analisar o fenômeno e passar para o peso do real. O geral ilustra e encarna as
expereiencias individuais.
Geral e individual se confirmam.
A cancao também é uma locução off, longe do ruidos do ambiente.
Os quadros podem ser usados como introdução do filme (quadro de portinari) e dos letreiros.

Entrevista rápida, pessoas descendo do trem. Ou na casa, ver sua disponibilidade, sua
expressividade.
Onde sentar, refazer a cena.
Locutores auxiliares, estao numa posição de poder, ciencia. Estao mais proxinos do pv da
locução do que dos entrevistados.
Fluxo ininterrupto de imagens som e ideias.
Expressao do real ou representação do real. Criar o real. Ou é o real construído para servir
ao discurso.
Liguagem argamassada.
Cinema gerar consciência, acao transformadora, revolucionaria. Alienação.
Pode chegar a uma moral: decepção.
Palavras do meio ambiente: pastor pregando, confissoes de cura. O filme fica constatando a
alienação.
Movimento antipatia/simpatia…..personagem tenso, sem sorriso. Tom seco, duro, com que
o entrevistador questiona; chamar de sr. Diretor, chamar de Paulo. Distancia de nós, privilegia a
função social. Simpatia só ocorrerá se houver uma predisposição emocional ou ideológica. Quem
será o público potencial? O interlocutor do filme.
Tomada baixa, tomada alta, expressam relação de poder.
Diferente se filmado no plano horizontal e em planos mais fechados, nos sentimos mais
próximos deles.
Plano americano é um posicionamento de câmera muito utilizado no cinema e vídeo.

Enquadra a personagem dos joelhos para cima.

Facilita a visualização da movimentação e reconhecimento das personagens.

O plano americano foi inventado por David W.Griffith, que chegou à conclusão de que a
distância da câmera ao personagem usada na época - câmera estática filmando o ator inteiro, como
se fosse um teatro - exigia da pessoa sendo filmada uma atuação muito dramática para que pudesse
ser vista e entendida por todos. Inventou assim esse plano que se aproximava mais da pessoa,
mostrando melhor e mais naturalmente sua expressão. Este plano surge nos Estados unidos, muito
utilizado nos filmes western para mostrar as armas dos Cowboys.

Maioria Absoluta (1964), dir. Leon Hirszman

irmaos nossos, nos oprime. Indica que nos tambem desconhecemos a causa que nos oprime.
Nos somos interlocutores.
O filme acaba aqui, lá fora a tua vida. Eles produzem o teu café.
Pretende uma ação transformadora entre nós. Pretende nos transformar.
O olhar na camera, ameacador, insistente. Acamara baixa em panoramica. Vocativo visual:
nós os beneficiários. Criem o canal político de ação.

FILME

1 - Viramundo, de Geraldo Sarno, 1965.


2- Maioria Absoluta (1964), dir. Leon Hirszman

Você também pode gostar