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Alexandre Nascimento Borges

alexandreborges482@gmail.com
052.222.113-04
"No mundial de futebol dos Estados Unidos, o
locutor Evaldo José repetiu que a partida Romênia
X Suécia ia ser decidida por penalidade máxima. E
sempre me impressiona a capacidade de se falar
1. Refiro-me aqui à democracia representativa, às sem pensar (psitacismo). Naturalmente a coisa só
vezes também denominada, com certa é penalidade (penalty) quando alguma falta foi
redundância, democracia de instituições. cometida. Como na disputa final não houve
qualquer falta se trata apenas de um tiro livre ou
chute livre, em gol".
A frase acima está também pontuada em
conformidade com a norma padrão escrita em:
(Millôr Fernandes, adaptado)
A) Refiro-me aqui, à democracia representativa, às
vezes também denominada, com certa No texto de Millôr, sobre os termos entre
redundância democracia de instituições. parênteses é correto afirmar que:
B) Refiro-me, aqui, à democracia representativa,
às vezes também denominada com certa A) indicam o significado de palavras e expressões
redundância, democracia de instituições. anteriores.
C) Refiro-me aqui à democracia representativa; às B) na primeira ocorrência dos parênteses há a
vezes também, denominada com certa indicação do vocábulo culto que corresponde a
"capacidade de falar sem pensar".
redundância democracia de instituições.
C) na segunda ocorrência a palavra estrangeira
D) Refiro-me aqui, à democracia representativa, às
vezes, também denominada com certa penalty esclarece o sentido dado à palavra
Alexandre Nascimento Borges
"penalidade".
redundância, democracia de instituições.
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D) mostram a presença de estrangeirismo em
E) Refiro-me, aqui, à democracia representativa,
052.222.113-04
nossa linguagem cotidiana.
às vezes também denominada, com certa
E) na segunda ocorrência já uma crítica implícita à
redundância, democracia de instituições.
pouca cultura de nossos jogadores de futebol.
2. Analise o texto abaixo e identifique quantas
vírgulas são necessárias para que a pontuação 4. A alternativa em que a regência verbal está
fique adequada. correta é:

Depois do processo de romanização que gerou A) Os trabalhadores aspiravam maior segurança


muitas batalhas sofreu a Península Ibérica a no trabalho.
invasão dos bárbaros germânicos a qual muito B) O veterinário assistiu ao animal com muita
contribuiu para a fragmentação linguística da dedicação.
Hispânia. No século VII em 711 voltou a Península C) Morreu sem atingir ao seu objetivo primeiro.
a ser invadida pelos árabes. D) Cheguei ao cinema atrasado para o filme.
E) Lembrei do nome do artista daquela peça.
(BECHARA, Evanildo. Moderna gramática do
português. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. 5. É inteiramente adequado o emprego do
p. 23. Trecho adaptado.) elemento sublinhado na frase:

A) 3 A) Não parece ter mesmo limites o consumismo


B) 4 desenfreado à que tantos se entregam.
C) 5 B) Existem mercadorias às quais se dedica um
D) 6 culto similar ao das experiências religiosas.
E) 7 C) Os mitos românticos se agregaram nos mitos
do consumo como se fossem inseparáveis.
3. Leia o texto a seguir e responda à questão

1
D) A felicidade trazida pelo mercado é um mito A) hão de haver
onde muita gente teima em cultuar. B) há de existir
E) Muitos turistas vivem em Paris os sentimentos C) pode existir
em que as agências já padronizaram. D) devem haver
E) hão de existir
6. Sobre o excerto “[...] aqueles que não
comungam às ideias [...]”, assinale a alternativa 9. “Embora seja fundamental a consolidação da
correta. LGPD, bem como a garantia da proteção de dados
como direito fundamental no arcabouço legislativo,
A) “Comungam”, no excerto em foco, é um verbo a aplicabilidade deste direito no Brasil é eivada de
transitivo indireto cujas preposições possíveis são: disputas.”
“a”, “de”, “em” ou “com”.
B) O sinal indicativo de crase foi utilizado de forma A opção pelo emprego do pronome sublinhado no
incorreta, devendo ser omitido para que o excerto período acima lhe dá função:
se adéque à norma-padrão da língua.
C) O sinal indicativo de crase aponta que o item A) Anafórica.
“às” é uma preposição e pode ser adequadamente B) Catafórica.
substituído por “para as”. C) Epanafórica.
D) “Comungam”, no excerto em foco, é um verbo D) Dêitica.
intransitivo, o qual não exige complemento. E) Nenhuma das Alternativas.
E) Caso a palavra “ideias” fosse substituída por
“princípios”, o termos “às” teria de ser substituído 10. A vida vai se fazendo aos bocadinhos, no
por “aos” para que o excerto estivesse adequado delicado cuidado das desimportâncias.
em termo de concordância e regência. Alexandre Nascimento Borges
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A palavra “desimportâncias” aparece em itálico por
7. Diferentemente de outras 052.222.113-04
potenciais tratar-se de um:
bioassinaturas tais como o oxigênio atmosférico...
A) arcaísmo.
Assinale a alternativa em que esteja indicada B) hibridismo.
corretamente uma estrutura que poderia substituir C) neologismo.
o sublinhado no segmento acima, sem ferir a D) estrangeirismo.
norma culta. E) barbarismo.

A) tal como
B) tais quais
C) tal qual
D) tais qual
E) tal quais

8. "Mas é importante apontar que a diversidade de


ambientes planetários em outros sistemas é
provavelmente vasta, e pode haver outros
processos não biológicos de produção de metano
que ninguém considerou até agora."

Assinale a alternativa em que a estrutura indicada


pode substituir corretamente, do ponto de vista da
norma culta, o sublinhado no período acima. Não
leve em conta alterações de sentido.

2
QUESTÕES GABARITOS COMENTÁRIOS
1. E a) Refiro-me aqui, à democracia representativa, às vezes
também denominada, com certa redundância democracia de
instituições.
Alternativa incorreta. Os advérbios, quando deslocados na
oração, podem vir isolados por vírgula. Dessa forma, ou “aqui”
recebe as duas vírgulas ou fica sem nenhuma.
E, por fim, “com certa redundância” é locução adverbial de grande
extensão. Deve vir, obrigatoriamente, isolada por vírgula.

b) Refiro-me, aqui, à democracia representativa, às vezes


também denominada com certa redundância, democracia de
instituições.
Alternativa incorreta. Vimos que “com certa redundância” é
locução adverbial de grande extensão e deve vir, obrigatoriamente,
isolada por vírgula.

c) Refiro-me aqui à democracia representativa; às vezes


também, denominada com certa redundância democracia de
instituições.
Alternativa incorreta. A vírgula empregada após “também” está
inadequada. Observe que a locução adverbial e o advérbio
implicam o adjetivo “denominada”. Então, esses elementos não
podem vir isolados por vírgula.
E, por fim, “com certa redundância” é locução adverbial de grande
Alexandre
extensão Nascimento
e deve Borges isolada por vírgula.
vir, obrigatoriamente,
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d) Refiro-me aqui, à democracia representativa, às vezes,
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também denominada com certa redundância, democracia de
instituições.
Alternativa incorreta. Vimos que o advérbio “aqui” pode vir isolado
por vírgula. Mas o emprego de uma única vírgula acarreta erro,
uma vez que separa objeto indireto de seu verbo; caso proibitivo do
emprego da pontuação.
E, ainda, convém repetir: “com certa redundância” é locução
adverbial de grande extensão e deve vir, obrigatoriamente, isolada
por vírgula.

e) Refiro-me, aqui, à democracia representativa, às vezes


também denominada, com certa redundância, democracia de
instituições.
Alternativa correta. Na oração, tanto o advérbio “aqui” quanto a
locução verbal “com certa redundância” foram, corretamente,
isoladas por vírgula.
2. C Apontaremos a alternativa em que se indicou corretamente o
número de vírgulas necessárias para a pontuação do texto a seguir,
que já apresentaremos pontuado:

Depois do processo de romanização, que gerou muitas


batalhas, sofreu a Península Ibérica a invasão dos bárbaros
germânicos, a qual muito contribuiu para a fragmentação linguística
da Hispânia. No século VII, em 711, voltou a Península a ser
invadida pelos árabes.

Como vimos, foram empregadas vírgulas com as seguintes

3
justificativas:
1) depois da palavra romanização: para isolar adjunto adverbial
antecipado (Depois do processo de romanização),
cumulativamente com a intenção de isolar oração subordinada
adjetiva explicativa (que gerou muitas batalhas).
2) depois da palavra batalhas: para isolar, juntamente com a que
se pôs antes do pronome relativo que, a oração subordinada
adjetiva já mencionada.
3) depois da palavra germânicos: para isolar a oração subordinada
adjetiva explicativa (a qual muito contribuiu para a fragmentação
linguística da Hispânia).
4) depois da expressão No século VII: para isolar aposto: a
expressão em 711 funciona sintaticamente como aposto para No
século VII.
5) depois de 711: para completar o isolamento do aposto já
mencionado.

Como vimos, é necessário o emprego de cinco vírgulas. A


resposta da questão está na alternativa C.
3. B A alternativa "A" está incorreta, pois "psitacismo" não é o
significado, mas o conceito da expressão anterior. Do mesmo modo
ocorre com penalty que é o vocábulo do qual a expressão anterior é
que é a explicação, o significado.

A alternativa "B" está correta, pois entre os primeiros parênteses


Alexandre
temos Nascimento
o vocábulo Borges
"psitacismo" que significa justamente falar sem
pensar.
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A alternativa "C" está incorreta, pois ocorre justamente o contrário,
assim penalidade é a explicação da palavra entre parênteses:
penalty.

A alternativa "D" está incorreta, pois o primeiro termo "psitacismo"


não é estrangeirismo, mas palavra da nossa própria língua pátria.
Em relação ao termo penalty a assertiva está correta, entretanto,
como ela fala que ambos os termos refletem o estrangeirismo, não
podemos assinala-lá como verdadeira.

A alternativa "E" está incorreta, pois a segunda ocorrência de


parênteses contém o termo penalty, que é uma penalidade
presente no futebol, não há nenhuma crítica à pouca cultura de
nossos jogadores.
4. D a) Os trabalhadores aspiravam maior segurança no
trabalho. ERRADA
Forma correta:
Os trabalhadores aspiravam à maior segurança no trabalho.
O verbo "aspirar" deve ser utilizado como transitivo indireto, tendo o
sentido de almejar, ambicionar, desejar, pretender.
Como transitivo direto, tal verbo tem o sentido de absorver.

b) O veterinário assistiu ao animal com muita dedicação. ERRADA


Forma correta:
O veterinário assistiu o animal com muita dedicação.
Como transitivo direto, tal verbo tem o sentido de auxiliar, ajudar,
socorrer.

4
Como transitivo indireto, o sentido é de observar, ver.

c) Morreu sem atingir ao seu objetivo primeiro. ERRADA


Forma correta:
Morreu sem atingir seu objetivo primeiro.
O verbo "atingir" é transitivo direto.

d) Cheguei ao cinema atrasado para o filme. CERTA


Regência verbal correta.
O verbo "cheguei" é transitivo indireto e exige o emprego da
preposição "a" para introduzir seu complemento (objeto indireto).

e) Lembrei do nome do artista daquela peça. ERRADA


Forma correta:
Lembrei o nome do artista daquela peça.
Esse verbo pode ser transitivo direto ou transitivo indireto e
pronominal.
Forma alternativa possível:
Lembrei-me do nome do artista daquela peça.
5. B a) Não parece ter mesmo limites o consumismo desenfreado à
que tantos se entregam.
Incorreta. Quanto aos pronomes relativos, somente pode
ocorrer crase antes de "a qual" e "as quais". Antes do pronome
relativo "que", vamos usar somente a preposição "a" exigida pelo
verbo "entregar-se", que é transitivo indireto (entregar-se a alguma
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coisa).
Correção: Não parece ter mesmo limites o consumismo
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desenfreado a que tantos se entregam.
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Atenção! A crase é o fenômeno em que duas vogais idênticas se
unem. Quando isto ocorre, empregamos o acento grave para
indicar a tal contração.

a (preposição) + a (artigo) = à (com acento grave)


a (preposição) + as (artigo) = às
a (preposição) + a qual/as quais = à qual/às quais
a (preposição) + aquele/aquilo/aquela = àquele/àquilo/àquela
a (preposição) + a (pronome demonstrativo) = à

Pessoal, compreender esse conceito evita que vocês precisem


decorar aquele montão de regrinhas. Eu gosto de dizer
que analisar a existência da CRASE é como atravessar uma via
de mão dupla: VOCÊ PRECISA OLHAR PARA OS DOIS LADOS.
 O termo que vem antes pede a preposição "a"?
 O termo que vem depois aceita o artigo "a" (ou o artigo
"as")?

Se as duas respostas forem "SIM", ocorre a crase. Sempre


observem se existe preposição "a"! Se não houver essa preposição
(num objeto direto, por exemplo), não há crase! Em seguida,
observem se a palavra que vem depois do termo "a" aceita artigo
feminino. Se não aceitar (se for um verbo, por exemplo), não há
crase! Conclusão: é muito importante que, antes da crase,
vocês estudem REGÊNCIA, pois assim conseguirão identificar
melhor a presença da preposição "a". Vocês verão que a grande

5
maioria das questões sobre crase pode ser resolvida apenas com
esse entendimento.

b) Existem mercadorias às quais se dedica um culto similar ao das


experiências religiosas.
Correta. Vimos que pode ocorrer crase antes do pronome relativo
"as quais", não é? Para isso, é preciso que a preposição "A" seja
necessária na construção. Na frase acima, essa preposição é
exigida pelo verbo "dedicar-se", que é transitivo indireto (dedicar-se
a alguma coisa). Assim, ocorre a contração A (preposição) + AS
QUAIS (pronome relativo), que exige o acento grave para sinalizar
a crase. A ideia é a seguinte:
→ Dedica-se às mercadorias um culto similar ao das experiências
religiosas.

c) Os mitos românticos se agregaram nos mitos do consumo como


se fossem inseparáveis.
Incorreta. O verbo "agregar-se" (sentido de reunir-se, juntar-se)
rege preposição "a": agregar-se a alguma coisa ou a alguém. O
objeto indireto de "se agregaram" precisa ser introduzido por essa
preposição.
Correção: Os mitos românticos se agregaram aos mitos do
consumo como se fossem inseparáveis.

d) A felicidade trazida pelo mercado é um mito onde muita gente


Alexandre
teima Nascimento Borges
em cultuar.
Incorreta. O termo "onde" só deve ser utilizado para referir-se a
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um lugar.052.222.113-04
Na frase acima, o referente é "um mito", portanto o uso
de "onde" não é adequado. Vamos usar o pronome relativo "que"
para retomar o termo referente.
Correção: A felicidade trazida pelo mercado é um mito que muita
gente teima em cultuar.

e) Muitos turistas vivem em Paris os sentimentos em que as


agências já padronizaram.
Incorreta. O pronome relativo "que" retoma "os sentimentos" e
inicia uma oração subordinada adjetiva restritiva. Não há um termo
que exija o uso da preposição "em". Vejam que o verbo
"padronizar" é transitivo direto (padronizar alguma coisa), portanto
não devemos usar preposição antes do pronome "que". A ideia é a
seguinte:
→ As agências já padronizaram os sentimentos.
Correção: Muitos turistas vivem em Paris os sentimentos que as
agências já padronizaram.
6. B a) “Comungam”, no excerto em foco, é um verbo transitivo indireto
cujas preposições possíveis são: “a”, “de”, “em” ou “com”. -
ERRADO
A primeira parte da assertiva está certa. Realmente comungam, no
excerto em foco, é verbo transitivo indireto. No entanto, as
preposições possíveis são apenas três: de, em e com. Não
dizemos comungar a algo, como está no texto. Comungar
é concordar, ser adepto de. Vejamos os exemplos abaixo (todos
retirados de sites de jornais e/ou portais de notícias)

• Ele sempre comungou com a esquerda o viés estatizante e

6
corporativo. [Terra]
• Bolsonaro estimula o ódio contra quem não comunga de sua
ideologia (...) [Opinião Estadão]
• Por que será que se desentendem as pessoas que comungam
nos mesmos ideais? [Zero Hora]

Observação
Os exemplos são apenas para fins didáticos, tá? Não é minha
intenção discutir política aqui.

Além dessas três preposições, o verbo comungar também pode


ser transitivo direto → comungar algo

Ex: Fulano sempre comungou os mesmo ideais do pai.

Assim, a letra A está errada, pois comungar não rege a preposição


"a".

b) O sinal indicativo de crase foi utilizado de forma incorreta,


devendo ser omitido para que o excerto se adéque à norma-padrão
da língua. - CERTO
Nosso gabarito. Como vimos na letra A, não dizemos comungar a
algo, com a preposição "a". O sinal indicativo de crase mostra que
houve a fusão da preposição "a" com o artigo definido "as" (que
determina o substantivo ideias).
Se a gente Nascimento
Alexandre retirar o acento grave (sinal indicativo de crase), o
Borges
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verbo comungar passa a ser transitivo
→ (...) aqueles que não comungam as ideias da cartilha do
052.222.113-04
modelo ora vigente (...)
Vimos, na letra A, que esse verbo também pode ser transitivo
direto. Assim, a letra B é o gabarito da questão.
Dúvida: "Sthefanny, o texto está gramaticalmente errado?" Sim,
está. Mas isso não quer dizer que o ele não tenha passado por uma
revisão. Lembre-se de que o texto foi adaptado para essa prova. O
erro pode ter sido proposital.

c) O sinal indicativo de crase aponta que o item “às” é uma


preposição e pode ser adequadamente substituído por “para as”. -
ERRADO
A primeira parte está correta, já que o sinal indicativo de crase em
"às" indica a presença da preposição "a". Contudo, a segunda
parte está errada, pois não podemos substituir a preposição "a" por
"para".

d) “Comungam”, no excerto em foco, é um verbo intransitivo, o


qual não exige complemento. - ERRADO
Não, é verbo transitivo indireto, pois está ligado ao seu
complemento por meio de uma preposição. O
verbo comungar também pode ser intransitivo, mas isso
geralmente ocorre quando ele tem o sentido de "receber o
sacramento da Eucaristia". Exemplo:
→ Durante a missa, muitos comungaram.
Assim, errada a letra D.

e) Caso a palavra “ideias” fosse substituída por “princípios”, o

7
termos “às” teria de ser substituído por “aos” para que o excerto
estivesse adequado em termo de concordância e regência. -
ERRADO
Não, pois, conforme vimos, o verbo comungar não rege a
preposição "a". A contração "aos" é formada pela preposição "a" +
artigo definido "os". Errada a letra E.
7. D Analisemos o contexto:

Diferentemente de outras potenciais bioassinaturas tais como o


oxigênio atmosférico, o metano é um dos poucos gases que
poderia ser detectado com facilidade por meio do James Webb
Space Telescope...

Neste caso, a expressão destacada expressa uma ideia


de COMPARAÇÃO, podendo perfeitamente ser substituída pela
expressão "tal qual", a qual também exprime ideia
de COMPARAÇÃO. Só que existe um grande detalhe nisso tudo:

Quando estamos diante dessa expressão, o termo "tal" concorda


com o substantivo anterior. Por sua vez, o termo "qual" deve
manter a concordância com o substantivo posterior. Vejamos:

Diferentemente de outras potenciais bioassinaturas tais qual o


oxigênio atmosférico, o metano é um dos poucos gases que
poderia ser detectado com facilidade por meio do James Webb
Alexandre
Space Nascimento Borges
Telescope...
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Neste caso, o termo "tal" concorda
052.222.113-04 com o substantivo
"bioassinaturas", que está no plural. E o termo "qual" concorda com
o substantivo "oxigênio", que está no singular.
8. E Segundo os cânones gramaticais, o verbo haver (apresentando
sentido de existir, ocorrer, acontecer, realizar-se...) está no grupo
dos verbos impessoais: aqueles que NÃO possuem sujeito
(oração sem sujeito). Justamente por isso, tais verbos devem ficar
sempre na 3ª pessoa do singular. Exemplos:
 Há muitos candidatos inscritos.
 Havia vários ônibus na rodoviária.
 Há jovens que apresentam dificuldade na interpretação de
textos.
Observação nº 1: quando o verbo haver (no sentido
de existir, ocorrer...) é o principal de uma locução verbal, sua
impessoalidade contamina o verbo auxiliar dessa locução.
Dessa forma, são gramaticalmente incorretas construções como
"Devem haver muitos candidatos inscritos.". O correto seria: "Deve
haver muitos candidatos inscritos."

Observação nº 2: quando o verbo haver funciona como auxiliar de


uma locução verbal, ele poderá se flexionar, desde que o verbo
principal não seja impessoal. Exemplos:
 Ontem, já haviam saído os ônibus.
 Eles haviam estudado naquela noite.
 Os jovens hão de se preparar para este concurso.
A letra E é a opção que apresenta a estrutura correta. Analisemos
as alternativas

8
a) hão de haver == ERRADA.
Neste caso, o verbo principal da locução é haver (que é
impessoal), o que justifica o uso do singular: há de haver.

b) há de existir == ERRADA.
Neste caso, o verbo principal da locução é existir (que não é
impessoal), o que justifica o uso do plural: hão de existir.

c) pode existir == ERRADA.


Neste caso, o verbo principal da locução é existir (que não é
impessoal), o que justifica o uso do plural: podem existir.

d) devem haver == ERRADA.


Neste caso, o verbo principal da locução é haver (que é
impessoal), o que justifica o uso do singular: deve haver.

e) hão de existir == CORRETA.


Neste caso, o verbo principal da locução é existir (que não é
impessoal), o que justifica o uso do plural: hão de existir.
9. D A opção pelo emprego do pronome sublinhado no período acima
lhe dá função

Referenciação Bizu
Catafórica
“Ao que será falado” Pra frente
(“indica”)
Alexandre Nascimento Borges
Anafórica
“Ao que já foi dito”
alexandreborges482@gmail.com Pra trás
(retoma/remissão)
Dêitico 052.222.113-04 refere-a elementos
(indica) “fora do texto” fora do texto ou do
discurso

“deste direito no Brasil” – a banca, infelizmente, deu uma


forçadinha. O pronome ‘deste’ deve ser avaliado em conjunto com o
fragmento em verde.
 ele se refere AO LOCAL em que o direito é
aplicado. Então, o “deste” faz referência ao local
(espaço)
A Referenciação dêitica é responsável por localizar algo no tempo
e no espaço, como na frase em análise “deste direito no Brasil”

Algumas características sobre referência dêitica:


É responsável por localizar algo no tempo ou no espaço.
 Na semana que vem, comprarei alguns
suplementos – trecho em destaque faz referenciação
dêitica, pois está além do texto e é relacionado ao
tempo.
 Prestem atenção na seguinte frase: Aqui está muito
quente - trechos em destaque fazem referenciação
dêitica
 Onde eu estou? - trecho em destaque faz
referenciação dêitica.
10. C LETRA "A"-ERRADA. arcaísmo.
Arcaísmo é a palavra, expressão ou construção muito antiga, fora
de uso.

9
Exemplos: ceroula (cueca); vosmecê (você); outrossim
(também); à guisa de (à maneira de); etc.
A palavra desimportâncias é uma palavra inventada com base em
léxico e semântica preexistentes na língua portuguesa (prefixo des
+ substantivo importância + desinência de plural "s"), e não uma
palavra muito antiga, fora de uso.

LETRA "B"-ERRADA. hibridismo.


Hibridismo é a formação de palavras com radicais ou elementos
tomados de línguas diferentes.
Exemplo: monóculo, do grego monos (único) + latim oculus (olho).
A palavra desimportâncias é uma palavra inventada com base em
léxico e semântica preexistentes na língua portuguesa (prefixo des
+ substantivo importância + desinência de plural "s"), e não uma
palavra com radicais ou elementos tomados de línguas diferentes.

LETRA "C"-CORRETA. neologismo.


Neologismo é o uso de palavra ou expressão nova,
geralmente com base em léxico, semântica e sintaxe preexistentes,
na mesma língua ou em outra.
A palavra “desimportâncias” (linha 14) é uma palavra nova
formada a partir do acréscimo do sufixo des (ausência de) ao
substantivo importâncias. Portanto, essa palavra aparece em itálico
por tratar-se de um neologismo.

LETRA "D"-ERRADA.
Alexandre Nascimento estrangeirismo.
Borges
alexandreborges482@gmail.com de termos ou palavras
Estrangeirismo é o empréstimo
provenientes de língua estrangeira.
052.222.113-04
Exemplos: show, delivery, airbag, office boy, xampu, futebol, boate,
etc.
A palavra desimportâncias é uma palavra inventada com base em
léxico e semântica preexistentes na língua portuguesa (prefixo des
+ substantivo importância + desinência de plural "s"), e não uma
palavra emprestada de outra língua.

LETRA "E"-ERRADA. barbarismo.


Barbarismo é o uso de palavra ou expressão em desacordo com
as normas gramaticais, ou com erro de pronúncia, grafia ou
significação.
Exemplos: adevogado ao invés de advogado; geito ao invés de
jeito; "meio" no lugar de "meia"; "vir" no lugar de "ver".
A palavra desimportâncias é uma palavra inventada com base em
léxico e semântica preexistentes na língua portuguesa (prefixo des
+ substantivo importância + desinência de plural "s"), e não uma
palavra em desacordo com as normas gramaticais, ou com erro de
pronúncia, grafia ou significação.

10
Alexandre Nascimento Borges
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