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Os presidentes do brasil de 1964 a atualidade

Ranieri Mazzili (1964): novamente governou o Brasil por 13 dias logo após a
deposição de João Goulart por conta do golpe civil-militar de 1964.

Período militar
Humberto Castelo Branco (1964-1967): primeiro “presidente” da Ditadura
Militar. As primeiras medidas de exceção foram realizadas durante o seu governo,
como o Ato Institucional nº 1, que autorizou expurgos entre civis e militares,
dando início à prisão arbitrária de cidadãos brasileiros. Houve também
perseguição a políticos opositores e a movimentos sociais.
Artur Costa e Silva (1967-1969): implantou medidas desenvolvimentistas que
contribuíram para o crescimento econômico artificial conhecido como “milagre
econômico”. Durante o seu governo, aconteceu o fortalecimento da Ditadura
Militar, com a repressão de movimentos estudantis e de trabalhadores e com o
decreto do Ato Institucional nº 5, o mais rigoroso de toda a ditadura.
Emílio Médici (1969-1974): foi um dos governantes mais autoritários da Ditadura
Militar. Em posse do AI-5, ampliou a repressão, a censura e a tortura contra os
opositores da ditadura. A maior parte das mortes por agentes do governo
durante a Ditadura Militar aconteceu na presidência de Médici. O auge do
“milagre econômico” aconteceu no seu governo."
Ernesto Geisel (1974-1979): durante seu mandato presidencial, foi ensaiada uma
abertura política entendida pelos historiadores como uma iniciativa controlada,
ou seja, entendia-se a possibilidade de um retorno dos civis ao poder, desde que
eles estivessem tutelados pelos militares. Ainda assim, o governo Geisel matou
dezenas de opositores.
João Figueiredo (1979-1985): último líder do período da ditadura brasileira. Seu
governo deu continuidade ao processo de abertura guiada, visando a manter os
militares tutelando áreas importantes do país. Entretanto, o governo de João
Figueiredo acabou encontrando uma forte oposição da sociedade civil, cansada
do autoritarismo dos militares. Seu governo sofreu com a forte crise econômica
manifestada por uma alta da inflação e pelo crescimento descontrolado da dívida
externa.
República nova
José Sarney (1985-1990): vice-presidente de Tancredo Neves, o primeiro civil
eleito presidente depois de 21 anos de regime de exceção. Sarney assumiu a
presidência interinamente por conta dos problemas de saúde de Neves,
internado às pressas um dia antes de assumir o cargo. Seu governo fracassou no
combate à crise econômica. A Constituição de 1988 foi promulgada durante seu
mandato, apesar de Sarney não ter concordado com muitos pontos do texto."
Fernando Collor de Melo (1990-1992): primeiro presidente eleito pela população
brasileira (diretamente) desde 1960. Seu governo também fracassou no combate
à crise econômica, adotando algumas medidas para a economia que
traumatizaram uma geração de brasileiros. Sofreu impeachment, em dezembro
de 1992, por seu envolvimento com um escândalo de corrupção.
Itamar Franco (1992-1995): vice-presidente de Fernando Collor de Melo, assumiu
a presidência depois que o presidente sofreu impeachment. O grande feito desse
governo foi ter conseguido estabilizar a economia brasileira por meio do Plano
Real, criado pela equipe econômica sob a liderança de Fernando Henrique
Cardoso.
Fernando Henrique Cardoso (1995-2003): primeiro presidente da Nova
República (iniciada em 1985), foi eleito e reeleito com vitórias no primeiro turno.
A vitória de FHC foi impulsionada pelo seu papel na construção do Plano Real, o
plano econômico mais bem-sucedido da história brasileira. O governo sofreu
denúncias de compras de parlamentares para aprovação da emenda
constitucional que permitia a reeleição para o cargo presidencial. Encerrou o seu
mandato com a economia em uma situação ruim.
Lula (2003-2011): depois de ser derrotado nas eleições de 1989, 1994 e 1998,
Lula conseguiu vencer a disputa em 2002. Seu governo obteve resultados
expressivos na economia, registrando crescimento significativo, além de ter
contribuído diretamente para a distribuição de renda e a redução da pobreza no
país por meio de programas governamentais. Seu governo foi abalado por um
escândalo de corrupção conhecido como “mensalão”.
Dilma Rousseff (2011-2016): conseguiu eleger-se presidente muito graças à
popularidade do governo Lula. Ela foi a primeira mulher eleita presidente do
Brasil. Procurou dar continuidade à política de combate à pobreza, mas seu
governo pecou na política econômica, enfrentando anos duros de recessão. O
fortalecimento da oposição, os erros na condução da política econômica e o
avanço da operação Lava Jato abriram o caminho para que um processo de
impeachment interrompesse seu segundo mandato. O impeachment de Dilma é
entendido por muitos historiadores como um golpe parlamentar."
Michel Temer (2016-2019): vice-presidente que articulou o golpe parlamentar
contra Dilma Rousseff e assumiu a presidência com a destituição da presidente
em 2016. Em seu governo, adotou uma política econômica de austeridade.
Balançou no cargo por conta de escândalos de corrupção, mas manteve-se até o
final do mandato, principalmente por possuir apoio do Legislativo.
Jair Bolsonaro (2019-2022): o militar reformado foi eleito em uma onda
conservadora que atingiu o Brasil em 2018. Seu governo, que se apresentou como
um governo de viés liberal, ficou marcado por resultados ruins na economia, em
destaque para o aumento da inflação.

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