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FATORES HUMANO-ORGANIZACIONAIS:
MODELO PREDITIVO PARA ANÁLISE DE RISCOS
Palhoça
2018
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
ANDRÉ LUIZ SILVA MIGUEL
FATORES HUMANO-ORGANIZACIONAIS:
MODELO PREDITIVO PARA ANÁLISE DE RISCOS
Palhoça
2018
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FATORES HUMANO-ORGANIZACIONAIS:
MODELO PREDITIVO PARA ANÁLISE DE RISCOS
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo avaliar se a percepção subjetiva dos operadores
sobre um sistema permite propor modelos preditivos. Foi utilizado o tipo de pesquisa
exploratória com abordagem qualitativa, em relação à coleta de dados, trata-se de
uma pesquisa bibliográfica. Foram consultadas obras de autores consagrados como
James Reason (1990), Wiegmann e Shappell (2000) e Snook (2002). Ao fim do
estudo foi possível de forma clara denotar a inter-relação entre os fatores humanos e
organizacionais, além de posicionar os operadores do sistema como elemento
primordial para a segurança do mesmo, fator motivador fundamental para proposta
de um modelo para análise de riscos de forma preditiva – que possa ser
implementado. A partir da análise dos dados, constatou-se que os operadores de
sistemas percebem de forma subjetiva, em suas esferas de atuação as condições de
perigo presentes na organização, de forma que a opinião desses reflete a situação
organizacional, tornando-se possível elaborar métricas preditivas a partir dessas
informações.
ABSTRACT
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
PROBLEMA DA PESQUISA ..................................................................................11
OBJETIVOS ...........................................................................................................12
Objetivo geral .......................................................................................................12
Objetivos específicos...........................................................................................12
JUSTIFICATIVA .....................................................................................................12
METODOLOGIA.....................................................................................................13
Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa ..........................................................13
Materiais e Métodos .............................................................................................13
Procedimentos de coleta de dados ....................................................................14
Procedimentos de análise dos dados ................................................................14
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ..........................................................................14
2 CONTEXTO GERAL DA SEGURANÇA OPERACIONAL ..................................16
3 O MODELO DE REASON E A GESTÃO DO RISCO..........................................19
O MODELO REASON E A SEGURANÇA OPERACIONAL...................................19
O ESPAÇO DE SEGURANÇA ...............................................................................30
A DERIVA PRÁTICA ............................................................................................. 34
GERENCIAMENTO DO ERRO ..............................................................................35
CRÍTICA AO MODELO DE REASON ....................................................................37
4 O MODELO HFACS ............................................................................................ 40
5 PROPOSTA DE MODELO................................................................................... 43
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................45
REFERÊNCIAS.........................................................................................................47
10
1 INTRODUÇÃO
PROBLEMA DA PESQUISA
OBJETIVOS
Objetivo geral
Objetivos específicos
JUSTIFICATIVA
METODOLOGIA
Materiais e Métodos
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Fonte:FAA(USA, 2016).
total e marginal representam a intenção das pessoas acerca de que é mais útil a
partir da forma como elas percebem as circunstâncias. (VASCONCELLOS, 2006).
Nesse panorama, segundo Reason (1997), existe uma espécie de
percepeção do valor utilidade da: produção e da segurança, conforme as
circunstâncias.
Ainda, segundo esse autor, a mentalidade de segurança tende a se
deteriorar com o tempo. De modo que ocorre um desvio prático dos níveis da
mesma. A erosão ocorre então,devido ao fato de as pessoas esquecerem coisas
que raramente acontecem, acidentes e incidentes, principalmente diante dos
imperativos produtivos tais como lucro, crescimento, etc. De modo que, o conceito
de utilidade marginal em relação ao tempo, pode demonstrar a erosão da percepão
dos Es.
A utilidade marginal demonstra a redução da satisfação pela obtenção de
mais um bem do mesmo tipo, ou seja, o bem tem sua utilidade reduzida uma vez
que “esse não faz falta ou esta abundante” na mentalidade das pessoas.
(VASCONCELLOS,2006).
=
∆
O ESPAÇO DE SEGURANÇA
constante, de forma que quando são atingidas posições extremas de forma natural
surgem forças contrárias. Ou seja, é a utilidade dos Esforços de Segurança em
relação aos Esforços de Produção que estão continuamente mudando e não
necessariamente a efetiva alocação de recursos. (REASON,1997).
É preciso ratificar: no momento inicial, após gestão do risco e alocação de
recursos, o ponto ALARP representa o nível desejável dos Esforços de Segurança,
de forma que a relação Es/Ep é ótima, considerando a gestão realizada
corretamente. Todavia, conforme mencionado por Reason (1997), as organizações
passam por questões como a erosão dos Esforços de seguranças e estágios de
imperativos produtivos, dado que não basta saber o ponto ideal para o ALARP, e se
torna necessário que sejam elaboradas medidas quantitativas que possam medir
direta ou indiretamente de forma aproximada, quais são os limites máximos de
variação do espaço do segurança baseadas na percepção do valor utilidade da
mesma.
Independentemente da alocação de recursos, o professor James Reason
(1997) postulou, ainda, que existem três forças responsáveis pelo direcionamento da
segurança:
Comprometimento: relacionado ao domínio dos modelos e boas práticas de
segurança, motivação, ou pelos recursos alocados a fim de atingir os
objetivos de segurança.
Consciência: atitude em relação à identificação os perigos e mitigação dos
riscos, uma organização consciente vê a manutenção da segurança de forma
proativa, sempre buscando identificar riscos e mitigar, principalmente em
longos períodos sem acidentes ou incidentes.
Competência: relaciona aos instrumentos de informações de segurança em
uma organização.
Desse modo, talvez, seja útil avaliar a utilidade dos Esforços de Segurança/ utilidade
dos esforços de Produção.
Ressalta-se que até este ponto foram abordadas organizações com uma
postura reativa, que corrigem as falhas somente após os acidentes, em relação à
segurança, pois naquelas onde a segurança é feita de forma pró-ativa e/ou preditiva
as oscilações do espaço de segurança são reduzidas através de iniciativas da
gestão, porém os mesmo efeitos descritos anteriormente ocorrem, sendo apenas
amortecidos pelo gerenciamento contínuo e constante - conforme previsto no
doc9859, afim de que ocorra o retorno a situação desejável existente no momento
imediatamente anterior ao processo de Gestão do Risco.(ICAO doc9859, 2013).
A fim de atingir um bom nível aceitável de segurança operacional, o
gestor deve saber o que e possível gerenciar, pois não é possível eliminar todos os
riscos, mas se pode mitigar, não é possível eliminar todos os atos inseguros de uma
só vez, mas é possível eliminá-los gradativamente a partir de uma visão sistemática.
Além disso, faz-se necessário constantemente medir e melhorar os processos que
34
A DERIVA PRÁTICA
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GERENCIAMENTO DO ERRO
4 O MODELO HFACS
5 PROPOSTA DE MODELO
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002
o6Y3bAhVHG5AKHazvCj8Q6AEIKDAA#v=onepage&q=james%20reason%201990&
f=false> Acesso em: 17 mar. 2018.
SNOOK, Scoot A. Friendly Fire: The Accidental Shootdown of two Black Hawks
over Northern Iraq. Princeton 2002. Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?hl=ptBR&lr=&id=StR5P2vejpMC&oi=fnd&pg=PP
2&dq=scoot+a+snook+pratical+drift&ots=sfT1mMEro_&sig=R4uI2Z7l2zT3MffTnr9IT9
ZODkY#v=onepage&q&f=false> Acesso em: 07. Mai.2018.