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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

PROF. DANIELA FRANKLIN

PLACENTA E
ANEXOS
EMBRIONÁRIOS
MAMÍFEROS DOMÉSTICOS E PRIMATAS
TIPOS DE IMPLANTAÇÃO
CÊNTRICA OU
SUPERFICIAL

 Égua, vaca, ovelha, porca, cadela,


gata
 Embrião se adere ao endométrio de
forma a permanecer livre na
cavidade uterina
EXCÊNTRICA

 Rata e Coelha
 Embrião se aloja em uma fenda
uterina, com proliferação da mucosa
uterina circundante
INTERSTICIAL

 Primatas e porquinho da índia


 Embrião se implanta dentro do
endométrio
QUARTA SEMANA = CÓRION DOMÉSTICOS

TROFOECTODERMA
MURAL

MESODERMA
SOMÁTICO EXTRA
EMBRIONÁRIO
VILOSIDADES CORIÔNICAS DOMÉSTICOS
QUARTA SEMANA = CÓRION PRIMATAS

TROFOBLASTO

CÓRION

1. CÓRION LISO
2. CÓRION VILOSO
VILOSIDADES CORIÔNICAS PRIMATAS

CÓRION LISO

CÓRION VILOSO
OU FRONDOSO
DECÍDUA
MEMBRANAS
FETAIS
DOMÉSTICOS

 Como não ocorre implantação, na


maioria dos animais o endométrio não sofre
decidualização.
 A decídua só se forma em Roedores e
Carnívoros
MEMBRANAS
FETAIS PRIMATAS
Decídua basal – parte do
pólo embrionário do concepto
(componente materno)
Decídua capsular – parte
mais superficial (cobre o
concepto)
Decídua parietal – restante
da decídua
MEMBRANAS
FETAIS PRIMATAS
Com o crescimento do
embrião, a decídua parietal se
fusiona com a decídua
capsular, que degenera por
volta do 5° e 6º mês

MEMBRANA
AMNIOCORIÔNICA
PLACENTA
DECÍDUA BASAL (OU ENDOMÉTRIO) CÓRION VILOSO = PORÇÃO
= PORÇÃO MATERNA DA PLACENTA FETAL DA PLACENTA

LACUNAS
TROFOBLÁSTICAS COM
VÊNULA SANGUE MATERNO
ENDOMETRIAL

ARTÉRIAS UMBILICAIS

VEIA UMBILICAL
ARTERÍOLA
ENDOMETRIAL

VILOSIDADE CORIÔNICA
TERCIÁRIA
a) Arranjo das membranas fetais (natureza
dos tecidos que compõem a placenta)
CLASSIFICAÇÃO
DA PLACENTA b) Formato da área de junção materno fetal
(Leiser, 1997) (interação córion viloso e endométrio)

c) Modelos de tecidos de interdigitação


materno fetal (formato do local de junção
materno-fetal)

d)Classificação pelas camadas componentes


da barreira placentária. (quantas camadas
formam a barreira placentária)
A) ARRANJO DAS
MEMBRANAS
FETAIS
 CORIOVITELINA
 Funcional em:
 carnívoros (até 21 dias), córion
 equinos (até 8ª semana)
 Marsupial
 Em suínos e ruminantes, o
saco vitelino involui na 3 ou
4 semana, e nunca forma
uma placenta coriovitelina
funcional

PLACENTA
CORIOVITELINA Saco vitelino
A) ARRANJO DAS
MEMBRANAS alantóide

FETAIS
 CORIOALANTÓIDEA
 Todos os mamíferos córion
domésticos
 Primeira placenta a ser
estabelecida

PLACENTA
CORIOALANTÓIDEA
PLACENTA
CORIOAMNIÓTICA

alantóide

A) ARRANJO DAS
MEMBRANAS
FETAIS

• CORIOAMNIÓTICA
 Humanos

Saco vitelino
B) FORMATO DA DIFUSA: O córion viloso apresenta projeções
ÁREA DE JUNÇÃO em toda a superfície. (suíno e equino)

ZONÁRIA: projeções coriônicas em


determinados pontos

. ZONÁRIA COTILEDONAR (vaca, ovelha,


cabra)

. ZONÁRIA CIRCULAR (cadela e gata)

. ZONÁRIA DISCOIDAL (humanos, primatas e


roedores)
B) FORMATO DA ÁREA DE
JUNÇÃO
PLACENTA DIFUSA

• Distribuição uniforme das vilosidades


coriônicas no córion (suíno e equino)
PLACENTA
COTILEDONÁRIA

 Vilosidades coriônicas são restritas a áreas


definidas, referidas como cotilédones, que
estão distribuídos por toda superfície do
córion (Ruminantes = vaca, ovelha e cabra)
FETO

cotilédone

MÃE

carúncula

PLACENTOMA
PLACENTOMA

CONVEXO

(MÃE)

(FETO) CÔNCAVO
COTILÉDONE
COTILÉDONE
CARÚNCULA

CARÚNCULA

PLACENTOMA CARÚNCULA

CONVEXO
(vaca)
COTILÉDONE
CARÚNCULA

COTILÉDONE

PLACENTOMA CÔNCAVO
(ovelha e cabra)
CONVEXO

CÔNCAVO

PLACENTOMAS
PLACENTA CIRCULAR
• Vilosidades coriônicas restritas a uma faixa no
meio do córion (carnívoras = cadela e gata)
PLACENTA DISCOIDAL
• Vilosidades coriônicas restritas a uma
estrutura em forma de disco no córion
(primatas e rodedoras)
C) TECIDOS DE
INTERDIGITAÇÃO
 PLACENTA VILOSA
 Vilosidades do córion
se interdigitam com a
mucosa uterina
 Humano
 Ruminantes
 Eqüinas
 Roedoras
VILOSIDADES CORIÔNICAS TERCIÁRIAS
MSEE = PLACA
CORIÔNICA VILOSIDADE CORIÔNICA TRONCO

SINCÍCIOTROFOBLASTO
VASOS
FETAIS
LACUNA COM
SANGUE MATERNO

CAPA TROFOBLÁSTICA

CITOTROFOBLASTO
CÓRION
VILOSO
VILOSIDADE COM
SANGUE MATERNO

PLACA SINCÍCIOTROFOBLASTO
CORIÔNICA
CITOTROFOBLASTO
VASOS
FETAIS VILOSIDADE CORIÔNICA TRONCO
CAPA TROFOBLÁSTICA

CITOTROFOBLASTO

ESPAÇO INTERVILOSO
ARTÉRIAS DECÍDUA BASAL
UMBILICAIS

SEPTOS

COTILÉDONE
VEIA
UMBILICAL
ESPAÇO INTERVILOSO

VILOSIDADES CORIÔNICAS TERCIÁRIAS


FACES DA PLACENTA
TROFOBLASTO

- PLACENTA PREGUEADA
• Pregas da mucosa uterina e córion se interdigitam.
• Suíno
• Marsupial
ENDOMÉTRIO
- PLACENTA LAMELAR
• Pregas entre a mucosa uterina e córion se
interdigitam, elas são mais complexas com
múltiplas ramificações.
• Carnívoros
• Primatas (macacos)
• Macaco callithrix

- PLACENTA
TRABECULAR
- PLACENTA LABIRÍNTICA
• córion penetrado por lacunas ou canais
• Morcegos
• Lagomorfos - coelhos
• Alguns primatas
ENDOTÉLIO
FETAL
FETAL

MESÊNQUIMA

TROFOBLASTO

D) BARREIRA EPITÉLIO UTERINO

PLACENTÁRIA
MATERNO
TEC. CONJ.
UTERINO

ENDOTÉLIO
MATERNO
BARREIRA
PLACENTÁRIA

Epiteliocorial

Mesocorial

Endocorial

Hemocorial
FETAL

BARREIRA PLACENTÁRIA EPITELIOCORIAL

 Tipo difusa = as vilosidades estão distribuídas por todo o córion.


Epitélio fetal e uterino não são danificados. Contato é superficial.
Barreira placentária com 6 camadas.
 égua
 porca

MATERNO
BARREIRA PLACENTÁRIA MESOCORIAL
OU SINEPTELIOCORIAL
FETAL

 Tipo cotiledonária = placenta mais desenvolvida com


destruição da parede uterina formando as carúnculas. Em
alguns pontos ocorre migração de células trofoblásticas
para o epitélio uterino. Células trofoblásticas gigantes
binucleadas. Barreira placentária com 5 camadas.
 Ruminantes (vaca, ovelha e cabra)

MATERNO
BARREIRA PLACENTÁRIA ENDOCORIAL
OU ENDOTÉLIOCORIAL FETAL

 Tipo circular = ocorre a destruição do endométrio e o


epitélio coriônico forma um contato direto com o capilar
endometrial. Barreira placentária com 4 camadas.
 Carnívoros (gata e cadela)
 Morcego

MATERNO
BARREIRA PLACENTÁRIA HEMOCORIAL

 Tipo discóide = endotélio materno é destruído, ficando as


vilosidades coriônicas banhadas pelo sangue materno.
Barreira placentária com 3 camadas.
 Roedores
 Primatas
BARREIRA PLACENTÁRIA PRIMATAS
SINCICIOTROFOBLASTO

CITOTROFOBLASTO
Até 20
semanas
MESODERMA SOMÁTICO EXTRA-
EMBRIONÁRIO

ENDOTÉLIO

SINCICIOTROFOBLASTO
Depois de 20
semanas
ENDOTÉLIO
placentação Tecidos maternos Tecidos fetais

Endotélio Mesoderma Epitélio Endotélio Mesoderma Epitélio

Epitéliocorial + + + + + +

Mesocorial + + +- + + +-

Endotéliocorial + _ _ + + +

Hemocorial _ _ _ + + +

BARREIRA PLACENTÁRIA
Trocas
materno‐fetais ‐ Passagem de nutrientes, água, O2, e
hormônios da mãe ao feto.

‐ Do feto à mãe tem‐se a passagem de


MEMBRANA catabólitos, água, CO2 e hormônios.

PLACENTÁRIA Produção de
hormônios ‐ gonadotrofina coriônica humana
(hCG), somatotrofina coriônica
(hormônio de crescimento placentário),
estrógenos e progesterona.

Imunidade
‐ Imunidade passiva para o feto
(passagem anticorpos do tipo IgG).
ERITROBLASTOSE
FETAL
RELAÇÃO COM O
ENDOMÉTRIO

 DECIDUAL = o contato entre mãe e filho é mais


íntimo, todo o blastocisto se desenvolve dentro
da parede uterina. Células do conjuntivo da
mucosa uterina se transformam em células
CIRCULAR
deciduais. No parto, ocorre uma hemorragia
intensa. (humana, gatas, cadelas e roedores)

DISCOIDE
RELAÇÃO COM O
ENDOMÉTRIO

 NÃO DECIDUAL = o contato entre mãe e filho é


feito por digitações do trofoblasto e vilosidades
coriônicas que penetram em depressões da
parede do útero. No parto, as vilosidades se
DIFUSA
desprendem das pregas uterinas sem danificar
a parede, ou seja, sem hemorragia. (égua,
ruminantes, porcas)

COTILEDONAR DIFUSA
TIPOS DE PLACENTA

RELAÇÃO C/ VILOSIDADES HISTOLOGIA EXEMPLOS


ENDOMÉTIRO

Não decidual Difusa Epiteliocorial ÉGUA E PORCA

Cotiledonária Mesocorial RUMINANTES

Decidual Circular Endocorial CADELA E GATA

Discoidal Hemocorial MULHER, MACACA E


ROEDORES
RESUMO: PLACENTAS DECIDUAIS

ROEDORES (RATA): excêntrica, corioalantóidea, discoidal,


vilosa, Hemocorial e decidual

CARNÍVOROS (gata e cadela): cêntrica, coriovitelina e


corioalantóidea, circular, lamelar, endocorial e decidual
RESUMO: PLACENTAS DECIDUAIS

 HUMANO: intersticial, corioamniótica, discoidal, vilosa,


hemocorial

PLACENT
A
CORIOA alantóide
MNIÓTIC
A

Saco vitelino
RESUMO: PLACENTAS INDECIDUAIS

RUMINANTES (vaca, cabra e ovelha) = cêntrica, corioalantóidea,


cotiledonária, vilosa, mesocorial e não decidual

EQUINOS: cêntrica, coriovitelina e corioalantóidea, difusa, vilosa,


epiteliocorial e não decidual
RESUMO: PLACENTAS INDECIDUAIS

 SUÍNO: cêntrica, corioalantóidea, difusa, pregueada,


epiteliocorial e não decidual
RESUMO
CAVIDADES DOMÉSTICOS
ALANTÓIDE X CAVIDADE CORIÔNICA
CÓRION
CAVIDADE
AMNIÓTICA ÂMNION

ALANTÓIDE
DUTO VITELINO

SACO VITELINO
CAVIDADES PRIMATAS
CAVIDADE AMNIÓTICA X CAVIDADE CORIÔNICA

Membrana
Amniocoriônica
CAVIDADE AMNIÓTICA

CAVIDADE CORIÔNICA
CORDÃO UMBILICAL
PRIMITIVO
 Fechamento: o pedículo do embrião é
deslocado em direção ao saco vitelino,
com o qual se funde (revestidos pelo
âmnio).
 O pedículo do saco vitelino e do
alantóide (em primatas) degeneram e o
cordão passa a ser formado por
mesênquima e vasos.
CORDÃO
UMBILICAL
DEFINITIVO

 Surgem vasos sanguíneos CORDÃO UMBILICAL


DEFINITIVO
no meio do mesoderma
do pedículo de ligação
CORDÃO UMBILICAL

 O mesênquima forma um tecido


conjuntivo mucoso, rico em matriz
extracelular denimindado geléia de
Wharton.
CORDÃO
UMBILICAL
PRIMATAS
VEIA
UMBILICAL
 Inserção na região central
da placenta
 1 a 2 cm de diâmetro, 30 a
90 cm de comprimento
 une feto à placenta ARTÉRIAS
 Apresenta duas artérias e UMBILICAIS
uma única veia
CORDÃO UMBILICAL DE DOMÉSTICOS
 Possui 2 artérias umbilicas e 2 veias umbilicais
 Possui o úraco (pedículo do alantóide), onde as duas
artérias se espiralizam
 Tudo isso envolvido pela geléia de Wharton e o âmnion
CORDÃO UMBILICAL

 O cordão umbilical permite que o feto se desloque


livremente no interior da cavidade amniótica.
 Um cordão umbilical muito longo poderá envolver o
pescoço do feto estrangulando‐o, ao passo que um
cordão muito curto dificulta o parto.
TAMPÃO MUCOSO

 O tecido que reveste o canal do colo


uterino produz uma secreção mucosa
que obstrui esse canal imediatamente
após a concepção.
 Com a aproximação do parto, o útero se
dilata e o tampão pode se soltar. No
geral, isso ocorre cerca de 15 dias antes
do parto e pode ser que você tenha um
sangramento mínimo.
PLACENTA
PRÉVIA
DUCTO
ARTERIOSO

CIRCULAÇÃO
PRÉ-NATAL

FORAME OVAL
DUCTO VENOSO

VEIA UMBILICAL

ARTÉRIA UMBILICAL
CIRCULAÇÃO LIGAMENTO
ARTERIOSO
PÓS-NATAL

SEPTO
LIGAMENTO VENOSO INTERATRIAL

LIGAMENTO REDONDO
DO FÍGADO

LIGAMENTO UMBILICAL
LATERAL (LIGAMENTO
REDONDO DA BEXIGA)
GEMELARIDADE
Gêmeos Univitelinos ou
Monozigóticos = depende do momento
da separação

1. Mórula = placenta, âmnion e cavidade


coriônica separadas

2. Blastocisto = placenta e cavidade


coriônica comum, âmnions separados

3. Gastrulação = placenta, âmnion e


cavidade coriônica comuns

Gêmeos Bivitelinos ou Dizigóticos =


placenta, âmnion e cavidade coriônica
separadas
GÊMEOS SIAMESES DOMÉSTICOS
GÊMEOS SIAMESES OU XIFÓPAGOS

40% dos bebês que nascem grudados não resistem à separação e só 50% dos siameses nascem
vivos.
PARTO
1 estágio = dilatação cervical
2 estágio = expulsão fetal/ nascimento
3 estágio = expulsão da placenta
NASCIMENTO
PARTO
SEMANA DE DENOMINAÇÃO
NASCIMENTO

0 - 20 ABORTO

20-38 PREMATURO

38 - 42 TERMO

NASCIMENTO > 42 POS-TERMO


ANIMAIS NA
PLACENTA
ANIMAIS NA
PLACENTA
ANIMAIS NA
PLACENTA

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