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MISSÃO ARTÍSTICA

FRANCESA NO BRASIL
Chegada ao Brasil: 26/03/1.816
• Com a queda de Napoleão Bonaparte em 1815, muitos artistas ligados à
Corte de Napoleão perderam seus empregos. Alternativa: trabalhar para a
Corte real portuguesa no Brasil.

• Líder da Missa Artística Francesa: Joachim Lebreton (jacobino que atuou na


Revolução Francesa).

• Vieram para o Brasil: pintores, escultores, arquitetos, restauradores,


ferreiros, carpinteiros e artesãos.

• Artista que mais se destacou: Jean-Baptiste Debret > criou a Bandeira


Imperial do Brasil; publicou o livro “Viagem Pitoresca e História ao Brasil (3
volumes). Debret foi o criador da Bandeira Imperial do Brasil. O artista
permaneceu no Brasil de 1816 a 1831.
• A Missão Artística Francesa tinha o objetivo de aproximar a arte do Brasil
(recém-elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves) da arte
europeia neoclassicista.

• No Brasil: o Neoclassicismo substituiu o Barroco.

• Neoclassicismo: movimento artístico-cultural que surgiu na Europa, no


século 17, e que foi influenciado pelo Iluminismo, Revolução Francesa e
Revolução Industrial. Foi uma reação ao Barroco europeu, o que repercutiu
no Brasil.

• Algumas características do Neoclassicismo: clareza, simplicidade, equilíbrio


e predomínio da razão, inspiração da arte greco-romana, uso da
perspectiva, valorização do passado histórico, imitação da natureza,
harmonia e beleza estética etc.
• A Missão Artística Francesa criou a Escola Superior de Belas Artes no
Rio de Janeiro, em 1816, que depois seria a Academia Imperial de
Belas Artes. Houve resistência de artistas portugueses.

• 1826: A Academia Imperial de Belas Artes é aberta oficialmente ao


público.

Na 1ª República, a Academia passou a se chamar Escola Nacional de


Belas Artes, sendo extinta em 1931. Porém, foi absorvida pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o nome de Escola
de Belas Artes da UFRJ.
• A Academia Imperial de Belas Artes formou muitos artistas, a
exemplo de Victor Meirelles, autor da tela “Primeira Missa no Brasil”
(1861) e Pedro Américo, autor da tela “Independência ou Morte”
(1888).

• Jean-Baptiste Debret retratou cenas do cotidiano e de paisagens do


Rio de Janeiro e do Brasil. Ele é autor de quadros que servem de
documentos para análise das características da escravidão no Brasil.
“Primeira Missa no Brasil”, Victor Meirelles (1861)
“Independência ou Morte” ou “O Grito do Ipiranga”, Pedro Américo (1888)
Fachada da antiga Academia Imperial
de Belas Artes, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro
• Veja algumas obras do pintor Jean-Baptiste Debret:

Bandeira Imperial do Brasil, criada em 1816.


“Desembarque de Dona Leopoldina no Brasil”, Jean-Baptiste Debret
(1817)
“Um jantar brasileiro”, Jean-Baptiste Debret, 1827
“Família de Botocudos em marcha”, Jean-Baptiste Debret
“Aclamação de Dom Pedro, primeiro imperador do Brasil: no Campo de
Santana, Rio de Janeiro em 1822.” Gravura de Jean Baptiste Debret, 1824.
Um ano após a chegada da Missão Artística
Francesa, desembarca no Brasil Maria
Leopoldina, arquiduquesa da Áustria, da
dinastia dos Habsburgo. Ela veio ao Brasil para
consumar o casamento com D. Pedro, futuro
Imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I.
Maria Leopoldina era filha do imperador
Francisco I da Áustria e de sua segunda
esposa, Maria Teresa de Nápoles e Sicília.
Maria Leopoldina foi cunhada de Napoleão
Bonaparte, casado com sua irmã mais velha,
Maria Luísa.
Maria Leopoldina e D. Pedro casaram-se por
procuração, em 13 de maio de 1817, na Igreja
dos Agostinianos, em Viena, capital da
Áustria. Leopoldina chegou ao Brasil em
novembro de 1817. Ela e D. Pedro I tiveram
sete filhos. A imperatriz do Brasil Dona
Leopoldina morreu em 11 de dezembro de
Dona Leopoldina 1826, em decorrência de um aborto
espontâneo.
D. Pedro I e Dona Leopoldina
● Após a Revolução do Porto (1820), Dona Leopoldina tornou-se uma das
grandes articuladoras do processo de independência do Brasil, com a
preservação da monarquia, juntamente com José Bonifácio de Andrada
(Patriarca da Independência).

● Leopoldina e José Bonifácio (então Ministro dos Negócios do Reino do


Brasil) assinaram um carta sobre a necessidade de declarar-se a
independência do Brasil em setembro de 1822. Essa carta foi enviada em
caráter urgência para D. Pedro enquanto ele estava em São Paulo. Nessa
ocasião, inclusive, Leopoldina estava como regente do Brasil, tendo sido
nomeada pelo próprio D. Pedro.

● Portanto, Dona Leopoldina teve atuação direta em convencer D. Pedro a


permanecer no Brasil, ato oficializado no “Dia do Fico”, em 09 de janeiro de
1822, e a declarar a independência, em 7 de setembro daquele ano.
José Bonifácio de
Andrada e Silva,
“Patriarca da
Independência”

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