Você está na página 1de 7

Era no Egito a deusa de guerra, sendo também uma das formas da

deusa Hator. O seu nome, derivado de sekhem, significa poderosa, e


era filha de Rê.
Rê enviou Hator para que devastasse o mundo, pois os homens
estavam a mostrar-se demasiado arrogantes. Apareceu deste modo
(talvez brotando da cabeça de Rê) a cruel Sekhmet (sendo por isso
mencionada por vezes como o justiceiro olho de Rê). Sedenta de
sangue, recusou-se a obedecer a Rê quando este finalmente quis
suspender a ruína e desolação que Sekhmet estava a provocar à
Humanidade. Finalmente, Rê deu instruções ao sumo-sacerdote
de Heliópolis para preparar uma bebida feita de ocre de Elefantina e
cerveja, espalhando-a em 7 000 recipientes pelo Egito. Sekhmet
ingeriu a bebida pensando que era sangue e ficou intoxicada (ou
inebriada), terminando a sua fúria destrutiva. Era, por esta razão,
representada como uma leoa, símbolo da violência e da brutalidade,
ou com corpo humano e cabeça de leoa. Tinha também como
atributos uma faca, o símbolo da vida, Ankh, um cetro de cana de
papiro e um disco solar na cabeça. Este disco simbolizava o poder
destrutivo do Sol, que eliminava os inimigos de Osíris, de Rê e dos
faraós que tinham sido por eles designados. Dizia-se que os inimigos
do faraó seriam alvo das chamas que saíam da sua boca.
Em Mênfis fazia parte da tríade de deuses, juntamente com o seu
marido Ptah e Nefertum. Por outro lado, em Tebas era casada com
Amon, fundindo-se com a deusa Mut.
Esta deusa foi bastante cultuada pelos osteopatas, sob a sua face
protetora e curativa.
No reinado do faraó Amenhotep III foram-lhe erigidas inúmeras
estátuas, principalmente em Karnak, no circuito do templo da deusa
Mut (que lhe sucedeu, tendo absorvido as sua características quando
no Império Novo a cidade mais importante passou a ser Tebas).
O lema de Maat sempre foi e sempre será a honestidade.
Essa deusa egípcia tinha como principal objetivo, além de
julgar as pessoas, fazê-las serem justas e verdadeiras.
Assim como todos os outros deuses do Egito, ela não era
uma pessoa ou uma força a ser temida, mas sim um
ensinamento e um ideal a ser seguido.
Em uma época em que tudo precisava de uma explicação
e as ciências exatas não existiam, os deuses surgiam para
suprir essa demanda. Acreditava-se, por exemplo, que
Maat mantinha as estrelas em movimento, realizava a
mudança das estações e fazia a manutenção da ordem do
Céu e da Terra. Sua força combatia o caos e garantia a
ordem e o equilíbrio do mundo.
A Deusa Maat era uma das responsáveis pela entrada de
novas almas no submundo. Para isso, o morto precisava
fazer a chamada “confissão negativa”, que consistia em
uma lista de coisas que ele teria evitado fazer quando
ainda era vivo e que totalizava em 42 confissões, tais
como: não matei, não menti, não roubei, não trai, entre
outros.
Após passar pela primeira porta, segundo a lenda egípcia,
o morto teria o seu coração pesado em uma balança. O
contrapeso era a pena de Maat e o órgão deveria pesar
menos que o objeto para que, assim, a pessoa pudesse
ter a vida eterna. Se o coração fosse mais pesado, o
morto era devorado e deixaria de existir, o que era um
dos maiores medos dos egípcios.
Era muito comum que os egípcios, quando queriam
revelar a verdade, fazer uma justificativa ou retificar os
seus erros, recorressem à Maat. Para isso, eles
preparavam um altar com uma vela branca, uma cruz de
ansata, chamada Ankh, um incenso de lótus, uma pena
branca e um cálice com água. Dessa forma, eles
invocavam a deusa e faziam suas perguntas e orações.
Além de agradecer por tudo de bom que existia em suas
vidas, os povos egípcios, assim como nós, também faziam
pedidos à Maat. Eles pediam, por exemplo, para que
todas as pessoas fossem tocadas pela consciência
humana.
Para o povo egípcio, o faraó ou o rei deveriam sempre
viver de acordo com os ensinamentos de Maat. Eles eram
figuras de poder e, por isso, deveriam dar o exemplo a
todos os seus súditos. Por isso, ele vivia por Maat.

Você também pode gostar