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Muito se fala em obsessão no meio espírita, mas poucos sabem de fato como acontece
o mecanismo de tal doença. Doença? Isso mesmo, a obsessão pode ser considerada
uma doença do Espírito que, atingindo graus adiantados, acaba por aniquilar a matéria,
ocasionando depressão, loucura e até mesmo o suicídio.
Com nomes diferentes, os fenômenos de obsessão têm atravessado épocas. Até mesmo
a bíblia relata alguns acontecimentos nos tempos antigos. Existem casos famosos e
outros que se escondem no anonimato. O fato é que a obsessão ainda é frequente nos
dias atuais.
Entendendo a obsessão
Allan Kardec em O Livro dos Médiuns define a obsessão como sendo o domínio que
alguns Espíritos procuram exercer sobre outros Espíritos, sejam encarnados ou
desencarnados. Esta influência sempre acontece de forma negativa, onde o obsidiado
(Espírito dominado) é prejudicado de alguma forma, pois aquele que exerce o domínio
é sempre um Espírito de tendências nocivas.
Como se desenvolve
De maneira geral a obsessão acontece porque somos Espíritos em evolução
necessitando de aperfeiçoamento moral. Sentimentos menos dignos como o egoísmo, o
rancor, o ódio, o materialismo e o desejo de vingança ainda estão arraigados em muitos
de nós. Aliás, boa parte dos casos de obsessão está relacionada à vingança. Geralmente,
aqueles que prejudicamos outrora tendem a nos cobrar o mal que causamos, iniciando
assim um processo obsessivo.
Auto-Obsessão
Nestes casos, o homem apresenta um estado doentio do próprio Espírito, que é capaz
de lhe proporcionar graves consequências. Sentem-se doentes fisicamente, entretanto,
procuram diagnósticos na medicina convencional e não o encontram. Trazem impressos
no seu espírito patologias adquiridas em existências pretéritas, que voltam à tona e
passam a produzir uma auto-obsessão. Esta condição pode desencadear no indivíduo
transtornos de ansiedade como depressão, bipolaridade e síndrome do pânico.
Estágios da obsessão
Para fins de estudo, Kardec classificou a obsessão em estágios, sendo muito difícil
definir onde termina um estágio e inicia-se o outro. Alguns casos de obsessão são tão
complexos que os estágios podem aparecer em alternância. Vejamos:
1 – Obsessão Simples
É aquela onde o obsessor tenta insistentemente constranger sua vítima de alguma
forma. Em alguns casos, o obsidiado tem condições de perceber a ação daquele que o
pretende dominar.
2 – Fascinação
Neste estágio, o Espírito dominado passa a sofrer ação direta do obsessor, que tenta
manipular seus pensamentos para provocar ações nocivas.
3 – Subjugação
O Espírito dominante passa a exercer o controle das vontades do obsidiado. Na
linguagem popular é conhecida como possessão. O indivíduo fica sob o jugo de seu
algoz.
Como tratar
O primeiro passo para se livrar da dominação é a mudança de atitudes. A transformação
moral é fator preponderante para o sucesso do tratamento da obsessão. É necessário
exercer o domínio dos próprios pensamentos, a fim de que possa elevar o padrão
vibratório e se desvencilhar dos domínios inferiores.
“No que diz respeito ao problema das obsessões espirituais, o paciente é, também, o
agente da própria cura.” (Grilhões Partidos, Manoel Philomeno de Miranda,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, “Prolusão”.)
Em casos mais complexos é necessário buscar ajuda de uma casa espírita, que poderá
aplicar no obsidiado a fluidoterapia e, se for o caso, através de grupos mediúnicos,
realizar o trabalho de esclarecimento do Espírito obsessor, conscientizando-o de suas
ações e, ao mesmo tempo, oferecer-lhe uma oportunidade de regeneração.
Como dissemos anteriormente, a chave para a cura da obsessão está nas mãos do
próprio obsidiado, sendo assim, na prevenção, os mecanismos não são diferentes.
A retidão moral constitui vacina eficaz contra a obsessão. É necessário manter a mente
ocupada com bons pensamentos, colocar-se em contato com Deus através da prece e
dedicar-se ao trabalho digno. A fé, o amor e a caridade são fontes renovadoras de boas
energias e nos mantêm em contato com a alta espiritualidade. A obsessão só acontece
quando permitimos.
Referências:
A Gênese – Allan Kardec.
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