Aula 01 - Visão Prática Sobre Os Conceitos de Cloud Computing

Marcelo Henrique dos Santos
Aplicações em
cloud computing
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Simone M. P. Vieira – CRB 8a/4771)
Santos, Marcelo Henrique dos

Aplicações em cloud computing / Marcelo Henrique dos Santos. –
São Paulo : Editora Senac São Paulo, 2022. (Série Universitária)
Bibliografia.
e-ISBN 978-85-396-3290-9 (ePub/2022)
e-ISBN 978-85-396-3291-6 (PDF/2022)
1. Computação em nuvem 2. Serviços na WEB 3. Arquitetura

de computador : Serviços de nuvem 4. Armazenamento de dados :
Computação em nuvem 5. Segurança da informação I. Título. II. Série.
22-1498t CDD – 004.36

BISAC COM091000
Índice para catálogo sistemático

1. Computação em nuvem : Rede de computadores 004.361
CLOUD COMPUTING
APLICAÇÕES EM
Marcelo Henrique dos Santos

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Sumário
Capítulo 1 Capítulo 3
Visão prática sobre os conceitos Conceitos básicos de segurança
de cloud computing, 7 e segurança compartilhada, 57
1 Panorama do mercado de nuvem na 1 Conceito de segurança da
visão da Gartner – Magic Quadrant informação, 58
for Cloud Infrastructure & Platform 2 Serviços de segurança e segurança
Services (CIPS), 8 compartilhada por provedor, 61
2 Provedores de nuvem no mercado 3 Padrões de segurança e
de TI, 12 certificações de conformidade, 68
3 Histórico dos provedores, 15 4 Privacidade dos dados, 70
4 Tipos de nuvem oferecidos, 21 5 Parceiros de competência em
5 Diferenciais competitivos, 23 segurança, 73
6 Exemplos de empresas que 6 Exemplos de empresas que usam
usam as soluções de alguns dos os serviços de segurança do
provedores, 24 provedor, 75
Considerações finais, 26 Considerações finais, 77
Referências, 27 Referências, 78
Serviços oferecidos pelos Gerenciamento de contas,
provedores em nuvem, 3 1 modelos de definição de preço
1 Principais soluções por caso de e faturamento, 81
negócio, 32 1 Gerenciamento de contas, 82
2 Principais soluções por setor ou 2 Modelos de definição de
área de negócios, 35 preços, 84
3 Principais soluções por 3 Modelos de faturamento dos
público-alvo, 39 serviços, 91
4 Quadro comparativo entre as 4 Quadros comparativos entre
soluções de provedores, 44 gerenciamento de contas, modelos
5 Exemplos de empresas que usam de definição de preço e
os serviços dos provedores, 48 faturamento, 94
Considerações finais, 51 Considerações finais, 97
Referências, 52 Referências, 98
Fontes de documentação e Aplicação prática – parte 2:
assistência técnica, 101 Criação de uma máquina
1 Fontes de documentação, 102 Windows e de uma máquina
2 Assistência técnica ou centro de Linux, 133
suporte, 111 1 Aplicação prática: criação de uma
Considerações finais, 116 máquina Windows, 134
Referências, 116 2 Aplicação prática: criação de uma
máquina Linux, 142
Capítulo 6 Considerações finais, 145
Aplicação prática – parte 1:
Referências, 146
Armazenamento de dados da
nuvem, 119 Capítulo 8
1 Aplicação prática: criando um Principais características de
armazenamento em nuvem usando implantação e operações na
o AWS Simple Storage Service (S3) nuvem, 147
Buckets, 120 1 Plano de implantação de uma
Considerações finais, 130 solução em nuvem, 148
Referências, 131 2 Monitoramento e controle das
operações em nuvem, 157
Considerações finais, 159
Referências, 160
Sobre o autor, 163
6 Aplicações em cloud computing

Capítulo 1
Visão prática sobre

os conceitos de
cloud computing
Na computação em nuvem, ou cloud computing, o ambiente virtual

é compartilhado por servidores que fornecem softwares, infraestrutu-
ra, plataformas, dispositivos, hospedagem e outros recursos para os
clientes, com base no seu contrato de uso. Os usuários podem aces-
sar esses serviços disponíveis na internet mesmo sem dominar qual-
quer conhecimento na gestão desses recursos. Dessa forma, em vez
de investir o seu tempo para alcançar o conhecimento necessário para
administrá-los, os usuários podem se concentrar em seu núcleo de pro-
cessos de negócios.
7
Computação em nuvem é o termo dado para a possibilidade de
acessar seus arquivos – como músicas, documentos, vídeos, fo-
tos, dentre outros – pela internet, usufruindo de recursos infinitos
de armazenamento. Na nuvem não existe limites de espaço, a ideia
é que, se você precisar armazenar alguma informação na nuvem,
não importa o tamanho, você terá espaço disponível. Esse concei-
to é possível graças a computadores espalhados pelo mundo que,
juntos e conectados, dão vida ao termo computação em nuvem.
(LECHETA, 2014, p. 24)
Os clientes de computação em nuvem não possuem a infraestrutura

física, em vez disso, eles a alugam de um provedor terceirizado. Eles
consomem recursos como um serviço e pagam apenas pelo que for
utilizado, o que os ajuda a evitar grandes investimentos de capital.
Ao longo deste capítulo, vamos discutir sobre o mercado de cloud

computing na visão do Magic Quadrant for Cloud Infrastructure &
Platform Services (CIPS), criado pela Gartner, empresa de pesquisa e
consultoria, e apresentar os históricos de alguns provedores e seus di-
ferenciais competitivos.
1 Panorama do mercado de nuvem na visão

da Gartner – Magic Quadrant for Cloud
Infrastructure & Platform Services (CIPS)
Cloud computing é uma tecnologia que utiliza uma rede de servido-
res remotos hospedados na internet para processar, armazenar e anali-
sar dados virtualmente, sem necessidade de um servidor local e de um
computador específico para isso. As organizações empresariais estão
integrando a nuvem rapidamente às suas tecnologias não por moda ou
tendência da indústria, mas para aumentar a eficiência e eficácia dos
negócios que fazem ou planejam.
[…] o termo computação em nuvem é bem mais amplo do que o

conceito de apenas salvar arquivos na internet; na verdade, signifi-
ca ter acesso a qualquer recurso de TI sob demanda pela internet.

Neste contexto, a Amazon AWS fornece toda a sua infraestrutura
de TI e serviços na nuvem para você usufruir. Para desenvolvedo-

res, os serviços mais utilizados são o de hospedagem de sites, ban-
co de dados, armazenamento etc., e todos esses recursos estão
disponíveis no modelo “pay as you go”, ou seja, você paga somente
pelo que usar. (LECHETA, 2014, p. 24)
O desenvolvimento da tecnologia em nuvem ofereceu às organiza-

ções empresariais uma operação aprimorada da experiência do clien-
te, economizando custos e habilitando recursos humanos ao mesmo
tempo. Por exemplo, a tecnologia em nuvem pode melhorar processos
escalando as soluções de computação e tem tido muito sucesso no
refinamento do suporte ao cliente por meio de aplicativos valiosos, além
de permitir que os colaboradores trabalhem literalmente de qualquer lu-
gar onde a rede ou servidor estiver disponível. Assim, os profissionais e
técnicos preveem um futuro emocionante e intenso a vários aspectos
da tecnologia de computação em nuvem.
A computação em nuvem torna possível que a empresa se con-

centre em seu desempenho com o mínimo de perturbação e baixa
interrupção.
PARA PENSAR
Por qual motivo a computação em nuvem é um estilo de computação

em que recursos escalonáveis e elásticos habilitados para tecnologia
da informação (TI) são fornecidos como um serviço usando tecnologias
da internet?
Com a internet, observamos que foi possível estender os limites

da empresa ao mundo exterior. Agora, elas podem integrar seus sis-
temas com os de seus fornecedores; e seus clientes podem acessar
as informações on-line e comprar bens e serviços em modo de au-
toatendimento 24 horas por dia, 365 dias por ano. Dessa forma, os
Visão prática sobre os conceitos de cloud computing 9

fornecedores de software podem ofertar serviços como soluções hos-
pedadas, eliminando a necessidade de adquirir e gerenciar o hardware
no local (KAVIS, 2014).
A Gartner define o mercado de serviços de plataforma e infraestru-

tura em nuvem (Cloud Infrastructure & Platform Services – CIPS) como
a disponibilização de ofertas padronizadas e altamente automatizadas,
nas quais os recursos de infraestrutura (por exemplo, computação, rede
e armazenamento) são complementados por serviços de plataforma in-
tegrados. Isso inclui ofertas de aplicativos gerenciados, banco de dados
e funções como um serviço. Os recursos são escalonáveis e elásticos
quase em tempo real e são medidos pelo uso. Interfaces de autoatendi-
mento, incluindo uma interface de usuário (IU), baseada na web, e uma
interface de programação de aplicativos (Application Programming
Interface – API), são expostas diretamente ao cliente. Os recursos po-
dem ser de um único locatário ou de multilocatários e podem ser hospe-
dados por um provedor de serviços no local ou no data center do cliente
(BALA et al., 2021).
O escopo do Magic Quadrant para CIPS, criado pela Gartner, inclui

ofertas de infraestrutura como serviço (Infrastructure as a Service –
IaaS) e de plataforma integrada como serviço (Platform as a Service
–PaaS), incluindo PaaS de aplicativo (Application Platform as a Service
– aPaaS), funções como serviço (Function as a Service – FaaS), PaaS
de banco de dados (Database Platform as a Service – dbPaaS), PaaS
de desenvolvedor de aplicativo (Application Developer Platform as a
Service – adPaaS) e ofertas de nuvem distribuída industrializada (infra-
estrutura padronizada e ferramentas de gerenciamento de nuvem), que
são frequentemente implementadas em centros de dados corporativos
(BALA et al., 2021). De acordo com Bala et al. (2021), em alguns casos, o
provedor que apresenta uma oferta de nuvem industrializada distribuída
pode compartilhar semelhanças com a infraestrutura hiperconvergente
(Hyperconverged Infrastructure – HCI), porém amarrada à nuvem.

Em 2020, a Gartner anunciou um novo Magic Quadrant, com uma
evolução do Magic Quadrant for Cloud Infrastructure as a Service (IaaS).

Como os clientes estão usando a nuvem de várias maneiras, além de
serviços básicos de computação, rede e armazenamento, a Gartner
está expandindo seu escopo para incluir recursos adicionais de plata-
forma como serviço (PaaS) e está estendendo a cobertura para áreas
como serviços de banco de dados gerenciados, computação sem servi-
dor e ferramentas de desenvolvedor (POCCIA, 2020).
De acordo com Bala et al. (2020), os provedores CIPS que visam a

clientes corporativos e de médio porte geralmente oferecem alta quali-
dade no atendimento, com excelente disponibilidade, bom desempenho,
alta segurança e bom suporte ao cliente. Têm ofertas de IaaS e PaaS de
nuvem pública, e a maioria também oferece ou está no processo de
construção de ofertas de nuvem privada industrializada. Eles também
permitem que o provedor utilize seus investimentos em engenharia de
forma mais eficaz. A Gartner está começando a descrever a noção de
infraestrutura gerenciada pelo provedor de nuvem, onde quer que exista,
como “nuvem distribuída”.
Nem todos os provedores têm a capacidade de atender a clientes

de grande escala e alguns têm restrições de capacidade em regiões
específicas. A maioria dos provedores oferece IaaS de nuvem básica:
com recursos de computação, armazenamento e rede como um ser-
viço. Eles também oferecem recursos adicionais de valor agregado,
notavelmente, software em nuvem e serviços de infraestrutura, nor-
malmente, middleware e bancos de dados como serviço – incluindo
PaaS. A maioria dos provedores afirma ter altos padrões de seguran-
ça. No entanto, a extensão da segurança dos controles fornecidos aos
clientes varia significativamente. A segurança é uma responsabilidade
compartilhada. Os clientes precisam configurar os controles corre-
tamente, e eles podem precisar de controles adicionais além do que
seus fornecedores oferecem. Além disso, os provedores variam em
seu grau de transparência sobre como os serviços são arquitetados,

embora os clientes normalmente possuam acesso a relatórios de
avaliação de terceiros a partir de um acordo de sigilo (Nondisclosure
Agreement – NDA) (BALA et al., 2020).
2 Provedores de nuvem no mercado de TI

Os provedores de serviços em nuvem (Cloud Service Provider – CSP),
como Google, Microsoft e Amazon, por exemplo, são fornecedores que
fazem leasing dos serviços de nuvem, que são utilizados dinamicamen-
te com base na demanda do cliente. O relacionamento entre os clientes
da nuvem e os CSPs é organizado de acordo com um contrato deno-
minado Service Level Agreement (SLA). Os CSPs fornecem aos seus
clientes quatro tipos principais de nuvem: nuvem pública, nuvem pri-
vada, nuvem comunitária e nuvem híbrida. Eles também oferecem três
categorias principais de serviços em nuvem: IaaS, PaaS e Software as a
Service (SaaS) (ALMISHAL; YOUSSEF, 2014).
IMPORTANTE
Segundo Kavis (2014), a computação em nuvem é o resultado de muitos

anos de uma evolução que se iniciou com os primeiros computadores.
É a progressão natural da era do mainframe centralizado ao distribuído
(era cliente-servidor, na qual é possível realizar a conexão com diversos
pontos do mundo através de uma rede de computadores que abrange o
globo). Na época do mainframe, os sistemas eram controlados e geren-
ciados centralmente.
Quando o PC surgiu, os profissionais de TI foram capazes de distribuir as
cargas de trabalho sem a necessidade de ter que passar pelos porteiros de
mainframe. Isso foi vantajoso e perigoso. Foi vantajoso porque os sistemas
passaram a ser construídos e implementados de forma mais rápida, barata
e com recursos mais ricos. Era perigoso do ponto de vista do retorno pelos
ganhos em agilidade e flexibilidade – presenciamos uma enorme diminui-
ção na eficácia da governança e da segurança.

A tecnologia de computação em nuvem apresenta muitas caracterís-
ticas interessantes que a tornam uma solução promissora para muitos

desafios que os indivíduos e as organizações enfrentam (ALMISHAL;
YOUSSEF, 2014). Acompanhe a seguir a descrição dessas características:
• Escalabilidade: a nuvem é uma solução em grande escala. Por

exemplo, Google, Microsoft e Amazon possuem centenas de mi-
lhares de servidores em todo o mundo. Os CSPs podem adicionar
novos nós e servidores à nuvem com modificações na infraestru-
tura e no software da nuvem.
• Virtualização: a nuvem isola os recursos físicos dos usuários no

nível virtual, portanto, os usuários podem alcançar qualquer re-
curso de que precisam sem se preocupar com detalhes de inter-
conexão física.
A virtualização pode proporcionar economia de custos em todas

as frentes através de upgrades para servidores mais eficientes
(alguns novos servidores têm fontes de alimentação com 95% de
eficiência, comparados com unidades de 80% de eficiência a al-
gumas gerações atrás), e em muitos casos é possível combinar
facilmente servidor de arquivo, servidor de e-mail e web em uma
única máquina virtualizada. O melhor de tudo isso é a habilidade
de tirar uma “foto instantânea” das máquinas virtuais em qualquer
estado desejado e mandar a imagem para qualquer tipo do arma-
zenamento externo. (CHEE; FRANKLIN, 2013, p. 58)
• Confiabilidade: o uso de vários nós computacionais redundantes

(replicação) garante a alta confiabilidade de serviços e torna a nu-
vem mais confiável do que os computadores locais.
• Versatilidade: a computação em nuvem não visa a certas aplica-

ções especiais. Muitos aplicativos são suportados pela nuvem e
podem ser executados em paralelo.
• Economia: a nuvem pode ser construída por nós muito baratos,

e o gerenciamento centralizado possibilita que a empresa evite

o custo de gerenciamento de data centers, que aumenta muito
rapidamente.
• Manutenção: a manutenção da infraestrutura, seja ela de hardware

ou software, é de responsabilidade do CSP. Com isso, é possível
diminuir as dores de cabeça na equipe de TI de uma organização.
• Gerenciamento: os aplicativos que possuem bastante armazena-

mento são mais fáceis de usar e gerenciar na nuvem em com-
paração com a gestão de equipamentos e recursos dentro da
organização.
• Disponibilidade: os serviços em nuvem estão disponíveis em qual-

quer lugar e a qualquer hora via rede de banda larga. O acesso ocor-
re por meio de diferentes tipos de plataforma (por exemplo, telefo-
nes celulares, laptops, etc.). As interrupções são fornecidas pelos
CSPs, proporcionando assim serviços ininterruptos ao usuário. No
entanto, no passado, foram registradas algumas ocorrências de
interrupções, como a interrupção do Gmail, em 2009. Outros for-
necedores de nuvem, como a Amazon EC2, também falharam em
algum momento, no entanto, eles são muito mais confiáveis em
comparação com a infraestrutura instalada na organização.
• Computação verde: emissões prejudiciais devido ao amplo uso

de sistemas nas organizações, resíduos de eletrônicos gerados
com o passar do tempo e o consumo de energia são a principal
desvantagem dos sistemas de computação. Isso pode ser redu-
zido usando serviços de computação em nuvem, que diminuem a
geração de lixo eletrônico, colaborando assim para a preservação
do meio ambiente.
Com base nessas características, podemos refletir sobre os prove-

dores de serviço por meio das definições de algumas empresas, como
Microsoft, Amazon e IBM. Acompanhe no quadro 1, que aborda justa-
mente essa temática.

Quadro 1 – Definição do princípio de cloud computing por alguns provedores de serviços
PROVEDOR DE
DEFINIÇÃO DO PRINCÍPIO DE CLOUD COMPUTING
SERVIÇOS
Define a computação em nuvem como sendo um modelo de negócios de

fornecimento de serviços de computação, integrando servidor, software, análise e
inteligência pela internet, o que promove inovação mais rápida, recursos flexíveis
Microsoft
e economias de escala. A computação em nuvem ajuda a minimizar os custos
operacionais, garantindo uso mais eficiente da infraestrutura e escalabilidade por
meio da opção de pagamento conforme o uso.
Descreve a computação em nuvem como sendo um serviço que permite recursos

de TI sob demanda pela internet com a flexibilidade de preços de acordo com o
uso. A computação em nuvem é uma opção de negócios alternativa: em vez de
Amazon
comprar, possuir e manter data centers e servidores físicos, um indivíduo/empresa/
organização pode acessar serviços de tecnologia, como capacidade de computação,
armazenamento e bancos de dados.
Define a computação em nuvem como uma entrega de recursos de computação sob

IBM demanda que inclui aplicativos para centros de dados pela internet em uma base de
uso.
Fonte: adaptado de Bhattarai (2020).
3 Histórico dos provedores

A Alibaba Cloud é uma boa opção para cargas de trabalho de negó-
cios digitais em nuvem para clientes que estão localizados na China ou
no sudeste da Ásia e que desejam aproveitar a tecnologia da Alibaba
Cloud para dar suporte ao seu ecossistema ou precisam localizar a in-
fraestrutura de nuvem na China. A Alibaba Cloud está focada em ex-
pandir seus sucessos na Ásia, além de aprimorar as ofertas de PaaS de
banco de dados (BALA et al., 2021).
PARA SABER MAIS
A Alibaba Cloud continua a ter uma posição de liderança na China e em

países vizinhos em termos de participação de mercado e capacidades.

A empresa está posicionada para ser o provedor regional preferido em
mercados emergentes em nuvem, como os da Indonésia e da Malásia,
devido ao seu conhecimento do mercado local e a possibilidade de ser
uma ponte para o comércio digital. Além disso, a Alibaba Cloud obteve
ganhos impressionantes de receita em 2020 e recentemente se tornou
marginalmente lucrativa pela primeira vez (BALA et al., 2021).
Em contrapartida, a quota de mercado da Alibaba Cloud está princi-

palmente concentrada na China, e a maioria dos seus clientes também
são empresas sediadas no país. A empresa ainda não teve grande su-
cesso em mercados fora de sua região e é improvável que penetre signi-
ficativamente nesses mercados. Além disso, a Alibaba Cloud não é tão
transparente nem previsível no que diz respeito a descontos em relação
aos concorrentes internacionais. A Alibaba Cloud também carece de
um elemento de transparência do ponto de vista dos detalhes técnicos
das implementações de serviço (BALA et al., 2021).
A Amazon Web Services (AWS), uma subsidiária da Amazon, é líder

no Magic Quadrant da Gartner. A AWS está focada em ser um provedor
de serviços de TI de base ampla. O foco futuro da AWS é tentar possuir
porções cada vez maiores da cadeia de suprimentos usada para forne-
cer serviços em nuvem aos clientes. Suas operações são diversificadas
geograficamente e seus clientes tendem a ser desde startups em está-
gios iniciais a grandes empresas.
A AWS continua a superar o mercado em relação ao tamanho e à

frequência dos grandes compromissos financeiros que as empresas
fazem para usar a plataforma – a liderança contínua da empresa em
participação de mercado reflete isso. Geralmente, a AWS define o ritmo
no mercado de inovação, orientando os roteiros de outros CIPS. Como
líder em inovação, a AWS possui substancialmente mais mind share em
uma ampla gama de personas e tipos de clientes do que todos os ou-
tros provedores (BALA et al., 2021).

De acordo com Bala et al. (2021), os novos serviços da AWS frequen-
temente não estão prontos para um consumo corporativo significativo

por períodos prolongados. Além disso, a posição de liderança da empre-
sa em IaaS e dbPaaS cria um efeito enganoso para outras ofertas que
são oferecidas para os usuários, como o AWS Outposts.
O AWS Outposts é um serviço totalmente gerenciado que estende

a infraestrutura, os serviços, as APIs e as ferramentas da AWS para
o local do cliente. Ao fornecer acesso local à infraestrutura geren-
ciada pela AWS, o AWS Outposts permite que os clientes criem e
executem aplicações on-premises usando as mesmas interfaces
de programação que nas regiões da AWS, ao mesmo tempo que
usam recursos locais de computação e armazenamento para me-
nor latência e necessidades de processamento de dados locais.
(AMAZON WEB SERVICES, 2021)
PARA SABER MAIS
Assista ao vídeo Cloud Computing Week: Introdução à AWS Cloud, pu-

blicado no YouTube pelo canal WoMakersCode (2021), para conhecer o
provedor de computação em nuvem AWS Cloud.
No vídeo, são apresentados os princípios e características da AWS
Cloud, além dos principais recursos dentro da plataforma e como e
quando utilizá-los.
O Google Cloud é forte em quase todos os cenários de uso e está

melhorando lentamente seus recursos de ponta. O Google continua a
investir em ser um provedor de base ampla de IaaS e PaaS, expandindo
seus recursos. Suas operações são diversificadas geograficamente, e
seus clientes tendem a ser desde startups até grandes empresas. O
Google Cloud está obtendo ganhos em termos de mind share e a em-
presa tem visto um aumento constante na adoção, além de chegar ao
topo dos resultados de pesquisa quando os líderes de infraestrutura são
questionados sobre a seleção de um provedor de nuvem estratégico
para os próximos anos (BALA et al., 2021).

PARA SABER MAIS
O Google continua com melhorias impressionantes ano após ano, vindo
o Google Cloud para fechar lacunas significativas da AWS e do Micro-
soft Azure em termos de recursos de CIPS e, em alguns casos, para
acelerá-los. Por exemplo, o Google Cloud tem o serviço Kubernetes, com
mais recursos do que qualquer outro provedor no mercado. Porém, al-
guns clientes da Gartner têm tido uma experiência ruim ao lidar com o
Google Cloud depois de se comprometerem a usar a plataforma de ma-
neira exclusiva. Muito disso decorre de seu rápido crescimento e da ima-
turidade organizacional resultante desse processo (BALA et al., 2021).
As operações da nuvem da IBM são geograficamente diversificadas

e principalmente direcionadas a usos corporativos estendidos e inova-
dores. Seus clientes tendem a ser empresas de grande e médio porte.
A IBM tem um foco de investimento que inclui nuvem híbrida, cargas de
trabalho regulamentadas e serviços de nuvem, e continua a seguir no
mercado em termos de participação e recursos, além ter apresentado
um progresso notável nos últimos anos em termos de adição de recur-
sos em CIPS, mas não a uma taxa que a torne competitiva com seus
pares (BALA et al., 2021).
A IBM investiu tempo e recursos significativos em uma estratégia

vertical com foco inicial em serviços financeiros e provedores de tele-
comunicações. No entanto, esses esforços correm o risco de serem
ofuscados por concorrentes mais ágeis e com maior participação de
mercado, capacidades e clientes de referência. Os clientes da Gartner
veem a IBM como um provedor de tecnologias legado e, como resulta-
do, isso não é frequentemente considerado pelos provedores de nuvem
pré-selecionados. Além disso, alguns dos esforços da IBM Cloud para
cortejar desenvolvedores de software por meio de iniciativas de código
aberto ainda não produziram resultados (BALA et al., 2021).

De acordo com Bala et al. (2021), o Microsoft Azure é forte em todos
os cenários de uso, o que inclui a nuvem estendida e a computação de

ponta. O Azure é particularmente adequado para organizações centra-
das na Microsoft. A Microsoft tem investido em melhorias arquitetôni-
cas para a plataforma e para fornecer uma ampla variedade de serviços
voltados para empresas. Suas operações são diversificadas geografica-
mente e seus clientes costumam ser de médio e grande porte.
A Microsoft tem os mais diversos conjuntos de recursos, cobrindo

uma gama completa de necessidades de TI corporativa, de SaaS a PaaS
e IaaS, em comparação com qualquer outro provedor do mercado. Da
perspectiva de IaaS e PaaS, a Microsoft tem recursos atraentes que va-
riam de ferramentas de desenvolvedor, como Visual Studio e GitHub, a
serviços de nuvem pública. As empresas costumam escolher o Azure
por causa da confiança na Microsoft construída ao longo de muitos
anos. Esse alinhamento estratégico com a Microsoft oferece vantagens
ao Azure em quase todos os mercados verticais (BALA et al., 2021).
Em 2020, as incursões do Microsoft Azure em bancos de dados

operacionais e em soluções de big data foram muito bem-sucedidas. O
Cosmos DB do Azure e a sua oferta conjunta com o Databricks se des-
tacam em termos de adoção pelo cliente. Em contrapartida, a Microsoft
fez esforços concentrados para melhorar a resiliência com serviços es-
senciais, como o Azure Active Directory, mas muitos clientes da Gartner
continuam preocupados com os impactos no mundo real quando es-
ses serviços essenciais não estão disponíveis. Além disso, a Microsoft
continua a reagir lentamente ao lançamento do Microsoft Azure, com a
probabilidade de que algumas regiões nunca sejam equipadas com tais
recursos de resiliência. Serviços como o Azure Kubernetes Service (AKS)
continuam apresentando algumas interrupções, principalmente em as-
sociação com atualizações e eventos de manutenção (BALA et al., 2021).
A Oracle Cloud Infrastructure (OCI) é principalmente focada em car-

gas de trabalho de levantamento e deslocamento (BALA et al., 2021).

Com base nesse contexto, Modi (2021) afirma que a OCI oferece ca-
pacidade de computação de alto desempenho (High-Performance
Computing – HPC) de produção em nível empresarial e o preço mais
econômico na nuvem pública. O desempenho da OCI deriva da abor-
dagem rigorosa da Oracle em HPC, o que permite que os aplicativos
HPC fortemente acoplados, cujo desempenho depende da capacidade
do aplicativo de se comunicar entre os nós com o mínimo de atraso,
escalem para contagens de núcleo maiores sem perder eficiência, eco-
nomizando tempo e dinheiro. A OCI possui uma verdadeira proteção
contra desastres, em conformidade em todas as regiões (com regiões
de nuvem dupla em seis países e na União Europeia).
A Oracle tem demonstrado um ritmo impressionante de inovação,

o que a aproxima dos líderes de mercado em termos de recursos de
nuvem em hiperescala. Embora a Oracle esteja começando com uma
base menor, a OCI adicionou mais recursos em uma base percentual,
em 2020, do que qualquer outro provedor no mercado. A estratégia
da Oracle de fornecer recursos de nuvem distribuída é única em com-
paração com todos os outros provedores. A Oracle Dedicated Region
Cloud@ Customer permite que as empresas implantem uma região de
nuvem privada no local com paridade total das regiões da OCI públicas,
podendo operar desconectadas da internet (BALA et al., 2021).
Em contrapartida, a Oracle continua sendo uma presença polariza-

dora, especialmente entre desenvolvedores de software e fornecedo-
res independentes de software (Independent Software Vendor – ISV):
ambos não veem a empresa como um provedor neutro. O sentimento
negativo em relação à Oracle impede que a empresa tenha o mesmo
nível de sucesso e entusiasmo que os provedores maiores e mais bem-
-sucedidos (BALA et al., 2021).

4 Tipos de nuvem oferecidos
De acordo com a provedora de soluções em nuvem Dialogic (2017),

a computação em nuvem possui uma variedade de características, sen-
do as principais:
• Infraestrutura compartilhada: utiliza um modelo de software

virtualizado, permitindo o compartilhamento de serviços físicos,
armazenamento e recursos de rede. A infraestrutura em nuvem,
independentemente do modelo de implantação, busca aproveitar
ao máximo a infraestrutura disponível para vários usuários.
• Provisionamento dinâmico: permite o fornecimento de serviços

com base nos requisitos de demanda atuais. Isso é feito por meio
de um software de automação, permitindo a expansão e contra-
ção da capacidade de serviço, conforme a necessidade. Esse di-
mensionamento dinâmico precisa ser feito enquanto se mantêm
altos níveis de confiabilidade e segurança.
• Acesso à rede: a nuvem precisa ser acessada pela internet a

partir de uma ampla gama de dispositivos, como PCs, laptops
e dispositivos móveis, usando APIs baseadas em padrões (por
exemplo, o HTTP).
• Medição gerenciada: utiliza a medição para gerenciar e otimizar

o serviço e para fornecer relatórios e informações de faturamento.
Nesse caminho, os consumidores são cobrados pelos serviços de
acordo com o quanto eles realmente utilizaram durante o período
de faturamento.
Em suma, a computação em nuvem permite o compartilhamento e

a implantação escalonável de serviços, conforme necessário, de quase
qualquer local, e o cliente pode ser cobrado com base no uso real dos
serviços. Com base nesse princípio, podemos observar no quadro 2 os
tipos de computação em nuvem oferecidos por CSPs.

Quadro 2 – Tipos de computação em nuvem oferecidos por CSPs
MODELO DE ESCOPO DE NÍVEL DE
PROPRIEDADE
DESENVOLVIMENTO SERVIÇOS SEGURANÇA
Public cloud (nuvem pública) Público em geral CSP Baixo
Private cloud (nuvem privada) Organização única Organização única Alta
Organizações que
compartilham a
Community cloud (nuvem
mesma missão, Várias organizações Alta
comunitária)
política e requisitos de
segurança
Organizações e público
Hybrid cloud (nuvem híbrida) Organizações e CSP Média
em geral
Fonte: adaptado de Almishal e Youssef (2014).
Segundo a Dialogic (2017), a implantação da computação em nuvem

pode diferir dependendo dos requisitos, assim, quatro modelos de im-
plantação foram identificados, cada qual com características que ofe-
recem suporte às necessidades dos serviços e usuários das nuvens de
maneiras específicas.
• Public cloud (nuvem pública): a infraestrutura de nuvem está

disponível ao público em uma base comercial por meio de um
provedor de serviços de nuvem. Isso permite que um consumidor
consiga desenvolver e implantar um serviço na nuvem com muito
pouco dispêndio financeiro em comparação com os requisitos de
despesas de capital normalmente associados com outras opções
de implantação. Nesse modelo, os recursos computacionais são
compartilhados por vários clientes.
• Private cloud (nuvem privada): a infraestrutura em nuvem im-

plantada é mantida e operada para uma organização específica.
A operação pode ser realizada internamente ou por terceiros nas
instalações.

• Community cloud (nuvem comunitária): a infraestrutura em nu-
vem é compartilhada entre várias organizações com interesses

e requisitos semelhantes. Isso pode ajudar com o dispêndio de
capital para a empresa, uma vez que os custos são partilhados
entre as organizações. A operação pode ser interna ou com um
terceiro nas instalações.
• Hybrid cloud (nuvem híbrida): a infraestrutura de nuvem consis-

te em uma série de nuvens de qualquer tipo, mas que permitem,
por meio de suas interfaces, que dados e/ou aplicativos sejam
movidos de uma nuvem para outra. Pode ser, por exemplo, uma
combinação de nuvens privadas e públicas que suportam a ne-
cessidade de reter alguns dados em uma organização e a neces-
sidade de oferecer serviços na nuvem.
5 Diferenciais competitivos
De acordo com a teoria dos sistemas, os ambientes específicos em
que as organizações operam são muito competitivos em toda a rede de
fornecedores, distribuidores, agências de governo e concorrentes com
os quais uma empresa interage. Dessa forma, uma organização é afe-
tada pelo meio ambiente da mesma forma que ela o afeta. Para serem
competitivas, as organizações precisam adaptar suas operações ao
ambiente (PALLIS, 2010).
De acordo com Lucky (2009), podemos citar por exemplo uma teo-
ria da competitividade que propõe algum tipo de vantagem ao permitir
que um país ganhe mais com o comércio internacional. Esse princípio
se aplica, por exemplo, para uma empresa que queira ser competitiva
entre seus concorrentes. Podemos citar o setor bancário, que se tornou
muito competitivo à medida que os bancos buscavam superar o de-
sempenho da concorrência para garantir sua participação no mercado
(LUCKY, 2009). Muitos bancos já lançaram centros de dados nos quais

a maioria de suas consultas são tratadas. Com o aumento da demanda
por centros de dados, como utilização de energia, estrutura de refrigera-
ção, infraestrutura, espaço, especialistas e custos de funcionamento do
dia a dia, a computação em nuvem está se desenvolvendo como uma
mudança vital na forma como os serviços são introduzidos em TI, de-
vido às suas características financeiras e aos ganhos operacionais das
empresas (GOYAL; JOSHI, 2011).
Diversas empresas optaram por aplicar esses princípios de tecnolo-

gia em suas estratégias de expansão, em oposição à abertura de redes
de filiais físicas, distribuindo e duplicando dados quando a demanda
surge (BENEDIKTER, 2011).
Thompson e Strickland (2007) definem estratégia como uma com-

binação entre os recursos da organização, habilidades e oportunidades
ambientais, bem como os riscos e os objetivos que se deseja realizar. É
um conceito multidimensional, sendo que outros autores já a definiram
de maneiras diferentes. Johnson e Scholes (1998) a definem como a
direção e o escopo de uma organização, correspondendo idealmente
aos resultados de seu ambiente em mudança e, em particular, a seus
mercados e clientes, de forma a atender às expectativas das partes in-
teressadas. De acordo com Colin (2004), estratégia é um plano unifica-
do e integrado que relaciona as vantagens estratégicas da empresa aos
desafios do ambiente e que se destina a garantir que os objetivos bási-
cos das empresas sejam alcançados por meio da execução adequada
pela organização.
6 Exemplos de empresas que usam as

soluções de alguns dos provedores
De acordo com Chand (2021), no quarto trimestre de 2020, a
Amazon Web Services (AWS) cresceu 28%, e as nuvens da Microsoft,
do Google e da Alibaba cresceram 50%, 58% e 54%, respectivamente.

A AWS tem 31% da participação total no mercado de computação em
nuvem, seguida por Microsoft, Google e Alibaba, que têm 20%, 7% e 6%,
respectivamente.
A AWS é o provedor líder mundial de serviços de computação em

nuvem. Ela cresceu e se tornou o braço mais lucrativo do gigante que é
a Amazon, e as empresas em todo o mundo passaram a conhecer e a
confiar na Amazon como seu provedor de serviços em nuvem preferido
(CAVE, 2020).
Segundo Cave (2020), quer sejam gigantes da tecnologia, redes de

televisão, bancos, fabricantes de alimentos ou governos, muitas orga-
nizações diferentes estão usando a AWS para desenvolver, implantar
e hospedar aplicativos. Claramente, a AWS é a plataforma de compu-
tação em nuvem mais utilizada por empresas em uma variedade de
setores. Com base em um relatório analisado por Cave (2020), os dez
principais usuários da AWS de acordo com o gasto mensal (em dólares)
da Amazon EC2, no ano de 2020, foram as seguintes empresas:
• Netflix: $ 19 milhões.
• Twitch: $ 15 milhões.
• LinkedIn: $ 13 milhões.
• Facebook: $ 11 milhões.
• Turner Broadcasting: $ 10 milhões.
• BBC: $ 9 milhões.
• Baidu: $ 9 milhões.
• ESPN: $ 8 milhões.
• Adobe: $ 8 milhões.
• Twitter: $ 7 milhões.

Por fim, as empresas que usam o Google Cloud são geralmente dos
Estados Unidos e do setor de hospitais e cuidados de saúde. O Google
Cloud é usado com mais frequência por empresas com 10 a 50 funcio-
nários e receita de 1 a 10 milhões de dólares (ENLYFT, 2021).
O Google Cloud é um dos provedores de nuvem mais jovens do mer-

cado, mas já conseguiu estabelecer um bom histórico de clientes. Com
seu mecanismo de análise do BigQuery, ferramentas de aprendizado de
máquina e foco em projetos inovadores em grandes empresas, provou
ser um parceiro estratégico na nuvem. Uma das empresas que utiliza a
sua estrutura é o Spotify (SCHIPPER, 2018).
O Spotify oferece música e programas de podcasts para usuários

de qualquer dispositivo. Com mais de 75 milhões de assinantes em 61
países e 2 bilhões de listas de reprodução, a empresa estabeleceu uma
parceria com o Google em 2016 para mover seus dados locais para a
nuvem. Os serviços de banco de dados escalonáveis e de alto desem-
penho do Google Cloud, como Cloud Storage, Cloud Datastore e Cloud
Bigtable, permitiram uma infraestrutura confiável que ajudou o Spotify
a trabalhar com mais eficiência. Com ferramentas de processamento
de dados, como Cloud Pub, Cloud Sub e BigQuery, o Spotify conseguiu
executar consultas que costumavam levar um dia em apenas alguns
minutos. Isso resulta em um desenvolvimento de produto mais eficaz e
inovador e na melhor experiência do usuário possível (SCHIPPER, 2018).
Considerações finais
Ao longo deste capítulo, discutimos sobre o mercado de cloud com-
puting na visão do Magic Quadrant for Cloud Infrastructure & Platform
Services (CIPS), criado pela Gartner, e apresentamos os históricos de
alguns provedores e seus diferenciais competitivos.
Vimos que nem todos os provedores têm a capacidade de aten-

der a clientes de grande escala e alguns têm restrições de capacida-
de em regiões específicas. A maioria dos provedores oferecem IaaS

de nuvem básica – recursos de computação, armazenamento e rede
como um serviço. Eles também oferecem recursos adicionais de valor

agregado, software em nuvem e serviços de infraestrutura – normal-
mente middleware e bancos de dados como serviço – incluindo PaaS.
A maioria dos provedores afirmam ter altos padrões de segurança.
Também compreendemos que os provedores de serviços em nuvem

(CSP) são fornecedores que fazem leasing dos serviços utilizados dina-
micamente com base na demanda do cliente. O relacionamento entre
os clientes da nuvem e o CSP é estabelecido de acordo com um contra-
to de Service Level Agreement (SLA).
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Marcelo Henrique dos Santos

Santos, Marcelo Henrique dos

1. Computação em nuvem 2. Serviços na WEB 3. Arquitetura

22-1498t CDD – 004.36

Índice para catálogo sistemático

Marcelo Henrique dos Santos

Diretor do Departamento Regional

Superintendente Universitário e de Desenvolvimento

Editora Senac São Paulo

Sobre o autor, 163

6 Aplicações em cloud computing

Visão prática sobre

Na computação em nuvem, ou cloud computing, o ambiente virtual

Os clientes de computação em nuvem não possuem a infraestrutura

Ao longo deste capítulo, vamos discutir sobre o mercado de cloud

1 Panorama do mercado de nuvem na visão

[…] o termo computação em nuvem é bem mais amplo do que o

8 Aplicações em cloud computing

de TI e serviços na nuvem para você usufruir. Para desenvolvedo-

O desenvolvimento da tecnologia em nuvem ofereceu às organiza-

A computação em nuvem torna possível que a empresa se con-

Por qual motivo a computação em nuvem é um estilo de computação

Com a internet, observamos que foi possível estender os limites

Visão prática sobre os conceitos de cloud computing 9

A Gartner define o mercado de serviços de plataforma e infraestru-

O escopo do Magic Quadrant para CIPS, criado pela Gartner, inclui

10 Aplicações em cloud computing

evolução do Magic Quadrant for Cloud Infrastructure as a Service (IaaS).

De acordo com Bala et al. (2020), os provedores CIPS que visam a

Nem todos os provedores têm a capacidade de atender a clientes

Visão prática sobre os conceitos de cloud computing 11

2 Provedores de nuvem no mercado de TI

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12 Aplicações em cloud computing

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Visão prática sobre os conceitos de cloud computing 13

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14 Aplicações em cloud computing

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