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Ambiente
contemporâneo da
comunicação
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza - CRB 8ª/6189)
Melo, Raquel
Ambiente contemporâneo da comunicação / Raquel Melo.–
São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2018. (Série Universitária)
Bibliografia.
e-ISBN 978-85-396-2517-8 (ePub/2018)
e-ISBN 978-85-396-2518-5 (PDF/2018)
CDD – 302.2
658.45
658.827
18-831s BISAC BUS007000
BUS070060
Raquel Melo
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Revisão de Texto
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Projeto Gráfico
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Antonio Carlos De Angelis Todos os direitos desta edição reservados à
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E-pub
Ricardo Diana © Editora Senac São Paulo, 2018
Sumário
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Capítulo 1 Capítulo 4
Sociedade em rede Capital social: nós, redes
e cultura digital: e a mobilização por direitos nas
fundamentos e características, 7 redes sociais digitais, 59
1O relacionamento entre tecnologia e 1 Capital social, 60
sociedade, 8 2 Comunidades e ativismo digital, 63
2 As transformações tecnológicas, 3 Cases de comunicação, 68
sociais e de modelos econômicos
que ocorreram a partir das Considerações finais, 72
tecnologias da informação e Referências, 73
comunicação (TIC), 11
Capítulo 5
3A formação de uma sociedade em
rede e a transcendência de local,
Comunicação empresarial
tempo e espaço, 18 reconstruída na sociedade
Considerações finais, 21 em rede, 75
Referências, 22 1 Branding e valor institucional, 77
2 Comunicação mercadológica, 81
Capítulo 2
3 Comunicação interna, 87
Novos comportamentos
Considerações finais, 90
na hipermodernidade, 25
Referências, 91
1 Relacionamento com gadgets e
consumo de mídia, 26 Capítulo 6
2 Hiperconsumo, 33 Valor de marca e sua dimensão
3 Modernidade líquida, 36 sociocultural, 93
Considerações finais, 41 1 Identidade: missão, visão e
Referências, 41 valores, 94
2 Mapeamento de
Capítulo 3 stakeholders-chave, 100
Geração de valor econômico 3C onstrução de mensagens
– nicho, wikinomia e negócios essenciais para a marca, 105
puramente digitais, 43 Considerações finais, 108
1 Cauda longa e a economia Referências, 109
de nicho, 44
2 A colaboração como um modelo
viável, 48
3 Negócios puramente digitais, 53
Considerações finais, 56
Referências, 57
Capítulo 7 Capítulo 8
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Ecossistema de comunicação A comunicação empre-
das marcas e instituições, 111 sarial diante de distintos
1 Canais próprios digitais e não mercados, 129
digitais, 112 1 E-commerce, 130
2 Compra de mídia, 118 2 Experiências B2C, 135
3 Redes sociais na construção da 3 Experiências B2B, 139
comunicação, 123
4 Experiências O2O, 142
Considerações finais, 127
Considerações finais, 144
Referências, 127
Referências, 145
Capítulo 1
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Sociedade em rede
e cultura digital:
fundamentos e
características
7
incorporados à nossa cultura e hábitos cotidianos. Obviamente, a exclu-
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são digital ainda é uma realidade, seja pela desigualdade social, seja por
uma questão geracional ou qualquer outro motivo. No entanto, mesmo
as pessoas desconectadas ou aquelas que optam pela desconexão são
impactadas pelas tecnologias da informação e comunicação (TIC), já
que estas orientam também as transações sociais, políticas e econô-
micas neste mundo altamente globalizado. Importante ressaltar que,
quando o assunto é internet e seu aparato tecnológico correspondente
no Brasil, é preciso considerar que ainda há diferenças no acesso em
razão de questões como: idade, sexo, gênero, raça, classe social, ren-
da, escolaridade, região de moradia. Para conhecer dados, indicadores
e pesquisas relacionadas, uma referência é o site do Centro Regional
de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação
(cetic.br), departamento do Núcleo de Informação e Coordenação do
Ponto BR (nic.br) que implementa as decisões e projetos do Comitê
Gestor da Internet do Brasil (cgi.br).
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tos”, afirmando que a existência de ambos só seria possível em coope-
ração, nunca isoladamente. Essa é uma ideia próxima da defendida pelo
filósofo italiano Umberto Galimberti (2006), que afirma que sem a tecno-
logia a vida humana seria impossível, dada a magnitude e complexidade
da natureza, pois somente com ela pudemos, por exemplo, caçar, comer,
nos vestir, nos abrigar, nos deslocar, etc. Este tipo de perspectiva teórica
ilustra a importância dessa relação de interdependência para a humani-
dade. Imagine, por exemplo, o que teria acontecido com a população ca-
ribenha e do sul norte-americano caso não tivéssemos tecnologia para
monitorar as alterações climáticas e prever a chegada do furacão Irma,
em 2017? Quantas pessoas teriam sobrevivido à força da natureza?
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tos sociais identitários (feministas, negros, LGBT, por exemplo), ainda
que pré-existentes, eclodiriam e se fortaleceriam nesse contexto. Assim
como, por outro lado, se articulariam grupos nacionalistas, racistas,
xenofóbicos e fundamentalistas religiosos, cujas bases ideológicas es-
sencialistas viam-se ameaçadas pela multiculturalidade e interculturali-
dade, produtos da globalização e da tecnologia.
IMPORTANTE
IMPORTANTE
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os primeiros smartphones e as redes sociais, assim como se incremen-
tam os motores de busca e novas tecnologias como banda larga e re-
des Wi-Fi. Em 2020, estima-se que seremos 4 bilhões de pessoas com
cerca de 34 bilhões de dispositivos conectados à internet.
6 A web 1.0 é caracterizada pelas arquiteturas digitais estáticas que ainda não permitiam interação entre
usuários ou criação de conteúdo próprio.
7 A afirmação do pensador foi feita durante uma cerimônia em que recebeu o título de doutor honoris causa
em comunicação e cultura na Universidade de Turim, em 2015.
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(2013) para designar esse processo de apropriação sociocultural das
TIC, seria um de seus principais impactos positivos, e parte de suas
consequências seria o fortalecimento da luta popular pela garantia da
democracia, pela derrubada de regimes políticos ditatoriais ou violado-
res dos direitos humanos, por exemplo. Os movimentos “netativistas”
surgidos na última década, especialmente nos países do Oriente Médio,
do norte da África, em parte de Europa, Estados Unidos e Brasil, indicam
o poder da “autocomunicação”.
Não que ela não existisse antes das redes sociais, mas estas, ao pro-
moverem conectividade e interação social em larga escala e em tempo
real, potencializaram a ação coletiva.
Sobre esse quesito, dois autores têm importante valor nos estudos
da comunicação contemporânea: Henry Jenkins e Don Tapscott. O nor-
te-americano Jenkins apresenta-nos reflexões sobre a prática da cola-
boração entre os indivíduos no âmbito da indústria cultural. Em Cultura
da convergência (2009), o autor analisa como as pessoas, na condição
8 Sobre os dilemas das empresas em relação à gestão de seus negócios e ao relacionamento com seus
consumidores e stakeholders no contexto digital, ver Kaufman (2017).
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TIC, especialmente filmes e séries de TV, modificando-os, remixando, de
acordo com suas percepções e aspirações coletivas, causando grande
impacto nos conceitos de propriedade intelectual e nas práticas auto-
rais da indústria do entretenimento. Já o canadense Don Tapscott des-
taca como a lógica da colaboração instala-se incontornavelmente no
mundo corporativo, apresentando cases de transformação de negócios
no contexto digital em que cientistas, profissionais e até clientes solu-
cionam problemas, incrementam projetos e produtos e geram valor a
partir do compartilhamento de práticas e conhecimentos.
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para: rever e conversar com seus familiares e companheiros que, por
diásporas ou qualquer outro motivo, precisaram imigrar; quem dese-
ja fechar acordos e negócios internacionais em conference calls para
economizar tempo e dinheiro; para aqueles que querem ou precisam
estudar, mas não podem se deslocar até uma unidade de ensino, etc.
Essa condição ubíqua tem sido intensificada pelo crescente acesso aos
dispositivos e objetos9 conectados à internet no mundo.
Considerações finais
Como apontada no início deste capítulo, a “coevolução” entre a so-
ciedade e a tecnologia seria permanente e, hoje, nos exporia a um novo
momento. Em artigo sobre a escalada dos algoritmos em nosso cotidia-
no, Lévy (2017) sugere que o universo tecnológico-comunicativo teria
passado por cinco momentos cruciais recentemente. O primeiro carac-
terizado pela informática e a criação da rede mundial de computadores
(1955-1975); o segundo pelo desenvolvimento e início da popularização
da internet (1975-1995); o terceiro marcado pela criação da web, dos
hiperlinks e das plataformas multimídias (1995-2015); o quarto momen-
to seria aquele em que se constituiria o que o autor chama de “cére-
bro eletrônico mundial”, isto é, o estabelecimento da aprendizagem das
11 Tal condição tem sido alvo de preocupação de pesquisadores e especialistas na medida em que esbarra
em questões importantes para nossa sociedade, como segurança e privacidade. Trataremos desse assunto
mais detidamente no terceiro artigo desta série.
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chamada “esfera semântica”, em que os dispositivos e sistemas de co-
municação, graças à aprendizagem anterior, aproximam-se, em termos
de inteligência, do potencial humano. Esse momento de aprimoramen-
to da conversação entre ser humano e máquinas caracterizaria o que
os economistas chamam de Quarta Revolução Industrial12, período em
que a automação, por meio da inteligência artificial e outras tecnologias,
será tão radical que afetará toda a economia global, eliminando parte
dos postos de trabalho, atualizando práticas e criando saberes ainda
não desenvolvidos. Assim, para sobreviver e adaptar-se aos impactos
da transformação digital, todo profissional, atuante ou não no mercado
da comunicação, deve conhecer e compreender a cultura digital, assim
como desenvolver novas habilidades, especialmente as comunicativas.
Referências
CANCLINI, Néstor García. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da
interculturalidade. Trad. Luiz Sérgio Henriques. Rio de Janeiro: Editora UFRJ,
2009.
_____. A sociedade em rede. Trad. Roneide Venancio Majer. v. 1. São Paulo: Paz
e Terra, 2011.
12 Sobre a Quarta Revolução Industrial, sugere-se a obra homônima do presidente executivo do Fórum
Econômico Mundial, o alemão Klaus Schwab, em que o autor sintetiza as discussões travadas entre
lideranças globais sobre os impactos da digitalização na economia, política e sociedade na atualidade.
KAUFMAN, Dora. Os desafios das empresas nas redes digitais. São Paulo:
Media XXI, 2017.
_____. O que é o virtual. Trad. Paulo Neves. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.