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Aula 1
Sobre o que é esta história?
Indicações:
● Autoconhecimento:
● O poder da identificação:
ESPELHO:
“Isso sou eu!”
PROJEÇÃO:
“Isso é o que eu gostaria de ser.”
● Ideia Governante:
- Procurar passar uma mensagem: é o que responde à pergunta: “sobre o que é esta
história?”.
- A mensagem tem que ser verdadeira, focar na mensagem que te toca. A questão é
ser inovador no meio de passar a mensagem, mas ainda sim ser verdadeira.
Exemplo: Harry Potter. O mundo é completamente mágico, mas a verdade é que ele
só quer pertencer, fazer parte de alguma coisa. Ele quer encontrar seu caminho.
- Ser menos intelectual e mais visceral. Tirar a ideia do conceito e traduzir em ação.
- Conceito de nugget de Joan Schekel: qual é a verdade emocional da sua história? É
a bússola da trilha. Exemplo: O Mágico de Oz. Qual é a verdade emocional (nugget)
dessa história? “O Lar é onde o coração está”. A protagonista passa a história
procurando o caminho de volta pra casa, mas descobre que o lar é onde o coração
está.
- A ideia governante é a verdade emocional por trás da sua história.
- A ideia governante traz recorte, o foco da sua lente. Tomar cuidado para não ser
uma sucessão de fatos. O que define o recorte é a mensagem que eu quero passar.
Se você não sabe sobre o que é a sua história ainda, faça perguntas. Exponha as
dúvidas do seu personagem.
● Tese/Anti-tese:
Primeiro, se cria a tese. Depois, o seu personagem precisa começar a história acreditando
na anti-tese, para que, ao longo de sua jornada, ele se depare com a tese e por fim, ele
aprende a tese e a coloca em prática. É um caminho bem desenhado de jornada do
personagem.
Exemplo: Divertidamente
No começo do filme, a Joy acredita que a Tristeza não serve pra nada. As circunstâncias
desse filme fazem Joy perceber que na verdade ela precisa da Tristeza. Normalmente,
ocorre um momento de conflito, em que o personagem é posto diante de duas escolhas:
uma representando a tese, e a outra a anti-tese. Em Divertidamente, esse momento
acontece quando a Joy vai largar a Tristeza para trás, para que ela suba no tubo que leva
para o HQ. Ao perceber que a Tristeza também é essencial para Riley, Joy entrega as
lembranças para ela.
- Desenha a jornada do personagem e afirma o tema.
- Seu protagonista
Aula 2
Personagens
Indicações:
- NerdWriter (yt);
- Now You See It (yt);
- Lessons From The Screenplay (yt);
- Psicanálise no roteiro (pesquisar);
- Homodeus (Harari);
1. Jornada
2. Motivações
3. Stakes
4. Misbehaviour
5. Aprendizado
1. Jornada:
2. Motivações:
É algo material, ser vitorioso em alguma coisa, ganhar um amor. É uma desculpa para fazer
o que o personagem quer.
3. Stakes:
- O que o meu personagem tem a perder caso não consiga atingir seu objetivo?
- Para personagens mais complexos, é importante colocar um antagonista dentro
dele mesmo.
4. Misbehaviour:
O CALCANHAR DE AQUILES
5. Aprendizado:
- O que o personagem precisa aprender para se transformar?
- Consagração da curva;
- O aprendizado reforça a jornada - ajuda a entender para onde seu personagem
precisa ir;
- Frequentemente é o oposto complementar do misbehaviour.
TEMA > JORNADA > MOTIVAÇÕES > STAKES > MISBEHAVIOUR > APRENDIZADO
● Backstory do personagem:
● Contradições:
● Escudos:
- Todo mundo tem uma máscara, o ser humano está sempre se protegendo de
alguma forma;
- Os escudos são mecanismos de defesa para esconder quem realmente somos;
- Ex: timidez, arrogância, agressividade, humor, generosidade, etc;
- São muito bons para o sub-texto. É quando o personagem fala algo com palavras
escolhidas, mas não é o que ele realmente quer dizer.
GÊNIO INDOMÁVEL
Will acredita que ser vulnerável é uma fraqueza, é a anti-tese. Suas atitudes corroboram a
anti-tese. Primeiro frame do filme, Will está em seu apartamento, pequeno e de cortinas
abaixadas e janelas fechadas, representando seu estado de espírito no início do filme. No
final, ele está em um carro, numa estrada, num plano aberto.
Will:
Will não se pauta pelo que quer. Ele só EVITA coisas que ele considera ruins. Sean o
confronta e pergunta: “o que você quer?" - e ele não sabe responder.
A infância de Will foi traumática, ele foi abandonado por quem mais deveria tê-lo amado.
Sua vulnerabilidade foi usada contra ele na infância. O filme é mais fácil de ser analisado
justamente porque o personagem faz terapia.
A cena em que Will pede ao amigo para ir na entrevista em seu lugar é a auto-sabotagem
em ação, conceito de “Don’t tell it, show it”. A cena do Sean explicando ao professor é uma
oposição a esse conceito, mas que é extremamente funcional.
Escudos de Wil: humor, evita contato visual, muda de assunto, usa sua inteligência para
intimidar, deboche.
Na cena da primeira consulta com Sean, ele analisa todos os detalhes do escritório do
psicólogo para escolher suas armas.
A cena do abraço que Will dá em Sean é o momento do clímax. O corpo de Will está rígido,
ele o empurra para longe, agressividade como escudo, além de usar outras coisas como
escudo. É catártico para o telespectador.
BREAKING BAD
Walter White:
Para prover a família, ele vende drogas. Ao vender drogas, ele coloca a família dele em
risco. O desejo inconsciente é o que coloca sua família em risco. Inconsistente seria se ele
doasse todo o dinheiro para a caridade, que poderia ser caracterizada como uma
motivação incoerente a construção do personagem. O Walter é inteligente, mas fazer
besteiras é um fator consistente para o seu desejo inconsciente.
- Phoebe Waller-Bridge fala que comédia e drama andam juntos, pois quando o
telespectador está rindo, é seu momento mais vulnerável, então é nesse momento
em que entra a pancada do drama.
Aula 3
Estrutura
● Divisão de tramas:
- Trama A, B, C…
- Exemplo: Divertidamente. A trama A é da Alegria com a Tristeza. A trama B é o que
acontece no HQ com as outras emoções. A trama C é o que acontece com a Riley.
São pensados de forma individual.
- É uma divisão por personagem.
Primeiro Ato:
Segundo Ato:
- Início da jornada;
- Objetivo central (desejo consciente);
- Stakes. Exemplo: Divertidamente: com as ilhas se desmoronando, a Riley não vai
mais poder ser feliz;
- Ticking clock é o que dá uma moldura temporal. Exemplo: Divertidamente. As ilhas
de personalidade da Riley começam a desmoronar.
- Obstáculos;
- Escalada de conflitos;
- Aumento dos stakes;
- Flerte com a tese;
- Fundo do poço (lowpoint).
Terceiro Ato:
- Entendimento da tese;
- Início da resolução de problema;
- Clímax;
- Aplicação da tese na prática;
- Resolução de conflito;
- Novo equilíbrio.
Obs: se você tem um problema no terceiro ato, você tem um problema no primeiro. O
primeiro ato tem que te dar combustível para atravessar o segundo ato inteiro até chegar
no clímax.
● Abrindo o roteiro:
● Diálogo:
- O diálogo vem por último, depois que tudo isso já está claro:
história;
Personagens;
Motivações;
● Subtexto:
- Revela conflitos internos dos personagens, mas não de forma óbvia.
- O que o meu personagem deseja manter em segredo?
- Ter em mente que a primeira versão do diálogo é mais expositiva, é para trabalhar
em cima da exposição e daí, esconder as ações nas palavras. (Ex: uma briga por
quem vai dirigir um carro é símbolo de briga por poder)
- Os escudos ajudam na hora de montar o subtexto.
● Diálogos naturalistas:
Aula 4
Ferramentas
● Pesquisas:
● Referências:
● Inspiração:
● Simbologia:
Todo mundo consegue assistir esse filme e ver algo visceral, mesmo sendo uma língua
incomum. O filme traz muitos símbolos, como a pedra, a ascensão quando a família Kim vai
até o novo trabalho, e o caminho de volta (e para baixo) que eles fazem mais para o final do
filme.
O tempo todo o conflito entre pobreza e riqueza é mostrado, um dos maiores conflitos já
retratados no cinema e na televisão.
Repetição de símbolos
Um símbolo pode aparecer apenas uma vez, ou ser um símbolo recorrente do longa na
obra. Por ser recorrente, precisa agir a favor do tema ou ideia governante.
● Símbolos universais:
Pássaro → liberdade;
Fogo → purificação;
Flor → delicadeza;
Borboleta → metamorfose;
Água → emoção.
- Enquanto roteirista, temos que ter repertório. Não adianta resolver tudo no
diálogo. Os diálogos servem para aquilo que tem que ser falado, não mostrado.
Para mostrar, use ações.
● Arquétipos: