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Livro Eletrônico

Aula 00

Passo Estratégico de Direito Administrativo p/ ICMS-RS (Auditor Fiscal) Pós-Edital

Professor: Equipe Túlio Lages, Tulio Lages


Equipe Túlio Lages, Tulio Lages
Aula 00

Estado, Governo e Administração. Organização


Administrativa.
Apresentação .................................................................................................................... 1!
Introdução ........................................................................................................................ 2!
Análise Estatística.............................................................................................................. 2!
Análise das Questões ........................................................................................................ 3!
Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar ...................................................... 9!
Questionário de Revisão.................................................................................................. 12!
Anexo I – Lista de Questões ............................................................................................. 49!
Referências Bibliográficas ................................................................................................ 52!

APRESENTAÇÃO
Ol‡!
Meu nome Ž Tœlio Lages e, com imensa satisfa•‹o, serei o analista de Direito
Administrativo do Passo EstratŽgico!
Para conhecer um pouco sobre mim, segue um resumo da minha experi•ncia
profissional, acad•mica e como concurseiro:

Coordenador e Analista do Passo EstratŽgico - disciplinas: Direito Constitucional e


Administrativo.
Coach do EstratŽgia Concursos.
Auditor do TCU desde 2012, tendo sido aprovado e nomeado para o mesmo cargo nos
concursos de 2011 (14¼ lugar nacional) e 2013 (47¼ lugar nacional).
Ingressei na Administra•‹o Pœblica Federal como tŽcnico do Serpro (38¼ lugar, concurso
de 2005). Em seguida, tomei posse em 2008 como Analista Judici‡rio do Tribunal
Superior do Trabalho (6¼ lugar, concurso de 2007), onde trabalhei atŽ o in’cio de 2012,
quando tomei posse no cargo de Auditor do TCU, que exer•o atualmente.
Aprovado em inœmeros concursos de diversas bancas.
Graduado em Engenharia de Redes de Comunica•‹o (Universidade de Bras’lia).
Graduando em Direito (American College of Brazilian Studies).
P—s-graduado em Auditoria Governamental (Universidade Gama Filho).
P—s-graduando em Direito Pœblico (PUC-Minas).

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Estou extremamente feliz de ter a oportunidade de trabalhar na equipe do ÒPassoÓ,


porque tenho convic•‹o de que nossos relat—rios e simulados proporcionar‹o uma
prepara•‹o DIFERENCIADA aos nossos alunos!
...
Ser‡ uma honra ajudar voc•s a alcan•ar a aprova•‹o no concurso para o cargo de
Auditor Fiscal Estadual Ð ICMS RS, que ser‡ realizado pela banca Cespe.
Ent‹o, sem mais delongas, vamos ao relat—rio propriamente dito?!

INTRODUÇÃO
Este relat—rio aborda o(s) assunto(s) Ò2 Estado, Governo e Administraç‹o
Pœblica: conceito, elementos, poderes e organizaç‹o; natureza e fins;
princ’pios. 3 Organizaç‹o administrativa: administraç‹o pœblica direta e
indireta (Decreto-Lei Federal no 200/1967, e suas alteraç›es, e Emenda ˆ
Constituiç‹o Federal no 19/1998, e suas alteraç›es); Autarquias e
Fundaç›es; Empresas pœblicas e Sociedades de Economia Mista; Serviços
Sociais Autônomos; Agências Reguladoras.Ó.
Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos que o assunto possui
import‰ncia MŽdia.
Boa leitura!

ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para identificarmos estatisticamente quais assuntos s‹o os mais cobrados pela banca,
classificamos todas as quest›es cobradas em provas de n’vel superior para cargos da
‡rea fiscal realizadas pelo Cespe desde 2005.
Com base na an‡lise estat’stica das quest›es colhidas (por volta de 143), temos o
seguinte resultado para o(s) assunto(s) que ser‡(‹o) tratado(s) neste relat—rio:

% aproximado de cobran•a em
provas de n’vel superior Ð çrea
Assunto
Fiscal-, realizadas pelo CESPE
desde 2005

Organiza•‹o
Administrativa 9,1%
Tabela 1

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Com base na tabela acima, Ž poss’vel verificar que, no contexto das provas do Cespe
para cargos de n’vel superior Ð çrea Fiscal, que o assunto ÒOrganiza•‹o
AdministrativaÓ possui import‰ncia alta, j‡ que foi cobrado em 9,1% das quest›es.
...
ƒ importante destacar que os percentuais de cobran•a, para cada tema, podem variar
bastante. Sendo assim, adotaremos a seguinte classifica•‹o quanto ˆ import‰ncia dos
assuntos:

% de cobran•a Import‰ncia do assunto

AtŽ 2,9% Baixa a Mediana

De 3% a 6,9% MŽdia
De 7% a 9,9% Alta
10% ou mais Muito Alta
Tabela 2

ANÁLISE DAS QUESTÕES


O objetivo desta se•‹o Ž procurar identificar, por meio de uma amostra de quest›es
de prova, como a banca cobra o(s) assunto(s), de forma a orientar o estudo dos
temas.
1.(Cespe/2013/DEPEN/Especialista em Assist•ncia Penitenci‡ria) Tendo em
vista que o Estado desempenha tr•s fun•›es b‡sicas: administrar, legislar e julgar,
julgue o item seguinte, relativo ˆ fun•‹o administrativa do Estado e aos atos
administrativos.
A fun•‹o administrativa, ou executiva, Ž exercida privativamente pelo Poder
Executivo.

GABARITO: errado.
O Poder Executivo possui a fun•‹o t’pica de administra•‹o, mas os demais Poderes

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tambŽm exercem essa fun•‹o, ainda que atipicamente.


2.(CESPE/2013/TJDFT/AJAJ) No que se refere ao conceito de administra•‹o
pœblica e ˆ classifica•‹o dos —rg‹os pœblicos, julgue o item seguinte.
Administra•‹o pœblica em sentido org‰nico designa os entes que exercem as
fun•›es administrativas, compreendendo as pessoas jur’dicas, os —rg‹os e os
agentes incumbidos dessas fun•›es.

GABARITO: certo.
O sentido org‰nico de administra•‹o pœblica refere-se aos —rg‹os, ˆs pessoas e aos
agentes, todos aqueles que exercem a atividade administrativa.
3.(Cespe/2008/TCU/Auditor Federal de Controle Externo) Com a
Constitui•‹o de 1988, o TCU teve a sua jurisdi•‹o e compet•ncia substancialmente
ampliadas. Recebeu poderes para, no aux’lio ao Congresso Nacional, exercer a
fiscaliza•‹o cont‡bil, financeira, or•ament‡ria, operacional e patrimonial da Uni‹o e
das entidades da administra•‹o direta e indireta, quanto ˆ legalidade, ˆ legitimidade
e ˆ economicidade, e a fiscaliza•‹o da aplica•‹o das subven•›es e da renœncia de
receitas. Qualquer pessoa f’sica ou jur’dica, pœblica ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pœblicos ou pelos
quais a Uni‹o responda, ou que, em nome desta, assuma obriga•›es de natureza
pecuni‡ria tem o dever de prestar contas ao TCU.
Internet: <www2.tcu.gov.br> (com adapta•›es).
Tendo o texto acima como refer•ncia inicial, julgue os itens que se seguem,
relativos ao enquadramento constitucional do TCU.
A possibilidade de um tribunal de contas, de natureza pol’tico-administrativa, julgar
as contas de pessoas estranhas ao Estado serve como exemplo do conceito de
direito administrativo sob um critŽrio meramente subjetivo de administra•‹o
pœblica.

GABARITO: errado.
O critŽrio subjetivo diz respeito ˆs pessoas que executam a atividade. J‡ o critŽrio
objetivo, ao pr—prio objeto, ˆ natureza da atividade exercida.
Na assertiva, ao falar-se na possibilidade de julgamento de contas por parte de um
tribunal de contas, aborda-se tanto um critŽrio objetivo (julgamento de contas),
quanto um subjetivo (tribunal de contas, um —rg‹o pol’tico-administrativo).
4.(CESPE/2002/AGU/Procurador Federal) Com rela•‹o a institutos b‡sicos do
direito administrativo, julgue o item abaixo.
O Estado e o administrado comparecem, em regra, em posi•‹o de igualdade nas
rela•›es jur’dicas entre si.

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GABARITO: errado.
O Estado e o administrado n‹o comparecem, em regra, em posi•‹o de igualdade
nas rela•›es jur’dicas entre si: geralmente o Estado fica numa posi•‹o superior em
rela•‹o ao particular, em decorr•ncia dos princ’pios da supremacia do interesse
pœblico e da indisponibilidade do interesse pœblico.
5.(CESPE/2016/TCE-PR/Analista de Controle) Assinale a op•‹o correta, a
respeito das autarquias, funda•›es pœblicas, sociedades de economia mista e
empresas pœblicas.
a) A extin•‹o das empresas pœblicas e das sociedades de economia mista somente
pode ocorrer por meio de lei autorizadora.
b) Poder‡ o Estado instituir funda•›es pœblicas quando pretender intervir no
dom’nio econ™mico.
c) Cabe ˆs autarquias a execu•‹o de servi•os pœblicos de natureza social, de
atividades administrativas e de atividades de cunho econ™mico e mercantil.
d) As empresas pœblicas, as sociedades de economia mista e as autarquias t•m
personalidade jur’dica de direito privado.
e) Tanto as sociedades de economia mista quanto as empresas pœblicas devem ter a
forma de sociedades an™nimas.

GABARITO: LETRA A
Vamos analisar as alternativas:
Letra A - Correta. Aplica-se aqui o princ’pio do paralelismo das formas, pois uma
vez que determinada entidade, integrante da administra•‹o indireta, Ž criada por
lei, apenas uma lei pode extingui-la.
Letra B - Incorreta. A interven•‹o no dom’nio econ™mico se d‡ por meio de
empresas estatais, ou seja, sociedade de economia mista e empresa pœblica.
Letra C - Incorreta. Uma autarquia jamais atuar‡ em atividades de cunho
econ™mico.
Letra D - Incorreta. As autarquias t•m personalidade jur’dica de direito pœblico.
Letra E Ð Incorreta. A Sociedade de Economia Mista s— pode ter a forma de
Sociedade An™nima, enquanto as empresas pœblicas poder‹o adotar qualquer
regime societ‡rio admitido em direito.
6.(CESPE/ 2018/SEFAZ-RS/ Auditor do Estado) Assinale a op•‹o que
apresenta caracter’stica comum ˆs sociedades de economia mista e ˆs empresas
pœblicas.
a) Est‹o sujeitas ao regime de precat—rios, como regra.
b) N‹o gozam de privilŽgios fiscais n‹o extens’veis ao setor privado.
c) N‹o precisam realizar procedimento licitat—rio, a fim de viabilizar a atua•‹o no

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mercado competitivo.
d) S‹o criadas por lei.
e) N‹o est‹o sujeitas ˆ fiscaliza•‹o dos tribunais de contas.

GABARITO: LETRA B
Vamos analisar item por item:
Letra A: Incorreta. Muito embora, conforme o julgado abaixo, o STJ tenha entendido
ser poss’vel a sujei•‹o ao regime de precat—rios, n‹o se trata da regra geral, mas
de exce•‹o:
ƒ aplic‡vel o regime dos precat—rios ˆs sociedades de economia mista
prestadoras de servi•o pœblico pr—prio do Estado e de natureza n‹o
concorrencial. STF. Plen‡rio. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 23/3/2017 (Info 858).

Letra B: Incorreta, nos termos do art. 173, ¤ 2¼, da Constitui•‹o Federal:


Art. 173. (...)
¤ 2¼ As empresas pœblicas e as sociedades de economia mista n‹o poder‹o
gozar de privilŽgios fiscais n‹o extensivos ˆs do setor privado.

Letra C: Incorreta, a CF exige que tais entidades realizem licita•‹o:


Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer dos Poderes
da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios obedecer‡ aos
princ’pios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
efici•ncia e, tambŽm, ao seguinte:
(...)
XXI - ressalvados os casos especificados na legisla•‹o, as obras, servi•os,
compras e aliena•›es ser‹o contratados mediante processo de licita•‹o
pœblica que assegure igualdade de condi•›es a todos os concorrentes, com
cl‡usulas que estabele•am obriga•›es de pagamento, mantidas as
condi•›es efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir‡
as exig•ncias de qualifica•‹o tŽcnica e econ™mica indispens‡veis ˆ garantia
do cumprimento das obriga•›es.

Art. 173. (...)


¤ 1¼ A lei estabelecer‡ o estatuto jur’dico da empresa pœblica, da sociedade
de economia mista e de suas subsidi‡rias que explorem atividade
econ™mica de produ•‹o ou comercializa•‹o de bens ou de presta•‹o de
servi•os, dispondo sobre:
(...)
III - licita•‹o e contrata•‹o de obras, servi•os, compras e aliena•›es,
observados os princ’pios da administra•‹o pœblica;

Letra D: Incorreta, pois a lei autoriza a cria•‹o delas, mas n‹o as cria.
CF, Art. 37. (...)
XIX - somente por lei espec’fica poder‡ ser criada autarquia e autorizada a
institui•‹o de empresa pœblica, de sociedade de economia mista e de

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funda•‹o, cabendo ˆ lei complementar, neste œltimo caso, definir as ‡reas


de sua atua•‹o;

Letra E: Incorreta, haja vista que, assim como a administra•‹o direta, as entidades
integrantes da administra•‹o indireta est‹o sujeitas ˆ fiscaliza•‹o dos tribunais de
contas.
7.(CESPE/2018/TCE-PB/Auditor de Contas Pœblicas) As entidades que
integram a administra•‹o pœblica indireta incluem as
a) autarquias, as empresas pœblicas e as sociedades de economia mista.
b) secretarias estaduais, as autarquias e as funda•›es privada.
c) autarquias, as funda•›es e as organiza•›es sociais.
d) organiza•›es sociais, os servi•os sociais aut™nomos e as entidades paraestatais.
e) empresas pœblicas, as sociedades de economia mista e os servi•os sociais
aut™nomos.

GABARITO: LETRA A
(Nem parece quest‹o de concurso de tribunal de contas, n‹o Ž?!)
A administra•‹o pœblica indireta Ž composta por autarquias, funda•›es pœblicas,
empresa pœblica e sociedade de economia mista.
Letra A Ð Correta, conforme exposto acima.
Letra B Ð Incorreta, pois secretarias estaduais integram a administra•‹o direta e
funda•›es privadas n‹o integram a administra•‹o pœblica.
Letra C Ð Incorreta, pois organiza•›es sociais n‹o integram a administra•‹o pœblica:
na verdade, comp›em o chamado Òterceiro setorÓ, que Ž composto por entidades
que prestam atividades de interesse pœblico, por iniciativa privada, sem fins
lucrativos.
Letra D Ð Incorreta, porque nenhuma das entidades listadas integra ˆ administra•‹o
pœblica, mas sim o terceiro setor.
Letra E Ð Incorreta, haja vista que os servi•os sociais aut™nomos n‹o integram a
administra•‹o pœblica, mas sim o terceiro setor.
8.(CESPE/2009/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual) Assinale a op•‹o
correta a respeito da administra•‹o pœblica.
a) A representa•‹o judicial dos —rg‹os pœblicos, j‡ que n‹o possuem personalidade
jur’dica, dever‡ ser feita pelos respectivos procuradores do ente a que perten•am,
salvo na hip—tese de defesa de suas compet•ncias e prerrogativas, em que esses
—rg‹os poder‹o ter —rg‹o jur’dico espec’fico para atuar em seu favor.
b) A delega•‹o de atribui•›es no ‰mbito da mesma pessoa jur’dica a outros —rg‹os
recebe a denomina•‹o de descentraliza•‹o.
c) As sociedades de economia mista, mesmo quando exploradoras de atividade

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econ™mica, em um regime de mercado, se beneficiam da imunidade rec’proca.


d) Uma a•‹o judicial proposta contra uma empresa pœblica federal dever‡ ser
julgada pela justi•a comum estadual.

GABARITO: LETRA A
Vamos analisar item por item:
Letra A Ð Correto. Os —rg‹os pœblicos, como regra, sequer possuem capacidade
processual, porque n‹o possuem personalidade jur’dica. A capacidade processual,
regra geral, Ž da entidade a qual pertence o —rg‹o pœblico.
Todavia, a jurisprud•ncia reconhece a capacidade processual de certos —rg‹os
pœblicos aut™nomos e independentes para a impetra•‹o de mandado de seguran•a
na defesa de suas prerrogativas e compet•ncias, quando violadas por ato de outro
—rg‹o.
Letra B Ð Incorreta. A descentraliza•‹o ocorre no ‰mbito de pessoas jur’dicas
distintas. Em contrapartida, a quest‹o refere-se, na verdade, ˆ desconcentra•‹o, a
qual ocorre no ‰mbito da mesma pessoa jur’dica.
Letra C - Incorreta. Pense comigo: se uma Sociedade de Economia Mista explora
atividade econ™mica, n‹o seria justo/Žtico que ela tivesse privilŽgios fiscais n‹o
extens’veis aos particulares que com ela disputam, de modo a acarretar uma
concorr•ncia desleal, n‹o Ž verdade?
Por isso h‡ a previs‹o da CF, art. 173, ¤ 2¼:
Art. 173. (...)
¤ 2¼ As empresas pœblicas e as sociedades de economia mista n‹o poder‹o
gozar de privilŽgios fiscais n‹o extensivos ˆs do setor privado.

Veja, ainda, que tais entidades n‹o s‹o contempladas na previs‹o constitucional da
imunidade rec’proca (CF, art. 150, VI, ÒaÓ e ¤ 2¼):
Art. 150. Sem preju’zo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, Ž
vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Munic’pios:
(...)
VI - instituir impostos sobre:
a) patrim™nio, renda ou servi•os, uns dos outros;
(...)
¤ 2¼ A veda•‹o do inciso VI, "a", Ž extensiva ˆs autarquias e ˆs funda•›es
institu’das e mantidas pelo Poder Pœblico, no que se refere ao patrim™nio, ˆ
renda e aos servi•os, vinculados a suas finalidades essenciais ou ˆs delas
decorrentes.

Letra D Ð Incorreta. O foro judicial competente para dirimir lit’gios em que seja
parte uma empresa pœblica federal Ž a Justi•a Federal (CF, art. 109, inciso I):
Art. 109. Aos ju’zes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a Uni‹o, entidade aut‡rquica ou empresa pœblica

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federal forem interessadas na condi•‹o de autoras, rŽs, assistentes ou


oponentes, exceto as de fal•ncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas
ˆ Justi•a Eleitoral e ˆ Justi•a do Trabalho;

ORIENTAÇÕES DE ESTUDO (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR


A ideia desta se•‹o Ž apresentar uma espŽcie de checklist para o estudo da matŽria,
de forma que o candidato n‹o deixe nada importante de fora em sua prepara•‹o.
Assim, se voc• nunca estudou os assuntos ora tratados, recomendamos que ˆ medida
que for lendo seu curso te—rico, concomitantemente observe se prestou a devida
aten•‹o aos pontos elencados aqui no checklist, de forma que o estudo inicial j‡ seja
realizado de maneira bem completa.
Por outro lado, se voc• j‡ estudou os assuntos, pode utilizar o checklist para verificar
se eventualmente n‹o h‡ nenhum ponto que tenha passado despercebido no estudo.
Se isso acontecer, realize o estudo complementar do assunto.

Conceito de administra•‹o pœblica sob os aspectos org‰nico, formal e


material.
Sistemas Administrativos.
1.! Os conceitos de Administra•‹o Pœblica em sentido amplo e estrito, tanto no
sentido subjetivo quanto no objetivo, bem como a diferen•a entre eles;
2.! As caracter’sticas da fun•‹o administrativa;
3.! As atividades t’picas da fun•‹o administrativa;
4.! O que Ž um sistema administrativo, quais s‹o as espŽcies existentes, suas
principais caracter’sticas e qual deles Ž o adotado no Brasil por for•a do previsto no
art. 5¼, inciso XXXV da CF/88.
5.! As hip—teses em que se faz necess‡rio o esgotamento da via administrativa ou
pelo menos sua utiliza•‹o inicial para que seja poss’vel a busca pela tutela do Poder
Judici‡rio: CF/88, art. 217, ¤¤ 1¼ e 2¼ (Justi•a Desportiva); Lei 9.507/97, art. 8¼
(necessidade de prŽvia recusa de informa•›es para impetra•‹o de habeas data); Lei
11.417/2006, art. 7¼, ¤1¼(reclama•‹o em caso de afronta a sumula vinculante); Lei
12.016/2009, art. 5¼, inciso I (mandado de seguran•a contra ato do qual caiba
recurso administrativo com efeito suspensivo); e STF - RE 631.240 (necessidade de
prŽvio requerimento administrativo como condi•‹o para se postular judicialmente a
concess‹o de benef’cio previdenci‡rio).
Organiza•‹o Administrativa.
Administra•‹o pœblica direta e indireta. îrg‹os e entidades. Centraliza•‹o
e descentraliza•‹o da atividade administrativa do Estado. Empresas
pœblicas e sociedades de economia mista. Subsidi‡rias. Participa•‹o do
Estado no capital de empresas privadas. Autarquias e funda•›es pœblicas.

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1.! Os conceitos de —rg‹o e entidade, bem como a diferen•a entre eles (levar em
considera•‹o os conceitos doutrin‡rios, bem como o previsto no art. 1¼, ¤ 2¼,
incisos I e II da Lei 9.784/1999);
2.! A diferen•a entre entidade pol’tica e entidade administrativa;
3.! O conceito de centraliza•‹o das atividades incumbidas ao Poder Pœblico;
4.! O conceito de descentraliza•‹o das atividades incumbidas ao Poder Pœblico;
5.! A quem pode ser descentralizada a atividade administrativa;
6.! Os tipos de descentraliza•‹o e suas caracter’sticas. Especificamente com
rela•‹o ˆ descentraliza•‹o territorial, levar em considera•‹o a previs‹o
constitucional dos Territ—rios Federais estabelecido no art. 18, ¤ 2¼;
6.1 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem alguma base em
direito constitucional: forma de cria•‹o dos Territ—rios Federais (CF, art.
18, ¤ 3¼).
7.! As modalidades de descentraliza•‹o administrativa e suas diferen•as;
8.! O conceito de desconcentra•‹o da atividade administrativa;
9.! Os tipos de desconcentra•‹o;
10.! As diferen•as entre a descentraliza•‹o e a desconcentra•‹o, bem como os
pontos em comum a tais processos;
11.! O conceito de Administra•‹o Direta, sua composi•‹o (inclusive aquela
estabelecida no art. 4¼, inciso I do Decreto Lei 200/1967) e sua rela•‹o com o
processo de centraliza•‹o, descentraliza•‹o e desconcentra•‹o;
12.! O conceito de —rg‹os pœblicos e as teorias que buscam explicar as rela•›es do
Estado com seus agentes;
13.! îrg‹os pœblicos: forma de cria•‹o e extin•‹o (levar em considera•‹o as
previs›es da CF, arts. 61, ¤1¼, inciso II, al’nea ÒeÓ Ð Poder Executivo; 96, inciso II,
al’neas ÒcÓ e ÒdÓ Ð Poder Judici‡rio; 127, ¤2¼ - MinistŽrio Pœblico; 73, caput Ð
Tribunal de Contas; e 51, inciso IV e 52, inciso XIII Ð Poder Legislativo), a quest‹o
de sua capacidade processual e classifica•›es doutrin‡rias;
14.! O conceito de Administra•‹o Indireta, sua composi•‹o (levar em considera•‹o
o previsto no art. 4¼ do Decreto Lei 200/196714, bem como o estabelecido no art.
6¼, inciso I e ¤ 1¼ da Lei 11.107/2005) e sua rela•‹o com o processo de
centraliza•‹o, descentraliza•‹o e desconcentra•‹o; forma de institui•‹o das
entidades (levar em considera•‹o a necessidade de lei espec’fica prevista no inciso
XIX do art. 37 da CF, bem como a iniciativa de lei do Presidente da Repœblica
constitucionalmente prevista no art. 61, ¤1¼, inciso II, al’nea ÒeÓ, caso as entidades
sejam vinculadas ao Poder Executivo);
15.! O motivo por que a Administra•‹o Pœblica descentraliza suas atividades;
16.! O conceito de supervis‹o ministerial e as caracter’sticas do controle dela
decorrente;

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17.! Autarquias: conceito (inclusive levar em considera•‹o o previsto no art. 5¼ do


Decreto-lei 200/67), natureza jur’dica, forma de cria•‹o (levar em considera•‹o a
necessidade de lei espec’fica prevista no inciso XIX do art. 37 da CF) e extin•‹o,
regime jur’dico e prerrogativas (n‹o se esquecer de levar em considera•‹o o art.
183, caput, do C—digo de Processo Civil e os arts. 100, caput e 150, art. 150, ¤2¼,
da CF/88), personalidade jur’dica, caracter’sticas de seu patrim™nio (inclusive levar
em considera•‹o o previsto no art. 98 do C—digo Civil), atividades que desenvolve,
formas em que podem ser classificadas (levar em considera•‹o, inclusive, o
entendimento do STF com rela•‹o ˆ Ordem dos Advogados do Brasil - ADI
3.026/DF), o regime de suas contrata•›es, regime de seu pessoal (observar o CF,
art. 37, inciso II, bem como levar em considera•‹o a suspens‹o da nova reda•‹o do
art. 39, caput, da CF, por parte do STF Ð ADI 2135/DF), forma de nomea•‹o e
exonera•‹o de seus dirigentes (arts. 52, inciso III, al’nea ÒdÓ e 84, inciso XXV da
CF, bem como o entendimento proferido pelo STF sobre a constitucionalidade das
normas locais que subordinem a nomea•‹o de dirigentes de autarquias ou
funda•›es pœblicas ˆ prŽvia aprova•‹o da Assembleia Legislativa Ð ADI 2.225/SC), o
foro judicial competente para as causas em que seja parte (observar a sœmula 97
do STJ, bem como a sœmula vinculante 27);
18.! Funda•›es Pœblicas: conceito (tanto os doutrin‡rios, quanto o estabelecido no
art. 5¼, IV do Decreto-Lei 200/1967), sua diferen•a para as funda•›es privadas,
natureza jur’dica (n‹o deixar de observar o entendimento do STF sobre a
possiblidade da institui•‹o de funda•›es pœblicas de direito pœblico Ð RE
101.126/RJ), forma de cria•‹o (levar em considera•‹o o previsto no inciso XIX do
art. 37 da CF) e extin•‹o, regime jur’dico, prerrogativas (observar que, com rela•‹o
ˆs de direito pœblico, s‹o as mesmas das autarquias), personalidade jur’dica,
caracter’sticas de seu patrim™nio, atividades que desenvolve, classifica•›es
doutrin‡rias, o regime de seu pessoal (CF, art. 37, inciso II. AlŽm disso, para as
funda•›es pœblicas de direito pœblico, levar em considera•‹o a suspens‹o da nova
reda•‹o do art. 39, caput, da CF, por parte do STF Ð ADI 2135/DF. Para as de
direito privado, levar em considera•‹o a diverg•ncia doutrin‡ria), o foro judicial
competente para as causas em que seja parte, as caracter’sticas do controle
exercido pelo MinistŽrio Pœblico.
19.! Empresas Pœblicas e Sociedades de Economia Mista: conceito; diferen•as
entre empresas pœblicas e sociedades de economia mista; forma de cria•‹o (levar
em considera•‹o o previsto no inciso XIX do art. 37 da CF) e extin•‹o; forma de
cria•‹o de subsidi‡rias (levar em considera•‹o o previsto no inciso XX do art. 37 da
CF, bem como o entendimento do STF sobre a quest‹o da autoriza•‹o legislativa em
Òcada casoÓ - ADI 1.649/DF); regime jur’dico e prerrogativas; personalidade
jur’dica; caracter’sticas de seu patrim™nio e a quest‹o da fal•ncia e execu•‹o,
atividades que desenvolvem (n‹o esquecer dos arts. 173, 175 e 177 da CF);
classifica•›es doutrin‡rias; a figura do estatuto (CF, art. 173, ¤ 1¼); forma jur’dica e
composi•‹o do capital; o foro judicial competente para as causas em que seja
parte; o regime de seu pessoal (CF, art. 37, inciso II); o entendimento do STF sobre
a possibilidade de o Poder Legislativo aprovar previamente o nome dos dirigentes da
estatais como condi•‹o para que o chefe do Executivo possa nome‡-los (ADI
1642/MG); cabimento de mandado de seguran•a contra ato dos dirigentes das

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estatais (sœmula 333 do STJ); foro judicial competente para dirimir lit’gios em que
seja parte uma empresa estatal (CF, art. 109, inciso I; sœmulas STF 517 e 556).
20.1 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem alguma base
em direito constitucional: remŽdio constitucional mandado de seguran•a
Ð objeto, autoridade coatora, car‡ter residual (CF, art. 5¼, inciso LXIX).
20.! Conceito de ag•ncias executivas; vantagens da qualifica•‹o, requisitos para
sua obten•‹o e possibilidade de sua perda;
21.! Conceito de ag•ncias reguladores, sua autonomia (e a quest‹o da teoria da
captura), atividades desempenhadas, espŽcies, seu poder normativo, instrumentos
que conferem autonomia, fen™meno da deslegaliza•‹o, possibilidade de
reaprecia•‹o de suas decis›es pelo ministŽrio supervisor, nomea•‹o de seus
dirigentes, possibilidade de celebra•‹o de contrato de gest‹o, possibilidade de
qualifica•‹o como ag•ncia executiva.
Diferen•a entre ag•ncias executivas e ag•ncias reguladoras.

QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
A seguir, apresentamos um question‡rio por meio do qual Ž poss’vel realizar uma
revis‹o dos principais pontos da matŽria. Faremos isso para todos os t—picos do
edital, um pouquinho a cada relat—rio!
ƒ poss’vel utilizar o question‡rio de revis‹o de diversas maneiras. O leitor pode, por
exemplo:
1.! ler cada pergunta e realizar uma autoexplica•‹o mental da resposta;
2.! ler as perguntas e respostas em sequ•ncia, para realizar uma revis‹o mais r‡pida;
3.! eleger algumas perguntas para respond•-las de maneira discursiva.

***Question‡rio - somente perguntas***


Conceito de administra•‹o pœblica sob os aspectos org‰nico, formal e
material.
Sistemas Administrativos.

1)! Quais s‹o as fun•›es t’picas e at’picas de cada um dos poderes?


2)! O que significa Administra•‹o Pœblica em sentido amplo, de acordo com o
critŽrio subjetivo? E de acordo com o critŽrio objetivo?
3)! O que significa Administra•‹o Pœblica (sentido estrito) em sentido
material, objetivo ou funcional? E em sentido formal, subjetivo ou
org‰nico?

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4)! Quais s‹o as caracter’sticas da fun•‹o administrativa?


5)! Quais s‹o as atividades t’picas da fun•‹o administrativa?
6)! O que Ž um sistema administrativo?
7)! Quais s‹o os sistemas administrativos existentes e quais suas principais
caracter’sticas? Qual deles Ž o adotado no Brasil?
8)! Quais s‹o as situa•›es em que se faz necess‡rio o exaurimento ou pelo
menos a utiliza•‹o inicial da inst‰ncia administrativa como condi•‹o para
se buscar o controle por parte do Poder Judici‡rio?

Organiza•‹o Administrativa.
Administra•‹o pœblica direta e indireta. îrg‹os e entidades. Centraliza•‹o e
descentraliza•‹o da atividade administrativa do Estado. Empresas pœblicas e
sociedades de economia mista. Subsidi‡rias. Participa•‹o do Estado no
capital de empresas privadas. Autarquias e funda•›es pœblicas.
1)! Quem s‹o os sujeitos que desempenham a atividade administrativa do
Estado?
2)! Qual o conceito de ÒentidadeÓ?
3)! Qual o conceito de Ò—rg‹oÓ?
4)! Qual a diferen•a entre —rg‹o e entidade?
5)! Qual a diferen•a entre entidade pol’tica e entidade administrativa?
6)! O que Ž a centraliza•‹o da atividade administrativa?
7)! O que Ž a descentraliza•‹o da atividade administrativa? Quais os tipos de
descentraliza•‹o? Quais as suas caracter’sticas?
8)! O que Ž a desconcentra•‹o da atividade administrativa?
9)! O que os processos de descentraliza•‹o e de desconcentra•‹o possuem
em comum?
10)! O que Ž o processo de centraliza•‹o e de concentra•‹o? O que possuem
em comum?
11)! Qual o conceito de Administra•‹o Direta?
12)! Qual a composi•‹o da Administra•‹o Direta?
13)! Quais s‹o as teorias que buscam explicar as rela•›es do Estado com seus
agentes? O que essas teorias preceituam? Qual Ž a mais aceita
atualmente?
14)! Como se d‡ a cria•‹o e a extin•‹o de —rg‹os da Administra•‹o Direta?
15)! Os —rg‹os pœblicos possuem capacidade processual?
16)! Como podem ser classificados os —rg‹os pœblicos?

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17)! Qual o conceito de Administra•‹o Indireta?


18)! Qual a composi•‹o da Administra•‹o Indireta?
19)! A Administra•‹o Indireta pode ocorrer apenas no Poder Executivo?
20)! Qual a ideia subjacente ˆ descentraliza•‹o administrativa?
21)! O que caracteriza a supervis‹o ministerial sobre as entidades da
administra•‹o indireta?
22)! Quais s‹o os aspectos sobre os quais se distribui a supervis‹o
ministerial?
23)! Qual a diferen•a entre a tutela ordin‡ria e a extraordin‡ria?
24)! Quais os principais pontos em comum entre as entidades da
Administra•‹o Indireta?
25)! Quais as principais diferen•as entre as entidades da Administra•‹o
Indireta?
26)! Qual o conceito de autarquia?
27)! Como se d‡ a cria•‹o e a extin•‹o das autarquias?
28)! Quando ocorre o in’cio da personalidade jur’dica das autarquias?
29)! Qual a natureza jur’dica das atividades desempenhadas pelas
autarquias?
30)! A que regime jur’dico se submetem as autarquias?
31)! Quais as principais prerrogativas aplic‡veis ˆs autarquias?
32)! Como podem ser classificadas as autarquias?
33)! Qual o entendimento do STF com rela•‹o ˆ OAB? Ela integra a
administra•‹o indireta da Uni‹o?
34)! O que s‹o autarquias de regime especial?
35)! Qual a natureza jur’dica do patrim™nio das autarquias?
36)! O pessoal das autarquias sujeita ao regime estatut‡rio ou ao contratual
trabalhista?
37)! Como ocorre a nomea•‹o dos dirigentes das autarquias?
38)! Qual o foro competente para o processamento e julgamento das causas
que envolvem autarquias?
39)! Por que a doutrina costuma chamar os Territ—rios Federais de
Òautarquias territoriaisÓ?
40)! Qual o conceito de funda•‹o pœblica?
41)! Considere a seguinte assertiva: Òas funda•›es pœblicas, ao contr‡rio das
privadas, n‹o possuem finalidade lucrativaÓ. Ela est‡ correta? Comente.
42)! Considere a seguinte assertiva: Òas funda•›es pœblicas s‹o criadas pelo

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Estado, a partir de patrim™nio pœblico, enquanto as privadas s‹o criadas


por uma pessoa privada, a partir de patrim™nio privadoÓ. Ela est‡
correta? Comente.
43)! ƒ poss’vel a institui•‹o, pelo poder pœblico, de funda•›es pœblicas de
direito pœblico? Explique.
44)! Qual diferen•a entre uma autarquia e uma funda•‹o aut‡rquica?
45)! Como se d‡ a institui•‹o e a extin•‹o das funda•›es pœblicas?
46)! Qual o regime jur’dico aplic‡vel ˆs funda•›es pœblicas?
47)! Qual a natureza dos bens do patrim™nio das funda•›es pœblicas?
48)! Qual o regime de pessoal a que est‹o submetidas as funda•›es pœblicas?
49)! Como se d‡ o controle do MinistŽrio Pœblico sobre as funda•›es pœblicas?
50)! Qual o foro judicial competente para dirimir lit’gios em que seja parte
uma funda•‹o pœblica?
51)! Qual o conceito de empresa pœblica?
52)! Qual o conceito de sociedade de economia mista?
53)! Como se d‡ a institui•‹o e a extin•‹o de empresas estatais?
54)! O que s‹o subsidi‡rias das empresas estatais?
55)! As subsidi‡rias fazem parte da Administra•‹o Pœblica?
56)! A cria•‹o de subsidi‡rias de entidades da administra•‹o indireta depende
de autoriza•‹o em lei? E a participa•‹o de tais entidades em empresas
privadas? A autoriza•‹o precisa se dar em cada caso? Qual o
entendimento do STF sobre o assunto?
57)! Quais s‹o as atividades desenvolvidas pelas empresas estatais?
58)! Qual o regime jur’dico a que est‹o submetidas as empresas estatais? H‡
previs‹o de estatuto para disciplinar o assunto?
59)! Qual a natureza do patrim™nio das empresas estatais?
60)! Qual a o regime de pessoal que est‹o submetidas as empresas estatais?
61)! Explique a quest‹o da fal•ncia e da execu•‹o das empresas estatais.
62)! Qual a forma jur’dica das empresas estatais?
63)! Como Ž a composi•‹o do capital das empresas estatais?
64)! Qual o foro judicial competente para dirimir lit’gios em que seja parte
uma empresa estatal?
65)! O que s‹o ag•ncias executivas?
66)! ƒ poss’vel a celebra•‹o do contrato de gest‹o previsto na CF e —rg‹os da
Administra•‹o Direta?
67)! O que s‹o ag•ncias reguladoras?

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68)! Qual a natureza das atividades realizadas pelas ag•ncias reguladoras?


69)! As decis›es das ag•ncias reguladoras podem ser reapreciadas pelo
ministŽrio supervisor?
70)! Quais as caracter’sticas do poder normativo das ag•ncias reguladoras?
71)! Qual o regime adotado para a dire•‹o das Ag•ncias Reguladoras: por
—rg‹os singulares ou colegiados?
72)! Qual a rela•‹o entre a autonomia conferida ˆs ag•ncias reguladoras e a
teoria da captura? Que instrumentos procuram assegurar essa
autonomia?
73)! Qual o procedimento de nomea•‹o dos dirigentes das ag•ncias
reguladoras?
74)! ƒ poss’vel a celebra•‹o de contrato de gest‹o entre uma ag•ncia
reguladora e o Poder Pœblico?
75)! As ag•ncias reguladoras se submetem aos controles judicial ou
legislativo?
76)! ƒ poss’vel a desqualifica•‹o de uma ag•ncia reguladora?

***Question‡rio: perguntas com respostas***


Conceito de administra•‹o pœblica sob os aspectos org‰nico, formal e
material.
Sistemas Administrativos.
1)!Quais s‹o as fun•›es t’picas e at’picas de cada um dos poderes?
O Poder Legislativo exerce suas fun•›es t’picas (legislar e fiscalizar) ao elaborar
as normas jur’dicas (processo legislativo) e ao realizar a fiscaliza•‹o sobre a
administra•‹o pœblica de todos os Poderes (controle externo). Exerce sua fun•‹o
at’pica administrativa, por exemplo, ao executar seu or•amento e nomear seus
servidores. Exerce sua fun•‹o at’pica de julgamento, por exemplo, quando o
Senado julga o presidente da Repœblica nos crimes de responsabilidade; o Poder
Executivo exerce sua fun•‹o t’pica (fun•‹o administrativa), por exemplo, ao
planejar e executar as pol’ticas pœblicas, bem como ao desempenhar atividades
de interven•‹o e fomento. Exerce sua fun•‹o at’pica legislativa ao editar medidas
provis—rias e sua fun•‹o at’pica de julgamento ao decidir, sem jurisdi•‹o (sem
definitividade, j‡ que tais decis›es n‹o fazem coisa julgada material nem formal,
podendo, assim, serem apreciadas pelo Poder Judici‡rio), o contencioso
administrativo (lit’gios de natureza administrativa Ð por exemplo, lit’gios de
natureza tribut‡ria entre os contribuintes e o —rg‹os de administra•‹o
fazend‡ria); por fim, o Poder Judici‡rio exerce sua fun•‹o t’pica (jurisdicional)
quando diz, em definitivo, o Direito nos casos que lhe s‹o submetidos. Exerce
sua fun•‹o at’pica administrativa, por exemplo, ao executar seu or•amento e
nomear seus servidores. Exerce sua fun•‹o at’pica legislativa ao editar
resolu•›es e outras normas aplic‡veis no ‰mbito de seu Poder. Em s’ntese:

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Fun•›es T’picas Fun•›es At’picas

Administrar
Legislar e Julgar (sem
Poder Executivo (governo + mera jurisdi•‹o)
fun•‹o administrativa)

Administrar e Julgar (com


Poder Legislativo Legislar e Fiscalizar
jurisdi•‹o)

Poder Judici‡rio Julgar (com jurisdi•‹o) Administrar e Legislar

2)!O que significa Administra•‹o Pœblica em sentido amplo, de acordo com o


critŽrio subjetivo? E de acordo com o critŽrio objetivo?
Em sentido amplo e sob o aspecto subjetivo, a Administra•‹o Pœblica compreende
os —rg‹os governamentais (—rg‹os supremos, constitucionais, que exercem a
fun•‹o pol’tica), bem como os —rg‹os administrativos (—rg‹os subordinados,
dependentes, encarregados da fun•‹o administrativa).
Em sentido amplo e sob o aspecto objetivo, a Administra•‹o Pœblica compreende a
fun•‹o Pol’tica (defini•‹o das diretrizes governamentais), bem como a fun•‹o
Administrativa (execu•‹o das diretrizes governamentais)
3)!O que significa Administra•‹o Pœblica (sentido estrito) em sentido
material, objetivo ou funcional? E em sentido formal, subjetivo ou
org‰nico?
Sob o aspecto formal, subjetivo ou org‰nico, a Administra•‹o Pœblica, em sentido
estrito, diz respeito a quem (sujeito) exerce a atividade. Ou seja, s‹o as pessoas
jur’dicas, —rg‹os e agentes pœblicos os quais a lei atribui o exerc’cio da fun•‹o
administrativa, em qualquer dos Poderes (embora, predominantemente, sejam do
Poder Executivo).
Pode-se dizer, portanto, que integram a Administra•‹o Pœblica, em sentido
subjetivo, os —rg‹os da Administra•‹o Direta (ou Centralizada) e as entidades da
Administra•‹o Indireta (ou Descentralizada).
Por sua vez, sob o ponto de vista material, objetivo ou funcional, a Administra•‹o
Pœblica, em sentido estrito, diz respeito ˆ natureza (objeto) da pr—pria atividade
exercida. Ou seja, corresponde ˆ pr—pria fun•‹o administrativa, que engloba as
atividades de fomento, servi•o pœblico, pol’cia administrativa e interven•‹o.
4)!Quais s‹o as caracter’sticas da fun•‹o administrativa?
Caracter’sticas da fun•‹o administrativa:
a) atividade concreta (executa a vontade do Estado prevista legalmente);

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b) finalidade: satisfa•‹o direta e imediata dos fins do Estado Ð interesse pœblico


(cuida de interesses coletivos, da sociedade);
c) regime jur’dico: precipuamente direito pœblico, mas tambŽm pode submeter-se
a regime de direito privado, parcialmente derrogado por normas de direito pœblico.
5)!Quais s‹o as atividades t’picas da fun•‹o administrativa?
Fomento: S‹o incentivos ˆ iniciativa privada de utilidade pœblica, tais como
concess‹o de aux’lios financeiros ou subven•›es oriundos do or•amento;
financiamentos especiais para obras que promovam o desenvolvimento
socioecon™mico; favores fiscais para estimular atividades que promovam o
progresso do pa’s; desapropria•›es que favore•am entidades privadas sem fins
lucrativos no desenvolvimento de atividades de utilidade coletiva (como clubes
desportivos e associa•›es beneficentes).
Pol’cia administrativa: Realiza•‹o das imposi•›es legais ao exerc’cio de direitos
individuais em benef’cio do interesse coletivo (limita•›es administrativas), que se
concretiza, por exemplo, por meio de ordens, notifica•›es, expedi•‹o de licen•as e
autoriza•›es, realiza•‹o de fiscaliza•›es e aplica•‹o de san•›es.
Servi•o Pœblico: Compreende toda a atividade realizada (tanto direta quanto
indiretamente) pela Administra•‹o Pœblica para atender ˆs necessidades da
coletividade, sob regime precipuamente pœblico, como os servi•os de
telecomunica•›es, servi•o postal, transporte ferrovi‡rio e aquavi‡rio, servi•os
nucleares etc.
Interven•‹o: Compreende tanto a regulamenta•‹o e fiscaliza•‹o da atividade
econ™mica de natureza privada (chamada de Òinterven•‹o indiretaÓ), quanto a
atua•‹o direta do Estado no dom’nio econ™mico (chamada de Òinterven•‹o
diretaÓ), normalmente por meio das empresas estatais.
Para a professora Di Pietro, a interven•‹o direta n‹o deve ser considerada como
atividade ou fun•‹o administrativa, porque opera sob regime jur’dico
eminentemente privado.1
6)!O que Ž um sistema administrativo?
De acordo com Hely Lopes Meirelles, Ž o Òregime adotado pelo Estado para a
corre•‹o dos atos administrativos ilegais ou ileg’timos praticados pelo Poder
Pœblico em qualquer dos seus departamentos de governoÓ2.
7)!Quais s‹o os sistemas administrativos existentes e quais suas principais
caracter’sticas? Qual deles Ž o adotado no Brasil?
H‡ dois sistemas: o de jurisdi•‹o œnica e o do contencioso administrativo.
No sistema judici‡rio ou de jurisdi•‹o œnica ou una (tambŽm conhecido como
sistema de controle judicial ou, ainda, sistema ingl•s), absolutamente todos os
lit’gios, independentemente se de natureza administrativa ou de interesse

1
Di Pietro, 2016, p. 88-89.
2
Meirelles, 2009, p. 53.

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eminentemente particular, privado, s‹o solucionados de forma definitiva pelo


Poder Judici‡rio.
Por sua vez, no contencioso administrativo (ou sistema da dualidade de jurisdi•‹o,
ou, ainda, sistema franc•s), as lides s‹o resolvidas definitivamente ou no ‰mbito
da Administra•‹o, ou no do Poder Judici‡rio, a depender da matŽria tratada, sendo
que a Justi•a n‹o pode intervir nas fun•›es administrativas. Em outras palavras, a
depender da matŽria da lide, a solu•‹o a ela conferida pela Administra•‹o n‹o Ž
pass’vel de controle, revis‹o, por parte do Poder Judici‡rio.
No sistema franc•s, h‡ tanto tribunais administrativos (que resolvem
definitivamente a maior parte das demandas de interesse da Administra•‹o),
quanto tribunais judiciais (que resolvem definitivamente as demais demandas).
Nesse sistema, portanto, pode-se falar na presen•a de duas jurisdi•›es: a
administrativa (exercida pelos tribunais administrativos) e a comum (exercida pelo
Poder Judici‡rio).
O Brasil adota o sistema de jurisdi•‹o œnica, conforme consagrado no art. 5¼,
inciso XXXV da CF/88, in verbis:
Art. 5¼ (...)
XXXV - a lei n‹o excluir‡ da aprecia•‹o do Poder Judici‡rio les‹o ou amea•a
a direito

8)!Quais s‹o as situa•›es em que se faz necess‡rio o exaurimento ou pelo


menos a utiliza•‹o inicial da inst‰ncia administrativa como condi•‹o para
se buscar o controle por parte do Poder Judici‡rio?
S‹o as seguintes situa•›es:
a)! caso da Justi•a Desportiva previsto na CF/88, art. 217, ¤¤ 1¼ e 2¼ (lembrar
que a justi•a desportiva Ž uma via administrativa):
Art. 217. (...)
¤ 1¼ O Poder Judici‡rio s— admitir‡ a•›es relativas ˆ disciplina e ˆs
competi•›es desportivas ap—s esgotarem-se as inst‰ncias da justi•a
desportiva, regulada em lei.
¤ 2¼ A justi•a desportiva ter‡ o prazo m‡ximo de sessenta dias, contados da
instaura•‹o do processo, para proferir decis‹o final

Findo o prazo do ¤2¼, Ž poss’vel buscar a tutela do Poder Judici‡rio, ainda que n‹o
haja decis‹o final.3
b)! No caso de omiss‹o ou ato da administra•‹o pœblica que contrariar enunciado
de sœmula vinculante, negar-lhe vig•ncia ou aplica-lo indevidamente, o uso da
reclama•‹o s— ser‡ admitido ap—s esgotamento das vias administrativas (Lei
11.417/2006, art. 7¼, ¤1¼).
c)! ƒ necess‡rio que haja prŽvia recusa de informa•›es pela autoridade para que
seja poss’vel ingressar com a a•‹o de habeas data (Lei 9.507/97, art. 8¼).

3
Lenza, 2016, p. 1217.

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d)! ÒN‹o se conceder‡ mandado de seguran•a quando se tratar de ato do qual


caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de
cau•‹oÓ (Lei 12.016/2009, art. 5¼, inciso I).
e)! ƒ necess‡rio o prŽvio requerimento administrativo como condi•‹o para se
postular judicialmente a concess‹o de benef’cio previdenci‡rio, exceto quando o
entendimento da Administra•‹o for not—ria e reiteradamente contr‡rio ˆ
postula•‹o do segurado ou, ainda, quando for caso de revis‹o, restabelecimento
ou manuten•‹o de benef’cio anteriormente concedido. Nessas hip—teses
excepcionais, o pedido pode ser formulado diretamente em ju’zo, salvo se
depender de matŽria de fato ainda n‹o levada ao conhecimento da Administra•‹o
(STF, RE 631.240 - Rel. Min. Roberto Barroso).

Organiza•‹o Administrativa.
Administra•‹o pœblica direta e indireta. îrg‹os e entidades. Centraliza•‹o e
descentraliza•‹o da atividade administrativa do Estado. Empresas pœblicas e
sociedades de economia mista. Subsidi‡rias. Participa•‹o do Estado no
capital de empresas privadas. Autarquias e funda•›es pœblicas.
1)! Quem s‹o os sujeitos que desempenham a atividade administrativa do
Estado?
îrg‹os pœblicos, entidades pœblicas e agentes pœblicos.
2)! Qual o conceito de ÒentidadeÓ?
ÒUnidade de atua•‹o dotada de personalidade jur’dicaÓ, nos termos do art.
1¼, ¤ 2¼, inciso II da Lei 9.784/1999.
Uma entidade Ž uma pessoa jur’dica, pœblica ou privada, abrangendo tanto as
entidades pol’ticas (que possuem autonomia pol’tica - capacidade de legislar e
se auto-organizar Ð ou seja, s‹o as pessoas pol’ticas: Uni‹o, Estados, Distrito
Federal e Munic’pios), como as entidades administrativas (que n‹o possuem
autonomia pol’tica mas, somente, autonomia administrativa - ou seja, n‹o
podem legislar, limitando-se a executar as leis editadas pelas pessoas pol’ticas.
S‹o entidades administrativas: as autarquias, as funda•›es pœblicas, as
empresas pœblicas e as sociedades de economia mista).
3)! Qual o conceito de Ò—rg‹oÓ?
ÒUnidade de atua•‹o integrante da estrutura da Administra•‹o direta e
da estrutura da Administra•‹o indiretaÓ, nos termos do art. 1¼, ¤ 2¼, inciso
I da Lei 9.784/1999.
O —rg‹o n‹o possui personalidade jur’dica pr—pria Ð Ž um elemento
despersonalizado. S‹o Òcentros de compet•nciaÓ constitu’dos na estrutura
interna de determinada entidade pol’tica ou administrativa (ex: MinistŽrios do
Poder Executivo Federal, Secretarias de Estado, departamentos ou se•›es de
empresas pœblicas etc.).
4)! Qual a diferen•a entre —rg‹o e entidade?

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Basicamente, a entidade possui personalidade jur’dica pr—pria, enquanto que o


—rg‹o n‹o (Ž um elemento despersonalizado).
5)! Qual a diferen•a entre entidade pol’tica e entidade administrativa?
Basicamente, a entidade pol’tica possui autonomia pol’tica (capacidade de
legislar, de inovar no direito, de se auto-organizar) e autonomia administrativa
(capacidade de gerir seus pr—prios neg—cios), enquanto que a entidade
administrativa possui somente autonomia administrativa.
6)! O que Ž a centraliza•‹o da atividade administrativa?
Centraliza•‹o Ž o desempenho direto, por parte do Estado, das tarefas a ele
incumbidas, por intermŽdio de —rg‹os e agentes administrativos que comp›em
sua estrutura.
7)! O que Ž a descentraliza•‹o da atividade administrativa? Quais os tipos
de descentraliza•‹o? Quais as suas caracter’sticas?
Descentraliza•‹o Ž o desempenho indireto de tarefas incumbidas ao Poder
Pœblico, por intermŽdio de outras pessoas f’sicas ou jur’dicas, sem rela•‹o de
hierarquia ou subordina•‹o entre o Estado e a entidade descentralizada.
A descentraliza•‹o pode ser pol’tica ou administrativa.
Na descentraliza•‹o pol’tica, h‡ cria•‹o de uma entidade pol’tica para o exerc’cio
de compet•ncias pr—prias. Ex: Estados e Munic’pios, que s‹o entidades pol’ticas
dotadas de compet•ncia legislativa pr—pria conferida pela CF.
Na descentraliza•‹o administrativa, o poder central transfere parcela de suas
atribui•›es a outra entidade Ð a chamada Òentidade descentralizadaÓ.
A descentraliza•‹o administrativa pode ser classificada em tr•s modalidades:
a)! Descentraliza•‹o por servi•os, funcional, tŽcnica ou por outorga;
b)! Descentraliza•‹o por colabora•‹o ou delega•‹o;
c)! Descentraliza•‹o territorial ou geogr‡fica.
A descentraliza•‹o por servi•os se verifica quando uma entidade pol’tica (Uni‹o,
Estados, DF e Munic’pios), mediante lei (em sentido formal), cria uma nova
pessoa jur’dica (de direito pœblico ou privado) e a ela atribui a titularidade e a
execu•‹o de determinado servi•o pœblico, o que lhe confere independ•ncia em
rela•‹o ˆ pessoa que a criou (o que n‹o impede o exerc’cio do controle de
car‡ter final’stico por parte da entidade descentralizadora, com o objetivo de
garantir que a entidade descentralizada n‹o se desvie dos fins para os quais foi
institu’da. Tal controle Ž chamado de ÒtutelaÓ.)
A lei de cria•‹o da entidade descentralizada pode efetivamente cri‡-la ou
simplesmente autorizar a sua cria•‹o e, como h‡ transfer•ncia da titularidade do
servi•o, o ente descentralizador perde a disponibilidade sobre tal servi•o, s—
podendo retom‡-lo mediante nova lei, raz‹o pela qual o prazo da outorga
geralmente Ž indeterminado.
Embora seja necess‡ria lei para a cria•‹o da entidade, a defini•‹o de seu campo

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atua•‹o pode ser feita por meio de instrumentos normativos infralegais.


A descentraliza•‹o por servi•os Ž a que ocorre na cria•‹o das entidades da
administra•‹o indireta: autarquias, empresas pœblicas, sociedades de economia
mista, funda•›es pœblicas e cons—rcios pœblicos criados por entes federativos
para a gest‹o associada de servi•os pœblicos.
Por sua vez, a descentraliza•‹o por colabora•‹o ocorre quando, por meio de
contrato ou ato unilateral - n‹o Ž necess‡ria a edi•‹o de lei formal Ð o Estado
transfere apenas a execu•‹o de determinado servi•o pœblico a uma pessoa
jur’dica de direito privado, previamente existente, conservando o Poder Pœblico
a titularidade do servi•o Ð o que lhe possibilita exercitar um controle mais amplo
e r’gido que na descentraliza•‹o por servi•o, bem como dispor do servi•o de
acordo com o interesse pœblico, podendo alterar unilateralmente as condi•›es de
sua execu•‹o, aplicar san•›es ou retomar a execu•‹o do servi•o antes do prazo
estabelecido.
A descentraliza•‹o por colabora•‹o Ž a que ocorre nas concess›es, permiss›es
ou autoriza•›es de servi•os pœblicos.
Por œltimo, a descentraliza•‹o territorial ocorre quando uma entidade local,
geograficamente delimitada, dotada de personalidade jur’dica pr—pria, de direito
pœblico, possui capacidade administrativa genŽrica (ou seja, n‹o regida pelo
princ’pio da especialidade, como ocorre no caso das entidades da Administra•‹o
Indireta) para exercer a totalidade ou a maior parte dos encargos pœblicos de
interesse da coletividade Ð fun•›es que normalmente s‹o exercidas pelos
Munic’pios, como distribui•‹o de ‡gua, luz, g‡s, poder de pol’cia, prote•‹o ˆ
saœde, educa•‹o.
A descentraliza•‹o territorial tambŽm compreende o exerc’cio da capacidade
legislativa, porŽm sem autonomia, porque subordinada ˆs normas emanadas
pelo poder central.
A descentraliza•‹o territorial Ž a que ocorre nos Estados unit‡rios, como Fran•a
e Portugal, constitu’dos por Departamentos, Regi›es, Comunas etc. No Brasil,
pode ocorrer atualmente na hip—tese de vir a ser criado algum Territ—rio
Federal, nos termos da CF, art. 18, ¤ 2¼:
¤ 2¼ Os Territ—rios Federais integram a Uni‹o, e sua cria•‹o, transforma•‹o
em Estado ou reintegra•‹o ao Estado de origem ser‹o reguladas em lei
complementar.

Aprofundando um pouco o assunto, insta lembrar que os territ—rios, embora


possuam personalidade jur’dica pr—pria, n‹o s‹o dotados de autonomia pol’tica
Ð n‹o s‹o entes federados, na verdade eles integram a Uni‹o.
A despeito de atualmente n‹o existirem territ—rios no Brasil, Ž perfeitamente
poss’vel que sejam criados novos territ—rios, sendo necess‡rio, para tanto,
aprova•‹o da popula•‹o diretamente interessada mediante plebiscito, e do
Congresso Nacional, mediante lei complementar, constante CF, art. 18, ¤ 3¼:
¤ 3¼ Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-
se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territ—rios

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Federais, mediante aprova•‹o da popula•‹o diretamente interessada,


atravŽs de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

8)! O que Ž a desconcentra•‹o da atividade administrativa?


ƒ uma tŽcnica administrativa de distribui•‹o interna de atribui•›es, na qual a
entidade (seja ela pol’tica ou administrativa) se desmembra em —rg‹os para
melhorar sua organiza•‹o estrutural com vistas a aprimorar o desempenho. Ela
pode se dar em raz‹o da matŽria (ex: MinistŽrio da Saœde, da Educa•‹o etc.),
do grau ou da hierarquia (ex: ministŽrios, secretarias, superintend•ncias,
delegacias etc.) ou pelo critŽrio territorial (ex: Superintend•ncia da Receita
Federal em S‹o Paulo, no Rio Grande do Sul etc.).
A atividade administrativa continua sendo exercida pela mesma pessoa jur’dica,
j‡ que o —rg‹o resultante da desconcentra•‹o Ž desprovido de personalidade
jur’dica pr—pria (assim como qualquer —rg‹o). AlŽm disso, esse —rg‹o resultante
da desconcentra•‹o se subordina aos —rg‹os de maior hierarquia na estrutura
organizacional. Por isso se diz que na desconcentra•‹o h‡ rela•‹o de hierarquia
entre os —rg‹os resultantes.
9)! O que os processos de descentraliza•‹o e de desconcentra•‹o possuem
em comum?
Ambos possuem fisionomia ampliativa, pois importam na reparti•‹o de
atribui•›es.
10)! O que Ž o processo de centraliza•‹o e de concentra•‹o? O que possuem
em comum?
A centraliza•‹o ocorre quando o Estado retoma a execu•‹o direta do servi•o,
depois de ter transferido sua execu•‹o a outra pessoa. Por sua vez, na
concentra•‹o, dois ou mais —rg‹os internos s‹o agrupados em apenas um, que
passa a ter natureza de —rg‹o concentrador.
Os processos de centraliza•‹o e de concentra•‹o possuem em comum a
fisionomia restritiva, pois importam na agrega•‹o de atribui•›es no Estado.
11)! Qual o conceito de Administra•‹o Direta?
ƒ o conjunto de —rg‹os que integram as pessoas pol’ticas do Estado (Uni‹o,
Estados, DF e Munic’pios), aos quais foi atribu’da a compet•ncia para o exerc’cio
de atividades administrativas, de forma centralizada (princ’pio da centraliza•‹o).
12)! Qual a composi•‹o da Administra•‹o Direta?
Nos termos do art. 4¼, inciso I do Decreto Lei 200/1967, a Administra•‹o Direta
Federal Ž composta pelos Òservi•os integrados na estrutura administrativa
da Presid•ncia da Repœblica e dos MinistŽriosÓ.
Esse conceito legal leva em conta somente o Poder Executivo, mas Ž importante
destacar que comp›em, ainda, a Administra•‹o Direta da Uni‹o os —rg‹os dos
demais Poderes e do MinistŽrio Pœblico pertencentes ˆ esfera federal.
Nas esferas estadual, distrital e municipal, deve ser observado a simetria com a
esfera federal, lembrando, por outro lado, que nos Munic’pios n‹o h‡ Poder

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Judici‡rio nem MinistŽrio Pœblico pr—prio.


13)! Quais s‹o as teorias que buscam explicar as rela•›es do Estado com
seus agentes? O que essas teorias preceituam? Qual Ž a mais aceita
atualmente?
Teoria do mandato, teoria da representa•‹o e teoria do —rg‹o.
Na teoria do mandato, entendeu-se que os agentes eram mandat‡rios do
Estado, mas a ideia n‹o vingou porque n‹o explicava como o Estado poderia
outorgar o mandato, j‡ que n‹o possui vontade pr—pria.
Na teoria da representa•‹o, entendia-se que os agentes eram representantes
do Estado, sendo equiparados ˆ figura do tutor ou curador das pessoas
incapazes. A teoria foi criticada justamente por equiparar o Estado ao incapaz
que, ao contr‡rio daquele, n‹o possui capacidade para designar representante
para si mesmo, bem como porque, da mesma forma que a teoria do mandato,
permitia ao mandat‡rio ou ao representante ultrapassar os poderes da
representa•‹o sem que o Estado respondesse por esses atos perante terceiros
prejudicados.
Na teoria do —rg‹o, que Ž a mais aceita atualmente, presume-se que a pessoa
jur’dica manifesta sua vontade por meio dos —rg‹os que a comp›em. Estes, por
sua vez, s‹o compostos de agentes. Desse modo, quando os agentes agem, Ž
como se o pr—prio Estado o fizesse.
Nessa teoria, h‡ substitui•‹o da ideia de representa•‹o pela de imputa•‹o, pois
ao invŽs de considerar que o Estado outorga a responsabilidade ao agente,
passou-se a considerar que os atos praticados por seus —rg‹os, por meio da
manifesta•‹o de vontade de seus agentes, s‹o imputados ao Estado.
14)! Como se d‡ a cria•‹o e a extin•‹o de —rg‹os da Administra•‹o Direta?
Por meio de lei em sentido formal.
No ‰mbito do Poder Executivo, a iniciativa de lei cabe ao chefe desse Poder,
consoante CF, art. 61, ¤1¼, inciso II, al’nea ÒeÓ:
¤ 1¼ S‹o de iniciativa privativa do Presidente da Repœblica as leis que:
(...)
e) cria•‹o e extin•‹o de MinistŽrios e —rg‹os da administra•‹o pœblica,
observado o disposto no art. 84, VI;

No ‰mbito do Poder Judici‡rio, a iniciativa de lei cabe ao Supremo Tribunal


Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justi•a, conforme o caso,
nos termos da CF, art. 96, inciso II, al’neas ÒcÓ e ÒdÓ:
Art. 96. Compete privativamente:
(...)
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais
de Justi•a propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no
art. 169:
(...)

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c) a cria•‹o ou extin•‹o dos tribunais inferiores;


d) a altera•‹o da organiza•‹o e da divis‹o judici‡rias;

O MinistŽrio Pœblico possui a compet•ncia para dar in’cio ao processo legislativo


referente ˆ pr—pria organiza•‹o administrativa, em raz‹o, respectivamente, do
previsto na CF, art. 127, ¤2¼:
2¼ Ao MinistŽrio Pœblico Ž assegurada autonomia funcional e administrativa,
podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a
cria•‹o e extin•‹o de seus cargos e servi•os auxiliares, provendo-os por
concurso pœblico de provas ou de provas e t’tulos, a pol’tica remunerat—ria e
os planos de carreira; a lei dispor‡ sobre sua organiza•‹o e funcionamento.Ó

O Tribunal de Contas tambŽm possui a compet•ncia para dar in’cio ao processo


legislativo referente a sua organiza•‹o administrativa, em raz‹o do disposto na
CF, art. 73, caput:
Art. 73. O Tribunal de Contas da Uni‹o, integrado por nove Ministros, tem
sede no Distrito Federal, quadro pr—prio de pessoal e jurisdi•‹o em todo o
territ—rio nacional, exercendo, no que couber, as atribui•›es previstas no
art. 96.

No ‰mbito do Poder Legislativo, o autor JosŽ dos Santos Carvalho Filho entende
que a cria•‹o e a extin•‹o de seus —rg‹os, bem como as normas sobre sua
organiza•‹o e funcionamento n‹o dependem de lei, mas t‹o somente de atos
administrativos praticados pelas respectivas Casas (CF, art. 51, IV e art. 52,
XIII).
Art. 51. Compete privativamente ˆ C‰mara dos Deputados:
(...)
IV Ð dispor sobre sua organiza•‹o, funcionamento, pol’cia, cria•‹o,
transforma•‹o ou extin•‹o dos cargos, empregos e fun•›es de seus
servi•os, e a iniciativa de lei para fixa•‹o da respectiva remunera•‹o,
observados os par‰metros estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias;

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


(...)
XIII - dispor sobre sua organiza•‹o, funcionamento, pol’cia, cria•‹o,
transforma•‹o ou extin•‹o dos cargos, empregos e fun•›es de seus
servi•os, e a iniciativa de lei para fixa•‹o da respectiva remunera•‹o,
observados os par‰metros estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias;

Entretanto, para fins de prova, Ž recomend‡vel que seja adotado a regra geral
de que os —rg‹os pœblicos necessitam de lei para serem criados. Somente se o
examinador abordar de forma expressa o caso especifico do Poder Legislativo,
recomendamos ao candidato que considere o entendimento de JosŽ dos Santos
Carvalho Filho.
15)! Os —rg‹os pœblicos possuem capacidade processual?
Em regra, n‹o, porque n‹o possuem personalidade jur’dica Ð a capacidade, em
regra, Ž da pr—pria entidade a quem pertencem.

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Exce•›es:
a) a jurisprud•ncia reconhece a capacidade processual de certos —rg‹os pœblicos
aut™nomos e independentes para a impetra•‹o de mandado de seguran•a na
defesa de suas prerrogativas e compet•ncias (s— neste tipo de caso), quando
violadas por ato de outro —rg‹o.
b) o C—digo de Defesa do Consumidor, em seu artigo 82, inciso III, disp›e que
s‹o legitimados para promover a liquida•‹o e execu•‹o de indeniza•‹o Òas
entidades e —rg‹os da administra•‹o pœblica, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jur’dica, especificamente destinados ˆ defesa dos interesses e
direitos protegidos por este C—digoÓ.
16)! Como podem ser classificados os —rg‹os pœblicos?
Quanto ˆ estrutura:
a)! îrg‹os simples ou unit‡rios: s‹o aqueles que n‹o possuem subdivis›es
em sua estrutura interna (n‹o h‡ outros —rg‹os abaixo dele), desempenhando
suas atribui•›es de forma concentrada.
b)! îrg‹os compostos: reœnem em sua estrutura diversos —rg‹os menores,
subordinados hierarquicamente, como resultado da desconcentra•‹o.
CUIDADO! Os —rg‹os simples podem ser compostos por mais de um agente!
Quanto ˆ atua•‹o funcional:
a)! îrg‹os singulares ou unipessoais: s‹o aqueles cujas decis›es dependem
da atua•‹o isolada de um œnico agente, seu chefe e representante. Ex:
Presid•ncia da Repœblica, cujas decis›es s‹o tomadas pelo Presidente.
b)! îrg‹os colegiados ou pluripessoais: s‹o aqueles cuja atua•‹o e decis›es
s‹o tomadas pela manifesta•‹o conjunta de seus membros. Ex: Congresso
Nacional, Supremo Tribunal Federal.
CUIDADO! Os —rg‹os singulares podem ser compostos por mais de uma agente,
embora suas decis›es sejam tomadas apenas por seu chefe!
Quanto ˆ posi•‹o estatal
a)! îrg‹os independentes: s‹o aqueles previstos diretamente na
Constitui•‹o Federal, representando os tr•s Poderes, nas esferas federal,
estadual e municipal, n‹o sendo subordinados hierarquicamente a agentes
pol’ticos. Exemplo: Presid•ncia da Repœblica, C‰mara dos Deputados, Senado
Federal, STF, STJ e demais tribunais, bem como seus simŽtricos nas demais
esferas da Federa•‹o. Incluem-se ainda o MinistŽrio Pœblico da Uni‹o e o do
Estado e os Tribunais de Contas da Uni‹o, dos Estados e dos Munic’pios.
b)! îrg‹os aut™nomos: s‹o aqueles que se situam na cœpula da
Administra•‹o, logo abaixo dos —rg‹os independentes, auxiliando-os
diretamente. Possuem ampla autonomia administrativa, financeira e tŽcnica,
mas n‹o independ•ncia. Caracterizam-se como —rg‹os diretivos. Ex: os
MinistŽrios, as Secretarias de Estado etc.

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c)! îrg‹os superiores: possuem atribui•›es de dire•‹o, controle e decis‹o,


mas sempre est‹o sujeitos ao controle hier‡rquico de uma inst‰ncia mais alta.
N‹o t•m nenhuma autonomia, seja administrativa seja financeira. Exemplo:
Procuradorias, Coordenadorias, Gabinetes.
d)! îrg‹os subalternos: s‹o todos aqueles que exercem atribui•›es de mera
execu•‹o, com reduzido poder decis—rio, estando sempre subordinados a v‡rios
n’veis hier‡rquicos superiores. Exemplo: se•›es de expediente, de pessoal, de
material etc.
îrg‹os burocr‡ticos: aqueles que est‹o a cargo de uma s— pessoa f’sica ou de
v‡rias pessoas ordenadas numa estrutura hier‡rquica vertical (ex: uma
Diretoria, em que existe um diretor e v‡rias pessoas a ele ligadas). Fazem
contraponto aos —rg‹os colegiados, que s‹o formados por v‡rias pessoas f’sicas
ordenadas horizontalmente, ou seja, em uma rela•‹o de coordena•‹o, e n‹o de
hierarquia.
îrg‹os ativos, consultivos ou de controle: possuem como fun•‹o
primordial, respectivamente, o desenvolvimento de uma administra•‹o ativa, de
uma atividade consultiva ou de controle sobre outros —rg‹os.
17)! Qual o conceito de Administra•‹o Indireta?
Conjunto de pessoas jur’dicas (desprovidas de autonomia pol’tica) que,
vinculadas ˆ Administra•‹o Direta, t•m a compet•ncia para o exerc’cio de
atividades administrativas, de forma descentralizada.
18)! Qual a composi•‹o da Administra•‹o Indireta?
De acordo com Hely Lopes Meireles, a administra•‹o indireta Ž constitu’da dos
servi•os atribu’dos a pessoas jur’dicas diversas da Uni‹o, de direito pœblico ou
de direito privado, vinculadas a um —rg‹o da Administra•‹o Direta, mas
administrativa e financeiramente aut™nomas.
Nos termos do art. 4¼ do Decreto Lei 200/196714, a Administra•‹o Indireta
compreende as seguintes categorias de entidades, todas dotadas de
personalidade jur’dica pr—pria:
- Autarquias.
- Empresas Pœblicas.
- Sociedades de Economia Mista.
- Funda•›es Pœblicas.
A Administra•‹o Indireta contempla, ainda, os cons—rcios pœblicos de direito
pœblico, constitu’dos sob a forma de associa•›es pœblicas, conforme art. 6¼,
inciso I e ¤ 1¼ da Lei 11.107/2005:
Art. 6¼ O cons—rcio pœblico adquirir‡ personalidade jur’dica:
I Ð de direito pœblico, no caso de constituir associa•‹o pœblica, mediante a
vig•ncia das leis de ratifica•‹o do protocolo de inten•›es;
(...)

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¤ 1¼ O cons—rcio pœblico com personalidade jur’dica de direito pœblico


integra a administra•‹o indireta de todos os entes da Federa•‹o
consorciados.

19)! A Administra•‹o Indireta pode ocorrer apenas no Poder Executivo?


N‹o, embora seja mais comum entidades descentralizadas vinculadas ao Poder
Executivo, n‹o h‡ empecilho para que haja entidades da administra•‹o indireta
vinculadas a —rg‹os dos demais poderes.
20)! Qual a ideia subjacente ˆ descentraliza•‹o administrativa?
Busca pela efici•ncia no desempenho das atividades estatais, notadamente em
raz‹o da autonomia administrativa, gerencial e financeira, bem como da
disponibilidade de pessoal especializado com que contam as entidades da
Administra•‹o Indireta.
21)! O que caracteriza a supervis‹o ministerial sobre as entidades da
administra•‹o indireta?
Supervis‹o ministerial, ou tutela administrativa, Ž o controle final’stico, sem
subordina•‹o, realizado pela administra•‹o direta sobre a indireta,
caracterizando um v’nculo que tem por objetivos principais a verifica•‹o dos
resultados alcan•ados pelas entidades descentralizadas, a harmoniza•‹o de suas
atividades com a pol’tica e a programa•‹o do Governo, a efici•ncia de sua
gest‹o e a manuten•‹o de sua autonomia administrativa, operacional e
financeira.
22)! Quais s‹o os aspectos sobre os quais se distribui a supervis‹o
ministerial?
Controle pol’tico, pelo qual os dirigentes das entidades da administra•‹o indireta
s‹o escolhidos e nomeados pela autoridade competente da administra•‹o direta,
raz‹o por que exercem eles fun•‹o de confian•a.
Controle institucional, que obriga a entidade a caminhar sempre no sentido dos
fins para os quais foi criada.
Controle administrativo, que permite a fiscaliza•‹o dos agentes e das rotinas
administrativas da entidade.
Controle financeiro, pelo qual s‹o fiscalizados os setores financeiro e cont‡bil da
entidade.
23)! Qual a diferen•a entre a tutela ordin‡ria e a extraordin‡ria?
A tutela ordin‡ria ocorre quando o controle sobre a entidade se d‡ nos estritos
limites da lei. Logo, a tutela ordin‡ria depende de lei para ser exercida.
Por sua vez, a tutela extraordin‡ria ocorre quando n‹o h‡ disposi•‹o legal para
instrumentaliza•‹o do controle, sendo poss’vel somente em circunst‰ncias
excepcionais de descalabro administrativo ou distor•›es de comportamento da
autarquia, para coibir desmandos sŽrios.
24)! Quais os principais pontos em comum entre as entidades da

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Administra•‹o Indireta?
As autarquias, funda•›es pœblicas, empresas pœblicas e sociedades de economia
mista apresentam tr•s pontos em comum: necessidade de lei espec’fica para
serem criadas, personalidade jur’dica pr—pria e patrim™nio pr—prio.
AlŽm disso, se submetem ao princ’pio da especializa•‹o (devem ser institu’das
para servir a uma finalidade espec’fica).
25)! Quais as principais diferen•as entre as entidades da Administra•‹o
Indireta?
Finalidade para as quais s‹o criadas: as autarquias s‹o indicadas para o
desempenho de atividades t’picas de Estado; as funda•›es pœblicas, para o
desempenho de atividades de utilidade pœblica; e as empresas pœblicas e
sociedades de economia mista, para a explora•‹o de atividades econ™micas.
Natureza jur’dica das entidades: as autarquias s‹o pessoas jur’dicas de
direito pœblico; as empresas pœblicas e sociedades de economia mista s‹o
pessoas jur’dicas de direito privado; j‡ as funda•›es podem ser tanto de direito
pœblico quanto de direito privado.
Cria•‹o e institui•‹o das entidades: nos termos do inciso XIX do art. 37 da
CF, a cria•‹o de autarquias (por serem pessoas de direito pœblico) se d‡
mediante lei espec’fica, diferentemente do que ocorre para as sociedades de
economia mista e empresas pœblicas (por serem pessoas de direito privado),
que necessitam de uma lei que autorize a sua institui•‹o, sen‹o vejamos:
XIX - somente por lei espec’fica poder‡ ser criada autarquia e autorizada a
institui•‹o de empresa pœblica, de sociedade de economia mista e de
funda•‹o, cabendo ˆ lei complementar, neste œltimo caso, definir as ‡reas
de sua atua•‹o;

Assim, enquanto que para as autarquias a lei espec’fica j‡ as institui


diretamente, para as sociedades de economia mista e empresas pœblicas a lei
espec’fica tem o papel de autorizar sua institui•‹o, devendo ainda outras
provid•ncias serem tomadas para a cria•‹o da personalidade jur’dica,
notadamente o registro no —rg‹o competente.
J‡ com rela•‹o ˆs funda•›es, se forem de direito pœblico, sua cria•‹o e
institui•‹o obedece ˆ mesma regra das autarquias (lei espec’fica, somente); se
forem de direito privado, ˆs mesmas regras das sociedades de economia mista e
empresas pœblicas (lei espec’fica autorizadora + registro no —rg‹o competente).
Como na maioria das vezes as entidades a serem criadas compor‹o a
Administra•‹o Indireta do Poder Executivo, a lei espec’fica de sua institui•‹o ou
autoriza•‹o de sua institui•‹o ser‡ de iniciativa privativa do chefe do Poder
Executivo, em raz‹o do disposto na CF, art. 61, ¤1¼, inciso II, al’nea ÒeÓ:
¤ 1¼ S‹o de iniciativa privativa do Presidente da Repœblica as leis que:
(...)
II - disponham sobre:
(...)

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e) cria•‹o e extin•‹o de MinistŽrios e —rg‹os da administra•‹o pœblica,


observado o disposto no art. 84, VI;

Entretanto, se a entidade a ser criada ou extinta excepcionalmente se vincular


ao Poder Legislativo ou Judici‡rio, a iniciativa da lei espec’fica ser‡ do respectivo
chefe de Poder.
26)! Qual o conceito de autarquia?
Autarquia Ž pessoa jur’dica de direito pœblico, criada por lei, com
capacidade de autoadministra•‹o, para o desempenho de servi•o pœblico
descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos termos da lei (Di
Pietro).
J‡ o Decreto-Lei 200/1967, em seu o art. 5¼, conceitua autarquia nos seguintes
termos:
I - Autarquia - o servi•o aut™nomo, criado por lei, com personalidade
jur’dica, patrim™nio e receita pr—prios, para executar atividades t’picas da
Administra•‹o Pœblica, que requeiram, para seu melhor funcionamento,
gest‹o administrativa e financeira descentralizada.

27)! Como se d‡ a cria•‹o e a extin•‹o das autarquias?


A cria•‹o de autarquias depende apenas da edi•‹o de uma lei espec’fica,
consoante a CF, art. 37, inciso XIX:
XIX Ð somente por lei espec’fica poder‡ ser criada autarquia e autorizada a
institui•‹o de empresa pœblica, de sociedade de economia mista e de
funda•‹o, cabendo ˆ lei complementar, neste œltimo caso, definir as ‡reas
de sua atua•‹o;

A extin•‹o depende tambŽm apenas da edi•‹o de uma lei espec’fica, em raz‹o


do princ’pio da simetria das formas jur’dicas.
28)! Quando ocorre o in’cio da personalidade jur’dica das autarquias?
A partir da entrada em vigor da lei espec’fica que cria a autarquia, salvo se esta
lei criar outras exig•ncias ou condi•›es. Assim, a partir da entrada em vigor da
lei espec’fica de cria•‹o, as autarquias adquirem personalidade jur’dica pr—pria e
tornam-se capazes de contrair direitos e obriga•›es.
A lei de cria•‹o e extin•‹o das autarquias deve ser da iniciativa privativa do
chefe do Poder Executivo (CF, art. 61, ¤1¼, ÒeÓ).
Logicamente, se a entidade a ser criada ou extinta se vincular ao Poder
Legislativo ou Judici‡rio, a iniciativa da lei ser‡ do respectivo chefe de Poder.
29)! Qual a natureza jur’dica das atividades desempenhadas pelas
autarquias?
Como regra, atividades pr—prias e t’picas de Estado, sem car‡ter econ™mico.
30)! A que regime jur’dico se submetem as autarquias?
Ao regime jur’dico de direito pœblico, em raz‹o de possu’rem personalidade de
direito pœblico. As autarquias possuem as prerrogativas e sujei•›es
caracter’sticas do regime jur’dico-administrativo, inerentes ˆs pessoas jur’dicas

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de direito pœblico de natureza pol’tica (Uni‹o, Estados, DF e Munic’pios).


Em regra, os atos que praticam s‹o atos administrativos, contando, portanto,
com todos os seus atributos - presun•‹o de legitimidade ou veracidade,
imperatividade, exigibilidade ou coercibilidade e autoexecutoriedade.
*regime de contrata•‹o
Ainda, as autarquias devem realizar licita•‹o pœblica para realizarem suas
contrata•›es, ressalvados os casos especificados na legisla•‹o, consoante art.
37, inciso XXI da CF:
XXI - ressalvados os casos especificados na legisla•‹o, as obras, servi•os,
compras e aliena•›es ser‹o contratados mediante processo de licita•‹o
pœblica que assegure igualdade de condi•›es a todos os concorrentes, com
cl‡usulas que estabele•am obriga•›es de pagamento, mantidas as
condi•›es efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir‡
as exig•ncias de qualifica•‹o tŽcnica e econ™mica indispens‡veis ˆ garantia
do cumprimento das obriga•›es.

AlŽm disso, os contratos celebrados pelas autarquias tambŽm s‹o, em regra,


contratos administrativos (alguns poucos podem ser de natureza
eminentemente privada), sujeitos ao mesmo regime jur’dico aplic‡vel aos
contratos celebrados pelos —rg‹os da administra•‹o direta.
31)! Quais as principais prerrogativas aplic‡veis ˆs autarquias?
a)! Prazos processuais em dobro, conforme art. 183, caput, do C—digo de
Processo Civil:
Art. 183. A Uni‹o, os Estados, o Distrito Federal, os Munic’pios e suas
respectivas autarquias e funda•›es de direito pœblico gozar‹o de prazo em
dobro para todas as suas manifesta•›es processuais, cuja contagem ter‡
in’cio a partir da intima•‹o pessoal.

b)! Prescri•‹o quinquenal, pela qual as d’vidas e direitos em favor de


terceiros contra a autarquia prescrevem em cinco anos;
c)! Impenhorabilidade, inalienabilidade e imprescritibilidade de seus bens;
d)! Regime de precat—rios para pagamento de d’vidas decorrentes de
condena•›es judiciais, conforme art. 100, caput, da CF/88:
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pœblicas Federal,
Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de senten•a judici‡ria, far-se-
‹o exclusivamente na ordem cronol—gica de apresenta•‹o dos precat—rios e
ˆ conta dos crŽditos respectivos, proibida a designa•‹o de casos ou de
pessoas nas dota•›es or•ament‡rias e nos crŽditos adicionais abertos para
este fim

e)! Possibilidade de inscri•‹o de seus crŽditos em d’vida ativa e a sua


respectiva cobran•a por meio de execu•‹o fiscal (Lei 6.830/1980);
f)! Imunidade tribut‡ria sobre o patrim™nio, renda ou servi•os vinculados a
suas finalidades essenciais ou ˆs delas decorrentes, consoante CF, art. 150,
¤2¼:
Art. 150. Sem preju’zo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, Ž

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vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Munic’pios:


(...)
VI - instituir impostos sobre:
a) patrim™nio, renda ou servi•os, uns dos outros;
(...)
¤ 2¼ A veda•‹o do inciso VI, "a", Ž extensiva ˆs autarquias e ˆs funda•›es
institu’das e mantidas pelo Poder Pœblico, no que se refere ao patrim™nio, ˆ
renda e aos servi•os, vinculados a suas finalidades essenciais ou ˆs delas
decorrentes.

Pelo teor do dispositivo, esclarecemos que essa imunidade tribut‡ria n‹o alcan•a
os bens ou servi•os com destina•‹o diversa das finalidades da autarquia,
estando sujeitos, portanto, ˆ incid•ncia de impostos;
g)! N‹o sujei•‹o ˆ fal•ncia, sendo o ente federado que a criou
subsidiariamente respons‡vel pela insolv•ncia da autarquia.
32)! Como podem ser classificadas as autarquias?
Quanto ˆ capacidade administrativa:
a) geogr‡fica ou territorial, que conta com capacidade administrativa genŽrica
(ex: Territ—rios Federais);
b) de servi•o ou institucional, que conta com capacidade administrativa
espec’fica, ou seja, limitada a determinado servi•o que lhe Ž atribu’do por lei
(ex: todas as demais autarquias).
Quanto ˆ estrutura:
a) fundacionais: corresponde ˆ figura da funda•‹o de direito pœblico, ou seja,
pessoa jur’dica dotada de patrim™nio vinculado a um fim que ir‡ beneficiar
pessoas indeterminadas, que n‹o a integram como membros ou s—cios
(exemplo: Hospital das Cl’nicas, da Universidade de S‹o Paulo)
b) corporativas ou associativas: constitu’da por sujeitos unidos (ainda que
compulsoriamente) para a consecu•‹o de um fim de interesse pœblico, mas que
diz respeito aos pr—prios associados, como ocorre com as entidades de
fiscaliza•‹o do exerc’cio de profiss›es regulamentadas (CREA, CFC, CONFEA
etc.).
Quanto ao n’vel federativo: federais, estaduais, distritais e municipais,
conforme institu’das pela Uni‹o, pelos Estados, pelo DF e pelos Munic’pios,
respectivamente, n‹o sendo admiss’veis autarquias interestaduais ou
intermunicipais, ou seja, vinculadas simultaneamente a mais de uma entidade
pol’tica, em raz‹o de a gest‹o associada de servi•os pœblicos dever ser
promovida pela celebra•‹o de conv•nios ou por meio de cons—rcios pœblicos, nos
termos do art. 241 da CF:
Art. 241. A Uni‹o, os Estados, o Distrito Federal e os Munic’pios disciplinar‹o
por meio de lei os cons—rcios pœblicos e os conv•nios de coopera•‹o entre os
entes federados, autorizando a gest‹o associada de servi•os pœblicos, bem
como a transfer•ncia total ou parcial de encargos, servi•os, pessoal e bens

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essenciais ˆ continuidade dos servi•os transferidos.

33)! Qual o entendimento do STF com rela•‹o ˆ OAB? Ela integra a


administra•‹o indireta da Uni‹o?
O STF (ADI 3.026/DF) entende que a OAB Ž um servi•o independente n‹o
integrante da Administra•‹o Pœblica. Uma entidade ’mpar, sui generis, que
possui algumas caracter’sticas t’picas de uma autarquia (personalidade jur’dica
de direito pœblico, desempenho de atividade t’pica de Estado - fiscaliza•‹o do
exerc’cio da advocacia, exercendo poder de pol’cia e poder disciplinar) mas que
n‹o se confunde com um conselho fiscalizador de profiss‹o regulamentada.
34)! O que s‹o autarquias de regime especial?
S‹o autarquias dotadas de independ•ncia ainda maior que as demais
autarquias, em raz‹o de a lei ter-lhes conferido prerrogativas espec’ficas e n‹o
aplic‡veis ˆs autarquias em geral, como, por exemplo, o mandato fixo e a
estabilidade relativa de seus dirigentes.
35)! Qual a natureza jur’dica do patrim™nio das autarquias?
S‹o bens pœblicos, de acordo com o art. 98 do C—digo Civil:
Art. 98. S‹o pœblicos os bens do dom’nio nacional pertencentes ˆs pessoas
jur’dicas de direito pœblico interno; todos os outros s‹o particulares, seja
qual for a pessoa a que pertencerem.

Por serem pœblicos, os bens das autarquias gozam das prote•›es conferidas aos
bens pœblicos em geral: impenhorabilidade, imprescritibilidade, restri•›es ˆ
aliena•‹o etc.
36)! O pessoal das autarquias sujeita ao regime estatut‡rio ou ao contratual
trabalhista?
O pessoal das autarquias se submete ao regime jur’dico œnico aplic‡vel aos
servidores da administra•‹o direta, em raz‹o da suspens‹o cautelar da efic‡cia
do art. 39, caput, da CF, com reda•‹o dada pela EC 19/98, por parte do STF
(ADI 2135/DF), que resultou no retorno da vig•ncia da reda•‹o original do
dispositivo.
37)! Como ocorre a nomea•‹o dos dirigentes das autarquias?
Os dirigentes das autarquias s‹o nomeados pelo chefe do Poder Executivo, que
detŽm tal compet•ncia por for•a do art. 84, inciso XXV da CF, reproduzido a
seguir:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repœblica:
(...)
XXV - prover e extinguir os cargos pœblicos federais, na forma da lei;

No caso de nomea•‹o para ocupa•‹o do cargo de Presidente ou diretor do Banco


Central do Brasil (lembrar que o BaCen Ž uma autarquia), a CF exige prŽvia
aprova•‹o do Senado Federal, por voto secreto, ap—s argui•‹o pœblica (famosa
ÒsabatinaÓ) do nome escolhido pelo Presidente da Repœblica, conforme art. 52,
inciso III, al’nea ÒdÓ da CF:

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Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


(...)
III - aprovar previamente, por voto secreto, ap—s argŸi•‹o pœblica, a escolha
de:
(...)
d) Presidente e diretores do banco central;
(...)
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

AlŽm disso, Ž poss’vel que a exig•ncia de aprova•‹o prŽvia do futuro dirigente


por parte do Senado decorra somente de lei, com fundamento no art. 52, inciso
III, al’nea ÒfÓ da CF, reproduzido tambŽm acima. Isso ocorre, por exemplo, para
a nomea•‹o dos dirigentes das ag•ncias reguladoras.
==0==

No ‰mbito dos Estados, DF e Munic’pios, o STF j‡ pacificou o entendimento, com


fulcro no pr—prio art. 52, inciso III, al’nea ÒfÓ da CF, de que n‹o padece de
nenhum v’cio constitucional que normas locais subordinem a nomea•‹o de
dirigentes de autarquias ou funda•›es pœblicas ˆ prŽvia aprova•‹o da
Assembleia Legislativa (ADI 2.225/SC).
38)! Qual o foro competente para o processamento e julgamento das causas
que envolvem autarquias?
No caso das autarquias federais, as causas judiciais devem ser processadas e
julgadas pela Justi•a Federal. No caso das estaduais e municipais, na Justi•a
Estadual.
Nos casos de lit’gios funcionais entre a autarquia e seu pessoal regido pelo
regime jur’dico œnico (servidores pœblicos), a causa deve ser processada pela
Justi•a Federal (se for autarquia federal) ou pela Justi•a Estadual (se for
autarquia estadual ou municipal). Se o lit’gio for entre a autarquia e seu pessoal
regido pelo regime trabalhista (empregados pœblicos), ser‡ processado e julgado
pela Justi•a do Trabalho (seja autarquia federal, estadual ou municipal).
No caso em que a parte seja servidor pœblico estatut‡rio egresso do regime
trabalhista por conta da institui•‹o do regime jur’dico œnico, a Justi•a do
Trabalho ser‡ competente para processar e julgar reclama•‹o relativa a
vantagens trabalhistas anteriores ˆ institui•‹o daquele regime, em raz‹o do
previsto na sœmula 97 do STJ:
Compete ˆ Justi•a do Trabalho processar e julgar reclama•‹o de servidor
pœblico relativamente a vantagens trabalhistas anteriores ˆ institui•‹o do
regime jur’dico œnico.

Por fim, nos casos em que a Anatel n‹o seja litisconsorte passiva necess‡ria,
assistente, nem opoente, compete ˆ Justi•a estadual julgar causas entre
consumidor e concession‡ria de servi•o pœblico de telefonia (sœmula vinculante
27).
39)! Por que a doutrina costuma chamar os Territ—rios Federais de
Òautarquias territoriaisÓ?

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Porque os Territ—rios Federais possuem personalidade jur’dica de direito pœblico,


assim como as autarquias.
PorŽm, os Territ—rios diferem das autarquias porque estas possuem capacidade
administrativa espec’fica, isto Ž, recebem da lei compet•ncia para atuar
numa ‡rea determinada (princ’pio da especialidade); j‡ os Territ—rios
possuem capacidade administrativa genŽrica, ou seja, podem atuar em diversas
‡reas para atender ˆs v‡rias necessidades da coletividade.
40)! Qual o conceito de funda•‹o pœblica?
O art. 5¼, IV do Decreto-Lei 200/1967 conceitua funda•‹o pœblica da seguinte
forma:
Funda•‹o Pœblica - a entidade dotada de personalidade jur’dica de direito
privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autoriza•‹o legislativa,
para o desenvolvimento de atividades que n‹o exijam execu•‹o por —rg‹os
ou entidades de direito pœblico, com autonomia administrativa, patrim™nio
pr—prio gerido pelos respectivos —rg‹os de dire•‹o, e funcionamento
custeado por recursos da Uni‹o e de outras fontes.

Para Maria Sylvia Di Pietro, funda•‹o institu’da pelo poder pœblico Ž o


Òpatrim™nio, total ou parcialmente pœblico, dotado de personalidade jur’dica, de
direito pœblico ou privado, e destinado, por lei, ao desempenho de atividades do
Estado na ordem social, com capacidade de autoadministra•‹o e mediante
controle da Administra•‹o Pœblica, nos termos da lei4Ó.
41)! Considere a seguinte assertiva: Òas funda•›es pœblicas, ao contr‡rio das
privadas, n‹o possuem finalidade lucrativaÓ. Ela est‡ correta? Comente.
N‹o, ambas possuem certo objetivo social, sem finalidade lucrativa.
42)! Considere a seguinte assertiva: Òas funda•›es pœblicas s‹o criadas pelo
Estado, a partir de patrim™nio pœblico, enquanto as privadas s‹o criadas
por uma pessoa privada, a partir de patrim™nio privadoÓ. Ela est‡
correta? Comente.
Est‡ perfeita.
43)! ƒ poss’vel a institui•‹o, pelo poder pœblico, de funda•›es pœblicas de
direito pœblico? Explique.
Sim, consoante doutrina majorit‡ria e entendimento do STF (RE 101.126/RJ),
embora essa possibilidade n‹o esteja expressa no texto constitucional.
As funda•›es pœblicas de direito pœblico s‹o consideradas uma modalidade de
autarquia e por isso s‹o tambŽm denominadas de Òfunda•›es aut‡rquicasÓ ou
Òautarquias fundacionaisÓ.
44)! Qual diferen•a entre uma autarquia e uma funda•‹o aut‡rquica?
A autarquia Ž um servi•o pœblico personificado, enquanto que a funda•‹o
aut‡rquica Ž um patrim™nio personalizado, destinado a uma finalidade

4
Di Pietro, 2016, p. 542.

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espec’fica, de interesse social.


45)! Como se d‡ a institui•‹o e a extin•‹o das funda•›es pœblicas?
Funda•›es pœblicas de direito pœblico: institui•‹o mediante lei espec’fica,
iniciando sua personalidade com a entrada em vigor dessa lei; extin•‹o tambŽm
mediante lei.
Funda•›es pœblicas de direito privado: autorizada sua institui•‹o por meio de lei,
sendo necess‡rio ainda o registro do ato constitutivo para a aquisi•‹o de
personalidade jur’dica; extin•‹o mediante autoriza•‹o legal.
46)! Qual o regime jur’dico aplic‡vel ˆs funda•›es pœblicas?
Funda•›es pœblicas de direito pœblico: regime jur’dico-administrativo (o mesmo
aplic‡vel ˆs autarquias). Prerrogativas e caracter’sticas que merecem destaque:
¥! Prazo especial para contestar e recorrer;
¥! Duplo grau obrigat—rio de jurisdi•‹o;
¥! Regime de precat—rios para pagamento de d’vidas decorrentes de
condena•‹o judicial (CF, art. 100);
¥! Imunidade tribut‡ria rec’proca (CF, art. 150, inciso VI, al’nea ÒaÓ e ¤ 2¼);
¥! Praticam atos administrativos;
¥! Celebram contratos administrativos, precedidos de licita•‹o.
Funda•›es pœblicas de direito privado: regime jur’dico h’brido, se sujeitando em
parte a normas de direito privado e, em outras, a normas de direito pœblico.
Prerrogativas e caracter’sticas que merecem destaque:
¥! N‹o possuem prazo especial para contestar e recorrer;
¥! Suas lides n‹o est‹o sujeitas ao duplo grau obrigat—rio de jurisdi•‹o;
¥! N‹o est‹o submetidos ao regime de precat—rios para pagamento de
d’vidas decorrentes de condena•‹o judicial previsto na CF, art. 100;
¥! Contam, tambŽm, com a imunidade tribut‡ria rec’proca (CF, art. 150,
inciso VI, al’nea ÒaÓ e ¤ 2¼).
¥! Praticam, em regra, atos de direito privado;
¥! Celebram, tambŽm, contratos administrativos, precedidos de licita•‹o.
47)! Qual a natureza dos bens do patrim™nio das funda•›es pœblicas?
Funda•›es pœblicas de direito pœblico: bens pœblicos (contam, portanto, com as
prerrogativas a eles inerentes).
Funda•›es pœblicas de direito privado: bens privados. Entretanto, os bens
dessas entidades, quando empregados diretamente na presta•‹o de servi•os
pœblicos, podem se sujeitar a regras de direito pœblico (ou seja, possuir
prerrogativas dos bens pœblicos, de forma equiparada).
48)! Qual o regime de pessoal a que est‹o submetidas as funda•›es

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pœblicas?
Funda•›es pœblicas de direito pœblico: regime jur’dico œnico, em raz‹o da
suspens‹o cautelar da nova reda•‹o do caput do art. 39 da CF.
Funda•›es pœblicas de direito privado: diverg•ncia doutrin‡ria Ð parte entende
que deve ser aplicado o regime trabalhista comum (CLT), parte entende que
deve ser aplicado o regime jur’dico œnico. ƒ consenso, por outro lado, que as
disposi•›es constitucionais sobre pessoal da Administra•‹o Pœblica se aplicam a
essas entidades.
49)! Como se d‡ o controle do MinistŽrio Pœblico sobre as funda•›es
pœblicas?
Embora o c—digo civil imponha ao MinistŽrio Pœblico que vele5 pelas funda•›es
(privadas), h‡ diverg•ncia doutrin‡ria quanto a necessidade do velamento das
funda•›es pœblicas pelo parquet, uma vez que o controle final’stico j‡ seria
realizado via supervis‹o ministerial.
Por sua vez, o STF j‡ proferiu entendimento no sentido de que o MinistŽrio
Pœblico Federal deve realizar o velamento das funda•›es federais de direito
pœblico (ADI 2.794). Nessa l—gica, cabe ao MinistŽrio Pœblico o controle de todas
as funda•›es, sejam privadas ou pœblicas (tanto de direito pœblico, quanto de
direito privada), sendo competente para velar pelas funda•›es estaduais e
municipais o MP do estado-membro em que se encontrem, pelas funda•›es
distritais ou MPDFT e, pelas funda•›es federais (independentemente da
localiza•‹o), o MPF.
50)! Qual o foro judicial competente para dirimir lit’gios em que seja parte
uma funda•‹o pœblica?
Funda•›es pœblicas de direito pœblico: se for federal Ð Justi•a Federal; se for
estadual ou municipal Ð Justi•a Estadual (RE 215.741/SE).
Funda•›es pœblicas de direito privado: a doutrina entende que sempre deve ser
a Justi•a Estadual. J‡ a jurisprud•ncia entende que as federais t•m foro na
Justi•a Federal (STJ, CC 37.681/SC e CC 16.397/RJ).
51)! Qual o conceito de empresa pœblica?
Pessoa jur’dica de direito privado, integrante da Administra•‹o Indireta, criada
por autoriza•‹o legal, sob qualquer forma jur’dica adequada a sua natureza,
com a finalidade de executar atividades de car‡ter econ™mico ou, em algumas
situa•›es, servi•os pœblicos6.
52)! Qual o conceito de sociedade de economia mista?
Pessoa jur’dica de direito privado, integrante da Administra•‹o Indireta, criada
por autoriza•‹o legal, sob a forma de sociedade an™nima, com controle

5
Velar = realizar controle final’stico
6
Carvalho Filho, 2016, p. 525.

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acion‡rio pertencente ao Poder Pœblico, com a finalidade de executar atividades


de car‡ter econ™mico ou, em algumas situa•›es, servi•os pœblicos7.
53)! Como se d‡ a institui•‹o e a extin•‹o de empresas estatais?
A institui•‹o das estatais se d‡ por meio de autoriza•‹o legal e posterior registro
de comŽrcio. Do mesmo modo, a extin•‹o das estatais depende de lei
autorizadora.
54)! O que s‹o subsidi‡rias das empresas estatais?
Subsidi‡rias s‹o empresas controladas pelas estatais. Possuem personalidade
jur’dica pr—pria e sua cria•‹o depende tambŽm de autoriza•‹o legislativa,
conforme art. 37, inciso XX da CF:
XX - depende de autoriza•‹o legislativa, em cada caso, a cria•‹o de
subsidi‡rias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a
participa•‹o de qualquer delas em empresa privada;

Na verdade, em raz‹o da reda•‹o do dispositivo acima, tambŽm Ž poss’vel que


haja subsidi‡rias de autarquias e funda•›es (e n‹o somente de empresas
estatais).
55)! As subsidi‡rias fazem parte da Administra•‹o Pœblica?
N‹o (entendimento doutrin‡rio).
56)! A cria•‹o de subsidi‡rias de entidades da administra•‹o indireta
depende de autoriza•‹o em lei? E a participa•‹o de tais entidades em
empresas privadas? A autoriza•‹o precisa se dar em cada caso? Qual o
entendimento do STF sobre o assunto?
Tanto a cria•‹o de subsidi‡rias, quanto a participa•‹o em empresas privadas
necessitam de autoriza•‹o legislativa, conforme o inciso XX do art. 37 da CF:
XX - depende de autoriza•‹o legislativa, em cada caso, a cria•‹o de
subsidi‡rias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a
participa•‹o de qualquer delas em empresa privada;

Apesar do dispositivo falar em autoriza•‹o legislativa Òem cada casoÓ, o STF j‡


proferiu entendimento de que ÒŽ dispens‡vel a autoriza•‹o legislativa para a
cria•‹o de empresas subsidi‡rias, desde que haja previs‹o para esse fim na
pr—pria lei que instituiu a empresa de economia mista matriz, tendo em vista
que a lei criadora Ž a pr—pria medida autorizadoraÓ (ADI 1.649/DF. No mesmo
sentido, ADI 1.491 MC).
Ou seja, de acordo com o Supremo, a pr—pria lei instituidora da entidade
prim‡ria pode autorizar a cria•‹o de subsidi‡rias (no plural mesmo) com a
previs‹o do seu objeto de atua•‹o, n‹o sendo necess‡ria uma autoriza•‹o legal
espec’fica para cada subsidi‡ria a ser criada.
57)! Quais s‹o as atividades desenvolvidas pelas empresas estatais?
Predominantemente, explora•‹o de atividades econ™micas. Nada obstante,

7
Idem, ibidem.

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podem tambŽm prestar servi•os pœblicos.


A explora•‹o de atividade econ™mica por parte do Estado est‡ autorizada
constitucionalmente nos seguintes termos:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constitui•‹o, a explora•‹o
direta de atividade econ™mica pelo Estado s— ser‡ permitida quando
necess‡ria aos imperativos da seguran•a nacional ou a relevante interesse
coletivo, conforme definidos em lei.

Com base no dispositivo, verificamos que o Estado s— pode explorar diretamente


atividade econ™mica em algumas situa•›es espec’ficas e excepcionais: quando
estiver prevista na pr—pria CF, quando for necess‡ria aos imperativos da
seguran•a nacional ou a relevante interesse coletivo.
Como caso de previs‹o constitucional de explora•‹o de atividade econ™mica por
parte do Estado, h‡ o ¤ 1¼ do art. 177 que autoriza a Uni‹o a contratar com
empresas estatais (alŽm das empresas privadas) a realiza•‹o de algumas
atividades sujeitas ao regime constitucional de monop—lio, nos termos a seguir:
Art. 177. Constituem monop—lio da Uni‹o:
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petr—leo e g‡s natural e outros
hidrocarbonetos fluidos;
II - a refina•‹o do petr—leo nacional ou estrangeiro;
III - a importa•‹o e exporta•‹o dos produtos e derivados b‡sicos
resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores;
IV - o transporte mar’timo do petr—leo bruto de origem nacional ou de
derivados b‡sicos de petr—leo produzidos no Pa’s, bem assim o transporte,
por meio de conduto, de petr—leo bruto, seus derivados e g‡s natural de
qualquer origem;
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a
industrializa•‹o e o comŽrcio de minŽrios e minerais nucleares e seus
derivados, com exce•‹o dos radiois—topos cuja produ•‹o, comercializa•‹o e
utiliza•‹o poder‹o ser autorizadas sob regime de permiss‹o, conforme as
al’neas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constitui•‹o Federal.
¤ 1¼ A Uni‹o poder‡ contratar com empresas estatais ou privadas a
realiza•‹o das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo
observadas as condi•›es estabelecidas em lei.

Por outro lado, a possibilidade de o Estado prestar servi•o pœblico segundo


princ’pios norteadores da atividade empresarial, visando ao lucro, est‡ prevista
constitucionalmente nos seguintes termos:
Art. 175. Incumbe ao Poder Pœblico, na forma da lei, diretamente ou sob
regime de concess‹o ou permiss‹o, sempre atravŽs de licita•‹o, a presta•‹o
de servi•os pœblicos.

Nessa œltima hip—tese, o Estado pode tambŽm delegar a presta•‹o, por meio de
concess‹o ou permiss‹o, sempre por meio de licita•‹o.
Destacamos que somente podem ser prestados por estatais os servi•os pœblicos
pass’veis de delega•‹o para a iniciativa privada, ou seja, devem ser exclu’dos
aqueles servi•os pœblicos pr—prios de Estado, que envolvam poder de impŽrio ou

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poder de pol’cia, como seguran•a pœblica, justi•a e defesa da soberania


nacional.
58)! Qual o regime jur’dico que est‹o submetidas as empresas estatais? H‡
previs‹o de estatuto para disciplinar o assunto?
As estatais possuem personalidade jur’dica de direito privado e regime jur’dico
h’brido.
Caso sejam exploradoras de atividade econ™mica, se submetem precipuamente
ao regime jur’dico de direito privado e pr—prio das empresas privadas. Isso se
d‡ porque o Estado, ao agir na condi•‹o de empres‡rio, n‹o pode obter
vantagens em detrimento das empresas da iniciativa privada, para que n‹o haja
um desequil’brio no mercado em que atuam. Isso pode ser confirmado pela
regra contida no art. 173, ¤ 1¼, inciso II da CF:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constitui•‹o, a explora•‹o
direta de atividade econ™mica pelo Estado s— ser‡ permitida quando
necess‡ria aos imperativos da seguran•a nacional ou a relevante interesse
coletivo, conforme definidos em lei.
¤ 1¼ A lei estabelecer‡ o estatuto jur’dico da empresa pœblica, da sociedade
de economia mista e de suas subsidi‡rias que explorem atividade econ™mica
de produ•‹o ou comercializa•‹o de bens ou de presta•‹o de servi•os,
dispondo sobre:
I - sua fun•‹o social e formas de fiscaliza•‹o pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujei•‹o ao regime jur’dico pr—prio das empresas privadas, inclusive
quanto aos direitos e obriga•›es civis, comerciais, trabalhistas e tribut‡rios;
III - licita•‹o e contrata•‹o de obras, servi•os, compras e aliena•›es,
observados os princ’pios da administra•‹o pœblica;
IV - a constitui•‹o e o funcionamento dos conselhos de administra•‹o e
fiscal, com a participa•‹o de acionistas minorit‡rios;
V - os mandatos, a avalia•‹o de desempenho e a responsabilidade dos
administradores.

Apesar de tais previs›es, essas estatais tambŽm se sujeitam, em menor escala,


a algumas normas de direito pœblico, como as seguintes regras constitucionais:
necessidade de autoriza•‹o legal para sua institui•‹o (art. 37, inciso XIX);
sujei•‹o ao controle do Tribunal de Contas (art. 71) e do Poder Legislativo (art.
49, inciso X); exig•ncia de concurso pœblico para admiss‹o de seus empregados
(art. 37, inciso II) etc.
Por outro lado, caso sejam prestadoras de servi•o pœblico, as estatais s‹o
regidas predominantemente pelo direito pœblico (regime jur’dico administrativo),
em raz‹o da titularidade do servi•o ser do Estado (ou seja, aqui n‹o h‡ livre
iniciativa). Em menor grau, essas estatais se sujeitam ao direito privado, atŽ
porque os servi•os pœblicos desempenhados pelas estatais s‹o considerados
uma espŽcie de atividade de natureza econ™mica.
ƒ importante notar que a CF prev•, em seu art. 173, ¤ 1¼, a edi•‹o de um
estatuto jur’dico das estatais (e suas subsidi‡rias) que explorem atividade
econ™mica. Esse estatuto foi recentemente institu’do pela Lei 13.303/2016, que

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Òdisp›e sobre o estatuto jur’dico da empresa pœblica, da sociedade de economia


mista e de suas subsidi‡rias, abrangendo toda e qualquer empresa pœblica e
sociedade de economia mista da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios que explore atividade econ™mica de produ•‹o ou comercializa•‹o de
bens ou de presta•‹o de servi•os, ainda que a atividade econ™mica esteja
sujeita ao regime de monop—lio da Uni‹o ou seja de presta•‹o de servi•os
pœblicosÓ (art. 1¼).
Logo, Ž importante destacar que o estatuto previsto na Lei 13.303/2016
abrange tanto as estatais que explorem atividade econ™mica, quanto as que
prestem servi•o pœblico.
59)! Qual a natureza do patrim™nio das empresas estatais?
Os bens das estatais s‹o considerados bens privados (n‹o gozam das
prerrogativas inerentes aos bens pœblicos Ð impenhorabilidade,
imprescritibilidade, alienabilidade condicionada etc.).
Para a doutrina, especificamente no que diz respeito ˆs estatais prestadoras de
servi•os pœblicos, a parcela de seus bens que estejam afetados diretamente ˆ
presta•‹o dos servi•os, embora permane•am sendo considerados bens privados,
contam com algumas prote•›es pr—prias dos bens pœblicos8.
60)! Qual a o regime de pessoal que est‹o submetidas as empresas estatais?
Regime trabalhista comum (celetista, regido pela CLT), de emprego pœblico,
com v’nculo de natureza contratual, sem previs‹o de estabilidade, embora seja
necess‡ria a devida motiva•‹o para eventuais atos de demiss‹o.
O ingresso nos quadros das estatais deve, todavia, deve se dar por meio de
concurso pœblico, em raz‹o de disposi•‹o expressa na CF, art. 37, inciso II:
II - a investidura em cargo ou emprego pœblico depende de aprova•‹o
prŽvia em concurso pœblico de provas ou de provas e t’tulos, de acordo com
a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomea•›es para cargo em comiss‹o declarado em lei de livre
nomea•‹o e exonera•‹o;

Com rela•‹o aos dirigentes das estatais, quando n‹o oriundos do quadro de
pessoal da pr—pria entidade, n‹o s‹o classificados como empregados pœblicos
celetistas (a eles n‹o se aplicam as regras da CLT) e tampouco ocupam cargos
em comiss‹o no sentido previsto no dispositivo supra Ð a rela•‹o dos dirigentes
com a estatal Ž regida pelo Direito Comercial.
ƒ importante mencionar que n‹o cabe ao Poder Legislativo aprovar previamente
o nome dos dirigentes das estatais como condi•‹o para que o chefe do
Executivo possa nome‡-los9 - embora isso seja leg’timo para a nomea•‹o de
dirigentes de autarquias e funda•›es.

8
Inclusive nesse sentido o STF j‡ decidiu que a Empresa Brasileira de Correios e TelŽgrafos, por ser
empresa pœblica que presta servi•o pœblico, possuem impenhor‡veis os bens diretamente afetos ao
servi•o pœblico prestado (RE 220.906).
9
ADI 1.642/MG.

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Por œltimo, destacamos que Ž cab’vel mandado de seguran•a contra ato dos
dirigentes de estatais quando praticados na qualidade de autoridade pœblica
(como nas licita•›es e concursos pœblicos), mas Ž incab’vel nos atos de mera
gest‹o econ™mica.
Sobre o tema, Ž importante conhecer a sœmula 333 do STJ:
Cabe mandado de seguran•a contra ato praticado em licita•‹o promovida
por sociedade de economia mista ou empresa pœblica.

Aprofundando um pouco a matŽria, lembramos que o mandado de


seguran•a Ž um remŽdio constitucional destinado ˆ prote•‹o de direito l’quido e
certo, n‹o amparado por habeas corpus ou habeas datas, por meio da
impugna•‹o de ato ilegal ou abusivo praticado por autoridade pœblica ou agente
de pessoa jur’dica no exerc’cio de atribui•›es do Poder Pœblico, consoante CF,
art. 5¼, inciso LXIX:
LXIX - conceder-se-‡ mandado de seguran•a para proteger direito l’quido e
certo, n‹o amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o
respons‡vel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pœblica ou
agente de pessoa jur’dica no exerc’cio de atribui•›es do Poder Pœblico;

61)! Explique a quest‹o da fal•ncia e da execu•‹o das empresas estatais.


O art. 2¼, inciso I da lei 11.101/2005 (que trata da fal•ncia e da recupera•‹o
judicial) expressamente exclui as estatais (independentemente de seu campo de
atribui•‹o) do processo falimentar regido por tal diploma.
62)! Qual a forma jur’dica das empresas estatais?
Empresas pœblicas: qualquer configura•‹o admitida no direito.
Sociedades de Economia Mista: necessariamente sociedade an™nima.
63)! Como Ž a composi•‹o do capital das empresas estatais?
Empresas pœblicas: capital totalmente pœblico, mesmo que de entes federativos
ou pessoas administrativas diferentes.
Sociedades de Economia Mista: capital pœblico e privado, de forma conjugada. A
maioria do capital votante (a•›es com direito a voto) deve ser necessariamente
pœblico, o que confere ˆ pessoa pol’tica ou administrativa o poder de controlar a
sociedade de economia mista.
64)! Qual o foro judicial competente para dirimir lit’gios em que seja parte
uma empresa estatal?
Empresa pœblica federal: Justi•a Federal (CF, art. 109, inciso I);
Sociedade de economia mista federal: Justi•a Estadual10. Se a Uni‹o intervier na
causa como assistente ou opoente, o foro passa a ser a Justi•a Federal11.

10
Sœmula STF 556: Ôƒ competente a Justi•a Comum para julgar as causas em que Ž parte sociedade de
economia mistaÓ.
11
Sœmula STF 517: ÒAs sociedades de economia mista s— t•m foro na Justi•a Federal, quando a Uni‹o
intervŽm como assistente ou opoenteÓ.

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Estatal estadual ou municipal: Justi•a Estadual;


A•›es judiciais sobre rela•›es trabalhistas envolvendo empregados de estatais
(de qualquer esfera governamental): Justi•a do Trabalho.
65)! O que s‹o ag•ncias executivas?
ÒAg•ncia ExecutivaÓ Ž uma qualifica•‹o conferida pelo Poder Pœblico a
autarquias ou funda•›es pœblicas que firmem o contrato de gest‹o previsto no
art. 37, ¤ 8¼ da CF e possuam um plano estratŽgico de reestrutura•‹o e de
desenvolvimento institucional em andamento consoante inciso I do art. 51 da
Lei 9.649/1998. Assim, uma ag•ncia executiva n‹o Ž uma nova entidade
administrativa.
Nos termos da CF, com a celebra•‹o do contrato de gest‹o, essas entidades
assumem o compromisso de cumprir determinadas metas de desempenho e, por
outro lado, possuem sua autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira
ampliada. Vejamos o teor do dispositivo constitucional:
¤ 8¼ A autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira dos —rg‹os e
entidades da administra•‹o direta e indireta poder‡ ser ampliada mediante
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder pœblico, que
tenha por objeto a fixa•‹o de metas de desempenho para o —rg‹o ou
entidade, cabendo ˆ lei dispor sobre:
I - o prazo de dura•‹o do contrato;
II - os controles e critŽrios de avalia•‹o de desempenho, direitos,
obriga•›es e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remunera•‹o do pessoal.

Vejamos agora como a Lei 9.649/1998 regula o assunto:


Art. 51. O Poder Executivo poder‡ qualificar como Ag•ncia Executiva a
autarquia ou funda•‹o que tenha cumprido os seguintes requisitos:
I - ter um plano estratŽgico de reestrutura•‹o e de desenvolvimento
institucional em andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gest‹o com o respectivo MinistŽrio supervisor.
¤ 1¼ A qualifica•‹o como Ag•ncia Executiva ser‡ feita em ato do Presidente
da Repœblica.
¤ 2¼ O Poder Executivo editar‡ medidas de organiza•‹o administrativa
espec’ficas para as Ag•ncias Executivas, visando assegurar a sua autonomia
de gest‹o, bem como a disponibilidade de recursos or•ament‡rios e
financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos
Contratos de Gest‹o.
Art. 52. Os planos estratŽgicos de reestrutura•‹o e de desenvolvimento
institucional definir‹o diretrizes, pol’ticas e medidas voltadas para a
racionaliza•‹o de estruturas e do quadro de servidores, a revis‹o dos
processos de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos e o
fortalecimento da identidade institucional da Ag•ncia Executiva.
¤ 1¼ Os Contratos de Gest‹o das Ag•ncias Executivas ser‹o celebrados com
periodicidade m’nima de um ano e estabelecer‹o os objetivos, metas e
respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos
necess‡rios e os critŽrios e instrumentos para a avalia•‹o do seu

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cumprimento.
¤ 2¼ O Poder Executivo definir‡ os critŽrios e procedimentos para a
elabora•‹o e o acompanhamento dos Contratos de Gest‹o e dos programas
estratŽgicos de reestrutura•‹o e de desenvolvimento institucional das
Ag•ncias Executivas.

Destacamos que a qualifica•‹o como Òag•ncia executivaÓ Ž uma faculdade (e


n‹o uma obriga•‹o) do Poder Pœblico e Ž realizada mediante ato do Presidente
da Repœblica; o contrato de gest‹o Ž firmado com o MinistŽrio Supervisor da
autarquia ou funda•‹o pœblica e possuir‡ periodicidade m’nima de um ano.
Por fim, vale apontar que as ag•ncias executivas podem realizar contrata•›es
por licita•‹o dispens‡vel quando o valor estimado do contrato seja de atŽ 20%
do valor m‡ximo admitido para a utiliza•‹o da modalidade convite, ou seja, o
dobro do aplic‡vel normalmente (10%), consoante art. 24, ¤ 1¼ da Lei
8.666/93:
Art. 23. As modalidades de licita•‹o a que se referem os incisos I a III do
artigo anterior ser‹o determinadas em fun•‹o dos seguintes limites, tendo
em vista o valor estimado da contrata•‹o:
I - para obras e servi•os de engenharia:
a) convite - atŽ R$ 150.000,00 (cento e cinqŸenta mil reais) atŽ R$
330.000,00 (trezentos e trinta mil reais) Ð conforme Decreto 9.412/2018;
(...)
a) convite - atŽ R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) atŽ R$ 176.000,00 (cento e
setenta e seis mil reais) Ð conforme Decreto 9.412/2018;

Art. 24. ƒ dispens‡vel a licita•‹o:


(...)
I - para obras e servi•os de engenharia de valor atŽ 10% (dez por cento) do
limite previsto na al’nea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que n‹o se
refiram a parcelas de uma mesma obra ou servi•o ou ainda para obras e
servi•os da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas
conjunta e concomitantemente;
II - para outros servi•os e compras de valor atŽ 10% (dez por cento) do
limite previsto na al’nea "a", do inciso II do artigo anterior e para
aliena•›es, nos casos previstos nesta Lei, desde que n‹o se refiram a
parcelas de um mesmo servi•o, compra ou aliena•‹o de maior vulto que
possa ser realizada de uma s— vez;
(...)
¤ 1¼ Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo ser‹o
20% (vinte por cento) para compras, obras e servi•os contratados por
cons—rcios pœblicos, sociedade de economia mista, empresa pœblica e por
autarquia ou funda•‹o qualificadas, na forma da lei, como Ag•ncias
Executivas.

66)! ƒ poss’vel a celebra•‹o do contrato de gest‹o previsto na CF e —rg‹os da


Administra•‹o Direta?
Sim, conforme reda•‹o do art. 37, ¤ 8¼ da CF (dispositivo j‡ transcrito na

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resposta ˆ pergunta 65).


67)! O que s‹o ag•ncias reguladoras?
S‹o autarquias altamente especializadas que exercem fun•›es de regula•‹o,
controle e fiscaliza•‹o de atividades econ™micas ou da presta•‹o de
servi•os pœblicos delegados a pessoas privadas.
Embora n‹o seja obrigat—rio, geralmente adotam o formato de autarquia em
regime especial, o que lhes confere maior autonomia se comparadas ˆs demais
autarquias.
Por serem autarquias, pertencem ˆ Adm. Indireta.
68)! Qual a natureza das atividades realizadas pelas ag•ncias reguladoras?
Exercem fun•‹o t’pica de Estado, de natureza administrativa, notadamente a
regula•‹o (interven•‹o indireta) e o exerc’cio do poder de pol’cia.
69)! As decis›es das ag•ncias reguladoras podem ser reapreciadas pelo
ministŽrio supervisor?
Excepcionalmente, sim, para a aprecia•‹o da legalidade da decis‹o, ou quando a
ag•ncia se distanciar da pol’tica de Governo ou, ainda, quando se referir a
atividade-meio da entidade Ð Ž o chamado Òrecurso hier‡rquico impr—prioÓ.
70)! Quais as caracter’sticas do poder normativo das ag•ncias reguladoras?
Os regulamentos de natureza estritamente tŽcnica expedidos pelas ag•ncias
reguladoras s‹o conhecidos como regulamentos delegados ou autorizados,
porque podem complementar a lei, n‹o se limitando apenas a dar fiel execu•‹o
a ela. Mesmo assim, esses regulamentos dependem de prŽvia autoriza•‹o legal
para sua edi•‹o, bem como n‹o podem criar obriga•›es novas, sem que haja
previs‹o em lei.
Essa possibilidade de se transferir do Poder Legislativo, mediante autoriza•‹o
legislativa, a fun•‹o normativa de determinadas matŽrias espec’ficas para as
ag•ncias reguladoras (ou outra sede normativa), consiste no instituto da
deslegaliza•‹o.
71)! Qual o regime adotado para a dire•‹o das Ag•ncias Reguladoras: por
—rg‹os singulares ou colegiados?
Em regime colegiado, conforme art. 4¼ da Lei 9.986/2000:
Art. 4¼ As Ag•ncias ser‹o dirigidas em regime de colegiado, por um
Conselho Diretor ou Diretoria composta por Conselheiros ou Diretores,
sendo um deles o seu Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente.

72)! Qual a rela•‹o entre a autonomia conferida ˆs ag•ncias reguladoras e a


teoria da captura? Que instrumentos procuram assegurar essa
autonomia?
Um dos objetivos da autonomia conferida ˆs ag•ncias reguladoras Ž diminuir o
risco de captura da ag•ncia pelo governo instituidor ou pelos entes regulados, o
que poderia comprometer a independ•ncia da ag•ncia.

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Alguns instrumentos para evitar o risco de captura:


a) estabelecimento de quarentena dos ex-dirigentes das ag•ncias reguladora;
b) proibi•‹o da ocupa•‹o de cargo nos —rg‹os diretivos da ag•ncia reguladora
por parte de dirigente de empresa do setor regulado;
c) mandato fixo dos dirigentes da ag•ncia, s— havendo sua perda no caso de
renœncia, condena•‹o judicial transitada em julgado, processo administrativo
disciplinar ou em outros casos previstos na lei de cria•‹o da ag•ncia.
Vejamos como esses instrumentos est‹o previstos na Lei 9.986/2000:
Art. 6¼ O mandato dos Conselheiros e dos Diretores ter‡ o prazo fixado na
lei de cria•‹o de cada Ag•ncia.
Par‡grafo œnico. Em caso de vac‰ncia no curso do mandato, este ser‡
completado por sucessor investido na forma prevista no art. 5¼.
Art. 7¼ A lei de cria•‹o de cada Ag•ncia dispor‡ sobre a forma da n‹o-
coincid•ncia de mandato.
Art. 8¼ O ex-dirigente fica impedido para o exerc’cio de atividades ou de
prestar qualquer servi•o no setor regulado pela respectiva ag•ncia, por um
per’odo de quatro meses, contados da exonera•‹o ou do tŽrmino do seu
mandato.
¤ 1¼ Inclui-se no per’odo a que se refere o caput eventuais per’odos de
fŽrias n‹o gozadas.
¤ 2¼ Durante o impedimento, o ex-dirigente ficar‡ vinculado ˆ ag•ncia,
fazendo jus a remunera•‹o compensat—ria equivalente ˆ do cargo de dire•‹o
que exerceu e aos benef’cios a ele inerentes.
¤ 3¼ Aplica-se o disposto neste artigo ao ex-dirigente exonerado a pedido,
se este j‡ tiver cumprido pelo menos seis meses do seu mandato.
¤ 4¼ Incorre na pr‡tica de crime de advocacia administrativa, sujeitando-se
ˆs penas da lei, o ex-dirigente que violar o impedimento previsto neste
artigo, sem preju’zo das demais san•›es cab’veis, administrativas e civis.
¤ 5¼ Na hip—tese de o ex-dirigente ser servidor pœblico, poder‡ ele optar
pela aplica•‹o do disposto no ¤ 2¼, ou pelo retorno ao desempenho das
fun•›es de seu cargo efetivo ou emprego pœblico, desde que n‹o haja
conflito de interesse.
Art. 9¼ Os Conselheiros e os Diretores somente perder‹o o mandato em caso
de renœncia, de condena•‹o judicial transitada em julgado ou de processo
administrativo disciplinar.
Par‡grafo œnico. A lei de cria•‹o da Ag•ncia poder‡ prever outras condi•›es
para a perda do mandato.

73)! Qual o procedimento de nomea•‹o dos dirigentes das ag•ncias


reguladoras?
O Presidente da Repœblica realiza a nomea•‹o do dirigente ap—s este ter sido
sabatinado pelo Senado Federal, conforme art. 5¼, caput, da Lei 9.986/2000:
Art. 5¼ O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente (CD I) e os
demais membros do Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) ser‹o
brasileiros, de reputa•‹o ilibada, forma•‹o universit‡ria e elevado conceito

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no campo de especialidade dos cargos para os quais ser‹o nomeados,


devendo ser escolhidos pelo Presidente da Repœblica e por ele nomeados,
ap—s aprova•‹o pelo Senado Federal, nos termos da al’nea f do inciso III do
art. 52 da Constitui•‹o

ƒ de se notar tambŽm que foram estabelecidos alguns requisitos para a


ocupa•‹o do cargo de dirigente: nacionalidade brasileira, reputa•‹o ilibada,
forma•‹o universit‡ria e elevado conceito no campo de especialidade do cargo
para o qual ser‡ nomeado.
AlŽm disso, Ž importante destacar que a exig•ncia de aprova•‹o pelo Senado
Federal guarda conson‰ncia com a previs‹o constitucional que confere
compet•ncia privativa a essa Casa Legislativa para aprovar o nome indicado
pelo Presidente da Repœblica, mediante voto secreto e ap—s ter sido realizada
uma argui•‹o pœblica. Isso tudo conforme a CF, art. 52, inciso III, al’nea ÒfÓ:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
(...)
III - aprovar previamente, por voto secreto, ap—s argŸi•‹o pœblica, a escolha
de:
(...)
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

Aprofundando um pouco o tema, por fim, destacamos, que o dispositivo


constitucional supra abre margem para que outras leis estabele•am a
necessidade de prŽvia aprova•‹o do Senado Federal para a escolha de titulares
para a ocupa•‹o de outros cargos.
74)! ƒ poss’vel a celebra•‹o de contrato de gest‹o entre uma ag•ncia
reguladora e o Poder Pœblico?
Sim. Nessa situa•‹o, a autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira ser‡
ampliada, sendo estabelecidas as metas de desempenho e aplic‡veis as
disposi•›es previstas no art. 37, ¤ 8¼ da CF (dispositivo j‡ transcrito na resposta
ˆ pergunta 65). Inclusive, a ag•ncia reguladora pode ser qualificada como
ag•ncia executiva, caso preencha os requisitos legais.
75)! As ag•ncias reguladoras se submetem aos controles judicial ou
legislativo?
Sim, como em regra se sujeitam as demais entidades da Administra•‹o Pœblica.
76)! ƒ poss’vel a desqualifica•‹o de uma ag•ncia reguladora?
N‹o, ao contr‡rio das ag•ncias executivas, que podem perder a qualifica•‹o.
ÒAg•ncia reguladoraÓ n‹o Ž uma qualifica•‹o formal, portanto n‹o Ž existe a
figura de desqualifica•‹o de ag•ncia reguladora.
...
Grande abra•o e bons estudos!

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ÒS— olhe para tr‡s para ver qu‹o longe voc• chegou.Ó

Tœlio Lages

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ANEXO I – LISTA DE QUESTÕES

1.(Cespe/2013/DEPEN/Especialista em Assist•ncia Penitenci‡ria) Tendo em


vista que o Estado desempenha tr•s fun•›es b‡sicas: administrar, legislar e julgar,
julgue o item seguinte, relativo ˆ fun•‹o administrativa do Estado e aos atos
administrativos.
A fun•‹o administrativa, ou executiva, Ž exercida privativamente pelo Poder
Executivo.
2.(CESPE/2013/TJDFT/AJAJ) No que se refere ao conceito de administra•‹o
pœblica e ˆ classifica•‹o dos —rg‹os pœblicos, julgue o item seguinte.
Administra•‹o pœblica em sentido org‰nico designa os entes que exercem as fun•›es
administrativas, compreendendo as pessoas jur’dicas, os —rg‹os e os agentes
incumbidos dessas fun•›es.
3.(Cespe/2008/TCU/Auditor Federal de Controle Externo) Com a Constitui•‹o
de 1988, o TCU teve a sua jurisdi•‹o e compet•ncia substancialmente ampliadas.
Recebeu poderes para, no aux’lio ao Congresso Nacional, exercer a fiscaliza•‹o
cont‡bil, financeira, or•ament‡ria, operacional e patrimonial da Uni‹o e das entidades
da administra•‹o direta e indireta, quanto ˆ legalidade, ˆ legitimidade e ˆ
economicidade, e a fiscaliza•‹o da aplica•‹o das subven•›es e da renœncia de
receitas. Qualquer pessoa f’sica ou jur’dica, pœblica ou privada, que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pœblicos ou pelos quais a
Uni‹o responda, ou que, em nome desta, assuma obriga•›es de natureza pecuni‡ria
tem o dever de prestar contas ao TCU.
Internet: <www2.tcu.gov.br> (com adapta•›es).
Tendo o texto acima como refer•ncia inicial, julgue os itens que se seguem, relativos
ao enquadramento constitucional do TCU.
A possibilidade de um tribunal de contas, de natureza pol’tico-administrativa, julgar as
contas de pessoas estranhas ao Estado serve como exemplo do conceito de direito
administrativo sob um critŽrio meramente subjetivo de administra•‹o pœblica.
4.(CESPE/2002/AGU/Procurador Federal) Com rela•‹o a institutos b‡sicos do
direito administrativo, julgue o item abaixo.
O Estado e o administrado comparecem, em regra, em posi•‹o de igualdade nas
rela•›es jur’dicas entre si.
5.(CESPE/2016/TCE-PR/Analista de Controle) Assinale a op•‹o correta, a
respeito das autarquias, funda•›es pœblicas, sociedades de economia mista e
empresas pœblicas.
a) A extin•‹o das empresas pœblicas e das sociedades de economia mista somente
pode ocorrer por meio de lei autorizadora.
b) Poder‡ o Estado instituir funda•›es pœblicas quando pretender intervir no dom’nio

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econ™mico.
c) Cabe ˆs autarquias a execu•‹o de servi•os pœblicos de natureza social, de
atividades administrativas e de atividades de cunho econ™mico e mercantil.
d) As empresas pœblicas, as sociedades de economia mista e as autarquias t•m
personalidade jur’dica de direito privado.
e) Tanto as sociedades de economia mista quanto as empresas pœblicas devem ter a
forma de sociedades an™nimas.
6.(CESPE/ 2018/SEFAZ-RS/ Auditor do Estado) Assinale a op•‹o que apresenta
caracter’stica comum ˆs sociedades de economia mista e ˆs empresas pœblicas.
a) Est‹o sujeitas ao regime de precat—rios, como regra.
b) N‹o gozam de privilŽgios fiscais n‹o extens’veis ao setor privado.
c) N‹o precisam realizar procedimento licitat—rio, a fim de viabilizar a atua•‹o no
mercado competitivo.
d) S‹o criadas por lei.
e) N‹o est‹o sujeitas ˆ fiscaliza•‹o dos tribunais de contas.
7.(CESPE/2018/TCE-PB/Auditor de Contas Pœblicas) As entidades que integram
a administra•‹o pœblica indireta incluem as
a) autarquias, as empresas pœblicas e as sociedades de economia mista.
b) secretarias estaduais, as autarquias e as funda•›es privada.
c) autarquias, as funda•›es e as organiza•›es sociais.
d) organiza•›es sociais, os servi•os sociais aut™nomos e as entidades paraestatais.
e) empresas pœblicas, as sociedades de economia mista e os servi•os sociais
aut™nomos.
8.(CESPE/2009/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual) Assinale a op•‹o correta
a respeito da administra•‹o pœblica.
a) A representa•‹o judicial dos —rg‹os pœblicos, j‡ que n‹o possuem personalidade
jur’dica, dever‡ ser feita pelos respectivos procuradores do ente a que perten•am,
salvo na hip—tese de defesa de suas compet•ncias e prerrogativas, em que esses
—rg‹os poder‹o ter —rg‹o jur’dico espec’fico para atuar em seu favor.
b) A delega•‹o de atribui•›es no ‰mbito da mesma pessoa jur’dica a outros —rg‹os
recebe a denomina•‹o de descentraliza•‹o.
c) As sociedades de economia mista, mesmo quando exploradoras de atividade
econ™mica, em um regime de mercado, se beneficiam da imunidade rec’proca.
d) Uma a•‹o judicial proposta contra uma empresa pœblica federal dever‡ ser julgada
pela justi•a comum estadual.

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GABARITO QUESTÍES OBJETIVAS

1.E 2.C 3.E

4.E 5.A 6.B

7.A 8.A

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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constitucional para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; S‹o Paulo: MƒTODO,
2013.
ALVES, Erick. Direito Administrativo p/ AFRFB Ð 2017. EstratŽgia Concursos.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constitui•‹o e o Supremo. 5. ed. Bras’lia:
STF, Secretaria de Documenta•‹o, 2016.
CARVALHO FILHO, JosŽ dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. S‹o
Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte:
F—rum, 2016.
JUSTEN FILHO, Mar•al. Curso de direito administrativo. 10. ed. S‹o Paulo: Revista
dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Ag•ncias reguladoras e o poder normativo. 1. ed. S‹o
Paulo: Baraœna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. S‹o Paulo: Saraiva,
2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. S‹o Paulo:
Malheiros, 2014.

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