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APRESENTAÇÃO
Ol‡!
Meu nome Ž Tœlio Lages e, com imensa satisfa•‹o, serei o analista de Direito
Administrativo do Passo EstratŽgico!
Para conhecer um pouco sobre mim, segue um resumo da minha experi•ncia
profissional, acad•mica e como concurseiro:
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INTRODUÇÃO
Este relat—rio aborda o(s) assunto(s) Ò2 Estado, Governo e Administraç‹o
Pœblica: conceito, elementos, poderes e organizaç‹o; natureza e fins;
princ’pios. 3 Organizaç‹o administrativa: administraç‹o pœblica direta e
indireta (Decreto-Lei Federal no 200/1967, e suas alteraç›es, e Emenda ˆ
Constituiç‹o Federal no 19/1998, e suas alteraç›es); Autarquias e
Fundaç›es; Empresas pœblicas e Sociedades de Economia Mista; Serviços
Sociais Autônomos; Agências Reguladoras.Ó.
Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos que o assunto possui
import‰ncia MŽdia.
Boa leitura!
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para identificarmos estatisticamente quais assuntos s‹o os mais cobrados pela banca,
classificamos todas as quest›es cobradas em provas de n’vel superior para cargos da
‡rea fiscal realizadas pelo Cespe desde 2005.
Com base na an‡lise estat’stica das quest›es colhidas (por volta de 143), temos o
seguinte resultado para o(s) assunto(s) que ser‡(‹o) tratado(s) neste relat—rio:
% aproximado de cobran•a em
provas de n’vel superior Ð çrea
Assunto
Fiscal-, realizadas pelo CESPE
desde 2005
Organiza•‹o
Administrativa 9,1%
Tabela 1
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Com base na tabela acima, Ž poss’vel verificar que, no contexto das provas do Cespe
para cargos de n’vel superior Ð çrea Fiscal, que o assunto ÒOrganiza•‹o
AdministrativaÓ possui import‰ncia alta, j‡ que foi cobrado em 9,1% das quest›es.
...
ƒ importante destacar que os percentuais de cobran•a, para cada tema, podem variar
bastante. Sendo assim, adotaremos a seguinte classifica•‹o quanto ˆ import‰ncia dos
assuntos:
De 3% a 6,9% MŽdia
De 7% a 9,9% Alta
10% ou mais Muito Alta
Tabela 2
GABARITO: errado.
O Poder Executivo possui a fun•‹o t’pica de administra•‹o, mas os demais Poderes
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GABARITO: certo.
O sentido org‰nico de administra•‹o pœblica refere-se aos —rg‹os, ˆs pessoas e aos
agentes, todos aqueles que exercem a atividade administrativa.
3.(Cespe/2008/TCU/Auditor Federal de Controle Externo) Com a
Constitui•‹o de 1988, o TCU teve a sua jurisdi•‹o e compet•ncia substancialmente
ampliadas. Recebeu poderes para, no aux’lio ao Congresso Nacional, exercer a
fiscaliza•‹o cont‡bil, financeira, or•ament‡ria, operacional e patrimonial da Uni‹o e
das entidades da administra•‹o direta e indireta, quanto ˆ legalidade, ˆ legitimidade
e ˆ economicidade, e a fiscaliza•‹o da aplica•‹o das subven•›es e da renœncia de
receitas. Qualquer pessoa f’sica ou jur’dica, pœblica ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pœblicos ou pelos
quais a Uni‹o responda, ou que, em nome desta, assuma obriga•›es de natureza
pecuni‡ria tem o dever de prestar contas ao TCU.
Internet: <www2.tcu.gov.br> (com adapta•›es).
Tendo o texto acima como refer•ncia inicial, julgue os itens que se seguem,
relativos ao enquadramento constitucional do TCU.
A possibilidade de um tribunal de contas, de natureza pol’tico-administrativa, julgar
as contas de pessoas estranhas ao Estado serve como exemplo do conceito de
direito administrativo sob um critŽrio meramente subjetivo de administra•‹o
pœblica.
GABARITO: errado.
O critŽrio subjetivo diz respeito ˆs pessoas que executam a atividade. J‡ o critŽrio
objetivo, ao pr—prio objeto, ˆ natureza da atividade exercida.
Na assertiva, ao falar-se na possibilidade de julgamento de contas por parte de um
tribunal de contas, aborda-se tanto um critŽrio objetivo (julgamento de contas),
quanto um subjetivo (tribunal de contas, um —rg‹o pol’tico-administrativo).
4.(CESPE/2002/AGU/Procurador Federal) Com rela•‹o a institutos b‡sicos do
direito administrativo, julgue o item abaixo.
O Estado e o administrado comparecem, em regra, em posi•‹o de igualdade nas
rela•›es jur’dicas entre si.
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GABARITO: errado.
O Estado e o administrado n‹o comparecem, em regra, em posi•‹o de igualdade
nas rela•›es jur’dicas entre si: geralmente o Estado fica numa posi•‹o superior em
rela•‹o ao particular, em decorr•ncia dos princ’pios da supremacia do interesse
pœblico e da indisponibilidade do interesse pœblico.
5.(CESPE/2016/TCE-PR/Analista de Controle) Assinale a op•‹o correta, a
respeito das autarquias, funda•›es pœblicas, sociedades de economia mista e
empresas pœblicas.
a) A extin•‹o das empresas pœblicas e das sociedades de economia mista somente
pode ocorrer por meio de lei autorizadora.
b) Poder‡ o Estado instituir funda•›es pœblicas quando pretender intervir no
dom’nio econ™mico.
c) Cabe ˆs autarquias a execu•‹o de servi•os pœblicos de natureza social, de
atividades administrativas e de atividades de cunho econ™mico e mercantil.
d) As empresas pœblicas, as sociedades de economia mista e as autarquias t•m
personalidade jur’dica de direito privado.
e) Tanto as sociedades de economia mista quanto as empresas pœblicas devem ter a
forma de sociedades an™nimas.
GABARITO: LETRA A
Vamos analisar as alternativas:
Letra A - Correta. Aplica-se aqui o princ’pio do paralelismo das formas, pois uma
vez que determinada entidade, integrante da administra•‹o indireta, Ž criada por
lei, apenas uma lei pode extingui-la.
Letra B - Incorreta. A interven•‹o no dom’nio econ™mico se d‡ por meio de
empresas estatais, ou seja, sociedade de economia mista e empresa pœblica.
Letra C - Incorreta. Uma autarquia jamais atuar‡ em atividades de cunho
econ™mico.
Letra D - Incorreta. As autarquias t•m personalidade jur’dica de direito pœblico.
Letra E Ð Incorreta. A Sociedade de Economia Mista s— pode ter a forma de
Sociedade An™nima, enquanto as empresas pœblicas poder‹o adotar qualquer
regime societ‡rio admitido em direito.
6.(CESPE/ 2018/SEFAZ-RS/ Auditor do Estado) Assinale a op•‹o que
apresenta caracter’stica comum ˆs sociedades de economia mista e ˆs empresas
pœblicas.
a) Est‹o sujeitas ao regime de precat—rios, como regra.
b) N‹o gozam de privilŽgios fiscais n‹o extens’veis ao setor privado.
c) N‹o precisam realizar procedimento licitat—rio, a fim de viabilizar a atua•‹o no
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mercado competitivo.
d) S‹o criadas por lei.
e) N‹o est‹o sujeitas ˆ fiscaliza•‹o dos tribunais de contas.
GABARITO: LETRA B
Vamos analisar item por item:
Letra A: Incorreta. Muito embora, conforme o julgado abaixo, o STJ tenha entendido
ser poss’vel a sujei•‹o ao regime de precat—rios, n‹o se trata da regra geral, mas
de exce•‹o:
ƒ aplic‡vel o regime dos precat—rios ˆs sociedades de economia mista
prestadoras de servi•o pœblico pr—prio do Estado e de natureza n‹o
concorrencial. STF. Plen‡rio. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 23/3/2017 (Info 858).
Letra D: Incorreta, pois a lei autoriza a cria•‹o delas, mas n‹o as cria.
CF, Art. 37. (...)
XIX - somente por lei espec’fica poder‡ ser criada autarquia e autorizada a
institui•‹o de empresa pœblica, de sociedade de economia mista e de
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Letra E: Incorreta, haja vista que, assim como a administra•‹o direta, as entidades
integrantes da administra•‹o indireta est‹o sujeitas ˆ fiscaliza•‹o dos tribunais de
contas.
7.(CESPE/2018/TCE-PB/Auditor de Contas Pœblicas) As entidades que
integram a administra•‹o pœblica indireta incluem as
a) autarquias, as empresas pœblicas e as sociedades de economia mista.
b) secretarias estaduais, as autarquias e as funda•›es privada.
c) autarquias, as funda•›es e as organiza•›es sociais.
d) organiza•›es sociais, os servi•os sociais aut™nomos e as entidades paraestatais.
e) empresas pœblicas, as sociedades de economia mista e os servi•os sociais
aut™nomos.
GABARITO: LETRA A
(Nem parece quest‹o de concurso de tribunal de contas, n‹o Ž?!)
A administra•‹o pœblica indireta Ž composta por autarquias, funda•›es pœblicas,
empresa pœblica e sociedade de economia mista.
Letra A Ð Correta, conforme exposto acima.
Letra B Ð Incorreta, pois secretarias estaduais integram a administra•‹o direta e
funda•›es privadas n‹o integram a administra•‹o pœblica.
Letra C Ð Incorreta, pois organiza•›es sociais n‹o integram a administra•‹o pœblica:
na verdade, comp›em o chamado Òterceiro setorÓ, que Ž composto por entidades
que prestam atividades de interesse pœblico, por iniciativa privada, sem fins
lucrativos.
Letra D Ð Incorreta, porque nenhuma das entidades listadas integra ˆ administra•‹o
pœblica, mas sim o terceiro setor.
Letra E Ð Incorreta, haja vista que os servi•os sociais aut™nomos n‹o integram a
administra•‹o pœblica, mas sim o terceiro setor.
8.(CESPE/2009/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual) Assinale a op•‹o
correta a respeito da administra•‹o pœblica.
a) A representa•‹o judicial dos —rg‹os pœblicos, j‡ que n‹o possuem personalidade
jur’dica, dever‡ ser feita pelos respectivos procuradores do ente a que perten•am,
salvo na hip—tese de defesa de suas compet•ncias e prerrogativas, em que esses
—rg‹os poder‹o ter —rg‹o jur’dico espec’fico para atuar em seu favor.
b) A delega•‹o de atribui•›es no ‰mbito da mesma pessoa jur’dica a outros —rg‹os
recebe a denomina•‹o de descentraliza•‹o.
c) As sociedades de economia mista, mesmo quando exploradoras de atividade
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GABARITO: LETRA A
Vamos analisar item por item:
Letra A Ð Correto. Os —rg‹os pœblicos, como regra, sequer possuem capacidade
processual, porque n‹o possuem personalidade jur’dica. A capacidade processual,
regra geral, Ž da entidade a qual pertence o —rg‹o pœblico.
Todavia, a jurisprud•ncia reconhece a capacidade processual de certos —rg‹os
pœblicos aut™nomos e independentes para a impetra•‹o de mandado de seguran•a
na defesa de suas prerrogativas e compet•ncias, quando violadas por ato de outro
—rg‹o.
Letra B Ð Incorreta. A descentraliza•‹o ocorre no ‰mbito de pessoas jur’dicas
distintas. Em contrapartida, a quest‹o refere-se, na verdade, ˆ desconcentra•‹o, a
qual ocorre no ‰mbito da mesma pessoa jur’dica.
Letra C - Incorreta. Pense comigo: se uma Sociedade de Economia Mista explora
atividade econ™mica, n‹o seria justo/Žtico que ela tivesse privilŽgios fiscais n‹o
extens’veis aos particulares que com ela disputam, de modo a acarretar uma
concorr•ncia desleal, n‹o Ž verdade?
Por isso h‡ a previs‹o da CF, art. 173, ¤ 2¼:
Art. 173. (...)
¤ 2¼ As empresas pœblicas e as sociedades de economia mista n‹o poder‹o
gozar de privilŽgios fiscais n‹o extensivos ˆs do setor privado.
Veja, ainda, que tais entidades n‹o s‹o contempladas na previs‹o constitucional da
imunidade rec’proca (CF, art. 150, VI, ÒaÓ e ¤ 2¼):
Art. 150. Sem preju’zo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, Ž
vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Munic’pios:
(...)
VI - instituir impostos sobre:
a) patrim™nio, renda ou servi•os, uns dos outros;
(...)
¤ 2¼ A veda•‹o do inciso VI, "a", Ž extensiva ˆs autarquias e ˆs funda•›es
institu’das e mantidas pelo Poder Pœblico, no que se refere ao patrim™nio, ˆ
renda e aos servi•os, vinculados a suas finalidades essenciais ou ˆs delas
decorrentes.
Letra D Ð Incorreta. O foro judicial competente para dirimir lit’gios em que seja
parte uma empresa pœblica federal Ž a Justi•a Federal (CF, art. 109, inciso I):
Art. 109. Aos ju’zes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a Uni‹o, entidade aut‡rquica ou empresa pœblica
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1.! Os conceitos de —rg‹o e entidade, bem como a diferen•a entre eles (levar em
considera•‹o os conceitos doutrin‡rios, bem como o previsto no art. 1¼, ¤ 2¼,
incisos I e II da Lei 9.784/1999);
2.! A diferen•a entre entidade pol’tica e entidade administrativa;
3.! O conceito de centraliza•‹o das atividades incumbidas ao Poder Pœblico;
4.! O conceito de descentraliza•‹o das atividades incumbidas ao Poder Pœblico;
5.! A quem pode ser descentralizada a atividade administrativa;
6.! Os tipos de descentraliza•‹o e suas caracter’sticas. Especificamente com
rela•‹o ˆ descentraliza•‹o territorial, levar em considera•‹o a previs‹o
constitucional dos Territ—rios Federais estabelecido no art. 18, ¤ 2¼;
6.1 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem alguma base em
direito constitucional: forma de cria•‹o dos Territ—rios Federais (CF, art.
18, ¤ 3¼).
7.! As modalidades de descentraliza•‹o administrativa e suas diferen•as;
8.! O conceito de desconcentra•‹o da atividade administrativa;
9.! Os tipos de desconcentra•‹o;
10.! As diferen•as entre a descentraliza•‹o e a desconcentra•‹o, bem como os
pontos em comum a tais processos;
11.! O conceito de Administra•‹o Direta, sua composi•‹o (inclusive aquela
estabelecida no art. 4¼, inciso I do Decreto Lei 200/1967) e sua rela•‹o com o
processo de centraliza•‹o, descentraliza•‹o e desconcentra•‹o;
12.! O conceito de —rg‹os pœblicos e as teorias que buscam explicar as rela•›es do
Estado com seus agentes;
13.! îrg‹os pœblicos: forma de cria•‹o e extin•‹o (levar em considera•‹o as
previs›es da CF, arts. 61, ¤1¼, inciso II, al’nea ÒeÓ Ð Poder Executivo; 96, inciso II,
al’neas ÒcÓ e ÒdÓ Ð Poder Judici‡rio; 127, ¤2¼ - MinistŽrio Pœblico; 73, caput Ð
Tribunal de Contas; e 51, inciso IV e 52, inciso XIII Ð Poder Legislativo), a quest‹o
de sua capacidade processual e classifica•›es doutrin‡rias;
14.! O conceito de Administra•‹o Indireta, sua composi•‹o (levar em considera•‹o
o previsto no art. 4¼ do Decreto Lei 200/196714, bem como o estabelecido no art.
6¼, inciso I e ¤ 1¼ da Lei 11.107/2005) e sua rela•‹o com o processo de
centraliza•‹o, descentraliza•‹o e desconcentra•‹o; forma de institui•‹o das
entidades (levar em considera•‹o a necessidade de lei espec’fica prevista no inciso
XIX do art. 37 da CF, bem como a iniciativa de lei do Presidente da Repœblica
constitucionalmente prevista no art. 61, ¤1¼, inciso II, al’nea ÒeÓ, caso as entidades
sejam vinculadas ao Poder Executivo);
15.! O motivo por que a Administra•‹o Pœblica descentraliza suas atividades;
16.! O conceito de supervis‹o ministerial e as caracter’sticas do controle dela
decorrente;
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estatais (sœmula 333 do STJ); foro judicial competente para dirimir lit’gios em que
seja parte uma empresa estatal (CF, art. 109, inciso I; sœmulas STF 517 e 556).
20.1 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem alguma base
em direito constitucional: remŽdio constitucional mandado de seguran•a
Ð objeto, autoridade coatora, car‡ter residual (CF, art. 5¼, inciso LXIX).
20.! Conceito de ag•ncias executivas; vantagens da qualifica•‹o, requisitos para
sua obten•‹o e possibilidade de sua perda;
21.! Conceito de ag•ncias reguladores, sua autonomia (e a quest‹o da teoria da
captura), atividades desempenhadas, espŽcies, seu poder normativo, instrumentos
que conferem autonomia, fen™meno da deslegaliza•‹o, possibilidade de
reaprecia•‹o de suas decis›es pelo ministŽrio supervisor, nomea•‹o de seus
dirigentes, possibilidade de celebra•‹o de contrato de gest‹o, possibilidade de
qualifica•‹o como ag•ncia executiva.
Diferen•a entre ag•ncias executivas e ag•ncias reguladoras.
QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
A seguir, apresentamos um question‡rio por meio do qual Ž poss’vel realizar uma
revis‹o dos principais pontos da matŽria. Faremos isso para todos os t—picos do
edital, um pouquinho a cada relat—rio!
ƒ poss’vel utilizar o question‡rio de revis‹o de diversas maneiras. O leitor pode, por
exemplo:
1.! ler cada pergunta e realizar uma autoexplica•‹o mental da resposta;
2.! ler as perguntas e respostas em sequ•ncia, para realizar uma revis‹o mais r‡pida;
3.! eleger algumas perguntas para respond•-las de maneira discursiva.
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Organiza•‹o Administrativa.
Administra•‹o pœblica direta e indireta. îrg‹os e entidades. Centraliza•‹o e
descentraliza•‹o da atividade administrativa do Estado. Empresas pœblicas e
sociedades de economia mista. Subsidi‡rias. Participa•‹o do Estado no
capital de empresas privadas. Autarquias e funda•›es pœblicas.
1)! Quem s‹o os sujeitos que desempenham a atividade administrativa do
Estado?
2)! Qual o conceito de ÒentidadeÓ?
3)! Qual o conceito de Ò—rg‹oÓ?
4)! Qual a diferen•a entre —rg‹o e entidade?
5)! Qual a diferen•a entre entidade pol’tica e entidade administrativa?
6)! O que Ž a centraliza•‹o da atividade administrativa?
7)! O que Ž a descentraliza•‹o da atividade administrativa? Quais os tipos de
descentraliza•‹o? Quais as suas caracter’sticas?
8)! O que Ž a desconcentra•‹o da atividade administrativa?
9)! O que os processos de descentraliza•‹o e de desconcentra•‹o possuem
em comum?
10)! O que Ž o processo de centraliza•‹o e de concentra•‹o? O que possuem
em comum?
11)! Qual o conceito de Administra•‹o Direta?
12)! Qual a composi•‹o da Administra•‹o Direta?
13)! Quais s‹o as teorias que buscam explicar as rela•›es do Estado com seus
agentes? O que essas teorias preceituam? Qual Ž a mais aceita
atualmente?
14)! Como se d‡ a cria•‹o e a extin•‹o de —rg‹os da Administra•‹o Direta?
15)! Os —rg‹os pœblicos possuem capacidade processual?
16)! Como podem ser classificados os —rg‹os pœblicos?
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Legislar e Julgar (sem
Poder Executivo (governo + mera jurisdi•‹o)
fun•‹o administrativa)
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Di Pietro, 2016, p. 88-89.
2
Meirelles, 2009, p. 53.
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Findo o prazo do ¤2¼, Ž poss’vel buscar a tutela do Poder Judici‡rio, ainda que n‹o
haja decis‹o final.3
b)! No caso de omiss‹o ou ato da administra•‹o pœblica que contrariar enunciado
de sœmula vinculante, negar-lhe vig•ncia ou aplica-lo indevidamente, o uso da
reclama•‹o s— ser‡ admitido ap—s esgotamento das vias administrativas (Lei
11.417/2006, art. 7¼, ¤1¼).
c)! ƒ necess‡rio que haja prŽvia recusa de informa•›es pela autoridade para que
seja poss’vel ingressar com a a•‹o de habeas data (Lei 9.507/97, art. 8¼).
3
Lenza, 2016, p. 1217.
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Administra•‹o pœblica direta e indireta. îrg‹os e entidades. Centraliza•‹o e
descentraliza•‹o da atividade administrativa do Estado. Empresas pœblicas e
sociedades de economia mista. Subsidi‡rias. Participa•‹o do Estado no
capital de empresas privadas. Autarquias e funda•›es pœblicas.
1)! Quem s‹o os sujeitos que desempenham a atividade administrativa do
Estado?
îrg‹os pœblicos, entidades pœblicas e agentes pœblicos.
2)! Qual o conceito de ÒentidadeÓ?
ÒUnidade de atua•‹o dotada de personalidade jur’dicaÓ, nos termos do art.
1¼, ¤ 2¼, inciso II da Lei 9.784/1999.
Uma entidade Ž uma pessoa jur’dica, pœblica ou privada, abrangendo tanto as
entidades pol’ticas (que possuem autonomia pol’tica - capacidade de legislar e
se auto-organizar Ð ou seja, s‹o as pessoas pol’ticas: Uni‹o, Estados, Distrito
Federal e Munic’pios), como as entidades administrativas (que n‹o possuem
autonomia pol’tica mas, somente, autonomia administrativa - ou seja, n‹o
podem legislar, limitando-se a executar as leis editadas pelas pessoas pol’ticas.
S‹o entidades administrativas: as autarquias, as funda•›es pœblicas, as
empresas pœblicas e as sociedades de economia mista).
3)! Qual o conceito de Ò—rg‹oÓ?
ÒUnidade de atua•‹o integrante da estrutura da Administra•‹o direta e
da estrutura da Administra•‹o indiretaÓ, nos termos do art. 1¼, ¤ 2¼, inciso
I da Lei 9.784/1999.
O —rg‹o n‹o possui personalidade jur’dica pr—pria Ð Ž um elemento
despersonalizado. S‹o Òcentros de compet•nciaÓ constitu’dos na estrutura
interna de determinada entidade pol’tica ou administrativa (ex: MinistŽrios do
Poder Executivo Federal, Secretarias de Estado, departamentos ou se•›es de
empresas pœblicas etc.).
4)! Qual a diferen•a entre —rg‹o e entidade?
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No ‰mbito do Poder Legislativo, o autor JosŽ dos Santos Carvalho Filho entende
que a cria•‹o e a extin•‹o de seus —rg‹os, bem como as normas sobre sua
organiza•‹o e funcionamento n‹o dependem de lei, mas t‹o somente de atos
administrativos praticados pelas respectivas Casas (CF, art. 51, IV e art. 52,
XIII).
Art. 51. Compete privativamente ˆ C‰mara dos Deputados:
(...)
IV Ð dispor sobre sua organiza•‹o, funcionamento, pol’cia, cria•‹o,
transforma•‹o ou extin•‹o dos cargos, empregos e fun•›es de seus
servi•os, e a iniciativa de lei para fixa•‹o da respectiva remunera•‹o,
observados os par‰metros estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias;
Entretanto, para fins de prova, Ž recomend‡vel que seja adotado a regra geral
de que os —rg‹os pœblicos necessitam de lei para serem criados. Somente se o
examinador abordar de forma expressa o caso especifico do Poder Legislativo,
recomendamos ao candidato que considere o entendimento de JosŽ dos Santos
Carvalho Filho.
15)! Os —rg‹os pœblicos possuem capacidade processual?
Em regra, n‹o, porque n‹o possuem personalidade jur’dica Ð a capacidade, em
regra, Ž da pr—pria entidade a quem pertencem.
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Exce•›es:
a) a jurisprud•ncia reconhece a capacidade processual de certos —rg‹os pœblicos
aut™nomos e independentes para a impetra•‹o de mandado de seguran•a na
defesa de suas prerrogativas e compet•ncias (s— neste tipo de caso), quando
violadas por ato de outro —rg‹o.
b) o C—digo de Defesa do Consumidor, em seu artigo 82, inciso III, disp›e que
s‹o legitimados para promover a liquida•‹o e execu•‹o de indeniza•‹o Òas
entidades e —rg‹os da administra•‹o pœblica, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jur’dica, especificamente destinados ˆ defesa dos interesses e
direitos protegidos por este C—digoÓ.
16)! Como podem ser classificados os —rg‹os pœblicos?
Quanto ˆ estrutura:
a)! îrg‹os simples ou unit‡rios: s‹o aqueles que n‹o possuem subdivis›es
em sua estrutura interna (n‹o h‡ outros —rg‹os abaixo dele), desempenhando
suas atribui•›es de forma concentrada.
b)! îrg‹os compostos: reœnem em sua estrutura diversos —rg‹os menores,
subordinados hierarquicamente, como resultado da desconcentra•‹o.
CUIDADO! Os —rg‹os simples podem ser compostos por mais de um agente!
Quanto ˆ atua•‹o funcional:
a)! îrg‹os singulares ou unipessoais: s‹o aqueles cujas decis›es dependem
da atua•‹o isolada de um œnico agente, seu chefe e representante. Ex:
Presid•ncia da Repœblica, cujas decis›es s‹o tomadas pelo Presidente.
b)! îrg‹os colegiados ou pluripessoais: s‹o aqueles cuja atua•‹o e decis›es
s‹o tomadas pela manifesta•‹o conjunta de seus membros. Ex: Congresso
Nacional, Supremo Tribunal Federal.
CUIDADO! Os —rg‹os singulares podem ser compostos por mais de uma agente,
embora suas decis›es sejam tomadas apenas por seu chefe!
Quanto ˆ posi•‹o estatal
a)! îrg‹os independentes: s‹o aqueles previstos diretamente na
Constitui•‹o Federal, representando os tr•s Poderes, nas esferas federal,
estadual e municipal, n‹o sendo subordinados hierarquicamente a agentes
pol’ticos. Exemplo: Presid•ncia da Repœblica, C‰mara dos Deputados, Senado
Federal, STF, STJ e demais tribunais, bem como seus simŽtricos nas demais
esferas da Federa•‹o. Incluem-se ainda o MinistŽrio Pœblico da Uni‹o e o do
Estado e os Tribunais de Contas da Uni‹o, dos Estados e dos Munic’pios.
b)! îrg‹os aut™nomos: s‹o aqueles que se situam na cœpula da
Administra•‹o, logo abaixo dos —rg‹os independentes, auxiliando-os
diretamente. Possuem ampla autonomia administrativa, financeira e tŽcnica,
mas n‹o independ•ncia. Caracterizam-se como —rg‹os diretivos. Ex: os
MinistŽrios, as Secretarias de Estado etc.
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Administra•‹o Indireta?
As autarquias, funda•›es pœblicas, empresas pœblicas e sociedades de economia
mista apresentam tr•s pontos em comum: necessidade de lei espec’fica para
serem criadas, personalidade jur’dica pr—pria e patrim™nio pr—prio.
AlŽm disso, se submetem ao princ’pio da especializa•‹o (devem ser institu’das
para servir a uma finalidade espec’fica).
25)! Quais as principais diferen•as entre as entidades da Administra•‹o
Indireta?
Finalidade para as quais s‹o criadas: as autarquias s‹o indicadas para o
desempenho de atividades t’picas de Estado; as funda•›es pœblicas, para o
desempenho de atividades de utilidade pœblica; e as empresas pœblicas e
sociedades de economia mista, para a explora•‹o de atividades econ™micas.
Natureza jur’dica das entidades: as autarquias s‹o pessoas jur’dicas de
direito pœblico; as empresas pœblicas e sociedades de economia mista s‹o
pessoas jur’dicas de direito privado; j‡ as funda•›es podem ser tanto de direito
pœblico quanto de direito privado.
Cria•‹o e institui•‹o das entidades: nos termos do inciso XIX do art. 37 da
CF, a cria•‹o de autarquias (por serem pessoas de direito pœblico) se d‡
mediante lei espec’fica, diferentemente do que ocorre para as sociedades de
economia mista e empresas pœblicas (por serem pessoas de direito privado),
que necessitam de uma lei que autorize a sua institui•‹o, sen‹o vejamos:
XIX - somente por lei espec’fica poder‡ ser criada autarquia e autorizada a
institui•‹o de empresa pœblica, de sociedade de economia mista e de
funda•‹o, cabendo ˆ lei complementar, neste œltimo caso, definir as ‡reas
de sua atua•‹o;
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Pelo teor do dispositivo, esclarecemos que essa imunidade tribut‡ria n‹o alcan•a
os bens ou servi•os com destina•‹o diversa das finalidades da autarquia,
estando sujeitos, portanto, ˆ incid•ncia de impostos;
g)! N‹o sujei•‹o ˆ fal•ncia, sendo o ente federado que a criou
subsidiariamente respons‡vel pela insolv•ncia da autarquia.
32)! Como podem ser classificadas as autarquias?
Quanto ˆ capacidade administrativa:
a) geogr‡fica ou territorial, que conta com capacidade administrativa genŽrica
(ex: Territ—rios Federais);
b) de servi•o ou institucional, que conta com capacidade administrativa
espec’fica, ou seja, limitada a determinado servi•o que lhe Ž atribu’do por lei
(ex: todas as demais autarquias).
Quanto ˆ estrutura:
a) fundacionais: corresponde ˆ figura da funda•‹o de direito pœblico, ou seja,
pessoa jur’dica dotada de patrim™nio vinculado a um fim que ir‡ beneficiar
pessoas indeterminadas, que n‹o a integram como membros ou s—cios
(exemplo: Hospital das Cl’nicas, da Universidade de S‹o Paulo)
b) corporativas ou associativas: constitu’da por sujeitos unidos (ainda que
compulsoriamente) para a consecu•‹o de um fim de interesse pœblico, mas que
diz respeito aos pr—prios associados, como ocorre com as entidades de
fiscaliza•‹o do exerc’cio de profiss›es regulamentadas (CREA, CFC, CONFEA
etc.).
Quanto ao n’vel federativo: federais, estaduais, distritais e municipais,
conforme institu’das pela Uni‹o, pelos Estados, pelo DF e pelos Munic’pios,
respectivamente, n‹o sendo admiss’veis autarquias interestaduais ou
intermunicipais, ou seja, vinculadas simultaneamente a mais de uma entidade
pol’tica, em raz‹o de a gest‹o associada de servi•os pœblicos dever ser
promovida pela celebra•‹o de conv•nios ou por meio de cons—rcios pœblicos, nos
termos do art. 241 da CF:
Art. 241. A Uni‹o, os Estados, o Distrito Federal e os Munic’pios disciplinar‹o
por meio de lei os cons—rcios pœblicos e os conv•nios de coopera•‹o entre os
entes federados, autorizando a gest‹o associada de servi•os pœblicos, bem
como a transfer•ncia total ou parcial de encargos, servi•os, pessoal e bens
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Por serem pœblicos, os bens das autarquias gozam das prote•›es conferidas aos
bens pœblicos em geral: impenhorabilidade, imprescritibilidade, restri•›es ˆ
aliena•‹o etc.
36)! O pessoal das autarquias sujeita ao regime estatut‡rio ou ao contratual
trabalhista?
O pessoal das autarquias se submete ao regime jur’dico œnico aplic‡vel aos
servidores da administra•‹o direta, em raz‹o da suspens‹o cautelar da efic‡cia
do art. 39, caput, da CF, com reda•‹o dada pela EC 19/98, por parte do STF
(ADI 2135/DF), que resultou no retorno da vig•ncia da reda•‹o original do
dispositivo.
37)! Como ocorre a nomea•‹o dos dirigentes das autarquias?
Os dirigentes das autarquias s‹o nomeados pelo chefe do Poder Executivo, que
detŽm tal compet•ncia por for•a do art. 84, inciso XXV da CF, reproduzido a
seguir:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repœblica:
(...)
XXV - prover e extinguir os cargos pœblicos federais, na forma da lei;
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Por fim, nos casos em que a Anatel n‹o seja litisconsorte passiva necess‡ria,
assistente, nem opoente, compete ˆ Justi•a estadual julgar causas entre
consumidor e concession‡ria de servi•o pœblico de telefonia (sœmula vinculante
27).
39)! Por que a doutrina costuma chamar os Territ—rios Federais de
Òautarquias territoriaisÓ?
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4
Di Pietro, 2016, p. 542.
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pœblicas?
Funda•›es pœblicas de direito pœblico: regime jur’dico œnico, em raz‹o da
suspens‹o cautelar da nova reda•‹o do caput do art. 39 da CF.
Funda•›es pœblicas de direito privado: diverg•ncia doutrin‡ria Ð parte entende
que deve ser aplicado o regime trabalhista comum (CLT), parte entende que
deve ser aplicado o regime jur’dico œnico. ƒ consenso, por outro lado, que as
disposi•›es constitucionais sobre pessoal da Administra•‹o Pœblica se aplicam a
essas entidades.
49)! Como se d‡ o controle do MinistŽrio Pœblico sobre as funda•›es
pœblicas?
Embora o c—digo civil imponha ao MinistŽrio Pœblico que vele5 pelas funda•›es
(privadas), h‡ diverg•ncia doutrin‡ria quanto a necessidade do velamento das
funda•›es pœblicas pelo parquet, uma vez que o controle final’stico j‡ seria
realizado via supervis‹o ministerial.
Por sua vez, o STF j‡ proferiu entendimento no sentido de que o MinistŽrio
Pœblico Federal deve realizar o velamento das funda•›es federais de direito
pœblico (ADI 2.794). Nessa l—gica, cabe ao MinistŽrio Pœblico o controle de todas
as funda•›es, sejam privadas ou pœblicas (tanto de direito pœblico, quanto de
direito privada), sendo competente para velar pelas funda•›es estaduais e
municipais o MP do estado-membro em que se encontrem, pelas funda•›es
distritais ou MPDFT e, pelas funda•›es federais (independentemente da
localiza•‹o), o MPF.
50)! Qual o foro judicial competente para dirimir lit’gios em que seja parte
uma funda•‹o pœblica?
Funda•›es pœblicas de direito pœblico: se for federal Ð Justi•a Federal; se for
estadual ou municipal Ð Justi•a Estadual (RE 215.741/SE).
Funda•›es pœblicas de direito privado: a doutrina entende que sempre deve ser
a Justi•a Estadual. J‡ a jurisprud•ncia entende que as federais t•m foro na
Justi•a Federal (STJ, CC 37.681/SC e CC 16.397/RJ).
51)! Qual o conceito de empresa pœblica?
Pessoa jur’dica de direito privado, integrante da Administra•‹o Indireta, criada
por autoriza•‹o legal, sob qualquer forma jur’dica adequada a sua natureza,
com a finalidade de executar atividades de car‡ter econ™mico ou, em algumas
situa•›es, servi•os pœblicos6.
52)! Qual o conceito de sociedade de economia mista?
Pessoa jur’dica de direito privado, integrante da Administra•‹o Indireta, criada
por autoriza•‹o legal, sob a forma de sociedade an™nima, com controle
5
Velar = realizar controle final’stico
6
Carvalho Filho, 2016, p. 525.
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7
Idem, ibidem.
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Nessa œltima hip—tese, o Estado pode tambŽm delegar a presta•‹o, por meio de
concess‹o ou permiss‹o, sempre por meio de licita•‹o.
Destacamos que somente podem ser prestados por estatais os servi•os pœblicos
pass’veis de delega•‹o para a iniciativa privada, ou seja, devem ser exclu’dos
aqueles servi•os pœblicos pr—prios de Estado, que envolvam poder de impŽrio ou
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Com rela•‹o aos dirigentes das estatais, quando n‹o oriundos do quadro de
pessoal da pr—pria entidade, n‹o s‹o classificados como empregados pœblicos
celetistas (a eles n‹o se aplicam as regras da CLT) e tampouco ocupam cargos
em comiss‹o no sentido previsto no dispositivo supra Ð a rela•‹o dos dirigentes
com a estatal Ž regida pelo Direito Comercial.
ƒ importante mencionar que n‹o cabe ao Poder Legislativo aprovar previamente
o nome dos dirigentes das estatais como condi•‹o para que o chefe do
Executivo possa nome‡-los9 - embora isso seja leg’timo para a nomea•‹o de
dirigentes de autarquias e funda•›es.
8
Inclusive nesse sentido o STF j‡ decidiu que a Empresa Brasileira de Correios e TelŽgrafos, por ser
empresa pœblica que presta servi•o pœblico, possuem impenhor‡veis os bens diretamente afetos ao
servi•o pœblico prestado (RE 220.906).
9
ADI 1.642/MG.
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Por œltimo, destacamos que Ž cab’vel mandado de seguran•a contra ato dos
dirigentes de estatais quando praticados na qualidade de autoridade pœblica
(como nas licita•›es e concursos pœblicos), mas Ž incab’vel nos atos de mera
gest‹o econ™mica.
Sobre o tema, Ž importante conhecer a sœmula 333 do STJ:
Cabe mandado de seguran•a contra ato praticado em licita•‹o promovida
por sociedade de economia mista ou empresa pœblica.
10
Sœmula STF 556: Ôƒ competente a Justi•a Comum para julgar as causas em que Ž parte sociedade de
economia mistaÓ.
11
Sœmula STF 517: ÒAs sociedades de economia mista s— t•m foro na Justi•a Federal, quando a Uni‹o
intervŽm como assistente ou opoenteÓ.
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cumprimento.
¤ 2¼ O Poder Executivo definir‡ os critŽrios e procedimentos para a
elabora•‹o e o acompanhamento dos Contratos de Gest‹o e dos programas
estratŽgicos de reestrutura•‹o e de desenvolvimento institucional das
Ag•ncias Executivas.
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ÒS— olhe para tr‡s para ver qu‹o longe voc• chegou.Ó
Tœlio Lages
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econ™mico.
c) Cabe ˆs autarquias a execu•‹o de servi•os pœblicos de natureza social, de
atividades administrativas e de atividades de cunho econ™mico e mercantil.
d) As empresas pœblicas, as sociedades de economia mista e as autarquias t•m
personalidade jur’dica de direito privado.
e) Tanto as sociedades de economia mista quanto as empresas pœblicas devem ter a
forma de sociedades an™nimas.
6.(CESPE/ 2018/SEFAZ-RS/ Auditor do Estado) Assinale a op•‹o que apresenta
caracter’stica comum ˆs sociedades de economia mista e ˆs empresas pœblicas.
a) Est‹o sujeitas ao regime de precat—rios, como regra.
b) N‹o gozam de privilŽgios fiscais n‹o extens’veis ao setor privado.
c) N‹o precisam realizar procedimento licitat—rio, a fim de viabilizar a atua•‹o no
mercado competitivo.
d) S‹o criadas por lei.
e) N‹o est‹o sujeitas ˆ fiscaliza•‹o dos tribunais de contas.
7.(CESPE/2018/TCE-PB/Auditor de Contas Pœblicas) As entidades que integram
a administra•‹o pœblica indireta incluem as
a) autarquias, as empresas pœblicas e as sociedades de economia mista.
b) secretarias estaduais, as autarquias e as funda•›es privada.
c) autarquias, as funda•›es e as organiza•›es sociais.
d) organiza•›es sociais, os servi•os sociais aut™nomos e as entidades paraestatais.
e) empresas pœblicas, as sociedades de economia mista e os servi•os sociais
aut™nomos.
8.(CESPE/2009/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual) Assinale a op•‹o correta
a respeito da administra•‹o pœblica.
a) A representa•‹o judicial dos —rg‹os pœblicos, j‡ que n‹o possuem personalidade
jur’dica, dever‡ ser feita pelos respectivos procuradores do ente a que perten•am,
salvo na hip—tese de defesa de suas compet•ncias e prerrogativas, em que esses
—rg‹os poder‹o ter —rg‹o jur’dico espec’fico para atuar em seu favor.
b) A delega•‹o de atribui•›es no ‰mbito da mesma pessoa jur’dica a outros —rg‹os
recebe a denomina•‹o de descentraliza•‹o.
c) As sociedades de economia mista, mesmo quando exploradoras de atividade
econ™mica, em um regime de mercado, se beneficiam da imunidade rec’proca.
d) Uma a•‹o judicial proposta contra uma empresa pœblica federal dever‡ ser julgada
pela justi•a comum estadual.
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7.A 8.A
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2013.
ALVES, Erick. Direito Administrativo p/ AFRFB Ð 2017. EstratŽgia Concursos.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constitui•‹o e o Supremo. 5. ed. Bras’lia:
STF, Secretaria de Documenta•‹o, 2016.
CARVALHO FILHO, JosŽ dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. S‹o
Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte:
F—rum, 2016.
JUSTEN FILHO, Mar•al. Curso de direito administrativo. 10. ed. S‹o Paulo: Revista
dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Ag•ncias reguladoras e o poder normativo. 1. ed. S‹o
Paulo: Baraœna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. S‹o Paulo: Saraiva,
2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. S‹o Paulo:
Malheiros, 2014.
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