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Aula 02

Passo Estratégico de Direito Administrativo p/ PRF (Policial) -


Pós-Edital
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Atos Administrativos
Introdução ........................................................................................................................ 1!
Análise Estatística ............................................................................................................. 1!
Análise das Questões ........................................................................................................ 2!
Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar ..................................................... 7!
Questionário de Revisão ................................................................................................... 9!
Anexo I – Lista de Questões .............................................................................................20!
Referências Bibliográficas ................................................................................................22!
721089

INTRODUÇÃO
Ol‡!
Este relat—rio aborda o(s) assunto(s) Ò2 Ato administrativo. 2.1 Conceito,
requisitos, atributos, classifica•‹o e espŽciesÓ
Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos que o assunto possui
import‰ncia Muito Alta.
Boa leitura!

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Assunto % aproximado de cobran•a

Atos Administrativos 10,8%


Tabela 1
Com base na tabela acima, Ž poss’vel verificar que, no contexto das provas do CESPE
para cargos da ‡rea policial Ð ‡rea policial, que o assunto ÒAtos AdministrativosÓ
possui import‰ncia muito alta, j‡ que foi cobrado em 10,8% das assertivas.
...
ƒ importante destacar que os percentuais de cobran•a, para cada tema, podem variar
bastante. Sendo assim, adotaremos a seguinte classifica•‹o quanto ˆ import‰ncia dos
assuntos:

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% de Cobran•a Import‰ncia do Assunto

AtŽ 2,9% Baixa a Mediana

De 3% a 4,9% MŽdia
De 5% a 9,9% Alta
10% ou mais Muito Alta
Tabela 2

ANÁLISE DAS QUESTÕES

1.(Cespe/2017/TRT-7/Analista em TI) A administra•‹o pœblica pode executar


diretamente seus atos administrativos, atŽ mesmo pelo uso da for•a, sem a
necessidade da interven•‹o do Poder Judici‡rio. Essa prerrogativa corresponde ao
atributo da
a) autoexecutoriedade.
b) tipicidade.
c) presun•‹o de legitimidade.
d) discricionariedade.

GABARITO: ÒAÓ
Os atributos ou caracter’sticas dos atos administrativos s‹o 5:
- presun•‹o de legalidade: atŽ que se prove o contr‡rio, os atos administrativos s‹o
legais, est‹o de acordo com a lei. Compete ao particular comprovar que a
Administra•‹o est‡ agindo com ilegalidade. ƒ presun•‹o relativa, admitindo prova
em contr‡rio.
- presun•‹o de veracidade: atŽ que se prove o contr‡rio, os atos administrativos
s‹o verdadeiros. ƒ presun•‹o relativa, admitindo prova em contr‡rio.

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OBS: ˆs vezes as bancas usam o termo presun•‹o de legalidade como sin™nimo de


presun•‹o de legitimidade, contudo, pela melhor doutrina, as terminologias n‹o s‹o
sin™nimas. A presun•‹o de legitimidade abrange tanto a de legalidade como a de
veracidade.
- autoexecutoriedade: Ž o que permite ˆ Administra•‹o executar suas fun•›es sem
a necessidade de autoriza•‹o prŽvia do Poder Judici‡rio, podendo, atŽ mesmo, fazer
o uso da for•a caso seja necess‡rio. Contudo, nem todos s‹o autoexecut—rios, como
por exemplo, a cobran•a de multa e a obriga•‹o de se construir uma cal•ada. A
Administra•‹o Pœblica n‹o pode obrigar o particular a pagar a multa ou a construir a
cal•ada. Caso o particular n‹o queira, a Administra•‹o deve recorrer ao Poder
Judici‡rio, o que faz com que a autoexecutoriedade deixe de existir.
- imperatividade: A Administra•‹o pode impor ao particular suas determina•›es,
ainda que ele n‹o concorde. O particular Ž obrigado a aceitar as determina•›es da
Administra•‹o, atŽ que eventualmente o ato seja retirado do mundo jur’dico. Nem
todos os atos possuem imperatividade, como os atos enunciativos e os negociais.
- tipicidade: o ato administrativo somente pode ser realizado se houver prŽvia
determina•‹o legal.
2.(Cespe/2017/Seres-DF) No que se refere aos poderes administrativos, aos
atos administrativos e ao controle da administra•‹o, julgue o item seguinte.
Presun•‹o de legitimidade Ž atributo universal aplic‡vel a todo ato administrativo.

GABARITO: CERTO
Todo ato administrativo se presume legal e verdadeiro atŽ que se prove o contr‡rio.
Os atributos que n‹o est‹o presentes em todos os atos s‹o a imperatividade e a
autoexecutoriedade.
3.(Cespe/2017/TCE-PE/Analista de Controle Externo) A respeito de princ’pios
da administra•‹o pœblica, ato administrativo, poderes da administra•‹o,
improbidade administrativa e regime jur’dico dos funcion‡rios pœblicos civis do
estado de Pernambuco, julgue o item a seguir.
Situa•‹o hipotŽtica: Determinado contrato pœblico foi assinado por um funcion‡rio
subordinado ˆ autoridade competente; um ano depois, ao constatar o problema, a
autoridade convalidou o ato, ap—s certificar-se da aus•ncia de potencial lesivo e
verificar que os requisitos contratuais haviam sido preenchidos. Assertiva: Nessa
situa•‹o, a autoridade competente agiu ilicitamente ao convalidar o ato, uma vez
que este estava eivado de v’cio insan‡vel.

GABARITO: ERRADO
Convalidar nada mais Ž do que corrigir o ato administrativo, mas para que isso seja
poss’vel, Ž preciso que o v’cio seja san‡vel, que o ato n‹o acarrete preju’zo ao
interesse pœblico e nem a terceiros. Somente o v’cio na compet•ncia e na forma Ž

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que podem ser convalidados.


Pela quest‹o, n‹o havia potencial lesivo e os requisitos contratuais estavam
preenchidos, s— houve mesmo v’cio de compet•ncia, o que pode ser suprido pela
convalida•‹o, caso n‹o se trata de compet•ncia exclusiva (perceba que a quest‹o
silencia quanto a esse aspecto).
Uma œltima observa•‹o: os feitos da convalida•‹o s‹o Òex tuncÓ.
4.(Cespe/2017/TCE-PE/Analista de Gest‹o) Com refer•ncia a atos
administrativos e improbidade administrativa, julgue o item subsequente.
O ato administrativo deve ser avaliado pelo seu conteœdo, n‹o devendo ser
invalidado por desobedi•ncia a requisitos de forma.

GABARITO: ERRADO
Conteœdo Ž o objeto do ato administrativo.
A forma Ž outro elemento do ato administrativo.
Quando a forma Ž essencial, o v’cio nesse elemento n‹o Ž convalid‡vel.
Vejam a quest‹o dada como certa pela banca Cespe para SEDF, em 2017: Òˆ luz da
legisla•‹o que rege os atos administrativos, a requisi•‹o dos servidores distritais e a
Žtica no servi•o pœblico, julgue o seguinte item. A compet•ncia Ñ ou sujeito Ñ, a
finalidade, a forma, o motivo e o objeto Ñ ou conteœdo Ñ s‹o elementos que
integram os atos administrativosÓ.
5.(Cespe/2017/TCE-PE/Analista de Gest‹o) Com refer•ncia a atos
administrativos e improbidade administrativa, julgue o item subsequente.
Na revoga•‹o, o ato Ž extinto por oportunidade e conveni•ncia, ao passo que, na
anula•‹o, ele Ž desfeito por motivo(s) de ilegalidade.

GABARITO: CERTO
A Administra•‹o s— pode revogar um ato administrativo que seja legal, l’cito, mas
que deixou de ser conveniente ou oportuno, possuindo efeitos Òex-nuncÓ.
J‡ a anula•‹o, s— cabe diante de atos il’citos e ilegais, possuindo efeito Òex-tuncÓ.
6.(Cespe/2017/TCE-PE/Auditor de Controle Externo) Com rela•‹o a agentes
pœblicos, atos administrativos, poderes da administra•‹o pœblica e responsabilidade
civil do Estado, julgue o item subsequente.
Concedida aposentadoria a servidor pœblico, o prazo decadencial para a
administra•‹o rever o ato concessivo ter‡ in’cio somente a partir da manifesta•‹o
do tribunal de contas sobre o benef’cio.

GABARITO: CERTO
A concess‹o de aposentadoria do servidor Ž ato administrativo complexo, pois

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somente se aperfei•oa com a manifesta•‹o de outro —rg‹o - Tribunal de Contas Ð a


respeito do ato.
7.(Cespe/2017/Seres-PE/Agente de Seguran•a) Assinale a op•‹o que
apresenta o ato administrativo mediante o qual a administra•‹o pœblica faculta, de
forma unilateral e vinculada, a um cidad‹o exercer determinada atividade para a
qual preencha os requisitos legais.
a) homologa•‹o
b) autoriza•‹o
c) permiss‹o
d) licen•a
e) aprova•‹o

GABARITO: D
a) A homologa•‹o Ž ato negocial, unilateral e vinculado, em que a Administra•‹o
reconhece a legalidade de um ato jur’dico.
b) A autoriza•‹o Ž ato negocial, unilateral, discricion‡rio e prec‡rio em que a
Administra•‹o faculta ao particular o uso privativo de bem pœblico ou a pr‡tica de
alguma atividade.
c) Permiss‹o Ž ato negocial, unilateral, discricion‡rio e prec‡rio para a execu•‹o de
servi•o ou uso de bem pœblico.
Obs: n‹o confundam a permiss‹o ato com a permiss‹o contrato administrativo.
d) Licen•a Ž ato negocial, unilateral e vinculado em que a partir do momento em
que o particular preenche os requisitos para obt•-la, a Administra•‹o n‹o pode
neg‡-la.
e) Aprova•‹o Ž ato negocial, unilateral e discricion‡rio em que a Administra•‹o
controla n‹o s— a legalidade do ato, bem como o mŽrito, sendo condi•‹o de efic‡cia
do ato.
8.(Cespe/2017/SEDF) No que se refere aos poderes administrativos, aos atos
administrativos e ao controle da administra•‹o, julgue o item seguinte.
Ato praticado por usurpador de fun•‹o pœblica Ž considerado ato irregular.

GABARITO: ERRADO
O usurpador de fun•‹o Ž o particular que se faz passar por servidor pœblico, sendo a
pr‡tica de atos desempenhada por ele inexistente (e n‹o irregular como asseverado
pelo item).
9.(Cespe/2017/SEDF) JosŽ, chefe do setor de recursos humanos de determinado
—rg‹o pœblico, editou ato disciplinando as regras para a participa•‹o de servidores
em concurso de promo•‹o.

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A respeito dessa situa•‹o hipotŽtica, julgue o item seguinte.


O ve’culo normativo adequado para a edi•‹o do referido ato Ž o decreto.

GABARITO: ERRADO
Atos normativos s‹o os que cont•m comando geral e abstrato, detalhando e
explicando a lei, sem contrari‡-la e sem poder ir alŽm do que ela disciplina, sob
pena de ilegalidade.
Dentre os atos normativos tem-se os Decretos, que s‹o de compet•ncia exclusiva
dos chefes do Poder Executivo. Eles podem conter um comando individual dirigido a
um grupo determinado de pessoas ou, ainda, um comando geral, quando
disciplinam conteœdo de forma ampla e abstrata a todas as pessoas.
10.(Cespe/2016/PC-GO/Agente de Pol’cia) O ato que concede aposentadoria a
servidor pœblico classifica-se como ato
a) simples.
b) discricion‡rio.
c) composto.
d) declarat—rio.
e) complexo.

GABARITO: ÒEÓ
O ato de aposentadoria Ž complexo por orienta•‹o do Supremo Tribunal Federal. A
doutrina questiona, mas n‹o importa, para sua prova, ele Ž complexo. O STF Ž
quem pode ÒerrarÓ por œltimo (rs).
Em rela•‹o ˆ manifesta•‹o de vontade, o ato administrativo pode ser classificado
em:
- simples: quando h‡ a manifesta•‹o de um œnico —rg‹o ou agente.
- composto: aqui, existe uma vontade aut™noma, principal e outra instrumental,
acess—ria, que tem por finalidade verificar a legitimidade do primeiro ato. ƒ o que
ocorre na ratifica•‹o, no visto, na homologa•‹o. Existe um ato principal, de
conteœdo pr—prio e outro acess—rio que ratifica ou homologa.
- complexo: Ž o ato formado por duas ou mais manifesta•›es de vontade que se
fundem para formar um s— ato. Diferentemente do composto, aqui n‹o se fala em
ato principal e acess—rio, j‡ que os dois ir‹o se fundir para a forma•‹o de um s—
ato.

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ORIENTAÇÕES DE ESTUDO (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR

1)! Conceitos de ato jur’dico, ato administrativo, ato judicial e ato legislativo.
2)! Diferen•a entre ato administrativo e ato da Administra•‹o.
3)! Diferen•a entre fato administrativo e fato da Administra•‹o.
4)! Atributos dos atos administrativos: lembrar do mnem™nico ÒPATI.Ó
(Presun•‹o de legitimidade, Autoexecutoriedade, Tipicidade e
Imperatividade). Atentar para os atributos presentes em todos os atos
administrativos e aqueles que est‹o presentes em apenas alguns tipos de
==b00c1==

atos.
5)! Elementos dos atos administrativos: diferen•a entre elementos essenciais e
elementos acidentais.
6)! Elementos essenciais dos atos administrativos: lembrar do mnem™nico
ÒCOMFIFORMOBÓ (COMpet•ncia, FInalidade, FORma, Motivo e OBjeto).
Atentar para a) os conceitos e caracter’sticas de cada um dos elementos; b)
os arts. 12 a 15 da Lei 9.784/99, que tratam sobre a delega•‹o e avoca•‹o de
compet•ncias. Aten•‹o aos casos que impedem a delega•‹o e a avoca•‹o; c)
o princ’pio do formalismo moderado e a previs‹o do art. 22 da Lei 9.784/99;
d) os conceitos de pressuposto de fato e de direito, que informam o elemento
ÒmotivoÓ; e) os casos em que o elemento ÒmotivoÓ Ž discricion‡rio; f) a
diferen•a entre motivo, motiva•‹o e m—vel; g) os casos de motiva•‹o
obrigat—ria previstos no art. 50 da Lei 9.784/99; h) a teoria dos motivos
determinantes; i) a diferen•a entre objeto natural e acidental; j) a diferen•a
entre objeto vinculado e discricion‡rio.
7)! Elementos acidentais dos atos administrativos: lembrar do mnem™nico ÒECTÓ
(Encargo ou modo, Condi•‹o e Termo).
8)! V’cios nos elementos de forma•‹o: atentar a) para as denomina•›es dos v’cios
(por exemplo, Òusurpa•‹o de fun•‹oÓ), as caracter’sticas de cada um deles, o
elemento em que ocorre o defeito, bem como a possibilidade de saneamento
e/ou necessidade de anula•‹o; b) que a delega•‹o Ž poss’vel, via de regra, e
que a avoca•‹o Ž uma medida excepcional; c) que a falta de motiva•‹o,
quando obrigat—ria, Ž v’cio de forma (n‹o de motivo)
9)! Vincula•‹o e discricionariedade: atentar para a) a diferen•a entre atos
vinculados e atos discricion‡rios; b) os elementos que ser‹o sempre
vinculados e os que podem ser vinculados ou discricion‡rios; c) que n‹o existe
ato totalmente discricion‡rio; d) diferen•a entre discricionariedade e
arbitrariedade.

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10)! MŽrito administrativo: alŽm de seu conceito, atentar para a) a impossibilidade


do Poder Judici‡rio apreciar o mŽrito do ato administrativo; b) os elementos
que podem ser apreciados pelo Poder Judici‡rio no controle dos atos
administrativos (principalmente os discricion‡rios), bem como para os
par‰metros que s‹o utilizados pelos —rg‹os judiciais para realizar esse
controle.
11)! Classifica•›es dos atos administrativos quanto a) ao grau de liberdade em sua
pr‡tica, b) aos destinat‡rios do ato, c) ˆ situa•‹o de terceiros; d) ˆ forma•‹o
de vontade (aten•‹o especial a esta classifica•‹o); e) ˆs prerrogativas com
que atua a Administra•‹o; f) aos efeitos; g) aos requisitos de validade; h) ˆ
exequibilidade. Procurar, sempre que poss’vel, memorizar as diversas
classifica•›es com base na denomina•‹o do ato (por exemplo: ato pendente Ð
que depende de algo, falta alguma coisa).
12)! EspŽcies de atos administrativos: saber as caracter’sticas e exemplos de cada
uma das espŽcies. Mnem™nico para facilitar a memoriza•‹o das espŽcies de
atos administrativos: ÒNONEPÓ (Normativos, Ordinat—rios, Negociais,
Enunciativos e Punitivos).
13)! Formas de extin•‹o dos atos administrativos: aten•‹o especial ˆs regras sobre
revoga•‹o e anula•‹o, no que diz respeito ˆ natureza do controle (se de
mŽrito, de legalidade e/ou legitimidade), efic‡cia (ex tunc ou ex nunc),
compet•ncia (Administra•‹o e/ou Judici‡rio), incid•ncia (se incide sobre atos
vinculados e/ou discricion‡rios) e natureza do desfazimento (se o ato de
desfazimento Ž vinculado ou discricion‡rio). Atentar, ainda, para a) o prazo e
condi•›es para anula•‹o de atos administrativos ilegais previsto no art. 54 da
Lei 9.784/99; b) os atos que n‹o s‹o pass’veis de revoga•‹o (irrevog‡veis).
Precedentes importantes:
13.1)! ÒA Administra•‹o pode anular seus pr—prios atos, quando eivados de v’cios
que os tornam ilegais, porque deles n‹o se originam direitos; ou revog‡-los,
por motivo de conveni•ncia ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a aprecia•‹o judicialÓ1.

14)! Convalida•‹o: atentar para a) a diferen•a entre a teoria monista e a dualista,


bem como para a teoria adotada pela doutrina majorit‡ria atual; b) a
diferen•a entre ato nulo e anul‡vel; c) a diferen•a entre nulidade relativa e
absoluta; d) quais elementos do ato administrativo podem ou n‹o ser sanados
em caso de v’cio; e) os sujeitos que podem realizar a convalida•‹o
(Administra•‹o e/ou Judici‡rio); f) os tipos de atos sobre os quais a
convalida•‹o pode incidir (se incide sobre atos vinculados e/ou
discricion‡rios); g) os efeitos da convalida•‹o (ex tunc ou ex nunc); h) a
natureza do ato de convalida•‹o (se Ž vinculado ou discricion‡rio); i) a

1
STF Ð Sœmula 473.

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natureza do controle realizado por meio de convalida•‹o (se de mŽrito, de


legalidade e/ou legitimidade); j) os requisitos de convalida•‹o previstos no
art. 55 da Lei 9.784/99, bem como para a discricionariedade do ato de
convalida•‹o em raz‹o do previsto na reda•‹o do dispositivo (aplic‡vel ˆ
esfera federal); k) as espŽcies de convalida•‹o (ratifica•‹o, confirma•‹o,
reforma e convers‹o).

QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

***Question‡rio - somente perguntas***

1)! Qual o conceito de ato administrativo?


2)! O que Ž fato administrativo?
3)! O que significa dizer que os atos administrativos possuem presun•‹o de
legitimidade?
4)! A imperatividade est‡ presente em todos os atos administrativos?
5)! Quais os atributos da autoexecutoriedade?
6)! O que Ž o atributo da tipicidade?
7)! O que Ž o elemento da compet•ncia?
8)! A delega•‹o pode ser realizada mesmo a —rg‹os ou agentes n‹o
subordinados? E a avoca•‹o?
9)! ƒ poss’vel a delega•‹o da decis‹o de recursos administrativos?
10)! Havendo rela•‹o de hierarquia, a avoca•‹o de compet•ncia sempre ser‡
poss’vel?
11)! Qual a diferen•a entre a finalidade e o objeto do ato administrativo?
12)! O que preceitua o princ’pio do formalismo moderado?
13)! A forma Ž um elemento vinculado ou discricion‡rio do ato
administrativo?
14)! O que Ž pressuposto de fato? E pressuposto de direito?
15)! Motivo e motiva•‹o s‹o sin™nimos?
16)! Atos que imponham deveres necessitam ser motivados?
17)! Qual a diferen•a entre motivo e m—vel?
18)! O que preceitua a teoria dos motivos determinantes?

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19)! O que s‹o os objetos vinculado e discricion‡rio do ato administrativo?


20)! O que Ž usurpa•‹o de fun•‹o pœblica?
21)! Qual a diferen•a do desvio de poder para o excesso de poder?
22)! O v’cio de forma importa na anula•‹o do ato?
23)! No que tange aos seus elementos, qual a diferen•a entre os atos
administrativos vinculados e os discricion‡rios?
24)! ƒ poss’vel o controle de mŽrito do ato administrativo pelo Judici‡rio?
25)! ƒ poss’vel o controle de atos administrativos discricion‡rios pelo
Judici‡rio?
26)! Considerando que o Poder Judici‡rio n‹o pode adentrar no mŽrito do
ato, Ž poss’vel asseverar que a discricionariedade Ž absoluta?
27)! Em eventual colis‹o entre um ato geral e um ato individual, qual deve
prevalecer?
28)! Os atos externos podem ser destinados ˆ pr—pria Administra•‹o?
29)! Uma decis‹o administrativa proferida pelo plen‡rio do Tribunal de
Contas Ž um ato simples, composto ou complexo?
30)! Uma portaria conjunta emitida pela Receita Federal e Procuradoria da
Fazenda Nacional Ž um ato composto ou complexo?
31)! Nos atos compostos, o ato acess—rio deve preceder ou anteceder o ato
principal?
32)! Considere os seguintes atos: a) apreens‹o de mercadorias; b)
permiss‹o de uso de bem pœblico; c) imposi•‹o de multa
administrativa; d) protocolo de documento. Quais deles s‹o atos de:
impŽrio? Gest‹o? Expediente?
33)! Qual a diferen•a entre ato nulo e anul‡vel?
34)! Quais v’cios nos elementos do ato podem ser sanados?
35)! Qual a diferen•a entre o ato perfeito e o ato v‡lido?
36)! ƒ poss’vel que um ato seja imperfeito e v‡lido? E imperfeito e inv‡lido?
37)! Qual a diferen•a para os atos normativos e as leis?
38)! ƒ poss’vel dizer que os contratos administrativos s‹o, em ess•ncia, atos
administrativos negociais?
39)! Qual a diferen•a entre a licen•a, a autoriza•‹o e a permiss‹o?
40)! A exonera•‹o de servidor Ž uma forma de invalidar sua nomea•‹o?
41)! Quais as diferen•as entre a anula•‹o e a revoga•‹o?
42)! O que Ž convalida•‹o?

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***Question‡rio: perguntas com respostas***

1)! Qual o conceito de ato administrativo?


De acordo com Maria Sylvia Di Pietro: Òdeclara•‹o do Estado ou de quem o
represente, que produz efeitos jur’dicos imediatos, com observ‰ncia da lei, sob
o regime jur’dico de Direito Pœblico e sujeita a controle pelo Poder Judici‡rioÓ2.
De acordo com JosŽ dos Santos Carvalho Filho: Òa exterioriza•‹o da vontade
de agentes da Administra•‹o Pœblica ou de seus delegat‡rios, nessa condi•‹o,
que, sob regime de direito pœblico, vise ˆ produ•‹o de efeitos jur’dicos, com o
fim de atender ao interesse pœblicoÓ3.
2)! O que Ž fato administrativo?
ƒ um fato jur’dico que produz efeitos sobre a Administra•‹o Pœblica, mesmo
que n‹o envolva a participa•‹o de agentes pœblicos.
Esses efeitos gerados sobre a Administra•‹o podem ser jur’dicos ou n‹o.
Quando n‹o produzem efeitos jur’dicos sobre a Administra•‹o, os fatos
administrativos s‹o tambŽm chamados de fato da Administra•‹o.
3)! O que significa dizer que os atos administrativos possuem presun•‹o
de legitimidade?
Significa dizer que se presume que os atos administrativos foram emitidos com
observ‰ncia da lei, produzindo efeitos imediatamente, ainda que eivados de
v’cios ou defeitos aparentes, atŽ sua eventual anula•‹o pela Administra•‹o ou
pelo Judici‡rio.
Essa presun•‹o Ž relativa, admitindo prova em contr‡rio. Todavia, quem deve
demonstrar eventuais v’cios do ato Ž o administrado, j‡ que a presun•‹o de
legitimidade produz o efeito de inverter o ™nus da prova em favor da
Administra•‹o.
4)! A imperatividade est‡ presente em todos os atos administrativos?
N‹o. A imperatividade est‡ presente somente nos atos imp›em obriga•›es ou
restri•›es.
5)! Quais os atributos da autoexecutoriedade?
Exigibilidade e executoriedade. A primeira seria caracterizada pela obriga•‹o
que o administrado tem de cumprir o comando imperativo do ato (uma coa•‹o
indireta). Por sua vez, a segunda seria a possibilidade de a pr—pria
Administra•‹o praticar o ato ou, utilizando de meios diretos de coer•‹o,
compelir, direta e materialmente, o administrado a pratic‡-lo (coa•‹o material,
direta).
6)! O que Ž o atributo da tipicidade?

2
Di Pietro, 2016, p. 239.
3
Carvalho Filho, 2017, p. 105.

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Segundo Maria Sylvia Di Pietro, ÒŽ o atributo pelo qual o ato administrativo deve
corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir
determinados resultados. Para cada finalidade que a Administra•‹o pretende
alcan•ar existe um ato definido em leiÓ4.
Esse atributo decorre diretamente do princ’pio da legalidade, impedindo que a
Administra•‹o pratique atos inominados, sem previs‹o legal, bem como a
pr‡tica de atos totalmente discricion‡rios e, consequentemente, arbitr‡rios, uma
vez que a lei j‡ define os limites em que a discricionariedade poder‡ ser
exercida.
7)! O que Ž o elemento da compet•ncia?
Compet•ncia Ž o poder atribu’do ao agente para a pr‡tica do ato, dizendo
respeito, assim, ao sujeito que, segundo expresso na norma, Ž o respons‡vel
por praticar determinado ato.
Decorre de norma expressa (n‹o h‡ presun•‹o de compet•ncia administrativa),
normalmente da lei, embora determinados agentes retirem sua compet•ncia
diretamente da Constitui•‹o (como o Presidente da Repœblica) ou de normas
administrativas infralegais (como um Regimento Interno).
8)! A delega•‹o pode ser realizada mesmo a —rg‹os ou agentes n‹o
subordinados? E a avoca•‹o?
Sim, embora o mais comum Ž que a delega•‹o ocorra quando h‡ rela•‹o de
hierarquia.
Por outro lado, a avoca•‹o s— Ž poss’vel na exist•ncia de rela•‹o de hierarquia.
9)! ƒ poss’vel a delega•‹o da decis‹o de recursos administrativos?
N‹o! O art. 13 da Lei 9.784/1999 disp›e que n‹o podem ser objeto de
delega•‹o:
a) a edi•‹o de atos de car‡ter normativo;
b) a decis‹o de recursos administrativos;
c) as matŽrias de compet•ncia exclusiva do —rg‹o ou autoridade.
10)! Havendo rela•‹o de hierarquia, a avoca•‹o de compet•ncia sempre
ser‡ poss’vel?
N‹o, a avoca•‹o n‹o ser‡ poss’vel quando se tratar de compet•ncia exclusiva do
subordinado.
11)! Qual a diferen•a entre a finalidade e o objeto do ato administrativo?
O objeto Ž o efeito jur’dico imediato que o ato produz, sua finalidade espec’fica,
seu conteœdo, seu resultado pr‡tico, que ser‡ vari‡vel: aquisi•‹o, transforma•‹o
ou extin•‹o de direitos.
Por sua vez, a finalidade Ž o efeito geral ou mediato (no futuro) do ato, que ser‡

4
Di Pietro, 2016, p. 244.

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sempre o mesmo (expresso ou implicitamente estabelecido na lei): a satisfa•‹o


do interesse pœblico.
12)! O que preceitua o princ’pio do formalismo moderado?
Preceitua que, para a pr‡tica de qualquer ato administrativo, devem ser exigidas
t‹o somente as formalidades estritamente essenciais, desprezando-se
procedimentos meramente protelat—rios, o que se coaduna com o art. 22 da Lei
9.784/1999, que disp›e que Òos atos do processo administrativo n‹o dependem
de forma determinada sen‹o quando a lei expressamente a exigirÓ.
13)! A forma Ž um elemento vinculado ou discricion‡rio do ato
administrativo?
Vinculado, porque deve ser exteriorizado na forma que a lei exigir. Somente no
caso de a lei n‹o exigir essa forma determinada Ž que a Administra•‹o poder‡
praticar o ato com a forma que lhe parecer mais adequada.
14)! O que Ž pressuposto de fato? E pressuposto de direito?
Pressuposto de fato Ž o conjunto de circunst‰ncias, de acontecimentos, de
situa•›es ocorridas no mundo real que levam a Administra•‹o a praticar o ato.
Por sua vez, pressuposto de direito Ž o dispositivo legal em que se baseia o ato.
15)! Motivo e motiva•‹o s‹o sin™nimos?
N‹o. O motivo Ž um elemento que est‡ presente em todos os atos
administrativos, correspondendo ˆs raz›es (pressupostos de fato de direito) que
justificam sua pr‡tica. J‡ a motiva•‹o Ž a exposi•‹o, exterioriza•‹o dos motivos,
ou seja, Ž a demonstra•‹o, por escrito, do que levou a Administra•‹o produzir
determinado ato administrativo, sendo importante para que haja um controle
mais eficiente da pr‡tica administrativa, tanto pela sociedade como pelos
demais Poderes e pela pr—pria Administra•‹o.
Embora o motivo sempre esteja presente em um ato administrativo, a
motiva•‹o, a rigor, somente ser‡ obrigat—ria quando a lei assim o exigir,
embora a doutrina e a boa pr‡tica administrativa defendam que sempre seja
aplic‡vel.
16)! Atos que imponham deveres necessitam ser motivados?
Sim, conforme art. 50 da Lei 9.784/1999:
Art. 50. Os atos administrativos dever‹o ser motivados, com indica•‹o dos
fatos e dos fundamentos jur’dicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou san•›es;
III - decidam processos administrativos de concurso ou sele•‹o pœblica;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitat—rio;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de of’cio;
VII - deixem de aplicar jurisprud•ncia firmada sobre a quest‹o ou discrepem

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de pareceres, laudos, propostas e relat—rios oficiais;


VIII - importem anula•‹o, revoga•‹o, suspens‹o ou convalida•‹o de ato
administrativo.

17)! Qual a diferen•a entre motivo e m—vel?


Motivo Ž a situa•‹o objetiva, real, externa ao agente que pratica o ato,
enquanto o m—vel Ž a inten•‹o, prop—sito, realidade interna, psicol—gica desse
agente.
No controle dos atos administrativos discricion‡rios, o exame do m—vel Ž
relevante, porque a pr‡tica de tais atos admite uma aprecia•‹o subjetiva do
agente pœblico quanto ˆ melhor forma de proceder para dar correto atendimento
ˆ finalidade legal, de modo que o ato ser‡ inv‡lido, se o m—vel do agente estiver
viciado (ex: tiver como objetivo favorecer ou perseguir alguŽm).
Nos atos completamente vinculados, o exame do m—vel Ž irrelevante, porque a
lei j‡ define o œnico comportamento poss’vel perante o motivo por ela j‡
caracterizado, inadmitindo qualquer subjetivismo por parte do agente.
18)! O que preceitua a teoria dos motivos determinantes?
Que a validade do ato est‡ adstrita aos motivos indicados como seu
fundamento, de maneira que, se os motivos forem inexistentes ou falsos, o ato
ser‡ nulo.
19)! O que s‹o os objetos vinculado e discricion‡rio do ato administrativo?
Nos atos vinculados, o objeto deve ser exatamente aquele que a lei estabeleceu.
Esse Ž o objeto vinculado.
Por outro lado, nos atos discricion‡rios, o objeto pode ser escolhido pelo agente
pœblico, dentre os poss’veis autorizados na lei, mediante a avalia•‹o dos
critŽrios de conveni•ncia e oportunidade. Esse Ž o objeto vari‡vel.
20)! O que Ž usurpa•‹o de fun•‹o pœblica?
ƒ o apoderamento da atribui•‹o de agente pœblico por parte de alguŽm que n‹o
sido investido no cargo, emprego ou fun•‹o (ex: uma pessoa qualquer se vestir
de policial e passar a fazer patrulhas nas ruas, sem ter sido investido no cargo),
sendo considerados inexistentes os atos praticados pelo usurpador.
21)! Qual a diferen•a do desvio de poder para o excesso de poder?
Desvio de poder (ou desvio de finalidade) Ž a pr‡tica de ato visando fim diverso
do previsto, mesmo que implicitamente, na lei (ex: remo•‹o de servidor pœblico
com o objetivo de puni-lo). Trata-se de v’cio de finalidade do ato.
O excesso de poder ocorre quando o agente excede os limites da sua
compet•ncia para praticar determinado ato (ex: demiss‹o de servidor aplicada
por Ministro de Estado, quando a lei lhe permitia aplicar apenas a penalidade de
suspens‹o, devendo a penalidade de demiss‹o ser aplicada exclusivamente pelo
Presidente da Repœblica).
22)! O v’cio de forma importa na anula•‹o do ato?

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S— quando a forma for essencial. Nos demais casos, o v’cio Ž san‡vel e o ato
pass’vel de convalida•‹o.
23)! No que tange aos seus elementos, qual a diferen•a entre os atos
administrativos vinculados e os discricion‡rios?
Nos atos administrativos vinculados, o agente pœblico n‹o possui margem para
valorar ou escolher nenhum de seus elementos, j‡ que todos s‹o vinculados.
J‡ nos atos administrativos discricion‡rios, s‹o vinculados os elementos
compet•ncia, finalidade e forma, mas os demais s‹o discricion‡rios, de modo
que o agente que pratica o ato pode valorar seu motivo e escolher seu objeto,
ou seja, o mŽrito do ato.
24)! ƒ poss’vel o controle de mŽrito do ato administrativo pelo Judici‡rio?
N‹o, somente a pr—pria Administra•‹o pode realizar o controle do mŽrito do ato
administrativo, que resulta na sua revoga•‹o. (e n‹o anula•‹o, que Ž um
controle de legalidade ou legitimidade).
25)! ƒ poss’vel o controle de atos administrativos discricion‡rios pelo
Judici‡rio?
Sim, mas nunca do mŽrito do ato: somente da legalidade ou legitimidade do
ato, resultando na sua anula•‹o em caso de v’cio em seus elementos.
26)! Considerando que o Poder Judici‡rio n‹o pode adentrar no mŽrito do
ato, Ž poss’vel asseverar que a discricionariedade Ž absoluta?
N‹o, a discricionariedade deve: a) ser exercida nos limites da lei; b) observar
os princ’pios da Administra•‹o Pœblica, especialmente os da razoabilidade, da
proporcionalidade e da moralidade; e c) atender ˆ teoria dos motivos
determinantes.
27)! Em eventual colis‹o entre um ato geral e um ato individual, qual deve
prevalecer?
O ato geral, uma vez que, na pr‡tica de atos individuais, a Administra•‹o Ž
obrigada a observar os atos gerais pertinentes ao caso.
28)! Os atos externos podem ser destinados ˆ pr—pria Administra•‹o?
Sim, os atos externos podem ser destinados tanto aos particulares quanto ˆ
pr—pria Administra•‹o; o que os distingue dos atos internos Ž o fato de
produzirem efeitos fora da reparti•‹o que os originou.
29)! Uma decis‹o administrativa proferida pelo plen‡rio do Tribunal de
Contas Ž um ato simples, composto ou complexo?
Simples, porque proveniente da manifesta•‹o de um œnico —rg‹o.
30)! Uma portaria conjunta emitida pela Receita Federal e Procuradoria da
Fazenda Nacional Ž um ato composto ou complexo?
Complexo, porque decorre de duas manifesta•›es de vontade aut™nomas,
provenientes de —rg‹os diversos, resultando em um œnico ato.

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31)! Nos atos compostos, o ato acess—rio deve preceder ou anteceder o ato
principal?
Os dois: o ato acess—rio pode ser prŽvio, com a fun•‹o de autorizar a pr‡tica do
ato principal, ou posterior, com a fun•‹o de conferir efic‡cia ao ato principal.
32)! Considere os seguintes atos: a) apreens‹o de mercadorias; b)
permiss‹o de uso de bem pœblico; c) imposi•‹o de multa
administrativa; d) protocolo de documento. Quais deles s‹o atos de:
impŽrio? Gest‹o? Expediente?
a) apreens‹o de mercadorias: ato de impŽrio.
b) permiss‹o de uso de bem pœblico: ato de gest‹o.
c) imposi•‹o de multa administrativa: ato de impŽrio.
d) protocolo de documento: ato de expediente.
33)! Qual a diferen•a entre ato nulo e anul‡vel?
O ato nulo possui v’cio insan‡vel em um dos seus elementos constitutivos,
sendo ilegal e ileg’timo e, por isso, n‹o pode ser convalidado, devendo ser
anulado.
J‡ o ato anul‡vel Ž o que apresenta defeito san‡vel, sendo pass’vel de
convalida•‹o pela pr—pria Administra•‹o.
34)! Quais v’cios nos elementos do ato podem ser sanados?
S‹o san‡veis os v’cios de compet•ncia quanto ˆ pessoa (e n‹o quanto ˆ
matŽria), exceto se se tratar de compet•ncia exclusiva, e o v’cio de forma, a
menos que se trate de forma essencial exigida em lei.
35)! Qual a diferen•a entre o ato perfeito e o ato v‡lido?
O ato perfeito Ž o que contŽm todos elementos constitutivos previstos na lei.
J‡ o ato v‡lido Ž aquele cujos elementos de forma•‹o n‹o apresentam nenhum
v’cio.
36)! ƒ poss’vel que um ato seja imperfeito e v‡lido? E imperfeito e
inv‡lido?
Nenhuma dessas combina•›es Ž poss’vel, porque o ato imperfeito, a rigor,
sequer existe como ato administrativo, porque n‹o cumpriu todas suas etapas
de forma•‹o, de modo que todo ato v‡lido Ž, necessariamente, v‡lido ou
inv‡lido.
37)! Qual a diferen•a para os atos normativos e as leis?
As leis s‹o elaboradas a partir do processo legislativo e podem criar direitos e
obriga•›es o direito, ou seja, podem inovar o ordenamento jur’dico, enquanto
que os atos normativos s‹o praticados pela Administra•‹o e n‹o podem inovar
no ordenamento jur’dico.
38)! ƒ poss’vel dizer que os contratos administrativos s‹o, em ess•ncia,
atos administrativos negociais?

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N‹o, porque n‹o s‹o atos bilaterais, mas sim atos unilaterais, embora haja
presen•a de interesse rec’proco entre as partes.
39)! Qual a diferen•a entre a licen•a, a autoriza•‹o e a permiss‹o?

Licen•a Autoriza•‹o Permiss‹o

Vinculado Discricion‡rio Discricion‡rio

Definitivo Prec‡rio Prec‡rio

Refere-se apenas ao
Possibilita ao
particular o exerc’cio uso de bem pœblico;
de alguma atividade caso se refira ˆ
material de delega•‹o de
predominante servi•os pœblicos, a
Confere direitos
interesse dele e que, permiss‹o deve ser
ao particular que
sem esse
preencheu todos
consentimento, seria
formalizada
os requisitos mediante um
legalmente proibida,
legais.
ou a presta•‹o de Òcontrato de
servi•o pœblico n‹o ades‹oÓ, precedido
exclusivo do Estado, de licita•‹o (ou seja,
ou, ainda, a utiliza•‹o
n‹o constitui um ato
de um bem pœblico.
administrativo).

40)! A exonera•‹o de servidor Ž uma forma de invalidar sua nomea•‹o?


N‹o, a exonera•‹o de servidor extingue os efeitos do ato de sua nomea•‹o em
raz‹o de contraposi•‹o.
Por outro lado, a invalida•‹o da nomea•‹o ocorreria caso constatado que o ato
de nomea•‹o foi ilegal.
41)! Quais as diferen•as entre a anula•‹o e a revoga•‹o?
A anula•‹o Ž o desfazimento do ato administrativo por quest›es de legalidade
ou de legitimidade, produzindo efeitos retroativos ˆ data da pr‡tica do ato (ex
tunc). N‹o gera direitos adquiridos, embora a jurisprud•ncia venha
reconhecendo a necessidade de proteger os efeitos produzidos em rela•‹o aos
terceiros de boa-fŽ. Opera tanto sobre atos vinculados como discricion‡rios.
J‡ a revoga•‹o Ž a retirada de um ato administrativo v‡lido do mundo jur’dico
por raz›es de oportunidade e conveni•ncia, possuindo efeitos e oportunidade,
produzindo efeitos prospectivos (para frente ou ex nunc). Deve respeitar
direitos adquiridos. Opera somente sobre atos discricion‡rios.
ƒ importante destacar que os tribunais superiores t•m entendido que tanto a
anula•‹o quanto a revoga•‹o de atos que desfavore•a interesses do
administrado deve ser precedida (tem que ser antes!) de procedimento
administrativo em que lhe seja assegurado o exerc’cio do direito ao

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contradit—rio e ˆ ampla defesa, mesmo que seja n’tida a ilegalidade.


42)! O que Ž convalida•‹o?
ƒ a faculdade de a Administra•‹o corrigir e regularizar os v’cios san‡veis
dos atos administrativos, produzindo efeitos ex tunc, a fim de preservar e
tornar v‡lidos os efeitos j‡ produzidos pelo ato enquanto ainda eivado de
v’cios.
A convalida•‹o pode operar tanto em atos vinculados como
discricion‡rios, n‹o sendo um controle de mŽrito, mas de legalidade.
Na esfera federal, a Lei 9.784/99 prev• a possibilidade de convalida•‹o
nos seguintes termos:
Art. 55. Em decis‹o na qual se evidencie n‹o acarretarem les‹o ao interesse
pœblico nem preju’zo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos
san‡veis poder‹o ser convalidados pela pr—pria Administra•‹o.

Assim, nos termos do dispositivo, a convalida•‹o na esfera federal deve


observar os seguintes requisitos:
a) n‹o pode prejudicar terceiros;
b) deve visar a realiza•‹o do interesse pœblico;
c) deve recair sobre v’cios san‡veis.
...
Grande abra•o e bons estudos!

Ò Voc• n‹o pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do


barco para chegar aonde quiser.Ó
(Confœcio)

Tœlio Lages

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ANEXO I – LISTA DE QUESTÕES

1.(Cespe/2017/TRT-7/Analista em TI) A administra•‹o pœblica pode executar


diretamente seus atos administrativos, atŽ mesmo pelo uso da for•a, sem a
necessidade da interven•‹o do Poder Judici‡rio. Essa prerrogativa corresponde ao
atributo da
a) autoexecutoriedade.
b) tipicidade.
c) presun•‹o de legitimidade.
d) discricionariedade.
2.(Cespe/2017/Seres-DF) No que se refere aos poderes administrativos, aos atos
administrativos e ao controle da administra•‹o, julgue o item seguinte.
Presun•‹o de legitimidade Ž atributo universal aplic‡vel a todo ato administrativo.
3.(Cespe/2017/TCE-PE/Analista de Controle Externo) A respeito de princ’pios
da administra•‹o pœblica, ato administrativo, poderes da administra•‹o, improbidade
administrativa e regime jur’dico dos funcion‡rios pœblicos civis do estado de
Pernambuco, julgue o item a seguir.
Situa•‹o hipotŽtica: Determinado contrato pœblico foi assinado por um funcion‡rio
subordinado ˆ autoridade competente; um ano depois, ao constatar o problema, a
autoridade convalidou o ato, ap—s certificar-se da aus•ncia de potencial lesivo e
verificar que os requisitos contratuais haviam sido preenchidos. Assertiva: Nessa
situa•‹o, a autoridade competente agiu ilicitamente ao convalidar o ato, uma vez que
este estava eivado de v’cio insan‡vel.
4.(Cespe/2017/TCE-PE/Analista de Gest‹o) Com refer•ncia a atos
administrativos e improbidade administrativa, julgue o item subsequente.
O ato administrativo deve ser avaliado pelo seu conteœdo, n‹o devendo ser invalidado
por desobedi•ncia a requisitos de forma.
5.(Cespe/2017/TCE-PE/Analista de Gest‹o) Com refer•ncia a atos
administrativos e improbidade administrativa, julgue o item subsequente.
Na revoga•‹o, o ato Ž extinto por oportunidade e conveni•ncia, ao passo que, na
anula•‹o, ele Ž desfeito por motivo(s) de ilegalidade.
6.(Cespe/2017/TCE-PE/Auditor de Controle Externo) Com rela•‹o a agentes
pœblicos, atos administrativos, poderes da administra•‹o pœblica e responsabilidade
civil do Estado, julgue o item subsequente.
Concedida aposentadoria a servidor pœblico, o prazo decadencial para a administra•‹o
rever o ato concessivo ter‡ in’cio somente a partir da manifesta•‹o do tribunal de
contas sobre o benef’cio.
7.(Cespe/2017/Seres-PE/Agente de Seguran•a) Assinale a op•‹o que apresenta

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o ato administrativo mediante o qual a administra•‹o pœblica faculta, de forma


unilateral e vinculada, a um cidad‹o exercer determinada atividade para a qual
preencha os requisitos legais.
a) homologa•‹o
b) autoriza•‹o
c) permiss‹o
d) licen•a
e) aprova•‹o
8.(Cespe/2017/SEDF) No que se refere aos poderes administrativos, aos atos
administrativos e ao controle da administra•‹o, julgue o item seguinte.
Ato praticado por usurpador de fun•‹o pœblica Ž considerado ato irregular.
9.(Cespe/2017/SEDF) JosŽ, chefe do setor de recursos humanos de determinado
—rg‹o pœblico, editou ato disciplinando as regras para a participa•‹o de servidores em
concurso de promo•‹o.
A respeito dessa situa•‹o hipotŽtica, julgue o item seguinte.
O ve’culo normativo adequado para a edi•‹o do referido ato Ž o decreto.
10.(Cespe/2016/PC-GO/Agente de Pol’cia) O ato que concede aposentadoria a
servidor pœblico classifica-se como ato
a) simples.
b) discricion‡rio.
c) composto.
d) declarat—rio.
e) complexo.
!

GABARITO QUESTÍES OBJETIVAS

1.A 2.C 3.E

4.E 5. C 6.C

7.D 8.E 9.E

10.E
!
! !

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito
constitucional para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; S‹o Paulo: MƒTODO,
2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constitui•‹o e o Supremo. 5. ed. Bras’lia:
STF, Secretaria de Documenta•‹o, 2016.
CARVALHO FILHO, JosŽ dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. S‹o
Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte:
F—rum, 2016.
JUSTEN FILHO, Mar•al. Curso de direito administrativo. 10. ed. S‹o Paulo: Revista
dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Ag•ncias reguladoras e o poder normativo. 1. ed. S‹o
Paulo: Baraœna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. S‹o Paulo: Saraiva,
2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. S‹o Paulo:
Malheiros, 2014.
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