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CENTRO INTERAMERICANO DE ADMINISTRACIONES TRIBUTARIAS

CURSO ESPECIALIZADO DE ADMINISTRACIÓN TRIBUTARIA

JEFFERSON RIBEIRO MARQUES

OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL E SUA RELAÇÃO COM OS


OBJETIVOS E AS POLÍTICAS DE ESTADO

Campos dos Goytacazes, Brasil


Janeiro/2012
JEFFERSON RIBEIRO MARQUES

OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL E SUA RELAÇÃO COM OS


OBJETIVOS E AS POLÍTICAS DE ESTADO

Artigo Acadêmico apresentado em cumprimento às exigências


para a conclusão do curso especializado de administración
tributaria oferecido pelo Centro Interamericano de
Administraciones Tributarias (CIAT)

Campos dos Goytacazes, Brasil


janeiro/2012
CENTRO INTERAMERICANO DE ADMINISTRACIONES TRIBUTARIAS

CURSO ESPECIALIZADO DE ADMINISTRACIÓN TRIBUTARIA

JEFFERSON RIBEIRO MARQUES

OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL E SUA RELAÇÃO COM OS


OBJETIVOS E AS POLÍTICAS DE ESTADO

Artigo Acadêmico apresentado em cumprimento às exigências


para a conclusão do curso especializado de administración
tributaria oferecido pelo Centro Interamericano de
Administraciones Tributarias (CIAT).

Aprovado em ____/_____/_______.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________
Orientador
RESUMO

O presente trabalho tem a finalidade de estabelecer um alcance temático sobre o tema proposto para
pesquisa, que é: “Los objetivos estratégicos de la administración tributaria y su relación con los objetivos y
políticas del Estado.” temos como objetivo fazer uma análise da gestão aplicada na Administração Pública
Fiscal Federal relacionada com os objetivos do Estado Brasileiro. Assim, procuramos, para efeito do
trabalho em questão, trazer contribuições de vários doutrinadores acerca da gestão e as aplicações
específicas na área pública. Para tanto, buscou-se, trazer para o debate questões relativas à evolução do
processo de reforma administrativa impulsionada a partir da década de 90. Apresentando-se como tema
principal uma comparação entre os avanços obtidos nesta gestão e os desafios e particularidades encontrados
no Serviço Público. Onde a rigidez legislativa e as limitações financeiras fazem com que o gestor público
tenha que ser mais criativo do que no setor privado. Assim, apresentaremos os desafios impostos à
Administração Pública para a implementação de uma gestão sintonizada com a Gestão Geral do Estado
Brasileiro e propomos uma possível solução.

Palavras-chave: Gestão; Administração Fiscal; Objetivos estratégicos, Politicas de Estado.


ABSTRACT

The present work aims to establish a thematic scope of the proposed topic for research that is "strategic
objectives Los de la y surelación Tax Administration with the aims policies y del Estado." We aim to analyze
the applied management Federal TaxAdministration in connection with the objectives of the Brazilian
State. So we try to effect the work in question bring about the contributions of several scholars of
management and specific applications in the public area. To this end, we sought to bring issuesto the
debate on the evolution of administrative reform process driven from the 90's. Presenting itself as a main
theme of comparingthe progress made in this administration and the challenges and peculiarities found in
the Public Service. Where rigid legislative and financial constraints mean that the public manager has to
be more creative than in the private sector. Thus, we present thechallenges facing public administration to
implement a management tuned to the General Management of the Brazilian State and propose a possible
solution.

Keywords: Management, tax, Strategic Objectives, Policies of State.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa Político da República Federativa do Brasil.........................................................................09


Figura 2 – Portal da República........................................................................................................................ 09
Figura 3 – Portal do Governo..........................................................................................................................10
Figura 4 – Organograma do Governo Federal Brasil......................................................................................15
Figura 5 – Organograma da Receita Federal do Brasil...................................................................................18
Figura 6 – Mapa Estratégico da Receita Federal do Brasil..............................................................................19
Figura 7 – Acerto de Contas ............................................................................................................................21
Figura 8 – Organograma IRS............................................................................................................................26
Figura 9 – Resumo das Coleções antes de Reembolso.....................................................................................28

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................6

2 A CAPACITAÇÃO E A GESTÃO ESTRATÉGICA............................................................7


2.1 COMPETÊNCIA.................................................................................................................9
2.2 FUNÇÃO DA SELEÇÃO E CAPACITAÇÃO.................................................................10

3. ESTABELECENDO COMPETÊNCIAS............................................................................13
3.1 COMPETENCIAS TECNICAS.........................................................................................14
3.2 ENTREVISTAS COMPORTAMENTAIS.........................................................................15

4.PROJETOS DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO.......................................................16


4.1.LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES......................................................................18
4.2.PLANEJAMENTO.............................................................................................................18
4.3.EXECUÇÃO DO TREINAMENTO..................................................................................20
4.4.AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO................................................................................21

5. CONCLUSÃO......................................................................................................................22

6. REFERÊNCIAS....................................................................................................................24
1. INTRODUÇÃO

Atualmente vivemos uma fase de mudanças no serviço público federal com relação ao enfoque que é

dado em sua gestão. Desde a reforma administrativa trazida pela Emenda Constitucional 19 de 1998, que

criou o princípio da eficiência, o Estado Brasileiro passou a se preocupar com a questão da qualidade dos

serviços prestados. E, por via de conseqüência, começou-se a voltar a atenção para uma melhor qualificação

e aprimoramento de seus serviços de modo a atender os objetivos do Estado.

A relação entre tributação e o desenvolvimento que um dos objetivos do Estado nunca esteve tão

próxima. A Estagnação do crescimento, as crises econômicas, o desemprego, o aumento da carga tributária, a

falta de recursos para promoção de políticas públicas, o aumento de juros e baixo índice de investimento

estrangeiro, são temas cotidianos no Brasil e no Mundo que se alternam dentro do processo econômico.

Ressaltando-se, também, que conforme foi notado na confecção do presente trabalho, na evolução do

Estado Brasileiro houve uma preocupação maior com a melhor gestão dos recursos públicos em razão do

grande endividamento do Estado na década de 80. O que motivou a busca por métodos de gestão mais

voltados para iniciativa privada, onde há evidente preocupação com os custos.

Nessa diversidade dos fatores que compõem o sistema econômico, como por exemplo: índices de

arrecadação orçamentária, superávit comercial, déficit público, política de juros e carga tributária, e da

relação de causa e efeito que uns exercem sobre os outros, o conceito de gestão voltada para o

desenvolvimento se confunde, sendo associado, muitas vezes, ao sucesso ou a fracasso de políticas

Estratégicas.

Diante destes fatos, a administração pública cada vez mais busca novos métodos de gestão mais

próximos de conceitos de gestão da iniciativa privada. Neste sentido, a Administração Fiscal passa a ser cada

vez mais estratégica na Administração Pública, passando a tratar com mais seriedade a gestão e a estratégia

institucional.

Ao reconhecer a importância tal as ações praticadas pela área Administração Fiscal passaram a ter

um alinhamento com a estratégia organizacional do Estado como um todo.

Por fim, é oportuno dizer que sistema tributário é descrito no presente artigo tem como base os
comandos constitucionais que não apenas definem a competência tributária de cada ente da federação

Brasileira, como também normatizam o fluxo de transferências entre os mesmos. Quanto à administração

tributária o nosso foco recai sobre a Secretaria da Receita Federal do Brasil, pois esta instituição é

responsável pela maior parcela da arrecadação tributária no Brasil.

2- CONHECENDO AS CARACTERISTICAS POLITICAS DO ESTADO OBJETO DE INVESTIGAÇÃO.

Nosso objeto de pesquisa, ou seja o país cujo estado administração fiscal será objeto de estudo será a
República Federativa do Brasil e a sua principal e maior Administração Tributária, a Receita Federal do
Brasil no período compreendido entre os anos de 2009 e 2011.
O Brasil é o quinto país de maior extensão territorial no mundo e o primeiro do hemisfério sul, com uma
superfície de 8,514 milhões de km2. Excetuando-se o Chile e o Equador, o Brasil se limita com todos os
países da América do Sul, possuindo mais de 15,7 mil quilômetros de fronteiras terrestres. Além disso
possui 7,3 mil quilômetros de fronteiras marítimas (Oceano Atlântico). A República Federativa do Brasil é
formada pela União, 26 Estados, Distrito Federal e mais de 5.500 Municípios. O País se divide em cinco
macro-regiões territoriais: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que agrupam Estados com traços
físicos, humanos, econômicos e sociais comuns.
Preliminarmente devemos entender que por ser o Brasil uma Republica Federativa com sistema de
Governo Presidencialista, um sistema de governo no qual o presidente da república é chefe de governo e
chefe de Estado os objetivos internos e externos não são necessariamente os mesmos.
A República é o regime político em que o chefe de estado é eleito pelo povo de forma direta ou indireta, por
meio de uma assembléia representativa, para cumprir um mandato por “tempo determinado”. A república
pode ser parlamentarista, sistema em que o poder se concentra no Parlamento, ou presidencialista, em
que o chefe de estado detém também a chefia de governo. Por definição, a organização política
republicana está voltada para a gestão do interesse comum da sociedade. O nome vem do latim res
publica, que significa “coisa pública”.
Portanto a fim de compreendermos o sistema politico do País em pesquisa, o Brasil. Será necessário
tecer algumas lições prévias sobre sistema de governo.
No Brasil a independência política sobre o domínio de Portugal ocorreu no dia 7 de setembro de 1822,
data em que foram rompidos os laços coloniais . Nessa mesma data, hoje, é comemorado feriado nacional
no Brasil.
A Constituição vigente no Brasil é semi-rígida e muito nova, datando de 5 de Outubro de 1988, ela foi
elaborada pouco depois do término de um longo período de Ditadura Militar, o qual governou o país entre
os anos de 1964 a 1984.
Atualmente, o voto nas eleições é secreto e obrigatório para todos os brasileiros entre 18 e 65 anos, sendo
facultativo apenas para os analfabetos, pessoas acima de 65 anos e jovens de 16 ou 17 anos.
Podemos ver na figura1 que a Divisão política do Brasil como já narramos é a República Federativa,
constituída por 26 estados membros, um Distrito Federal e milhares de Municípios todos com autonomia
Politica, financeira e legislativa observados os preceitos do poder constituinte central, insculpidos na
Constituição Federal.
Figura 01 – Mapa politico da República federativa do Brasil. Fonte: Site Ache tudo. outubro 2011.
disponível na lnternet no endereço <http://www.achetudoeregiao.com.br/ATR2/mapa_brasil.htm>

O Distrito Federal sede do Governo e República está localizado no ponto mais central da geografia
brasileira, e abriga Brasília, a capital, portanto A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito
e Representa o Estado Brasileiro por seu chefe de Estado que é o mais alto representante público do
Estado-nação, cujo papel inclui geralmente a personificação da continuidade e legitimidade do Estado e o
exercício de poderes, funções e deveres atribuídos ao chefe de Estado pela Constituição do Brasil, na
figura abaixo ilustramos com o portal da Presidência da República.

Figura 02 – Portal da República Planalto.com. Fonte: Site planalto.com. outubro 2011. disponível na
lnternet no endereço < http://www2.planalto.gov.br/>
Assim o Estado Federal ou Federação, a forma de Estado que o Brasil, está lastreado na união de
coletividades regionais políticas autônomas, denominadas Estados federados ou Estados-membros ou
simplesmente Estados. Acrescenta-se dentro do nosso contexto, o Distrito Federal e também os
municípios – incluídos nessa estrutura político-administrativa tendo como principais Características:

Descentralização política ou repartição constitucional de competências; repartição constitucional de


rendas; participação da vontade das entidades locais; ordens jurídicas parciais local e ordem jurídica
central; possibilidade de auto-constituição – em que os Estados-membros podem elaborar suas
próprias Constituições, respeitando os princípios básicos da Constituição federal e aos municípios
elaborarem sua própria lei orgânica, como mera manifestação do poder legislativo municipal ou local; e
autonomia administrativa.
Paralelamente a União, ente responsável pelo governo interno do pais no sistema de governo adotado, no
qual há uma nítida separação dos poderes entre o executivo e o legislativo e judiciário exerce seu poder
com independência e harmônia, de maneira que o poder executivo é exercido independentemente do
parlamento, também é oportuno dizer que o presidente não é diretamente responsável perante este e não
pode ser demitido em circunstâncias normais na figura abaixo ilustramos com o portal do Governo da
União.

Figura 03 – Portal do Governo. Fonte: Site Governo Brasileiro. outubro 2011. disponível na lnternet
no endereço < http\\www.brasil.gov.br>

Em síntese, no Brasil o chefe de Governo representa o país no âmbito das políticas e economia interna do
País, no caso representa o país com relação aos cidadãos e os governadores dos estados internos.
Governo é a lida diária de todos os problemas da nação, em todos os seus detalhes, desde a nomeação
de um funcionário até uma decisão de construir um aeroporto.
Já o chefe de Estado representa o país com relação aos outros paises, assim atua no ambito internacional.
Representa o Estado, é a nação como um todo, a composição de seus estados e territórios, sua
constituição, suas leis e o conjunto de seus cidadãos.
Assim no Brasil, o sistema é a presidencialista, onde o presidente acumula o cargo de chefe de Estado e
chefe de Governo não obstante suas distintas funções.

3- GESTÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL


3.1- EVOLUÇÃO DA GESTÃO POR COMPETÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Durante a década de 80, o mundo passou por várias transformações, tendo como enfoque principal a reforma
do Estado. Fator esse que foi impulsionado pela crise financeira mundial, principalmente em decorrência de
choque do petróleo a partir de 1973 . No Brasil, em razão da crescente dívida externa e o processo de
redemocratização, passou-se a repensar no papel do Estado.
Apesar de por muito tempo ter perdurado no Brasil a idéia de que a redução da intervenção do Estado na
economia teria grandes conflitos em um governo democrático, as democracias modernas correm cada vez
mais em direção à adesão de Estados reduzidos.
Assim, instituições democráticas deveriam ser capazes de, sobretudo, constituir governos com capacidade
de reagir à mudança das relações entre as forças políticas; possuir mecanismos de consulta ou controle dos
cidadãos sobre os representantes para a formulação e implementação de políticas públicas; e respeitar as
instituições políticas em vigência.
Nesta linha, a partir da Constituição de 1988, o Brasil começou o processo de redução do tamanho do
Estado, com vistas a torná-lo capaz de atender às demandas sociais, conforme direitos reconhecidos na
mesma carta constitucional.
A partir da década de 90, com a globalização, a necessidade de qualificação de produtos e serviços passou a
ser vital para o mundo empresarial. O que motivou cada vez mais a implementação de uma gestão mais
voltada para a melhoria de seus procedimentos.
Com a criação do Ministério da Administração e Reforma do Estado – MARE, em 1995, buscou-se
promover como política de Estado, a agilização, eficiência e transparência do processo de decisão política do
próprio Estado. Onde a sociedade passava cada vez mais a exercer seu papel fiscalizador, como
conseqüência do processo de redemocratização iniciado na década anterior. Iniciava-se a Reforma de
Gerencial do Estado.
Neste contexto e visando a adequação ao processo de globalização, ocorreu a reforma administrativa com
promulgação da emenda constitucional nº. 19, de 4 de junho de 1998, que incluiu no ordenamento jurídico
brasileiro, de forma expressa na Constituição Federal, o princípio da eficiência, alterando o caput do artigo
37.
Segundo MORAES (2001), o princípio da eficiência visa à busca da melhor utilização possível dos recursos
públicos para a melhor prestação do serviço público. A eficiência, portanto, aproxima-se da idéia de
economicidade . Visa-se a atingir os objetivos, traduzidos pela boa prestação de serviços, do modo mais
simples, mais rápido, e mais econômico, elevando a relação custo/benefício do trabalho público.
A mesma reforma administrativa também flexibilizou o instituto da estabilidade do servidor, admitindo a
demissão por baixo desempenho . O que pode abrir caminho para uma avaliação do desempenho do servidor,
adequando-o às metas do órgão.
Para se adequar à nova realidade, o Estado precisa dispor de uma gestão profissionalizada e corrigir todas
essas distorções para se tornar ágil e eficiente e o servidor público tem que ter restauradas a sua dignidade,
responsabilidade e capacidade de criação, de forma a que possa de fato cumprir a sua função de contribuir
para o bem-estar da população.
Neste sentido, tendo em vista a necessidade de aprimorar a prestação de serviços, passou-se a reconhecer a
importância da gestão de pessoas na Administração Pública. As reclamações referentes à má-qualidade no
atendimento e na prestação do serviço sempre foram a tônica quando surgem discussões referentes aos
agentes da administração.
Em organizações públicas, a implementação de modelos de gestão por competências revela-se experiência
recente. O desafio de se otimizar a alocação de recursos, reduzir despesas e de ampliar a cobertura de
atendimento para os segmentos menos favorecidos de nossa sociedade vem demandando um crescente
esforço de profissionalização na gestão da máquina pública.
Assim um núcleo estratégico foi definido como o centro de decisão do governo, onde foram formuladas as
políticas e as leis que orientaram a execução de todas as demais atividades. Atividades exclusivas foi o nome
dado ao setor em que a produção dos serviços deveria, necessariamente, ser realizada pelo Estado, tais como
serviços de fiscalização e poder de polícia, entre outros.
Por fim, o plano dirigente previa a criação de agências executivas mais flexíveis, dotadas de maior
autonomia de gestão. Os serviços não-exclusivos referiram se a serviços em que, além do Estado, atuariam
organizações públicas nãoestatais e a iniciativa privada. Nesse âmbito, o Estado ficaria responsável pelo
fomento e controle dos resultados, permitindo que a execução direta desses serviços fosse realizada pelas
organizações públicas não-estatais. A produção de bens para o mercado caracterizava-se por atividades
voltadas para o mercado, que deveriam ser transferidas para a iniciativa privada.

3.2 - IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO POR COMPETÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


FEDERAL
A partir da década de 90, houve uma evolução dos sistemas informatizados o que possibilitou um maior
controle dos dados relacionados à capacitação e habilidades do servidor. O que facilitou as informações
gerenciais para política de recursos humanos da Administração Pública. De modo a possibilitar um
planejamento da força de trabalho, baseando-se no histórico da capacitação.
Neste contexto, o Ministério do Planejamento, por meio da Secretaria de Gestão do Ministério do
Planejamento – SEGES, desenvolveu um sistema, intitulado PVSCAP (Plano de Valorização do Servidor –
Capacitação) no qual estão incluídas as informações para cada órgão e cargo com seus objetivos e metas
referentes às competências necessárias, as competências existentes, bem como as ações de capacitação que
visam reduzir o Gap observado.
O PVSCAP é uma ferramenta gerencial flexível e facilmente adaptável, oferecendo aos gestores públicos
meios eficientes e eficazes para o desenvolvimento da capacitação dos servidores. A metodologia aplicada
para a construção deste instrumento vincula as competências profissionais aos objetivos organizacionais.
A alimentação do sistema decorre de discussões entre os funcionários e as respectivas chefias de equipe.
Assim, a formação deste banco facilitará a futuras tomadas de decisão em termos de gestão de pessoas.

No tocante à capacitação, a Administração Pública vem proporcionando cada vez mais eventos de
desenvolvimento, tanto do servidor quanto de seus parceiros, por meio de suas escolas de governo, ou seja,
Escola Nacional de Administração Pública – ENAP e Escola de Administração Fazendária – ESAF.
Em razão da preocupação com o desenvolvimento e capacitação, criou-se a Política e as Diretrizes para o
Desenvolvimento de Pessoal, por meio do Decreto nº 5.707, de 23 de fevereiro de 2006, estabelecendo os
critérios, metas e diretrizes para a capacitação e desenvolvimento de servidores.
Neste sentido, as escolas de governo ocupam um papel de Universidade Coorporativa , uma vez que
difundem o conhecimento em todos os envolvidos como processo, seja no âmbito da organização, seja no
entre os cidadãos-clientes.

3.3 ALGUNS DESAFIOS DA GESTÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL


A Administração Pública fica submetida às contínuas transformações por conta das mudanças de governo.
Essa situação representa uma tensão que se reflete na forma de gerir os recursos humanos. Toda mudança de
governo pode provocar um desajuste difícil de superar, por maior que seja o comprometimento do quadro de
pessoal.
Assim, manter a estabilidade da organização com a mudança provocada pela alteração de governo é um
desafio a ser atingido. Essa condição implica desenvolver estratégias de recursos humanos que permitam
dotá-los de maior flexibilidade para que se possa constituir organizações públicas permanentes, sem perder
de vista as necessidades de mudança.
Além da dificuldade normal de toda mudança, a Administração Pública encontra barreiras na hora de
compor seus recursos humanos, uma vez que nem sempre é possível recrutar e contratar novos servidores.
Para tanto, é necessário se utilizar instrumentos como o treinamento e a capacitação para conseguir formar
os perfis de competências apropriadas para responder às necessidades da organização.
Vale ressaltar, também, que os recursos financeiros nem sempre são suficientes para suprir os investimentos
em capacitação e treinamento. Deste modo, o gestor público deve buscar métodos criativos e não
convencionais de promover o desenvolvimento do quadro de pessoal. Neste sentido, são utilizadas como
forma de capacitação a rotação de tarefas e a disseminação do conhecimento por meio da utilização de
multiplicadores.
O desenvolvimento profissional contínuo do servidor é fator de grande importância, uma vez que, como já
mencionado, há dificuldade de recrutamento, para a ampliação das competências dos indivíduos e da
organização. Que tanto por ocorrer por meio de ações de capacitação ou, também conforme já mencionado,
por formas não convencionais em razão de limitações financeiro-orçamentárias.
Em razão das restrições orçamentárias, todo o processo de capacitação há que ser efetuado utilizando o
melhor aproveitamento de gastos públicos, com reflexos nos serviços prestados ao cidadão-cliente. Assim,
avaliar e monitorar o plano de capacitação é fundamental para a Administração Pública voltada para a gestão
por competência.
Uma das grandes diferenças entre a Administração Pública e a iniciativa privada com relação aos recursos
humanos diz respeito à retenção de talentos.
Nas empresas avalia-se a relação custo – benefício em relação ao colaborador para mantê-lo em seus
quadros. Oferecendo algum tipo de promoção ou aumento salarial, de acordo com a realidade financeira da
empresa e tendo em vista o impacto da saída do profissional.
Na Administração Pública, não há margem de negociação concreta, ou seja, daquele indivíduo em especial.
Há, somente, a negociação genérica e em abstrato, uma vez que se estabelecem critérios para remuneração e
desenvolvimento dos cargos que a compõem. Ou seja, os planos de remuneração, desenvolvimento e
benefícios são definidos pela lei, não restando margem para qualquer tipo de negociação, já que os atos
administrativos seguem o princípio da legalidade. Como principal benefício oferecido no serviço público
está a estabilidade. Uma vez que a perda de emprego é um dos maiores medos do homem moderno.
MEIRELLES (2000, p. 82) define o Princípio da Legalidade: “Na Administração Pública não há liberdade
nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na
Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza.”
Vale dizer que por mais comprometido, dedicado e capacitado que o servidor seja e que por mais que a
Administração Pública queira recompensá-lo, há limites claros estabelecidos na Constituição e na lei. Como
exemplo, temos a vedação da ascensão funcional, que é a passagem de um cargo para outro, conforme
dispõem o art. 37, II, da Constituição Federal .
Diante destes fatos temos que um dos principais fatores que atraem pessoas para ingressarem no serviço
público é a estabilidade. Por outro lado, vemos que o sistema de desenvolvimento acaba por deficiente, uma
vez que não dispõe da ferramenta da promoção de fato que é a ascensão. Assim, temos uma combinação
perigosa, onde há um desestímulo ao servidor, pela ausência de perspectiva de ascensão, e a estabilidade que
retira a preocupação com a perda do cargo.
Outro ponto que cria dificuldade em termos de gestão por competências no serviço público diz respeito à
lotação de unidades em localidades de difícil permanência. Como é o caso de regiões de fronteiras ou de
menor desenvolvimento educacional.
Em relação a essa dificuldade de lotação, temos que tais localidades são supridas essencialmente por novos
servidores, ou seja, os recém aprovados em concurso público. Neste ponto, há que se analisarem dois fatores.
Primeiro, a maioria dos novos ingressos no serviço público provém das localidades mais desenvolvidas.
Assim, dependendo da questão remuneratória, as localidades mais distantes dos grandes centros não são
supridas adequadamente pelos concursos. Uma vez que não desperta o interesse de candidatos aprovados.
Fazendo com que as vagas dessas localidades permaneçam sem recompletamento.
Segundo, mesmo que haja o efetivo ingresso de servidores nessas localidades, eles buscam não permanecer
por muito tempo. Ensejando, assim, novos problemas de lotação.
Além disso, é de se notar que o fundamento básico da gestão por competências, que é a de ter a pessoa certa
no lugar certo, dificilmente pode ser atendida neste sistema. Uma vez que são lotados em localidades de
difícil permanência dos novos servidores. Ou seja, quem não tem experiência no cargo e nem conhece o
órgão. É uma equação de difícil resultado.
É de se reconhecer que os desafios são grandes e que o gestor público tem que ser muito atuante e criativo
para vencê-los. A reforma da administração do setor público requereu muito mais que o desenvolvimento de
novas políticas públicas finalísticas. Reformar a administração do setor público requer modelos de gestão
capazes de orientar os gestores públicos para os resultados almejados pelo governo.
Nesse sentido, algumas ferramentas de gestão ganham especial relevância para as organizações públicas.
Entre elas encontram-se o planejamento estratégico e a gestão pública por resultados.

4- ATENDIMENTO AO ITEM 3.1- Definição das características dos principais objetivos do país cujo
estado administração fiscal é objecto de estudo, governo Nacional período compreendido de 2009
a 2011. Brasil 2009 a 2011.
Na atual Constituição, é (dever ser) um dos objetivos fundamentais do Estado brasileiro „garantir o
desenvolvimento nacional‟. Obviamente que tal meta insere-se no contexto econômico da Constituição,
embora nele não se esgote, já que no desenvolvimento há de ser buscado igualmente em outras órbitas,
como a social, a moral, a política e outras. Interessa aqui sublinhar o desenvolvimento econômico do país
como um dos objetivos fundamentais (não apenas um meio para obter outro princípio).
Objetivos Fundamentais e geral do Estado Brasileiro, A República, estão descritos na Constituição da
RepÚblica Federativa do Brasil em seu Art. 3.º e incisos, e são eles:

• construir uma sociedade livre, justa e solidária;


• garantir o desenvolvimento nacional;
• erradicar a pobreza e a marginalização;
• reduzir as desigualdades sociais e regionais;
• promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor e idade e de outras formas
de discriminação.

Nessa mesma seqüência, o texto Constitucional promove o incentivo a diversos fatores que contribuem
também objetivos para o desenvolvimento, por exemplo, o incentivo ao turismo como fonte de
desenvolvimento econômico e social (art.180), à pesquisa científica e tecnológica como fonte de
desenvolvimento científico e tecnológico, (art.218), o incentivo e proteção ao mercado interno como fonte
de desenvolvimento socioeconômico e cultural (art. 219), e uma série de outros incentivos capazes de
promover o desenvolvimento em suas mais variadas formas, seja, econômico, social, cultural, ambiental e
tecnológica, a Constituição Federal de 1988 ao disciplinar a Ordem Econômica (art. 170), adota o sistema
capitalista como modo de produção e geração de riquezas e incorpora no seu bojo diretivo um rol de
princípios sociais:

• soberania nacional;
• propriedade privada;
• função social da propriedade;
• livre concorrência;
• defesa do consumidor;
• defesa do meio ambiente;
• defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental
dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
• Redução das desigualdades regionais e sociais;
• busca do pleno emprego;
• tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.
• tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sua sede e administração no País.

O panorama do Estado brasileiro é marcado por desequilíbrios regionais que exigem um papel efetivo do
Estado na função de redistribuição de renda, o que sem dúvida é um condicionante do modelo tributário. O
perfil heterogêneo da distribuição demográfica apresenta as regiões Sul e Sudeste como principais centros
consumidores. No outro extremo, a região Norte, quase totalmente imersa na paisagem amazônica,
apresenta as menores taxas de densidade demográfica.
Assim, como podemos notar, os objetivos estampados na Constituição Federal são de caráter geral, e
parecem ter o intuito de concretizar a democracia econômica, social e cultural do país, a fim de efetivar na
pratica a dignidade da pessoa humana, devendo existir uma política – tanto do executivo, como do
legislativo, do judiciário direcionada a corrigir os efeitos díspares da igualdade formal ocasionada pelo
tratamento igual dos desiguais, utilizando de meios e instrumentos para promover condições de igualdade
real e efetiva que seriam por meio de objetivos estratégicos.
Observe que o desenvolvimento perseguido pela Constituição Federal de 1988 contempla a união dos
sistemas econômico, jurídico, político e social, assim compreendido pela harmonia do sistema capitalista
com a proteção constitucional dos direitos sociais e pela atuação política do Estado na elaboração de
planos nacionais e regionais de desenvolvimento, com vistas a promover os objetivos fundamentais da
República elencados no artigo 3º da Constituição.

Dentre as medidas anunciadas pelo Governo Federal para cumprir seus objetivos podemos citar a de 22
de janeiro de 2007, para o Programa de Aceleração do Crescimento 2007-2010 (PAC) – tal programa de
desenvolvimento que teve por objetivo promover a aceleração do crescimento econômico no país, o
aumento de emprego e a melhoria das condições de vida da população brasileira - consta, no tópico
referente ao Aperfeiçoamento do Sistema Tributário, a implantação do Sistema Público de Escrituração
Digital (Sped) e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) no prazo de dois anos.

Seguindo esta mesma diretriz das ações constantes do PAC que se destinam a remover obstáculos
administrativos e burocráticos ao crescimento econômico, pretende-se que com a informatização da
contabilidade possa proporcionar melhor ambiente de negócios para o País e a redução do Custo Brasil,
promovendo a modernização dos processos de interação entre a administração pública e as empresas em
geral, ao contrário do pragmatismo pela busca de resultados, muito comum nos projetos que têm como
finalidade apenas o incremento da arrecadação.

Figura 04 – Organograma do Governo Federal do Brasil. Fonte: Site Governo Federal. janeiro 2012.
disponível na lnternet no endereço http://pt.scribd.com/doc/24652423/Organograma-do-Poder-
Executivo-Federal>

Assim podemos dizer que os Objetivos estratégicos serão exercidos pelo Órgão de Governo da União, tal
qual está ilustrado na figura acima, os ministérios que deverão implementar ações concretas a fim de
atingir as metas em determinado período de tempo, podemos citar como exemplo de objetivos estratégico
governamental, a citação da Ministra Tereza Campello do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome, onde descreveu ao programa “Bom dia, ministro”, o plano Brasil sem Miséria, lançado pelo
governo federal. Segundo ela, o grande objetivo da iniciativa é elevar a renda no intuito de erradicar a
pobreza e a marginalização que um objetivo geral da República. Verbetes da reportagem:
“Tereza garantiu que vai acompanhar nos estados a implementação do programa, e que as ações serão
adequadas a cada realidade. Sobre a meta de qualificar 1,7 milhão de pessoas, por exemplo, ela disse que
“não queremos fazer cursos descasados com a demanda do lugar, queremos direcionar os cursos para
onde de fato exista demanda. Com os municípios, vamos reorganizar a oferta de cursos. (…) Não há
soluções únicas. A nossa perspectiva é conversar com os governos estaduais e prefeituras (...) e envolver
os atores sociais" fonte: http://www.pop.com.br

Por fim, podemos afirmar que o desenvolvimento é condição necessária para a realização do bem-estar
social bem como de vários objetivos estampados na constituição como: erradicar a pobreza e reduzir as
desigualdades sociais. O Estado é, através do planejamento, o principal promotor do desenvolvimento.
Para desempenhar a função, o Estado deve ter autonomia frente aos grupos sociais, ampliar suas
funções e readequar seus órgãos e estrutura. E é nesse panorama que a administração Fiscal se
apresenta a fim de cumprir os objetivos do Estado Brasileiro e realizar a sua função principal que é a de
disponibilizar recursos para o Estado.

5- ATENDIMENTO AO ITEM 3.2- Os objectivos estratégicos estabelecidos pela administração fiscal


em um período semelhante à desenvolvida no ponto 3.1., analisando suas características e sua
relação com os processos governo Nacional quadriênio 2009-2011.

5.1- SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO - TRIBUTOS E COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS.


No Brasil, as principais diretrizes tributárias são estabelecidas pela Constituição Federal, que dispõe sobre os
princípios gerais, as limitações do poder de tributar, as competências e também sobre a repartição das
receitas tributárias. Assim, o Sistema Tributário Nacional é instituído pela própria Constituição, que
estabelece que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir tributos. A
autonomia político-administrativa, característica essencial do nosso sistema federativo, concede a cada
esfera de governo a possibilidade de instituir impostos, taxas (em razão do poder de polícia ou pela
utilização de serviços públicos) e contribuições de melhoria (decorrentes de obras públicas). No que tange às
contribuições sociais, em sua maioria somente podem ser instituídas pelo Governo Federal. De acordo com a
Constituição brasileira, a competência tributária quanto aos impostos é a seguinte:

A - Competência da União Federal:


• sobre operações do comércio exterior – sobre importações (II) e exportações (IE) de produtos e serviços
• sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR)
• sobre produtos industrializados (IPI): imposto sobre valor agregado incidente sobre produtos
manufaturados
• sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários (IOF)
• sobre a propriedade territorial rural (ITR)
B- Competência dos Estados e do Distrito Federal:
• de transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (ITCD)
• sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS): imposto sobre valor agregado incidente sobre bens
em geral e alguns serviços
• sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA)
C- Competência dos Municípios e do Distrito Federal:
• de propriedade predial e territotial urbana (IPTU)
• sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis (ITBI)
• sobre serviços de qualquer natureza (ISS): excluídos aqueles tributados pelo ICMS

A Constituição também permite à União instituir empréstimos compulsórios, sob condições especiais, por
ela definida, e contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas. Segundo também a Constituição Federal Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios somente poderão instituir contribuições, cobradas de seus servidores, para o custeio, em
benefício desses, de sistemas de previdência e assistência social. Dentre as contribuições sociais vigentes,
podemos citar as que seguem, todas de competência da União.

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS


• Contribuição para o Programa de Integração Social e para o Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das Pessoas Jurídicas – CSLL
• Contribuição para o Seguro Social incidente sobre folha de pagamento (empregado / empregador) e sobre o
trabalho autônomo

A nossa Constituição Federal tentando Reforçar a autonomia político-administrativa e financeira entre seus
entes defineu um sistema de transferências "incondicionais" entre a União, Estados e Municípios, que podem
ser de dois tipos: diretas ou mediante a formação de fundos especiais (indiretas). Independentemente do tipo,
as transferências sempre ocorrem do governo de maior nível para os de menores níveis, isto é, o sentido é da
União para os Estados e da União para os Municípios ou dos Estados para seus respectivos Municípios.

São transferências diretas, constitucionalmente definidas:


• Pertence aos estados e aos municípios o total da arrecadação do Imposto de Renda (IR), retido na fonte,
sobre rendimentos pagos por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
• Pertencem aos Municípios 50% da arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR), relativo aos imóveis
neles situados;
• Pertencem aos Municípios 50% da arrecadação do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA) dos veículos licenciados em seus territórios;
• Pertencem aos Municípios 25% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) (3/4, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações realizadas em seus territórios e até
1/4 de acordo com a Lei Estadual);
• O IOF - Ouro (ativo financeiro) é transferido no montante de 30% para o estado de origem e no montante
de 70% para o município de origem.

Assim conforme demostrado, podemos dizer que a Administração Tributária no Brasil se caracteriza por
uma multiplicidade de órgãos com funções típicas de Administração Tributária, fruto principalmente da sua
estrutura federativa de organização política.
No âmbito da União, O principal órgão de Administração Tributária é a Secretaria da Receita Federal do
Brasil (RFB), que é responsável pela administração de todos os tributos de competência da União e das
principais contribuições sociais para a Seguridade Social – inclusive das contribuições incidentes sobre
folha de pagamento e sobre o trabalho autônomo.
Os demais membros da Federação - Distrito Federal, Estados e Municípios - mantêm Administrações
Tributárias próprias, no âmbito dos tributos de suas competências, exercendo cada uma delas todas as
funções inerentes a uma Administração Tributária. Ressalte-se que o Brasil possui um Distrito Federal,
vintee seis Estados e mais de cinco mil e quinhentos municípios - o que dá uma idéia do que representa
esta multiplicidade de instituições voltadas para a administração de tributos no País.
5.2 - A SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
A Secretaria da Receita Federal é o órgão central de direção superior da Administração Tributária,
subordinado diretamente ao Ministro da Fazenda, exercendo as funções básicas de controle,
normatização, arrecadação e fiscalização dos tributos - inclusive os aduaneiros - e contribuições federais.
Atua também assessorando a formulação da política tributária do País e é responsável, ainda, pelo
julgamento, em primeira instância, do contencioso administrativo-fiscal.

A Estrutura e suas funções:


A estrutura básica da SRF é composta pelos níveis central e descentralizado; o primeiro envolve atividades
normativas, de supervisão e de planejamento, enquanto o último - composto por órgãos regionais e locais -
desenvolve as funções de execução e de operação, sob as diretrizes emanadas pelas Unidades Centrais.
A estrutura administrativa da SRF foi idealizada tendo em vista os seguintes objetivos:
apresentar a administração tributária como uma representação única frente ao contribuinte, com igualdade
de procedimentos em todo o território nacional;
A SRF mantém uma estrutura funcional e descentralizada, com cada um dos níveis hierárquicos
desenvolvendo todas as funções típicas da administração tributária. Assim, cada um dos órgãos
descentralizados possui suas próprias áreas especializadas em atendimento e cadastro, tributação,
fiscalização, arrecadação e cobrança de tributos, e controle aduaneiro.

Figura 05 – Organograma da Receita Federal do Brasil. Fonte: Site RFB. janeiro 2012. disponível na
lnternet no endereço < http://www.receita.fazenda.gov.br/SRF/Estrutura/organograma.htm>

A gerência da Receita Federal, como pode ser obeservado na figura acima é exercida de forma
descentralizada - sob a direção geral do Secretário da Receita Federal - por todos os titulares das
Unidades Administrativas, dentro dos limites de suas competências.
Além da função coercitiva que lhe cabe exercer, a Receita Federal tem procurado, nos últimos anos,
aumentar a efetividade de sua ação com uma maior presença junto ao contribuinte. Essa presença se
traduz na implantação de um sistema de atendimento ao contribuinte; na disponibilização de mecanismos
facilitadores do cumprimento das obrigações tributárias e de comunicação com o contribuinte; na
ampliação da presença aduaneira; na agilização e facilitação do desembaraço aduaneiro e em atividades
de educação fiscal.
A maior inovação empreendida pela Receita Federal nos últimos anos foi a incorporação do conceito de
administração centrada no contribuinte, que levou a Organização a rever toda a sua estratégia de relação
com o público e de comunicação.
O Atendimento ao Contribuinte é tratado na RFB como um serviço especializado e de fundamental
importância como indutor e facilitador do cumprimento voluntário das obrigações tributárias, sendo
realizado pelos Centros de Atendimento ao Contribuinte – CAC. O conceito de Administração Tributária
centrada no contribuinte representa hoje uma tendência dominante, não só no pensamento tributário como
também em toda a Administração Pública.
Outro ponto relevante que cabe ressaltar é que a Receita Federal tem despendido grandes esforços no
sentido de aumentar a Facilitação do cumprimento da obrigação tributária de modo a disponibilizar aos
contribuintes instrumentos que tornem mais simples e confortável o cumprimento das obrigações
tributárias e acessórias. Isso tem implicado permanente investimento em novas tecnologias de
comunicação e transmissão de dados, paralelamente a um maior compromisso com a qualidade do
atendimento ao contribuinte. Desta forma, a SRF procura cultivar um clima de respeito na relação Fisco-
contribuinte, facilitando e desburocratizando ao máximo essa relação e tendo sempre em vista os direitos
do contribuinte.
A Educação fiscal é outro ponto que podemos citar devido a reconhecida importância por todos, de uma
política de educação fiscal, a SRF a pesar de ter sofrido algumas descontinuidades em seus programas
formadores de consciência e cultura tributária na sociedade, os quais atualmente vem atuar de forma mais
marcante.
Portanto, no âmbito Federal a União é responsável pela Organização da administração Fiscal que é gerida
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e seus órgãos Centrais e Descentralizado.
Os Objetivos estratégicos estabelecidos pela Receita Federal do Brasil estão dispostos na PORTARIA RFB
nº 1700, de 10 de julho de 2009. a qual aprovou o Mapa, os Objetivos e os Indicadores Estratégicos da
Entidade para o período em pesquisa de 2009 a 2011.
Os Objetivos estratégicos em numero de 23 derivam da Missão, Visão e Valores da Receita Federal do
Brasil o qual retratam a Visão de Futuro da entidade e a Estratégia da Instituição a longo e médio prazo,
por meio de um conjunto de Objetivos Estratégicos balanceado em Perspectivas e interligados por relação
de causa e efeito. Resultados; Processos Internos; e Pessoas e Recursos.
Na figura 4 podemos observar o Mapa estratégico com odetalhamento dos Objetivos estratégicos da
Receita Federal do Brasil.

Figura 06 – Mapa Estratégico da Receita Federal do Brasil. RFB. Fonte: Site da RFB. outubro 2011.
disponível na lnternet no endereço
<http://www.receita.fazenda.gov.br/Historico/SRF/PlanejAdminTribAduaneira/Default.htm>.

Em apressada análise, podemos extrair do quadro acima que os processos de suporte à gestão tributária
são essenciais para a definição dos objetivos organizacionais, de modo que são eles que determinaram as
prioridades de alocação dos recursos de acordo necessárias para o desenvolvimento das tarefas
associadas com o funcionamento uma administração fiscal.
Conforme o estudo do material didático disponibilizado pelo CIAT durante o nosso curso podemos
afirmar que a declaração da missão mostra a direção em que deverá se desenvolver a
organização e o que deve ser alcançado no futuro. Em geral, que uma missão não inclui
indicadores de quantidades ou limites de tempo. As metas, os indicadores e os valores são
assinalados no plano estratégico da organização. Claro está que a missão, a estratégia e as
metas da organização estão relacionadas. A missão, fundamentalmente, deve ser uma declaração
concisa do que a organização quer atingir. A estratégia indica como se vão cumprir as principais
responsabilidades no futuro próximo e as metas são somente as ferramentas operacionais com as
quais se intenta vincular a estratégia com as atividades diárias.

Assim observamos que em suas missões objetivos e visões vários processos de suporte, alem destes
devemos destacar que Objetivos Estratégicos foram devidamente balanceados em Perspectivas e
interligados por relação de causa e efeito (Resultados; Processos Internos; e Pessoas e Recursos) de
modo a alcanças as finalidades precipuas da Administração tributária que é a de abastecer os cofres
públicos de recursos.

6 - ATENDIMENTO AO ITEM 3.3. La relación entre los objetivos estratégicos estatales y los objetivos
estratégicos de la administración tributaria. Se deberá comparar y relacionar la información relevada
en los puntos 3.1 y 3.2 a fin de determinar si existe o no correspondencia entre los objetivos stratégicos
señalados, resaltando las inconsistencias observadas.

Preliminarmente podemos afirmar que as ações observadas estão ligadas a objetivos nacionais,
este é o modelo de estrutura apresentado aqui pela Receita Federal do Brasil o qual desafia a
capacidade de métodos de compensação utilizados na avaliação de resultados.

Segundo o Manual de Gestão Pública da Secretaria de Controle Interno na União Federal a


organização administrativa refere-se ao ordenamento estrutural dos órgãos que compõem a
administração pública.
Segundo MEIRELLES (2000, p. 59) a administração pública, em sentido formal, é o conjunto de
órgãos instituídos para consecução dos objetivos do governo. Em sentido material,é o conjunto
das funções necessárias aos serviços públicos em geral. Em acepção operacional, é o
desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços públicos próprios do Estado ou
por ele assumidos em benefício da coletividade.
A administração pública é dividida, inicialmente, em administração federal, estadual, distrital e
municipal. As organizações administrativas estadual, municipal e distrital seguem, como regra
geral, a federal.
Na esfera federal, a administração direta está caracterizada pela Presidência da República, pelos
ministérios e pelos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário. Esses órgãos não possuem
personalidade jurídica própria, pois exercem diretamente as competências a cargo da União,
demonstrando, desta forma, a centralização administrativa.

A administração tributária serve em grande parte para cumprir os objetivos da política tributária
Nacional. Os objetivos específicos do administrador tributário que são basicamente dois: a) aplicar
estritamente a lei, de modo a obter a máxima arrecadação com o mínimo de custo; e b) estimular
o cumprimento voluntário das obrigações tributárias por parte dos contribuintes. Existe uma
estreita correlação entre a política e a administração tributárias.

As experiências internacionais observados no material didático do CIAT demonstram que de nada


adianta fazer uma “engenharia legislativa” se não houver uma Administração Tributária eficiente e
eficaz para dar suporte às políticas tributárias e capaz de suportar as influencias políticas, Dessa
forma, pode-se concluir que não basta lançar mão de mudanças legislativas, sem uma
sustentação sólida por parte da máquina administrativa. É certo, por outro lado, que uma sólida
máquina administrativa fracassará frente a uma legislação tributária complexa. Existe, na verdade,
uma interdependência entre os dois instrumentos: uma legislação simplificada favorece uma
eficaz administração tributária; assim como uma administração tributária profissional, altamente
qualificada e materialmente suprida, favorece o cumprimento pleno do que está legalmente
estabelecido.

Para o indicador é a situação de alto estruturado, chegamos à conclusão de que é necessário


para levar a cabo seus planos de ação das unidades responsabilidade administrativa.
Observamos também que cada unidade do Departamento da Receita Federal do Brasil compete
participar ativamente, através de ações para alcançar estratégia da organização.

Portanto, como as unidades centrais responsáveis pela contribuição positivamente para a


consecução dos objetivos estratégicos, de acordo com o Governo Federal. Sabemos que a
construção de um sistema para monitorar o desempenho de todas as unidades da Receita
Federal do Brasil seria muito complexa, contudo uma comparação dos resultados obtidos pelos
indicadores no Brasil, podemos afirmar com tranqüilidade que os objetivos da Receita Federal do
Brasil são derivados do objetivos Nacional.

As providências para aperfeiçoar e simplificar as tarefas da administração tributária tendem a


tornar a política tributária mais eficaz. Da mesma forma, a condução de uma política tributária
calcada em uma estrutura fiscal simplificada tende a facilitar a administração dos tributos. As boas
práticas internacionais em matéria de administração tributária demonstraram efetivamente que
medidas de simplificação da estrutura de impostos e de fortalecimento dos órgãos de fiscalização
e controle contribuem para a redução da evasão fiscal e conseqüente elevação do nível de receita
fiscal.

7- ATENDIMENTO AO ITERM 3.4. Os problemas e os constrangimentos que impedem que


as autoridades fiscais de conciliar as suas objetivos estratégicos com os objetivos
estratégicos do Estado.

Os participantes vão analisar e avaliar as inconsistências identificadas parágrafo 3,3 los


apontando suas causas e efeitos. Note-se que as inconsistências podem resultar da por acaso, a
existência de diferenças ou pouco desenvolvimento de sobreposição objetivos estratégicos
analisados.

A inconsistência principais observado é devido à Receita Federal do Brasil como uma agência
governamental com uma forte relação com o setor produtivo. Onde é que recolha, gestão,
fiscalidade, auditoria e tributos, garantindo a cumprimento das obrigações fiscais dos contribuintes
em zonas primárias e secundárias.

Neste sentido, nossa agência impõe o ritmo de construção de desenvolvimento de negócios, ou


reduzir o mínimo, porque se a sua capacidade de prestação de serviços é menor, pode inibir
crescimento das pessoas com um exemplo: a burocracia, regulamentos e impostos excesso
acima da capacidade de pagamento. É claro, a concorrência no tendências transações comerciais
são apresentados, a fim de aprovar o manutenção das orientações.
Figura 07 – Blog Acerto de Contas. Fonte: Site acertodecontas.blog.br. janeiro 2012. disponível na
lnternet no endereço < http://acertodecontas.blog.br/economia/por-que-a-imprensa-acerta-quase-todas/>

Ao mesmo tempo, Tal qual é estampado na sátira acima, a percepção de um empreendedor no


setor produtivo é que impede o crescimento das empresas de auditoria, porque para eles a
Fiscalização é cara e por vezes e ineficientes. Assim há um confronto entre os objetivos do
governo e do Receita Federal do Brasil que nem sempre o planejamento é apresentado como
uma ferramenta estratégica que pode otimizar os resultados da administração fiscal para atender
as necessidades dos contribuintes e da governo.

Sabemos que muitas dessas afirmações e queixas dos contribuintes tem algum fundo de verdade,
o longo dos anos temos visto sucessivos governos rotineiramente recorrer à prática de manipular
a legislação infraconstitucional e, às vezes, até mesmo a Constituição para estabelecer novas
incidências, quer seja pela criação de novos impostos ou contribuições, ou seja pelo aumento de
suas alíquotas ou da sua base de incidência.

Todos nós sabemos a necessidade da diversificação estrutural para cumprimento dos objetivos
centrais. A própria estrutura da SRF se especializou. Criou unidades próprias para fiscalização de
instituições financeiras, de transações internacionais. Dentro das delegacias de fiscalização,
também existem grupos especializados em comércio, indústria, serviços, pessoa física. Mesmo os
procedimentos de fiscalização são direcionados para determinados focos de possíveis
irregularidades.

Contudo, tais providencias de nada resolvem se a atividade fiscal está na contramão das ações
do Estado, os órgãos responsáveis pela administração tributária padecem de inúmeras restrições
de natureza financeira, administrativa, legal e política, que permitem e até estimulam a prática da
evasão em suas diferentes modalidades (elisão, inadimplência, planejamento fiscal, sonegação).

Se partirmos de fato para o debate do ângulo econômico, a questão da fiscalização tributária no


Brasil ganha a maior importância do tema que geralmente se imagina. A fiscalização interagem de
forma muito significativa com o ambiente macroeconômico e assim numerosas deficiências e
limitações da fiscalização decorrem essencialmente das dificuldades da economia do País do
nosso estágio de desenvolvimento.

Além disso, o nosso sistema Tributário é visto como excessivamente complexo e oneroso em
termos de custos de administração para o contribuinte. O número de impostos intituidos é
considerado muito grande e exagerado; as suas alíquotas, altas demais; as bases de incidência,
por vezes inadequadas. Existe uma percepção de que não existe uma contraprestação adequada
em termos de serviços públicos essenciais, como saúde, educação, segurança e infra-estrutura,
que proporcionem ao contribuinte uma retribuição satisfatória pelos impostos e contribuições
exigidos em lei.

O entendimento de que a atividade de controle da Fiscalização tem relação com a economia do


Pais leva à reflexão de como se dará o planejamento pelos administradores. Temos que
reconhecer que isso implica que a simples execução fiscal, num arrecadar pura e simples,
prejudica o fortalecimento das instituições cujo foco deveria ser a erradicação dos problemas e
não a aplicação pura e simples de penalidades.

O processo de auditoria não pode ser uma ação mecanizada utilizada como indicador de uma
divisão irredutível entre dois setores opostos e excludente, Fical X Contribuinte, O fascínio
reducionista que tal simplificação exerce sobre alguns é inquietante para os que acreditam nas
instituições principalmente quando se pretende que o mundo seja dividido entre pessoas “do bem”
e seu contraponto “do mal”.
7 - ATENDIMENTO AO ITEM 3.5. 3.5. Las propuestas de solución para que la administración
tributaria ejecute sus acciones armonizadamente con las políticas estatales y viceversa. Se deben
detallar las propuestas y recomendaciones que permitan que La administración tributaria y el
Estado en su conjunto armonicen sus objetivos estratégicos y acciones en El ámbito de sus
jurisdicciones. Las propuestas son el verdadero aporte del participante ¡sea exigente consigo
mismo!

Segundo o material disponibilizado pelo Centro Interamericano de Administrações Tributárias


(CIAT) no presente curso observamos que ao determinar as “boas práticas” de gestão institucional
do macroprocesso tributário, refere a importância da autonomia, tanto do ponto de vista de
orçamento próprio, da gerência de recursos humanos e materiais, da determinação dos objetivos
e da política de incentivos ao corpo funcional. Assim afirma o “Manual de Administración Tributaria
del CIAT” (CIAT, 2002) que “la autonomía es básica para el bueno desempeño de una
Administración Tributaria, especialmente por razones de efectividad y eficiencia en su operación y
en La asignación de recursos. Otra razón por la que debe existir la autonomía es para eliminar la
influencia política.

“Autonomía presupuestaria. Una Administración Tributaria debe ser responsable del manejo de su
próprio presupuesto a fin de llevar a cabo sus programas. La autonomía presupuestaria también
debe incluir la posibilidad de generación de crédito presupuestario, dependiendo del
cumplimiento de los objetivos, vinculando esto directa o indirectamente con la creciente
recaudación global y cobranza gracias al desempeño de la Administración Tributaria (evaluación,
auditorías y aplicación de los impuestos). Conjuntamente con los esfuerzos por lograr mayor
flexibilidad en la administración interna de recursos, está ganando aceptación el concepto de
asignación de un porcentaje fijo de los ingresos tributarios a la Administración Tributaria para
financiar susrequerimientos.”

Dado este escenario que se presenta una propuesta viable deja más autonomía al Servicio de
Rentas Internas de Brasil, hay dudas acerca de cómo la adopción de políticas de
descentralización se puede asegurar la contribución de un grupo importante en La determinación
de las condiciones adecuadas sin lugar a dudas. Sin embargo, tal vez mediante la alteración del
modelo de Estado, con exclusión del Receita Federal administración directamente relacionados
con el estado, podría ser una solución con el fin de desatar las metas de los objetivos nacionales.

Nuestra sugerencia sería la de dar a la Secretaría de Ingresos Federales de Brasil (Receita


Federal do Brasil) con el Municipio Especial.

En Brasil, hay entidades municipales en virtud de normas especiales que consisten en una
institución legal que corresponde a una técnica de la administración pública.
Están dotados de características específicas, tales como una autoridad administrativa
independiente, la ausencia de subordinación jerárquica y la estabilidad a plazo fijo de sus líderes,
la autonomía financiera y presupuestaria, y personalidad jurídica y patrimonio propios. La
consolidación de las estructuras requiere una definición precisa de la formación del sistema y el
personal que cumpla con las necesidades inherentes a la Receita Federal.

Podemos citar como exemplo as Autarquia de Regime Especial: Aquela que a lei instituidora conferir
privilégios específicos e aumentar a sua autonomia comparativamente com as autarquias comuns. São
autarquias de regime especial, entre outras: Banco Central do Brasil (Lei nº 4559/64), Comissão Nacional
de Energia Nuclear (Lei nº 4118/62) e Universidade de São Paulo (Decreto-Lei nº 13855/44).

Contudo sabemos que a possibilidade de autonomia financeira através de uma Autarquia


Especial, do tipo da do Banco Central do Brasil, não é garantia de autonomia plena de gestão.
Tanto é assim, que uma das grandes questões debatidas atualmente no cenário Brasileiro são
sobre o Sistema Financeiro Nacional no que se refere a independência plena do Banco Central
para exercer a administração monetária, sem a interferência do Ministério da Fazenda. Talvez o
que buscamos como alternativa seja de se reproduzir o modelo do Banco Central dos Estados
Unidos (Federal Reserve System). Criado em 1913, é tido como o melhor exemplo organizacional
de independência financeira e autonomia administrativa.

Segundo o Departamento Interministerial de Estatísticas e Estudos Socio-econômicos (Dieese)


em sua nota tecniuca numero 4 de julho de 2005. No caso norte-americano, a Constituição foi
editada antes da criação do FED (Federal Reserve System), banco central dos Estados Unidos,
ou seja, Antes de 1913, o poder de cunhar e regular o valor da moeda era do Congresso
Nacional. Foi somente a partir deste ano que o FED passou a existir como autoridade monetária.
A criação e a autonomia do banco são frutos da própria história do país e não de lei: o Treasury-
Fed Accord, um acordo entre o governo e o FED, em 1951, é tido como o verdadeiro marco da
autonomia do Federal Reserve em relação ao Executivo. O FED só presta contas de sua atuação
e atividades ao Congresso, em épocas definidas.

Na opinião dos atuais diretores do Banco Central veiculada na nota técnica numero 4 do Dieese,
a autonomia desejada seria apenas operacional, uma vez que o Banco já conduz a política
monetária de forma autônoma: o Banco Central pode usar o instrumento taxa de juros no
momento que achar conveniente, com o objetivo de manter a estabilidade econômica, por meio
das metas de inflação fixadas pelo Conselho Monetário Nacional, composto pelo ministro da
Fazenda, do Planejamento e pelo presidente do Banco Central.

O Banco Central do Brasil age submetido às decisões do Conselho Monetário Nacional e não tem
o poder para mudar, por exemplo, o regime cambial do país nem as metas de inflação,
determinados pelo CMN, pois se o fizesse, estaria agindo de forma independente e não
autônoma.

Por outro lado, observamos que alguns críticos do modelo autárquico, como é o caso do
Sindifisco Nacional (Sindicato do Auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil) ressaltam que a
Administração Tributária configurada como “Autarquia” tem sentido apenas em relação à obtenção
de meios materiais para o seu bom desempenho, mas que isso poderia ser suprido numa
“Secretaria” com dotação de recursos como os provenientes do Fundo de Desenvolvimento e
Aperfeiçoamento da Fiscalização – FUNDAF, (alimentado, entre outras fontes, por percentuais de
arrecadação das multas de ofício e contribuições de permissionários de estações aduaneiras de
fronteiras e interiores e de leilões de mercadorias apreendidas).

Dessa maneira, embora “Secretaria”, órgão singular da estrutura do Ministério, teria a


Administração Tributária um status de “Autarquia”, passando a ser vinculado e não subordinado
ao Ministério da Fazenda. Assim, pode-se ter um modelo de Administração Tributária, que não
teria necessariamente a personalidade jurídica de autarquia, desde que provido de um Fundo do
tipo acima mencionado, capaz de lhe dar ampla autonomia financeira. Este é, aparentemente, o
modelo em que está inserida a Receita Federal desde a recente MP 71/2002.

Outro formato organizacional sugerido à Receita Federal é o de Agência Executiva. A idéia era
transformar o órgão tributário numa agência especial executiva nos moldes concebidos para as
agências reguladoras nacionais no campo do Petróleo (ANP), das Telecomunicações (ANATEL) e
da Energia Elétrica (ANEEL). Com efeito, já é uma realidade inconteste a “agencificação” das
atividades de regulação e fiscalização dos serviços públicos nas áreas de telecomunicações,
petróleo, energia e transporte, de vigilância sanitária e previdência suplementar, o que ao nosso
ver não traria a estabilidade e o status necessário para o desempenho da função Fiscal tanto para
a entidade como também para o seu corpo de funcionários.

A Enciclopédia Livre Wikipedia, esclarece bem o tema, s egundo Wikipédia Administração pública no
Brasil é direta e indireta.

Administração direta é aquela composta por órgãos ligados diretamente ao poder central, federal, estadual
ou municipal. São os próprios organismos dirigentes, seus ministérios e secretarias. Administração indireta
é aquela composta por entidades com personalidade jurídica própria, que foram criadas para realizar
atividades de Governo de forma descentralizada. São exemplos as Autarquias, Fundações, Empresas
Públicas e Sociedades de Economia Mista.

A administração indireta seriam: Autarquias de serviço autônomo, criado por lei específica, com
personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receitas próprios, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada (conf. art 5º, I, do Decreto-Lei 200/67);
Fundação pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, criada
em virtude de lei autorizativa e registro em órgão competente, com autonomia administrativa, patrimônio
próprio e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes (conf. art 5º, IV, do Decreto-Lei
200/67); Empresa pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio
próprio e capital exclusivo da União, se federal, criada para exploração de atividade econômica que o
Governo seja levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa(conf. art 5º, II, do
Decreto-Lei 200/67); Conforme dispõe o art 5º do Decreto-Lei nº 900, de 1969: Desde que a maioria do
capital votante permaneça de propriedade da União, será admitida, no capital da Empresa Pública, a
participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da
Administração Indireta da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Sociedades de economia
mista: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, instituída mediante autorização
legislativa e registro em órgão próprio para exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à União ou a entidade da
Administração indireta (conf. art 5º, III, do Decreto-Lei 200/67).

Empresas controladas pelo Poder Público podem ou não compor a Administração Indireta, dependendo de
sua criação ter sido ou não autorizada por lei. Existem subsidiárias que são controladas pelo Estado, de
forma indireta, e não são sociedades de economia mista, pois não decorreram de autorização legislativa.
No caso das que não foram criadas após autorização legislativa, elas só se submetem às derrogações do
direito privado quando seja expressamente previsto por lei ou pela Constituição Federal, como neste
exemplo: "Art. 37. XII, CF - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público".

No Brasil existe também a figura das Agências reguladoras e Agências executivas.


As agências executivas e reguladoras fazem parte da administração pública indireta, são pessoas jurídicas
de direito público interno e consideradas como autarquias especiais. Sua principal função é o controle de
pessoas privadas incumbidas da prestação de serviços públicos, sob o regime de concessão ou
permissão. Sua função é regular a prestação de serviços públicos, organizar e fiscalizar esses serviços a
serem prestados por concessionárias ou permissionárias, com o objetivo garantir o direito do usuário ao
serviço público de qualidade. Não há muitas diferenças em relação à tradicional autarquia, a não ser uma
maior autonomia financeira e administrativa, além de seus diretores serem eleitos para mandato por tempo
determinado. Essas entidades têm as seguintes finalidades básicas: a) fiscalizar serviços públicos
(ANEEL, ANTT, ANAC, ANTAQ); b) fomentar e fiscalizar determinadas atividades privadas (ANCINE); c)
regulamentar, controlar e fiscalizar atividades econômicas (ANP); d) exercer atividades típicas de estado
(ANVS, ANVISA e ANS).

Agências executivas
São pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou até mesmo órgãos públicos, integrantes da
Administração Pública Direta ou Indireta, que podem celebrar contrato de gestão com objetivo de reduzir
custos, otimizar e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos. Seu objetivo principal é a execução de
atividades administrativas. Nelas há uma autonomia financeira e administrativa ainda maior. São requisitos
para transformar uma autarquia ou fundação em uma agência executiva: a) tenham planos estratégicos de
reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; b) tenham celebrado contrato de gestão
com o ministério supervisor. José dos Santos Carvalho Filho cita como agências executivas o INMETRO
(uma autarquia) e a ABIN (apesar de ter o termo "agência" em seu nome, não é uma autarquia, mas um
órgão público).

La independencia es la esencia de estas entidades. Definida sobre la base de instrumentos


jurídicos, que dedica sólo si el municipio posee los medios y herramientas para realizar bien sus
funciones. En este sentido, a pesar de la independencia para cubrir todos los intereses
relacionados con la actividad desarrollada por la entidad, antes de que el gobierno central es que
el ejercicio parece ser más controvertida. Por lo tanto, la necesidad de garantizar que el receita
Federal tiene la independencia de los objetivos centrales del Gobierno Federal, es pertinente
hacer un análisis de sus características en particular. Este es el presupuesto y la autonomia
financiera, que incluye recursos para la financiación de los gastos necesarios para ejecutar La
entidad. Un rendimiento técnico independiente está directamente relacionado con la libertad que
la entidad tiene que definir su plan estratégico y garantizar su aplicación. Sin embargo, a pesar de
la legislación vigente, la autonomía financiera y presupuestaria no se respeta en la práctica en
Brasil, siendo prácticamente ignorada por la Administración Central del Gobierno Federal.

Conforme observamos, no plano federal Brasileiro, por exemplo, ocorreram algumas iniciativas no
sentido de dar a Receita Federal do Brasil um novo "status jurídico", revestido de maior autonomia
administrativa, financeira e funcional. A exemplo vimos que, em 2002, a Secretaria da Receita
Federal, através da Medida Provisória nº 71, de 03/10/02 (DOU de 04/10/02), passou a ter
autonomia administrativa e financeira.

A medida não transformou formalmente a instituição em uma autarquia Federal, nem muito menos
implicou a transformação (da Secretaria) em uma agência, ao nosso ver, a medida se tratou de
blindagem da instituição realizada na transição entre governos, eivada de uma ampliação da sua
autonomia , inclusive definindo mandato para os dirigentes da Receita Federal. Contudo tal
medida foi rejeitada pelo parlamento Brasileiro tal qual podemos ver no artigo do Jornal eletrônico
Correio do Brasil datado de 12/11/2002:

“Sem acordo para a aprovação da Medida Provisória 71, que reestrutura a Advocacia Geral da
União e a Receita Federal, dando autonomia administrativa à Receita Federal, o plenário da
Câmara rejeitou há pouco a MP 71 com a promessa das lideranças petistas que em janeiro
próximo o novo governo editará outra MP nos mesmos termos da rejeitada na noite de hoje. A MP
73, que deveria ser votada, foi prejudicada em virtude da aprovação da MP 66”

Paralelamente, seguindo está tendência, no plano internacional observamos com apoio do


material do CIAT, o exemplo do Serviço de Rendas Internas dos EUA (IRS), O Internal Revenue
Service (IRS) o qual é um serviço de receita do Governo Federal dos Estados Unidos. A agência
faz parte do Department of the Treasury, sob a direção imediata do Commissioner of Internal
Revenue. A IRS é responsável pela coleta de impostos e pela aplicação e interpretação Internal
Revenue Code, o órgão do direito tributário nos Estados Unidos. O departamento correspondente
no Brasil é a Receita Federal. Abaixo ilustramos com o Organograma do IRS.
Figura 08 – ORGANOGRAMA IRS. Fonte: Site IRS.GOV. janeiro 2012. disponível na lnternet no
endereço < http://www.irs.gov/>

Segundo a Wikipédia, A década de 1980 viu uma reorganização do IRS. A comissão bipartidária
foi criado com vários mandatos, entre eles para aumentar o serviço ao cliente e melhorar a
arrecadação. O Congresso depois promulgou a reestruturação da Receita Federal e Lei de
Reforma de 1998 . Como resultado da referida lei, a Receita Federal agora funciona em quatro
divisões operacionais principais: Grandes Empresas e divisão International (LB & I), o Small
Business / autônomo divisão (SB / SE), o Salário e Investimento (W & I), divisão e Imposto de
entidades isentas & Governo (TE / GE) divisão . Eficazes 01 de outubro de 2010, o nome da
divisão de negócios de grande e médio tamanho alterado para o Segmento Corporativo e
Internacional (LB & I) divisão.
A Receita Federal também inclui uma divisão de fiscalização do direito penal ( IRS Divisão de
Investigação Criminal ). Embora haja alguma evidência de que o serviço ao cliente tem
melhorado, a receita fiscal perdida em 2001 foram mais de 323,000 milhões dólares. Abaixo
estatísticas de cobrança de impostos, New York escritório de campo para o IRS Resumo das
Coleções antes de Reembolsos por Tipo de Retorno , Ano Fiscal de 2007.
Resumo das Coleções antes de Reembolsos por Tipo de Retorno , Ano Fiscal de 2007:

Gross Collections
Type of Return Number of Returns
to the nearest million US$

Individual Income Tax 138,893,908 1,366,241,000,000

Employment Taxes 30,740,592 849,733,000,000

Corporate Income Tax 2,507,728 395,536,000,000

Excise Taxes 989,165 53,050,000,000

Estate Tax 55,924 24,558,000,000

Gift Tax 286,522 2,420,000,000

Total 173,351,839 2,691,538,000,000

Figura 09 – estatísticas de cobrança de impostos. Fonte: Site WIKIPÉDIA. janeiro 2012. disponível na
lnternet no endereço < http://en.wikipedia.org/wiki/Internal_Revenue_Service>

Percebemos claramente perceber a tendência de crescimento da autonomia daquele órgão na


determinação das políticas tributárias (hoje ainda sob comando do Ministério do Tesouro, ao qual
o IRS é vinculado), buscando a prevalência do caráter técnico e a continuidade das políticas no
tempo. No caso do Comissionado do IRS, a designação é feita pelo Presidente da República,
com ratificação pelo Senado através de audiências públicas. Em 1999, o Congresso americano
modificou o tempo de mandato do Comissionado do IRS, desvinculando-o do mandato
presidencial, ao mesmo tempo em que criou uma junta supervisora, formada em sua maioria, por
membros do setor privado, gerando maior autonomia em relação aos partidos políticos, de vez
que a prestação de contas se dá de forma mais direta à população.

Considerando todo o estudo apresentado e os exemplos que se proliferam no âmbito nacional e


Internacional, que evidenciam, por sua vez, uma tendência predominante surge a nossa proposta
de administração da gestão tributária independente, pois esta é uma tendência irreversível de
dotar os órgãos de gestão tributária dos atributos de independência e autonomia necessárias a
realização plena de suas atividades.

Portanto tal qual já externamos anteriormente, nossa proposta seria a a criação de um órgão
autônomo de Administração Tributária no Brasil – em forma de autarquia Especial - como
instrumento de modernização do macroprocesso que se ocupa da consecução do fenômeno
tributário, envolvendo as atividades de Tributação, Arrecadação e Fiscalização da Receita Federal
do Brasil.
CONCLUSÃO

Houve uma mudança do enfoque no serviço público, muito em decorrência da transformação do


mundo nas últimas décadas, onde o processo de globalização trouxe um novo modelo de gestão empresarial.
Neste sentido, a Administração Pública buscou adequar-se, sendo cada vez mais importante ter uma gestão
de qualidade.
No entanto, essa mudança de paradigmas significa necessariamente romper com uma cultura baseada
nos princípios burocráticos e favorecer a criatividade. Significa superar ainda a rigidez de normas e
regulamentos que buscam a padronização das atividades humanas.
Não há dúvida que o poder de tributar concebido ao Estado Moderno, é um instrumento essencial para
estimular o processo de desenvolvimento, porém, o abuso no seu exercício pode levar uma nação ao retrocesso. Os
tributos geram efeitos imediatos na economia e na vida particular de cada cidadão, uma redução da carga
tributária, tende a fomentar o setor produtivo, aumentando o emprego formal, a renda dos trabalhadores, o
consumo e a obtenção do lucro, do mesmo modo que um aumento na carga tributária é capaz de produzir
efeitos desastrosos na economia, como por exemplo, a elevação dos preços repassados ao consumidor, a
diminuição da demanda, o aumento do desemprego e a sonegação fiscal.

Do mesmo modo, diversos fatores podem impulsionar o aumento da carga tributária, como por
exemplo, a ineficiência administrativa do Estado, assim vale ressaltar que é necessário adequar uma
estratégia diferente de implantação da Gestão no setor público. Não há como apenas transportar os
resultados do setor privado diretamente para o setor público. Há que se reconhecer uma particularização do
setor público, amoldando os exemplos trazidos da iniciativa privada.

Esta tendência, como se demonstrou no decorrer do prersente estudo, encontra-se perfeitamente


adequada aos ditames da modernização da Administração Pública em toda parte do Mundo
modcerno, eis que contempla os princípios de gestão gerencial, onde prevalece a
descentralização administrativa com transferência de recursos e responsabilidades ao órgão de
Administração Tributária.

De qualquer forma, há que se reconhecerem os avanços implementados pela Administração Pública


no que diz respeito à gestão estratégica. Os limites impostos pela legislação fazem com que o gestor público
tenha que buscar na criatividade um meio para conseguir implementar um processo novo de gestão.
Portanto, a gestão na Administração Pública é um desafio que enseja muita criatividade dos gestores
públicos. Centrando o foco de análise na questão da atividade responsável pela principal fonte de
financiamento estatal, ou seja, o processo de realização da receita pública, propõe-se a adoção de um modelo
de Administração Tributária autônoma como instrumento de modernização da Administração Pública.
A nosso humilde ver, deve-se ter em mente a compreensão da importância do papel do gestor público
nesse novo modelo instituido. Onde há claros limites e diferenças em relação à gestão privada. Portanto,
cabe ao gestor público, cada vez mais especializado, ser um agente inovador e criativo, buscando, mesmo
com as barreiras que impõe o setor público, fazer com que o servidor-colaborador seja cada vez mais
motivado e comprometido em prol das novas necessidades e demandas da sociedade brasileira.
Contudo, é preciso destacar que este pequeno ensaio não tem a pretensão de apresentar uma
“fórmula mágica”, um produto estático ou inflexível, diante dos diversos aspectos comportamentais que
algumas vezes são pouco explorados na gestão estratégica. É cristalino que as administrações Fiscais
possuem ou pelo menos deveriam possuir, obviamente, um planejamento de suas atividades vinculados ao
planejamento central; mas há muitos fatores interferentes que, por vezes, independem da gestão em tais
como: Cultura organizacional, questões pessoais e políticas, a resistência a mudanças, estes são apenas
alguns dos aspectos dignos de estudos e adaptações constantes.

Assim, considerando todo o exposto. Nestes termos, um sistema tributário capaz de atingir suas
finalidades e promover o desenvolvimento deve ter um propósito claro, deve também, observar a capacidade
contributiva dos cidadãos e garantir segurança jurídica para atrair investimentos atendendo assim aos
objetivos gerais do Estado. Administração Tributária independente é capaz de responder às necessidades de
financiamento do novo Estado que está sendo delineado a partir do confronto entre as ideologias, a
administração tributária deve ser flexível e transparente, deve também combater problemas de distribuição
de renda, ser acessível a todo cidadão e zelar pela moralidade, coerência e eficiência do sistema tributário.

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