Carrieta White

Você também pode gostar

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 2

Carietta White, uma jovem de 16 anos com poderes de telecinesia que lida com diversas situações

complexas da adolescência (o que a torna mais uma adolescente “normal”) como o bullying que
acarreta a sua dificuldade na socialização com colegas de sua escola, onde a instituição não dá a
devida importância para o assunto e uma mãe extremamente religiosa e controladora, mas que
Carrie respeitava e via como imagem de superioridade.

Carrie cresceu em um bairro simples com sua mãe, sempre fora uma menina educada e elogiada
pelas senhoras da igreja o que fazia com que sua mãe se enchesse de orgulho por sua criação,
participava todos os finais de semana da igreja sem reclamar, era uma menina dedicada e estudiosa,
sem muitos amigos, tirava as melhores notas, uma filha exemplar, mas ninguém sabia o que
realmente acontecia na casa dos White, havia especulações é claro, pois elas não eram uma família
comum, para começar já questionavam Margaret por ser mãe solteira, a mesma fugia de todas as
perguntas.

Carrie nunca conhecera seu pai, a única lembrança que havia dele era um bilhete com destinatário
referente a Margaret e uma foto dele e de sua mãe juntos, ambas com as bordas queimadas, Carrie
as achou em um dia em que fora pegar alguns livros no quarto de sua mãe, enquanto mexia na
estante viu um pedaço de papel chamuscado cair no chão, ao lê-lo suas mãos começaram a tremer e
seus olhos lacrimejarem, pois foi naquele momento em que viu a imagem de seu pai pela primeira
vez. O bilhete dizia: “Cometemos um erro gravíssimo, preciso de um tempo para me recuperar e
colocar a cabeça no lugar, logo voltarei para nossa família querida. Com muito amor Ralph.” Carrie
não fazia ideia do que havia acontecido, mas tinha certeza de que Ralph era seu pai, que até então
acreditara que tinha morrido em um acidente sem nem saber de sua existência e que nunca contaria
sobre o achado para sua mãe.

Margaret era uma mulher respeitosa, mas extremamente protetora e rígida, uma fanática religiosa,
uma mulher solitária que queria proteger sua filha do mundo a todo custo até se isso custasse sua
vida e a vida da menina. Não permitia que Carrie fizesse nada que não fosse de seu interesse,
mesmo assim Carrie a amava, não entendia por que era tratada daquele jeito, porém não reconhecia
outra forma de tratamento, pois ela cresceu assim, era como se fosse algo normal, era algo
exaustivo, mas que ela aprendeu a lidar. Em sua casa havia um quartinho embaixo da escada onde
Margaret trancava Carrie quando ela “cometia um pecado”. Era um quarto pequeno e obscuro, com
paredes descascadas e uma porta que dava entrada a luz pelas frestas dos arranhões feitos por sua
mãe. Lá tinham todos os tipos de imagens religiosas e um crucifixo pregado a parede que sempre
causava medo na menina, porém com o tempo Carrie foi se acostumando com o lugar, pois passava
horas ou até mesmo dias lá dentro, onde recebia um pedaço de pão com gotas de vinho, seguido de
orações e louvores, pois Margaret acreditava que isso iria purificar o corpo da menina a tornando
limpa novamente.

Carrie adorava estudar, ler, escrever, fazer shows em frente ao espelho ouvindo suas músicas
preferidas em seu walkman, conseguia ser uma pessoa feliz nas circunstâncias em que vivia, não
tinha amigos, mas conseguia se virar, exceto quando Chris decidia implicar com ela, o que também
não entendia, pois Chris era sua melhor amiga na infância juntamente com Sue e Tommy. Os quatro
sempre estudaram justos, brincavam juntos, se divertiam juntos, Margaret é óbvio não aprovava
essas amizades principalmente com Tommy, sempre dizia que havia algo de errado com este
menino, e fazia de tudo para que Carrie não se juntasse mais a eles, até que conseguiu. Uma
amizade genuína foi se perdendo com o tempo, aos poucos não se falavam mais, nem se olhavam
mais nos olhos. Carrie se sentia muito mal e culpada, pois sabia que estavam naquela situação por
sua causa, mas não sabia o que fazer para mudar então somente aceitou, pois acreditava que aquilo
era o melhor para todos.
O tempo foi passando, Carrie foi crescendo, várias dúvidas a atormentavam, seus poderes também
foram surgindo cada vez mais, e ela não sabia mais o que fazer, lutava com aquilo sozinha, o cansaço
era excessivo, ela acreditava que não merecia mais ser feliz, nem mesmo tentar era uma opção,
apenas acordava todos os dias sem sequer uma motivação, pensamentos suicidas rodeavam seus
pensamentos, porém Carrie não queria decepcionar sua mãe, mesmo percebendo que o que
Margaret fazia era desumano. No dia do vestiário quando todas as garotas zombaram e jogaram
absorventes nela, Carrie chegou em seu limite o que coincidiu com os seus poderes aflorarem de vez
por todas ela já teve alguns episódios de seus poderes durante a infância, porém nunca foram tão
fortes quanto naquele momento. A partir daí Carrie não se controlava mais, era como se algo
tomasse conta de sua própria mente.

Quando Tommy a convida para o baile de imediato fora difícil de acreditar, pois Carrie tinha Tommy
como seu primeiro amor, para ela os dois nunca mais iriam se falar como antes, era como se ela
fosse invisível aos seus olhos e porque Tommy namorava Sue, porém Carrie sede e é como se uma
porta para a felicidade se abrisse, a menina não pensava que eles iriam ficar juntos, apenas pensava
que um amigo muito importante estava tentando ajudá-la a sair daquela situação. Contudo no
acontecimento do baile, aquela porta se fechou novamente e Carrie foi totalmente consumida pela
raiva e seu poder.

Você também pode gostar