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Os astros, satélites, sistemas, constelações e galáxias do Universo observável não estão sujeitos a leis que
variem de época para época, mas circunscritas unicamente à disciplina da Lei Perfeita e Imutável do
Cosmo. Em toda a Criação, essa Lei organiza e rege, numa só pulsação harmônica e vital, todo o eterno
pensar de Deus, e materializa no campo exterior o sucesso do Grande Plano Mental elaborado pelo Divino
Arquiteto! É como um relógio de precisão, absolutamente certo e exclusivamente harmônico.
Numa rápida visão panorâmica à luz da ciência terrena, o Universo material se apresenta constituído de
milhões de galáxias formadas por miríades de estrelas de diversas espécies e idades siderais, em torno de
certo percentual das quais giram orbes físicos, os planetas e seus satélites, além de outros corpos celestes
característicos, como cometas, pulsares, quasares, etc., todos revelando um aspecto dinâmico de
indescritível harmonia e beleza.
Muito ao contrário de uma situação estática e de equilíbrio, a que uma abordagem superficial poderia
induzir, o Cosmo se encontra em contínua e acelerada expansão, já detectada pelos cientistas desde
meados do século XIX, que observaram o deslocamento para a cor vermelha da maior parte da intensidade
resultante da fragmentação do espectro luminoso proveniente das estrelas.
A teoria de cosmogênese atualmente defendida pela ciência oficial é a do “Big Bang” (a grande explosão)
que assevera que, em seu início, todo o Universo esteve concentrado num único ponto diminuto, composto
de um plasma, mistura de diferentes partículas subatômicas, sob temperatura e densidade incalculáveis, e
que explodiu violentamente, resfriando-se paulatinamente à medida que a fabulosa expansão que sofreu foi
“criando” o próprio espaço, até então inexistente.
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3. O Plano da Criação Divina 2
Nesse processo de súbita expansão, essas subpartículas se recombinaram formando átomos e moléculas
em estado inicialmente gasoso, que, ao se condensarem por força do resfriamento, foram formando os
corpos celestes constituintes do Cosmo. Em suma, para a Ciência a matéria surgiu no momento da criação.
Atualmente, as galáxias continuam a se afastar mutuamente, tendo os cientistas formulado três hipóteses
matematicamente possíveis, representadas graficamente nas figuras a seguir:
1ª) O Universo se expande tão rapidamente que a atração gravitacional entre suas galáxias não poderá
jamais parar o processo de dilatação de suas fronteiras. Essa hipótese afirma que ele irá continuar a
se expandir eternamente.
2ª) O Universo se expande continuamente, porém na velocidade estritamente necessária para isso.
Nessa hipótese, a ação da atração gravitacional entre as galáxias é mais intensa que na anterior,
porém insuficiente para impedir seu infindável afastamento mútuo.
3ª) O Universo, após a grande explosão inicial (o Big Bang), num primeiro momento se expande
rapidamente, movido pelas forças que atuam nesse processo, porém a atração gravitacional entre
suas galáxias é de tal modo intensa que se contrapões àquelas forças originais, vencendo-as em
intensidade decorrido certo intervalo de tempo, após o qual passa a sobrepujá-las.
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3. O Plano da Criação Divina 3
As galáxias, então, começam a se mover umas em direção às outras e o Universo se contrai, até que elas
se colapsem fundindo-se num único ponto concentrado e diminuto, acontecimento chamado de “Big
Crunch” (a grande contração).
Os cientistas especulam, baseados em argumentos teóricos, que após um “Big Crunch” seja criado um novo
Universo a partir de um “Big Bang” seguinte, que poderá formar tipos de partículas completamente
diferentes das do Cosmo atual.
A TEORIA CÍCLICA sugere que, pelo lado da Ciência oficial, o Universo pode continuar a
se expandir e contrair-se alternadamente, num processo infinito (UNIVERSO PULSANTE).
Os velhos mestres do oriente, desde os iniciados dos Vedas há mais de 4.000 anos e dos instrutores da
Dinastia de Rama na antiga Índia, vêm propugnando que o Universo é pulsante.
Cada ciclo de expansão e correspondente contração é conhecido como “GRANDE PLANO” (“Manvantara”
na escolástica hindu), uma pulsação ou “respiração” completa de Brahma, e que compreende
4.320.000.000 de anos do calendário terreno, divididos em duas fases de igual duração, tempo exato em
que o Espírito Divino desce vibratoriamente até formar a matéria e depois a dissolve novamente, retornando
à sua expressão anterior de puro espírito.
Para Deus, na eternidade da Mente Divina, esse acontecimento entre principiar e cessar a explosão
formadora do Universo sideral é tão instantâneo como o explosivo que estoura no período de um segundo
terrestre. Aquilo que para Deus se sucede no “tempo” simbólico de um segundo terreno, na contagem do
calendário humano, abrange 4,32 bilhões de anos:
O Sol faz a cobertura astrológica de um signo zodiacal (atualmente no término do “signo de Piscis”
e no início do signo de “Aquarius”) no prazo de 2.160 anos exatos, completando uma Era Zodiacal.
Um grande ano astrológico é formado pela passagem do Sol pelos 12 signos (12 Eras Zodiacais),
perfazendo 25.920 anos.
Dois milhões de signos somam exatamente o total de 4.320.000.000 anos terrestres, ou seja, o
tempo em que ocorre um Grande Plano da Criação Divina, chamado pelos antigos atlantes de
“Supremo Giro de Ra (Sol)”.
1 GRANDE PLANO = 166.666 Grandes Anos = 2 milhões Eras Zodiacais = 4,32 bilhões anos
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Um Grande Plano da Criação Divina abrange duas fases ou etapas de igual duração, cada qual com
duração exata de 2,16 bilhões de anos do calendário terrestre: o Dia de Brahma, que vai do Big Bang até o
ponto de máxima expansão das galáxias, e a Noite de Brahma, que vai deste ponto até o Big Crunch.
Deus embora sendo único, revela-se sob a manifestação exterior do Universo formal, fase em que o Espírito
Divino desce vibratoriamente até formar a matéria, ou seja, se expande e pulsa centripetamente até atingir a
compactação conhecida por “matéria”, acionado por Sua vontade a energia, sob impulso expansivo e
criativo divino, para compor os mundos, as galáxias e os orbes físicos, ou seja, o próprio Cosmo.
Pode-se entender, dessa forma, que o Universo sob esse aspecto está na condição de uma vestimenta
transitória da Divindade, constituída por toda a criação física, pois que Deus o interpenetra e o vivifica,
enquanto os espíritos se conscientizam, vibram e vivem no oceano cósmico, expandindo-se tanto mais
quanto mais absorvem o conhecimento inesgotável e o Amor do Pai Eterno no comando do Cosmo monista.
Esse processo de descida vibratória do princípio angélico, em que o Criador faz a criação emanar de Si
formando o Universo exterior das formas, e “desce” para criar novas consciências dentro de sua própria
Consciência Cósmica, é conhecido como descida angélica.
A essa fase de descida vibratória às formas exteriores dos mundos materiais, segue-se a fase em que o
Espírito de Deus dissolve o Universo morfológico e retorna à sua essência anterior de Espírito Virginal.
A Criação, que é produto do pensamento de Deus, nunca teve começo, assim como não terá fim; não se
subordina ao tempo e ao espaço.
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3. O Plano da Criação Divina 5
A manifestação divina é eterna, contínua e ilimitada, e não apresenta em si mesma divisão abrupta em duas
fases distintas, como a da descida à forma exterior-matéria e a do retorno ou dissolução da substância; há
uma passagem natural de uma à outra fase, num processo infinito.
No curso de um Grande Plano, na etapa em que o Espírito Divino desce vibratoriamente até a fase exterior
da expressão da matéria, há a formação de fases sucessivas intermediárias que graduam o processo de
descida angélica, demarcam as pulsações rítmicas da Criação Divina e assimilam as faixas vibratórias que
identificam as principais mudanças na energia do Cosmo.
Embora muito aquém da Realidade Cósmica, as diversas fases da descida do espírito Divino têm sido
apresentadas pelo conhecimento iniciático milenário com o “ritmo setenário”.
Nele, o Universo emanado de Deus abrange sete planos ou estados energéticos sucessivos, desde o
Mundo Divino até o Mundo Físico, que servem de degraus diferenciais no abaixamento vibratório e que a
tradição Bíblica simboliza no trajeto ascensional da escada de Jacó.
Esses planos ou mundos não se encontram em algum lugar particular do espaço e nem sobre postos entre
si em camadas; são estados de consciência, perceptíveis ou penetráveis de acordo com o estado evolutivo
de cada ser capaz de percebê-los.
Como faixas vibratórias diferenciadas, esses planos interpenetram-se, coexistindo num mesmo espaço-
tempo (ou melhor, “fora” daquilo conhecido por espaço), sem interferirem entre si. São como Universos
paralelos interpostos, mutuamente e simultaneamente coexistentes.
Sob o ponto de vista dimensional, o Plano Físico apresenta três dimensões espaciais (todos os objetos
possuem comprimento, largura e profundidade) e uma dimensão temporal (o tempo), perfazendo quatro
dimensões.
Entretanto, cada Plano de Manifestação Divina subseqüente ao Plano Físico, em direção ao Plano Divino,
agrega mais uma dimensão física.
Por exemplo, o Plano Astral (Mundo dos Desejos), imediatamente posterior ao Plano Físico (Mundo
material) no diagrama a seguir, apresenta quatro dimensões espaciais e uma dimensão temporal, porém em
estado vibratório muitíssimo superior à vibração letárgica da matéria densa.
Nessa escala de sete planos de evolução da consciência, o Plano Divino totaliza dez dimensões.
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PLANO DE MANIFESTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
CÓSMICA
MUNDO DO
5º Origem das mais elevadas influências espirituais no homem
ESPÍRITO DIVINO
MUNDO DO ESPÍRITO
4º Origem do aspecto intuicional no espírito do homem
DE VIDA
Poder anímico }
Luz anímica } atração
Vida anímica }
2º MUNDO DOS DESEJOS Sentimentos
Desejos
Impressionabilidade
Paixões e desejos inferiores
região
região composta pela matéria física nos estados sólido, líquido e
QUÍMICA
gasoso
(exterior)
As várias escolas iniciáticas e religiões espirituais do oriente e do ocidente fazem diferentes designações
e/ou simplificações desses diversos planos vibratórios, apresentadas no quadro a seguir, para fins
comparativos:
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3. O Plano da Criação Divina 7
OCULTISMO ANTIGO
plano FILOSOFIA ROSA-CRUZ TEOSOFIA VEDAS ESPIRITISMO
ORIENTAL EGITO
PLANO
PLANO ÁDICO PLANO
7º MUNDO DE DEUS MAHAPARA-
OU DIVINO ADI
NIRVÂNICO PLANO OU
PLANO
MUNDO
ESPIRITUAL
DIVINO
MUNDO DOS PLANO PLANO MONÁDICO PLANO
6º ESPIÍRITOS VIRGINAIS PARANIRVÂNICO OU ANUPÁDICO ANUPÁDAKA
PLANO PLANO
MUNDO DO PLANO
4º ESPÍRITO DE VIDA BÚDICO
BÚDICO OU
BÚDICO INTUICIONAL
região do
sem PLANO
pensamento ARUPA
forma ASTRAL
ABSTRATO PLANO OU
MUNDO DO PLANO PLANO PLANO
3º PENSAMENTO MENTAL MENTAL MENTAL
MUNDO
região do ESPIRITUAL
com
pensamento RUPA
forma
CONCRETO
PLANO
2º MUNDO DOS DESEJOS PLANO ASTRAL PLANO ASTRAL
ASTRAL
região
ETÉRICO ETÉRICO
ETÉRICA
MUNDO PLANO PLANO PLANO PLANO
1º FÍSICO FÍSICO FÍSICO FÍSICO
FÍSICO
região PLANO
DENSO DENSO
QUÍMICA FÍSICO
Cada plano ou região de manifestação cósmica é ainda subdividido em até outros sete subplanos em
graduações ascendentes.
Na ação de criar ou destruir sucessivamente o Universo físico, a Realidade Monista divina e indissolúvel,
que é Deus Único, ao mesmo tempo se manifesta de modo trifásico, sem qualquer alteração íntima. Essa
subdivisão em três aspectos distintos e mutuamente complementares é apenas recurso humano para
facilitar a Sua melhor compreensão.
A constatação desses três aspectos da Unidade Divina pela mente humana apenas gradua os atributos
divinos como fases de um mesmo fenômeno e não modifica internamente Sua natureza, sendo inegável e
definitivo que o princípio é um só, uma só origem e uma só vontade central criadora de todo o Cosmo, que
permanece indestrutível na sustentação eterna e sábia de tudo o que Ele criou.
O próprio homem, embora seja um único ser, pode se manifestar ao mesmo tempo sob o aspecto trifásico
de PENSAR, SENTIR e AGIR, sem que sofra qualquer alteração íntima na sua individualidade
constitucional.
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3. O Plano da Criação Divina 8
Uma água quente, perfumada e colorida mantém intacta sua estrutura original de líquido, comparação onde
a água representa Deus, seu calor “o espírito”, o perfume “a energia” e o colorido “a matéria” (forma, cor).
As principais religiões da maioria dos povos, sob invólucro místico e religioso, sempre proclamaram os três
aspectos de Deus como derivados e não “divididos” da mesma Unidade, não podendo ser simplesmente
encarados como uma união de três pessoas numa só entidade divina.
A pedagogia sideral ensina que há três princípios cósmicos, uníssonos, que constituem o próprio Deus, três
manifestações absolutas do Ser Supremo, e que não devem ser confundidos como sendo outras entidades
criativas e governantes isoladas do Cosmo.
O primeiro princípio está associado ao
aspecto Criador, a Mente Abstrata da
própria divindade, ou seja, Deus em sua
essência mais pura.
Quando isso ocorre, o terceiro princípio compõe a forma física ou incorpora-se como energia acumulada,
atingindo a vibração letárgica da expressão-matéria, fazendo o descenso até o existir exterior. Os
espiritualistas do Oriente denominam a Força Criadora do Universo pelo termo “LOGOS UNIVERSAL” , a
força ativa da Criação, em atividade criadora, sustentadora e preservadora do ciclo evolutivo de cada ser.
Brahm é a inteligência, é o comando e por assim dizer, a parte intelectual dirigente da Força criadora, ao
passo que o Logos Universal é a manifestação ativa dessa força; são duas maneiras de designar aspectos
diversos de uma única força.
É a Força Irradiante responsável pela vida, da qual tudo parte e para a qual tudo retorna, que o homem se
dirige em prece, quando invoca forças para a realização de seu destino de luz, ansiando pela paz e pela
harmonia, e para onde se sente irresistivelmente atraído, quando atinge o término do período básico da
consciência individual, sob o clamor interior da necessidade de uma integração ao seio do Eterno.
A essa Força Criadora que as escrituras Sagradas se referem quando afirmam que “no princípio era o
Verbo” e, após mostrarem ao homem de onde surgiu sua essência, passam os profetas a dar
recomendações que lhe permitirão voltar ao seio do Criador, assinalando a utilidade das normas de conduta
que proporcionam a felicidade do retorno ao ponto de partida: Deus ou O Logos Universal.
Nada existia ainda nesse espaço, formado de éter primordial ou raiz da matéria ( Mûlaprakriti entre os
orientais), mais apropriadamente chamado de Kóilon, a negação da matéria, segundo a Teosofia.
Começa então pelo Terceiro Aspecto do Logos, a Grande Mente Universal, a construção propriamente dita
dos sete planos cósmicos, cada um com os respectivos sete subplanos, através do que se conhece como
Força-Matéria ou “Fohat”.
Depois de criados os sete planos cósmicos, o Terceiro Aspecto do Logos cria os sete subplanos de cada
plano. O primeiro subplano de cada plano cósmico, o mais elevado vibratoriamente, é sempre constituído de
átomos simples, enquanto os demais subplanos são formados das combinações desses átomos em
moléculas.
Dentro do Kóilon (o espaço primordial, vazio de matéria), o Terceiro Logos derrama sua poderosa energia e
abre vários pontos luminosos ou bolhas, que vêm a constituir vários pontos de sua consciência, porquanto
cada bolha ou ponto de luz só existe enquanto Ele conservar afastado o Kóilon que o envolve.
A matéria no Cosmo, tal como é conhecida, nada mais é do que “buracos” no éter primordial.
Em conseqüência, o átomo mais simples do plano físico não é constituído de matéria, mas de infinitos
pontos de consciência do Terceiro Aspecto do Logos, numa disposição, numa trajetória orbital particular,
para poder realizar um trabalho por Ele determinado: a construção do Plano Físico.
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3. O Plano da Criação Divina 11
Depois da formação dos estados atômicos de matéria, em cada um dos diferentes planos da natureza, o
Terceiro Aspecto do Logos (ou terceiro aspecto da Trindade), o Doador da Vida, submerge no mar de
matéria virgem do espaço e, em razão de sua vitalidade (Fohat, a Força – Matéria), desperta nos átomos
de matéria atômica novas possibilidades ou poderes, que darão como resultado a formação das subdivisões
de cada plano cósmico.
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3. O Plano da Criação Divina 12
No plano físico, o subplano mais elevado é formado de átomos simples de duas naturezas: átomos positivos
e átomos negativos; pela combinação desses dois tipos de átomos, são construídos ou formados os
subplanos restantes, além do atômico, a saber: subatômico, superetérico, etérico, gasoso, líquido e sólido.
Quando os sete planos cósmicos, com seus sete subplanos estão formados, após Fohat eletrificar essa
matéria, e os átomos se combinarem em moléculas, começa o trabalho do Segundo Aspecto do Logos, a
Segunda Emanação como Vida-Forma, através da energia conhecida como Prâna, energia ou fluido vital.
Através do Prâna, a Vida do Segundo Logos anima todos os planos e subplanos cósmicos, fazendo com
que toda a matéria que os constitui se torne apta para construir formas, a fim de abrigar a maravilhosa
qualidade chamada Vida.
Essa Vida do Segundo Aspecto do Logos modela a matéria dos diferentes planos, nas mais variadas
formas, e cada forma persiste (sobrexiste), tem duração, enquanto essa Vida Divina, a Segunda Emanação,
mantiver nela a matéria.
Surge, então pela primeira vez nesse Universo, o fenômeno do aparecimento e do desaparecimento,
porquanto uma forma nasce em razão da Vida do Segundo Logos ter um plano evolutivo para realizar por
Seu intermédio.
A forma de vida cresce quando esse plano prossegue até um determinado limite, e entra em decadência
quando o Segundo Aspecto do Logos vai retirando Sua Vida da forma, para finalmente morrer ou
desaparecer quando a Vida do Segundo Logos se retirar da forma a que animava, para ir constituir ou
construir uma nova forma, mais apta para evoluir em novas experiências e novas adaptações.
Essa Segunda Emanação, através de Prâna (Vida – Forma), recebe diferentes nomes nas diversas fases de
sua “descida” à matéria:
Quando anima matéria não atômica (já combinada em moléculas), denomina-se Essência
Elemental, nome dado pelos ocultistas medievais, que o atribuíram à matéria constitutiva dos
corpos dos Espíritos da Natureza, que por eles eram chamados de Elementais.
Quando a Essência Elemental anima os três subplanos superiores do Plano Mental, denomina-se
Primeiro Reino Elemental Mental Abstrato.
Na etapa seguinte, passa a animar o Plano Astral, quando fica conhecida como Terceiro Reino
Elemental Astral.
Esses três Reinos Elementais, em várias manifestações de diferentes formas de vida, juntamente com os
reinos mineral, vegetal e animal, se constituem nos Reinos da Natureza. Tanto a Essência Elemental
Mental, como a Astral, estão ligadas intimamente aos corpos ou veículos de consciência do homem, e
logicamente à sua evolução.
A Essência Elemental se encontra no arco descendente, impropriamente conhecido como “involução”, pois
seu progresso evolutivo consiste em “descer” às formas de matéria mais densas, para aprender a se
expressar por intermédio delas. Para o Homem, a evolução se verifica no sentido oposto, ou seja, depois de
haver se aprofundado na matéria mais densa, começa a elevar-se na direção do Grande Fonte da qual
proveio.
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3. O Plano da Criação Divina 13
Dessa forma, lenta e gradualmente, essa corrente de Vida flui através dos diferentes planos, permanecendo
em cada um deles um período de tempo correspondente a um intervalo que dura muitos milhões de anos
terrestres (uma Cadeia de Evolução).
A Vida do Segundo Logos, através da Segunda Emanação (Vida – Forma), não só vivifica os diferentes
planos cósmicos, trazendo à existência os diferentes reinos de vida, como também põe em atividade as
mônadas que, do Plano Anupádico, esperam que os outros planos inferiores estejam preparados para poder
iniciar o seu trabalho.
A Segunda Emanação, a Vida do Segundo Aspecto do Logos, toma a matéria vivificada pela
Primeira Emanação, do Terceiro Aspecto do Logos, modela-a e anima-a lenta e gradualmente,
para formar os três reinos elementais, e finalmente os reinos mineral, vegetal e animal.
Dessa forma, a matéria vivificada por Fohat (1ª Emanação, do Terceiro Logos) recebe Prâna (2ª Emanação,
do Segundo Logos), operação que resultou no dogma maior do Cristianismo: “O Filho encarna por obra e
graça do Espírito Santo na Virgem Maria”.
O sétimo e último reino, o hominal ou humano, é criado pela descida da Vida do Primeiro Aspecto do Logos,
quando da individualização da Mônada no reino animal. Mônadas (Átomos – Vida ou “Jivas”) são unidades
de consciência geradas dentro da Vida Divina por um ato de Vontade do Primeiro Aspecto do Logos, antes
que esteja formado na Ideação Cósmica um Campo de Evolução (um Grande Plano ou Universo Imanente).
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3. O Plano da Criação Divina 14
As Mônadas são idênticas ao pai quanto à sua Divindade, mas inferiores quanto à natureza humana. Da
condição estática, envolvendo todas as potencialidades divinas, chegam à condição dinâmica
desenvolvendo todos os poderes divinos.
A morada das Mônadas é o Plano Anupádico ou Monádico (Paranivânico), embora as raízes de sua vida
estejam no Plano Ádico ou Divino (Mahaparanirvânico), pois são originárias do Primeiro Aspecto do Logos.
No Plano Anupádico, a Mônada é onipresente e onisciente, porém é inconsciente nos demais planos e,
através de sua involução até a matéria, chegará a ser onisciente e onipresente em todos os planos
cósmicos, para que, no final de sua evolução, no decurso de idades sem conta, se torne um Logos Criador,
produzindo de si mesma universos futuros.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL OU
PRINCÍPIO VITAL PRINCÍPIO MATERIAL
PRINCÍPIO INTELIGENTE
Nesse processo, Ele pode dispor de tantos centros de governo psíquico, no macro ou no microcosmo,
conforme sejam as características criadoras exigidas nos campos, sistemas ou quaisquer unidades de Vida.
Em verdade, Deus serve-se dos seus próprios filhos para exercer esse governo disciplinado e criativo
universal, uma vez que eles são potencialmente o próprio Cosmo em miniatura.
Os Espíritos são uma das Potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para
a execução de seus desígnios providenciais (a Providência Divina) em todos os níveis siderais.
Toda a obra Divina só é concretizada graças à infinita e imensurável hierarquia espiritual de elevada estirpe,
poder e sabedoria, que cria, disciplina e aperfeiçoa os mundos em cada “Grande Plano” ou “Manvantara”
da Criação, com seu limite extremo superior situado na própria Consciência Espiritual de Deus e o extremo
inferior na consciência do próprio homem.
Deus, a Mente Criadora, faz cumprir a sua Vontade através de seus prepostos, mantendo o Cosmo
em incessante atividade criadora, obra só concretizada graças à hierarquia de construtores, que se
inicia nos espíritos arcangélicos e decresce até se findar no próprio homem limitado no mundo.
Esse é o motivo porque a história religiosa iniciática e esotérica do mundo terreno sempre admitiu a imagem
de Deus cercado de uma corte refulgente de entidades de aparência luminosa, a cumprir-lhe a vontade
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3. O Plano da Criação Divina 15
augusta e única. Para a tradição católica, por exemplo, há O Senhor, sentado no “Trono Divino”, rodeado
dos seus Anjos; já as religiões orientais conhecem esses seres radiantes por “Devas”.
Os povos orientais antigos e os primitivos celtas mostravam-se familiarizados com a idéia da existência de
“deuses” que rodeavam o “Trono do Senhor”, incumbidos das criações e providências mais avançadas e
complexas do Universo. Em face de sua aparência harmoniosa e muitíssimo refulgente, que ressalta desses
“deuses” tradicionais, reconhecíveis por exímios clarividentes, eles são conhecidos pela denominação de
“DEVAS”, que em Sânscrito significa “seres brilhantes”.
Os Devas operam na Criação como prepostos de Deus, e são espíritos que se burilaram nas lutas
reencarnatórias, habitando e se aperfeiçoando nas diversas moradas do Pai. Os “Devas Maiores”
correspondem aos Arcanjos da tradição religiosa ocidental, e os “Devas Menores” equivalem aos Anjos.
O Arcanjo ou Deva Maior, projeta, cria, coordena e ratifica toda a atividade criadora e progressiva, por
exemplo, de toda uma constelação, enquanto os Anjos ou Devas Menores, sustentam cada orbe dentro do
esquema Arcangélico. Em conseqüência, a ação angélica pode ser mais íntima e sutil, ou mais periférica e
indireta, tanto quanto for a natureza e o aprimoramento de cada reino ou espécie onde ela atua.
As galáxias, constelações, os sistemas planetários, orbes e satélites são núcleos de vida psíquica que
transitam pelo Cosmo sob o comando de entidades siderais arcangélicas e angélicas que lhes penetram a
intimidade física com seu sublime psiquismo.
Na sua incessante “descida vibratória”, o Psiquismo Cósmico, que atua e interpenetra todo o Universo,
possui as suas “subestações” de transformadores psíquicos, em ordem decrescente e conforme as
necessidades dos departamentos da vida “psicofísica”.
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3. O Plano da Criação Divina 16
Essas inteligências siderais absorvem e reduzem o “Potencial Virgem” do Criador para que o espírito
imortal se situe na percepção consciencial humana e possa recepcionar o “quantum” exato de luz que
deve alimentar-lhe o psiquismo e a noção diminuta de “ser” ou de “existir”, num fantástico processo de
integração de todas as partes do Cosmo ao Criador, desde as suas mais remotas partículas componentes.
Há uma intercomunicação criativa que pulsa incessantemente desde Deus e interpenetra todo o
Cosmo, a unir em ordem decrescente vibratória, desde a consciência arcangélica até a consciência
humana no reino hominal. O UNO ESTÁ NAS PARTES, E AS PARTES INTEGRADAS NO UNO !
Nesse descenso psíquico procedido pela Consciência Cósmica através das galáxias, constelações e orbes,
vão se elaborando, pouco a pouco, numa síntese regressiva, os próprios núcleos das futuras consciências
humanas.
O comando psíquico arcangélico de uma constelação, conhecido por “Deva Maior” entre os orientais, ou
ainda Arcanjo ou Logos Constelatório, atua intimamente nas fímbrias de todas as atividades físicas e
psíquicas se cada orbe habitado, ou em elaboração para futura moradia planetária, dessa constelação.
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Embora o pensamento puro do Onipotente seja o princípio de todas as coisas e de todos os seres, existem
elos intermediários entre o “pensar” e o “materializar” divino, que se constituem de leis vivas, operantes e
imutáveis, que dão origem à matéria e à energia condensada.
Esses conjuntos e leis vivas são Espíritos Arcangélicos, verdadeiros “Engenheiros Siderais”, que
apreendem o pensamento divino e o revelam no plano denso da Criação. São entidades dotadas do poder e
da força criadora, situados no Plano Anupádico, plano cósmico imediatamente abaixo do Plano Divino, os
mais altos intermediários do pensamento incriado do Absoluto.
Essas Inteligências Divinas, como agentes diretos de Deus, pois vibram em perfeita sintonia com a Mente
Divina, corporificam e emitem ondas sucessivas de energia criadora inteligente, que se projetam nos
espaços, criando os átomos, germes de vida, que potencializam energias, inteligência e amor, os quais se
aglomeram e multiplicam dentro das leis divinas pré-existentes, formando os mundos materiais e seus
seres.
São os agentes inteligentes que animam, santificam e presidem a formação de Universos e galáxias, e que,
a seu turno, delegam poderes a agentes seus: os CRISTOS ou LOGOI (“Logoi”: plural de Logos), que, como
VERBOS DIVINOS, corporificam seus pensamentos, executando a criação de planetas, satélites e astros
em geral (dos diferentes sistemas planetários), de que passam a ser seus governantes espirituais.
Através da ação dinâmica do VERBO, “o pensamento fora de Deus”, aquilo que permaneceria em
condições abstratas na mente Divina, revela-se na figura de mundos exteriores.
Os Engenheiros Siderais são os “reveladores”, na forma tangível, daquilo que pré-existe eternamente no
mundo interior, mental e virgem de Deus; são intermediários submissos e operantes dessa Vontade
Absoluta e Infinita, para fazê-la pousar até nas rugas das formas dos mundículos microcósmicos.
Eles sustêm em suas auras imensuráveis a consciência física dos mundos e a consciência somática
espiritual de cada humanidade.
Cada uma dessas Consciências Arcangélicas, que abrange um orbe, sistema planetário ou galáxia, “sabe”
e “sente” quais as necessidades evolutivas das humanidades ali existentes, assim como a consciência
humana, situada no cérebro físico, sente todas as carências do corpo e providencia-lhe os socorros para a
sua sobrevivência.
Todas as formas de vida estão impregnadas dos princípios espirituais: tudo tem alma e tudo evolui para
estados mais sublimes, desde o elétron que rodopia no seio do átomo até as galáxias que giram e se
arrastam em permanente afastamento mútuo.
Os Engenheiros Siderais presidem a ascensão de todas as coisas e seres para a Ventura Eterna.
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3. O Plano da Criação Divina 18
Os Arcanjos Construtores são os “Divinos Condensadores” que se interpõem entre a Luz Máxima,
refulgente de Deus, cujo potencial virgem e poderoso desagregaria os espíritos a ela diretamente
submetidos e ainda incapacitados de suportar energia tão elevada, e a graduam pouco a pouco, dosando-a
até ajustar-se ao nível do homem, através de suas próprias Consciências hemisféricas, galáxias
constelatórias, planetárias e mesmo as que operam no comando dos quatro elementos da matéria, nos
reinos da natureza, nos continentes e raças humanas.
A série hierárquica dessas entidades, que agrupam em si mesmas o potencial mais alto e depois o
transmitem à faixa vibratória mais reduzida em suas próprias auras conscientes, é que permite logicamente
o crescimento e a ascensão do espírito humano para a sublime angelitude.
Através de sua vibração altíssima e impossível de qualquer receptividade humana, cuja luz e energia
criativa, ao incidir diretamente, pulverizaria qualquer ser, o Arcanjo ou Deva Maior é o campo vibratório de
toda vida e aperfeiçoamento do sistema planetário onde atua.
Por exemplo, o Arcanjo ou Logos Solar é a consciência psíquica mais evoluída do Sistema Solar, a nossa
constelação em particular, e vibra na intimidade de todos os planetas, orbes e satélites que o constituem.
O Sol do nosso sistema planetário é o local exato em que atua a consciência do Arcanjo, Engenheiro,
Construtor ou Logos da Constelação Solar, que é o alento e a própria Vida de todo o conjunto de seus
planetas, orbes, satélites ou poeiras siderais, inclusive todos os seres e as coisas viventes em suas crostas
materiais.
Esse Logos não se situa num local ou latitude geográfica do Cosmo; o que o distingue principalmente é o
seu estado espiritual vibratório, inacessível ao entendimento humano, e que está presente e interpenetra
todo o campo constelatório solar que emanou de si mesmo, em harmoniosa conexão com as outras demais
constelações e galáxias que se disseminam pelo Cosmo, e que são, por sua vez, presididas por outras
consciências arcangélicas, formando progressivamente a inconcebível humanidade sideral.
À imagem e semelhança do Logos Cósmico, o Logos Solar é também uma trindade quando anima, quando
transforma de Si Mesmo, um sistema de evolução.
Desde o astro solar até a órbita do planeta mais distante de um sistema planetário, sua
respectiva Consciência Arcangélica se estende em todos os sentidos e coordena todas
as ações que ocorrem nesse campo de vida, sob a supervisão excelsa da Mente Divina.
Por sua vez, cada orbe físico de um sistema planetário possui o seu “Deva Menor” ou Logos Planetário, que
sob a ação e comando do Arcanjo do sistema planetário global, cumpre o desígnio criador em semear a
vida e incentivar o progresso de todos os reinos sob o seu governo.
O Arcanjo Constelatório projeta, cria, coordena e retifica toda a atividade criadora e progressiva de toda a
constelação ou sistema planetário, enquanto os “Devas Menores” sustentam cada orbe do esquema
arcangélico. Há um incessante intercâmbio entre as consciências menores, situadas nos reinos inferiores, e
as maiores, que interpenetram sistemas e galáxias, sob a vigilância e a coordenação da Consciência Infinita
e Eterna de Deus:
Não cai um só fio de cabelo ou uma só folha da árvore sem que Deus o saiba!
Muitas criaturas abandonam-se à Intuição e confiam plenamente na Providência Divina porque sabem que,
através da escadaria infinita de consciências graduadas no Cosmo, a mais sutil aspiração humana
consegue sua realização, de conformidade com o seu merecimento espiritual.
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3. O Plano da Criação Divina 19
Através do oceano etérico concentrado pela sua Consciência Mental e que banha e interpreta também as
fímbrias dos átomos dos mundos que condensou em si mesmo, o Logos Solar também atua na consciência
dos outros Arcanjos menores que corporificam os planetas e os governam em espírito, numa inconcebível
operação harmônica da consciência constelatória, ao comandar instantaneamente as humanidades que
palpitam em seus mundos constituintes, e que apresentam os mais variados matizes conscienciais.
O Logos Solar é o condensador sideral que absorve a energia demasiadamente poderosa, proveniente da
Mente Divina, e retém em si o “quantum” sideral inalcançado pelos espíritos menores.
No caso, em particular, de nosso Sistema Solar, o conjunto de orbes, satélites e asteróides em torno do Sol
significa o “corpo astro-físico” do respectivo Arcanjo Solar, cuja consciência espiritual é independente da
maior ou menor extensão desse sistema planetário, que é apenas seu prolongamento ou sua emanação,
assim como o corpo físico é apenas o prolongamento, instrumento ou emanação do espírito humano
encarnado na Terra.
Assim como as humanidades do Sistema Solar vivem mergulhadas na Essência Imortal do Logos Solar, que
interpenetra todo o cortejo de nossa constelação, também ele se situa intimamente inserido na aura de
outro espírito imensurável que, por sua vez, se liga a outro maior, e assim sucessivamente, até cessar o
poder conceptual em Deus, que é a última e absoluta Consciência Universal.
O refulgente Arcanjo Solar de nosso sistema planetário situa o seu comando no núcleo do Sol porque este é
o centro “astro-físico” da constelação, do qual emanam todas as ações e providências necessárias para o
governo de seus mundos e humanidades em evolução.
Sua aura abrange todo o Sistema Solar e nutre todos os seres nele pululantes que materializam a Sua
Vontade na matéria; é uma entidade viva, pensante e progressiva, inconcebivelmente mais viva do que
qualquer um dos mais evoluídos seres a ele afetos, e faz a conexão perfeita entre todos os liames de ação
e de vida em nossa constelação.
Não se deve confundir o “corpo sideral” material e visível de um Espírito ou Engenheiro Sideral, centrado
num sistema planetário, com sua “consciência sideral”, do qual o primeiro é apenas o seu prolongamento no
plano físico, e que pode ser desintegrado sem que ele fique reduzido em sua consciência, da mesma forma
que o espírito humano sobrevive à desintegração de seu corpo físico de uma dada reencarnação.
Em termos alegóricos, Deus, como Espírito Criador do Cosmo, realmente deve considerar
que os mundos emanados de si são como o seu próprio corpo físico no plano material.
Nesse sentido, se o Onipotente for simbolizado como sendo uma infinita esfera translúcida pejada de
mundos e orbes que flutua disciplinadamente em seu seio, essa esfera pode ser subdividida mentalmente
em dois hemisférios iguais, duas partes exatas.
Embora Deus continue integralmente em toda a Esfera Infinita, essa simples divisão conceitual em dois
hemisférios implica em se perceber a necessidade de dois comandos espirituais: duas novas consciências
na figura de dois “condensadores siderais”, que devem então graduar o altíssimo potencial e a ilimitada
energia de toda a esfera, a fim de situar as cotas correspondentes de cada hemisfério, que passam a ter
vida à parte, nessa comparação, embora sem sair de Deus.
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3. O Plano da Criação Divina 20
Surgem, portanto, os dois Arcanjos Hemisféricos Siderais, que a vontade de Deus situa em termos
conscienciais imediatamente abaixo de sua Vontade Infinita, e que atenderão a todas as necessidades da
nova vida em agitação nesses hemisférios da hipotética Esfera Divina. Ao se continuar mentalmente
subdividindo esses hemisférios, cada Arcanjo correspondente subdividir-se-á em outras duas consciências
menores às quais eles também transmitirão sua vontade e poder criador, mas sempre as abrangendo, pois
serão criações conscienciais de si mesmos.
Nessa suposta ordem decrescente e redutora, a Fonte Máxima de Energia, que é Deus, desce
vibratoriamente e vai compondo novas consciências cada vez menores, sem que por isso fique fora delas,
terminando por compor as galáxias, os sistemas estelares, os orbes, os satélites, asteróides e poeiras
siderais, onde se reconhece a respectiva graduação de subseqüentes consciências espirituais, que
comandam, em ordem decrescente, mas sempre obedecem hierarquicamente à imediata vontade mais alta.
Todas as galáxias possíveis de serem evocadas mentalmente formam o corpo de um Arcanjo Cósmico,
que por sua vez coordena harmoniosamente os Arcanjos de cada galáxia; em cada uma delas, o seu
Arcanjo Galaxial controla os respectivos sistemas solares e seus orbes, cujos Arcanjos Solares ou Logoi
Solares disciplinam e provêm cada sistema sob a sua direção mental e espiritual, materializam e alimentam
a substância e os orbes de seus sistemas.
Cada orbe, por sua vez, possui seu Arcanjo Planetário, do qual é o corpo visível, o verdadeiro coordenador
das necessidades dos reinos, seres e coisas ali existentes, e que constitui apenas a materialização exterior
de sua “vontade espiritual”, ligada ao rosário infinito de outras vontades maiores, que se fundem na Vontade
Última, que é Deus.
A Terra, em particular, é a forma visível de uma vontade espiritual que a comanda no seu campo interior e
que a criou sob o ritmo da Vontade Maior, descida do Pai, através dos seus prepostos que afloram cada vez
mais à forma exterior, vontade essa conhecida como Logos ou Cristo Planetário.
O Anjo ou “Deva Menor” é ainda capaz de atuar no mundo material, cuja possibilidade a própria Bíblia
simboliza pelos sete degraus da escada de Jacó, mas o Arcanjo não pode mais deixar o seu mundo divino e
efetuar qualquer ligação direta com a matéria, pois já abandonou, em definitivo, todos os veículos
intermediários (corpos sutis de evolução) que lhe facultariam tal possibilidade.
A fim de poder encarnar-se na Terra, Jesus de Nazaré, espírito angélico ainda passível de atuar nas formas
físicas, teve de reconstituir as matrizes perispirituais usadas noutros mundos materiais extintos. Jesus de
Nazaré, como agente da Entidade sob cuja jurisdição e dependência a Terra se encontra (o Logos
Planetário da Terra), como mundo formado em um sistema planetário, concorreu à formação de nosso
globo e de todos os seres que o habitam, passando a ser Governador Planetário.
Jesus é a mais Alta Consciência Diretora da humanidade terrena, mas não do Planeta Terra, porque ainda
permanece diretamente em contato psicofísico com as consciências terrícolas encarnadas ou não. Ele é o
Elo Divino e o mais lídimo representante de aspecto humano que se liga diretamente à Sublime
Consciência do Arcanjo Planetário da Terra.
O Comando Sideral do Sistema Solar (o Logos Solar) atua no Arcanjo do Planeta Terra, e este na imediata
consciência espiritual abaixo de si e em condições receptivas de sentí-lo e cumprir-lhe a vontade no mundo
físico: o insigne Jesus.
O mestre angélico, além de ser o Governador Espiritual de nossa humanidade, participou da Assembléia
Sideral em que o Arcanjo Espírito do Planeta Terra mentalizou os planos preliminares para a formação de
nosso orbe, em perfeita conexão com os projetos maiores do Arcanjo ou Logos Solar do Sistema Solar.
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3. O Plano da Criação Divina 21
A jurisdição de Jesus assemelha-se a sublime janela viva que se abre na forma material para que o Arcanjo
Planetário “veja” e “sinta” o que deve providenciar em seu interior espiritual para atender à progressiva
eclosão das consciências humanas delineadas na matéria terráquea.
Ante a incessante ascensão espiritual de Jesus e o seu conhecimento cada vez mais extenso sobre a
consciência coletiva de nossa humanidade, acredita-se que no próximo Grande Plano ele provavelmente se
torne um Arcanjo coordenador na criação dos mundos, sob a jurisdição direta de outro Logos Solar. Um
Arcanjo, Logos Planetário ou Solar, representa a miniatura de todos os atributos de Deus, como seja a
Sabedoria, o Poder, a Vontade, a Justiça e, obviamente, o Amor, que é o princípio crístico.
Durante o período sob cada signo da tradição astrológica relacionada ao planeta Terra, que dura exatos
2.160 anos, é destacado um dos aspectos do Logos Planetário, condizente com o atributo que deve ser
desenvolvido e cultuado pela humanidade terrena em evolução durante o período de vigência desse signo.
Como o Amor foi o principal motivo destacado nos atributos do Logos do Planeta Terra para ser cultuado
pelo homem, sob a vibração amorosa do signo de Piscis, todas as atividades missionárias e incentivadoras
de nosso mundo atual giram em torno do aspecto CRISTO, ou seja, em torno da manifestação absoluta do
Amor, um dos aspectos sublimes desse Arcanjo Planetário, a ser cultuado à parte, em correspondência com
o favorecimento do magnetismo astrológico em vigor.
O Cristo Cósmico, em sua generalidade, é o Segundo Princípio emanado de Deus que, na forma do
Amor, serve de coesão entre o seu Pensamento Original Incriado e os mundos que os Arcanjos ou
Engenheiros Siderais revelam sob a vontade divina; significa, portanto, o estado absoluto do Amor no
Cosmo, cimento de coesão entre os astros, e luz pura que alimenta o amor entre os seres.
A ação angélica pode ser mais íntima e sutil, ou mais periférica e indireta, tanto quanto for a natureza e o
aprimoramento de cada reino ou espécie onde ele atua.
Os Devas Menores ainda representam um elevado estado do psiquismo Cósmico, mas já se constituem nas
consciências psíquicas que comandam os diversos reinos da natureza (chamados nesse caso de
“Psiquismo Diretor”), e ainda se subdividem em novos sub-comandos instintivos e responsáveis por cada
espécie diferente de mineral, vegetal e animal de cada reino: as “Almas-Grupo” ou “Espíritos-Grupo”.
Os Devas Menores atuam nos diversos reinos da natureza operando intimamente desde o
reino mineral, vegetal e animal e principalmente hominal. Senhores do psiquismo, pródigos
de sabedoria e poder criativo, eles criam, disciplinam, orientam, aperfeiçoam e sublimam
todas as manifestações de Vida nos mais diversos planos e regiões dos orbes físicos.
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3. O Plano da Criação Divina 22
Fontes bibliográficas:
1. Maes, Hercílio. O Evangelho à Luz do Cosmo – Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 3 ed. Rio
de Janeiro: Freitas Bastos, 1987.
2. Maes, Hercílio. O Sublime Peregrino – Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 7 ed. Rio de
Janeiro: Freitas Bastos, 1990.
3. Maes, Hercílio. Mensagens do Astral – Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 9 ed. São Paulo:
Freitas Bastos, 1989.
4. Feraudy, Roger. Umbanda, essa desconhecida – 1 ed. Porto Alegre: FEEU, 1984.
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