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A GÊNESE DA GRAVITAÇÃO

O desenvolvimento desses conceitos abre-nos a porta para o estudo de


outro problema que nos aguarda, o da fase , a energia. Indiquemos suas
primeiras formas, para depois analisar as que delas derivam por evolução.
 Como o hidrogênio é o tipo do protozoário monocelular da
química inorgânica
 e o carbono o da química orgânica,
 assim, a gravitação é a protoforça típica do universo dinâmico.
Quando  chegou, pela primeira vez, à última fase radioativa de sua
maturação evolutiva, à gênese de  (cfr. a entrada em  da criação b, fig. 2), o
universo, à proporção que se desintegrava como matéria, foi invadido por
energia radiante. Involuindo (cfr. a descida da linha quebrada de  a  na
criação b, fig. 2), essa energia condensou-se, por correntes dinâmicas
centrípetas, no núcleo da nebulosa espiralóide (a qual, por representar a
máxima concentração dinâmica, é justamente o mais quente), da qual então
nasceu o vórtice da Via Láctea (cfr. fig. 2, criação c e subida de  para ).
Enquanto a matéria torna a percorrer seu ciclo de maturação evolutiva, ela está
toda vibrante com essa energia em período de difusão. Quando novamente a
matéria estiver velha, a energia que dela renascer mais madura não tenderá a
reenvolver-se num novo núcleo-matéria, mas subirá para a, entrando nos
caminhos da vida e da consciência. A razão pela qual apareceu a vida em
vosso planeta e nos do sistema solar é justamente porque este sistema é velho,
como vimos. Aqui a matéria está em sua última maturidade, está morrendo por
desagregação radioativa e a energia dirige-se decididamente para a fase
superior, a.
A primeira gênese de , a gravitação, aparece, portanto, como forma
originária de energia, matriz da qual nascerão, como filhas, todas as outras
formas, por meio de distinção e diferenciação no processo evolutivo.
Particularizemos. Entendo aqui, como gravitação, não a pequena gravitação
de Newton, caso particular ao vosso planeta; mas uma gravitação de sentido
mais amplo, que resulta do equilíbrio das forças inversas de atração e
repulsão, opostas e complementares (lei de dualidade, que veremos agora);
uma gravitação filha direta do movimento, isto é, energia gravífica, filha da
energia cinética. Eis como ocorre a transformação: o movimento, primeiro
produto da evolução físico-dinâmica, é força centrífuga e, por isso, tende à
difusão, à expansão, à desagregação da matéria. Expansão em todas as
dimensões é, com efeito, a direção da evolução. Mas, repentinamente, essa
direção inverte-se, por lei de equilíbrio, numa direção centrípeta, contra-
impulso involutivo, e as forças de expansão completam-se com as de atração.
Assim, a primeira explosão cinética encontra seu ritmo e o princípio da Lei
reorganiza a desordem, tão logo ela se manifesta, para nova ordem; equilibra-
se o movimento num par de forças antagônicas. Dessa forma, a gravitação
vos aparece como energia cinética da matéria e, como nasceu antes, está tão
inerente e estreitamente ligada a ela, que não vos é possível isolá-la. Assim, a
matéria atrái a matéria, e o universo, constituído de massas lançadas em todas
as direções e separadas por espaços imensos, está, não obstante, todo “ligado”
numa unidade indissolúvel. Permanece unido e, no entanto, ao mesmo tempo,
move-se por uma força que provoca seu movimento e sua respiração física.
Com o surgimento, pois, da forma protodinâmica, o universo se move pela
primeira vez; são gerados os movimentos siderais; a gravitação inicia seu
papel de guia (a Lei onipotente, instantaneamente, disciplina todas as suas
manifestações) de acordo com o binário atração-repulsão, que são o binômio
(+ e -, positivo e negativo) constitutivo de toda a força e de toda manifestação
do ser.

Em nova fase, a Substância adquire a forma de CONSCIÊNCIA linear


do devenir fenomênico, a primeira dimensão do sistema trino () que
sucede ao sistema espacial ( ). Nasce o tempo. Propaga-se a
protoforma de . Com o movimento nasce a direção, a corrente, a vibração, o
ritmo, a onda. Nasce o tempo, que mede a velocidade de transmissão. O
universo fica todo invadido por nova palpitação e mais intenso e mais rápido
devenir. Quando recondensada por concentração das correntes dinâmicas, a
matéria reinicia seu ciclo ascencional, é toda tomada por um vórtice dinâmico
que a guia e a plasma na gênese estelar, numa evolução diferente e superior à
maturação íntima estequiogenética precedente; maturação de que nascerão não
apenas miríades de novas criaturas mais ágeis e ativas como a eletricidade, a
luz, o calor, o som, assim por diante, toda a série das individuações dinâmicas
que se destilarão, por fim, na criação superior da vida.
A individualidade desses novos seres “radiantes”, tão rápidos e
dinâmicos diante das individuações de , é definida pelo ritmo, pela onda. A
unidade de medida das formas de  é a velocidade de vibração na dimensão
desta fase, o tempo.
Eis-nos nas primeiras afirmações, novas para vosso mundo científico. A
gravitação, mais exatamente a energia gravífica, é a protoforma do universo
dinâmico. Sendo energia, é radiante: transmite-se por ondas. Tem uma
velocidade própria de propagação superior à das ondas eletromagnéticas e à da
luz (300.000 km por segundo) a qual é a máxima no sistema. Aqui são
completados os conceitos da teoria de Einstein. A gravitação é relativa à
velocidade de translação dos corpos. A massa varia e aumenta com o
crescimento da velocidade, de que é função (demonstrável
experimentalmente). O peso aumenta por novas transmissões de energia e
vice-versa. O conceito de transmissão instantânea cai para todas as forças. A
gravitação leva tempo para transmitir-se, embora mínimo; como todas as
formas dinâmicas, ela tem um típico comprimento de onda. Ela se compõe, já
o dissemos, com outra qualquer unidade, de duas metades inversas e
complementares: atração e repulsão; e move-se entre esses dois extremos:
positivo e negativo. A lei descoberta por Newton, baseada nos trabalhos de
Kepler, denominada lei de atração ou gravitação universal, diz que “a
matéria atrai a matéria na razão direta das massas e na razão inversa do
quadrado das distâncias”. Mas com isso, a mecânica newtoniana não pôde
explicar nada da arquitetura dos mundos. Esse enunciado não é senão a
comprovação do fato de que a atração decresce em razão do quadrado da
distância. Indica o princípio que mede a difusão da energia gravífica, é
apenas um aspecto do princípio que regula a difusão de qualquer forma de
energia, e vos demonstra sua origem comum: o princípio da onda e de sua
transmissão esférica. As radiações conservam todas as características
fundamentais de energia cinética de onde nasceram, essa comunhão de origem
estabelece entre elas a afinidade de parentesco. Outra prova do parentesco das
formas dinâmicas está na qualidade da luz, derivação próxima por evolução da
energia gravífica. Nesta forma de energia radiante luminosa, reencontrais, em
parte, as características da originária forma de energia radiante
gravífica. Einstein afirmou, com base em cálculo, tudo o que as observações
feitas durante os eclipses solares vos confirmaram posteriormente, isto é, que
os raios luminosos estelares sofrem, na vizinhança do sol, um desvio e,
passando rente, são atraídos. Poder-se-ia dizer que a luz pesa, ou seja, a luz
sofre o influxo dos impulsos atrativos e repulsivos de ordem gravífica; existe
uma pressão nas radiações luminosas. Direi mais: todas as radiações
exercem, ao propagar-se, uma pressão de natureza gravífica, apresentam
fenômenos de atração e repulsão em razão direta de sua proximidade
genética, na sucessão evolutiva, de sua protoforma dinâmica, a gravitação.
Dirigi vossas pesquisas neste sentido, analisai por meio de cálculos estes
princípios e a ciência realizará descobertas que a revolucionarão.
Resumindo, temos: fase , em seu desenvolvimento estequiogenético,
desde H (hidrogênio) até os corpos radioativos. Depois ingresso na fase ,
por gradações, desde a matéria envelhecida e radioativa até à energia cinética,
que logo se individualiza por ondas, na protoforma de energia gravífica.
Desta nascem e desenvolvem-se todas as demais formas dinâmicas, como
veremos, numa distinção contínua (por vibração, ritmo, onda), numa
ascensão evolutiva que culminará na vida.

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