Você está na página 1de 36

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

APOSTILA DE INSTALAÇÕES
PREDIAIS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Professora: Andreza Thiesen Laureano, MSc.

Revisão 5.3

Florianópolis/SC, Agosto de 2022.

1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
SUMÁRIO

1.1 AV. MAURO RAMOS, 950 – CENTRO – FLORIANÓPOLIS/SC CEP 88.020-300 ............................1
1.2 TELEFONES: (048)3221-0500/3221-0560 .............................................................................................1
1 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...............................................................3
1.1 COMPOSIÇÃO DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO.....................3
1.2 SUBSISTEMA DE VENTILAÇÃO ........................................................................................................3
1.3 RAMAIS DE DESCARGA / ESGOTO ...................................................................................................4
1.4 RAMAIS DE VENTILAÇÃO..................................................................................................................6
1.5 TUBOS DE QUEDA ..............................................................................................................................10
1.6 COLUNAS E BARRILETES DE VENTILAÇÃO ................................................................................ 13
1.7 SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL .........................................................................................15
1.8 CAIXAS DE INSPEÇÃO ......................................................................................................................17
1.9 CAIXAS SIFONADAS ESPECIAIS ..................................................................................................... 18
1.10 CAIXAS DE GORDURA ....................................................................................................................18
1.10.1 LIMPEZA DA CAIXA DE GORDURA.......................................................................................22
1.11 CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO ............................................................................................................ 22
2 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 24
3 EXERCÍCIOS ...........................................................................................................................................25

2
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

1 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO


COMPOSIÇÃO DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTAMENTO
SANITÁRIO

As instalações prediais de esgotamento sanitário englobam:


 ramais de descarga e de esgoto;
 tubos de queda;
 ventilação primária e secundária (ramais de ventilação, colunas de
ventilação, etc);
 subcoletores e coletor predial;
 caixas de gordura e de inspeção;
 sistema de tratamento individual de esgoto (tanque séptico, filtro
anaeróbio, clorador, sumidouro, valas de infiltração, etc.), quando não há
rede coletora de esgoto na localidade.
Todos esses componentes devem ser dimensionados conformes as normas
técnicas brasileiras (ABNT / NBR), as quais serão citadas posteriormente nesta
apostila.
Os ramais e colunas/barriletes de ventilação, assim como a ventilação
primária compõem o subsistema de ventilação, o qual é descrito a seguir.

SUBSISTEMA DE VENTILAÇÃO

O subsistema de ventilação pode ser previsto de duas formas:


a) ventilação primária e secundária; ou
b) somente ventilação primária.
Os critérios são descritos na norma ABNT NBR8160/99.
A tubulação de ventilação primária é o prolongamento do tubo de queda
acima do ramal mais alto a ele ligado e com extremidade superior aberta à
atmosfera situada acima da cobertura do prédio. Deve ter ventilação primária
inclusive nos tubos de gordura (tubos de queda para cozinhas).
A tubulação de ventilação secundária é o conjunto de tubos e conexões
com a finalidade de promover a ventilação secundária do sistema predial de
esgoto sanitário. A ventilação secundária consiste, basicamente, em ramais e
colunas de ventilação que interligam os ramais de descarga ou de esgoto à venti-
lação primária ou que são prolongados acima da cobertura.
A extremidade aberta do tubo ventilador primário ou coluna de ventilação
deve estar situada acima da cobertura do edifício a uma distância mínima que
impossibilite o encaminhamento à mesma das águas pluviais provenientes do
telhado ou laje impermeabilizada.
Toda coluna de ventilação deve ter:
a) diâmetro uniforme;

3
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
b) a extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda,
em ponto situado abaixo da ligação do primeiro ramal de esgoto ou de descarga,
ou neste ramal de esgoto ou de descarga;
c) a extremidade superior situada acima da cobertura do edifício, ou
ligada a um tubo ventilador primário a 0,15 m, ou mais, acima do nível de
transbordamento da água do mais elevado aparelho sanitário por ele servido.

RAMAIS DE DESCARGA / ESGOTO

De acordo com a norma técnica ABNT NBR 8.160/99, a definição de ramal


de descarga é: “Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos
sanitários”. E de ramal de esgoto é: “Tubulação primária que recebe os
efluentes dos ramais de descarga diretamente ou a partir de um desconector.”
Desconector: “Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a
passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto.”
Os ramais de descarga e de esgoto são visualizados no projeto hidro-
sanitário nas plantas baixas dos banheiros, cozinhas, áreas de serviço, etc.,
conforme mostra a Figura 1.
O dimensionamento dos ramais de esgoto é regido pela norma técnica
ABNT NBR 8.160/99. Os diâmetros dos ramais de esgoto são definidos utilizando-
se as Tabelas 3 e 5 da referida norma técnica, apresentadas abaixo. A tabela 3
fornece o número de unidades hunter de contribuição (UHC) de cada aparelho
sanitário e o diâmetro mínimo do ramal que atende exclusivamente determinado
aparelho sanitário. Quando o ramal de esgoto atende a mais de um aparelho
sanitário, soma-se o número de UHC de todos os aparelhos que contribuem para
este ramal, e consulta-se a Tabela 5 para verificar o diâmetro mínimo deste. É
importante frisar que não se deve nunca reduzir diâmetros a jusante. Por
exemplo, o ramal que atende o vaso sanitário é de 100mm. Após este ramal unir-
se com outro ramal, aplica-se as Tabelas 3 e 5, conforme descrito anteriormente
e, se o diâmetro resultante for menor do que 100mm, adota-se 100mm (não
pode reduzir para 75mm).

4
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

Fonte: ABNT NBR 8160/99

5
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

Fonte: ABNT NBR 8160/99

Em relação à declividade dos ramais de esgoto, a norma determina que,


para diâmetros nominais até 75mm, a declividade mínima é de 2% (desnível de 2
cm a cada metro horizontal de tubulação); e, para diâmetros a partir de 100mm,
a declividade mínima é de 1%.

RAMAIS DE VENTILAÇÃO

Os ramais de ventilação, assim como os ramais de esgoto, são visualizados


no projeto hidrossanitário nas plantas baixas dos banheiros, cozinhas, áreas de
serviço, etc.
Na Figura 1, a seguir, é ilustrado como deve ser executado o ramal de
ventilação e sua conexão com a coluna de ventilação, que deve ser acima do
nível de transbordamento do vaso sanitário.

Figura 1 – Ramal de Ventilação e sua conexão com a coluna de ventilação

6
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
Os ramais de ventilação devem ser dimensionados conforme a Tabela 8 da
norma ABNT NBR 8160/99, apresentada abaixo. De acordo com esta mesma
norma, “toda tubulação de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de
1%, de modo que qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar possa
escoar totalmente por gravidade para dentro do ramal de descarga ou de esgoto
em que o ventilador tenha origem”. Esta afirmação é válida para os ramais de
ventilação e outras instalações de ventilação, as quais serão tratadas adiante.

Fonte: ABNT NBR 8160/99

7
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
EXEMPLO DIMENSIONAMENTO RAMAIS DE DESCARGA / ESGOTO E RAMAIS
DE VENTILAÇÃO

A Figura 2 ilustra um banheiro e suas instalações de esgoto (ramais de


descarga / esgoto e ramal de ventilação), além de mostrar a posição do tubo de
queda (TQ) e da coluna de ventilação (CV). Estes dois últimos itens são
dimensionados através de outras tabelas da norma, tendo como base o esquema
vertical de esgoto.

Figura 2 – Planta Baixa Banheiro, com os trechos dos ramais de descarga,


esgoto e de ventilação

a) Dimensionamento dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto:

 Trecho A (ramal de descarga) – recebe a contribuição apenas do lavatório.


Portanto o diâmetro mínimo deste trecho, que vai até a caixa sifonada
grelhada, é fornecido diretamente pela Tabela 3, sendo de 40mm.
 Trecho B (ramal de esgoto) – recebe as contribuições do lavatório e do
chuveiro (pois o ramal parte da caixa sifonada, que está dentro do box).
Portanto o diâmetro mínimo deste trecho é fornecido pela Tabela 5, sendo
antes necessário consultar a Tabela 3. De acordo com a Tabela 3, o
número de unidades hunter de contribuição (UHC) do lavatório de
residência é igual a 1; e o número de UHC do chuveiro de residência é
igual a 2. Somando-se ambos, o trecho recebe, portanto, 3 UHC.
Consultando a Tabela 5, até 3 UHC o diâmetro mínimo do ramal é de

8
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
40mm. No entanto, adotar-se-á diâmetro de 50mm para este trecho, pois
a saída da caixa sifonada geralmente é de 50mm, e a junção com o ramal
que vem do vaso sanitário é de 100mmx50mm. Caso fosse adotado o
diâmetro de 40mm, teriam que ser utilizadas 2 buchas de redução de
50mmx40mm, encarecendo a instalação. Além disso, se o ramal de
ventilação for de 50mm, teria que usar outras buchas de redução.
 Trecho C (ramal de descarga) – recebe a contribuição apenas do vaso
sanitário. Portanto o diâmetro mínimo deste trecho, é fornecido
diretamente pela Tabela 3, sendo de 100mm (não utilizou-se o
dimensionamento proposto no anexo B da NBR8160/99).
 Trecho D (ramal de esgoto) – recebe as contribuições do ramal B (lavatório
e chuveiro = total 3 UHC) e do ramal C (vaso sanitário = 6 UHC – obtido na
Tabela 3). Portanto este trecho recebe 9 UHC. Consultando a Tabela 5,
até 20 UHC o diâmetro mínimo do ramal é de 75mm. No entanto, como
não se pode diminuir diâmetro a jusante, adotar-se-á o diâmetro de
100mm.
 As declividades de cada trecho são as mínimas descritas anteriormente, de
acordo com o diâmetro de cada trecho.
b) Dimensionamento do ramal de ventilação:
Consultando-se a Tabela 8 da norma, foi verificado que, para grupos de
aparelhos com bacia sanitária (ou vaso sanitário), quando tem-se até 17 UHC,
adota-se diâmetro de 50mm. Como o banheiro em questão possui 9UHC, ou seja,
abaixo de 17 UHC, adota-se o diâmetro de 50mm.
Na Figura 3, a seguir, são apresentados os ramais de esgoto e de
ventilação dimensionados, ou seja, com os respectivos diâmetros e declividades
(no caso do ramal de ventilação, aclive), da forma como deve constar na planta
do projeto hidro-sanitário, para permitir a execução na obra.

Figura 3 – Planta Baixa Banheiro, com os ramais dimensionados

9
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
TUBOS DE QUEDA

Tubos de queda são tubulações verticais que recebem o esgoto


proveniente dos ramais de descarga de cada pavimento. Cada tubo de queda
atende normalmente a um ou dois banheiros / cozinhas / áreas de serviço.
Portanto, numa edificação é normal haver vários tubos de queda. Quando a
edificação é somente térrea, não haverá tubo de queda.
Ao chegar no térreo, o tubo de queda se torna horizontal, encaminhando-
se para uma caixa de inspeção. Caso o tubo de queda colete o esgoto de
cozinhas, ele é chamado de tubo de gordura (diâmetro mínimo 75mm) e, ao
chegar no térreo, o esgoto das cozinhas devem encaminhar-se para uma caixa de
gordura (jamais para uma caixa de inspeção, independentemente se no local há
ou não rede coletora de esgoto). Não é permitido que o mesmo tubo de queda
atenda a cozinhas e banheiros; ou cozinhas e áreas de serviço.
Os tubos de queda devem ser dimensionados tendo como base o esquema
vertical de esgoto da edificação e as plantas baixas dos pavimentos. No esquema
vertical são visualizadas todos os tubos de queda, de ventilação, os desvios dos
mesmos, além das interligações dos tubos de queda nas caixas de inspeção e de
gordura no pavimento térreo. Nas plantas baixas são identificados todos os
aparelhos sanitários que contribuem para cada ramal de descarga e,
consequentemente, para cada tubo de queda.
O dimensionamento dos tubos de queda consiste em definir o diâmetro do
mesmo. Para tanto, utiliza-se a Tabela 6 da ABNT NBR 8160/99, apresentada
abaixo.

Fonte: ABNT NBR 8160/99

10
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
EXEMPLO
A Figura 4 apresenta um esquema vertical de esgoto de uma edificação residencial.

Figura 4 - Esquema vertical de esgoto de uma edificação RESIDENCIAL


A legenda da Figura 4 é apresentada abaixo.

11
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

VS – Vaso sanitário;
LAV – Lavatório de banheiro (residência);
CH – Chuveiro de residência;
BA – Banheira;
PIA – Pia de cozinha residencial;
MLL – Máquina de Lavar Louças;
TQE – tanque;
MLR – Máquina de lavar roupas.

Para facilitar o acesso aos dados e aplicação da Tabela 6 da NBR8160/99,


criou-se o Quadro abaixo, que, na última coluna, fornece o diâmetro do
respectivo tubo de queda.

Tubo de Aparelhos Somatório Nº de Somatório Diâmetro


Queda contribuintes de UHC por pavimentos UHC total do tubo
por pavimento contribuintes do tubo de de queda
pavimento queda (mm)
TQ-1 VS, 2 LAV, 6 + (2x1) + 2 7 12 x 7 = 84 100
CH, BA + 2 = 12
TQ-2 2VS, 4LAV, (2x6)+(4x1)+ 7 24 x 7 = 168 100
2CH, 2BA (2x2)+(2x2)
= 24
TG-1 PIA, MLL 3+2=5 7 5 x 7 = 35 75
TQ-3 TQE, MLR 3+3=6 7 6 x 7 = 42 75

OBS: A Tabela 6 foi consultada para prédios com mais de três pavimentos.

12
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
COLUNAS E BARRILETES DE VENTILAÇÃO

As colunas e barriletes de ventilação são dimensionadas com base na


Tabela 2 da ABNT NBR 8160/99.

Fonte: ABNT NBR 8160/99

13
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
Portanto, para utilizar a Tabela 2 e definir-se o diâmetro da coluna de
ventilação, necessita-se do diâmetro do tubo de queda correspondente, o
somatório de UHC do mesmo, e o comprimento do tubo de queda.
Continuando o exemplo da Figura 3, serão dimensionadas as colunas de
ventilação CV-1 e CV-2. No quadro abaixo, reuniu-se todos os dados necessários
para utilização da Tabela 2 e, com base nestes dados e na referida Tabela,
definiu-se os diâmetros das colunas de ventilação.

Coluna de Tubo de Queda Somatório Diâmetro Comprimento Diâmetro da


Ventilação correspondente UHC total do tubo de total da coluna de
do tubo de queda coluna de ventilação
queda (mm) ventilação (mm)
(m)
CV-1 TQ-1 84 100 23 75
CV-2 TQ-2 168 100 23 75

O comprimento vertical da coluna de ventilação deve ser retirado do corte


do projeto arquitetônico. Os comprimentos horizontais são retirados das plantas
baixas do projeto hidrossanitário, onde estão os trechos horizontais, se os
mesmos existirem. O comprimento total é a soma dos trechos verticais e
horizontais. Neste exemplo não há trechos horizontais e, para facilitar, no
esquema vertical foram colocadas as dimensões dos pavimentos. Considerou-se
0,5m abaixo da laje do pavimento tipo 1 (1º andar) e 1,0m acima da laje de
cobertura (telhado).
Na Tabela 2 inicialmente entra-se com o diâmetro do tubo de queda. No
exemplo da Figura 4, ambos são de 100mm, então só serão consultadas as linhas
cujo diâmetro do tubo de queda é de 100mm (são 4 linhas). Inicia-se pela
primeira linha de 100mm, a qual só pode ser utilizada se o tubo de queda
receber até 43 UHC (ver a segunda coluna da Tabela 2). No entanto, a TQ-1
recebe 84 UHC e, portanto, utilizou-se a segunda linha de 100mm, que é de 44 a
140 UHC. Nesta segunda linha, se o tubo de queda tivesse até 8 de comprimento,
a coluna de ventilação seria de 50mm. Até 61m, a coluna de ventilação é de
75mm. Como a CV-1 tem 22,5m (menor que 61m), esta coluna terá 75mm de
diâmetro. Já para a CV-2, utiliza-se a terceira linha do tubo de queda de
100mm, a qual atende de 141 a 320 UHC.
A Tabela 2 aplica-se às colunas e barriletes de ventilação, que fazem
parte da ventilação secundária. Portanto não se aplica à ventilação primária
(VP). De acordo com a ABNT NBR 8160/99, “a tubulação de ventilação primária é
o prolongamento do tubo de queda acima do ramal mais alto a ele ligado e com
extremidade superior aberta à atmosfera situada acima da cobertura do prédio”.
Portanto, como é um prolongamento do tubo de queda, interpreta-se que deve
ter o mesmo diâmetro deste. Dessa forma, no exemplo da Figura 3, não aplicou-
se a Tabela 2 para a ventilação primária (VP). As colunas de ventilação CV-1 e
CV-2, antes de chegar à laje de cobertura, conectam-se à ventilação primária

14
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
(VP-1 e VP-2), que são de 100mm, pois os tubos de queda TQ-1 e TQ-2 são de
100mm. A VP-3 e VP-4 são de 75mm pois são um prolongamento dos tubos de
queda TG-1 e ES-1, que são de 75mm.

SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL

De acordo com a ABNT NBR 8160/99, o subcoletor é a “tubulação que


recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto”; e coletor
predial é o “trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de
subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral e o
coletor público ou sistema particular”. Ou seja, os subcoletores são as
tubulações entre as caixas de inspeção e entre as caixas de gordura e as caixas
de inspeção, e ainda, pode-se considerar também os trechos de tubulação
horizontais que ligam os tubos de queda às caixas de inspeção/gordura. O
coletor predial é a tubulação que recebe todo o efluente da edificação,
transportando-o para o destino final.
De acordo com a ABNT NBR 8160/99:
“O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela
somatória das UHC conforme os valores da tabela 7 da ABNT NBR 8160/99. O
coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo DN 100.
No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios
residenciais, deve ser considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada
banheiro para a somatória do número de unidades Hunter de contribuição.
Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos
contribuintes para o cálculo do número de UHC.”

Fonte: ABNT NBR 8160/99


Continuando o exemplo da Figura 4, serão dimensionados os subcoletores
(SC) e coletor predial (CP). No quadro abaixo, reuniu-se todos os dados
necessários para utilização da Tabela 7 e, com base nestes dados e na referida

15
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
Tabela, definiu-se os diâmetros e declividades dos subcoletores e coletor
predial. Os trechos horizontais dos tubos de queda (que ligam os tubos de queda
às caixas de inspeção) foram aqui considerados como subcoletores.
Coletor / Contribuintes Somatório UHC Diâmetro Coletor Declividade
Subcoletor dos e Subcoletores (%)
contribuintes* (mm)
Trecho TQ-1 42 100 1%
horizontal TQ-1
e SC-1
Trecho TQ-2 84 100 1%
horizontal TQ-2
SC-2 TQ-2 e SC-1 42 + 84 = 126 100 1%
Trecho TG-1 35 100 1%
horizontal TG-1
e SC-3
Trecho TQ-3 42 100 1%
horizontal TQ-3
e SC-4
CP SC-2, SC-3 e 126 + 35 + 42 = 100 2%
SC-4 203
* Para os tubos de queda dos banheiros (TQ-1 e TQ-2), considerou-se apenas a
contribuição dos vasos sanitários (edificação residencial), conforme explicado.
Aplicando-se a Tabela 7, percebe-se que é possível utilizar diferentes
diâmetros para o mesmo valor de UHC, mudando apenas a declividade. Por
exemplo, o coletor predial, que possui contribuição de 203 UHC, pode-se optar
por um diâmetro de 100mm a 2% de declividade; ou 150mm a 1% de declividade.
A escola depende de alguns dos fatores a seguir:
- topografia do terreno;
- extensão dos subcoletores e coletor predial;
- profundidade da caixa de inspeção da concessionária de saneamento
(para ligar na rede coletora de esgoto);
- profundidade do lençol freático;
- tipo de solo local (onde passará a tubulação e será construído o sistema
de tratamento individual de esgoto).
Se o terreno for plano e a extensão de subcoletores e coletor for grande,
adotando-se declividades maiores, o coletor na frente do edifício será muito
profundo, podendo até exigir a instalação de um bombeamento para ligar o
esgoto do prédio na rede coletora de esgoto, ou ainda, podendo dificultar ou
impedir a execução do sistema de tratamento individual de esgoto. Em alguns
casos pode ser mais econômico adotar diâmetros maiores com declividades
menores. O dispêndio com material (tubo) seria maior, mas os custos com
escavação seriam minimizados e também não seria necessária a instalação de um
sistema de bombeamento.

16
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
CAIXAS DE INSPEÇÃO

De acordo com a ABNT NBR 8160/99, caixa de inspeção é uma “caixa


destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de
declividade e/ou direção das tubulações”.
As caixas de inspeção devem ter:
a) profundidade máxima de 1,00 m;
b) forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno
mínimo de 0,60 m, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
c) tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
d) fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar
formação de depósitos.
Na Figura 5 é apresentado um exemplo de caixa de inspeção.

A A

PLANTA CORTE AA
Figura 5 - Caixa de inspeção prismática de base quadrada

OBS.: Os diâmetros de entrada e saída da caixa de inspeção variam de


acordo com o dimensionamento dos subcoletores e coletor predial.

17
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
CAIXAS SIFONADAS ESPECIAIS
De acordo com a ABNT NBR 8160/99, “Os despejos provenientes de
máquinas de lavar roupas ou tanques situados em pavimentos sobrepostos podem
ser descarregados em tubos de queda exclusivos, com caixa sifonada especial
instalada no seu final.” Na Figura 6, abaixo, é apresentado um modelo de caixa
sifonada especial. No entanto, há outras formas de construir uma caixa sifonada
especial.

A Ø100
A Øvar
Øvar Ø100

PLANTA
CORTE A-A
Figura 6 - Caixa Sifonada Especial
Não se deve ligar o esgoto da máquina de lavar roupas na caixa sifonada
que fica na área de serviço. Portanto, para não haver odor saindo pela tubulação
da máquina de lavar roupas, é necessário algum tipo de sifonamento. A NBR8160
cita a caixa sifonada especial para receber o esgoto da(s) área(s) de serviço,
para depois o mesmo seguir para as caixas de inspeção, que contém esgoto
proveniente de vasos sanitários. A caixa sifonada pode ser construída também
em residências unifamiliares.
CAIXAS DE GORDURA
De acordo com a ABNT NBR 8160/99, as caixas de gordura devem ser
dimensionadas levando-se em conta o que segue:
a) para a coleta de apenas uma cozinha, pode ser usada a caixa de gordura
pequena ou a caixa de gordura simples;
b) para a coleta de duas cozinhas, pode ser usada a caixa de gordura
simples ou a caixa de gordura dupla;
c) para a coleta de três até 12 cozinhas, deve ser usada a caixa de gordura
dupla;
d) para a coleta de mais de 12 cozinhas, ou ainda, para cozinhas de
restaurantes, escolas, hospitais, quartéis, etc., devem ser previstas caixas de
gordura especiais.
As caixas de gordura devem ser divididas em duas câmaras, uma receptora
e outra vertedoura, separadas por um septo não removível.
As caixas de gordura podem ser dos seguintes tipos:

18
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
a) pequena (CGP), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
o diâmetro interno: 0,30 m;
o parte submersa do septo: 0,20 m;
o capacidade de retenção: 18 L;
o diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75.
A Figura 7 ilustra uma caixa de gordura pequena.

A A

PLANTA CORTE AA
Figura 7 - Exemplo de caixa de gordura pequena – para uma cozinha

b) simples (CGS), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:


o diâmetro interno: 0,40 m;
o parte submersa do septo: 0,20 m;
o capacidade de retenção: 31 L;
o diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75.
A Figura 8 ilustra uma caixa de gordura simples.

A A

PLANTA CORTE AA
Figura 8 - Exemplo de Caixa de gordura simples – para uma ou duas cozinhas

19
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
c) dupla (CGD), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
o diâmetro interno: 0,60 m;
o parte submersa do septo: 0,35 m
o capacidade de retenção: 120 L;
o diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100;

A Figura 9 ilustra uma caixa de gordura dupla.

A A

PLANTA
CORTE AA
Figura 9 - Exemplo de Caixa de gordura dupla – para duas a doze cozinhas

d) especial (CGE), prismática de base retangular, com as seguintes


características:
o distância mínima entre o septo e a saída: 0,20 m;
o volume da câmara de retenção de gordura obtido pela fórmula:
V = 2 N + 20
onde:
N é o número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a
caixa de gordura no turno em que existe maior afluxo;
V é o volume, em litros;
o altura molhada: 0,60 m;
o parte submersa do septo: 0,40 m;
o diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 100.
De acordo com a Vigilância Sanitária Municipal de Florianópolis
(2018):
V = volume em litros da câmara de retenção (não considera o
volume da câmara vertedoura)
N = número de pessoas servidas pela cozinha no turno de
maior afluxo

20
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
A Figura 10 ilustra uma caixa de gordura especial (próxima página).

A A

PLANTA
CORTE AA
Figura 10 - Exemplo de Caixa de gordura – para 13 ou mais cozinhas; ou para
restaurantes, etc.

A norma fornece uma equação para cálculo do volume mínimo da câmara


de retenção e fixa a altura molhada (útil). Calculando-se o volume (em função do
nº de pessoas) e utilizando-se a altura molhada, obtêm-se os lados da caixa de
gordura especial através das equações abaixo:

Y = X + 0,25
OBS.: Fórmulas de acordo com a geometria da Figura 10.

EXEMPLO

Dimensionar uma caixa de gordura que atende dois tubos de gordura


(tubos de queda). Cada tubo de queda atende a 11 cozinhas. Cada cozinha
atende a um apartamento de 3 dormitórios.

N (população) = (11 X 2) cozinhas x 3 dormitórios/cozinha(apto) x 2


pessoas/dormitório
N = 132 pessoas
V = (2 x 132) + 20 = 284 Litros = 0,284 m³
Substituindo V por 0,284, temos:

21
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

X = 0,5742 (sempre deixar com duas casas e arredondar para cima)


X = 0,58m

Y = X + 0,25 = 0,58 + 0,25 = 0,83 m


Prova real:
Volume resultante = X * Y * hu = 0,58 * 0,83 * 0,60 = 0,289m³ - ok!

1.10.1 LIMPEZA DA CAIXA DE GORDURA

As informações a seguir foram obtidas no material da Prefeitura Municipal


de Florianópolis (2018).
A caixa de gordura deve ser limpa periodicamente de acordo com a sua
capacidade de acumulação, evitando-se assim a obstrução das tubulações de
esgoto, do sistema individual de tratamento ou da rede coletora pública de
esgoto.
Procedimento para a limpeza da caixa de gordura:
• Remover a camada de gordura que fica na superfície;
• Retirar o líquido existente na caixa;
• Remover os resíduos sólidos contidos no fundo da caixa;
• Limpar as paredes internas da caixa
Os resíduos sólidos retirados da caixa de gordura devem ser devidamente
ensacados e depositados no lixo e nunca nas instalações sanitárias.

CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO

As caixas de distribuição são necessárias quando precisamos dividir a vazão


em partes iguais (duas, três...). Por exemplo, quando são projetados dois ou três
sumidouros para destinação final do esgoto, é necessário dividir a vazão em
partes iguais (para sumidouros iguais). O mesmo acontece para as valas de
infiltração. Na Figura 11 é apresentado um exemplo de caixa de distribuição, que
divide a vazão em duas partes iguais.

22
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

PLANTA BAIXA

CORTE E-E’

Figura 11 - Caixa de distribuição com efluente pressurizado e dois vertedouros


(Prefeitura Municipal de Florianópolis, 2020)

A entrada de diâmetro reduzido da Figura 11 deve-se ao fato de que esta


tubulação é de recalque da bomba, ou seja, é um conduto forçado
(pressurizado). Há também caixas de distribuição com entrada em conduto livre.

23
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
1 REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160: sistemas


prediais de esgoto sanitário-projeto e execução. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS. ORIENTAÇÃO TÉCNICA: CAIXA


DE GORDURA. Revisão 03. FLORIANÓPOLIS-SC, 2018. Disponível em:
http://www.pmf.sc.gov.br/entidades/vigsanitaria/index.php?cms=orientacoes+t
ecnicas&menu=4&submenuid=1662. Acesso em 26/05/2020.

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS. ORIENTAÇÃO TÉCNICA: Caixa


de distribuição. Revisão 00. FLORIANÓPOLIS-SC, 2020. Disponível em:
http://www.pmf.sc.gov.br/entidades/vigsanitaria/index.php?cms=orientacoes+t
ecnicas&menu=4&submenuid=1662. Acesso em 26/05/2020.

24
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
2 EXERCÍCIOS

RAMAIS DE DESCARGA, ESGOTO E VENTILAÇÃO (PLANTAS BAIXAS)

1)

Vent.

Ramal de descarga? Aparelhos Somatório Declividade


Ramal Diâmetro (mm)
(sim/não) contribuintes UHC (%)
Trecho A
Trecho B
Trecho C
Trecho D
Trecho E
Trecho F

Ramal de ventilação:
Somatório UHC =
Diâmetro =
Aclive =

25
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

2)

Trecho T

Obs.: MIC = Mictório com


descarga automática

26
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
Ramal de descarga? Aparelhos Somatório Declividade
Ramal Diâmetro (mm)
(sim/não) contribuintes UHC (%)
Trecho A
Trecho B
Trecho C
Trecho D
Trecho E
Trecho F
Trecho G
Trecho H
Trecho I
Trecho J
Trecho K
Trecho L
Trecho M
Trecho N
Trecho O
Trecho P
Trecho Q
Trecho R
Trecho S
Trecho T

Ramal de ventilação (sem vasos sanitários, pois não


estão interligados com os mictórios/lavs):
Somatório UHC =
Diâmetro =
Aclive =

TUBOS DE QUEDA, COLUNAS DE VENTILAÇÃO, SUBCOLETORES, COLETOR


PREDIAL E CAIXA DE GORDURA

DIMENSIONAR: TQ, TG, CV, VP, SC E CP NO ESQUEMA VERTICAL.


ESPECIFICAR TAMBÉM A CAIXA DE GORDURA (CG) A SER UTILIZADA, COM AS
DIMENSÕES ÚTEIS, E FAZER UM CROQUI, EM PLANTA E EM CORTE.

27
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

EXERCÍCIO 1 -
RESIDENCIAL
COBERTURA

LAVAND.2 LAVAND.1 Banho 1 Banho 2 COZINHA 2 COZINHA 1


TIPO 7

LAVAND.2 LAVAND.1 Banho 1 Banho 2 COZINHA 2 COZINHA 1


TIPO 6

LAVAND.2 LAVAND.1 Banho 1 Banho 2 COZINHA 2 COZINHA 1


TIPO 5

LAVAND.2 LAVAND.1 Banho 1 Banho 2 COZINHA 2 COZINHA 1


TIPO 4

LAVAND.2 LAVAND.1 Banho 1 Banho 2 COZINHA 2 COZINHA 1


TIPO 3

LAVAND.2 LAVAND.1 Banho 1 Banho 2 COZINHA 2 COZINHA 1


TIPO 2

COZINHA 2
LAVAND.2 LAVAND.1 Banho 1 Banho 2 COZINHA 1
TIPO 1

TÉRREO

SC3
CSE CI1 CI2 CG1
SC1 SC2
CP

28
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

COBERTURA EXERCÍCIO 2
COMERCIAL

Lavabo COPA
TIPO 7

Lavabo COPA
TIPO 6

Lavabo COPA
TIPO 5

Lavabo COPA
TIPO 4

Lavabo COPA
TIPO 3

Lavabo COPA
TIPO 2

Lavabo COPA
TIPO 1

TÉRREO

SC1
CI1 CG1

CP
ESQUEMA VERTICAL DE ESGOTO 29
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.

EXERCÍCIO 3
RESIDENCIAL

30
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
GABARITOS EXERCÍCIOS RAMAIS (PLANTAS BAIXAS)
BANHEIRO RESIDENCIAL

EXERCÍCIO 2 (BANHEIRO ACADEMIA)


Ramal de descarga? Aparelhos Somatório Declividade
Ramal Diâmetro (mm)
(sim/não) contribuintes UHC (%)
Trecho A SIM DIRETO TABELA 3 40 2
Trecho B SIM DIRETO TABELA 3 40 2
Trecho C SIM DIRETO TABELA 3 40 2
Trecho D NÃO 2 LAV USO G. 4 50 2
Trecho E NÃO 3 LAV USO G. 6 50 2
Trecho F SIM DIRETO TABELA 3 40 2
Trecho G NÃO E + MIC D.A. 8 75 2
Trecho H SIM DIRETO TABELA 3 40 2
Trecho I NÃO G + MIC D.A. 10 75 2
Trecho J SIM DIRETO TABELA 3 40 2
Trecho K NÃO I + MIC D.A. 12 75 2
Trecho L SIM DIRETO TABELA 3 40 2
Trecho
M NÃO K + MIC D.A. 14 75 2
Trecho N SIM DIRETO TABELA 3 100 1
Trecho O SIM DIRETO TABELA 3 100 1
Trecho P NÃO 2 VS 12 100* 1
Trecho Q SIM DIRETO TABELA 3 100 1
Trecho R NÃO 3 VS 18 100* 1
Trecho S SIM DIRETO TABELA 3 100 1
Trecho T NÃO 4 VS 24 100 1

* Não se pode usar 75mm, pois estaria reduzindo diâmetro (pois o ramal de esgoto tem 100mm)

Ramal de ventilação:
Somatório UHC = 14 (sem os vasos sanit., pois não estão interligados com a ventilação)
Diâmetro = 50 mm; Aclive = 1%

31
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
GABARITOS EXERCÍCIOS ESQUEMAS VERTICAIS

Gabarito Exercício Esgoto 1 - Esquema Vertical Esgoto (RESIDENCIAL)

Tubo de Aparelhos Somatório de Nº de Somatório Diâmetro


Queda contribuintes UHC por pavimentos UHC total do do tubo de
por pavimento pavimento contribuintes tubo de queda
queda (mm)
TQ-1 VS, 2 LAV, 2CH 6 + (2x1) + 7 12 x 7 = 84 100
(2x2) = 12
TQ-2 VS, LAV, CH 6+1+2=9 7 9 x 7 = 63 100*
TG-1 2 PIAs, 2 MLL (2x3) + (2x2) 7 10 x 7 = 70 75
= 10
TQ-3 2 TQEs, 2 MLR (3+3)x2 = 12 7 12 x 7 = 84 100
* Não pode-se usar 75mm, pois estaria reduzindo diâmetro (pois o ramal de esgoto tem
100mm)

Coluna de Tubo de Queda Somatório Diâmetro do Comprimento Diâmetro da


Ventilação correspondente UHC total tubo de total da coluna de
do tubo de queda (mm) coluna de ventilação
queda ventilação(m) (mm)
CV-1 TQ-1 84 100 23 75
CV-2 TQ-2 63 100 23 75

Coletor / Contribuintes Somatório UHC Diâmetro Coletor e Declividade


Subcoletor dos contrib.* Subcoletores (mm) (%)
Trecho TQ-1 42 100 1%
horizontal TQ-1
Trecho horizont. TQ-3 84 100 1%
TQ-3 e SC-1
SC-2 TQ1 e SC-1 42 + 84 = 126 100 1%
Trecho TQ-2 42
horizontal TQ-2
Trecho TG-1 70 100 1%
horizontal TG-1 e
SC-3
CP SC-2, SC-3 e 126 + 70 + 42 = 150 1%
TQ-2 238
* Para os tubos de queda dos banheiros (TQ-1 e TQ-2), considerou-se apenas a
contribuição dos vasos sanitários, conforme prevê a NBR8160/99 (para edificações
residenciais).

32
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
Caixa de gordura:
São quatorze cozinhas, então será utilizada caixa de gordura especial:
N (população) = (7 X 2) cozinhas x 2 dormitórios/cozinha(apto) x 2
pessoas/dormitório
N = 56 pessoas
V = (2 x 56) + 20 = 132 Litros = 0,132 m³
De acordo com a Vigilância Sanitária Municipal de Florianópolis (2018):
V = volume em litros da câmara de retenção (não considera o volume da
câmara vertedoura)
N = número de pessoas servidas pela cozinha no turno de maior afluxo

A A

PLANTA
CORTE AA

= 0,3604 = 0,37m

Y = x + 0,25 = 0,37 + 0,25 = 0,62m

Prova real:

Vcam_ret= 0,37 x 0,62 x 0,60 = 0,137m³ > 0,132m³ - ok

33
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
Gabarito Exercício Esgoto 2 - Esquema Vertical Esgoto (COMERCIAL)

Tubo de Aparelhos Somatório de Nº de


Somatório Diâmetro
Queda contribuintes UHC por pavimentos
UHC total do do tubo de
por pavimento pavimento contribuintes
tubo de queda
queda (mm)
TQ-1 1VS, 1LAV 6+2= 8 7 8 x 7 = 56 100*
TG-1 1 PIA 3 7 3 x 7 = 21 75**
* Não pode-se usar 75mm, pois estaria reduzindo diâmetro (pois o ramal de esgoto tem
100mm)
** Para tubo de gordura, o mínimo é 75mm (não pode usar 50mm).

Coluna de Tubo de Queda Somatório Diâmetro do Comprimento Diâmetro da


Ventilação correspondente UHC total tubo de total da coluna de
do tubo de queda (mm) coluna de ventilação
queda ventilação(m) (mm)
CV-1 TQ-1 56 100 23 75

Coletor / Contribuintes Somatório UHC Diâmetro Coletor e Declividade


Subcoletor dos contrib. Subcoletores (mm) (%)
Trecho horizont. TQ-1 56 100 1%
TQ-1
Trecho TG-1 21 100 1%
horizontal TG-1 e
SC-1
CP TQ1 e SC1 56 + 21 = 77 100 1%

Caixa de gordura: São sete cozinhas, então será utilizada caixa de gordura dupla:

A A

PLANTA
CORTE AA

34
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
Gabarito Exercício Esgoto 3 - Esquema Vertical Esgoto (RESIDENCIAL)

Tubo de Aparelhos Somatório de Nº de Somatório Diâmetro


Queda contribuintes UHC por pavimentos UHC total do do tubo de
por pavimento pavimento contribuintes tubo de queda
queda (mm)
TQ-1 2VS, 2LAV, (6X2)+(2x1)+ 4 21 x 4 = 84 100
2CH, BA, BI (2x2)+2+1=21
TQ-2 2VS, 2LAV, (6X2)+(2x1)+ 4 18 x 4 = 72 100
2CH (2x2)= 18
TG-1 PIA, MLL 3+2=5 4 5 x 4 = 20 75*
TQ-3 TQE, MLR 3+3=6 4 6 x 4 = 24 50**
* Para tubo de gordura, o mínimo é 75mm (não pode usar 50mm).
** Pode ser usado 50mm, mas é recomendável que se use 75mm.

Coluna de Tubo de Queda Somatório Diâmetro do Comprimento Diâmetro da


Ventilação correspondente UHC total tubo de total da coluna de
do tubo de queda (mm) coluna de ventilação
queda ventilação(m) (mm)
TV-1 TQ-1 84 100 14 75
TV-2 TQ-2 72 100 14 75

Coletor / Contribuintes Somatório UHC Diâmetro Coletor e Declividade


Subcoletor dos contrib.* Subcoletores (mm) (%)
Trecho TQ-1 48 100 1%
horizontal TQ-1 e
SC-1
Trecho TQ-2 48 100 1%
horizontal TQ-2
SC-2 SC-1 e TQ-2 48 + 48 = 96 100 1%
Trecho TG-1 20 100 1%
horizontal TG-1 e
SC-3
Trecho TQ-3 24 100 1%
horizontal TQ-3 e
SC-4
CP SC-2, SC3 e 96 + 20 + 24 = 100 1%
SC-4 140
* Para os tubos de queda dos banheiros (TQ-1 e TQ-2), considerou-se apenas a
contribuição dos vasos sanitários, conforme prevê a NBR8160/99.

35
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIDADE CURRICULAR: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PROFESSORA: ANDREZA THIESEN LAUREANO, ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL, Msc.
Caixa de gordura:
São quatro cozinhas, então será utilizada caixa de gordura dupla:

A A

PLANTA
CORTE AA

36

Você também pode gostar