Murilo Alencar | Subsídios Para Escola Bíblica Dominical

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Esboço Da Lição 03
Do 3º Trimestre
De 2021
Por Murilo Alencar

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SOBRE O ABRA A JAULA

O Abra a Jaula é um projeto de pregação, evangelismo e ensino da palavra de Deus. O abrir a jaula
pode ser comparado com a ordenança máxima dada a igreja por Jesus "Ide por todo mundo e pregai
o evangelho a toda criatura". Spurgeon disse que o evangelho é como um leão faminto que está
enjaulado, de modo que nosso papel não é salvar ninguém, mas abrir a jaula e deixar que o Leão saia
e consuma os corações!

Nesse sentido, nos colocamos a disposição, principalmente de Deus, para promover um conteúdo
bíblico e pentecostal.

No acervo de vídeos do Abra a Jaula, temos pregações curtas, reflexões bíblicas, pré-aula da Escola
Dominical, dicas de pregação com O Pregador e a Pregação e o personagem da bíblia, além de vários
projetos que ainda estão para serem colocados em prática, pois estamos em constante crescimento.

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O PLANO DE DEUS PARA ISRAEL EM MEIO À INFIDELIDADE DA NAÇÃO

As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel

Domingo, 18 de Julho de 2021

ACABE E O PROFETA ELIAS

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje versaremos acerca de três personagens muito conhecidos da historia bíblica, Acabe,
Jezabel e o profeta Elias. Abordaremos de forma concisa, a realidade decadente e obscura da nação de
Israel. Por fim, destacaremos algumas lições práticas extraídas da biografia do profeta Elias. Vamos juntos,
aprender a palavra de Deus.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Entre o governo de Jeroboão e o governo de Acabe há um espaço de tempo de mais ou menos seis
décadas (1 Rs 12-17). Até aqui, focalizando a história que se passa no Reino Norte, pode-se afirmar que
houve sessenta anos onde a impiedade, imoralidade e a idolatria se multiplicaram e tomaram proporções
cada vez maiores. A geração de Elias era uma geração que só conhecia a maldade e o pecado, tendo em
vista que os bons exemplos de piedade e devoção a Deus “parecia” não existir mais. É nesse tempo,
durante o governo de um rei vendido ao pecado e de uma rainha endemoniada, que Deus levanta um
profeta inflamado por Sua Palavra.
• TEXTO ÁUREO – “Reconheçam, portanto, que o Senhor, seu Deus, é, de fato, Deus. Ele é o Deus
fiel que cumpre por mil gerações sua aliança de amor com todos que o amam e obedecem a seus
mandamentos”. (Dt 7.9 NVT). “Procurem entender, pois, que o Senhor nosso Deus é Deus - o Deus
fiel, que por mil gerações mantém de pé as promessas que faz, e que dedica amor constante
àqueles que dedicam amor a Ele, e que obedecem aos mandamentos que ordena”. (Dt 7.9 Viva).
Ponto de reflexão. Algumas lições podem ser extraídas dessa passagem para, então, serem aplicadas de
modo teológico e bíblico:
1. Deus é incomparável e não têm concorrentes (teu Deus é Deus). Nos dias de Acabe e Jazabel, a
idolatria era algo que já estava enraizado no coração da nação, mas Baal nunca foi e nunca será
um adversário a altura de Deus. “A bíblia diz: Com quem me comparareis? A quem me igualareis e
considerareis semelhante a mim para que possamos ser comparados?” (Is 46.5).
2. Deus é fiel (Ele guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações – “uma forma figurativa de
dizer ‘para sempre’”). A fidelidade de Deus é inquestionável, pois ele é imutável, conforme nos
ensina a bíblia: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes,
em quem não há mudança nem sombra de variação”. (Tg 1.17). A fidelidade de Deus não pode ser
relacionada apenas a sua ação em cumprir promessas e abençoar. Deus é fiel para executar seus
juízos e castigar. Quando um rei e a nação se desviavam, Deus se mantinha fiel a sua aliança
castigando o povo. Quando o rei e a nação se arrependiam e obedeciam aos mandamentos, Deus
se mantinha fiel a sua aliança livrando e abençoado o povo.
3. Deus é Justo e sente aversão pelo mal. Deus revela sua santidade e justiça aprovando a
obediência e a prática do bem; Ele reprova a desobediência e a pratica do mal.
• VERDADE PRÁTICA – “E se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o Senhor; e sabei que o
vosso pecado vos há de achar”. (Nm 32.23). “O mal perseguirá os pecadores”. (Pv 13.21).

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Ponto de reflexão. Quais os motivos que induzem uma pessoa a aceitar o pecado? (1) Sigilo na pratica do
pecado. (2) Impunidade quanto a suas consequências. Aprendemos com a história dos reis de Israel que
ninguém é carnal às escondidas, cedo o tarde o pecado vem a tona, além do mais, ninguém pode se
esconder da presença de Deus. Todo pecado tem consequência e ninguém, independente do nome, status,
título e posição, pode escapar de seus resultados.

I – A CRISE SOCIAL, MORAL E ESPIRITUAL NOS DIAS DE ELIAS

1.1 Crise social. Devido a súbita sucessão de reis e as constantes insurreições, o governo de Israel
estava abalado e fragilizado. A injustiça e a opressão era generalizada, pelo menos é o que dar para
depreender do episódio envolvendo Nabote e sua vinha (1 Rs 21.9-11).

1.2 Crise Moral e Espiritual. A bíblia registra de modo enfático o inicio diabólico e malevolente do
reinado de Acabe: “Acabe, filho de Onri, fez o que o Senhor reprova, mais do que qualquer outro antes
dele.
Ele não apenas achou que não tinha importância cometer os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, mas
também se casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios, e passou a prestar culto a Baal e adorá -
lo”.
(1 Rs 16.30,31).

• Acabe construiu um templo para Baal em Samaria e levantou um poste ídolo a deus pagão (1 Rs
16.33).
• Acabe servia e prestava reverência a Baal juntamente com sua esposa Jezabel (1 Rs 16.31).
• Acabe e Jezabel financiavam a idolatria e compravam os profetas (1 Rs 18.19).
• Acabe e Jezabel perseguiam, matavam e prendiam os profetas cujo silencio não pode ser comprado
(1 Rs 18.4; 22.26,27).
• A nação estava dividida e não sabia mais distinguir entre Deus e Baal (1 Rs 18.21).

Ponto de reflexão. (1) A idolatria nos dias de Acabe e Jezabel se tornou algo normal e comum. Nossos
dias não são diferentes, a idolatria parece está se tornando algo normal até mesmo dentro das igrejas.
Como assim? Você pode retrucar, na minha igreja não tem imagem de escultura. A idolatria, em
nossos dias, ganhou uma roupa nova, mas sua essência continua a mesma, veja algumas formas
de idolatrias atuas: (1.1) Auto realização, amor próprio, aspiração excessiva por títulos e cargos na
igreja (muito egoísmo e ausência de altruísmo). (1.2) Admiração (com tendências ao fanatismo) a
cantores gospel, pregadores. (1.3) Desejo de ser famoso/auto-exibição. (1.4) Teologias que satisfazem a
certas paixões mundanas ou necessidades e gostos pessoais (2 Tm 4:3). (1.5) Culto e adoração a anjos.

II – ACABE E JEZABEL

2.1 Acabe. Acabe foi o sétimo rei do Reino divido, sua biografia é uma das mais desastrosas
encontradas na bíblia sagrada. A bíblia é clara quanto a índole de Acabe: “E fez Acabe, filho de Onri, o que
era mal aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele”. (1 Rs 16.30). “Não houve
ninguém que tenha se vendido tão completamente para fazer o que é mau aos olhos do SENHOR como
Acabe, influenciado por sua esposa Jezabel”. (1 Rs 21.25).

2.2 Jezabel. Jezabel, filha de Etbaal, cujo nome significa “não há nobreza” foi a endemoniada
esposa de Acabe. Cinco características devastadoras marcam a historia e o caráter de Jezabel: (1) Idolatria
(1 Rs 16.31,32); (2) Abuso de poder (1 Rs 21.25,26); (3) Manipulação (1 Rs 21.8-10); (4) Perseguição (1 Rs
18.4).

Ponto de Reflexão. (1) Acabe é um exemplo do homem que se deixa influenciar pelo mal conscientemente,
embora conheça a verdade, prefere permanecer na mentira. Acabe ver os milagres, ouve a voz de Deus e
beneficiado pela sua misericórdia, todavia não valoriza as coisas espirituais nem volta o seu coração para o
Deus verdadeiro. As igrejas estão cheias de homens e mulher como Acabe que perturbam a paz da
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igreja, macula o testemunho da noiva de Cristo e induz pelo exemplo os irmãos a pecarem. (2) O
espírito de Jezabel tem atuado em muitos lugares, corrompendo a verdadeira fé e promovendo dissenções.
Os ambientes onde a ambição, egoísmo, idolatria, manipulação, abuso de poder, prostituição e a
perseguição imperam, ali há uma operação do espírito de Jezabel.

III – O PROFETA ELIAS

3.1 O surgimento repentino e o ministério do profeta Elias nos ensinam algumas valiosas
lições:

• Deus sempre levanta um homem em tempos de crise (1 Rs 17.1a). Elias surge no cenário
bíblico oriundo de um lugar tão insignificante que nem aparece no mapa de Israel. Sua família
não é mencionada, com isso, podemos conjeturar que ele não tinha nenhum parentesco
sacerdotal, levítico e nobre. Deus não levanta profetas tomando como base aquilo que é
visivelmente pomposo e o profeta Elias é a prova viva disso.

• Uma intimidade profunda (1 Rs 17.1b). Quando refletimos nas palavras ditas por Elias ao
rei Acaba, ficamos admirados. Ele disse ao rei Acabe que não choveria e nem cairia orvalho
segundo a sua palavra. Nem todo o dia chove, mas todo o dia cai orvalho do céu. De onde o
profeta tirou tanta convicção? A bíblia responde que essa ousadia é advinda de uma vida de
oração (Tg 5.17,18). Quem tem intimidade tem ousadia; o coração de Elias estava em
sintonia com o coração de Deus de modo tão profundo que ele podia dizer: “conforme a
minha palavra”. Por exemplo: devido a intimidade que tenho com minha esposa, posso falar
em nome dela, pois sei o que ela gosta e não gosta, o que ela aprova e o que não aprova;
isso é fruto de intimidade. Busquemos mais intimidade com Deus.

Ponto de Reflexão: Só quem pode pregar com ousadia diante do rei é quem esteve de joelhos perante o
Rei dos Reis.

CONCLUSÃO

Com a graça de Deus, chegamos ao fim de mais uma lição. Desse modo, faço um apelo final,
rejeitemos os caminhos de Acabe e condenemos o espírito de Jezabel. O profeta é para todos os crentes
um modelo digno de ser imitado; modelo de comunhão, devoção, obediência e ousadia. Deus abençoe a
todos e até a próxima aula.

Bibliografia

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. 2010.

FINLEY, Harvey. Comentário Bíblico Beacon. CPAD
GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. Vida Acadêmica.
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Geografia.

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