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CULTO
Rev. Giovanni Zardini
TEOLOGIA DO CULTO SEGUNDO MALAQUIAS
Os profetas foram levantados, em diversas
ocasiões do registro bíblico, para denunciarem o
desvirtuamento do culto ao Senhor por parte do
povo de Deus em suas épocas. Os princípios
relativos à adoração a Deus que eles utilizaram
certamente ainda se aplicam ao povo de Deus de
todas as épocas, inclusive à igreja cristã
brasileira.
TEOLOGIA DO CULTO SEGUNDO MALAQUIAS
INTRODUÇÃO
O livro de Malaquias é altamente apropriado para ser
usado como objeto de análise bíblica na investigação a
cerca da teologia do culto e da pratica do culto conforme
Deus. Isto se deve, principalmente, devido ao fato de a
profecia de Malaquias ter sido proferida num contexto
muito semelhante ao da igreja brasileira de nossos dias.
Um tempo onde cultuar a Deus parece não fazer diferença
visível na vida dos que o buscam constantemente nos
locais de culto.
TEOLOGIA DO CULTO SEGUNDO MALAQUIAS
CONTEXTO HISTÓRICO
As profecias de Malaquias foram proferidas em um tempo de
profundo desânimo para o povo de Deus. fazia cerca de cem
anos que os judeus tinham regressado do cativeiro. Deus havia
mandado o povo de Israel para o exílio, por volta de seiscentos
ou quinhentos anos antes de Cristo, por causa da reiterada
idolatria e falta de arrependimento. Para isso usou os
babilônicos, que levaram seu povo, a nação de Israel, cativa
para a Mesopotâmia. Parte do povo foi para o Egito outra se
dispersou e muitos outros morreram. Durante setenta anos, o
povo permaneceu cativo na Babilônia.
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CONTEXTO HISTÓRICO
Desânimo nacional;
Cem anos após o regresso do cativeiro
babilônico;
Expectativa e Frustração;
100 anos depois nada havia mudado.
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CONTEXTO HISTÓRICO
As promessas de renovação do culto a Deus não se
concretizaram, uma vez que as celebrações no templo
em Jerusalém eram caracterizadas pelo excesso de
formalismo. O culto era vazio, superficial. Apesar de
os profetas terem falado da continuidade da linhagem
sacerdotal, os profetas haviam se corrompido e
estavam totalmente desmotivados.
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CONTEXTO HISTÓRICO
Diante deste cenário, o povo de Deus caiu em
desânimo. O zelo e o amor pelas coisas de Deus
foi pouco a pouco diminuindo, e o povo começou
a se dispersar em busca de seus próprios
interesses.
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CONTEXTO
Os sacerdotes, que HISTÓRICO
eram responsáveis pelo culto,
começaram a pensar exatamente como o mundo ao seu
redor, a se tornar indignos, a deixar de fazer seu trabalho
da maneira correta, em vez de zelar pela casa de Deus.
Começaram a tolerar determinadas práticas no culto que
eram contrárias à vontade de Deus, revelada na Lei de
Moisés. Os cultos a Deus viraram mero formalismo, rituais
mecânicos e sem vida. O coração do povo ja não estava
mais neles.
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O PROFETA
Malaquias
O PROFETA
Malaquias
O PROFETA
“Malaquias é uma voz solitária, que aparece para chamar ao
arrependimento o povo da aliança, especialmente os
sacerdotes […] àqueles que eram responsáveis por manter o
culto devido a Deus da maneira correta” (Nicodemus)
Um chamado ao arrependimento, à fidelidade, serviço e
ao culto em meio a tempos difíceis — até que suas
promessas sejam cumpridas.
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8Opartes:
LIVRO
Declaração divina/ Questionamento popular/ Resposta
Divina.
Estilo dialógico peculiar em relação aos demais profetas.
Ao invés de “Assim diz o Senhor:”, temos diálogos
com o povo, onde o profeta é mediador entre o povo e
Deus.
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A declaração de Deus
Uma sentença de reprovação, mas declarada com amor: “Eu
sempre vos amei” (1.2).
Apesar de Deus estar enviando uma sentença pesada para
Israel, ele começa por declarar seu amor ao povo. O verbo
hebraico para a expressão do amor dá a idéia de um amor
praticado no passado, mas que perdura até o presente. Expressa
continuidade. “Eu sempre amei vocês”.
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A declaração de Deus
Malaquias fala de um amor antigo de Deus para seu
povo; um amor desde os tempos da sua eleição
soberana e graciosa sobre Abrão, um pagão que
Deus escolhera para estar em aliança com ele. A
seus decendentes Deus deu a Lei, os profetas e as
promessas.
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CONCLUSÃO
Quando o povo questiona a Malaquias: “De que maneira Deus nos tens
amado?”, a resposta de Deus é esta: “Pelo fato de que eu escolhi vocês
para serem meus filhos e herdeiros do novo céu e da nova terra”.
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Quando o povo questiona a Malaquias: “De que maneira Deus nos tens
amado?”, a resposta de Deus é esta: “Pelo fato de que eu escolhi vocês
para serem meus filhos e herdeiros do novo céu e da nova terra”.
A prova do amor de Deus e que seu povo não faz parte do povo que ele resolveu odiar para sempre, “povo
contra quem o Senhor está irado para sempre”. Esse povo que está debaixo de seu “decreto espantoso”,
segundo Calvino, pode até ter uma boa vida na história. Muitos podem ser ricos, bonitos, populares, ter
prosperidade ou poder; porém, o que os aguarda não é a felicidade eterna, e sim a ira de Deus para todo o
sempre.
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