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Apresentação
O recurso de entradas e saídas analógicas em microcontroladores iniciou-se devido ao aumento da
complexidade e às necessidades dos sistemas computadorizados. Com o advento da
universalização da informática, iniciado da década de 1960, e a miniaturização dos componentes
eletrônicos, tornou-se cada vez mais comum a aplicação e a utilização de sistemas
microprocessados nas vidas para diversas finalidades cotidianas.
A necessidade dos sistemas digitais em compreender o ambiente em que eles estão sendo
aplicados e utilizados vai além de entender se a lâmpada está acesa ou desligada, mas também ser
capaz de perceber a informação da intensidade de iluminação, por exemplo.
Confira, a partir dos objetos 3D, alguns componentes analógicos utilizados em robótica.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar os comandos de aquisição de informações das
entradas analógicas, as configurações de hardware possíveis para entradas e saídas analógicas, bem
como vai entender como utilizar esse recurso de forma correta e eficiente.
Bons estudos.
Para responder ao Desafio, leia a situação a seguir e atenda ao que é solicitado no enunciado
abaixo.
Com os recursos disponíveis, projete uma solução rápida para implementação imediata na linha de
produção e que consiga indicar quando existe falta de alimentação no módulo de controle, evitando
que o operador inicie o processo de gravação.
Infográfico
Os conversores analógico-digital e digital-analógico são os recursos disponíveis na eletrônica atual
para que sistemas digitais microcontrolados possam interagir com a natureza. A natureza pode ser
definida como qualquer evento natural que ocorre no ambiente e que seja contínuo e variante no
tempo, como, por exemplo, a temperatura.
No Infográfico a seguir, você irá conhecer os passos que envolvem a interação entre o meio
ambiente e os sistemas digitais.
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Conteúdo do livro
A utilização de entradas e saídas analógicas em sistemas microprocessados é de extrema
importância para que o sistema possa interagir com as diversas variações ambientais às quais está
inserido, pois a natureza funciona de forma contínua, que varia em função do tempo.
Existem várias considerações técnicas na utilização de entradas e saídas analógicas para que se
obtenha o melhor desempenho do sistema ou até mesmo para que a informação obtida tenha
confiabilidade adequada para a aplicação.
No capítulo Entradas e saídas analógicas, da obra Robótica, você aprenderá a fazer a análise correta
da utilização das entradas e saídas analógicas, bem como identificará os principais conceitos de
funcionamento e os comandos principais e auxiliares na aplicação desse recurso.
Boa leitura.
ROBÓTICA
Introdução
A utilização de entradas e saídas analógicas provê a interação entre os
sensores do sistema digital com o ambiente no qual ele está inserido. Esse
recurso é responsável por fazer a aquisição de informações necessárias
tanto para o monitoramento quanto para a tomada de decisões por parte
do código de programação elaborado.
Neste capítulo, você vai estudar os códigos de programação utilizados
para obter a informação das entradas analógicas. Também vai conhecer
o funcionamento dos circuitos eletrônicos que fazem a transformação
analógico-digital e digital-analógico e entender sua aplicação em sistemas
reais.
ANALOG IN
ADC3 PCINT11 17 A3 26 PC3 A3
SDA ADC4 PCINT12 18 A4 27 PC4 A4
SCL ADC5 PCINT13 19 A5 28 PC5 A5
seção) para valores de entrada entre 0 e 5V. Para o Arduino Uno, por exemplo,
isso significa uma discretização do valor analógico de 49mV (5V/1024bits =
0,0049V). Na prática significa que o conversor analógico-digital (CAD, ou,
do inglês, ADC, analog-to-digital converter) só consegue informar tensões
entre passos de 49mV. Os valores entre esses passos são truncados para o
valor mais próximo. Esse é um conceito muito importante de ser entendido,
pois muitos equívocos ocorrem em virtude do mal planejamento entre três
pontos fundamentais, que são:
ResoluçãoDigital = 2nºbits
Sistema 1
Resolução digital 12 bits
Tensão de referência 5V
Tensão de referência 5V
Resoluçãoanalógica = = = 0,00122V
Resolução digital 4096
Sistema 2
Resolução digital 10 bits
Tensão de referência 1,1V
Entrada Vin
Track/hold + Comparador
analógica
Vdac
–
Vref Dac
n-bit
N
Saída digital
Registrador (serial ou paralela)
n-bit
Lógica Ras
Com duty cycle de 0%, o pino de saída fica sempre desligado e, portanto,
a tensão de saída (filtrada) é 0V. Quando colocamos o duty cycle em 50%, o
pino fica metade do tempo em 5V e metade do tempo desligado, parecendo
que a tensão de saída é de 2,5V. E quando programamos o duty cycle para
100%, o pino fica o tempo todo ligado e a tensão média será de 5V. Confira
uma ilustração desse funcionamento na Figura 4.
0% duty cycle
10% duty cycle
25% duty cycle
50% duty cycle
80% duty cycle
100% duty cycle
Alimentação
DC Saída
DC
Fonte de
tensão
Chave
primária
Arduino PWM
REALIMENTAÇÃO
Vamos supor que essa seja uma fonte chaveada com tensão de saída ajustável
entre 0 e 24V. Sabendo que as entradas analógicas do Arduino suportam no
máximo 5V, devemos ajustar o divisor de tensão (realimentação) de forma
que possamos aproveitar ao máximo a resolução disponível de 10 bits, de
forma a deixar o projeto mais versátil e eficaz, sendo capaz de obter a melhor
discretização possível. Neste caso específico, podemos supor que ajustamos
o divisor de tensão para que, quando a tensão na saída da fonte estiver no
máximo (24V), a tensão na entrada analógica seja de 5V. Então, como temos
um conversor analógico-digital de 10 bits (1024 passos), conseguiremos ajustar
a saída na fonte em passos de 0,023V (24V/1024).
Aparelho de ar-condicionado
Vejamos agora um exemplo de funcionamento de um aparelho de ar-con-
dicionado baseado na tecnologia inverter. Esse tipo de tecnologia se difere
do convencional, pois, em vez de o compressor de fluido refrigerante ligar e
desligar para fazer o controle de temperatura do ambiente, o compressor fica
sempre ligado, porém sua rotação varia de entre 0 e 100%, dependendo da
estratégia de controle de cada fabricante. Esse tipo de recurso reduz o con-
sumo de energia elétrica, pois minimiza a quantidade de partidas do motor
do compressor, que é o momento de maior consumo energético, porque é
necessário tirar o motor da inércia.
Para o funcionamento desse, sistema é necessário haver um sensor de
temperatura que faça a medição e um microcontrolador que realize a conversão
analógico-digital do valor lido, para que possa ser compreendido pelo sistema
digital. Junta isso é utilizada uma saída PWM, responsável por modular a
tensão sobre o motor elétrico do conversor, permitindo a variação da rotação
do motor de acordo com a necessidade. A velocidade de um motor elétrico é
proporcional à tensão aplicada e à potência consumida para fazer o trabalho
ao que ele está destinado.
O sinal PWM irá variar de 0 a 100%, sendo 100% durante o início da
operação do sistema de ar-condicionado ou quando selecionado o modo
turbo, por exemplo. Essa variação no PWM proporcionará um controle fino
da rotação do motor elétrico (SAMSUNG, 2018). Acompanhe essa dinâmica
na Figura 6.
12 Entradas e saídas analógicas
Velocidade do compressor
Confortável devido à pequena
Rápido para atingir a temperatura
variação da temperatura ambiente
Rpm
Rpm
Start
Temperatura (tipo inverter)
Temperatura (tipo convencional)
Evolução do compressor (tipo inverter)
Evolução do compressor (tipo convencional)
TEXAS INSTRUMENTS. Choose the right A/D converter for your application. [S. l.], [201-?].
Disponível em: https://www.ti.com/europe/downloads/Choose%20the%20right%20
data%20converter%20for%20your%20application.pdf. Acesso em: 24 mar. 2019.
WHEAT, D. Arduino internals. New York: Apress, 2016.
ZAIT, A. An introduction to arduino uno pinout. In: CIRCUITO.IO BLOG. [S. l.], 2018. Dispo-
nível em: https://www.circuito.io/blog/arduino-uno-pinout/. Acesso em: 24 mar. 2019.
Leituras recomendadas
HART, D. W. Eletrônica de potência: análise e projetos de circuitos. Porto Alegre: AMGH,
2011.
MALVINO, A. P.; BATES, D. J. Eletrônica: diodos, transistores e amplificadores. 7. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2011.
MONK, S. Projetos com Arduino e Android: use seu smartphone ou tablet para controlar
o arduino. Porto Alegre: Bookman, 2014. (Série Tekne).
NELSON, C. [Analog vs. Digital]. [S. l.], [201-?]. Disponível em: https://learn.adafruit.com/
circuit-playground-analog-input?view=all. Acesso em: 24 mar. 2019.
SEDRA, S.; SMITH, K.. Microeletrônica. 4. ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 2005.
Dica do professor
Uma aplicação muito utilizada das entradas e saídas analógicas é a aquisição dos sinais e posterior
reprodução para que possa ser inserido novamente no meio, como, por exemplo, o funcionamento
dos aparelhos de telefone.
Nesta Dica do Professor, você vai aprender os conceitos de sinais e sistemas contínuos e discretos
no tempo e noções importantes quando se faz o uso de dados provenientes de conversores
analógicos.
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Exercícios
A) 32
B) 34
C) 36
D) 38
E) 40
A) analogRead(pin) e analogReference(DEFAULT).
B) AnalogRead(pin) e AnalogReference(DEFAULT).
C) analogRead() e analogReference(DEFAULT).
D) analogRead(pin) e analogReference(3V).
E) analogRead(pin) e AnalogReference(DEFAULT).
A) 10kHz.
B) 20kHz.
C) 40kHz.
D) 5kHz.
E) 1kHz.
A) 55RPM.
B) 100RPM.
C) 40RPM.
D) 47RPM.
E) 75RPM.
A) 8.
B) 10.
C) 12.
D) 16.
E) 24.
Na prática
Com o artifício de sistemas microcontrolados, é possível automatizar desde processos complexos,
como, por exemplo, industriais, ou processos simples e cotidianos. A cultura maker ou DIY (Do It
Yourself) trata de utilizar as dificuldades do dia a dia de pessoas normais e criar uma invenção
singular e única para resolver o problema de forma criativa e rápida. O projeto arduino trouxe os
sistemas microcontrolados mais para próximo das pessoas que não têm conhecimento específico
de programação ou eletrônica.
Neste Na Prática, você irá conhecer um projeto feito com o arduino que está disponível com open-
source, ou seja, para reprodução sem fins lucrativos.
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