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SIMULAÇÃO NUMÉRICA POR VOLUMES FINITOS DA DISTRIBUIÇÃO DE


TEMPERATURA TRANSIENTE E TENSÕES NO CHOQUE TÉRMICO DE UMA
PLACA

Thesis · July 2020

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1 author:

Marcelo Matos Martins


University Centre - Catholic of Santa Catarina - Joinville
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA – DEM
PROGRAMA DE PÓS–GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E
ENGENHARIA DOS MATERIAIS–PGCEM

Formação: Mestrado em Ciência e Engenharia dos Materiais

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO OBTIDA POR

Marcelo Matos Martins

SIMULAÇÃO NUMÉRICA POR VOLUMES FINITOS DA


DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA TRANSIENTE E
TENSÕES NO CHOQUE TÉRMICO DE UMA PLACA

Apresentada em 11 / 12 / 2006 perante a Banca Examinadora:

Dr. José Divo Bressan – PRESIDENTE (UDESC/CCT)


Dr. Renato Pavanello (Depto de Engenharia Mecânica/ UNICAMP).
Dr. Miguel Vaz Junior (UDESC/CCT).
Dr. Renato Barbieri (UDESC/CCT).
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA – DEM
PROGRAMA DE PÓS–GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E
ENGENHARIA DOS MATERIAIS–PGCEM

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Mestrando: MARCELO MATOS MARTINS – Licenciado em Matemática

Orientador: Prof. Dr. JOSÉ DIVO BRESSAN


Co-orientador: Prof. Dr. MIGUEL VAZ JUNIOR

CCT/UDESC – JOINVILLE

SIMULAÇÃO NUMÉRICA POR VOLUMES FINITOS DA


DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA TRANSIENTE E
TENSÕES NO CHOQUE TÉRMICO DE UMA PLACA

DISSERTAÇÃO APRESENTADA PARA OBTENÇÃO


DO TÍTULO DE MESTRE EM CIÊNCIA E
ENGENHARIA DOS MATERIAIS DA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA
CATARINA, CENTRO DE CIÊNCIAS
TECNOLÓGICAS – CCT, ORIENTADO PELO PROF.
DR. JOSÉ DIVO BRESSAN.

Joinville
2006
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO – CPG

“SIMULAÇÃO NUMÉRICA POR VOLUMES FINITOS DA


DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA TRANSIENTE E
TENSÕES NO CHOQUE TÉRMICO DE UMA PLACA”

por

Marcelo Matos Martins

Essa dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de

MESTRE EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS

na área de concentração " Metais ", e aprovada em sua forma final pelo

CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS

DO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Dr. José Divo Bressan


UDESC (Presidente)

Banca Examinadora:
Dr. Renato Pavanello
UNICAMP

Dr. Miguel Vaz Junior


UDESC

Dr. Renato Barbieri


UDESC
FICHA CATALOGRÁFICA

NOME: MARTINS, MARCELO M.


DATA DEFESA: 11/12/2006
LOCAL: Joinville, CCT/UDESC
NÍVEL: Mestrado Número de ordem: 68 – CCT/UDESC
FORMAÇÃO: Ciência e Engenharia dos Materiais
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Metais
TÍTULO: SIMULAÇÃO NUMÉRICA POR VOLUMES FINITOS DA DISTRIBUIÇÃO DE
TEMPERATURA TRANSIENTE E TENSÕES NO CHOQUE TÉRMICO DE UMA PLACA

PALAVRAS - CHAVE: Choque Térmico, Distribuição de Temperatura, Tensões Térmicas.


NÚMERO DE PÁGINAS: 164
CENTRO/UNIVERSIDADE: Centro de Ciências Tecnológicas da UDESC
PROGRAMA: Pós-graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais
CADASTRO CAPES: 4100201001P-9
ORIENTADOR: Dr. José Divo Bressan
CO-ORIENTADOR: Dr. Miguel Vaz Junior
PRESIDENTE DA BANCA: Dr. José Divo Bressan
MEMBROS DA BANCA: Dr. Renato Pavanello, Dr. Miguel Vaz Junior
A Deus, através da força que permitiu a
minha chegada até aqui.
Especialmente à minha amada esposa
Denise e minha adorada filha Amanda pela
paciência e companheirismo.
Aos meus pais que sempre me ensinaram
a ter dedicação e esforço em tudo o que faço.
AGRADECIMENTOS

À Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, e ao Programa de Pós-


Graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais do Centro de Ciências Tecnológicas pela
oportunidade da realização do presente trabalho.
Ao professor, orientador e amigo José Divo Bressan pela grande oportunidade e pela
dedicação, paciência, apoio e competência, tornando-se fundamental na realização deste
trabalho.
Ao professor, Miguel Vaz Junior pelo apoio competente e pela paciência em todos os
momentos de esclarecimentos.
Aos professores e colegas mestrandos do Curso de Mestrado em Ciência e Engenharia
de Materiais que de forma direta ou indireta contribuíram para a realização deste trabalho.
A empresa Sociedade Educacional de Santa Catarina pela liberação das preciosas
horas que precisei.
Aos meus familiares que com muita compreensão sempre me incentivaram para a
realização desta dissertação.
Aos meus amigos que com muita compreensão sempre me incentivaram para a
realização desta dissertação.
SUMÁRIO

LISTA DE SÍMBOLOS............................................................................................. VII


LISTA DE FIGURAS................................................................................................. XV
LISTA DE TABELAS................................................................................................ XXII
RESUMO..................................................................................................................... XXV
ABSTRACT................................................................................................................. XXVII

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO AO ESTADO DA ARTE DO CHOQUE


TÉRMICO................................................................................................................... 1

1.1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 1
1.2 O CHOQUE TÉRMICO...................................................................................... 5
1.2.1 Considerações Sobre o Choque Térmico................................................ 5
1.2.2 Estudos Empíricos do Choque Térmico.................................................. 6
1.2.3 Distribuição de Temperatura Transiente................................................. 17
1.2.4 Distribuição de Tensões Térmicas........................................................... 20
1.3 FRATURA TÉRMICA....................................................................................... 22
1.4 MODELAMENTO MATEMÁTICO DO CHOQUE TÉRMICO NUMA
PLACA................................................................................................................ 25
1.5 OBJETIVOS DA DISSERTAÇÃO.................................................................... 35

CAPÍTULO II – ANÁLISE TEÓRICA DO CHOQUE TÉRMICO NUMA


PLACA........................................................................................................................ 36

2.1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 36
2.2 MODELAMENTO MATEMÁTICO DA DISTRIBUIÇÃO DE
TEMPERATURA NUMA PLACA RESFRIADA............................................. 37
2.3 MÉTODO MATEMÁTICO DE SOLUÇÃO DO SISTEMA DE EQUAÇÕES
DOS VOLUMES................................................................................................. 45
2.3.1 O Método de Gauss-Seidel...................................................................... 46
2.4 PROGRAMA EM FORTRAN PARA A SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES............ 47
2.4.1 Fortran..................................................................................................... 47

vii
2.4.2 Programação em Frotran: comandos gerais utilizados............................ 48
2.4.3 Diagrama de Fluxo do Programa em Fortran.......................................... 50
2.5 VALIDAÇÃO DO PROGRAMA....................................................................... 51
2.5.1 Método da Capacitância Global.............................................................. 51
2.5.1.1 Aplicação do Método da Capacitância Global para um
Paralelepípedo....................................................................... 54
2.5.1.2 Erro Médio Quadrático.......................................................... 54
2.5.2 Comparação entre a Solução da Equação Diferencial do Calor e a
Solução por Volumes Finitos para uma Placa......................................... 56
2.5.3 Comparação na Literatura....................................................................... 59

CAPÍTULO III – ANÁLISE DA TENSÃO TÉRMICA POR VOLUMES


FINITOS...................................................................................................................... 62

3.1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 62
3.2 TENSÃO............................................................................................................. 62
3.2.1 Estado Plano de Tensão........................................................................... 64
3.3 DEFORMAÇÃO................................................................................................. 64
3.3.1 Estado Plano de Deformação.................................................................. 67
3.4 TEOREMAS FUNDAMENTAIS DA ELASTICIDADE.................................. 67
3.4.1 Equações Diferenciais de equilíbrio com Tensões Térmicas.................. 67
3.4.2 Condições de Compatibilidade................................................................ 69
3.4.3 Relação entre Tensão e deformação........................................................ 69
3.4.4 Equações de Equilíbrio em Termos dos Deslocamentos......................... 71
3.4.5 Equações de Equilíbrio para Estado Plano de Deformação.................... 71
3.4.6 Equações de Equilíbrio para Estado Plano de Tensão............................. 72
3.5 CÁLCULOS DAS TENSÕES TÉRMICAS TRANSIENTES POR
VOLUMES FINITOS......................................................................................... 72
3.5.1 Discretização da Equação de Governo.................................................... 73
3.5.2 Diagrama de Blocos para as Tensões Térmicas Transientes................... 79
3.5.3 Validação do Programa da parte das Tensões Mecânicas....................... 81
3.5.4 Condições de Contorno dos Deslocamentos para uma Placa Resfriada.. 82
3.5.5 Cálculo das Tensões Térmicas em Cada Nó........................................... 82
3.5.6 Validação do Programa para as Deformações e Tensões Térmicas 83

viii
CAPÍTULO IV – COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE CÁLCULO
DE TENSÕES TÉRMICAS....................................................................................... 89

4.1 TENSÃO TÉRMICA.......................................................................................... 89


4.2 CÁLCULO DA TENSÃO TÉRMICA TRANSIENTE...................................... 89
4.2.1 Cálculo da Tensão Térmica Transiente a Partir de Timoshenko et al.
[TIMOSHENKO et al., 1980]………………………………………..... 90
4.2.2 Cálculo da Tensão Térmica Transiente a Partir de Lu et al. [LU et al.,
1997]........................................................................................................ 91
4.2.3 Cálculo da Tensão Térmica Transiente a Partir de Collin et al.
[COLLIN et al., 2000]……………………………………….....……… 94
4.3 DIAGRAMA DE BLOCOS PARA O CÁLCULO DAS TENSÕES
TÉRMICAS TRANSIENTE............................................................................... 94
4.4 COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE CÁLCULO DAS TENSÕES
TÉRMICAS TRANSIENTES............................................................................. 96

CAPÍTULO V – CONCLUSÕES.............................................................................. 105

5.1 CONCLUSÕES SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA............... 105


5.2 CONCLUSÕES SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES TÉRMICAS
TRANSIENTES.................................................................................................. 106
5.3 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS............................................... 108

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 109

ANEXOS...................................................................................................................... 114

ANEXO I – DISCRETIZAÇÃO DAS EQUAÇÕES PARA A


DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA............................................................ 114
ANEXO II – EQUAÇÕES DISCRETIZADAS PARA AS EQUAÇÕES DE
GOVERNO NOS VOLUMES DA FRONTEIRA NO CÁLCULO DOS
DESLOCAMENTOS.......................................................................................... 128
ANEXO III – DEDUÇÕES DAS EQUAÇÕES DO ESTADO PLANO DE

ix
DEFORMAÇÃO E ESTADO PLANO DE TENSÃO....................................... 144
ANEXO IV – TABELAS DOS VALORES UTILIZADOS NOS
GRÁFICOS........................................................................................................ 149
ANEXO V – DISTRIBUIÇÃO DOS DESOCAMENTOS EM CADA
CAMADA NA ESPESSURA............................................................................. 158

x
LISTA DE SÍMBOLOS

a = profundidade da trinca. BT = parâmetro térmico da equação de

a = fator geométrico. equilíbrio das tensões.

Asup = área do corpo de prova. c = comprimento da trinca.

AP , Ae , Aw , Af , Ab , An , As = c = espessura na direção y.

cp = calor específico.
coeficientes da equação discretizada da

temperatura para o ponto interno e das C = tamanho do defeito.

faces leste, oeste, frente, atrás, norte e ck = condutividade térmica.

sul, respectivamente. conv = variável de convergência.

APu , Aeu , Awu , Anu , Asu = coeficientes da Delta t = incremento no tempo.

equação discretizada do deslocamento DL = tamanho máximo do agregado.

em u. dF = variação de aplicação da força.

d A = variação de área.
APv , Aev , Awv , Anv , Asv = coeficientes da
dFt = variação de força tangencial.
equação discretizada do deslocamento

em v. dFn = variação de força normal.

A, b, a, c = coeficientes da equação e = expansão volumétrica.

discretizada da tensão. E = módulo de elasticidade.

Bi = número de Biot EMQ = erro médio quadrático.

B = termo dependente da equação F0 = número de Fourier.

discretizada da temperatura. Fr N , Fr S , Fr E , FrW , Fr NE ,


Bu , Bv = termo independente da Fr NW , Fr SE , Fr SW = volumes de
equação discretizada para u e v,
controle nas faces norte, sul, leste, oeste,
respectivamente.

xi
nordeste, noroeste, sudeste e sudoeste, M = coeficiente da equação discretizada

respectivamente. da temperatura.

G = módulo de cisalhamento. n = coeficiente de Poisson

H = espessura da placa. Nitmax = número máximo de iterações.

h = coeficiente de transferência de calor Ntime = intervalo de tempo.


por convecção. N x , N y , N z = número colunas, linhas e
h = coeficiente de transferência de calor
camadas, respectivamente.
por convecção.
P = pressão da endentação.
I = invariante de primeira ordem de
Q = coeficiente de distribuição de
tensão.
partícula.
K Total ,sup erfície = intensidade total da
q x' = taxa de transferência de calor na
tensão na superfície.
direção x.
K Térmico,sup erfície = intensidade da tensão
q "x = taxa de transferência de calor na
térmica na superfície.
direção x.
K Total , profundo = intensidade total de
q" = fluxo de calor.
tensão num ponto interno.
qecond , qwcond , qncond , qscond , qbcond ,
k = condutividade térmica.
k = condutividade térmica. q cond
f = fluxos de calor por condução

K t = fator de concentração de tensão. nas faces leste, oeste, norte, sul, atrás e

K i = fator de intensidade de tensão. frente, respectivamente.

K IC = tenacidade a fratura. qeconv , qwconv , qnconv , qsconv , qbconv , q conv


f

K z = difusividade térmica na direção z. = fluxos de calor por convecção nas

k = parâmetro de iteração. faces leste, oeste, norte, sul, atrás e

frente, respectivamente.
Lc = comprimento característico.

ii
Q = geração de calor interno Tnumerico = temperatura numérica.

q& = geração de calor interno


uE , uW , u N , uS = deslocamentos em u
R0 = densidade do material.
nos pontos leste, oeste, norte e sul,

T∞ = temperatura no fluido. respectivamente.

Tsup = temperatura na superfície. u, v, w = deslocamento nas direções x, y

Ti = temperatura inicial. e z, respectivamente.

vE , vW , vN , vS = deslocamentos em v
T (z , t ) = temperatura na direção z em
nos pontos leste, oeste, norte e sul,
função do tempo t.
respectivamente.
t = tempo.
Volume (x,y,z) = posição do volume de
T = temperatura.
controle na malha
Tref = temperatura de referência
V = volume do corpo de prova.
TE , TW , TB , TF , TN , TS = temperaturas
w, e, s, n, b, f = face oeste, face leste, face
nos pontos do volume de controle leste, sul, face norte, face de trás e face da
oeste, atrás, frente, norte e sul, frente, respectivamente.
respectivamente. W, E, S, N, B, F, P = pontos centrais dos
TP = temperatura no ponto central no volumes de controle oeste, leste, sul,

volume de controle. norte, atrás, frente e domínio,

TP° = temperatura no ponto central no respectivamente.

w = parâmetro de sobre-relaxação.
volume de controle no instante inicial
Wsobre = parâmetro de sobre-relaxação.
Tinf = temperatura no ambiente.
X, Y, Z = componentes da força de
Tinc = temperatura inicial.
corpo.
Tol = tolerância.
XL, YL, ZL = comprimento da placa nas

Tanalitico = temperatura analítica. direções x, y e z, respectivamente.

iii
x* = coordenada adimensional. σ T = tensão térmica.

τ = tensão de cisalhamento.
α = coeficiente de expansão térmica. τ xy , τ xz , τ yx , τ yz , τ zy , τ zx =
β n = raízes da equação transcendental.
tensão de cisalhamento em xy, xz, yx, yz,
∆T = variação de temperatura.
zy e zx, respectivamente.

∆U = vetor deslocamento γ xy , γ xz , γ yz = deformações de


∆U = componente na direção x
cisalhamento nas direções xy, xz e yz,
∆u , ∆v , ∆ z = variações no vetor respectivamente.
deslocamento u, v e w, respectivamente. χ sup erfície = fator residual de tensão na

ε x , ε y , ε z = deformações nas
superfície.

direções x, y e z, respectivamente. χ profundo = fator residual de tensão num

ε ij = tensor deformação ponto interno.

σ x = tensão na direção x. ρ = densidade do material.

σ max = tensão máxima. ∅ = função genérica.

θ = parâmetro para a função de


σ nom = tensão nominal.
interpolação
σ xx ( z, t ) = tensão térmica na direção z

em função do tempo t.

σ = tensão adimensional.
σ n = tensão normal

σ xx , σ yy , σ zz = tensão normal nas

direções x, y e z, respectivamente.

σ ij = tensor tensão de Cauchy

iv
LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1.1 – Volume produzido pelas indústrias de cerâmica no Brasil, em


toneladas, no ano 2003. (Fonte: Associação Brasileira de Cerâmica (ABC)).............. 3
Figura 1.1.2 – Faturamento das indústrias de cerâmica no Brasil, em reais, no ano
2003. Fonte: Associação Brasileira de Cerâmica (ABC)............................................. 3
Figura 1.1.3 – Comparação da produção de aço ferramenta no Brasil e no Mundo,
em milhões de toneladas, no ano 2005. (Fonte: Villares Metals SA)........................... 4
Figura 1.1.4 – Comparação do faturamento de aço ferramenta no Brasil e no
Mundo, em bilhões de dólares, no ano 2005. (Fonte: Villares Metals SA).................. 4
Figura 1.1.5 – Aplicações dos aços ferramenta no Brasil, porcentagens da produção
nacional, no ano 2005. (Fonte: Villares Metals SA).................................................... 5
Figura 1.2.2.1 – Crescimento da trinca nas impressões da alumina (a), na alumina
reforçada(b), cermet (c) e aço rápido (d) temperados sob os intervalos da diferença
de temperatura. As barras mostram que 95% dos valores são de nível confiável
[COLLIN et al., 2000].................................................................................................. 8
Figura 1.2.2.2 – Mostra a comparação entre os resultados medidos do choque
térmico para uma amostra que foi re-usada e uma amostra nova em cada
temperatura de resfriamento [PETTERSSON et al., 2001].......................................... 9
Figura 1.2.2.3 – Mostra o comportamento de cada amostra para diferentes ciclos
térmicos [PETTERSSON et al., 2001]......................................................................... 9
Figura 1.2.2.4 (a) e (b) – Mostram a influência da espessura da amostra no
crescimento da trinca [PETTERSSON et al., 2001]..................................................... 10
Figura 1.2.2.5 – Mostra a influência do comprimento inicial da trinca no aumento
do crescimento da trinca [PETTERSSON et al., 2001]................................................ 11
Figura 1.2.2.6 – Influência da temperatura de resfriamento no crescimento da trinca.
(a) Cerâmica com maior resistência a choque térmico. (b) Cerâmica com menor
resistência a choque térmico [PETTERSSON et al., 2001].......................................... 11
Figura 1.2.2.7 – Formato da amostra [KEREZSI et al., 2002]..................................... 13
Figura 1.2.2.8 – Perfil da temperatura durante a tempera num tempo de 7 segundos
a 370ºC [KEREZSI et al, 2002].................................................................................... 13
Figura 1.2.2.9 – Perfil da tensão durante a tempera num tempo de 7 segundos a
370ºC [KEREZSI et al., 2002]..................................................................................... 14
Figura 1.2.2.10 – Perfil do fator de intensidade de tensão máximo durante a tempera

xv
num tempo de 7 segundos a 370ºC [KEREZSI et al.,
2002]............................................................................................................................. 14
Figura 1.2.2.11 – Mostra a mudança do módulo de elasticidade e cisalhamento,
considerando o diâmetro máximo do agregado para, D L , para os três valores dos
coeficientes da distribuição das partículas q [RODRIGUES et al., 2003]................... 15
Figura 1.2.2.12 – Mostra a variação do módulo do cisalhamento, para os três
valores do coeficiente de distribuição das partículas q , em função do
∆T [RODRIGUES et al., 2003].................................................................................... 16
Figura 1.2.2.13 – Mostra o efeito do número de ciclos de choque térmico, para três
valores de ∆T , para o módulo de cisalhamento no concreto com q = 0.26 e para
três valores de D L [RODRIGUES, et al., 2003]........................................................... 16
Figura 1.2.2.14 – Mostra os valores do coeficiente de Poisson de um concreto com
q = 0.26 para três valores D L . As curvas são associadas com valores de ∆T e com
o número de ciclos de choque térmico, incluindo também as curvas para os
concretos que não sofreram choque térmico [RODRIGUES et al., 2003]................... 17
Figura 1.3.1 – A imagem mostra que a fratura ocupou uma grande extensão do
corpo de prova (imagem registrada pelo MEV)........................................................... 23
Figura 1.3.2 – A imagem mostra a espessura da fratura no corpo de prova em outro
ponto do mesmo, também variando na ordem de 53µ m (imagem registrada pelo
MEV)............................................................................................................................ 24
Figura 1.3.3 – A imagem mostra a espessura da fratura no corpo de prova em um
ponto diferente da Figura 1.3.2 do mesmo, também variando na ordem de 53µ m
(imagem registrada pelo MEV).................................................................................... 24
Figura 1.3.4 – A imagem mostra a superfície da fratura térmica no corpo de prova
(imagem obtida pelo MEV).......................................................................................... 25
Figura 1.4.1 – Placa finita exposta a uma variação de temperatura por convecção
[LU et al., 1997]........................................................................................................... 26
Figura 1.4.2 – Gráfico mostra a relação entre a tensão adimensional e o tempo
adimensional para Bi = ∞ [LU et al., 1997]................................................................ 29
Figura 1.4.3 – Representa a tensão máxima no centro e na superfície da placa em
função do inverso do número de Biot [LU et al., 1997]............................................... 29
Figura 1.4.4 – Representa a placa infinita sujeita a um choque térmico nas suas

xvi
superfícies. [WANG et al., 2004]................................................................................. 30
Figura 1.4.5 – Distribuição de temperatura unidimensional (M é o número de
elementos) [WANG et al., 2004].................................................................................. 31
Figura 1.4.6 – Distribuição de tensão na placa para t = 0.1 ⋅ t 0 [WANG et al., 2004]. 32
Figura 1.4.7 – Esquema da região utilizada para o cálculo da distribuição de
temperatura e tensão [COLLIN et al., 2000]................................................................ 33
Figura 1.4.8 – Perfis de distribuição da temperatura (a) e de tensão (b). Para a placa
aquecida a 190ºC e resfriada para 30ºC em um tempo de 0.06 segundos [COLLIN
et al., 2000]................................................................................................................... 34
Figura 1.4.9 – Mostra a distribuição de tensão na superfície para alguns valores do
Número de Biot, destacando a tensão máxima para ∆t = 160°C [COLLIN et al.,
2000]............................................................................................................................. 34
Figura 2.2.1 – Volume de controle tridimensional numa placa [MALISKA, 2004].... 38
Figura 2.2.2 – Placa tridimensional retangular dividida nos volumes de controle de
acordo com a sua posição Volume (x, y, z).................................................................. 39
Figura 2.2.3 Aproximações para as derivadas à ré, à frente e central. [Vaz, 2004]..... 42
Figura 2.2.4 – Funções de interpolação no tempo. [MALISKA, 2004]....................... 43
Figura 2.4.3.1 – Diagrama de blocos do programa para o cálculo das temperaturas
por volumes finitos....................................................................................................... 52
Figura 2.5.1.1.1 – Variação da temperatura com o tempo definida pelos valores
calculados através da função analítica, equação (2.5.1.1.1) para o ponto central do
cubo. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.1.............................................. 55
Figura 2.5.1.2.1 – Comparação entre os valores numéricos com os analíticos, para
um ponto central, usando os seguintes intervalos de tempo 0.1, 0.01 e 0.001
segundos. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.2....................................... 55
Figura 2.5.1.2.2 – Erro global (erro médio quadrático) em função da redução do
intervalo de tempo (Deltat) de iteração para uma malha 30x30x30 volumes. Os
valores deste gráfico constam na Tabela A4.3............................................................. 56
Figura 2.5.2.1 – Comparação entre os resultados da solução analítica e por volumes
finitos para um ponto central e superficial da placa, para o Número de Biot igual 1.
Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.4........................................................ 58
Figura 2.5.2.2 – Comparação entre os resultados da solução analítica e por volumes
finitos para um ponto central e superficial da placa, para o Número de Biot igual 10.

xvii
Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.5........................................................ 58
Figura 2.5.2.3 – Comparação entre os resultados da solução analítica e por volumes
finitos para um ponto central e superficial da placa, para o Número de Biot igual
100. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.6................................................ 58
Figura 2.5.2.4 – Comparação entre os valores obtidos através dos volumes finitos,
equação diferencial do calor e as Cartas de Heisler, para um ponto central de uma
placa usando Biot igual a 1. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.7.......... 59
Figura 2.5.3.1 – Variação do coeficiente de transferência de calor em função da
temperatura da superfície da placa. [AUBURTIN et al., 2003]................................... 60
Figura 2.5.3.2 – Comparação entre os valores numéricos e experimentais para um
pontocentral e superficial de uma placa de alumínio de dimensões 100x100x30 mm
[AUBURTIN et al., 2003]. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.8............ 61
Figura 3.2.1 – Representação esquemática da definição de tensão a partir de uma
força δF aplicada em um ponto P pertencente a um elemento de área δA .
[BRESSAN, 1999]........................................................................................................ 62
Figura 3.2.2 – Representação da decomposição da força δF nas suas componentes
normal δFn e tangencial δFt , aplicadas do ponto P [BRESSAN, 1999]..................... 63
Figura 3.2.3 – Representação das nove componentes de tensão que definem o
estado de tensão do ponto interno P no cubo elementar. [BRESSAN, 1999].............. 63
Figura 3.2.1.1 – Representação esquemática do estado plano de tensões para uma
vista tridimensional (a) e para uma bidimensional(b). [HIBBELER, 1997]................ 64
Figura 3.3.1 – Representação do vetor deslocamento ∆u da deformação e da
deformação em um cubo elementar. [BRESSAN. 1999]............................................. 65
Figura 3.3.2 – Representação da decomposição do vetor deslocamento ∆U em uma
das faces do cubo elementar nas suas componentes de alongamento e angular.
[BRESSAN, 199].......................................................................................................... 66
Figura 3.3.1.1 – Representação esquemática das deformações atuantes em um
estado plano de deformação. (a) Deformação da direção x. (b) Deformação na
direção y. (c) Deformação de cisalhamento na direção x e y. [HIBBELER, 1997]..... 68
Figura 3.5.1 – Malha cartesiana e ortogonal que representa o domínio do problema
[FILIPPINI, 2004]........................................................................................................ 73
Figura 3.5.2 – Volume de controle interior apresentada pela célula utilizada na
discretização [FILIPPINI, 2004].................................................................................. 74

xviii
Figura 3.5.2.1 – Diagrama de blocos do programa para o cálculo das tensões
térmicas transientes por volumes finitos....................................................................... 80
Figura 3.5.3.1 – Viga bi-engastada com deslocamento prescrito nas extremidades.... 81
Figura 3.5.6.1 – Representação das camadas na espessura da placa com as
diferentes contrações nos comprimentos. No acoplamento todas terão o mesmo
comprimento final......................................................................................................... 85
Figura 3.5.6.2 – Distribuição de tensão térmica transiente numa placa com
dimensões 0,150 m x 0,150 m x 0,005 m, e instantes de tempo de resfriamento 0,2 s
até 4 s. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.9............................................ 87
Figura 3.5.6.3 – Distribuição de tensão térmica transiente numa placa com
dimensões 1,50 m x 1,50 m x 0,050m, e instantes de tempo de resfriamento 0,3 s
até 9 s. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.10.......................................... 88
Figura 4.2.1.2 – Representação da placa para o cálculo das tensões térmicas
transientes considerando estado plano de tensões. [TIMOSHENKO et al., 1980]...... 90
Figura 4.2.2.1 – Placa infinita exposta a uma variação de temperatura por
convecção [LU et al., 1997].......................................................................................... 91
Figura 4.2.2.2 – Perfis de tensões térmicas transientes adimensionais em função do
tempo adimensional para o Número de Biot = 1. [LU et al., 1997]………………… 93
Figura 4.2.2.3 – Perfis de tensões térmicas transientes adimensionais em função do
tempo adimensional para o Número de Biot = 10. [LU et al., 1997]………………... 93
Figura 4.2.3.1 – Representação das linhas perpendicular à face da placa na direção z
onde é calculada a temperatura de referência. [COLLIN et al., 2000]......................... 94
Figura 4.4.1 – Diagrama de blocos do programa para o cálculo das tensões térmicas
transientes por Lu et al., Collin et al. e Timoshenko et al............................................ 95
Figura 4.4.1 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente
adimensional em função do tempo adimensional para Biot = 1, considerando os
modelos de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela
A4.11............................................................................................................................ 97
Figura 4.4.2 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente
adimensional em função do tempo adimensional para Biot = 10, considerando os
modelos de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela
A4.11............................................................................................................................ 98
Figura 4.4.3 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente

xix
adimensional em função do tempo em segundos para Biot = 1, considerando os
modelos de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela
A4.12............................................................................................................................ 98
Figura 4.4.4 – Temperatura transiente em função do tempo em segundos,
considerando Biot = 1. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.13................ 99
Figura 4.4.5 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente
adimensional em função do tempo em segundos para Biot = 10, considerando os
modelos de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela
A4.12............................................................................................................................ 99
Figura 4.4.6 – Temperatura transiente em função do tempo em segundos,
considerando Biot = 10. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.13.............. 100
Figura 4.4.7 – Comparação da tensão térmica transiente pelo método dos volumes
finitos e com os modelos analíticos de Lu e Collin, em função do tempo em
segundos, considerando Biot = 1, dimensões 0,50m x 0,50m x 0,05m e malha
33x33x11. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.14.................................... 100
Figura 4.4.8 – Comparação da tensão térmica transiente pelo método dos volumes
finitos e com os modelos analíticos de Lu e Collin, em função do tempo em
segundos, considerando Biot = 10, dimensões 0,50m x 0,50m x 0,05m e malha
33x33x11. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.14.................................... 102
Figura 4.4.9 – Distribuição das tensões térmicas transientes na espessura para o
tempo de 0.6 segundos, Biot = 1, para uma placa de dimensões 0,50 m x 0,50 m x
0,05 m, malha 33x33x11, calculada pelo presente método dos volumes finitos e
comparada com os resultados obtidos pelos métodos de Lu e Collin para estado
plano de tensões. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.16......................... 103
Figura 4.4.10 – Distribuição das tensões térmicas transientes na espessura para o
tempo de 0.6 segundos, Biot = 10, para uma placa de dimensões 0,50 m x 0,50 m x
0,05 m, malha 33x33x11, calculada pelo presente método dos volumes finitos e
comparada com os resultados obtidos pelos métodos de Lu e Collin para estado
plano de tensões. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.17......................... 104
Figura A2.1 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle sul............... 128
Figura A2.2 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle sudeste........ 130
Figura A2.3 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle sudoeste...... 132
Figura A2.4 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle norte........... 134

xx
Figura A2.5 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle nordeste...... 136
Figura A2.6 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle noroeste...... 138
Figura A2.7 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle leste............ 139
Figura A2.8 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle oeste........... 142

xxi
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.4.3.1 – Dados de entrada do programa para o cálculo das temperaturas....... 50
Tabela 2.5.1.1.1 – Dados utilizados para a função analítica do método da
capacitância global....................................................................................................... 54
Tabela 2.5.2.1 – Valores para as quatro primeiras raízes da equação 2.5.2.2, para
três valores diferentes do Número de Biot. [INCROPERA et al., 1998]……………. 57
Tabela 2.5.2.2 – Propriedades da placa plana que foi utilizada para as comparações.. 57
Tabela 2.5.3.2 – Dados utilizados na simulação numérica por volumes finitos para a
placa nas comparações apresentadas na Figura 2.5.3.1................................................ 60
Tabela 3.5.3.1 – Comparação entre os valores das tensões cisalhantes na seção
transversal no centro da viga........................................................................................ 81
Tabela 3.5.3.2 – Comparação entre os valores das tensões normais na seção
transversal no engaste da viga...................................................................................... 82
Tabela 3.5.6.1 – Deslocamentos em u (µm), na direção x, para estado plano de
tensão............................................................................................................................ 84
Tabela 3.5.6.2 – Deslocamentos em v (µm), na direção y, para estado plano de
tensão............................................................................................................................ 84
Tabela 3.5.6.3 – Propriedades térmicas da placa de aço resfriada utilizada na
simulação numérica...................................................................................................... 86
Tabela 4.4.1 – Informações utilizadas no cálculo das tensões térmicas transientes
pelos modelos de Timoshenko, Lu e Collin................................................................. 97
Tabela A1.1 – Equações do volume de controle (1,1,1)............................................... 114
Tabela A1.2 – Equações do volume de controle (1,1,2)............................................... 115
Tabela A1.3 – Equações do volume de controle (1,1,3)............................................... 115
Tabela A1.4 – Equações do volume de controle (1,2,1)............................................... 116
Tabela A1.5 – Equações do volume de controle (1,2,2)............................................... 116
Tabela A1.6 – Equações do volume de controle (1,2,3)............................................... 117
Tabela A1.7 – Equações do volume de controle (1,3,1)............................................... 117
Tabela A1.8 – Equações do volume de controle (1,3,2)............................................... 118
Tabela A1.9 – Equações do volume de controle (1,3,3)............................................... 118
Tabela A1.10 – Equações do volume de controle (2,1,1)............................................. 119
Tabela A1.11 – Equações do volume de controle (2,1,2)............................................. 119

xxii
Tabela A1.12 – Equações do volume de controle (2,1,3)............................................. 120

Tabela A1.13 – Equações do volume de controle (2,2,1)............................................. 120


Tabela A1.14 – Equações do volume de controle (2,2,3)............................................. 121

Tabela A1.15 – Equações do volume de controle (2,3,1)............................................. 121

Tabela A1.16 – Equações do volume de controle (2,3,2)............................................. 122

Tabela A1.17 – Equações do volume de controle (2,3,3)............................................. 122


Tabela A1.18 – Equações do volume de controle (3,1,1)............................................. 123

Tabela A1.19 – Equações do volume de controle (3,1,2)............................................. 123

Tabela A1.20 – Equações do volume de controle (3,1,3)............................................. 124

Tabela A1.21 – Equações do volume de controle (3,2,1)............................................. 124


Tabela A1.22 – Equações do volume de controle (3,2,2)............................................. 125

Tabela A1.23 – Equações do volume de controle (3,2,3)............................................. 125

Tabela A1.24 – Equações do volume de controle (3,3,1)............................................. 126


Tabela A1.25 – Equações do volume de controle (3,3,2)............................................. 126

Tabela A1.26 – Equações do volume de controle (3,3,3)............................................. 127

Tabela A4.1 – Gráfico da Figura 2.5.1.1.1................................................................... 149

Tabela A4.2 – Gráfico da Figura 2.5.1.2.1................................................................... 149

Tabela A4.3 – Gráfico da Figura 2.5.1.2.2................................................................... 150

Tabela A4.4 – Gráfico da Figura 2.5.2.1...................................................................... 150

Tabela A4.5 – Gráfico da Figura 2.5.2.2...................................................................... 150

Tabela A4.6 – Gráfico da Figura 2.5.2.3...................................................................... 151

Tabela A4.7 – Gráfico da Figura 2.5.2.4...................................................................... 151

Tabela A4.8 – Gráfico da Figura 2.5.3.2...................................................................... 151

Tabela A4.9 – Gráfico da Figura 3.5.6.2...................................................................... 152

Tabela A4.10 – Gráfico da Figura 3.5.6.3.................................................................... 152

Tabela A4.11 – Gráfico das Figuras 4.4.1 e 4.4.2........................................................ 153

xxiii
Tabela A4.12 – Gráficos das Figuras 4.4.3 e 4.4.5....................................................... 154
Tabela A4.13 – Gráficos das Figuras 4.4.4 e 4.4.6....................................................... 155
Tabela A4.14 – Gráficos das Figuras 4.4.7.................................................................. 156
Tabela A4.15 – Gráficos das Figuras 4.4.8.................................................................. 156
Tabela A4.16 – Gráficos das Figuras 4.4.9.................................................................. 157
Tabela A4.17 – Gráficos das Figuras 4.4.10................................................................ 157
Tabela A5.1 – Deslocamentos u na Camada 1............................................................ 158
Tabela A5.2 – Deslocamentos v na Camada 1............................................................. 158
Tabela A5.3 – Deslocamentos u na Camada 2............................................................. 159
Tabela A5.4 – Deslocamentos v na Camada 2............................................................. 159
Tabela A5.5 – Deslocamentos u na Camada 3............................................................. 159
Tabela A5.6– Deslocamentos v na Camada 3.............................................................. 160
Tabela A5.7 – Deslocamentos u na Camada 4............................................................. 160
Tabela A5.8 – Deslocamentos v na Camada 4............................................................. 160
Tabela A5.9 – Deslocamentos u na Camada 5............................................................. 161
Tabela A5.10 – Deslocamentos v na Camada 5........................................................... 161
Tabela A5.11 – Deslocamentos u na Camada 6........................................................... 161
Tabela A5.12 – Deslocamentos v na Camada 6........................................................... 162
Tabela A5.13 – Deslocamentos u na Camada 7........................................................... 162
Tabela A5.14 – Deslocamentos v na Camada 7........................................................... 162
Tabela A5.15 – Deslocamentos u na Camada 8........................................................... 163
Tabela A5.16 – Deslocamentos v na Camada 8........................................................... 163
Tabela A5.17 – Deslocamentos u na Camada 9........................................................... 163
Tabela A5.18– Deslocamentos v na Camada 9............................................................ 164
Tabela A5.19 – Deslocamentos u na Camada 10......................................................... 164
Tabela A5.20 – Deslocamentos v na Camada 10......................................................... 164
Tabela A5.21 – Deslocamentos u na Camada 11......................................................... 165
Tabela A5.21 – Deslocamentos v na Camada 11......................................................... 165

xxiv
Resumo

A presente Dissertação de Mestrado trata do desenvolvimento de um modelo e método


matemático para calcular a distribuição de temperatura transiente e das tensões térmicas
transientes numa placa resfriada. Para isso, foi utilizado o método dos volumes finitos tanto para
o cálculo das temperaturas quanto para as tensões térmicas transiente, dividindo-se a placa numa
malha contínua de volumes cúbicos e retangulares. O programa computacional de cálculo para a
simulação numérica das temperaturas e tensões térmicas transientes foi elaborado em linguagem
Fortran, gerando o campo de temperaturas e tensões em cada instante do resfriamento. No caso
da distribuição de temperatura, o modelamento foi feito para uma placa tridimensional, já para a
distribuição das tensões térmicas transientes foi para estado plano de tensões e termo-
elasticidade. Em ambos os casos, a discretização das equações foi feita através do balanço das
propriedades em cada tipo de volume de controle da malha e de acordo com as condições nas
suas fronteiras. A solução do sistema de equações formado foi feita pelo método de Gauss-Seidel
com sobre-relaxação, tanto para a temperatura como para os deslocamentos. O campo de
temperaturas geradas no programa, considerando os coeficientes de troca de calor e as
propriedades térmicas constantes, foi comparado com as temperaturas calculadas pelos métodos
analíticos da capacitância global e das temperaturas calculadas pela equação diferencial do calor
de uma placa resfriada. Nas comparações dos resultados das temperaturas pelo método da
capacitância global com os valores obtidos do método dos volumes finitos, observou-se que os
erros globais ficaram menores que 1% para incrementos de tempo de 0.1 s, 0.01 s e 0.001s, mas o
erro diminui com a diminuição do incremento. Porém, deve-se levar em consideração nas
simulações de temperatura numa placa que ocorrem variações no coeficiente de transferência de
calor por convecção na superfície da placa, no módulo de elasticidade, na difusividade térmica do
material nos valores experimentais obtidos durante o processo prático de resfriamento. Por esse
motivo na comparação dos valores obtidos das temperaturas experimentais em blocos resfriados
de alumínio e com os resultados obtidos pelo presente trabalho foi verificado uma grande
variação. As tensões térmicas transientes foram calculadas também pelo método dos volumes
finitos para estado plano de deformações, estado plano de tensões e termo-elasticidade,
calculando-se inicialmente os deslocamentos dos pontos da malha inicial através das equações de
equilíbrio de cada volume. Em seguida, as tensões térmicas transientes foram calculadas a partir

xxv
das distorções geométricas ou deslocamentos ocorridos. Os resultados foram comparados com as
soluções analíticas de Timoshenko et al., Lu et al. e de Collin et al.. Os valores numéricos obtidos
estão em boa concordância com os valores de Collin et al. As tensões térmicas transientes são
trativas na superfície e sub-superficie e são de compressão no centro da placa. Essas tensões
térmicas transientes calculadas no presente trabalho variam substancialmente com o instante de
tempo de resfriamento, número de Biot, geometria da placa e com as condições de contorno. Isto
difere grandemente das fórmulas empíricas utilizadas comumente que empregam somente a
diferença inicial de temperatura entre a placa e o meio. A severidade do choque térmico ou as
tensões térmicas máximas dependem de parâmetros como a diferença inicial de temperatura, o
instante de tempo de resfriamento, a geometria da placa, as propriedades térmicas da placa e o
número de Biot. As soluções do Método dos Volumes Finitos com distribuição de temperatura
homogênea nas camadas, MVF_H, são bastante próximas da solução analítica de Collin, porém,
as soluções do Método dos Volumes Finitos com distribuição de temperatura heterogênea nas
camadas, MVF, diferem bastante com as soluções analíticas. Para o caso de uma placa de aço de
geometria 0,50 m x 0,50 m e 0,05 m de espessura cuja temperatura inicial foi de 600 ºC resfriada
em água a 0 ºC, número de Biot igual a 10, a tensão térmica transiente máxima de tração na
superfície da placa ocorreu no instante 3 segundos após o resfriamento e seu valor calculado pelo
método analítico de Lu foi de 1059 MPa, 992,45 MPa por Collin e de 963,5 MPa pelo presente
Método Homogêneo dos Volumes Finitos, MVF_H. Entretanto, para Biot=1, a tensão trativa
térmica máxima ocorreu no instante 14 segundos e foi de 371 MPa para Lu, 352 MPa para Collin
e 335 MPa para MVF_H. Porém, estas tensões térmicas podem ser suficientes para produzir
deformações plásticas permanentes ou mesmo gerar uma trinca superficial na placa ou também
uma fratura. Finalizando, o presente Método dos Volumes Finitos aplicado ao cálculo da
distribuição de temperaturas e tensões térmicas transientes numa placa, produz bons resultados
para a geometria retangular, possibilitando variar as condições de contorno.

xxvi
Abstract

The present Master of Science Dissertation deals with the development of a mathematical
model and method to calculate the transient temperature distributions and transient thermal
stresses in a cooling plate. For attaining this aim, the Finite Volume Method, FVM, was utilized
for both calculating the temperatures and the transient thermal stresses in the plate by dividing it
in a continuum mesh of cubic and rectangular volumes respectively. The computational code for
calculating temperatures and stresses was written in Fortran language, generating the
temperatures and stresses at each time step.
For the transient temperature distribution, the modelling was developed for a tri-
dimensional plate and for the transient thermal stresses the numerical calculation was for plane
stresses and thermo-elasticity theory. In both cases, the discretization of the equations was
realized by the properties balance in each type of control volume in the mesh and according to the
imposed boundary conditions to the plate. The solution of the obtained equation system was
performed by the Gauss-Seidel method with over-relaxation, as for temperatures as for the
displacements. The temperature field generated by the numerical code, considering constant the
thermal properties and the coefficient of heat transfer, were compared to the temperatures
calculated by the analytical method of global capacitance and the temperatures obtained by the
differential equation of heat transfer for a cooling plate. It was found that the total errors were
less than 1% for the time step increment of 0.1 s, 0.01s and 0.001 s, but the error decreases with
the time increment, when comparing the results from the global capacitance method to the finite
volumes approach. However, it should be taken into account in the numerical simulations of
temperatures in a plate that variations in the heat transfer coefficient by convection at the plate
surface, in the material elasticity modulus and the thermal diffusivity coefficient do occur in the
experimental values obtained during the experimental cooling. In the comparisons of the
experimental temperature values obtained in blocks of aluminium and steel with the numerical
results from the present work it was verified a variation of only 5%, but this difference can
increase with the Biot number.
The transient thermal stresses were calculated by finite volume method for plane strain
and plane stress condition with thermal-elasticity, calculating initially the displacement of the
mesh points through the equilibrium equations in each volume. Following, the transient thermal

xxvii
stresses were obtained numerically from the plate geometrical distortions. The results were
compared to the analytical solutions by Timoshenko, Lu et al. and Collin et al.. The numerical
values obtained are in good accordance to the values by Collin et al.. The transient stresses are
tensile at surface and sub-surface and are compression in the middle of the plate. The transient
thermal stresses calculated in the present work vary substantially with the cooling time instant,
with the plate geometry and with the boundary conditions. This result differ greatly from the
empirical formula used commonly which utilize only the initial temperature difference between
the plate and the cooling bath or environment. The severity of thermal shock or the maximum
thermal stress depend upon the parameter such as the initial temperature difference, the cooling
time instant, the plate geometry and thermal properties and the Biot number. Therefore, the finite
volumes method is accurate and versatile, allowing the investigation of various types of plate
geometry, boundary conditions, variable physical properties and Biot number or various kinds of
coolings.
The numerical solution by the Finite Volume Method with a homogeneous temperature
distribution in the layers, the MVF_H, are very close to the analytical solution by Collin, but the
Finite Volume Method solutions with heterogeneous temperature distributions in the layers, the
MVF, differ greatly from the analytical solutions. In the case of a steel plate of geometry 0,50 m
x 0,50 m and thickness of 0,05 m which initial temperature was 600 ºC and cooled in water at
0 ºC, Biot number of 10, the maximum thermal stress in the plate surface occurred at the instant
3 seconds after the cooling and its value calculated by Lu was 1059 MPa, 992,45 MPa by Collin
and 963,5 MPa by the present Homogeneous Finite Volume Method, FVM_H. However, for Biot
1, the maximum thermal tensile stress occured at instant 14 seconds and was 371 MPa for Lu,
352 MPa for Collin and 335 MPa for the FVM_H. However, This stress level is enough to
produce plastic strains or even to generate a superficial crack or plate fracture. Finally, the
present Finite Volume Method applied to the calculation of temperatures and transient thermal
stresses distributions in a plate produce good results for a retangular geometry, allowing the
boundary conditions to vary.

xxviii
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa


Placa

4.1 Tensão Térmica

Como foi observado anteriormente, as tensões são geradas a partir de carregamento de

forças em um corpo. Essas forças são de várias formas e intensidades e uma das causas que

originam tensões em um corpo é a mudança de temperatura não uniforme dentro de um corpo.

Isto é, quando a parte externa do sólido muda de temperatura mais rapidamente do que a parte

interna, variações diferenciais das dimensões provocam a restrição da expansão livre ou a

contração de volumes adjacentes no interior do sólido, gerando o que são chamados de

tensões térmicas, como essas tensões podem variar com o tempo são chamadas

adequadamente de tensões térmicas transientes. [CALLISTER, 2002], [TIMOSHENKO et

al., 1980].

As tensões térmicas transientes são causadoras de trincas ou falhas em componentes que

são exigidos em ambientes com mudança de temperatura, por esse motivo deve-se conhecer

como é o comportamento dessas tensões dentro de um corpo. [CALLISTER, 2002],

[TIMOSHENKO et al., 1980].

4.2 Cálculo da Tensão Térmica Transiente

Encontra-se na literatura uma vasta quantidade de trabalhos que envolvem os cálculos da

distribuição de tensões térmicas dentro de um corpo de diversas geometrias. Esses estudos

tratam de temas tais como: tratamentos térmicos, comportamentos de trincas em

componentes, resistência de um material a um choque térmico, etc. Para todos esses casos

precisa-se conhecer a distribuição e a intensidade das tensões térmicas transientes dentro do

corpo.

89
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Neste estudo são apresentadas as formas de calcular a distribuição de tensão térmica

transiente dentro de uma placa retangular finita e formada por um material isotrópico, onde já

foi calculada a distribuição de temperatura transiente através do método dos volumes finitos.

4.2.1 Cálculo da Tensão Térmica Transiente a partir de Timoshenko et al.

[TIMOSHENKO et al., 1980].

Timoshenko et al. apresenta a equação do cálculo das tensões térmicas transientes para

estado plano de tensão no caso bidimensional, para uma placa retangular de espessura 2c e

cujo plano médio coincide com o plano xy, conforme a Figura 4.2.1.1., a temperatura é

considerada independente de x e y, portanto função apenas de z. [TIMOSHENKO et al.,

1980]
z
z
l l

c
O x x
O
c
y

Figura 4.2.1.2 – Representação da placa para o cálculo das tensões térmicas transientes
considerando estado plano de tensões. [TIMOSHENKO et al., 1980].

A dilatação livre de um elemento da placa segundo as direções x e y será completamente

eliminada mediante a aplicação das tensões representadas pela equação 4.2.1.1:

αT E
σx =σ y = − (4.2.1.1)
1 −ν

Onde, ν é o coeficiente de Poisson, T é a temperatura em um ponto z, E é o módulo de

elasticidade e α é o coeficiente de expansão térmica.

Então, pode-se escrever a tensão térmica transiente para uma placa na direção x e y

através da equação 4.2.1.2: [TIMOSHENKO et al., 1980]


90
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

αT E 1 +c
σx =σ y = −
1 −ν
+ ∫
2 c (1 −ν ) −c
α T E dz (4.2.1.2)

Onde, σ x e σ y são as tensões térmicas, ν é o coeficiente de Poisson, T é a temperatura em

um ponto z, E é o módulo de elasticidade, α é o coeficiente de expansão térmica, c representa

a metade da espessura.

4.2.2 Cálculo da Tensão Térmica Transiente a partir de Lu et al. [LU et al., 1997].

O artigo apresenta o cálculo das tensões térmicas transientes, considerando estado plano

de tensão, para uma placa infinita de espessura 2H e com distribuição de temperatura

uniforme em cada camada, conforme a Figura 4.2.2.1, que está a uma temperatura inicial Ti

em um tempo inicial e a partir deste tempo modifica sua temperatura para T∞ , que é a

temperatura do fluido através do processo de convecção.

Figura 4.2.2.1 – Placa infinita exposta a uma variação de temperatura por convecção
[LU et al., 1997].

A placa é formada por um material anisotrópico, a equação da tensão térmica transiente

foi definida partindo da Lei de Hooke generalizada e que são dadas pelas equações abaixo:

ν xy ν
σ yy − xz σ zz + α x (T − Ti )
1
ε xx = σ xx − (4.2.2.1 a)
Ex Ey Ez

ν xy ν yz
σ zz + α y (T − Ti )
1
ε yy = − σ xx + σ yy − (4.2.2.1 b)
Ey Ey Ez

91
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

ν xz ν yz
σ zz + α z (T − Ti )
1
ε zz = − σ xx − σ yy + (4.2.2.1 c)
Ez Ez Ez

Aqui, (E x , E y , E z ) são os módulos de elasticidade nas direções (x, y, z), respectivamente,

(ν xy ,ν yz ,ν xz ) são os coeficientes de Poisson, e (α x , α y , α z ) são os coeficientes de expansão

térmica. A configuração da Figura 4.2.2.1 é analisada sob o impedimento da expansão livre

z=H z=H
que desaparece com a força axial ∫z =− H σ xx dz = 0 e ∫z =− H σ yy dz = 0 , e o desaparecimento da
tensão normal na direção da resistência na espessura σ zz = 0 . As condições na fronteira da

geometria são semelhantes e a deformação é independente de toda a dimensão espacial

incluindo z, e depende somente do tempo t.

Logo a equação das tensões térmicas transientes para um estado plano de tensões fica

representada pela equação 4.2.2.2.

αE z =+ H
σ x ( z, t ) = −α E (T − Ti ) + (T − Ti ) dz
2 H ∫z = − H
(4.2.2.2)

Onde, α é o coeficiente de expansão térmica que é calculado a partir da equação 4.2.2.3, E é

o módulo de elasticidade e é calculado a partir da equação 4.2.2.4.

α ≡ α x +ν xyα y (4.2.2.3)

1 ν xy
2
1
≡ − (4.2.2.4)
E Ex Ey

Reescrevendo a equação 4.2.2.2 numa forma adimensional definida pela equação 4.2.2.5:

σ (z, t )
σ= (4.2.2.5)
Eα (T − Ti )

Pode-se determinar uma expressão analítica adimensional para determinar a distribuição de

tensões térmicas transientes que fica representada pela equação 4.2.2.6:

( ( ))
∞ ⎡ ⎞⎤
⎛ senβ n ⎞ ⎛ ⎛ senβ n
⎟⎟ ⋅ ⎜⎜ cos⎜ β n ⋅ ⎞⎟ −
z
σ = −2∑ ⎢ exp − β n2 ⋅ Fo ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟⎥ (4.2.2.6)
n =1 ⎢
⎣ ⎝ β n + senβ n ⋅ cos β n ⎠ ⎝ ⎝ H⎠ βn ⎠⎥⎦

92
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Onde, β n são as soluções da equação 2.5.2.2.

A partir da equação 4.2.2.6 foram calculados os perfis de tensões térmicas adimensionais

em função do tempo adimensional t representada pela equação 4.2.2.7 e que são

apresentados nas Figuras 4.2.2.2 e 4.2.2.3.

κt
t= (4.2.2.7)
H2

Onde, κ é a difusividade térmica, t é o tempo e H espessura da placa.

Figura 4.2.2.2 – Perfis de tensões térmicas transientes adimensionais em função do


tempo adimensional para o Número de Biot = 1. [LU et al., 1997].

Figura 4.2.2.3 – Perfis de tensões térmicas transientes adimensionais em função do


tempo adimensional para o Número de Biot = 10. [LU et al., 1997].

93
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

4.2.3 Cálculo da Tensão Térmica Transiente a partir de Collin et al. [COLLIN et al.,

2000].

O cálculo das tensões térmicas transientes neste trabalho é apresentado no seu apêndice e

é definida para estado plano de tensões e representada pela equação 4.2.3.1.


σ t,z =
1 −ν
(
Tref − Tt , z ) (4.2.3.1)

Onde, Tt , z é a temperatura em cada camada, no ponto central e que pertence à linha

perpendicular z representada na Figura 4.2.3.1. Tref é a temperatura de referência que é

calculada como uma média das temperaturas na região e corresponde ao ponto onde a

deformação é zero, ou seja, é calculada fazendo a média das temperaturas ao longo da linha

perpendicular z mostrada na Figura 4.2.3.1.


z z z z

Face x
Meio da placa

Lateral da placa

Figura 4.2.3.1 – Representação das linhas perpendicular à face da placa na direção z


onde é calculada a temperatura de referência. [COLLIN et al., 2000].

4.3 Diagrama de Blocos para o Cálculo das Tensões Térmicas Transiente

Considerando o programa usado para o cálculo das temperaturas transientes por volumes

finitos, foi acrescentado no mesmo a parte que calcula as tensões térmicas transientes pelos

métodos definidos por Timoshenko et al., Collin et al. e Lu et al.. Então, o diagrama de blocos

apresentado na Figura 2.4.3.1 foi adaptado para o cálculo das tensões térmicas transientes que

é representado pela Figura 4.3.1.

94
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Inicio

Loop sobre
o tempo

Entrada das
temperaturas

Loop sobre
a Malha

Cálculo das
tensões transientes
por Lu et al.

Cálculo das
tensões transientes
por Collin et al.

Cálculo das
tensões
transientes por
Timoshenko et al.

Saída dos
Resultados das
tensões térmicas
transientes

Fim

Figura 4.4.1 – Diagrama de blocos do programa para o cálculo das tensões térmicas
transientes por Lu et al., Collin et al. e Timoshenko et al..

95
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

O programa segue a mesma estrutura até o cálculo das temperaturas, em seguida se dá um

“Loop” sobre a malha novamente e calculam-se as tensões térmicas transientes pelos métodos

definidos por Lu et al., Collin et al. e Timoshenko et al., terminando as tensões são

registradas.

4.4 Comparações Entre os Métodos de Cálculo das Tensões Térmicas Transientes.

Considerando o programa que calculou as temperaturas de uma placa retangular através

do método dos volumes finitos, foram criadas sub-rotinas dentro deste mesmo programa que

possibilitaram calcular a distribuição de tensões térmicas transientes pelos métodos definidos

por Timoshenko, Lu e Collin dentro da placa, através das suas respectivas equações 4.2.1.2,

4.2.2.6 e 4.2.3.1. Para o cálculo das tensões térmicas transientes pelo método definido por Lu,

o somatório da equação 4.2.2.6 teve uma variação para β n de n=1 a n=4, conforme a equação

4.4.1., os valores de β n foram apresentados na Tabela 2.5.2.1.

( ( ))
4 ⎡
⎛ senβ n ⎞ ⎛ ⎛ senβ n ⎞⎤
σ = −2∑ ⎢ exp − β n2 ⋅ Fo ⋅ ⎜⎜ ⎟ ⋅ ⎜ cos⎜ β n ⋅ ⎞⎟ −
z
⎟⎥ (4.4.1)
⎟ ⎜ ⎝ ⎟

n =1 ⎣ ⎝ β n + senβ n ⋅ cos β n ⎠ ⎝ H⎠ βn ⎠⎦⎥

Nos cálculos das tensões térmicas transientes por esses modelos foram utilizadas as

informações apresentadas na Tabela 4.4.1. As Figuras 4.4.1 e 4.4.2 apresentam os perfis da

tensão térmica transiente em função do tempo adimensional para valores de Biot iguais a 1 e

10, respectivamente. A variação do número de Biot de 1 para 10 foi feita variando o

coeficiente de transferência de calor, que estão apresentados na Tabela 4.4.1.

Para verificar a coerência dos resultados obtidos para as tensões térmicas transientes

apresentadas pelo perfil gráfico da Figura 4.4.1, deve-se comparar o mesmo com o perfil

gráfico da Figura 4.2.2.2, já o perfil de tensões térmicas transientes da Figura 4.4.2 deve ser

comparado com o perfil apresentado na Figura 4.2.2.3. A partir desta comparação observa-se

que os métodos de Collin e Timoshenko apresentam valores iguais e ambos comparados com

96
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Tabela 4.4.1 – Informações utilizadas no cálculo das tensões térmicas transientes pelos
modelos de Timoshenko, Lu e Collin.
Coeficiente de transferência de calor (Biot = 10) 16760 W/m3 K
Coeficiente de transferência de calor (Biot = 1) 1676 W/m3 K
Condutividade térmica 41,9 W/m2
Coeficiente de dilatação térmica 10,1 x 10-6 1/ oK
Temperatura inicial 600ºC
Temperatura meio (água) 0ºC
Dimensões da placa 0,5 m x 0,5 m x 0,05 m
Massa específica 7800 Kg/m3
Malha 30 x 30 x 30
Passo de tempo 0,01 s
Calor específico 580 J.kg / K
Módulo de Elasticidade 206 GPa
Poisson 0,3

o método de Lu possuem uma variação em torno de 5% nas tensões térmicas da superfície e

que com o aumento da taxa de transferência de calor, representado através do Número de

Biot, esta diferença tende em aumentar.

0,2000

Lu / Ponto central
0,1000
Lu / Ponto de Superfície
Tensâo (adm)

Collin / Ponto Central


Collin / Ponto de Superfície
0,0000 Timoshenko / Ponto Central
Timoshenko / Ponto de Superfície

-0,1000

-0,2000
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50
Tempo (adm)

Figura 4.4.1 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente


adimensional em função do tempo adimensional para Biot = 1, considerando os modelos
de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.11.

97
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

0,800

0,600

0,400
Tensão (adm)

Lu / Ponto Central
0,200 Lu / Ponto de Superficie
Collin / Ponto Central
Collin / Ponto de Superfície
0,000 Timoshenko / Ponto Central
Timoshenko / Ponto de Superfície

-0,200

-0,400
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50
Tempo (adm)

Figura 4.4.2 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente


adimensional em função do tempo adimensional para Biot = 10, considerando os
modelos de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.11.

0,2000

Lu / Ponto do Centro
0,1000
Lu / Ponto da Superfície
Tensâo (adm)

Collin / Ponto do Centro


Collin / Ponto da Superfície
0,0000 Timoshenko / Ponto do Centro
Timoshenko / Ponto da Superfície

-0,1000

-0,2000
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
Tempo (s)

Figura 4.4.3 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente


adimensional em função do tempo em segundos para Biot = 1, considerando os modelos
de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.12.

98
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

650,00

600,00

550,00
Temperatura(ºC)

500,00
Ponto do Centro
Ponto da Superfície
450,00

400,00

350,00

300,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00
Tempo(s)

Figura 4.4.4 – Temperatura transiente em função do tempo em segundos, considerando


Biot = 1. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.13.

0,800

0,600

0,400
Tensão (adm)

Lu / Ponto Central

0,200 Lu / Ponto de Superficie


Collin / Ponto Central
Collin / Ponto de Superfície
0,000
Timoshenko / Ponto Central
Timoshenko / Ponto de Superfície

-0,200

-0,400
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0

Tempo (s)

Figura 4.4.5 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente


adimensional em função do tempo em segundos para Biot = 10, considerando os modelos
de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.12.

99
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

As Figuras 4.4.3 e 4.4.5 representam os mesmos perfis gráficos das Figuras 4.4.1 e 4.4.2,

porém, com variação do tempo em segundos. Observa-se que na Figura 4.4.3, isto é, Biot = 1,

o pico de tensão máxima na superfície ocorre, aproximadamente, no instante 14 segundos, e

no centro a tensão máxima compressiva ocorre, aproximadamente, no instante 18 segundos.

Para Biot = 10, conforme a Figura 4.4.5, observa-se que a tensão máxima de tração na

superfície será no instante 3 segundos e a tensão de compressão no centro da placa acontecerá

no instante 9 segundos.

Pode-se observar que as tensões térmicas transientes apresentadas na Figura 4.4.3

alcançam seu máximo, tanto na tração como na compressão, em um tempo maior em

comparação com as tensões térmicas transientes apresentadas na Figura 4.4.5. Isto acontece

em virtude da maior transferência de calor na placa para um número de Biot = 10 do que para

um Biot = 1. Os efeitos sobre a transferência de calor podem ser observados pelos perfis de

temperatura em função do tempo apresentadas nas Figuras 4.4.4 e 4.4.6, respectivamente,

para Biot = 1 e Biot = 10.

630,00

530,00
Temperatura(ºC)

430,00
Ponto do Centro
Ponto da Superfície
330,00

230,00

130,00

30,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00
Tempo(s)

Figura 4.4.6 – Temperatura transiente em função do tempo em segundos, considerando


Biot = 10. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.13.

100
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Nas Figuras 4.4.7 e 4.4.8 são apresentados os perfis das tensões térmicas transientes

calculadas pelo método dos volumes finitos (MVF), Lu e Collin, para uma placa resfriada que

possui informações descritas na Tabela 4.4.1. Para o método dos volumes finitos foram

apresentados dois tipos de resultados. O Método dos Volumes Finitos - Homogêneo

(MVF_H) considera a temperatura constante ou homogênea em cada camada da placa, porém

variando ao longo da espessura de acordo com a temperatura calculada pelo método dos

volumes finitos. O Método dos Volumes Finitos – Heterogêneo (MVF) considera uma

distribuição de temperatura heterogênea nas camadas da placa e que foram calculadas pelo

método dos volumes finitos. Todos os resultados em ambas as figuras foram calculados para

estado plano de tensões.

Observa-se nas Figuras 4.4.5 e 4.4.6, que os resultados obtidos pelo MVF_H, estão em

concordância com os resultados apresentados por Lu e Collin.

500,0E+6

400,0E+6

300,0E+6
T en sã o térm ica (P a )

200,0E+6
Lu / Ponto da Superfície
Collin / Ponto da Superfície
100,0E+6 MVF_Ponto da Superfície
MVF-H/ Ponto da Superfície
Lu / Ponto do Centro
000,0E+0 Collin / Ponto do Centro
MVF_Ponto do Centro
MVF-H/ Ponto do Centro
-100,0E+6

-200,0E+6

-300,0E+6
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0
Tempo (s)

Figura 4.4.7 – Comparação da tensão térmica transiente pelo método dos volumes finitos
e com os modelos analíticos de Lu e Collin, em função do tempo em segundos,
considerando Biot = 1, dimensões 0,50m x 0,50m x 0,05m e malha 33x33x11. Os valores
deste gráfico constam na Tabela A4.14.

101
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Quando é feita a mesma análise para MVF percebe-se uma diferença nos resultados, isto é

explicado pelos gradientes de temperatura gerada na placa em virtude da distribuição de

temperatura heterogênea.

Nas Figuras 4.4.7 e 4.4.8 mostram-se os perfis das tensões térmicas transientes calculadas

por MVF, MVF_H, Lu e Collin, na espessura da placa, no instante de 0.6 segundos, para Biot

= 1 e para Biot = 10, também utilizando as informações da Tabela 4.4.1. Em ambas as figuras

foram consideradas, no caso do MVF_H, três variações da malha, ou seja, foram usadas as

malhas 33x33x11, 39x39x13 e 45x45x15, com o objetivo de verificar a convergência do

método dos volumes finitos.

1,20E+9

1,00E+9

800,00E+6
T en sã o té r m ica (P a )

600,00E+6
Lu / Ponto da Superfície
400,00E+6 Collin / Ponto da Superfície
MVF_Ponto da Superfície
200,00E+6 MVF_H/ Ponto da Superfície
Lu / Ponto do Centro
000,00E+0 Collin / Ponto do Centro
MVF_Ponto do Centro
-200,00E+6 MVF_H/ Ponto do Centro

-400,00E+6

-600,00E+6
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Tempo (s)
Figura 4.4.8 – Comparação da tensão térmica transiente pelo método dos volumes finitos
e com os modelos analíticos de Lu e Collin, em função do tempo em segundos,
considerando Biot = 10, dimensões 0,50m x 0,50m x 0,05m e malha 33x33x11. Os valores
deste gráfico constam na Tabela A4.15.

102
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

0,050

0,040
Espessura (mm)

0,030 Lu
Collin
MVF_H_33x33x11
MVF_H_39x39x13
0,020 MVF_H_45x45x15
MVF_33x33x11

0,010

0,000
-50,00E+6 000,00E+0 50,00E+6 100,00E+6 150,00E+6 200,00E+6
Tensões térmicas transientes na direção x (Pa)

Figura 4.4.9 – Distribuição das tensões térmicas transientes na espessura para o tempo
de 0.6 segundos, Biot = 1, para uma placa de dimensões 0,50 m x 0,50 m x 0,05 m, malha
33x33x11, calculada pelo presente método dos volumes finitos e comparada com os
resultados obtidos pelos métodos de Lu e Collin para estado plano de tensões. Os valores
deste gráfico constam na Tabela A4.16.

Observa-se em ambas as figuras que os resultados obtidos pelo método de Collin e

pelo MVF_H, ficaram com boa concordância, tanto nas tensões de tração na superfície como

nas tensões compressivas no centro da placa. Na comparação de Collin e MVF_H com Lu

ocorre uma diferença nos resultados.

Os resultados do MVF, nas Figuras 4.4.7 e 4.7.8, comparados com MVF_H, Collin e Lu,

apresentam diferenças em virtude do tipo de distribuição de temperatura.

103
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

0,050

0,040

Lu
Espessura (mm)

0,030
Collin
MVF_H_33x33x11
MVF_H_39x39x13
0,020 MVF_H_45x45x15
MVF_33x33x11

0,010

0,000
-400,00E+6 -200,00E+6 000,00E+0 200,00E+6 400,00E+6 600,00E+6 800,00E+6 1,00E+9
Tensões térmicas transientes na direção x (Pa)

Figura 4.4.10 – Distribuição das tensões térmicas transientes na espessura para o tempo
de 0.6 segundos, Biot = 10, para uma placa de dimensões 0,50 m x 0,50 m x 0,05 m,
malha 33x33x11, calculada pelo presente método dos volumes finitos e comparada com
os resultados obtidos pelos métodos de Lu e Collin para estado plano de tensões. Os
valores deste gráfico constam na Tabela A4.17.

104
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

2.1 Introdução

O estudo científico tem como meta aprofundar o conhecimento teórico e prático de um

determinado fenômeno, de modo a entender as suas possíveis variações. A complexidade de

um fenômeno é o que define a quantidade de tempo e o valor financeiro que se deve gastar

para que se tenha um maior entendimento do mesmo. Para isso o engenheiro ou pesquisador

tem normalmente a disposição três ferramentas para analisar um determinado fenômeno, que

são: Métodos experimentais (empírico), Métodos analíticos (modelamento matemático) e

Métodos numéricos (computacionais).

O método fenomenológico que pode ser chamado de método experimental ou empírico é

oneroso em termos de custo financeiro e tempo. Porém, tem a vantagem de tratar o fenômeno

com a sua configuração real, isto é, analisar o que realmente acontecerá no processo.

Entretanto, para uma utilização confiável, ele depende muito da precisão dos instrumentos de

medição, para que os registros das observações do pesquisador sejam reais. [COLLIN et al.,

2000], [PETTERSSON et al., 2001], [KEREZSI et al., 2002], [RODRIGUES et al., 2003].

O método analítico possibilita o modelamento matemático que pode representar o

fenômeno através de equações diferenciais e integrais. Porém, este método é geralmente

aplicado a problemas que acabam se desviando muito do fenômeno físico real, isto é, suas

hipóteses iniciais são simplificadas para facilitar a solução destas equações. Entretanto, os

resultados dos métodos analíticos são usados para a validação dos resultados obtidos pelos

métodos numéricos. [LU et al., 1997], [WANG et al., 2004], [COLLIN et al., 2000].

Por sua vez, os métodos numéricos ou computacionais resolvem problemas complexos,

ou seja, podem ser consideradas condições de contorno gerais e com a vantagem da

velocidade no processamento das informações, reduzindo o custo e o tempo do projeto. Por

isso, os métodos numéricos vêm ganhando muito espaço no meio científico e industrial

36
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

[DOGU et al., 2005], [XU et al., 2005], [WANG et al., 2004], [YIPACI et al., 2004],

[HAMIDUCHE et al., 2003], [WANG, 2001], [GÜR et al., 2001], [TOMBA et al., 2001],

[CHAWLA et al., 1999].

Entretanto, em uma solução numérica, deve-se aceitar como uma das hipóteses, que a

solução do problema será calculada com um número discreto de pontos, isto é, um número

finito de pontos, logo, também deve-se aceitar que a solução terá um determinado erro que

pode ser controlado a partir desta quantidade de pontos discretos. Quanto maior for essa

quantidade de pontos mais perto da solução analítica ficará a solução numérica. Porém,

quanto maior o número de pontos, maior será o número de variáveis e maior será o número de

equações. Portanto, maior será o esforço computacional para encontrar os valores procurados.

Dentro dos métodos numéricos os mais comuns utilizados para resolver as equações

diferenciais são: Método dos Volumes Finitos (MVF), Método das Diferenças Finitas (MDF),

Método dos Elementos Finitos (MEF) e o Método dos Elementos de Contorno (MEC) . No

desenvolvimento deste trabalho será utilizado o Método dos Volumes Finitos.

O MVF consiste em aproximar a equação que representa o fenômeno através da

conservação da propriedade do material em um volume elementar. Isto pode ser feito fazendo

um balanço da propriedade em questão no volume elementar ou volume de controle e também

através da integração sobre o volume de controle, no tempo e no espaço, da equação na forma

conservativa. [MALISKA, 2004].

2.2 Modelamento Matemático da Distribuição de Temperatura numa Placa

tridimensional Resfriada

Foi feito o modelamento matemático de um problema de condução de calor em uma placa

retangular tridimensional, sem geração interna de calor, com o objetivo de calcular a

distribuição de temperatura transiente na placa. Como foi utilizado o Método dos Volumes

37
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Finitos, devem-se encontrar as equações discretizadas para cada volume de controle na placa,

levando em consideração as suas condições de fronteira, que podem ser, neste caso, de

condução ou convecção de calor. Para definir as equações discretizadas do problema foi

utilizado um volume controle conforme a Figura 2.2.1 e uma malha cartesiana ortogonal.

n B

b
P
W E
w e
f
y
s
F
x

z
S

Figura 2.2.1 – Volume de controle tridimensional numa placa [MALISKA, 2004].

Tomando como referência o sistema de coordenadas cartesianas, podem-se nomear as seis

faces do cubo da seguinte forma:

Na direção x: temos a face w (oeste) e a face e (leste).

Na direção y: temos a face s (sul) e a face n (norte).

Na direção z: temos a face b (atrás) e a face f (frente).

Analisando ainda a configuração da Figura 2.2.1 pode-se destacar os pontos W, E, S, N, B

e F que são os pontos centrais dos volumes de controle adjacentes e também o ponto P que

representa o ponto central do volume em questão.

38
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Em uma placa tridimensional retangular pode-se ter um total de vinte e sete volumes de

controle com condições de fronteira diferentes, conforme mostra a Figura 2.2.2.

1 2 3

1
x
1
2
3

Figura 2.2.2 – Placa tridimensional retangular dividida nos volumes de controle de


acordo com a sua posição Volume (x, y, z).

A Figura 2.2.2 organiza a distribuição dos volumes de controle dentro da placa de acordo

com a posição estabelecida a partir do sistema de coordenadas XYZ, isto é, variando os

valores de x, y e z de 1 até 3 têm-se os Volume (1,1,1) até o Volume (3,3,3).

A seguir foi feita a demonstração completa da equação discretizada do volume de

controle de posição V(2,2,2), que é o volume de controle central e que representa o domínio

do problema.

Balanço de Energia no Volume de Controle (2,2,2) :

Para fazer a discretização da equação em um volume de controle pelo método dos

volumes finitos, pode-se proceder integrando no tempo e no espaço a equação diferencial no

volume de controle ou fazendo o balanço de energia no volume. Para ambos os casos a


39
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

primeira lei da termodinâmica, que fica representada pela equação da conservação de energia

2.2.1, deve ser satisfeita no volume de controle. [INCROPERA et al., 1998].

W& = Q& + ∆U& (2.2.1)

Onde, Q& taxa de variação total da quantidade de calor, W& é a taxa de variação de trabalho

externo sobre o volume de controle e ∆U& é a variação da energia interna. A equação 2.2.1 foi

reescrita para um volume infinitesimal num determinado instante de tempo e assumindo que o

trabalho externo realizado sobre o sistema é zero, ou seja, W& = 0 :

Q& = ∆U& = (c P MT )
d
(2.2.2)
dt

Onde, Q& é a taxa de variação total da quantidade de calor, T a temperatura, t é o tempo, c P

calor específico e M é a massa do volume.

Como o volume do domínio apresenta a condução de calor nas fronteiras mais o calor

gerado internamente, o ponto de partida para a discretização da equação deste volume pode

ser a equação da difusão do calor de Fourier representada pela equação 2.2.3.

∂ ⎛ ∂T ⎞ ∂ ⎛ ∂T ⎞ ∂ ⎛ ∂T ⎞ ∂
⎜kx ⎟ + ⎜⎜ k y ⎟⎟ + ⎜ k z ⎟ + q& = (ρ c P T ) (2.2.3)
∂x ⎝ ∂x ⎠ ∂y ⎝ ∂y ⎠ ∂z ⎝ ∂z ⎠ ∂t

Onde, T a temperatura, t é o tempo, k condutividade térmica, ρ densidade do material, cp

calor específico e q& é a taxa de geração de calor interna no volume de controle.

Admitindo-se que não haja geração interna de calor no volume de controle, ou seja, q& = 0

e que c P é constante e o material é isotrópico, então tem-se a equação 2.2.3 reescrita na forma

da equação 2.2.4.[MALISKA, 2004],

∂ ⎛ k ∂T ⎞ ∂ ⎛ k ∂T ⎞ ∂ ⎛ k ∂T ⎞ ∂
⎜ ⎟+ ⎜ ⎟+ ⎜ ⎟ = (ρT )
∂x ⎜⎝ c P ∂x ⎟⎠ ∂y ⎜⎝ c P ∂y ⎟⎠ ∂z ⎜⎝ c P ∂z ⎟⎠ ∂t
(2.2.4)

40
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Porém, para fazer a discretização da equação do volume de controle do domínio e para

todos os outros volumes da fronteira foi utilizado o processo do balanço de energia no volume

de controle, para isso considera-se a equação 2.2.2..

Então, considerando a variação de energia no volume de controle, pode-se escrever essa

variação na equação 2.2.2 através da representação dos fluxos de calor nas faces do volume de

controle. Tem-se então a equação 2.2.5:

c P ∂ (ρ T ∆x∆y∆z )
qecond − q wcond + q cond − qbcond + qncond − q scond = (2.2.5)
∂t
f

Onde:

qecond = fluxo de calor por condução na face “e”.

q wcond = fluxo de calor por condução na face “w”.

q cond
f = fluxo de calor por condução na face “f”.

q bcond = fluxo de calor por condução na face “b”.

qncond = fluxo de calor por condução na face “n”.

q scond = fluxo de calor por condução na face “s”.

O sinal positivo na equação (2.2.5) representa a quantidade de energia que entra no

volume de controle e o sinal negativo representa a quantidade de energia que sai do volume

de controle.

Considerando as temperaturas nos volumes de controle adjacentes e no ponto central do

volume de controle em questão, conforme a Figura 2.2.1, pode-se escrever os fluxos de

condução e convecção, considerando a aproximação da derivada central. As derivadas

primeiras, que aparecem nos fluxos de calor, podem ser aproximadas de três formas: derivada

à frente, derivada à ré e a derivada central representadas graficamente pela Figura 2.2.3.

41
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

φ ∂φ
φ (x ) (xi )
Derivada à ré ∂x

Derivada à frente
φi φ i +1

Derivada central φ i −1

x i −1 xi x i +1 x

Figura 2.2.3 Aproximações para as derivadas à ré, à frente e central. [Vaz, 2004]

Onde, a função φ , neste caso representa a função da temperatura T .

No caso da derivada central, a expressão que representa a aproximação é definida pela

equação 2.2.6:

dT T (xi + ∆x ) − T (xi − ∆x )
= (2.2.6)
dx i 2∆x

Onde, T é a função da temperatura aproximada.

Assim, os fluxos de calor na equação 2.2.5 aproximados por derivada central assumem o

formato das equações 2.2.7:

k∆y∆z k∆y∆z
q econd = − (TP − TE ) (a); q wcond = − (TW − TP ) (b)
c P δx e
c P δx w

k∆x∆y k∆x∆y
q cond =− (TP − TF ) (c); qbcond = − (TB − TP ) (d)
c P δz c P δz
f
f b

k∆x∆z k∆x∆z
q ncond = − (TP − TN ) q scond = − (TS − TP )
c P δy n
(e);
c P δy s
(f)

(2.2.7)

42
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Onde:

TP = temperatura no ponto central no volume de controle.

TE = temperatura no ponto central no volume de controle leste.

TW = temperatura no ponto central no volume de controle oeste.

TF = temperatura no ponto central no volume de controle frente.

TB = temperatura no ponto central no volume de controle atrás.

T N = temperatura no ponto central no volume de controle norte.

TS = temperatura no ponto central no volume de controle sul.

Para escrever a equação discretizada foi usada uma função de interpolação no tempo, já

que o problema estudado é transiente. Podem ser usados três tipos de formulações, que ficam

representadas pela Figura 2.2.4 e obedecem à equação 2.2.8:

T θ = θT + (1 − θ )T 0 (2.2.8)

Desta tem-se que, se θ = 0 , define-se uma formulação explícita, isto é, todos os valores

vizinhos ao ponto, que se deseja calcular de T , foram calculados no instante anterior, gerando

um conjunto de equações lineares.

Totalmente implícita

Implícita

T0
Explícita

t t + ∆t t

Figura 2.2.4 – Funções de interpolação no tempo. [MALISKA, 2004].

43
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Quando θ = 1 e 0 < θ < 1 as formulações são denominada, respectivamente, de totalmente

implícita e implícita, gerando um sistema de equações lineares, onde a última delas é a mais

aplicada por apresentar maior estabilidade na resolução.

Para a discretização da equação foi utilizada a formulação totalmente implícita. Então,

substituindo os fluxos de calor aproximados, que são representados pela equação 2.2.7, na

equação do balanço de energia no volume de controle e fazendo o segundo membro desta

mesma equação variar no tempo, tem-se então a equação 2.2.9:

k∆y∆z
− (TP − TE ) + k∆y∆z (TW − TP ) −
k∆x∆y
(TP − TF ) +
c P δx e
c P δx w
c P δz f

k∆x∆y
+ (TB − TP ) − k∆x∆z (TP − TN ) + k∆x∆z (TS − TP ) =
c P δz b
c P δy n
c P δy s
ρ∆x∆y∆z ρ∆x∆y∆z
= TP − TP0
∆t ∆t
(2.2.9)

Onde, TP0 é a temperatura no ponto central no volume de controle no instante inicial.

Logo, organizando a equação 2.2.9 e escrevendo a equação discretizada, tem-se:

AP TP = Ae TE + AwTW + Ab TB + A f TF + An T N + As TS + B (2.2.10)

Onde, os coeficientes da equação 2.2.10 são representados pelas equações 2.2.11. a e b:

AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (2.2.11.a)

B = MTP0 (2.2.11.b)

Nesses coeficientes aparecem os termos representados pelas equações 2.2.12:

ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (a) ; Ae = (b)
∆t c P δx e

k∆y∆z k∆x∆y
Aw = (c); Af = (d)
c P δx w
c P δz f

44
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

k∆x∆y k∆x∆z
Ab = (e); An = (f)
c P δz b
c P δy n

k∆x∆z
As = (g); (2.2.11)
c P δy s

Considerando o que foi feito para o volume de controle (2,2,2), devem-se levar em conta

as particularidades das condições de fronteiras de cada volume controle e escrever as suas

equações discretizadas, estas equações são apresentadas no Anexo 1.

2.3 Métodos de Solução do Sistema de Equações dos Discretizadas

Conhecendo todas as equações que representam os volumes de controle pode-se organizá-

las em um sistema de equações lineares. Para resolver esse sistema foi utilizado um método

numérico, pois, como o problema é transiente deve-se resolver um sistema para cada passo de

tempo, produzindo assim uma quantidade de cálculo muito grande.

Os métodos de resolução de sistemas são classificados em diretos e iterativos. Os

métodos diretos são todos aqueles que trabalham com as matrizes completas do sistema e

necessitam de uma forma ou outra, de processos equivalentes a inversão dessas matrizes. O

método fundamental nessa classe é o método de eliminação de Gauss.

Os métodos iterativos são aqueles que precisam de uma estimativa inicial para dar

prosseguimento a resolução dos sistemas lineares. São classificados como ponto a ponto,

linha a linha e plano a plano.

Os métodos ponto a ponto mais conhecidos são: Método de Jacobi e o Método de Gauss-

Seidel. O Método de Jacobi resolve o sistema visando equação por equação, de forma

iterativa, usando os valores do nível iterativo anterior, que fica descrito pela equação 2.3.1..

TPk +1 =
1
AP
(
AeTEk + AwTWk + A f TFk + Ab TBk + AnTNk + As TSk + B kp ) (2.3.1)

45
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Onde, AP , Ae , Aw , A f , Ab , An e As são os coeficientes da equação discretizada,

T Ek , TWk , T Fk , T Bk , T Nk e TSk as temperaturas calculadas na iteração anterior, T Pk +1 a

temperatura calculada na iteração atual e k representa a iteração. O ciclo iterativo começa

estimando o campo inicial da variável, em seguida faz a iteração para k , calculando os

valores de TP usando a equação 2.3.1, em seguida verifica a convergência e se o critério de

convergência não for satisfeito retorna ao processo iterativo. O Método de Jacobi é de

convergência lenta e requer uma matriz com dominância na diagonal para que convirja.

2.3.1 O Método de Gauss-Seidel

O Método de Gauss-Seidel é muito semelhante ao Método de Jacobi, porém, se difere por

usar, durante um mesmo ciclo iterativo, os valores das variáveis já calculadas nesse ciclo. Este

fato acelera a convergência da solução em relação ao Método de Jacobi, mas, ainda tem as

mesmas dificuldades de um método ponto a ponto. O método fica representado pela equação

2.3.1.1.:

TPk +1 =
1
AP
(
AeTEk + AwTWk +1 + A f TFk + Ab TBk +1 + An TNk + As TSk +1 + B kp ) (2.3.1.1)

Onde, AP , Ae , Aw , A f , Ab , An e As são os coeficientes da equação discretizada, T Ek , T Fk e T Nk

são as temperaturas calculadas na iteração anterior, T Pk +1 , TWk +1 , T Bk +1 e TSk +1 são as

temperaturas calculadas na iteração atual e k representa a iteração. O processo iterativo

começa estimando o campo inicial das variáveis, em seguida faz a iteração em k , calculando

TP usando a equação 2.3.1.1, por último verificar a convergência através de um critério e se

não for satisfeito retornar ao processo de iteração.

O Método de Gauss-Seidel, tal como o Método de Jacobi é de lenta convergência. Para

acelerar a convergência do Método de Gauss-Seidel pode-se utilizar o Método das Sobre-

46
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

relaxações sucessivas (S.O.R). O ciclo iterativo para esse caso é estimar o campo das

variáveis iniciais, iterar em k , calculando os valores de TP , através da equação de Gauss-

Seidel, sobre-relaxar os valores usando a equação 2.3.1.2.

TPk +1 = wTPk +1 GS + (1 − w)TPK (2.3.1.2)

por último verificar a convergência através de um critério e se não for satisfeito retornar ao

processo de iteração.

Na equação 2.3.1.2, TPk +1 GS representa o valor calculado pelo Método de Gauss-Seidel e

w , o coeficiente de relaxação, este por sua vez serve para avançar rapidamente a solução. Os

valores mais efetivos para os coeficientes de relaxação variam de 1.5 a 1.7, porém, eles

dependem das malhas escolhidas. [MALISKA, 2004].

2.4 Programa em Fortran para a Solução das Equações dos Volumes

2.4.1 Fortran

Nas implementações, das simulações numéricas, algumas linguagens computacionais são

utilizadas. Neste caso foi utilizado o Fortran (fórmula translation) que é uma linguagem

simples e aplicada a muito tempo nos estudos científicos.

O Fortran foi criado em 1954 pela IBM e seu primeiro compilador foi implementado em

1957, para um computador de 1ª geração, o IBM 704 da própria IBM. Com o advento da 2ª

geração de computadores (1958), como o IBM 1401, a linguagem sofre nova evolução,

surgindo o FORTRAN II. Com o lançamento da 3ª geração em 1964, como IBM/360 e o IBM

1130, surgiu uma outra evolução da linguagem, cuja nova versão ficou conhecida como

FORTRAN IV. [GONÇALVES, 2003].

O Fortran é verdadeiramente a primeira linguagem de programação de alto-nível

concebida. Até então, a programação de computadores envolvia o uso de linguagens de baixo-

nível, como a linguagem ASSEMBLY, ou mesmo o uso da linguagem de máquina. O Fortran


47
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

possui uma sintaxe rígida e formato algébrico para simplificar seu uso com as fórmulas

matemáticas. Devido ao fato do usuário da época ser potencialmente ligado a área científica

no momento de sua gênese, esta linguagem foi destinada a aplicações também científicas,

envolvendo extensas computações.

A primeira padronização do FORTRAN foi feita pela ASA—American Standard

Association—em 1966. O segundo padrão americano surgiu em 1978, numa única norma

(X3.9-1978) da ANSI—American National Standards Institute—sucessora da ASA, que fora

transformada na United States of America Standards Institute, em 1966. Embora a norma seja

de 1978, mas por analogia com o FORTRAN 66 (dois dígitos repetidos), este padrão é

conhecido por FORTRAN 77 ou ainda FORTRAN ANSI 77. Ao longo do tempo a linguagem

teve muitas implementações, tanto para empresas como para universidades, algumas das quais

constituem uma ampliação da linguagem. [GONÇALVES, 2003].

2.4.2 Programação em Fortran: comandos gerais utilizados

Um programa em Fortran é constituído, basicamente, por um programa principal que é

identificado pelo comando

PROGRAM nome

onde, nome corresponde ao nome dado ao programa principal. O programa principal é uma

unidade, isto é, uma seqüência de comandos que é terminado pelo comando

END

e que pode chamar outras unidades do programa, mas, não pode ser chamada, ou seja, ele é

que quem controla a execução do programa. As outras unidades que podem ser chamadas pelo

programa principal são definidas como subprogramas. Uma dessas unidades são as funções

intrínsecas, que são subprograma fornecido pelo próprio compilador, e na sua maioria, são

funções matemáticas conhecidas, tais como:

48
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

sin(x), cos(x), exp(x), log(x)

O subprograma chamado de função é um tipo de subprograma que sempre retorna um

único valor para o programa principal e é chamado pelo comando

tipo de valor FUNCTION nome (variável)

onde, tipo de valor é o tipo de número permitido no Fortran (inteiro, real e complexo), nome

(variável) é o nome da função dentro do programa com a sua variável.

A sub-rotina é um subprograma que pode ser considerada uma via de mão dupla, isto é,

leva e traz valores do programa principal. A forma de chamar uma sub-rotina, dentro de um

programa principal, é através do comando

CALL nome (variáveis)

onde, nome (variáveis) é o nome da sub-rotina com as suas variáveis. Para escrever uma sub-

rotina deve aparecer como comando inicial

SUBROUTINNE nome (variáveis)

onde, nome (variáveis) é o nome da sub-rotina e suas variáveis.

As informações, dentro um programa em Fortran, são lidas a partir do comando de

entrada chamado

READ(unit, format)

onde, unit representa o especificador da unidade ou do arquivo a ser buscada informação e

sempre é usado um número inteiro e format representa o formato estabelecido para a

informação processada. Depois de processada as informações os dados podem ser escritos em

uma saída de vídeo, em uma impressão ou em um arquivo de dados, através do comando

WRITE(unit, format)

Foi comentada a estrutura básica para um programa escrito em Fortran, outros comandos

mais específicos da linguagem aparecem na construção de um programa e varias

49
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

possibilidades de estruturação são oferecidas por compiladores mais recentes que podem

ajudar na melhor análise do seu problema.

2.4.3 Diagrama de Fluxo do Programa em Fortran para o Cálculo das Temperaturas

Para a resolução dos sistemas de equações definidos pelas temperaturas no problema do

resfriamento transiente de uma placa retangular tridimensional, foi elaborado um programa

computacional usando a linguagem Fortran. A Figura 2.4.3.1 representa o diagrama de blocos

do programa.

O programa inicia com o registro dos dados do material analisado, da geometria da placa

plana, das condições de contorno, da malha cartesiana uniforme e dos parâmetros do processo

iterativo, onde, as variáveis usadas no programa são apresentadas na Tabela 2.4.3.1.

Tabela 2.4.3.1 – Dados de entrada do programa para o cálculo das temperaturas.


Ro = massa especifica (kg/m3)
Cp = Calor específico (J/kg)
Parâmetros do Ck = Condutividade térmica (W/m)
Material E = Módulo de elasticidade (Gpa)
Cet = Coeficiente de expansão térmica (m2/s)
Ni = Coeficiente de Poisson
Dados XL = Comprimento da placa em X (m).
geométricos YL = Comprimento da placa em Y (m).
da placa plana ZL = Comprimento da placa em Z (m).
h = Coeficiente de troca de calor (W/m2*K)
hc = h/Cp = Razão do coeficiente de troca de calor pelo calor especifico.
Dados do Tinf = Temperatura ambiente (K)
contorno Tinc = Temperatura inicial (K)
Ntime = Passo de tempo
Deltat = Intervalo de tempo
Dados da Nx = Número de colunas
malha Ny = Número de linhas
cartesiana Nz = Número de camadas
uniforme meio = metade da malha
Ti = Temperatura inicial arbitrada (K)
Parâmetros do Tol = tolerância
processo Nitmax = Número máximo de iterações
iterativo Conv = convergência
Wsobre = Parâmetro de relaxação

50
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Seguindo o diagrama de blocos do programa, tem-se como próximo passo a geração da

malha e em seguida o “Loop” sobre o tempo, para esse tempo segue um “Loop” sobre a malha

para calcular os coeficientes das equações da temperatura, com os coeficientes calculados as

equações são resolvidas de forma iterativas pelo método de Gauss-Seidel e por último há o

registro dos resultados.

2.5 Validação do Programa

No momento que se resolve um problema de forma numérica, através de um programa

computacional, deve-se levar em consideração que os dados calculados a partir do mesmo

estejam dentro de uma margem de erro aceitável. Para garantir esta situação deve-se utilizar

formas de validar os resultados numéricos. Neste caso foi utilizado um método clássico de

validação de problemas de transferência de calor chamado de Método da Capacitância Global,

e em seguida uma comparação com a solução analítica da equação do calor e por último uma

comparação com valores experimentais encontrados na literatura.

2.5.1 Método da Capacitância Global

A essência do método da capacitância global é garantir a hipótese de que a temperatura no

interior do sólido seja uniforme no espaço, em qualquer instante de tempo durante o processo

transiente. Essa hipótese implica que os gradientes de temperatura no interior do sólido sejam

desprezíveis. Pela Lei de Fourier, condução térmica na ausência de um gradiente de

temperatura implica a existência de uma condutividade térmica infinita.

51
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Inicio

Entrada dos
Dados

Geração da
Malha

Loop sobre
o Tempo

Loop sobre
a Malha

Cálculo dos
Coeficientes das
Temperaturas

Solução por
Gauss-Seidel das
Temperaturas

Saída dos
Resultados das
Temperaturas

Fim

Figura 2.4.3.1 – Diagrama de blocos do programa para o cálculo das temperaturas por
volumes finitos.

52
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Desta forma não se pode mais analisar o problema através da equação diferencial do

calor e a alternativa é fazer um balanço global de energia que fica representada pela seguinte

relação [INCROPERA et al., 1998]:

T − T∞
= exp[− Bi ⋅ Fo] (2.5.1.1)
Ti − T∞

Onde, Bi é o número de Biot representado pela equação 2.5.1.2 e Fo representa o número de

Fourier, que é o tempo adimensional e caracteriza problemas de condução térmica transiente e

é calculado pela equação 2.5.1.3.

h ⋅ Lc
Bi = (2.5.1.2)
k

Onde, h é o coeficiente de transferência de calor, k é a condutividade térmica e Lc é o

comprimento característico.

α ⋅t
Fo = (2.5.1.3)
L2c

Onde, t é o tempo, α é difusividade térmica e Lc é o comprimento característico, que se

define através da relação:

V
Lc = (2.5.1.4)
Asup

Onde:

V representa o volume da amostra;

Asup representa a área da amostra.

53
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

2.5.1.1 Aplicação do Método da Capacitância Global para um Paralelepípedo

Considerando um paralelepípedo de lados iguais, isto é, um cubo, e as informações

apresentadas na Tabela 2.5.1.1.1 tem-se a equação 2.5.1.1.1 que representa a função analítica

para o método da capacitância global.

Tabela 2.5.1.1.1 – Dados utilizados para a função analítica do método da capacitância


global.
Lado do paralelepípedo 0,05 (m)
Condutividade térmica 5x106 (W/m)
Número de Biot 2,79x10-5
Para um intervalo de tempo de 10 (s)
Comprimento crítico (Lc) 0,008333 (m)
T∞ 600 (ºC)
Ti 0 (ºC)

T − T∞
= exp[− 0,59003097t ] (2.5.1.1.1)
Ti − T∞

A Figura 2.5.1.1.1 representa o perfil gráfico da função analítica para os dez primeiros

segundos do processo de resfriamento do cubo. Pelo Método da Capacitância Global, quando

h ⋅ LC
o número de Biot satisfaz a condição Bi = < 0,1 o erro associado entre os valores
k
numéricos e analíticos é muito pequeno.

2.5.1.2 Erro Médio Quadrático

Então, comparando as informações obtidas por volumes finitos com a função analítica

para um ponto central em um malha 30x30x30 volumes, tem-se o perfil gráfico nos seguintes

intervalos de tempo (Deltat): 0.1, 0.01 e 0.001 segundos. Os erros estão representados na

Figura 2.5.1.2.1. A equação utilizada para o cálculo do erro médio quadrático é dada por:

EMQ =
∑ (Tanalítico − Tnumérico )2 (2.5.1.2.1)
n

54
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Onde, Tanalitico é a temperatura calculada a partir da função analítica, Tnumérico é a temperatura

por volumes finitos e n reapresenta o número de pontos utilizados para o cálculo do erro.

(T - Tinf) / (Tinic - Tinf) 1,00

0,80

0,60

0,40 Valores Analíticos

0,20

0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tem po (s)

Figura 2.5.1.1.1 – Variação da temperatura com o tempo definida pelos valores


calculados através da função analítica, equação (2.5.1.1.1) para o ponto central do cubo.
Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.1.

1,00

Analítico
0,80
Deltat 0,1
(T-Tinf)/(Tinic-Tinf)

Deltat 0,01
0,60
Deltat 0,001

0,40

0,20

0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (s)

Figura 2.5.1.2.1 – Comparação entre os valores numéricos com os analíticos, para um


ponto central, usando os seguintes intervalos de tempo 0.1, 0.01 e 0.001 segundos. Os
valores deste gráfico constam na Tabela A4.2.

A partir das informações mostradas na Figura 2.5.1.2.1, foi calculado o Erro Médio

Quadrático (EMQ) entre os valores das temperaturas por volumes finitos e os valores pela

função analítica, para o cálculo do erro foi usado a equação 2.5.1.2.1. Pode-se perceber que o

55
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

erro global associado para cada Deltat é muito pequeno, conforme pode ser visto a partir da

Figura 2.5.1.2.2. As informações apresentadas na Figura 2.5.1.2.2 são variações do EMQ em

função da redução do Deltat. Como o tempo foi aproximado pelo método totalmente implícito

e esse corresponde a uma aproximação de derivada primeira a frente, consequentemente, a

derivada apresenta erros de primeira ordem.

0,100000

0,005686
EMQ (%)

0,001000

0,000589

0,000071

0,000010
0,001 0,01 0,1
Deltat (s)

Figura 2.5.1.2.2 – Erro global (erro médio quadrático) em função da redução do


intervalo de tempo (Deltat) de iteração para uma malha 30x30x30 volumes. Os valores
deste gráfico constam na Tabela A4.3.

2.5.2 Comparação entre a Solução da Equação Diferencial do Calor e a Solução por

Volumes Finitos para uma Placa Plana

Considerando uma placa com a largura e comprimento dez vezes maior que a

espessura, onde foi calculada a distribuição de temperatura pela solução da equação

diferencial do calor, através da equação 2.5.2.1 [INCROPERA et al., 1998], e pelo método

dos volumes finitos descrito anteriormente.

( ( ))⎤⎥
∞ ⎡
T ( x, t ) − T∞ ⎛ 4 senβ n ⎞
= ∑ ⎢⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ (exp(− β n ⋅ Fo )) ⋅ cos β n ⋅ x *
⎣⎝ 2 β n + sen(2 β n ) ⎠
(2.5.2.1)
Ti − T∞ n =1 ⎢ ⎥⎦

56
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

x
Onde, x * é uma coordenada espacial adimensional definida por , e L é a semi-espessura da
L

placa. O valor β n é definido pelas raízes positivas da equação 2.5.2.2:

β n ⋅ tgβ n = Bi (2.5.2.2)

Os resultados obtidos pela equação 2.5.2.1, para um problema de resfriamento com

convecção na superfície tendo Fo > 0.2 pode ser aproximado pela primeira raiz da equação

2.5.2.2. Para as comparações que são apresentadas a seguir foram utilizadas as quatro

primeiras raízes da equação 2.5.2.2, então através da Tabela 2.5.2.1 são apresentadas as

quatro primeiras raízes da equação 2.5.2.2 para três valores do Número de Biot.

Tabela 2.5.2.1 – Valores para as quatro primeiras raízes da equação 2.5.2.2, para três
valores diferentes do Número de Biot. [INCROPERA et al., 1998].

β1 β2 β3 β4
Biot = 1 0,8603 3,4256 6,4373 9,5293
Biot = 10 1,4289 4,3058 7,2281 10,2003
Biot = 100 1,5552 4,6658 7,7764 10,8871

Comparando os resultados da solução da equação do calor e os resultados por volumes

finitos para um ponto central e um ponto da superfície de uma placa, que possui as

propriedades e dimensões descritas na Tabela 2.5.2.2.

Tabela 2.5.2.2 – Propriedades da placa plana que foi utilizada para as comparações.

Massa específica (
7854 Kg / m 3 )
Calor específico 434 (J / Kg K )
Coeficiente de transferência de calor (
16760 W / m 2 K )
Dimensões da placa 0,050 m x 0,050 m x 0,005 m
Biot = 1 41,9 (W/m)
Biot = 10 4,19 (W/m)
Biot = 100 0,419 (W/m)

57
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

1,00
Numérico central
EQD central

(T - Tinf) / (Tinc - Tinf)


0,80
Numérico superfície
0,60 EQD supefície

0,40

0,20 Biot = 1
0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (s)

Figura 2.5.2.1 – Comparação entre os resultados da solução analítica e por volumes


finitos para um ponto central e superficial da placa, para o Número de Biot igual 1. Os
valores deste gráfico constam na Tabela A4.4.

1,00
Numérico central
EQD central
(T - Tinf) / (Tinc - Tinf)

0,80
Numérico superfície
EQD superfície
0,60

0,40
Biot = 10
0,20

0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (s)

Figura 2.5.2.2 – Comparação entre os resultados da solução analítica e por volumes


finitos para um ponto central e superficial da placa, para o Número de Biot igual 10. Os
valores deste gráfico constam na Tabela A4.5.
1,00
(T - Tinf) / (Tinc - Tinf)

0,80
Numérico central
0,60 EQD central
Numérico superfície
0,40 EQD superfície

0,20
Biot = 100
0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (s)

Figura 2.5.2.3 – Comparação entre os resultados da solução analítica e por volumes


finitos para um ponto central e superficial da placa, para o Número de Biot igual 100.
Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.6.

58
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Apresenta-se os resultados na Figura 2.5.2.1 para um Número de Biot igual a 1, na Figura

2.5.2.2 para um Número de Biot igual 10 e na Figura 2.5.2.3 para um Número de Biot igual a

100. As variações do número de Biot foram definidas variando a condutividade térmica da

placa utilizada.

Considerando os mesmos valores definidos para a placa anterior, também apresenta-se

uma comparação dos resultados através da Figura 2.5.2.3, para um ponto interno, obtido

através dos volumes finitos e da equação diferencial do calor com os valores retirados das

Cartas de Heisler. [INCROPERA et al., 1998]

1,00
Numérico
0,80
EQD
(T-Tinf)/(Tinc-Tinf)

0,60 Heisler

0,40

0,20

0,00
0 1 2 3 4 5
Tempo (s)

Figura 2.5.2.4 – Comparação entre os valores obtidos através dos volumes finitos,
equação diferencial do calor e as Cartas de Heisler, para um ponto central de uma placa
usando Biot igual a 1. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.7.

2.5.3 Comparação com Valores Experimentais da Literatura

Considerando informações de processos de resfriamento transientes publicados em

artigos, foi feita uma comparação para avaliar as temperaturas calculadas pelo método dos

volumes finitos (MVF).

Comparando os resultados calculados pelo MVF com os valores apresentados no

artigo de Auburtin et al. [AUBURTIN et al., 2003], que foram medidos de forma

experimental em uma placa retangular de alumínio, considerando os dados apresentados na

Tabela 2.5.3.1, para um ponto interno e um ponto no centro da superfície da placa.

59
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

Tabela 2.5.3.2 – Dados utilizados na simulação numérica por volumes finitos para a
placa nas comparações apresentadas na Figura 2.5.3.1.
Coeficiente de transferência de calor 10000 W/m3 k
Temperatura inicial 540ºC
Temperatura meio (água) 20ºC
Dimensões da placa 100 mm x 100 mm x 30 mm
Massa específica 2690 Kg/m3
Calor específico 850 J.kg / K
Condutividade térmica 120 W/m
Malha 30 x 30 x 30 volumes

Nos valores das temperaturas calculados pelo MVF foi usado o coeficiente de

transferência de calor constante, já nas temperaturas apresentadas por Auburtin o coeficiente

de transferência de calor usado apresenta a variação dada pela Figura 2.5.3.1.

Coeficiente de
transferência
de calor
(W/m2 ºC)

Temperatura (ºC)
Figura 2.5.3.1 – Variação do coeficiente de transferência de calor em função da
temperatura da superfície da placa. [AUBURTIN et al., 2003]

As comparações entre os valores das temperaturas pelo MVF e os experimentais

apresentados por Auburtin et al. são mostrados na Figura 2.5.3.2. Podem-se observar algumas

divergências entre os valores das temperaturas na comparação, que podem ser explicadas

60
CAPÍTULO II – Modelamento Numérico do Choque Térmico numa Placa

através da variação do coeficiente de transferência de calor que acontece no processo de

resfriamento.

Pois, o coeficiente de transferência de calor varia com a temperatura obedecendo três

níveis diferentes, ou seja, nos instantes iniciais, em virtude do filme de vapor criado na

superfície, a transferência de calor é menor, com a redução da temperatura inicia o nível de

ebulição, onde a transferência de calor aumenta bastante e por fim no terceiro nível a

transferência de calor volta a ficar menor.

600
Ponto Central (Experimental)
500 Ponto Superficial (Experimental)
Ponto Central(MVF)
Temperatura (ºC)

400 Ponto Superficial (MVF)

300

200

100

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (s)

Figura 2.5.3.2 – Comparação entre os valores numéricos e experimentais para um ponto


central e superficial de uma placa de alumínio de dimensões 100x100x30 mm
[AUBURTIN et al., 2003]. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.8.

61
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

CAPÍTULO III - Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

3.1 Introdução

Nas diversas aplicações dos materiais os mesmos são exigidos de muitas formas. Uma de

suas características que é mais utilizada é a resistência a suportar grandes variações de

temperaturas. Os gradientes de temperatura causam variações internas que induzem as tensões

térmicas, que são as causadoras das possíveis falhas que o componente formado por este

material pode sofrer.

3.2 Tensão

Na mecânica dos sólidos, o conceito de tensão é definido com o objetivo de se determinar

o estado de tensão em um ponto. É conceituado pela aplicação de um componente de força,

δF , que atua num elemento de área δA contendo um ponto P, conforme a Figura 3.2.1.:
δF

P
δA
Figura 3.2.1 – Representação esquemática da definição de tensão a partir de uma força
δF aplicada em um ponto P pertencente a um elemento de área δA . [BRESSAN, 1999].

Portanto, pode-se escrever matematicamente a razão da força pela área, definida pela

Figura 3.2.1 através da equação 3.2.1.

δF dF
σ = lim = (3.2.1)
δA →0 δ A dA

Onde, σ representa a intensidade da tensão no ponto P.

Ainda, pode-se considerar a decomposição da força δF nas suas componentes normal e

tangencial ou cisalhante, conforme a Figura 3.2.2.

62
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

δFn δF

δA

P δFt
Figura 3.2.2 – Representação da decomposição da força δF nas suas componentes
normal δFn e tangencial δFt , aplicadas do ponto P [BRESSAN, 1999].

Tem-se a partir da Figura 3.2.2 a definição da tensão normal e tangencial ou tensão de

cisalhamento, calculadas pelas equações 3.2.2 e 3.2.3, respectivamente.

δFn
σn = (3.2.2)
δA

δFt
τ= (3.2.3)
δA
Considerando o cubo elementar da Figura 3.2.3, pode-se representar as tensões e suas

componentes normais e cisalhantes.


z σ zz
τ zy
τ zx
τ yz
τ xz • P σ yy
y
τ yx
τ xy
x σ xx
Figura 3.2.3 – Representação das nove componentes de tensão que definem o estado de
tensão do ponto interno P no cubo elementar. [BRESSAN, 1999].

Portanto, o Estado de Tensão no ponto P dentro do cubo elementar fica determinado por

nove componentes de tensão que são: σ xx , σ yy , σ zz , τ xy , τ xz , τ yx , τ yz , τ xy e τ zx .

Esse conjunto de tensões é chamado de “Tensor Tensão de Cauchy” e pode ser representado

na forma matricial pela equação 3.2.4., a simetria desta matriz é estabelecida pela condição de

63
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

equilíbrio da conservação do momento da quantidade de movimento. [BRESSAN, 1999],

[TIMOSHENKO et al., 1980], [CALLISTER, 2002], [HIBBELER, 1997].

⎡σ xx τ xy τ xz ⎤
⎢ ⎥
σi j = ⎢τ xy σ yy τ yz ⎥ Tensor tensão de Cauchy (3.2.4)
⎢ τ xz τ yz σ zz ⎥⎦

3.2.1 Estado Plano de Tensão

O estado de tensão em um ponto dentro de um cubo elementar é sempre dado por nove

componentes de tensão. Porém, pode-se fazer uma simplificação nesta representação, supondo

que as componentes na direção z são nulas, ou seja, σ zz = τ xz = τ yz = 0 . Esta situação

acontece quando a dimensão na espessura, isto é, na direção z é muito pequena com relação

com as outras dimensões, não sofrendo a atuação da tensão, logo podendo ser desprezada.

O estado de tensão é, então, representado pelas componentes σ xx , σ yy e τ xy , conforme a

Figuras 3.2.1.1. Define-se essa situação como o Estado Plano de Tensão.


σ yy
τ yx
τ xy

σ xx
σ yy
τ xy τ yx
σ xx

(a) (b)

Figura 3.2.1.1 – Representação esquemática do estado plano de tensões para uma vista
tridimensional (a) e para uma bidimensional(b). [HIBBELER, 1997].

3.3 Deformação

Todo corpo que sofre carregamento de uma força tende a alterar a suas dimensões e

forma. As possíveis mudanças ocorridas em virtude deste carregamento são chamadas de


64
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

deformação. Esses deslocamentos podem ser visíveis a olho nu ou podem ser muito pequenas,

que necessitam de instrumentos próprios para medi-las. Nesta análise somente serão

considerados os deslocamentos infinitesimais.


r
Considerando o vetor deslocamento ∆U da Figura 3.3.1, de forma linear pode-se

estabelecer a relação definida pela equação 3.3.1. [TIMOSHENKO et al., 1980]

∂u
ε xx = (3.3.1)
∂x

Para definir a representação geral da deformação em um ponto A num corpo sólido pode-

se considerar a deformação representada pelo cubo elementar da figura 3.3.1.

A’
∆u
A

∆z
y
∆x
∆y

Figura 3.3.1 – Representação do vetor deslocamento ∆u da deformação e da


deformação em um cubo elementar. [BRESSAN. 1999].

Considerando apenas os deslocamentos devido à mudança de forma ou dimensões, o

ponto A com posição no centro da face z do cubo não deformado muda para a posição A’ no

cubo já deformado e isso pode ser estendido para as outras faces. Assim, pode-se decompor o

deslocamento ∆U sofrido pelo ponto A através de suas componentes u, v, w representadas

pela equação e Figura 3.3.2..

65
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

∆U
∆w
∆u

∆v

Figura 3.3.2 – Representação da decomposição do vetor deslocamento ∆U em uma das


faces do cubo elementar nas suas componentes de alongamento e angular. [BRESSAN,
1999].

Então, a partir do esquema da figura 3.3.2, pode-se escrever a relação vetorial,

∆ U = ∆u + ∆ v + ∆ w (3.3.2)

Considerando os termos da equação 3.3.2 infinitesimais e usando a equação 3.3.1. com

algumas manipulações algébricas pode-se escrever as componentes que representam a

deformação em um ponto ou elemento infinitesimal do cubo elementar, que ficam

representadas pelas equações 3.3.3.. [BRESSAN, 1999], [TIMOSHENKO et al., 1980],

[CALLISTER, 2002], [HIBBELER, 1997],

∂u ∂u ∂v
ε xx = (a) ; γ xy = + (b)
∂x ∂y ∂x

∂v ∂u ∂ w
ε yy = (c) ; γ xz = + (d)
∂y ∂z ∂x

∂w ∂v ∂w
ε zz = (e) ; γ yz = + (f)
∂z ∂z ∂y

66
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

E podem ser apresentadas na forma de tensor. Nota-se que as seis componentes de

deformação em cada ponto são plenamente calculadas pelas três funções do deslocamento: u,

v e w.

⎡ ∂u 1 ⎛ ∂u ∂v ⎞ 1 ⎛ ∂u ∂w ⎞ ⎤
⎢ ⎜⎜ + ⎟ ⎜ + ⎟⎥
∂x 2 ⎝ ∂y ∂x ⎟⎠ 2 ⎝ ∂z ∂x ⎠ ⎥
⎡ε xx ε xy ε xz ⎤ ⎢
⎢ ⎥ ⎢ 1 ⎛ ∂u ∂v ⎞ ∂v 1 ⎛ ∂v ∂w ⎞⎥⎥
ε ij = ⎢ε yx ε yy ε yz ⎥ = ⎢ ⎜⎜ + ⎟ ⎜⎜ + ⎟ (3.3.4)
⎢ ⎥ ⎢ 2 ⎝ ∂y ∂x ⎟⎠ ∂y 2 ⎝ ∂z ∂y ⎟⎠⎥
⎣⎢ε zx ε zy ε zz ⎦⎥ ⎢
1 ⎛ ∂v ∂w ⎞

⎢ 1 ⎛ ∂u ∂w ⎞
⎜⎜ ⎟
∂w ⎥
⎢ 2 ⎜⎝ ∂z + ⎟
∂x ⎠ 2 ⎝ ∂z
+
∂y ⎟⎠ ∂z ⎥
⎣ ⎦

Esse conjunto de deformações é chamado de “Tensor Deformação” representado na forma

matricial [BRESSAN, 1999], [TIMOSHENKO et al., 1980].

3.3.1 Estado Plano de Deformação

Quando as forças que atuam em um corpo são predominantes nas secções transversais e a

dimensão na direção onde a força não age é muito maior em comparação as outras dimensões

tem-se um Estado Plano de Deformação.

Num estado plano de deformação são usadas somente as componentes de deformação ε xx

e ε yy que ficam representadas pela Figura 3.3.1.1 (a) e (b), e uma componente de deformação

de cisalhamento γ xy que fica representada pela Figura 3.3.1.1 (c). As outras componentes do

tensor deformação são nulas.

3.4 Teoremas Fundamentais da Elasticidade

3.4.1 Equações Diferenciais de Equilíbrio com Tensões Térmicas.

As equações das condições de equilíbrio são obtidas através do cálculo das forças que

atuam no cubo elementar visto na Figura 3.2.3. Deve ser observado que a força de massa ou

de campo atuando no volume deve ser considerada no cálculo da soma do equilíbrio.

67
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

y y γ xy
y
ε xx dx 2
dx
ε yy dy

dy γ xy
2
x x x
(a) (b) (c)

Figura 3.3.1.1 – Representação esquemática das deformações atuantes em um estado


plano de deformação. (a) Deformação da direção x. (b) Deformação na direção y. (c)
Deformação de cisalhamento na direção x e y. [HIBBELER, 1997].

Designando por X, Y e Z as componentes desta força de massa por unidade de volume do

cubo elementar, as equações de equilíbrio do cubo elementar são dadas por [TIMOSHENKO

et al., 1980].

∂σ xx ∂τ xy ∂τ xz
+ + + X =0 (3.4.1 a)
∂x ∂y ∂z

∂σ yy ∂τ xy ∂τ yz
+ + +Y = 0 (3.4.1 b)
∂y ∂x ∂z

∂σ zz ∂τ xz ∂τ yz
+ + +Z =0 (3.4.1 c)
∂z ∂x ∂y

Essas equações devem ser satisfeitas em todos os pontos em toda a extensão do sólido. Para o

caso dos problemas em que existem tensões térmicas e não existem outras forças de campo,

partindo-se da Lei de Hooke generalizada, equação 3.4.4, as equações de equilíbrio com

tensões térmicas são dadas por [TIMOSHENKO et al., 1980],

∂σ xx ∂τ xy ∂τ xz α E ∂T
+ + − =0 (3.4.2 a)
∂x ∂y ∂z 1 − 2ν ∂ x

∂σ yy ∂τ xy ∂τ yz α E ∂T
+ + − =0 (3.4.2 b)
∂y ∂x ∂z 1 − 2ν ∂ y

68
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

∂σ zz ∂τ xz ∂τ yz α E ∂T
+ + − =0 (3.4.2 c)
∂z ∂x ∂y 1 − 2ν ∂ z

3.4.2 Condições de Compatibilidade

As seis componentes do tensor deformação em cada ponto, equação 3.3.3, são

completamente determinadas pelas três funções do deslocamento: u, v e w. Portanto, as

componentes de deformação não são independentes ou quaisquer funções de x, y e z, mas

devem satisfazer as relações diferencias de compatibilidade ou condições de compatibilidade

geométrica [TIMOSHENKO et al., 1980],

∂ 2 ε xx ∂ 2 ε yy ∂ 2 γ xy 2 ∂ 2 ε xx ∂ ⎡ ∂ γ yz ∂ γ xz ∂ γ xy ⎤
+ = = ⎢− + + ⎥
∂ y2 ∂ x2 ∂ x∂ y ∂ y∂ z ∂ x ⎢⎣ ∂x ∂y ∂ z ⎥⎦
∂ 2 ε yy ∂ 2 ε zz ∂ 2 γ yz 2 ∂ 2 ε yy ∂ ⎡ ∂ γ yz ∂ γ xz ∂ γ xy ⎤
+ = = ⎢ − + ⎥ (3.4.3)
∂ z2 ∂ y2 ∂ y∂z ∂ x∂ z ∂y⎢⎣ ∂ x ∂y ∂ z ⎥⎦
∂ 2 ε zz ∂ 2 ε xx ∂ 2 γ xz 2 ∂ 2 ε zz ∂ ⎡ ∂ γ yz ∂ γ xz ∂ γ xy ⎤
+ = = ⎢ + − ⎥
∂ x2 ∂ z2 ∂ x∂ z ∂ x∂ y ∂ z ⎣⎢ ∂ x ∂y ∂ z ⎥⎦

3.4.3 Relação entre Tensão e Deformação

A tensão e a deformação podem ser relacionadas pela conhecida Lei de Hooke. Pode-se

escrever que uma deformação uniaxial é proporcional à tensão que foi aplicada no corpo na

mesma direção. Generalizando, pode-se escrever a Lei de Hooke para relacionar as tensões

com as deformações na presença de variações na temperatura. Estas equações constitutivas

ficam representadas pelas equações [TIMOSHENKO et al., 1980],

ε xx =
1
E
[
σ xx −ν σ yy + σ zz ( )] + α T (3.4.4 a)

ε yy =
1
E
[
σ yy −ν (σ xx + σ zz ) + α T ] (3.4.4 b)

ε zz =
1
E
[ (
σ zz −ν σ xx + σ yy )] + α T (3.4.4 c)

69
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

τ xy τ yz τ xz
γ xy = ; γ yz = ; γ xz = (3.4.4 d)
G G G

Onde E é o módulo de elasticidade do material, G representa o módulo de cisalhamento e ν é

o coeficiente de Poisson. As equações (3.4.4 d) representam distorções angulares e elas não

são afetadas pela temperatura, logo são iguais a zero no caso de uma placa livre de carga.

Somando-se as equações (3.4.4 a), (3.4.4 b) e (3.4.4 c), obtêm-se,

1
e= ( 1 − 2ν ) I 1 + 3 α T (3.4.5)
E

onde: e = εx + εy + εz; I1 = σx + σy + σz . A deformação e também é chamada de expansão

volumétrica ou dilatação volumétrica, I1 de invariante de primeira ordem de tensões. As

tensões elásticas podem ser calculadas, resolvendo as equações 3.4.4 para σx , σy , σz ,

obtendo-se:

α ET
σ xx = λ e + 2 G ε xx − (3.4.6 a)
1 − 2ν

α ET
σ yy = λ e + 2 G ε yy − (3.4.6 b)
1 − 2ν

α ET
σ zz = λ e + 2 G ε zz − (3.4.6 c)
1 − 2ν

Onde:

νE
λ= (3.4.7 a)
(1 +ν )(1 − 2ν )

E
2G = (3.4.7 b)
1 +ν

70
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

3.4.4 Equações de Equilíbrio em Termos dos Deslocamentos

Um método de solução de problemas de termo-elasticidade consiste em substituir as

componentes de tensão das equações 3.4.6, usando a lei de Hooke generalizada e escrevendo

as componentes de deformação em termos dos deslocamentos u, v, w conhecidos. Portanto,

⎛ ∂ 2u ⎞
(λ + G )
∂e
+ G⎜ +
∂ 2u
+
∂ 2u ⎟ − α E ∂T = 0 (3.4.7 a)
∂x ⎜ ∂ x2 ∂ y2 ∂ z2 ⎟ 1 − 2ν ∂ x
⎝ ⎠

⎛ ∂ 2v ⎞
(λ + G )
∂e
+ G⎜ +
∂ 2v
+
∂ 2v ⎟ − α E ∂T = 0 (3.4.7 b)
∂y ⎜ ∂ x2 ∂ y2 ∂ z2 ⎟ 1 − 2ν ∂ y
⎝ ⎠

∂e ⎛ ∂2w ∂2w ∂ 2 w ⎞⎟ α E ∂T
(λ + G ) + G⎜ + + − =0 (3.4.7 c)
∂z ⎜ ⎟
∂ z ⎠ 1 − 2ν ∂ z
⎝∂x ∂y
2 2 2

3.4.5 Equações de Equilíbrio para Estado Plano de Deformação

Considerando-se estado plano de deformações, ou seja, ε zz = 0 , as equações de equilíbrio

3.4.4 com tensões térmicas ficam reduzidas as equações, ver dedução no Anexo III,

∂σ xx ∂τ xy α E ∂T
+ − =0 (3.4.5.1 a)
∂x ∂y 1 − 2ν ∂ x

∂σ yy ∂τ xy α E ∂T
+ − =0 (3.4.5.1 b)
∂y ∂x 1 − 2ν ∂ y

Nesta análise, os termos de tensões térmicas acima serão substituídos conforme a relação

representada abaixo,

αE
BT = (3.4.5.2)
1 − 2ν

Então, as equações de equilíbrio para o estado plano de deformação ficam representadas por,

∂σ xx ∂τ xy ∂T
+ − BT =0 (3.4.5.3 a)
∂x ∂y ∂x

∂σ yy ∂τ xy ∂T
+ − BT =0 (3.4.5.3 b)
∂y ∂x ∂y

71
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

3.4.6 Equações de Equilíbrio para Estado Plano de Tensão

Considerando-se estado plano de tensões, ou seja, σ zz = 0 e τ zx = τ zy = 0 , as equações

de equilíbrio com tensões térmicas ficam dadas por, ver Anexo III,

∂σ xx ∂τ xy α E ∂T
+ − =0 (3.4.6.1 a)
∂x ∂y 1 −ν ∂ x

∂σ yy ∂τ xy α E ∂T
+ − =0 (3.4.6.1 b)
∂y ∂x 1 −ν ∂ y

Neste caso, o termo térmico nas equações 3.4.5.1 será substituído conforme a relação

representada pela equação,

αE
BT = (3.4.6.2)
1 −ν

Então, as equações de equilíbrio para estado plano de tensão ficam descritas pelas equações,

∂σ xx ∂τ xy ∂T
+ − BT =0 (3.4.6.3 a)
∂x ∂y ∂x

∂σ yy ∂τ xy ∂T
+ − BT =0 (3.4.6.3 b)
∂y ∂x ∂y

3.5 Cálculo das Tensões Térmicas Transientes por Volumes Finitos

A distribuição de temperatura numa placa tridimensional resfriada, apresentada no

Capítulo II pelo método dos volumes finitos, permitirá o cálculo das tensões térmicas

transientes a partir das possíveis variações de temperatura na placa. O cálculo das tensões

térmicas será feito pelo método dos volumes finitos a partir dos valores dos deslocamentos

nas direções x e y, para estado plano de tensões e para estado plano de deformações. O ponto

de partida são as equações de equilíbrio para estado plano de tensões e deformações, equações

3.4.5.3 e 3.4.6.3. As equações são semelhantes, a diferença reside no parâmetro BT. Portanto,

será utilizada uma única equação.

72
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

3.5.1 Discretização da Equação de Governo

Para apresentar a discretização da equação de governo é necessário definir uma malha

adequada, neste caso será utilizada uma malha estruturada com coordenadas cartesianas

ortogonais, conforme a Figura 3.5.1.

A malha cartesiana e estruturada é composta por nove volumes que representam todos os

possíveis volumes do domínio e da fronteira do problema. Na Figura 3.5.1 designa-se os

volumes de controle das faces norte, sul, leste e oeste, respectivamente, por FrN , FrS , FrE

e FrW , já os volumes de controle dos vértices serão representados, respectivamente, por

FrNE , FrNW , FrSE e FrSW , o volume do domínio será definido como interior.

Fronteira do problema
NORTE Vértice da Fronteira
y FrN
n
FrNW FrNE

n −1

OESTE n−2
LESTE
FrW FrE
n−3
i
n−4
Interior

2
FrSW FrSE
i =1
j =1 2 3 4 5 m −1 m
x
j FrS
SUL
Figura 3.5.1 – Malha cartesiana e ortogonal que representa o domínio do problema
[FILIPPINI, 2004].

Será apresentada agora a discretização da equação de governo para o volume de controle

interior, então, na Figura 3.5.2 definiu-se a célula para a sua discretização [FILLIPINI, 2004].

73
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

Na célula da Figura 3.5.2 aparecem às tensões que na direção x são σ xx e τ xy , e na

direção y são σ yy e τ xy . A tensão σ xxT e σ yyT são as tensões térmicas que agem no volume

de controle.

A equação de governo é dada pela equação de equilíbrio com tensões térmicas 3.4.6.3 e

será reescrita para o formato bidimensional como segue:

∂σ xx ∂τ xy ∂T
+ − BT =0 (na direção x) (3.5.1 a)
∂x ∂y ∂x

∂σ yy ∂τ xy ∂T
+ − BT =0 (na direção y) (3.5.2 b)
∂y ∂x ∂y

Pontos nodais ∆x

NW N NE
n − nw σ yy n − ne
τ xy δy n+
w − nw e − ne
n τ xy δy n
δy n−
w P e σ xx E
∆y W σ σ yyT
xx σ xxT δy s−
τ xy s e − se δy s
w − sw τ xy
σ yy δy +
s
s − sw s − se
SW S δx − SE y
δx w+ δx w− e δxe+

δx w δx e O x

Figura 3.5.2 – Volume de controle interior apresentada pela célula utilizada na


discretização [FILIPPINI, 2004].

Considerando-se o seguinte reagrupamento,

∂ ∂τ
(σ xx − BT T ) + xy = 0 (3.5.3 a)
∂x ∂y

∂τ xy

∂y
(
σ yy − BT T +
∂x
) =0 (3.5.3 b)

Pode-se então reescrever as equações de equilíbrio da seguinte forma:

74
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

∂σ xx
' ∂τ xy
+ =0 (3.5.4 a)
∂x ∂y

∂σ 'yy ∂τ xy
+ =0 (3.5.4 b)
∂y ∂x

Onde as tensões em função dos deslocamentos u, v e temperatura T são como segue:

⎡ ∂u ∂v ⎤
σ xx
'
= A⎢a + b ⎥ − BT T (3.5.5 a)
⎣ ∂x ∂y ⎦

⎡ ∂u ∂v ⎤
σ 'yy = A⎢b + a ⎥ − BT T (3.5.5 b)
⎣ ∂x ∂y ⎦

⎡ ∂u ∂v ⎤
τ xy = Ac ⎢ + ⎥ (3.5.5 c)
⎣ ∂y ∂x ⎦

Onde T é a diferença entre a temperatura inicial e a temperatura no ponto considerado:

T = T P − Tinc . (3.5.6)

E os coeficientes A, a, b, c e BT são definidos por:


⎪ E
⎪A =
⎪ 1 −ν 2
⎪a = 1

⎨b = ν ⇒ Para estado plano de tensões (3.5.7)
⎪ 1 −ν
⎪c =
⎪ 2
⎪ αE
⎪ BT =
⎩ 1 −ν


⎪ E
⎪ A = (1 + ν ) ⋅ (1 − 2ν )

⎪a = 1 − ν

⎨b = ν ⇒ Para estado plano de deformação (3.5.8)
⎪ 1 − 2ν
⎪c =
⎪ 2
⎪ αE
⎪ BT =
⎩ 1 − 2ν

75
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

A discretização pode ser feita pela integração da equação de governo 3.5.4 sobre o

volume de controle ou ainda através do balanço de forças sobre o volume de controle da

Figura 3.5.2. Como os dois caminhos definem a mesma equação discretizada, neste caso será

optado pela utilização do método do balanço de forças no volume de controle.

O balanço de forças na direção x e y sobre o volume de controle no domínio da Figura

3.5.2 é representado pelas equações:

σ xx
'
∆y − σ xx
'
∆y + τ xy ∆x − τ xy ∆x = 0 (direção x) (3.5.9 a)
e w n s

σ 'yy ∆x − σ 'yy ∆x + τ xy ∆y − τ xy ∆y = 0 (direção y) (3.5.9 b)


n s e w

Onde, os índices e, w, n e s representam as regiões da fronteira no volume de controle onde as

tensões devem ser avaliadas. Substituindo as equações 3.5.4 nas equações de equilíbrio 3.5.9

para a direção x, tem-se:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
⎨ A⎢ a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y − ⎨ A⎢a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y +
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭e ⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭w
(3.5.10 a)
⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x − ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x = 0
⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ n ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ s

E para a direção y:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x − ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x +
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭n ⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭s
(3.5.10 b)
⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y − ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y = 0
⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ e ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ w

As derivadas parciais que aparecem nas equações 3.5.10 são aproximadas pelo esquema

das derivadas centrais, que para o deslocamento u na direção x e y são definidas por:

∂u u e − ne − u w− nw ∂u u − u w− sw ∂u uE − uP
= ; = e − se ; =
∂x n δxe + δx w ∂x s δxe + δx w ∂x e δx e

∂u u P − uW ∂u uN − uP ∂u uP − uS
= ; = ; = (3.5.11)
∂x w δx w ∂y n
δy n ∂y s
δy s

76
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

∂u u − u s − se ∂u u n − nw − u s − sw
= n − ne ; =
∂y e δy n + δy s ∂y w
δy n + δy s

E as derivadas dos deslocamentos v na direção y e x:

∂v vN − vP ∂v vP − vS ∂v v − v s − se
= ; = ; = n − ne
∂y n
δy n ∂y s
δy s ∂y e δy n + δy s

∂v v n − nw − v s − sw ∂v v e − ne − v w− nw ∂v v − v w− sw
= ; = ; = e − se (3.5.12)
∂y w
δy n + δy s ∂x n δxe + δx w ∂x s δxe + δx w

∂v vE − vP ∂v v P − vW
= ; =
∂x e δx e ∂x w δx w

As derivadas descritas acima são usadas no volume do domínio, nos volumes das fronteiras as

derivadas seguem ao esquema apresentado no trabalho de Filippini [FILIPPINI, 2004].

Substituindo as equações 3.5.11 e 3.5.12 nas equações 3.5.10 e escrevendo as equações

discretizadas em função dos deslocamentos u e v e usando as interpolações lineares sobre uma

superfície apresentada por Filippini [FILIPPINI, 2004], tem-se então para o deslocamento uP

do ponto do domínio:

A up u P = Aeu u E + Awu uW + Anu u N + Asu u S + Bu (3.5.13)

Onde,

A up = Aeu + Awu + Anu + Asu (3.5.14 a)

⎛ Aa ⎞ ⎛ Aa ⎞
Aeu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Awu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y
δ
⎝ e ⎠e
x ⎝ δx w ⎠w

⎛ Ac ⎞ ⎛ Ac ⎞
Anu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x ; Asu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (3.5.14 b)
⎝ δy n ⎠n ⎝ δy s ⎠s

Bu = B nu v N + B su v S + Beu v E + B wu vW + B nw
u
v NW + B sw
u
v SW + B ne
u
v NE + B se
u
v SE + BTu (3.5.14 c)

E para o deslocamento em v:

77
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

A vp v P = Aev v E + Awv vW + Anv v N + Asv v S + Bv (3.5.15)

Onde,

A vp = Aev + Awv + Anv + Asv (3.5.16 a)

⎛ Ac ⎞ ⎛ Ac ⎞
Aev = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Awv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y
⎝ δy e ⎠e ⎝ δy w ⎠w

⎛ Aa ⎞ ⎛ Aa ⎞
Anv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x ; Asv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (3.5.16 b)
⎝ δy n ⎠n ⎝ δy s ⎠ s

Bv = B nv v N + B sv v S + Bev v E + B wv vW + B nw
v
v NW + B sw
v
v SW + B ne
v
v NE + B se
v
v SE + BTv (3.5.16 c)

Os coeficientes das equações (3.5.14 c) e (3.5.16 c) são representadas por:

Abf e Abf w
B nu = − B su = ∆y − ∆y
δy n + δy s e
δy n + δy s w

Acf e Abf w
B nv = − B sv = ∆y − ∆y
δy n + δy s e
δy n + δy s w

Acf n Acf s
Beu = − B wu = ∆x − ∆x
δx e + δx w n
δx e + δx w s

Abf n Abf s
Bev = − B wv = ∆x − ∆x
δx e + δx w n
δx e + δx w s

Ac(1 − f n ) Ab(1 − f e )
u
B ne = ∆x + ∆y
δx e + δx w n δy n + δy s e

Ab(1 − f n ) Ac(1 − f e )
v
B ne = ∆x + ∆y (3.5.17)
δx e + δx w n δy n + δy s e

Ac(1 − f s ) Ab(1 − f e )
u
B se =− ∆x − ∆y
δx e + δx w s δy n + δy s e

Ab(1 − f s ) Ac(1 − f e )
v
B se =− ∆x − ∆y
δx e + δx w s δy n + δy s e

78
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

Ac(1 − f s ) Ab(1 − f w )
u
B sw = ∆x + ∆y
δx e + δx w s δy n + δy s w

Ab(1 − f s ) Ac(1 − f w )
v
B se = ∆x + ∆y
δx e + δx w s δy n + δy s w

Ac(1 − f n ) Ab(1 − f w )
u
B nw =− ∆x − ∆y
δx e + δx w n δy n + δy s w

Ab(1 − f n ) Ac(1 − f w )
v
B nw =− ∆x − ∆y
δx e + δx w n δy n + δy s w

BTu = f e BT (T E + T P ) e ∆y − f w BT (T P + TW ) w ∆y

BTu = f n BT (T N + T P ) n ∆x − f s BT (T P + TS ) s ∆x

δy n+ δy s+ δx + δx +
fn = , fs = , fe = e , fw = w
δy n δy s δx e δx w

Os deslocamentos up e vp dos outros volumes de controle, SW, S, SE, W, E, NW, N e NE,

estão deduzidos no Anexo II.

3.5.2 Diagrama de Blocos para as Tensões Térmicas Transientes

Considerando o programa usado para o cálculo das temperaturas transientes por volumes

finitos, foi acrescentado no mesmo a parte que calcula as tensões térmicas transientes por

volumes finitos. Então, o diagrama de blocos apresentado na Figura 2.4.3.1 foi adaptado para

o cálculo das tensões térmicas transientes que é representado pela Figura 3.5.2.1.

O programa segue a mesma estrutura até o cálculo das temperaturas, em seguida se dá um

“Loop” na malha novamente e são calculados os coeficientes das equações dos

deslocamentos, logo após as equações dos deslocamentos são resolvidas pelo método de

Gauss-Seidel. Com os valores dos deslocamentos são calculadas as tensões térmicas em cada

nó da malha e para finalizar os resultados tanto das tensões quanto das temperaturas são

registradas.
79
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

Inicio

Loop sobre
o tempo

Entrada das
temperaturas

Loop sobre
a Malha

Cálculo dos
Coeficientes dos
Deslocamentos u e v

Solução por Gauss-


Seidel dos
deslocamentos u e v

Cálculo das
tensões térmicas
transientes em
cada nó

Saída dos
Resultados das
tensões térmicas
transientes

Fim
Figura 3.5.2.1 – Diagrama de blocos do programa para o cálculo das tensões térmicas
transientes por volumes finitos.
80
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

3.5.3 Validação do Programa da parte das Tensões Mecânicas

Com o objetivo de validar as tensões mecânicas calculadas pelo programa foi feita a

simulação do estudo de uma viga bi-engastada com deslocamentos prescritos em suas

extremidades descritas por Filippini [FILIPPINI, 2004]. Os deslocamentos pré-definidos nas

faces são, conforme a Figura 3.5.2.1: direita (engastada) u pre = 0 mm e v pre = −0,5 mm , face

esquerda (engastada) u pre = 0 mm e v pre = 0,5 mm . As dimensões da viga são: 50 mm de

comprimento, 5 mm de altura e 250 mm de largura. O estudo é feito para estado plano de

deformação.

y[m] u pre = 0,0 mm⎫⎪


u pre = 0,0 mm ⎫⎪ ⎬
⎬ v pre = −0,5 mm ⎪⎭
v pre = 0,5 mm ⎪⎭

Altura = 5 mm
O
Comprimento = 50 mm x[m]

Figura 3.5.3.1 – Viga bi-engastada com deslocamento prescrito nas extremidades.

A Tabela 3.5.3.1 apresenta a comparação entre os valores obtidos por Filippini

[FILIPPINI, 2004], para uma malha de 6x60 volumes, e pela simulação feita pelo programa,

para malha 7x63 volumes, da tensão cisalhante, τ xy , na seção transversal central da viga.

Observa-se que os valores obtidos estão em conformidade.

Tabela 3.5.3.1 – Comparação entre os valores das tensões cisalhantes


na seção transversal no centro da viga.
Tensão Cisalhante (MPa)
y[mm] VF_Presente VF_Filippini
Malha 6x60 Malha 6x60
5,00 -7,80 -7,80
4,17 -39,00 -39,00
3,33 -61,60 -61,55
2,50 -69,10 -69,07
1,67 -61,60 -61,55
0,83 -39,00 -39,00
0,00 -7,80 -7,80
81
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

Tabela 3.5.3.2 – Comparação entre os valores das tensões normais


na seção transversal no engaste da viga.
Tensão Normal em x (GPa)
y[mm] VF_Presente VF_Filippini
Malha 6x60 Malha 6x60
5,00 1,60 1,62
4,17 0,82 0,80
3,33 0,40 0,40
2,50 0,00 0,00
1,67 -0,40 -0,40
0,83 -0,82 -0,80
0,00 -1,60 -1,62

3.5.4 Condições de Contorno dos Deslocamentos para uma Placa Resfriada

No modelo utilizado, placa resfriada livre de tensões nas extremidades, a condição de

contorno, que impõe o deslocamento nulo no ponto geométrico central da placa. Para que haja

convergência e unicidade da solução dos deslocamentos, foi estabelecido um segundo ponto

de deslocamento conhecido, que é o ponto na linha central da face E (leste).

3.5.5 Cálculo das Tensões Térmicas em Cada Nó

A partir dos deslocamentos u e v, calculados anteriormente, pode-se agora definir em

cada nó, nos volumes de controle, o valor das tensões resultantes. Para isso usam-se as

equações 3.5.5.1 (a, b e c), que aplicadas para o ponto P central do volume, tem-se:

⎡ ∂u ∂v ⎤
σ xx' = (σ xx − BT ) P = A⎢a +b ⎥ − BT (3.5.5.1 a)
⎣⎢ ∂x ∂y P ⎦⎥
P P
P

⎡ ∂u ∂v ⎤
σ yy' = (σ yy − BT ) = A⎢b +a ⎥ − BT (3.5.5.1 b)
⎢⎣ ∂x ∂y P⎥
P P P
P ⎦

⎡ ∂u ∂v ⎤
τ xy = Ac ⎢ + ⎥ (3.5.5.1 c)
P
⎢⎣ ∂y P
∂x P⎥

82
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

3.5.6 Validação do Programa para as Deformações e Tensões Térmicas

A validação do programa será realizada através de dois estudos de caso apresentados a

seguir e também pelas comparações feitas com os métodos analíticos de Lu et al. [LU et al.,

1997], Collin et al. [COLLIN et al., 2000] e Timoshenko et al. [TIMOSHENKO et al., 1980]

apresentados no Capítulo IV.

Cálculo das Deformações Térmicas Transientes de um Cubo Resfriado

Neste estudo foram calculados os deslocamentos u e v para um cubo com dimensões 0,50

m x 0,50 m x 0,50m, malha de 11x11 volumes, com temperatura inicial a 600ºC e resfriada

em água a 0ºC e usando as informações apresentadas na Tabela 3.5.6.1. Nas Tabelas 3.5.6.1 e

3.5.6.2 são apresentados os resultados para os deslocamentos u e v para a camada 6 do cubo,

que nos pontos de posição geométrica correspondente são exatamente iguais, ou seja, existe

simetria dos deslocamentos em relação ao centro do cubo. Os resultados dos deslocamentos

das outras camadas para esse cubo são apresentados no Anexo V.

Cálculo das Tensões Térmicas Transientes para uma Placa Resfriada

As tensões térmicas transientes são obtidas a partir das distorções geométricas verificadas

pelos deslocamentos u e v dos nós da malha em cada camada. Como os deslocamentos são

obtidos de forma independente em cada camada específica na espessura, conforme a Figura

3.5.6.1, e considerando que as forças térmicas nas laterais da placa serão iguais a zero, isto é,

os termos Bu nessas equações serão nulos, é necessário acoplar as camadas para que se possa

obter os valores das tensões térmicas em cada camada, considerando que tem-se estado plano

biaxial de tensões iguais, ou seja, σ xx = σ yy e que σ zz = 0 .

83
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

84
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

z
z − ∆l ∆ l
σx
x −σ x
Lc
y l x
lo

Linha Vertical na Seção Linha Vertical da


Central da Placa Deformação Média
Figura 3.5.6.1 – Representação das camadas na espessura da placa com as diferentes
contrações nos comprimentos. No acoplamento todas terão o mesmo comprimento final.

O processo de acoplamento das camadas será feito supondo-se a hipótese de que com o

resfriamento, as camadas possuirão contrações diferentes, mas as seções centrais transversais

na espessura continuarão reta e vertical. No acoplamento todas terão o mesmo comprimento

final, ou seja, deve-se aplicar uma tensão de tração nas camadas superiores e uma tensão

compressiva nas camadas centrais. Além disso, o somatório das forças na seção transversal

deve ser nulo após o acoplamento, pois a placa é livre para se deformar, não havendo forças

nas extremidades da placa.

n
u
∑ ∆ix
1
εm = (3.5.6.1)
n i =1

Onde, ε m é a deformação média, n o número de camadas, u i é a deformação em uma das

camadas e ∆x é a variação de cada elemento na camada.

Portanto, é necessário calcular a deformação média geral das camadas como mostrado

pela linha vertical de deformação média visto na Figura 3.5.6.1.

No acoplamento, as tensões serão calculadas considerando as deformações para estado

plano de tensões e supondo que ε xx = ε yy .

ε xx =
1
E
(
σ xx −νσ yy ) (3.5.6.2)

85
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

ε yy =
1
E
(
σ yy −νσ xx ) (3.5.6.3)

Após substituições e rearranjo obtêm-se a expressão da tensão normal na direção x e igual

a tensão normal na direção y.

Eε 'xx
σ xx = = σ yy (3.5.6.4)
1 −ν

Onde, ε xx é a deformação devido a contração da largura da placa e ε 'xx é a deformação

necessária para que se tenha o acoplamento das camadas.

ε 'xx = ε xx − ε m (3.5.6.5)

Tabela 3.5.6.3 – Propriedades térmicas da placa de aço resfriada utilizada na simulação


numérica.
Módulo de Calor Condutividade Coef. dilatação Coeficiente
Elasticidade Poisson Densidade específico Térmica térmica troca de calor
E ν ρ cp k α h
3 o 2 o 2o
GPa kg/m J/ kg K W/m 1/ K W/m K
206 0,3 7.800 580 41,9 10,1 x 10-6 16.760

Nos cálculos das tensões térmicas transientes poderá ser imposta à condição de

temperatura homogênea, isto é, distribuição de temperaturas iguais na camada ou a condição

de temperatura não homogênea, ou seja, distribuição de temperaturas diferentes na camada da

placa.

Na Figura 3.5.6.2 e 3.5.6.3, as tensões térmicas transientes foram calculadas pelo método

dos volumes finitos, para duas placas com dimensões diferentes, utilizando as informações da

Tabela 3.5.6.3. e usando a distribuição de temperatura não homogênea nas camadas da placa.

Nestas figuras pode-se observar que as tensões de tração aparecem na superfície da placa

e de compressão aparecem no centro da placa, isto se dá em virtude da diferença de

temperatura do centro e da superfície da placa, isto é, o fluxo de transferência de calor. Como

o centro da placa está com uma temperatura maior ele tende a se dilatar, a superfície, por sua
86
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

vez, com temperatura menor, tende a se contrair impedindo assim a dilatação da região mais

quente.

Na Figura 3.5.6.2, pode-se observar a variação de intensidade das tensões de tração na

superfície e de compressão no centro, variando com o tempo de resfriamento e encontrando os

seus máximos no instante 0.2 segundos. Na Figura 3.5.6.3, pode-se fazer a mesma análise da

figura anterior, onde as tensões térmicas transientes de tração aparecem na superfície da placa

e definem seu máximo no instante 1 segundo, no centro da placa aparecem as tensões de

compressão que alcançam seu máximo no instante 3 segundos, ambas estão variando com o

tempo de resfriamento.

O intervalo de tempo que as tensões de tração e de compressão tiveram para aumentar e

diminuir na placa da Figura 3.5.6.3 é maior do que o intervalo de tempo para a placa da

Figura 3.5.6.2, isto se dá em virtude do efeito das dimensões no fluxo de transferência de

calor.

0,005

0,004
Espessura ( m )

0,003 Instante 0,2 s


Instante 0,4 s

0,002 Instante 0,6 s


Instante 0,8 s

0,001

0,000
-200,0E+6 -110,0E+6 -20,0E+6 70,0E+6 160,0E+6 250,0E+6
Tensão térmica transiente em x sX (Pa)

Figura 3.5.6.2 – Distribuição de tensão térmica transiente numa placa com dimensões
0,150 m x 0,150 m x 0,005 m, e instantes de tempo de resfriamento 0,2 s até 4 s. Os
valores deste gráfico constam na Tabela A4.9.

87
CAPÍTULO III – Análise Teórica da Tensão Térmica por Volumes Finitos

0,050

0,040
E spessura (m ) Instante 0,3s
0,030 Instante 1s
Instante 3s
Instante 5s
0,020
Instante 7s
Instante 9s
0,010

0,000
-400,00E+6 000,00E+0 400,00E+6 800,00E+6 1,20E+9
Tensão Térmica Transiente (Pa)

Figura 3.5.6.3 – Distribuição de tensão térmica transiente numa placa com dimensões
1,50 m x 1,50 m x 0,050m, e instantes de tempo de resfriamento 0,3 s até 9 s. Os valores
deste gráfico constam na Tabela A4.10.

88
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa


Placa

4.1 Tensão Térmica

Como foi observado anteriormente, as tensões são geradas a partir de carregamento de

forças em um corpo. Essas forças são de várias formas e intensidades e uma das causas que

originam tensões em um corpo é a mudança de temperatura não uniforme dentro de um corpo.

Isto é, quando a parte externa do sólido muda de temperatura mais rapidamente do que a parte

interna, variações diferenciais das dimensões provocam a restrição da expansão livre ou a

contração de volumes adjacentes no interior do sólido, gerando o que são chamados de

tensões térmicas, como essas tensões podem variar com o tempo são chamadas

adequadamente de tensões térmicas transientes. [CALLISTER, 2002], [TIMOSHENKO et

al., 1980].

As tensões térmicas transientes são causadoras de trincas ou falhas em componentes que

são exigidos em ambientes com mudança de temperatura, por esse motivo deve-se conhecer

como é o comportamento dessas tensões dentro de um corpo. [CALLISTER, 2002],

[TIMOSHENKO et al., 1980].

4.2 Cálculo da Tensão Térmica Transiente

Encontra-se na literatura uma vasta quantidade de trabalhos que envolvem os cálculos da

distribuição de tensões térmicas dentro de um corpo de diversas geometrias. Esses estudos

tratam de temas tais como: tratamentos térmicos, comportamentos de trincas em

componentes, resistência de um material a um choque térmico, etc. Para todos esses casos

precisa-se conhecer a distribuição e a intensidade das tensões térmicas transientes dentro do

corpo.

89
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Neste estudo são apresentadas as formas de calcular a distribuição de tensão térmica

transiente dentro de uma placa retangular finita e formada por um material isotrópico, onde já

foi calculada a distribuição de temperatura transiente através do método dos volumes finitos.

4.2.1 Cálculo da Tensão Térmica Transiente a partir de Timoshenko et al.

[TIMOSHENKO et al., 1980].

Timoshenko et al. apresenta a equação do cálculo das tensões térmicas transientes para

estado plano de tensão no caso bidimensional, para uma placa retangular de espessura 2c e

cujo plano médio coincide com o plano xy, conforme a Figura 4.2.1.1., a temperatura é

considerada independente de x e y, portanto função apenas de z. [TIMOSHENKO et al.,

1980]
z
z
l l

c
O x x
O
c
y

Figura 4.2.1.2 – Representação da placa para o cálculo das tensões térmicas transientes
considerando estado plano de tensões. [TIMOSHENKO et al., 1980].

A dilatação livre de um elemento da placa segundo as direções x e y será completamente

eliminada mediante a aplicação das tensões representadas pela equação 4.2.1.1:

αT E
σx =σ y = − (4.2.1.1)
1 −ν

Onde, ν é o coeficiente de Poisson, T é a temperatura em um ponto z, E é o módulo de

elasticidade e α é o coeficiente de expansão térmica.

Então, pode-se escrever a tensão térmica transiente para uma placa na direção x e y

através da equação 4.2.1.2: [TIMOSHENKO et al., 1980]


90
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

αT E 1 +c
σx =σ y = −
1 −ν
+ ∫
2 c (1 −ν ) −c
α T E dz (4.2.1.2)

Onde, σ x e σ y são as tensões térmicas, ν é o coeficiente de Poisson, T é a temperatura em

um ponto z, E é o módulo de elasticidade, α é o coeficiente de expansão térmica, c representa

a metade da espessura.

4.2.2 Cálculo da Tensão Térmica Transiente a partir de Lu et al. [LU et al., 1997].

O artigo apresenta o cálculo das tensões térmicas transientes, considerando estado plano

de tensão, para uma placa infinita de espessura 2H e com distribuição de temperatura

uniforme em cada camada, conforme a Figura 4.2.2.1, que está a uma temperatura inicial Ti

em um tempo inicial e a partir deste tempo modifica sua temperatura para T∞ , que é a

temperatura do fluido através do processo de convecção.

Figura 4.2.2.1 – Placa infinita exposta a uma variação de temperatura por convecção
[LU et al., 1997].

A placa é formada por um material anisotrópico, a equação da tensão térmica transiente

foi definida partindo da Lei de Hooke generalizada e que são dadas pelas equações abaixo:

ν xy ν
σ yy − xz σ zz + α x (T − Ti )
1
ε xx = σ xx − (4.2.2.1 a)
Ex Ey Ez

ν xy ν yz
σ zz + α y (T − Ti )
1
ε yy = − σ xx + σ yy − (4.2.2.1 b)
Ey Ey Ez

91
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

ν xz ν yz
σ zz + α z (T − Ti )
1
ε zz = − σ xx − σ yy + (4.2.2.1 c)
Ez Ez Ez

Aqui, (E x , E y , E z ) são os módulos de elasticidade nas direções (x, y, z), respectivamente,

(ν xy ,ν yz ,ν xz ) são os coeficientes de Poisson, e (α x , α y , α z ) são os coeficientes de expansão

térmica. A configuração da Figura 4.2.2.1 é analisada sob o impedimento da expansão livre

z=H z=H
que desaparece com a força axial ∫z =− H σ xx dz = 0 e ∫z =− H σ yy dz = 0 , e o desaparecimento da
tensão normal na direção da resistência na espessura σ zz = 0 . As condições na fronteira da

geometria são semelhantes e a deformação é independente de toda a dimensão espacial

incluindo z, e depende somente do tempo t.

Logo a equação das tensões térmicas transientes para um estado plano de tensões fica

representada pela equação 4.2.2.2.

αE z =+ H
σ x ( z, t ) = −α E (T − Ti ) + (T − Ti ) dz
2 H ∫z = − H
(4.2.2.2)

Onde, α é o coeficiente de expansão térmica que é calculado a partir da equação 4.2.2.3, E é

o módulo de elasticidade e é calculado a partir da equação 4.2.2.4.

α ≡ α x +ν xyα y (4.2.2.3)

1 ν xy
2
1
≡ − (4.2.2.4)
E Ex Ey

Reescrevendo a equação 4.2.2.2 numa forma adimensional definida pela equação 4.2.2.5:

σ (z, t )
σ= (4.2.2.5)
Eα (T − Ti )

Pode-se determinar uma expressão analítica adimensional para determinar a distribuição de

tensões térmicas transientes que fica representada pela equação 4.2.2.6:

( ( ))
∞ ⎡ ⎞⎤
⎛ senβ n ⎞ ⎛ ⎛ senβ n
⎟⎟ ⋅ ⎜⎜ cos⎜ β n ⋅ ⎞⎟ −
z
σ = −2∑ ⎢ exp − β n2 ⋅ Fo ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟⎥ (4.2.2.6)
n =1 ⎢
⎣ ⎝ β n + senβ n ⋅ cos β n ⎠ ⎝ ⎝ H⎠ βn ⎠⎥⎦

92
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Onde, β n são as soluções da equação 2.5.2.2.

A partir da equação 4.2.2.6 foram calculados os perfis de tensões térmicas adimensionais

em função do tempo adimensional t representada pela equação 4.2.2.7 e que são

apresentados nas Figuras 4.2.2.2 e 4.2.2.3.

κt
t= (4.2.2.7)
H2

Onde, κ é a difusividade térmica, t é o tempo e H espessura da placa.

Figura 4.2.2.2 – Perfis de tensões térmicas transientes adimensionais em função do


tempo adimensional para o Número de Biot = 1. [LU et al., 1997].

Figura 4.2.2.3 – Perfis de tensões térmicas transientes adimensionais em função do


tempo adimensional para o Número de Biot = 10. [LU et al., 1997].

93
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

4.2.3 Cálculo da Tensão Térmica Transiente a partir de Collin et al. [COLLIN et al.,

2000].

O cálculo das tensões térmicas transientes neste trabalho é apresentado no seu apêndice e

é definida para estado plano de tensões e representada pela equação 4.2.3.1.


σ t,z =
1 −ν
(
Tref − Tt , z ) (4.2.3.1)

Onde, Tt , z é a temperatura em cada camada, no ponto central e que pertence à linha

perpendicular z representada na Figura 4.2.3.1. Tref é a temperatura de referência que é

calculada como uma média das temperaturas na região e corresponde ao ponto onde a

deformação é zero, ou seja, é calculada fazendo a média das temperaturas ao longo da linha

perpendicular z mostrada na Figura 4.2.3.1.


z z z z

Face x
Meio da placa

Lateral da placa

Figura 4.2.3.1 – Representação das linhas perpendicular à face da placa na direção z


onde é calculada a temperatura de referência. [COLLIN et al., 2000].

4.3 Diagrama de Blocos para o Cálculo das Tensões Térmicas Transiente

Considerando o programa usado para o cálculo das temperaturas transientes por volumes

finitos, foi acrescentado no mesmo a parte que calcula as tensões térmicas transientes pelos

métodos definidos por Timoshenko et al., Collin et al. e Lu et al.. Então, o diagrama de blocos

apresentado na Figura 2.4.3.1 foi adaptado para o cálculo das tensões térmicas transientes que

é representado pela Figura 4.3.1.

94
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Inicio

Loop sobre
o tempo

Entrada das
temperaturas

Loop sobre
a Malha

Cálculo das
tensões transientes
por Lu et al.

Cálculo das
tensões transientes
por Collin et al.

Cálculo das
tensões
transientes por
Timoshenko et al.

Saída dos
Resultados das
tensões térmicas
transientes

Fim

Figura 4.4.1 – Diagrama de blocos do programa para o cálculo das tensões térmicas
transientes por Lu et al., Collin et al. e Timoshenko et al..

95
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

O programa segue a mesma estrutura até o cálculo das temperaturas, em seguida se dá um

“Loop” sobre a malha novamente e calculam-se as tensões térmicas transientes pelos métodos

definidos por Lu et al., Collin et al. e Timoshenko et al., terminando as tensões são

registradas.

4.4 Comparações Entre os Métodos de Cálculo das Tensões Térmicas Transientes.

Considerando o programa que calculou as temperaturas de uma placa retangular através

do método dos volumes finitos, foram criadas sub-rotinas dentro deste mesmo programa que

possibilitaram calcular a distribuição de tensões térmicas transientes pelos métodos definidos

por Timoshenko, Lu e Collin dentro da placa, através das suas respectivas equações 4.2.1.2,

4.2.2.6 e 4.2.3.1. Para o cálculo das tensões térmicas transientes pelo método definido por Lu,

o somatório da equação 4.2.2.6 teve uma variação para β n de n=1 a n=4, conforme a equação

4.4.1., os valores de β n foram apresentados na Tabela 2.5.2.1.

( ( ))
4 ⎡
⎛ senβ n ⎞ ⎛ ⎛ senβ n ⎞⎤
σ = −2∑ ⎢ exp − β n2 ⋅ Fo ⋅ ⎜⎜ ⎟ ⋅ ⎜ cos⎜ β n ⋅ ⎞⎟ −
z
⎟⎥ (4.4.1)
⎟ ⎜ ⎝ ⎟

n =1 ⎣ ⎝ β n + senβ n ⋅ cos β n ⎠ ⎝ H⎠ βn ⎠⎦⎥

Nos cálculos das tensões térmicas transientes por esses modelos foram utilizadas as

informações apresentadas na Tabela 4.4.1. As Figuras 4.4.1 e 4.4.2 apresentam os perfis da

tensão térmica transiente em função do tempo adimensional para valores de Biot iguais a 1 e

10, respectivamente. A variação do número de Biot de 1 para 10 foi feita variando o

coeficiente de transferência de calor, que estão apresentados na Tabela 4.4.1.

Para verificar a coerência dos resultados obtidos para as tensões térmicas transientes

apresentadas pelo perfil gráfico da Figura 4.4.1, deve-se comparar o mesmo com o perfil

gráfico da Figura 4.2.2.2, já o perfil de tensões térmicas transientes da Figura 4.4.2 deve ser

comparado com o perfil apresentado na Figura 4.2.2.3. A partir desta comparação observa-se

que os métodos de Collin e Timoshenko apresentam valores iguais e ambos comparados com

96
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Tabela 4.4.1 – Informações utilizadas no cálculo das tensões térmicas transientes pelos
modelos de Timoshenko, Lu e Collin.
Coeficiente de transferência de calor (Biot = 10) 16760 W/m3 K
Coeficiente de transferência de calor (Biot = 1) 1676 W/m3 K
Condutividade térmica 41,9 W/m2
Coeficiente de dilatação térmica 10,1 x 10-6 1/ oK
Temperatura inicial 600ºC
Temperatura meio (água) 0ºC
Dimensões da placa 0,5 m x 0,5 m x 0,05 m
Massa específica 7800 Kg/m3
Malha 30 x 30 x 30
Passo de tempo 0,01 s
Calor específico 580 J.kg / K
Módulo de Elasticidade 206 GPa
Poisson 0,3

o método de Lu possuem uma variação em torno de 5% nas tensões térmicas da superfície e

que com o aumento da taxa de transferência de calor, representado através do Número de

Biot, esta diferença tende em aumentar.

0,2000

Lu / Ponto central
0,1000
Lu / Ponto de Superfície
Tensâo (adm)

Collin / Ponto Central


Collin / Ponto de Superfície
0,0000 Timoshenko / Ponto Central
Timoshenko / Ponto de Superfície

-0,1000

-0,2000
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50
Tempo (adm)

Figura 4.4.1 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente


adimensional em função do tempo adimensional para Biot = 1, considerando os modelos
de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.11.

97
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

0,800

0,600

0,400
Tensão (adm)

Lu / Ponto Central
0,200 Lu / Ponto de Superficie
Collin / Ponto Central
Collin / Ponto de Superfície
0,000 Timoshenko / Ponto Central
Timoshenko / Ponto de Superfície

-0,200

-0,400
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50
Tempo (adm)

Figura 4.4.2 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente


adimensional em função do tempo adimensional para Biot = 10, considerando os
modelos de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.11.

0,2000

Lu / Ponto do Centro
0,1000
Lu / Ponto da Superfície
Tensâo (adm)

Collin / Ponto do Centro


Collin / Ponto da Superfície
0,0000 Timoshenko / Ponto do Centro
Timoshenko / Ponto da Superfície

-0,1000

-0,2000
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0
Tempo (s)

Figura 4.4.3 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente


adimensional em função do tempo em segundos para Biot = 1, considerando os modelos
de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.12.

98
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

650,00

600,00

550,00
Temperatura(ºC)

500,00
Ponto do Centro
Ponto da Superfície
450,00

400,00

350,00

300,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00
Tempo(s)

Figura 4.4.4 – Temperatura transiente em função do tempo em segundos, considerando


Biot = 1. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.13.

0,800

0,600

0,400
Tensão (adm)

Lu / Ponto Central

0,200 Lu / Ponto de Superficie


Collin / Ponto Central
Collin / Ponto de Superfície
0,000
Timoshenko / Ponto Central
Timoshenko / Ponto de Superfície

-0,200

-0,400
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0

Tempo (s)

Figura 4.4.5 – Comparação entre a distribuição de tensão térmica transiente


adimensional em função do tempo em segundos para Biot = 10, considerando os modelos
de Collin, Lu e Timoshenko. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.12.

99
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

As Figuras 4.4.3 e 4.4.5 representam os mesmos perfis gráficos das Figuras 4.4.1 e 4.4.2,

porém, com variação do tempo em segundos. Observa-se que na Figura 4.4.3, isto é, Biot = 1,

o pico de tensão máxima na superfície ocorre, aproximadamente, no instante 14 segundos, e

no centro a tensão máxima compressiva ocorre, aproximadamente, no instante 18 segundos.

Para Biot = 10, conforme a Figura 4.4.5, observa-se que a tensão máxima de tração na

superfície será no instante 3 segundos e a tensão de compressão no centro da placa acontecerá

no instante 9 segundos.

Pode-se observar que as tensões térmicas transientes apresentadas na Figura 4.4.3

alcançam seu máximo, tanto na tração como na compressão, em um tempo maior em

comparação com as tensões térmicas transientes apresentadas na Figura 4.4.5. Isto acontece

em virtude da maior transferência de calor na placa para um número de Biot = 10 do que para

um Biot = 1. Os efeitos sobre a transferência de calor podem ser observados pelos perfis de

temperatura em função do tempo apresentadas nas Figuras 4.4.4 e 4.4.6, respectivamente,

para Biot = 1 e Biot = 10.

630,00

530,00
Temperatura(ºC)

430,00
Ponto do Centro
Ponto da Superfície
330,00

230,00

130,00

30,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00
Tempo(s)

Figura 4.4.6 – Temperatura transiente em função do tempo em segundos, considerando


Biot = 10. Os valores deste gráfico constam na Tabela A4.13.

100
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Nas Figuras 4.4.7 e 4.4.8 são apresentados os perfis das tensões térmicas transientes

calculadas pelo método dos volumes finitos (MVF), Lu e Collin, para uma placa resfriada que

possui informações descritas na Tabela 4.4.1. Para o método dos volumes finitos foram

apresentados dois tipos de resultados. O Método dos Volumes Finitos - Homogêneo

(MVF_H) considera a temperatura constante ou homogênea em cada camada da placa, porém

variando ao longo da espessura de acordo com a temperatura calculada pelo método dos

volumes finitos. O Método dos Volumes Finitos – Heterogêneo (MVF) considera uma

distribuição de temperatura heterogênea nas camadas da placa e que foram calculadas pelo

método dos volumes finitos. Todos os resultados em ambas as figuras foram calculados para

estado plano de tensões.

Observa-se nas Figuras 4.4.5 e 4.4.6, que os resultados obtidos pelo MVF_H, estão em

concordância com os resultados apresentados por Lu e Collin.

500,0E+6

400,0E+6

300,0E+6
T ensão térm ica (P a)

200,0E+6
Lu / Ponto da Superfície
Collin / Ponto da Superfície
100,0E+6 MVF_Ponto da Superfície
MVF-H/ Ponto da Superfície
Lu / Ponto do Centro
000,0E+0 Collin / Ponto do Centro
MVF_Ponto do Centro
MVF-H/ Ponto do Centro
-100,0E+6

-200,0E+6

-300,0E+6
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0
Tempo (s)

Figura 4.4.7 – Comparação da tensão térmica transiente pelo método dos volumes finitos
e com os modelos analíticos de Lu e Collin, em função do tempo em segundos,
considerando Biot = 1, dimensões 0,50m x 0,50m x 0,05m e malha 33x33x11. Os valores
deste gráfico constam na Tabela A4.14.

101
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

Quando é feita a mesma análise para MVF percebe-se uma diferença nos resultados, isto é

explicado pelos gradientes de temperatura gerada na placa em virtude da distribuição de

temperatura heterogênea.

Nas Figuras 4.4.7 e 4.4.8 mostram-se os perfis das tensões térmicas transientes calculadas

por MVF, MVF_H, Lu e Collin, na espessura da placa, no instante de 0.6 segundos, para Biot

= 1 e para Biot = 10, também utilizando as informações da Tabela 4.4.1. Em ambas as figuras

foram consideradas, no caso do MVF_H, três variações da malha, ou seja, foram usadas as

malhas 33x33x11, 39x39x13 e 45x45x15, com o objetivo de verificar a convergência do

método dos volumes finitos.

1,20E+9

1,00E+9

800,00E+6
Tensão térm ica (Pa)

600,00E+6
Lu / Ponto da Superfície
400,00E+6 Collin / Ponto da Superfície
MVF_Ponto da Superfície
200,00E+6 MVF_H/ Ponto da Superfície
Lu / Ponto do Centro
000,00E+0 Collin / Ponto do Centro
MVF_Ponto do Centro
-200,00E+6 MVF_H/ Ponto do Centro

-400,00E+6

-600,00E+6
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Tempo (s)
Figura 4.4.8 – Comparação da tensão térmica transiente pelo método dos volumes finitos
e com os modelos analíticos de Lu e Collin, em função do tempo em segundos,
considerando Biot = 10, dimensões 0,50m x 0,50m x 0,05m e malha 33x33x11. Os valores
deste gráfico constam na Tabela A4.15.

102
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

0,050

0,040
Espessura (mm)

0,030 Lu
Collin
MVF_H_33x33x11
MVF_H_39x39x13
0,020 MVF_H_45x45x15
MVF_33x33x11

0,010

0,000
-50,00E+6 000,00E+0 50,00E+6 100,00E+6 150,00E+6 200,00E+6
Tensões térmicas transientes na direção x (Pa)

Figura 4.4.9 – Distribuição das tensões térmicas transientes na espessura para o tempo
de 0.6 segundos, Biot = 1, para uma placa de dimensões 0,50 m x 0,50 m x 0,05 m, malha
33x33x11, calculada pelo presente método dos volumes finitos e comparada com os
resultados obtidos pelos métodos de Lu e Collin para estado plano de tensões. Os valores
deste gráfico constam na Tabela A4.16.

Observa-se em ambas as figuras que os resultados obtidos pelo método de Collin e

pelo MVF_H, ficaram com boa concordância, tanto nas tensões de tração na superfície como

nas tensões compressivas no centro da placa. Na comparação de Collin e MVF_H com Lu

ocorre uma diferença nos resultados.

Os resultados do MVF, nas Figuras 4.4.7 e 4.7.8, comparados com MVF_H, Collin e Lu,

apresentam diferenças em virtude do tipo de distribuição de temperatura.

103
CAPÍTULO IV – Análise Teórica das Tensões Térmicas Transientes numa Placa

0,050

0,040

Lu
Espessura (mm)

0,030
Collin
MVF_H_33x33x11
MVF_H_39x39x13
0,020 MVF_H_45x45x15
MVF_33x33x11

0,010

0,000
-400,00E+6 -200,00E+6 000,00E+0 200,00E+6 400,00E+6 600,00E+6 800,00E+6 1,00E+9
Tensões térmicas transientes na direção x (Pa)

Figura 4.4.10 – Distribuição das tensões térmicas transientes na espessura para o tempo
de 0.6 segundos, Biot = 10, para uma placa de dimensões 0,50 m x 0,50 m x 0,05 m,
malha 33x33x11, calculada pelo presente método dos volumes finitos e comparada com
os resultados obtidos pelos métodos de Lu e Collin para estado plano de tensões. Os
valores deste gráfico constam na Tabela A4.17.

104
CAPITULO V - Conclusões

CAPÍTULO V – CONCLUSÕES

Com base nos resultados dos modelamentos empíricos e analíticos da literatura e da

simulação numérica pelo método dos volumes finitos proposto pelo presente trabalho sobre o

resfriamento de uma placa de metal ou de cerâmica, as seguintes conclusões podem ser

afirmadas sobre a distribuição de temperatura transiente e sobre as tensões térmicas

transientes geradas na placa.

5.1 Conclusões Sobre a Distribuição de Temperatura

Foram estudados quatro métodos de cálculo de temperatura transientes na placa: método

da capacitância global, método analítico da equação diferencial do calor, cartas de Heisler e

método dos volumes finitos. Estes resultados teóricos foram também comparados com

resultados experimentais da literatura.

No primeiro método, os valores das temperaturas para um ponto central da placa obtido

por volumes finitos foram comparados com os valores obtidos pelo Método da Capacitância

Global. Obteve-se uma variação global ou erro global entre os resultados menores que 1%.

No segundo método, os valores das temperaturas foram comparados aos valores das

temperaturas para um ponto central e um ponto superficial obtidos pela solução da Equação

Diferencial do Calor para três casos de transferência de calor, isto é, três níveis do Número de

Biot. Obteve-se também uma variação global menor que 1% para os dois pontos em todos os

casos de transferência de calor.

No terceiro caso, os valores das temperaturas para um ponto central foram comparados

aos valores retirados das Cartas de Heisler, considerando um Número de Biot igual a 1 e se

obteve novamente variação global menor que 1%.

No quarto caso, os valores das temperaturas calculados pelo método dos volumes finitos

foram comparados com valores experimentais apresentados por Auburtin et al. [AUBURTIN

105
CAPITULO V - Conclusões

et al., 2003]. As comparações com os valores calculados pelo método dos volumes finitos

tanto para o núcleo como para a superfície da placa não foram boas: o erro médio foi de 40%.

Isso se deve ao fato da variação do coeficiente de transferência de calor por convecção h, que

em uma situação real de resfriamento o mesmo não é constante.

5.2 Conclusões Sobre a Distribuição de Tensões Térmicas Transientes

O modelamento das tensões térmicas foi feito para uma placa tridimensional, mas com

camadas sob estado plano de tensões elásticas, utilizando o método dos volumes finitos que

possibilitou avaliar as tensões térmicas transientes de cada camada e na seção transversal

central ao longo da espessura da placa.

Essas tensões térmicas calculadas no presente trabalho variam substancialmente com o

instante de tempo de resfriamento, com a geometria da placa, número de Biot e com as

condições de contorno da placa. Isto difere grandemente das fórmulas empíricas utilizadas

comumente que empregam somente a diferença inicial de temperatura entre a placa e o meio.

A severidade do choque térmico ou as tensões térmicas máximas dependem dos parâmetros

como a diferença inicial de temperatura, o instante de tempo de resfriamento, a geometria da

placa, as propriedades térmicas da placa e o número de Biot. Portanto, o método dos volumes

finitos possibilita bons resultados e uma versatilidade, permitindo a investigação de vários

casos de geometria da placa, condições de contorno, propriedades físicas variáveis e número

de Biot ou tipos de resfriamentos.

As tensões térmicas transientes calculadas por Collin et al. (Equação 4.2.3.1),

Timoshenko (Equação 4.2.1.2) e Lu (Equação 4.2.2.6) referentes a um ponto da superfície e

outro ponto central da placa, apresentam uma sutil diferença entre elas. Na equação proposta

por Collin et al. não há o termo da integral e a tensão térmica depende somente da

temperatura de referência ou temperatura média da semi-espessura. Por outro lado, no cálculo

106
CAPITULO V - Conclusões

feito por Lu et al. a tensão térmica total é a soma de uma tensão térmica com um termo

integral de tensão térmica ao longo da espessura. Ambas as equações dependem do Número

de Biot. Portanto, os segundos termos das equações de Timoshenko e Lu, o termo da integral,

influenciam muito pouco nos resultados das tensões térmicas geradas na placa.

No método dos volumes finitos proposto pelo presente trabalho, as tensões térmicas

transientes elásticas estão razoavelmente semelhantes aos resultados da equação proposta por

Collin et al.. As tensões máximas tanto de tração com de compressão obtidas pelo MVF_H

ocorrem na superfície e no núcleo da placa, respectivamente, e são bastante coincidentes com

os resultados de Collin. Entretanto, existe uma grande diferença nas tensões térmicas previstas

por Collin e Lu se for considerado uma distribuição de temperatura heterogênea na placa.

Para o caso de uma placa de aço de geometria 0,50 m x 0,50 m e 0,05 m de espessura cuja

temperatura inicial foi de 600 ºC resfriada em água a 0 ºC, número de Biot igual a 10, a tensão

térmica transiente máxima de tração na superfície da placa ocorreu no instante 3 segundos

após o resfriamento e seu valor calculado pelo método analítico de Lu foi de 1059 MPa,

992,45 MPa por Collin e de 963,5 MPa pelo presente Método dos Volumes Finitos (MVF_H).

Entretanto, para Biot=1, a tensão trativa térmica máxima ocorreu no instante 14 segundos e

foi de 371 MPa para Lu, 352 MPa para Collin e 335 MPa para MVF_H. Para Biot=10 as

tensões térmicas podem ser suficientes para produzir deformações plásticas permanentes ou

mesmo gerar uma trinca superficial na placa ou também uma fratura.

Finalizando, o presente Método dos Volumes Finitos aplicado ao cálculo da distribuição

de temperaturas e tensões térmicas transientes numa placa, produz bons resultados para a

geometria de retangular, possibilitando variar as condições de contorno.

107
CAPITULO V - Conclusões

5.3 Sugestões para Trabalhos Futuros

Este trabalho sugere algumas análises futuras que podem ser separadas em três partes: a

primeira parte trata das mudanças na programação, a segunda parte das modificações na

análise da temperatura e a terceira parte das modificações nas análises das tensões térmicas

transientes.

Na primeira parte de sugestões para trabalhos futuros, pode-se sugerir a mudança na

forma de resolução do Solver dos sistemas de equações, no presente caso foi utilizado o

Método de Gauss-Seidel com sobre-relaxação e sugere-se a mudança para o Método TDMA

(TriDiagonal Matrix Algorithym) para aumentar a velocidade de processamento.

A segunda sugestão para trabalhos futuros no caso das temperaturas seriam as simulações

com o coeficiente de transferência de calor h variando com a temperatura, conforme equação

experimental, como também outros parâmetros do material. Também pode ser feito o

modelamento das equações de governo usando um sistema de coordenadas diferentes, isto é,

mudar de coordenadas retangulares para coordenadas polares no caso de cilindros. Como

também fazer o modelamento usando uma malha não estruturada.

A terceira sugestão de trabalhos futuros, agora para o caso das tensões, desenvolver o

modelamento matemático pelo método dos volumes finitos para o cálculo das tensões

térmicas sob estado tridimensionais de deformações e tensões. Também sugere-se o

modelamento das equações para um sistema coordenadas cilíndricas ou polares.

108
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113
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

ANEXOS

ANEXO I – DISCRETIZAÇÃO DAS EQUAÇÕES PARA A


DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA

A equação para o volume de controle (2,2,2) foi apresentada no Capítulo II. Nas

tabelas a seguir são apresentadas as equações discretizadas dos volumes de controle restantes.

Tabela A1.1 – Equações do volume de controle (1,1,1).


Volume de controle (1,1,1) Equação
número
c P ∂ ( ρ T ∆ x∆ y∆ z )
Balanço de A1.1
energia q econd − q wconv + q cond
f − qbconv + q ncond − q sconv =
∂t
Equação APTP = AeTE + A f TF + AnTN + B A1.2
discretizada
ρ∆x∆y∆z
M = (a)
∆t
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (b)

B = AwT∞ + AbT∞ + AsT∞ + MTP0 (c)


Coeficientes
k∆y∆z h∆y∆z
da equação Ae = Aw = A1.3
discretizada c P δx e
(d);
cP w
(e)

k∆x∆y h∆x∆y
Af = Ab =
c Pδz f
(f);
cP b
(g)

k∆x∆z h∆x∆z
An = As =
c Pδy n
(h);
cP s
(i)

114
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.2 – Equações do volume de controle (1,1,2).


Volume de controle (1,1,2) Equação
número
c P ∂ (ρT∆x∆y∆z )
Balanço de A1.1
energia q econd − q wconv + q cond
f − q bcond + q ncond − q sconv =
∂t
Equação AP TP = AeTE + Ab TB + A f TF + An T N + B A1.2
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AwT∞ + As T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z
M= (c)
∆t
Coeficientes h∆y∆z k∆y∆z
Aw = (d) Ae = (e)
da equação cP w
c P δx e
A1.3
discretizada
k∆x∆y k∆x∆y
Af = (f) Ab = (g)
c P δz f
c P δz b

k∆x∆z h∆x∆z
An = (h) As = (i)
c P δy n
cP s

Tabela A1.3 – Equações do volume de controle (1,1,3).


Volume de controle (1,1,3) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z )
energia q econd − q wconv + q bcond − q conv
f + q ncond − q sconv = A1.4
∂t
Equação AP TP = Ae TE + Ab TB + An T N + B A1.5
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AwT∞ + A f T∞ + As T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z h∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t cP w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Ab = (f) A1.6
discretizada c P δx e
c P δz b
h∆x∆y k∆x∆z
Af = (g) An = (h)
cP f
c P δy n

h∆x∆z
As = (i)
cP s

115
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.4 – Equações do volume de controle (1,2,1).


Volume de controle (1,2,1) Equação
número
Balanço de c P ∂ ( ρ T ∆ x ∆y ∆ z ) A1.7
energia q econd − q wconv + q cond
f − q bconv + q ncond − q scond =
∂t

Equação AP TP = Ae TE + A f TF + As TS + An T N + B A1.8
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AwT∞ + Ab T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z h∆y∆z
M = (c) Aw = (d)
∆t cP w
Coeficientes k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.9
c P δx c P δz f
discretizada e

h∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) An = (h)
cP b
c P δy n

k∆x∆z
As = (i)
c P δy s

Tabela A1.5 – Equações do volume de controle (1,2,2).


Volume de controle (1,2,2) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.10
energia q econd − q wconv + q cond
f − q bcond + q ncond − q scond =
∂t

Equação AP TP = AeTE + AbTB + A f TF + As TS + AnTN + B A1.11


discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AwT∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z h∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t cP w
Coeficientes k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.12
discretizada c P δx e
c P δz f

k∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) An = (h)
c P δz b
c P δy n
k∆x∆z
As = (i)
c P δy s

116
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.6 – Equações do volume de controle (1,2,3).


Volume de controle (1,2,3) Equação
número
Balanço de c P ∂ ( ρ T ∆ x ∆y ∆ z ) A1.13
energia q econd − q wconv + q bcond − q conv
f + q ncond − q scond =
∂t

Equação APTP = AeTE + AbTB + As TS + AnTN + B A1.14


discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AwT∞ + A f T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z h∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t cP w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Ab = (f) A1.15
discretizada c P δx e
c P δz b

h∆x∆y k∆x∆z
Af = (g) An = (h)
cP f
c P δy n

k∆x∆z
As = (i)
c P δy s

Tabela A1.7 – Equações do volume de controle (1,3,1).


Volume de controle (1,3,1) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.16
energia q econd − q wconv + q cond
f − q bconv + q scond − q nconv =
∂t
Equação AP TP = Ae TE + A f TF + As TS + B A1.17
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AwT∞ + Ab T∞ + An T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z h∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t cP w
Coeficientes k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.18
discretizada c P δx e
c P δz f

h∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) As = (h)
cP b
c P δy s

h∆x∆z
An = (i)
cP n

117
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.8 – Equações do volume de controle (1,3,2).


Volume de controle (1,3,2) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.19
energia q econd − q wconv + q cond
f − q bcond + q scond − q nconv =
∂t
Equação AP TP = AeTE + AbTB + A f TF + As TS + B A1.20
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AwT∞ + An T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z h∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t cP w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.21
discretizada c P δx e
c P δz f

k∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) As = (h)
c P δz b
c P δy s
h∆x∆z
An = (i)
cP n

Tabela A1.9 – Equações do volume de controle (1,3,3).


Volume de controle (1,3,3) Equação
número
Balanço de c P ∂(ρT∆x∆y∆z ) A1.22
energia q econd − q wconv + qbcond − q conv
f + q scond − q nconv =
∂t
Equação APTP = AeTE + AbTB + As TS + B A1.23
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AwT∞ + A f T∞ + An T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z h∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t cP w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Ab = (f) A1.24
discretizada c P δx e
c P δz b
h ∆ x∆ y k∆x∆z
Af = (g) As = (h)
cP f
c P δy s

h∆x∆z
An = (i)
cP n

118
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.10 – Equações do volume de controle (2,1,1).


Volume de controle (2,1,1) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.25
energia q econd − q wcond + q cond
f − q bconv + q ncond − q sconv =
∂t
Equação AP TP = AwTW + AeTE + A f TF + AnTN + B A1.26
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AbT∞ + As T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.27
discretizada c P δx e
c P δz f

h∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) An = (h)
cP b
c P δy n

h∆x∆z
As = (i)
cP s

Tabela A1.11 – Equações do volume de controle (2,1,2).


Volume de controle (2,1,2) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.28
energia q econd − q wcond + q cond
f − q bcond + q ncond − q sconv =
∂t
Equação AP TP = AwTW + AeTE + A f TF + Ab TB + An TN + B A1.29
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = As T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.30
discretizada c P δx e
c P δz f

k∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) An = (h)
c P δz b
c P δy n

h∆x∆z
As = (i)
cP s

119
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.12 – Equações do volume de controle (2,1,3).


Volume de controle (2,1,3) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.31
energia q econd − q wcond + q bcond − q conv
f + q ncond − q sconv =
∂t
Equação APTP = AeTE + AwTW + AbTB + AnTN + B A1.32
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = A f T∞ + As T∞ + MT P0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Ab = (f)
A1.33
discretizada c P δx e
c P δz b
h∆x∆y k∆x∆z
Af = (g) An = (h)
cP f
c P δy n

h∆x∆z
As = (i)
cP s

Tabela A1.13 – Equações do volume de controle (2,2,1).


Volume de controle (2,2,1) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.34
energia q econd − q wcond + q cond
f − q bconv + q ncond − q scond =
∂t
Equação AP TP = AwTW + AeTE + A f TF + AnTN + As TS + B A1.35
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = Ab T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.36
discretizada c P δx e
c P δz f

h∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) An = (h)
cP b
c P δy n
k∆x∆z
As = (i)
c P δy s

120
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.14 – Equações do volume de controle (2,2,3).


Volume de controle (2,2,3) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.40
energia q econd − q wcond + q bcond − q conv
f + q ncond − q scond =
∂t
Equação APTP = AeTE + AwTW + AbTB + AnTN + As TS + B A1.41
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = A f T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z h∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t cP w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Ab = (f) A1.42
discretizada c P δx e
c P δz b
h∆x∆y k∆x∆z
Af = (g) An = (h)
cP f
c P δy n

k∆x∆z
As = (i)
c P δy s

Tabela A1.15 – Equações do volume de controle (2,3,1).


Volume de controle (2,3,1) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.43
energia q econd − q wcond + q cond
f − qbconv + q scond − q nconv =
∂t
Equação AP TP = AwTW + Ae TE + A f TF + As TS + B A1.44
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)

B = AbT∞ + AnT∞ + MTP0 (b)


ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.45
discretizada c P δx e
c P δz f

h∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) As = (h)
cP b
c P δy s

h∆x∆z
An = (i)
cP n

121
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.16 – Equações do volume de controle (2,3,2).


Volume de controle (2,3,2) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.46
energia q econd − q wcond + q cond
f − q bcond + q scond − q nconv =
∂t

Equação AP TP = AwTW + AeTE + AbTB + A f TF + As TS + B A1.47


discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = An T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.48
discretizada c P δx e
c P δz f

k∆x∆y h∆x∆z
Ab = (g) An = (h)
c P δz b
cP n

k∆x∆z
As = (i)
c P δy s

Tabela A1.17 – Equações do volume de controle (2,3,3).


Volume de controle (2,3,3) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.49
energia q econd − q wcond + qbcond − q conv
f + q scond − q nconv =
∂t
Equação APTP = AwTW + AeTE + AbTB + As TS + B A1.50
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)

B = AnT∞ + A f TF + MTP0 (b)


ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Ab = (f) A1.51
discretizada c P δx e
c P δz b
h∆x∆y h∆x∆z
Af = (g) An = (h)
cP f
cP n

k∆x∆z
As = (i)
c P δy s

122
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.18 – Equações do volume de controle (3,1,1).


Volume de controle (3,1,1) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.52
energia q wcond − q econv + q cond
f − q bconv + q ncond − q sconv =
∂t

Equação AP T P = AwTW + A f T F + An T N + B A1.53


discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AeT∞ + Ab T∞ + As T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
h∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.54
discretizada cP e
c P δz f

h∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) An = (h)
cP b
c P δy n
h∆x∆z
As = (i)
cP s

Tabela A1.19 – Equações do volume de controle (3,1,2).


Volume de controle (3,1,2) Equação
número
Balanço de c P ∂ ( ρ T ∆ x∆ y ∆ z ) A1.55
energia q wcond − q econv + q cond
f − q bcond + q ncond − q sconv =
∂t
Equação AP TP = AwTW + A f TF + AbTB + AnTN + B A1.56
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)

B = AeT∞ + As T∞ + MTP0 (b)


ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
h ∆ y∆ z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.57
discretizada cP e
c P δz f

k∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) An = (h)
c P δz b
c P δy n

h∆x∆z
As = (i)
cP s

123
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.20 – Equações do volume de controle (3,1,3).


Volume de controle (3,1,3) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.58
energia q wcond − q econv + q bcond − q conv
f + q ncond − q sconv =
∂t
Equação APTP = AwTW + AbTB + AnTN + B A1.59
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)

B = AeT∞ + A f T∞ + As T∞ + MTP0 (b)


ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
da equação h∆y∆z k∆x∆y A1.60
Ae = (e) Ab = (f)
discretizada cP e
c P δz b

h∆x∆y k∆x∆z
Af = (g) An = (h)
cP f
c P δy n

h∆x∆z
As = (i)
cP s

Tabela A1.21 – Equações do volume de controle (3,2,1).


Volume de controle (3,2,1) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.61
energia q wcond − q econv + q cond
f − q bconv + q ncond − q scond =
∂t
Equação AP TP = AwTW + A f TF + AnTN + As TS + B A1.62
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AeT∞ + Ab T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
h∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f)
A1.63
discretizada cP e
c Pδz f

h∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) An = (h)
cP b
c P δy n

k∆x∆z
As = (i)
c P δy s

124
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.22 – Equações do volume de controle (3,2,2).


Volume de controle (3,2,2) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.64
energia q wcond − q econv + q cond
f − q bcond + q ncond − q scond =
∂t

Equação AP TP = AwTW + A f TF + AbTB + AnTN + As TS + B A1.65


discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = Ae T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M = (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes h∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.66
discretizada cP e
c P δz f

k∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) An = (h)
c P δz b
c P δy n

k∆x∆z
As = (i)
c P δy s

Tabela A1.23 – Equações do volume de controle (3,2,3).


Volume de controle (3,2,3) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.67
energia q wcond − q econv + q bcond − q conv
f + q ncond − q scond =
∂t
Equação APTP = AwTW + AbTB + AnTN + As TS + B A1.68
discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AeT∞ + A f T∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
k∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Ab = (f) A1.69
discretizada c P δx e
c P δz b
h∆x∆y k∆x∆z
Af = (g) An = (h)
cP f
c P δy n

k∆x∆z
As = (i)
c P δy s

125
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.24 – Equações do volume de controle (3,3,1).


Volume de controle (3,3,1) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.70
energia q wcond − q econv + q cond
f − q bconv + q scond − q nconv =
∂t

Equação AP TP = AwTW + A f TF + As TS + B A1.71


discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)

B = AeT∞ + AbT∞ + AnT∞ + MTP0 (b)


ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
h ∆ y∆ z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.72
discretizada cP e
c P δz f

h∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) As = (h)
cP b
c P δy s
h∆x∆z
An = (i)
cP n

Tabela A1.25 – Equações do volume de controle (3,3,2).


Volume de controle (3,3,2) Equação
número
Balanço de c P ∂ ( ρ T ∆ x ∆y ∆ z ) A1.73
energia q wcond − q econv + q cond
f − q bcond + q scond − q nconv =
∂t

Equação AP TP = AwTW + A f TF + Ab TB + As TS + B A1.74


discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AeT∞ + AnT∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes h∆y∆z k∆x∆y
da equação Ae = (e) Af = (f) A1.75
discretizada cP e
c P δz f

k∆x∆y k∆x∆z
Ab = (g) As = (h)
c P δz b
c P δy s
h ∆ x∆ z
An = (i)
cP n

126
Anexo I – Discretização das Equações para Distribuição de Temperatura

Tabela A1.26 – Equações do volume de controle (3,3,3).


Volume de controle (3,3,3) Equação
número
Balanço de c P ∂ (ρT∆x∆y∆z ) A1.76
energia q wcond − q econv + q bcond − q conv
f + q scond − q nconv =
∂t

Equação AP TP = AwTW + AbTB + As TS + B A1.77


discretizada
AP = Ae + Aw + A f + Ab + An + As + M (a)
B = AeT∞ + A f T∞ + AnT∞ + MTP0 (b)
ρ∆x∆y∆z k∆y∆z
M= (c) Aw = (d)
∆t c P δx w
Coeficientes
da equação h∆y∆z k∆x∆y A1.78
Ae = (e) Ab = (f)
discretizada cP e
c P δz b
h∆x∆y k∆x∆z
Af = (g) As = (h)
cP f
c P δy s

h∆x∆z
An = (i)
cP n

127
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

ANEXO II – EQUAÇÕES DISCRETIZADAS PARA AS EQUAÇÕES DE


GOVERNO NOS VOLUMES DA FRONTEIRA NO CÁLCULO DOS
DESLOCAMENTOS.

NW N
NE

W
E
D

SE
SW S

Volume Sul: S

σ yy
n

τ
xy .
n

. σ xx
σ xx .w e e
w
.s τ
xy

B
T s
Figura A2.1 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle sul.

Substituindo as equações 3.5.5 nas equações de equilíbrio de força para a direção x, tem-se:

128
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ A⎢ a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y + ⎨ A⎢a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y +
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭e ⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭w
(A2.1 a)
⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x = 0
⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ n

E para a direção y :

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x + BT T s ∆x + ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭n ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ w
(A2.1 b)
⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y = 0
⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ e

Substituindo as equações 3.5.11 e 3.5.12 nas equações A2.1 e escrevendo as equações

discretizadas em função dos deslocamentos u e v, tem-se então para o deslocamento uP do

ponto sul:

A up u P = Aeu u E + Awu uW + Anu u N + B u (A2.2)

Onde,

Aup = Aeu + Awu + Anu (A2.3 a)

⎛ Aa ⎞ ⎛ Aa ⎞ ⎛ Ac ⎞
Aeu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Awu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Anu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.3 b)
δ
⎝ e ⎠e
x ⎝ δx w ⎠w ⎝ δy n ⎠n

B u = Bneu v NE + Bseu v SE + Bnw


u
v NW + Bsw
u
v SW + BTu (A2.3 c)

Ab(1 − f e ) Ac(1 − f n ) Ab(1 − f e )


Bneu = ∆y + ∆x Bseu = − ∆y
δy n + δy s e δy e + δy w n δy n + δy s e

Ab(1 − f w ) Ac(1 − f n ) Ab(1 − f w )


u
Bnw =− ∆y − ∆x u
Bsw = ∆y (A2.3 d)
δy n + δy s w δy e + δy w n δy n + δy s w

BTu = Tinc BT( w


∆y − BT e
)
∆y + Te − BT ( e
) (
∆y + Tw BT w
∆y )
δy n+ δxe+ δx w+
fn = fe = fw = (A2.3 e)
δy n δx e δx w

E para o deslocamento em v:

129
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

A pv v P = Aev v E + Awv vW + Anv v N + B v (A2.4)

Onde,

A vp = Aev + Awv + Anv (A2.5 a)

⎛ Ac ⎞ ⎛ Ac ⎞ ⎛ Aa ⎞
Aev = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Awv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Anv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.5 b)
⎝ δy e ⎠e ⎝ δy w ⎠w ⎝ δy n ⎠n

B v = Bnev u NE + Bsev u SE + Bnw


v
u NW + Bsw
v
u SW + BTv (A2.5 c)

Ac(1 − f e ) Ab(1 − f n ) Ac(1 − f e )


Bnev = ∆y + ∆x Bsev = − ∆y
δy n + δy s e δy e + δy w n δy n + δy s e

Ac(1 − f w ) Ab(1 − f n ) Ac(1 − f w )


v
Bnw =− ∆y − ∆x v
Bsw = ∆y (A2.5 d)
δy n + δy s w δy e + δy w n δy n + δy s w

(
BTv = Tinc + BT n
∆x + BT s
) (
∆x + Tn − BT n
) (
∆x + Ts − BT s
∆x )
δy n+ δxe+ δx w+
fn = fe = fw = (A2.5 e)
δy n δx e δx w

Volume Sudeste: SE
σ
yy
n
τ
xy .
n

σ xx .w e . BT e
w
.s
BT s

Figura A2.2 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle sudeste.

Substituindo as equações 3.5.5 nas equações de equilíbrio 3.5.9 para a direção x, tem-se:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
+ ⎨ A⎢ a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y − BT T e ∆x − ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x = 0 (A2.6 a)
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭w ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ n

E para a direção y:

130
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x + BT T s ∆x + ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y = 0 (A2.6 b)
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭n ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ w

Substituindo as equações 3.5.11 e 3.5.12 nas equações A2.6 e escrevendo as equações

discretizadas em função dos deslocamentos u e v, tem-se então para o deslocamento uP do

ponto sudeste:

A up u P = Awu uW + Anu u N + B u (A2.7)

Onde,

Aup = Awu + Anu (A2.7 a)

⎛ Aa ⎞ ⎛ Ac ⎞
Awu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Anu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.7 b)
⎝ δx w ⎠w ⎝ δy n ⎠n

B u = Bneu v NE + Bsw
u
v SW + Bnw
u
v NW + BTu (A2.7 c)

Ac(1 − f n ) Ab(1 − f w )
Bneu = ∆x u
Bsw = ∆y
δy e + δy w n δy n + δy s w

Ab(1 − f w ) Ac(1 − f n )
u
Bnw =− ∆y − ∆x (A2.7 d)
δy n + δy s w δy e + δy w n

(
BTu = Tinc − BT w
∆y − BT e
)
∆y + Te BT ( e
)
∆y + Tw BT( w
∆y )
δy n+ δx w+
fn = fw = (A2.7 e)
δy n δx w

E para o deslocamento em v:

A pv v P = Awv vW + Anv v N + B v (A2.8)

Onde,

A vp = Awv + Anv (A2.9 a)

⎛ Ac ⎞ ⎛ Aa ⎞
Awv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Anv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.9 b)
⎝ δy w ⎠w ⎝ δy n ⎠n

131
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

B v = Bnev u NE + Bnw
v
u NW + Bsw
v
u SW + BTv (A2.9 c)

Ab(1 − f n ) Ac(1 − f w )
Bnev = − ∆x v
Bsw = ∆y
δx e + δx w n δy n + δy s w

Ac(1 − f w ) Ab(1 − f n )
v
Bnw =− ∆y − ∆x (A2.9d)
δy n + δy s w δy e + δy w n

(
BTv = Tinc BT n
∆x + BT s
)
∆x + Tn − BT ( n
) (
∆x + Ts − BT s
∆x )
δy n+ δx w+
fn = fw = (A2.9 e)
δy n δx w

Volume Sudoeste: SW

τ σ
n.
xy yy
n

BT w .w e . σ
xx e
.
s τ
xy
BT s

Figura A2.3 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle sudoeste.

Substituindo as equações 3.5.4 nas equações de equilíbrio 3.5.9 para a direção x, tem-se:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ A⎢ a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y + BT T ∆y − ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x = 0 (A2.10 a)
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ n
w
⎭e

E para a direção y:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x + BT T s ∆x − ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y = 0 (A2.10 b)
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭n ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ e

Substituindo as equações 3.5.11 e 3.5.12 nas equações A2.10 e escrevendo as equações

discretizadas em função dos deslocamentos u e v, tem-se então para o deslocamento uP do

ponto sudoeste:

132
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

A up u P = Aeu u E + Anu u N + B u (A2.11)

Onde,

Aup = Aeu + Anu (A2.12 a)

⎛ Aa ⎞ ⎛ Ac ⎞
Aeu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Anu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.12 b)
⎝ δx e ⎠ e ⎝ δy n ⎠n

B u = Bseu v SE + Bnw
u
v NW + Bneu v NE + BTu (A2.12 c)

Ab(1 − f e ) Ac(1 − f n )
Bseu = − ∆y u
Bnw =− ∆x
δy n + δy s e δy e + δy w n

Ab(1 − f e ) Ac(1 − f n )
Bneu = ∆y + ∆x (A2.12 d)
δy n + δy s e δy e + δy w n

(
BTu = Tinc BT w
∆y + BT e
) (
∆y + Te − BT e
) (
∆y + Tw − BT w
∆y )
δy n+ δxe+
fn = fw = (A2.12 e)
δy n δx e

E para o deslocamento em v:

A pv v P = Aev v E + Anv v N + B v (A2.13)

Onde,

A vp = Aev + Anv (A2.14 a)

⎛ Ac ⎞ ⎛ Aa ⎞
Aev = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Anv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.14 b)
⎝ δy e ⎠e ⎝ δy n ⎠n

B v = Bsev u SE + Bnw
v
u NW + Bnev u NE + BTv (A2.14 c)

Ac(1 − f e ) Ab(1 − f n )
Bsev = − ∆y v
Bnw =− ∆x
δx n + δx s e δy e + δy w n

Ac(1 − f e ) Ab(1 − f n )
Bnev = ∆y + ∆x (A2.14 d)
δy n + δy s e δy e + δy w n

133
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

(
BTv = Tinc BT n
∆x + BT s
) (
∆x + Tn − BT n
)
∆x + Ts − BT ( s
∆x )
δy n+ δxe+
fn = fe = (A2.14 e)
δy n δx e

Volume Norte: N

BT T n

τ .
xy n

σ xx .w e . σ xx
w e
.s τ
xy

σ
yy
s
Figura A2.4 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle norte.

Substituindo as equações 3.5.4 nas equações de equilíbrio A2.15 para a direção x, tem-se:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ A⎢ a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y + ⎨ A⎢a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y +
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭e ⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭w
(A2.15 a)
⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
+ ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x = 0
⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ s

E para a direção y:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
+ ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x − BT T n ∆x + ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭s ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ w
(A2.15 b)
⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y = 0
⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ e

Substituindo as equações 3.5.11 e 3.5.12 nas equações A2.15 e escrevendo as equações

discretizadas em função dos deslocamentos u e v, tem-se então para o deslocamento uP do

ponto norte:

134
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

A up u P = Aeu u E + Awu uW + Asu u S + B u (A2.16)

Onde,

Aup = Aeu + Awu + Asu (A2.17 a)

⎛ Aa ⎞ ⎛ Aa ⎞ ⎛ Ac ⎞
Aeu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Awu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Asu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.17 b)
⎝ δx e ⎠ e ⎝ δx w ⎠w ⎝ δy s ⎠ s

B u = Bneu v NE + Bseu v SE + Bnw


u
v NW + Bsw
u
v SW + BTu (A2.17 c)

Ab(1 − f e ) Ab(1 − f e ) Ac(1 − f s )


Bneu = ∆y Bseu = − ∆y − ∆x
δy n + δy s e δy n + δy s e δx e + δx w s

Ab(1 − f w ) Ab(1 − f w ) Ac(1 − f s )


u
Bnw =− ∆y u
Bsw = ∆y + ∆x (A2.17 d)
δy n + δy s w δy n + δy s w δ x e + δx w s

(
BTu = Tinc BT e
∆y − BT w
) (
∆y + Te − BT e
) (
∆y + TW BT w
∆y )
δy s+ δxe+ δx w+
fs = fe = fw = (A2.17 e)
δy s δx e δx w

E para o deslocamento em v :

A pv v P = Aev v E + Awv vW + Asv vs + B v (A2.18)

Onde,

A vp = Aev + Awv + Asv (A2.19 a)

⎛ Ac ⎞ ⎛ Ac ⎞ ⎛ Aa ⎞
Aev = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Awv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Asv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.19 b)
⎝ δy e ⎠e ⎝ δy w ⎠w ⎝ δys ⎠ s

B v = Bnev u NE + Bsev u SE + Bnw


v
u NW + Bsw
v
u SW + BTv (A2.19 c)

Ac(1 − f e ) Ac(1 − f e ) Ab(1 − f s )


Bnev = ∆y Bsev = − ∆y − ∆x
δy n + δy s e δy n + δy s e δx e + δx w s

Ac(1 − f w ) Ac(1 − f w ) Ab(1 − f s )


v
Bnw =− ∆y v
Bsw = ∆y + ∆x (A2.19 d)
δy n + δy s w δy n + δy s w δx e + δx w s

135
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

(
BTv = Tinc − BT n
∆x − BT s
)
∆x + Tn BT( n
)
∆x + Ts BT ( s
∆x )
δy s+ δxe+ δx w+
fs = fe = fw = (A2.19 e)
δy s δx e δx w

Volume Nordeste: NE
BT T n

τ .
xy n

σ xx
.w e . BT T e
w
.s
τ
xy

σ
yy
s
Figura A2.5 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle nordeste.

Substituindo as equações 3.5.4 nas equações de equilíbrio 3.5.9 para a direção x, tem-se:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− BT T e ∆y + ⎨ A⎢a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y + ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x = 0 (A2.20 a)
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭w ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ s

E para a direção y:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− BT T n ∆x + ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x + ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y = 0 (A2.20 b)
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭s ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ w

Substituindo as equações 3.5.11 e 3.5.12 nas equações A2.20 e escrevendo as equações

discretizadas em função dos deslocamentos u e v, tem-se então para o deslocamento uP do

ponto nordeste:

A up u P = Awu uW + Asu u S + B u (A2.21)

Onde,

Aup = Awu + Asu (A2.22 a)

136
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

⎛ Aa ⎞ ⎛ Ac ⎞
Awu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Asu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.22 b)
⎝ δx w ⎠w δ
⎝ s ⎠s
y

B u = Bseu v SE + Bnw
u
v NW + Bsw
u
v SW + BTu (A2.22 c)

Ab(1 − f w ) Ac(1 − f s )
u
Bnw =− ∆y Bseu = − ∆x
δy n + δy s w δy e + δy w s

Ac(1 − f s ) Ab(1 − f w )
u
Bsw = ∆x + ∆y (A2.22 d)
δy e + δy w s δy n + δy s w

(
BTu = Tinc − BT w
∆y − BT e
)
∆y + Te (BT e ∆y ) + Tw BT ( w
∆y )
δy s+ δx w+
fs = fw = (A2.22 e)
δy s δx w

E para o deslocamento em v:

A pv v P = Awv vW + Asv vs + B v (A2.23)

Onde,

A vp = Awv + Asv (A2.24 a)

⎛ Ac ⎞ ⎛ Aa ⎞
Awv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Asv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.24 b)
⎝ δy w ⎠w ⎝ δys ⎠ s

B v = Bsev u SE + Bnw
v
u NW + Bsw
v
u SW + BTv (A2.24 c)

Ab(1 − f s ) Ac(1 − f w )
Bsev = − ∆x v
Bnw =− ∆y
δx e + δx w s δy n + δy s w

Ac(1 − f w ) Ab(1 − f s )
v
Bsw = ∆y + ∆x (A2.24 d)
δy n + δy s w δx e + δx w s

(
BTv = Tinc − BT n
∆x − BT s
)
∆x + Tn BT( n
) (
∆x + Ts BT s
∆x )
δy s+ δx w+
fs = fw = (A2.24 e)
δy s δx w

137
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

Volume Noroeste: NW
BT T n

n
BT T
σ
w
w e
xx e
s
σ xy
σ xy

σ
yy
s

Figura A2.6 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle noroeste

Substituindo as equações 3.5.4 nas equações de equilíbrio 3.5.9 para a direção x, tem-se:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
+ BT T ∆y − ⎨ A⎢a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y + ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x = 0 (A2.25 a)
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ s
w
⎭e

E para a direção y:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− BT T n ∆x + ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x − ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y = 0 (A2.25 b)
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭s ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ e

Substituindo as equações 3.5.11 e 3.5.12 nas equações A2.25 e escrevendo as equações

discretizadas em função dos deslocamentos u e v, tem-se então para o deslocamento uP do

ponto noroeste:

A up u P = Aeu u E + Asu u S + B u (A2.26)

Onde,

Aup = Aeu + Asu (A2.27 a)

⎛ Aa ⎞ ⎛ Ac ⎞
Aeu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Asu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.27 b)
⎝ δx e ⎠ e ⎝ δy s ⎠ s

B u = Bneu v NE + Bseu v NW + Bsw


u
v SW + BTu (A2.27 c)

138
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

Ab(1 − f e ) Ac(1 − f s )
Bneu = ∆y u
Bsw = ∆x
δy n + δy s e δy e + δy w s

Ab(1 − f e ) Ac(1 − f s )
Bseu = − ∆y − ∆x (A2.27 d)
δy n + δy s e δy e + δy w s

BTu = Tinc BT( w


∆y + BT e
)
∆y + Te − BT ( e
) (
∆y + Tw − BT w
∆y )
δy s+ δxe+
fs = fe = (A2.27 e)
δy s δx e

E para o deslocamento em v:

A pv v P = Aev v E + Asv vs + B v (A2.28)

Onde,

A vp = Aev + Asv (A2.29 a)

⎛ Ac ⎞ ⎛ Aa ⎞
Aev = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Asv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.29 b)
⎝ δy e ⎠ e ⎝ δys ⎠ s

B v = Bsw
v
u SW + Bnev u NE + Bsev u SE + BTv (A2.29 c)

Ab(1 − f s ) Ac(1 − f e )
v
Bsw =+ ∆x Bnev = ∆y
δx e + δx w s δy n + δy s e

Ab(1 − f s ) Ac(1 − f e )
Bsev = − ∆x − ∆y (A2.29 d)
δx e + δx w s δ x n + δx s e

(
BTv = Tinc − BT n
∆x − BT s
)
∆x + Tn BT ( n
) (
∆x + Ts BT s
∆x )
δy s+ δxe+
fs = fe = (A2.29 e)
δy s δx e

139
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

Volume Leste: E

σ
yy
n
σ xy

σ xy n
BT T e

w e
σ xx
w s

σ xy
σ
yy
s
Figura A2.7 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle leste.

Substituindo as equações 3.5.4 nas equações de equilíbrio 3.5.9 para a direção x, tem-se:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− BT T e ∆y + ⎨ A⎢a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y − ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭w ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ n
(A2.30 a)
⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
+ ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x = 0
⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ s

E para a direção y :

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x + ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭n ⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭s
(A2.30 b)
⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
+ ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y = 0
⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ w

Substituindo as equações 3.5.11 e 3.5.12 nas equações A2.30 e escrevendo as equações

discretizadas em função dos deslocamentos u e v, tem-se então para o deslocamento uP do

ponto leste:

A up u P = Anu u N + Awu uW + Asu u S + B u (A2.31)

Onde,

Aup = Anu + Awu + Asu (A2.32 a)

140
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

⎛ Ac ⎞ ⎛ Aa ⎞ ⎛ Ac ⎞
Anu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Awu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Asu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.32 b)
δ
⎝ n ⎠n
x ⎝ δx w ⎠w δ
⎝ s ⎠s
y

B u = Bneu v NE + Bseu v SE + Bnw


u
v NW + Bsw
u
v SW + BTu (A2.32 c)

Ac(1 − f n ) Ab(1 − f w ) Ac(1 − f n )


Bneu = ∆x u
Bnw =− ∆y − ∆x
δy e + δy w n δy n + δy s w δy e + δy w n

Ac(1 − f s ) Ab(1 − f w ) Ac(1 − f s )


Bseu = − ∆x u
Bsw = ∆y + ∆x (A2.32 d)
δy e + δy w s δy n + δy s w δ y e + δy w s

(
BTu = Tinc − BT w
∆y − BT e
)
∆y + Te + BT ( e
)
∆y + Tw + BT ( w
∆y )
δy n+ δy s+ δx w+
fn = fs = fw = (A2.32 e)
δy n δy s δx w

E para o deslocamento em v:

A pv v P = Anv v N + Awv vW + Asv vs + B v (A2.33)

Onde,

A vp = Anv + Awv + Asv (A2.34 a)

⎛ Ab ⎞ ⎛ Ac ⎞ ⎛ Ab ⎞
Anv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Awv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Asv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.34 b)
⎝ δ y n ⎠n ⎝ δ y w ⎠w ⎝ δys ⎠ s

B v = Bnev u NE + Bsev u SE + Bnw


v
u NW + Bsw
v
u SW + BTv (A2.34 c)

Ab(1 − f n ) Ab(1 − f n ) Ac(1 − f w )


Bnev = ∆x v
Bnw =− ∆x − ∆y
δy e + δy w n δy e + δy w n δy n + δy s w

Ab(1 − f s ) Ab(1 − f s ) Ac(1 − f w )


Bsev = − ∆x v
Bsw = ∆x + ∆y (A2.34 d)
δx e + δx w s δx e + δx w s δy n + δy s w

BTv = Tinc BT( n


∆x − BT s
)
∆x + Tn − BT ( n
)
∆x + Ts + BT ( s
∆x )
δy n+ δy s+ δx w+
fn = fs = fw = (A2.34 e)
δy n δy s δx w

141
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

Volume Oeste: W
σ xy

n
BT T
σ
w
w e xx e
s
σ xy
σ xy

σ
yy
s
Figura A2.8 – Sentidos das forças nas fronteiras do volume de controle oeste.

Substituindo as equações 3.5.4 nas equações de equilíbrio 3.5.9 para a direção x, tem-se:

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
+ BT T ∆y − ⎨ A ⎢ a + b ⎥ − BT T ⎬ ∆y − ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ n
w
⎭e
(A2.35 a)
⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
+ ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆x = 0
⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ s

E para a direção y :

⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫ ⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x + ⎨ A⎢b + a ⎥ − BT T ⎬ ∆x
⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭n ⎩ ⎣ ∂x ∂y ⎦ ⎭s
(A2.35 b)
⎧ ⎡ ∂u ∂v ⎤ ⎫
− ⎨ Ac ⎢ + ⎥ ⎬ ∆y = 0
⎩ ⎣ ∂y ∂x ⎦ ⎭ e

Substituindo as equações 3.5.11 e 3.5.12 nas equações A2.35 e escrevendo as equações

discretizadas em função dos deslocamentos u e v, tem-se então para o deslocamento uP do

ponto oeste:

A up u P = Anu u N + Aeu u E + Asu u S + B u (A2.36)

Onde,

Aup = Anu + Aeu + Asu (A2.37 a)

142
Anexo II – Equações Discretizadas para as Equações de Governo nos Volumes da
Fronteira no Cálculo dos Deslocamentos.

⎛ Ac ⎞ ⎛ Aa ⎞ ⎛ Ac ⎞
Anu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Aeu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Asu = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.37 b)
δ
⎝ n ⎠n
x δ
⎝ e ⎠e
x δ
⎝ s ⎠s
y

B u = Bneu v NE + Bseu v SE + Bnw


u
v NW + Bsw
u
v SW + BTu (A2.37 c)

Ac(1 − f n ) Ab(1 − f e ) Ac(1 − f n )


Bneu = ∆x + ∆y u
Bnw =− ∆x
δy e + δy w n δy n + δy s e δy e + δy w n

Ac(1 − f s ) Ab(1 − f e ) Ac(1 − f s )


Bseu = − ∆x − ∆y u
Bsw = ∆x (A2.37 d)
δy e + δy w s δy e + δy w e δy e + δy w s

(
BTu = Tinc + BT w
∆y + BT e
)
∆y + Te − BT( e
)
∆y + Tw − BT ( w
∆y )
δy n+ δy s+ δxe+
fn = fs = fe = (A2.37 e)
δy n δy s δx e

E para o deslocamento em v:

A pv v P = Anv v N + Aev v E + Asv vs + B v (A2.38)

Onde,

A vp = Anv + Aev + Asv (A2.39 a)

⎛ Aa ⎞ ⎛ Ac ⎞ ⎛ Aa ⎞
Anv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Aev = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆y ; Asv = ⎜⎜ ⎟⎟ ∆x (A2.39 b)
⎝ δ y n ⎠n ⎝ δ y e ⎠e ⎝ δys ⎠ s

B v = Bnev u NE + Bsev u SE + Bnw


v
u NW + Bsw
v
u SW + BTv (A2.39 c)

Ab(1 − f n ) Ac(1 − f e ) Ab(1 − f n )


Bnev = ∆x + ∆y v
Bnw =− ∆x
δy e + δy w n δy n + δy s e δy e + δy w n

Ab(1 − f s ) Ac(1 − f e ) Ab(1 − f s )


Bsev = − ∆x − ∆y v
Bsw = ∆x (A2.39 d)
δx e + δx w s δ x n + δx s e δx e + δx w s

BTv = Tinc BT( n


∆x − BT s
)
∆x + Tn − BT( n
)
∆x + Ts + BT ( s
∆x )
δy n+ δy s+ δxe+
fn = fs = fe = (A2.39 e)
δy n δy s δx e

143
ANEXO III – Deduções das Equações do Estado Plano de Deformação e Estado Plano
de Tensão

ANEXO III – DEDUÇÕES DAS EQUAÇÕES DO ESTADO PLANO DE

DEFORMAÇÃO E ESTADO PLANO DE TENSÃO

A3.1 – Estado Plano de Deformação

Da Lei de Hooke generalizada temos,

σx σy σz
εx = −ν −ν +α T
E E E
σy σx σz
εy = −ν −ν +α T
E E E
2(1 + ν )
2ε xy = γ xy = τ xy
E
σz ν ν σz ν ν
e εz =0= −σ x −σ y +α T → = +σ x +σ y −α T
E E E E E E

Substituindo em εx ,

σx σy ⎛ ν ν ⎞
εx = −ν −ν ⎜σ x + σ y − α T ⎟ + α T
E E ⎝ E E ⎠

(1 − ν ²) ν (1 + ν )
εx = σx − σ y + (1 + ν )α T
E E

e para ε y :

εy =
− ν (1 + ν )
σx +
(1 − ν ² ) σ + (1 + ν )α T
y
E E

Logo
67 a8 647 b4 8
ν (1 + ν ) 647 c4 8
(1 − ν ²) ⎧ b
εx = σx − σ y + (1 + ν )α T ⎪ε x = aσ x − bσ y + c → ∗
E E ⎨ a
εy =
− ν (1 + ν )
σx +
(1 − ν ² ) σ + (1 + ν )α T ⎪ε y = −bσ x + aσ y + c

y
E E

⎧b b² b
⎪ ε x = bσ x − σ y + c
então ⎨ a a a
⎪ε y = −bσ x + aσ y + c

144
ANEXO III – Deduções das Equações do Estado Plano de Deformação e Estado Plano
de Tensão

b ⎛ b² ⎞ ⎛b ⎞ a ⎡b ⎛a+b⎞ ⎤
ε x + ε y = 0 + ⎜ a − ⎟σ y + ⎜ + 1⎟c → σ y = ⎢ εx +εy −⎜ ⎟c ⎥
a ⎝ a⎠ ⎝a ⎠ a ² − b² ⎣ a ⎝ a ⎠ ⎦
b a a+b
σy = εx + εy − c
1² −2
a4 ²3 1
b4 ² −2
a4 b ²4
3 1 ²−
a42b4

α β γ
b ν
Com α= e b = (1 + ν )
a ² − b² E
1 −ν ²
a=
E
c = (1 + ν )α T
b
α=
a − b2
2

ν (1 + ν ) / E ν (1 + ν )E ν (1 + ν )E
α= = =
(1 − ν ² ) / E − (1 − ν ) ν / E (1 − ν ² ) − (1 − ν ) ν [(1 − ν )(1 + ν )]2 − (1 − ν )2ν 2
2 2 2 2 2 2 2 2

Eν (1 + ν ) Eν Eν
α= = =
2 2 2 2 2
[
(1 − ν ) (1 + ν ) − (1 − ν ) ν (1 − ν ) (1 + ν ) − (1 − ν )ν (1 + ν )(1 − ν )2 − ν 2
2
]
Eν Eν
α= =
(1 + ν )[1 − 2ν + ν ² − ν ] (1 + ν )(1 − 2ν )
2

a
β=
a − b2
2

β=
(1 − ν ² ) / E =
ν (1 − ν ² )E
=
E (1 + ν )(1 − ν )
(1 − ν ² ) / E ² − (1 + ν ) ν / E 2 (1 − ν ² ) − (1 + ν ) ν 2 [(1 − ν )(1 + ν )]2 − (1 + ν )2ν 2
2 2 2 2 2

E (1 + ν )(1 − ν ) E (1 − ν ) E (1 − ν )
β= = =
(1 − ν ) (1 + ν ) − (1 + ν ) ν (1 − ν ) (1 + ν ) − (1 + ν )ν 2 (1 + ν )([ 1 − ν )2 − ν 2 ]
2 2 2 2 2

E (1 − ν ) E (1 − ν )
β= =
(1 + ν )[1 − 2ν + ν ² − ν ] (1 + ν )(1 − 2ν )
2

a+b a+b
γ = =
a ² + b² (a + b)(a − b)
1 E E
γ = = =
(1 − ν ² ) / E − ν (1 + ν ) / E (1 − ν ² ) − ν (1 + ν ) (1 − ν )(1 + ν ) − ν (1 + ν )
E E
γ = =
(1 − ν − ν )(1 + ν ) (1 − 2ν )(1 + ν )
Logo:

σ y = αε x + βε y − γ c

145
ANEXO III – Deduções das Equações do Estado Plano de Deformação e Estado Plano
de Tensão

Eν E (1 − ν ) E (1 + ν )
σy = εx + εy − αT
(1 + ν )(1 − 2ν ) (1 + ν )(1 − 2ν ) (1 + ν )(1 − 2ν )

Por conseguinte,

E (1 − ν ) Eν E (1 + ν )
σ = εx + εy − αT
x (1 + ν )(1 − 2ν ) (1 + ν )(1 − 2ν ) (1 − 2ν )(1 + ν )
A tensão cisalhante,

2(1 + ν ) E
2ε xy = τ xy → τ xy = ε xy
E 2(1 + ν )

Assim

⎡ E (1 − ν ) Eν ⎤ ⎧ E ⎫
⎢ 0 ⎥ αT⎪
⎧σ x ⎫ ⎢ (1 − 2ν )(1 + ν ) (1 − 2ν )(1 + ν ) ⎪
⎥ ⎧ ε x ⎫ ⎪1 − 2ν
⎪ ⎪ ⎢ Eν E (1 − ν ) ⎪ ⎪ ⎪ E ⎪⎪
⎨σ y ⎬ = ⎢ 0 ⎥⎨ ε y ⎬ − ⎨ αT⎬
⎪τ ⎪ ⎢ (1 − 2ν )(1 + ν ) (1 − 2ν )(1 + ν ) ⎥⎪ ⎪ ⎪1 − 2ν ⎪
⎩ xy ⎭ E ⎥ ⎩2ε xy ⎭ ⎪ 0 ⎪
⎢ 0 0 ⎥ ⎪ ⎪⎭
⎢⎣ 2(1 + ν ) ⎦⎥ ⎩

⎡ ⎤
⎢ 67 a´8 b}´ ⎥ ⎧ E ⎫
⎢ ⎥ ⎪ αT⎪
⎧σ x ⎫ 6447A
4 48 (1 − ν ) ν 0 ⎧ ε x ⎫ 1 − 2ν
⎪ ⎪ E ⎢ ⎥⎪ ⎪ ⎪⎪ E ⎪⎪
σ
⎨ y⎬ = ⎢ υ (1 − ν ) 0 ⎥ ε −
⎨ y ⎬ ⎨ α T ⎬
⎪τ ⎪ (1 + ν )(1 − 2ν ) ⎢ 1 − 2ν ⎥ ⎪2ε ⎪ ⎪1 − 2ν ⎪
⎩ xy ⎭ ⎢ 0 0 ⎥ ⎩ xy ⎭ ⎪ 0 ⎪
⎢ 12 23 ⎥ ⎪⎩ ⎪⎭
⎢⎣ c´ ⎥⎦

⎧ E ⎫
⎪ αT⎪
⎧σ x ⎫ ⎡a ´
b ´
0 ⎤ ⎧ ε x ⎫ 1 − 2ν
⎪ ⎪ ⎢ ⎥⎪ ⎪ ⎪⎪ E ⎪⎪
⎨σ y ⎬ = A⎢b ´ a´ 0 ⎥⎨ ε y ⎬ − ⎨ αT⎬
⎪τ ⎪ 1 − 2ν
⎩ xy ⎭
⎢0
⎣ 0 c ´ ⎥⎦ ⎪⎩2ε xy ⎪⎭ ⎪ 0

⎪ ⎪
⎪⎩ ⎪⎭

Logo, para Estado Plano de Deformações:

σ x = A[a ´ε x + b´ε y ] −
E E
αT A=
1 − 2ν (1 + ν )(1 − 2ν )
a ′ =1 − ν
σ x = A[b´ε x + a ´ε y ]
E
− αT
1 − 2ν b′ =ν
σ x = Ac ´ 2ε xy 1 − 2ν
c′ =
2
146
ANEXO III – Deduções das Equações do Estado Plano de Deformação e Estado Plano
de Tensão

A3.2 – Estado Plano de Tensão

Considerando-se as tensões nulas no plano z, ou seja, σz = τzx = τzy = 0 , a Lei de Hooke

torna-se:

σx σy
εx = −ν +αT
E E
σy σx
εy = −ν +αT
E E
2(1 + ν )
2ε xy = γ xy = τ xy
E

De modo semelhante ao estado plano de deformação,

a
} b
}
}c
1 ν
εx = σ x − σ y +α T ⎧⎪ε x = aσ x − bσ y + c
E E ⎨
−ν 1 ⎪⎩ε y = −bσ x + aσ y + c
εy = σ x + σ y + (1 + ν )α T
E E

1 ν
Onde: a = b= c =αT
E E

b a a+b
Assim: σ y = ε + 2 2 εy − 2 2 c
a −b
2 2 x
a −b a −b

Com:

b a
α= β=
a − b2 2
a − b2
2

ν /E νE 1/ E E
α= = β= =
1/ E −ν / E
2 2 2
1 −ν 2 1/ E −ν / E
2 2 2
1 −ν 2

γ =
a+b
=
(a + b ) = 1
a −b
2 2
(a + b )(a − b ) a − b
1/ E E
γ = =
1 / E −ν / E 1 −ν

Substituindo:

νE E E
σ = εx + εy − αT
y 1 −ν 2
1 −ν 2
1 −ν

147
ANEXO III – Deduções das Equações do Estado Plano de Deformação e Estado Plano
de Tensão

por conseguinte:

E Eυ E
σ = εx + εy − αT
x 1 −ν 2
1 −ν 2
1 −ν

A tensão cisalhante:

τ xy =
E
2(1 + ν )
(
2ε xy )
Ou seja:

⎡ E Eν ⎤ ⎧ E ⎫
αT⎪
⎢ (
⎧σ x ⎫ ⎢ 1 − ν
2
) ( 1 −ν 2 ) 0 ⎥ ⎪
⎥ ⎧ ε x ⎫ ⎪1 − 2ν ⎪⎪
⎪ ⎪ ⎢ Eυ ⎪ ⎪ ⎪ E
0 ⎥⎨ ε y ⎬ − ⎨
E
⎨σ y ⎬ = ⎢ αT⎬
⎪τ ⎪ ⎢ 1 − ν( 2
) ( 1 −ν 2 ) ⎥
⎪ ⎪ ⎪1 − 2ν ⎪
⎩ xy ⎭ E ⎥ ⎩2ε xy ⎭ ⎪ 0 ⎪
⎢ 0 0 ⎥ ⎪⎩ ⎪⎭
⎣⎢ 2(1 + ν ) ⎦⎥

⎡ ´ ´ ⎤
⎢a} b} ⎥ ⎧ E ⎫
⎪ αT⎪
⎧σ x ⎫ 6 474
A
8⎢ 1 ν 0 ⎥ ⎧ ε x ⎫ 1 − 2ν
⎪ ⎪ E ⎢ ⎥⎪ ⎪ ⎪⎪ E ⎪⎪
σ
⎨ y⎬ = 2 ⎢
υ 1 0 ε
⎥⎨ y ⎬ ⎨ − α T ⎬
⎪τ ⎪ (1 + ν ) ⎢ 0 0 1 − ν ⎥ ⎪2ε ⎪ ⎪1 − 2ν ⎪
⎩ xy ⎭ ⎢ 2 ⎥ ⎩ xy ⎭
⎪ 0 ⎪
{ ⎪ ⎪⎭
⎢ ⎥ ⎩
⎣ c´ ⎦

⎧ E ⎫
⎪ αT⎪
⎧σ x ⎫ ⎡a ´

0 ⎤ ⎧ ε x ⎫ 1 − 2ν
⎪ ⎪ ⎢ ⎥⎪ ⎪ ⎪⎪ E ⎪⎪
⎨σ y ⎬ = A⎢b ´ a´ 0 ⎥⎨ ε y ⎬ − ⎨ αT⎬
⎪τ ⎪ 1 − 2ν
⎩ xy ⎭
⎢0
⎣ 0 c ´ ⎥⎦ ⎪⎩2ε xy ⎪⎭ ⎪ 0

⎪ ⎪
⎩⎪ ⎭⎪

Logo, para Estado Plano de Tensões:

σ x = A[a ´ε x + b´ε y ] −
E E
αT A=
(1 − ν ) 1 −ν 2
a′ = 1
σ x = A[b ´ε x + a ´ε y ]
E
− αT
(1 − ν ) b′ = ν
σ x = Ac ´ (2ε xy ) c′ =
1 −ν
2

148
Anexo IV – Tabelas dos Valores Utilizados nos Gráficos

ANEXO IV – TABELAS DOS VALORES UTILIZADOS NOS GRÁFICOS

Tabela A4.1 – Gráfico da Figura 2.5.1.1.1


Tempo (segundos) Temperatura (adimensional)
0 1,00
1 0,55
2 0,31
3 0,17
4 0,09
5 0,05
6 0,03
7 0,02
8 0,01
9 0,00
10 0,00

Tabela A4.2 – Gráfico da Figura 2.5.1.2.1


Tempo Deltat 0,1 Deltat 0,01 Deltat 0,001 Analítico
(segundos) (adimensional) (adimensional) (adimensional) (adimensional)
0 1,00 1,00 1,00 1,00
1 0,56 0,56 0,55 0,55
2 0,32 0,31 0,31 0,31
3 0,18 0,17 0,17 0,17
4 0,10 0,10 0,09 0,09
5 0,06 0,05 0,05 0,05
6 0,03 0,03 0,03 0,03
7 0,02 0,02 0,02 0,02
8 0,01 0,01 0,01 0,01
9 0,01 0,01 0,00 0,00
10 0,00 0,00 0,00 0,00

149
Anexo IV – Tabelas dos Valores Utilizados nos Gráficos

Tabela A4.3 – Gráfico da Figura 2.5.1.2.2


Deltat Erro Médio Quadrático
(segundos)
0,1 0,005686
0,01 0,000589
0,001 0,000071

Tabela A4.4 – Gráfico da Figura 2.5.2.1


Tempo (segundos) Numérico (adimensional) EDQ (adimensional)
0 1,00000000 1,00000000
1 0,26116519 0,26103732
2 0,06090698 0,06088738
3 0,01411004 0,01420208
4 0,00322723 0,00331266
5 0,00072798 0,00077268
6 0,00016228 0,00018023
7 0,00003584 0,00004204
8 0,00000786 0,00000981
9 0,00000172 0,00000229
10 0,00000037 0,00000053

Tabela A4.5 – Gráfico da Figura 2.5.2.2


Tempo (segundos) Numérico (centro) EDQ (centro) Numérico (superfície) EDQ (superfície)
0 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
0,2 0,999505 0,999609 0,256599 0,257080
0,4 0,985469 0,986618 0,189922 0,190221
0,6 0,946577 0,948080 0,157779 0,157967
0,8 0,892548 0,894004 0,137737 0,137882
1 0,833045 0,834342 0,123378 0,123507
2 0,564365 0,564997 0,079960 0,080046
3 0,378007 0,378309 0,053461 0,053504
4 0,253072 0,253195 0,035789 0,035807
5 0,169425 0,169457 0,023960 0,023965
6 0,113426 0,113412 0,016040 0,016039
7 0,075936 0,075904 0,010739 0,010734
8 0,050837 0,050800 0,007189 0,007184
9 0,034034 0,033999 0,004813 0,004808
10 0,022785 0,022755 0,003222 0,003218

150
Anexo IV – Tabelas dos Valores Utilizados nos Gráficos

Tabela A4.6 – Gráfico da Figura 2.5.2.3


Tempo (segundos) Numérico (centro) EDQ (centro) Numérico (superfície) EDQ (superfície)
0 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
0,2 1,000000 1,000000 0,081470 0,065585
0,4 1,000000 1,000000 0,060793 0,056051
0,6 1,000000 1,000000 0,050426 0,049041
0,8 1,000000 1,000000 0,044001 0,043763
1 1,000000 1,000000 0,039532 0,039693
2 0,999015 0,999306 0,028201 0,028447
3 0,992316 0,993423 0,023093 0,023252
4 0,976510 0,978186 0,020028 0,020147
5 0,952483 0,954426 0,017927 0,018025
6 0,922695 0,924702 0,016369 0,016453
7 0,889457 0,891418 0,015147 0,015222
8 0,854494 0,856356 0,014145 0,014214
9 0,818983 0,820725 0,013294 0,013359
10 0,783689 0,785308 0,012550 0,012612

Tabela A4.7 – Gráfico da Figura 2.5.2.4


Tempo (segundos) Numérico (adimensional) EDQ (adimensional) Heiler (adimensional)
0 1,00000000 1,00000000 1,000000
1 0,26116519 0,26103732 0,260000
2 0,06090698 0,06088738 0,059000
3 0,01411004 0,01420208 0,014000
4 0,00322723 0,00331266 0,003100
5 0,00072798 0,00077268 0,000700

Tabela A4.8 – Gráfico da Figura 2.5.3.2


Tempo Central_artigo Superfície_Artigo Centro_Numérico Superfície_Numérico
(segundos) (ºC) (ºC) (ºC) (ºC)
0 540 540 540,00 540,00
1 536 443 477,80 293,87
2 453 158 394,22 236,00
3 257 118 320,39 191,42
4 186 105 257,59 153,88
5 152 102 204,80 122,34
6 130 93 161,26 96,33
7 112 87 126,00 75,27
8 105 80 97,86 58,46
9 93 74 75,67 45,20
10 87 71 58,32 34,84

151
Anexo IV – Tabelas dos Valores Utilizados nos Gráficos

Tabela A4.9 – Gráfico da Figura 3.5.6.2


Espessura. Instante Instante Instante Instante
Z(m) 0,2s (Pa) 0,4s (Pa) 0,6s (Pa) 0,8s (Pa)
0,050 198,5E+6 110,4E+6 61,3E+6 33,5E+6
0,045 79,3E+6 45,9E+6 25,6E+6 14,0E+6
0,040 -13,8E+6 -6,2E+6 -3,4E+6 -1,8E+6
0,035 -79,6E+6 -44,4E+6 -24,7E+6 -13,5E+6
0,030 -118,5E+6 -67,8E+6 -37,7E+6 -20,6E+6
0,025 -131,4E+6 -75,7E+6 -42,1E+6 -23,0E+6
0,020 -118,5E+6 -67,8E+6 -37,7E+6 -20,6E+6
0,015 -79,6E+6 -44,4E+6 -24,7E+6 -13,5E+6
0,010 -13,8E+6 -6,2E+6 -3,4E+6 -1,8E+6
0,005 79,3E+6 45,9E+6 25,6E+6 14,0E+6
0,000 198,5E+6 110,4E+6 61,3E+6 33,5E+6

Tabela A4.10 – Gráfico da Figura 3.5.6.3


Espessura Instante 0,3 Instante 1 Instante 3 Instante 5 Instante 7 Instante 9
Z(metros) segundos segundos segundos segundos segundos segundos
0,050 555,99 913,96 750,12 531,38 369,90 255,15
0,045 -92,43 -37,04 150,67 164,63 135,45 101,69
0,040 -130,95 -230,29 -160,81 -81,83 -40,70 -20,75
0,035 -132,50 -255,69 -274,73 -210,55 -149,73 -103,87
0,030 -132,54 -258,17 -306,36 -263,55 -204,10 -149,74
0,025 -132,54 -258,36 -312,17 -276,94 -219,95 -164,09
0,020 -132,54 -258,17 -306,36 -263,55 -204,10 -149,74
0,015 -132,50 -255,69 -274,73 -210,55 -149,73 -103,87
0,010 -130,95 -230,29 -160,81 -81,83 -40,70 -20,75
0,005 -92,43 -37,04 150,67 164,63 135,45 101,69
0,000 555,99 913,96 750,12 531,38 369,90 255,15

152
Anexo IV – Tabelas dos Valores Utilizados nos Gráficos

Tabela A4.11 – Gráfico das Figuras 4.4.1 e 4.4.2


Tempo Tempo Ponto do Ponto da Ponto do Ponto da Ponto do Ponto da
Centro Superfície Centro Superfície Centro Superfície
Lu Lu Collin Collin Timoshenko Timoshenko
(s) (ad) (ad) (ad) (ad) (ad) (ad) (ad)
0,00 0,00 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,67 0,01 -0,0078 0,0988 -0,0123 0,0881 -0,0123 0,0881
1,35 0,02 -0,0176 0,1240 -0,0222 0,1177 -0,0222 0,1177
2,02 0,03 -0,0263 0,1424 -0,0312 0,1364 -0,0312 0,1364
2,70 0,04 -0,0346 0,1563 -0,0399 0,1501 -0,0399 0,1501
3,37 0,05 -0,0424 0,1669 -0,0480 0,1605 -0,0480 0,1605
4,05 0,06 -0,0498 0,1754 -0,0556 0,1688 -0,0556 0,1688
4,72 0,07 -0,0566 0,1821 -0,0626 0,1754 -0,0626 0,1754
5,40 0,08 -0,0629 0,1877 -0,0690 0,1809 -0,0690 0,1809
6,07 0,09 -0,0684 0,1923 -0,0747 0,1853 -0,0747 0,1853
6,75 0,10 -0,0735 0,1960 -0,0799 0,1890 -0,0799 0,1890
8,10 0,12 -0,0819 0,2015 -0,0884 0,1944 -0,0884 0,1944
9,45 0,14 -0,0883 0,2051 -0,0949 0,1979 -0,0949 0,1979
10,80 0,16 -0,0931 0,2072 -0,0998 0,1999 -0,0998 0,1999
12,15 0,18 -0,0966 0,2081 -0,1033 0,2009 -0,1033 0,2009
13,50 0,20 -0,0985 0,2082 -0,1058 0,2010 -0,1058 0,2010
16,87 0,25 -0,1018 0,2058 -0,1085 0,1988 -0,1085 0,1988
20,25 0,30 -0,1017 0,2012 -0,1082 0,1944 -0,1082 0,1944
23,62 0,35 -0,1000 0,1955 -0,1064 0,1889 -0,1064 0,1889
27,00 0,40 -0,0974 0,1893 -0,1036 0,1829 -0,1036 0,1829
30,37 0,45 -0,0945 0,1829 -0,1005 0,1767 -0,1005 0,1767
33,75 0,50 -0,0914 0,1766 -0,0972 0,1706 -0,0972 0,1706

153
Anexo IV – Tabelas dos Valores Utilizados nos Gráficos

Tabela A4.12 – Gráficos das Figuras 4.4.3 e 4.4.5


Tempo Tempo Ponto do Ponto da Ponto do Ponto da Ponto do Ponto da
Centro Superfície Centro Superfície Centro Superfície
Lu Lu Collin Collin Timoshenko Timoshenko
(s) (ad) (ad) (ad) (ad) (ad) (ad) (ad)
0,00 0,00 0,000 0,0000 0,0000 0,0000 0,000 0,0000
0,67 0,01 -0,0442 0,5328 -0,0740 0,4974 -0,0740 0,4974
1,35 0,02 -0,0910 0,5729 -0,1136 0,5511 -0,1136 0,5511
2,02 0,03 -0,1235 0,5888 -0,1448 0,5683 -0,1448 0,5683
2,70 0,04 -0,1508 0,5935 -0,1717 0,5731 -0,1717 0,5731
3,37 0,05 -0,1739 0,5922 -0,1943 0,5719 -0,1943 0,5719
4,05 0,06 -0,1939 0,5875 -0,2138 0,5674 -0,2138 0,5674
4,72 0,07 -0,2103 0,5810 -0,2297 0,5610 -0,2297 0,5610
5,40 0,08 -0,2238 0,5731 -0,2427 0,5534 -0,2427 0,5534
6,07 0,09 -0,2342 0,5646 -0,2527 0,5452 -0,2527 0,5452
6,75 0,10 -0,2423 0,5555 -0,2603 0,5364 -0,2603 0,5364
8,10 0,12 -0,2522 0,5367 -0,2694 0,5182 -0,2694 0,5182
9,45 0,14 -0,2558 0,5174 -0,2723 0,4996 -0,2723 0,4996
10,80 0,16 -0,2551 0,4982 -0,2709 0,4810 -0,2709 0,4810
12,15 0,18 -0,2515 0,4792 -0,2667 0,4628 -0,2667 0,4628
13,50 0,20 -0,2460 0,4607 -0,2607 0,4449 -0,2607 0,4449
16,87 0,25 -0,2281 0,4170 -0,2414 0,4027 -0,2414 0,4027
20,25 0,30 -0,2082 0,3768 -0,2203 0,3639 -0,2203 0,3639
23,62 0,35 -0,1890 0,3404 -0,1999 0,3288 -0,1999 0,3288
27,00 0,40 -0,1710 0,3074 -0,1809 0,2969 -0,1809 0,2969
30,37 0,45 -0,1546 0,2776 -0,1635 0,2682 -0,1635 0,2682
33,75 0,50 -0,1396 0,2506 -0,1477 0,2421 -0,1477 0,2421

154
Anexo IV – Tabelas dos Valores Utilizados nos Gráficos

Tabela A4.13 – Gráficos das Figuras 4.4.4 e 4.4.6

Tempo Centro Superfície Centro Superfície


Biot = 1 Biot = 1 Biot = 10 Biot = 10
(segundos) (ºC) (ºC) (ºC) (ºC)
0,00 600,00 600,00 600,00 600,00
0,67 600,00 539,73 600,00 257,14
1,35 600,00 516,05 600,00 201,19
2,02 599,99 499,44 599,95 172,08
2,70 599,95 485,95 599,68 152,82
3,37 599,81 474,75 598,86 139,13
4,05 599,49 464,84 597,19 128,47
4,72 598,96 456,16 594,52 120,08
5,40 598,15 448,21 590,73 113,06
6,07 597,07 441,05 585,97 107,24
6,75 595,68 434,36 580,20 102,16
8,10 592,13 422,44 566,45 93,91
9,45 587,64 411,94 550,48 87,36
10,80 582,37 402,53 533,14 81,96
12,15 576,50 393,97 515,07 77,38
13,50 570,16 386,10 496,73 73,38
16,87 553,01 368,65 451,55 65,11
20,25 534,87 353,31 408,86 58,32
23,62 516,56 339,42 369,72 52,48
27,00 498,38 326,47 333,99 47,31
30,37 480,63 314,29 301,71 42,70
33,75 463,33 302,67 272,43 38,54

155
Anexo IV – Tabelas dos Valores Utilizados nos Gráficos

Tabela A4.14 – Gráficos das Figuras 4.4.7


MVF Lu Collin MVF_H MVF Lu Collin MVF_H
Tempo Superfície Superfície Superfície Superfície Centro Centro Centro Centro
(s) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa)
0,0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0
0,2 38,80E+6 126,69E+6 40,00E+6 39,24E+6 -9,10E+6 -4,02E+6 -8,38E+6 -7,30E+6
0,4 70,52E+6 148,59E+6 73,33E+6 71,91E+6 -17,20E+6 -3,88E+6 -16,03E+6 -17,50E+6
0,6 96,53E+6 167,67E+6 101,38E+6 99,32E+6 -24,50E+6 -10,75E+6 -23,09E+6 -25,20E+6
0,8 118,03E+6 184,41E+6 125,20E+6 122,55E+6 -31,20E+6 -16,87E+6 -29,69E+6 -32,40E+6
1,0 135,92E+6 199,22E+6 145,62E+6 142,45E+6 -37,40E+6 -22,47E+6 -35,90E+6 -39,20E+6
1,5 169,12E+6 229,71E+6 185,73E+6 181,32E+6 -51,00E+6 -35,05E+6 -50,13E+6 -54,70E+6
2,0 191,23E+6 253,42E+6 215,17E+6 209,64E+6 -62,70E+6 -46,57E+6 -63,02E+6 -68,80E+6
3,0 216,80E+6 288,03E+6 255,79E+6 248,26E+6 -82,00E+6 -68,11E+6 -86,06E+6 -93,90E+6
4,0 229,04E+6 312,06E+6 282,87E+6 273,58E+6 -97,00E+6 -87,96E+6 -106,25E+6 -115,90E+6
5,0 234,10E+6 329,50E+6 302,28E+6 291,44E+6 -108,60E+6 -105,74E+6 -123,90E+6 -135,20E+6
6,0 235,13E+6 342,43E+6 316,67E+6 304,51E+6 -117,20E+6 -121,19E+6 -139,12E+6 -151,80E+6
8,0 229,89E+6 359,18E+6 335,63E+6 321,39E+6 -127,10E+6 -145,25E+6 -162,87E+6 -177,70E+6
10,0 219,65E+6 367,88E+6 345,98E+6 330,34E+6 -130,00E+6 -161,51E+6 -179,09E+6 -195,40E+6
12,0 207,22E+6 371,39E+6 350,81E+6 334,28E+6 -128,30E+6 -171,89E+6 -189,52E+6 -206,80E+6
14,0 194,02E+6 371,39E+6 351,90E+6 334,85E+6 -123,80E+6 -178,02E+6 -195,70E+6 -213,60E+6
16,0 369,01E+6 350,43E+6 333,14E+6 000,00E+0 -181,13E+6 -198,82E+6 -217,00E+6
18,0 365,01E+6 347,21E+6 329,87E+6 -182,13E+6 -199,76E+6 -218,10E+6
20,0 359,92E+6 342,78E+6 325,53E+6 -181,66E+6 -199,16E+6 -217,40E+6

Tabela A4.15 – Gráficos das Figuras 4.4.8


MVF Lu Collin MVF_H MVF Lu Collin MVF_H
Tempo Superfície Superfície Superfície Superfície Centro Centro Centro Centro
(s) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa)
0,0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0 000,00E+0
0,2 38,80E+6 126,69E+6 40,00E+6 39,24E+6 -9,10E+6 -4,02E+6 -8,38E+6 -7,30E+6
0,4 70,52E+6 148,59E+6 73,33E+6 71,91E+6 -17,20E+6 -3,88E+6 -16,03E+6 -17,50E+6
0,6 96,53E+6 167,67E+6 101,38E+6 99,32E+6 -24,50E+6 -10,75E+6 -23,09E+6 -25,20E+6
0,8 118,03E+6 184,41E+6 125,20E+6 122,55E+6 -31,20E+6 -16,87E+6 -29,69E+6 -32,40E+6
1,0 135,92E+6 199,22E+6 145,62E+6 142,45E+6 -37,40E+6 -22,47E+6 -35,90E+6 -39,20E+6
1,5 169,12E+6 229,71E+6 185,73E+6 181,32E+6 -51,00E+6 -35,05E+6 -50,13E+6 -54,70E+6
2,0 191,23E+6 253,42E+6 215,17E+6 209,64E+6 -62,70E+6 -46,57E+6 -63,02E+6 -68,80E+6
2,5 216,80E+6 288,03E+6 255,79E+6 248,26E+6 -82,00E+6 -68,11E+6 -86,06E+6 -93,90E+6
3,0 229,04E+6 312,06E+6 282,87E+6 273,58E+6 -97,00E+6 -87,96E+6 -106,25E+6 -115,90E+6
3,5 234,10E+6 329,50E+6 302,28E+6 291,44E+6 -108,60E+6 -105,74E+6 -123,90E+6 -135,20E+6
4,0 235,13E+6 342,43E+6 316,67E+6 304,51E+6 -117,20E+6 -121,19E+6 -139,12E+6 -151,80E+6
5,0 229,89E+6 359,18E+6 335,63E+6 321,39E+6 -127,10E+6 -145,25E+6 -162,87E+6 -177,70E+6
6,0 219,65E+6 367,88E+6 345,98E+6 330,34E+6 -130,00E+6 -161,51E+6 -179,09E+6 -195,40E+6
7,0 207,22E+6 371,39E+6 350,81E+6 334,28E+6 -128,30E+6 -171,89E+6 -189,52E+6 -206,80E+6
8,0 194,02E+6 371,39E+6 351,90E+6 334,85E+6 -123,80E+6 -178,02E+6 -195,70E+6 -213,60E+6
9,0 369,01E+6 350,43E+6 333,14E+6 -181,13E+6 -198,82E+6 -217,00E+6
10,0 365,01E+6 347,21E+6 329,87E+6 -182,13E+6 -199,76E+6 -218,10E+6
11,0 359,92E+6 342,78E+6 325,53E+6 -181,66E+6 -199,16E+6 -217,40E+6

156
Anexo IV – Tabelas dos Valores Utilizados nos Gráficos

Tabela A4.16 – Gráficos das Figuras 4.4.9


Z(m) MVF_ H (Pa) MVF (Pa) Collin (Pa) Lu (Pa)
0,050 99,3E+6 96,53E+6 101,38E+6 167,67E+6
0,045 -12,1E+6 -11,79E+6 10,02E+6 97,15E+6
0,040 -24,2E+6 -23,55E+6 -22,13E+6 -9,21E+6
0,035 -25,1E+6 -24,44E+6 -23,04E+6 -9,09E+6
0,030 -25,2E+6 -24,48E+6 -23,09E+6 -11,65E+6
0,025 -25,2E+6 -24,48E+6 -23,09E+6 -11,83E+6
0,020 -25,2E+6 -24,48E+6 -23,09E+6 -11,65E+6
0,015 -25,1E+6 -24,44E+6 -23,04E+6 -9,09E+6
0,010 -24,2E+6 -23,55E+6 -22,13E+6 -9,21E+6
0,005 -12,1E+6 -11,79E+6 10,02E+6 97,15E+6
0,000 99,3E+6 96,53E+6 101,38E+6 167,67E+6

Tabela A4.17 – Gráficos das Figuras 4.4.10


Z(m) MVF_ H (Pa) MVF (Pa) Collin (Pa) Lu (Pa)
0,050 705,7E+6 530,95E+6 718,69E+6 939,72E+6
0,045 -78,4E+6 -59,30E+6 -63,29E+6 59,08E+6
0,040 -173,1E+6 -130,28E+6 -158,00E+6 30,85E+6
0,035 -180,6E+6 -135,87E+6 -165,50E+6 -28,48E+6
0,030 -181,0E+6 -136,21E+6 -165,94E+6 -60,94E+6
0,025 -181,0E+6 -136,21E+6 -165,96E+6 -68,22E+6
0,020 -181,0E+6 -136,21E+6 -165,94E+6 -60,94E+6
0,015 -180,6E+6 -135,87E+6 -165,50E+6 -28,48E+6
0,010 -173,1E+6 -130,28E+6 -158,00E+6 30,85E+6
0,005 -78,4E+6 -59,30E+6 -63,29E+6 59,08E+6
0,000 705,7E+6 530,95E+6 718,69E+6 939,72E+6

157
Anexo V – Distribuição dos Deslocamentos em cada Camada na Espessura

ANEXO V – DISTRIBUIÇÃO DOS DESOCAMENTOS EM CADA CAMADA NA ESPESSURA

Tabela A5.1 – Deslocamentos u na Camada 1


11 .000814823 .000656684 .000486127 .000321731 .000160278 .000000000 -.000160278 -.000321731 -.000486127 -.000656684 -.000814823
10 .000786468 .000650874 .000487417 .000324080 .000161741 .000000000 -.000161741 -.000324080 -.000487417 -.000650874 -.000786468
9 .000769660 .000639293 .000481680 .000321749 .000160990 .000000000 -.000160990 -.000321749 -.000481680 -.000639293 -.000769660
8 .000760761 .000630977 .000475833 .000318412 .000159541 .000000000 -.000159541 -.000318412 -.000475833 -.000630977 -.000760761
7 .000756049 .000626226 .000472008 .000315940 .000158372 .000000000 -.000158372 -.000315940 -.000472008 -.000626226 -.000756049
6 .000754555 .000624691 .000470709 .000315059 .000157940 .000000000 -.000157940 -.000315059 -.000470709 -.000624691 -.000754555
5 .000756049 .000626226 .000472008 .000315940 .000158372 .000000000 -.000158372 -.000315940 -.000472008 -.000626226 -.000756049
4 .000760761 .000630977 .000475833 .000318412 .000159541 .000000000 -.000159541 -.000318412 -.000475833 -.000630977 -.000760761
3 .000769660 .000639293 .000481680 .000321749 .000160990 .000000000 -.000160990 -.000321749 -.000481680 -.000639293 -.000769660
2 .000786468 .000650874 .000487417 .000324080 .000161741 .000000000 -.000161741 -.000324080 -.000487417 -.000650874 -.000786468
1 .000814823 .000656684 .000486127 .000321731 .000160278 .000000000 -.000160278 -.000321731 -.000486127 -.000656684 -.000814823

Tabela A5.2 – Deslocamentos v na Camada 1


11 -.000814823 -.000786468 -.000769660 -.000760761 -.000756049 -.000754555 -.000756049 -.000760761 -.000769660 -.000786468 -.000814823
10 -.000656684 -.000650874 -.000639293 -.000630977 -.000626226 -.000624691 -.000626226 -.000630977 -.000639293 -.000650874 -.000656684
9 -.000486127 -.000487417 -.000481680 -.000475833 -.000472008 -.000470709 -.000472008 -.000475833 -.000481680 -.000487417 -.000486127
8 -.000321731 -.000324080 -.000321749 -.000318412 -.000315940 -.000315059 -.000315940 -.000318412 -.000321749 -.000324080 -.000321731
7 -.000160278 -.000161741 -.000160990 -.000159541 -.000158372 -.000157940 -.000158372 -.000159541 -.000160990 -.000161741 -.000160278
6 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000
5 .000160278 .000161741 .000160990 .000159541 .000158372 .000157940 .000158372 .000159541 .000160990 .000161741 .000160278
4 .000321731 .000324080 .000321749 .000318412 .000315940 .000315059 .000315940 .000318412 .000321749 .000324080 .000321731
3 .000486127 .000487417 .000481680 .000475833 .000472008 .000470709 .000472008 .000475833 .000481680 .000487417 .000486127
2 .000656684 .000650874 .000639293 .000630977 .000626226 .000624691 .000626226 .000630977 .000639293 .000650874 .000656684
1 .000814823 .000786468 .000769660 .000760761 .000756049 .000754555 .000756049 .000760761 .000769660 .000786468 .000814823

158
Anexo V – Distribuição dos Deslocamentos em cada Camada na Espessura

Tabela A5.3 – Deslocamentos u na Camada 2


11 .000464050 .000376842 .000275223 .000180752 .000089695 .000000000 -.000089695 -.000180752 -.000275223 -.000376842 -.000464050
10 .000431159 .000370102 .000276720 .000183477 .000091391 .000000000 -.000091391 -.000183477 -.000276720 -.000370102 -.000431159
9 .000411662 .000356668 .000270065 .000180773 .000090521 .000000000 -.000090521 -.000180773 -.000270065 -.000356668 -.000411662
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5 .000395872 .000341510 .000258845 .000174034 .000087483 .000000000 -.000087483 -.000174034 -.000258845 -.000341510 -.000395872
4 .000401338 .000347021 .000263282 .000176901 .000088840 .000000000 -.000088840 -.000176901 -.000263282 -.000347021 -.000401338
3 .000411662 .000356668 .000270065 .000180773 .000090521 .000000000 -.000090521 -.000180773 -.000270065 -.000356668 -.000411662
2 .000431159 .000370102 .000276720 .000183477 .000091391 .000000000 -.000091391 -.000183477 -.000276720 -.000370102 -.000431159
1| .000464050 .000376842 .000275223 .000180752 .000089695 .000000000 -.000089695 -.000180752 -.000275223 -.000376842 -.000464050

Tabela A5.4 – Deslocamentos v na Camada 2


11 -.000464050 -.000431159 -.000411662 -.000401338 -.000395872 -.000394139 -.000395872 -.000401338 -.000411662 -.000431159 -.000464050
10 -.000376842 -.000370102 -.000356668 -.000347021 -.000341510 -.000339729 -.000341510 -.000347021 -.000356668 -.000370102 -.000376842
9 -.000275223 -.000276720 -.000270065 -.000263282 -.000258845 -.000257338 -.000258845 -.000263282 -.000270065 -.000276720 -.000275223
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7 -.000089695 -.000091391 -.000090521 -.000088840 -.000087483 -.000086983 -.000087483 -.000088840 -.000090521 -.000091391 -.000089695
6 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000
5 .000089695 .000091391 .000090521 .000088840 .000087483 .000086983 .000087483 .000088840 .000090521 .000091391 .000089695
4 .000180752 .000183477 .000180773 .000176901 .000174034 .000173012 .000174034 .000176901 .000180773 .000183477 .000180752
3 .000275223 .000276720 .000270065 .000263282 .000258845 .000257338 .000258845 .000263282 .000270065 .000276720 .000275223
2 .000376842 .000370102 .000356668 .000347021 .000341510 .000339729 .000341510 .000347021 .000356668 .000370102 .000376842
1 .000464050 .000431159 .000411662 .000401338 .000395872 .000394139 .000395872 .000401338 .000411662 .000431159 .000464050

Tabela A5.5 – Deslocamentos u na Camada 3


11 .000463379 .000376307 .000274820 .000180483 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180483 -.000274820 -.000376307 -.000463379
10 .000430480 .000369566 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369566 -.000430480
9 .000410977 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410977
8 .000400650 .000346478 .000262876 .000176631 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176631 -.000262876 -.000346478 -.000400650
7 .000395183 .000340966 .000258438 .000173763 .000087348 .000000000 -.000087348 -.000173763 -.000258438 -.000340966 -.000395183
6 .000393450 .000339184 .000256930 .000172741 .000086847 .000000000 -.000086847 -.000172741 -.000256930 -.000339184 -.000393450
5 .000395183 .000340966 .000258438 .000173763 .000087348 .000000000 -.000087348 -.000173763 -.000258438 -.000340966 -.000395183
4 .000400650 .000346478 .000262876 .000176631 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176631 -.000262876 -.000346478 -.000400650
3 .000410977 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410977
2 .000430480 .000369566 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369566 -.000430480
1 .000463379 .000376307 .000274820 .000180483 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180483 -.000274820 -.000376307 -.000463379

159
Anexo V – Distribuição dos Deslocamentos em cada Camada na Espessura

Tabela A5.6– Deslocamentos v na Camada 3


11 -.000463379 -.000430480 -.000410977 -.000400650 -.000395183 -.000393450 -.000395183 -.000400650 -.000410977 -.000430480 -.000463379
10 -.000376307 -.000369566 -.000356127 -.000346478 -.000340966 -.000339184 -.000340966 -.000346478 -.000356127 -.000369566 -.000376307
9 -.000274820 -.000276317 -.000269660 -.000262876 -.000258438 -.000256930 -.000258438 -.000262876 -.000269660 -.000276317 -.000274820
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7 -.000089560 -.000091257 -.000090386 -.000088704 -.000087348 -.000086847 -.000087348 -.000088704 -.000090386 -.000091257 -.000089560
6 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000
5 .000089560 .000091257 .000090386 .000088704 .000087348 .000086847 .000087348 .000088704 .000090386 .000091257 .000089560
4 .000180483 .000183208 .000180503 .000176631 .000173763 .000172741 .000173763 .000176631 .000180503 .000183208 .000180483
3 .000274820 .000276317 .000269660 .000262876 .000258438 .000256930 .000258438 .000262876 .000269660 .000276317 .000274820
2 .000376307 .000369566 .000356127 .000346478 .000340966 .000339184 .000340966 .000346478 .000356127 .000369566 .000376307
1 .000463379 .000430480 .000410977 .000400650 .000395183 .000393450 .000395183 .000400650 .000410977 .000430480 .000463379

Tabela A5.7 – Deslocamentos u na Camada 4


11 .000463378 .000376306 .000274819 .000180482 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180482 -.000274819 -.000376306 -.000463378
10 .000430479 .000369565 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369565 -.000430479
9 .000410976 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410976
8 .000400650 .000346477 .000262875 .000176630 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176630 -.000262875 -.000346477 -.000400650
7 .000395182 .000340965 .000258437 .000173763 .000087347 .000000000 -.000087347 -.000173763 -.000258437 -.000340965 -.000395182
6 .000393449 .000339183 .000256930 .000172740 .000086847 .000000000 -.000086847 -.000172740 -.000256930 -.000339183 -.000393449
5 .000395182 .000340965 .000258437 .000173763 .000087347 .000000000 -.000087347 -.000173763 -.000258437 -.000340965 -.000395182
4 .000400650 .000346477 .000262875 .000176630 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176630 -.000262875 -.000346477 -.000400650
3 .000410976 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410976
2 .000430479 .000369565 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369565 -.000430479
1 .000463378 .000376306 .000274819 .000180482 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180482 -.000274819 -.000376306 -.000463378

Tabela A5.8 – Deslocamentos v na Camada 4


11 -.000463378 -.000430479 -.000410976 -.000400650 -.000395182 -.000393449 -.000395182 -.000400650 -.000410976 -.000430479 -.000463378
10 -.000376306 -.000369565 -.000356127 -.000346477 -.000340965 -.000339183 -.000340965 -.000346477 -.000356127 -.000369565 -.000376306
9 -.000274819 -.000276317 -.000269660 -.000262875 -.000258437 -.000256930 -.000258437 -.000262875 -.000269660 -.000276317 -.000274819
8 -.000180482 -.000183208 -.000180503 -.000176630 -.000173763 -.000172740 -.000173763 -.000176630 -.000180503 -.000183208 -.000180482
7 -.000089560 -.000091257 -.000090386 -.000088704 -.000087347 -.000086847 -.000087347 -.000088704 -.000090386 -.000091257 -.000089560
6 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000
5 .000089560 .000091257 .000090386 .000088704 .000087347 .000086847 .000087347 .000088704 .000090386 .000091257 .000089560
4 .000180482 .000183208 .000180503 .000176630 .000173763 .000172740 .000173763 .000176630 .000180503 .000183208 .000180482
3 .000274819 .000276317 .000269660 .000262875 .000258437 .000256930 .000258437 .000262875 .000269660 .000276317 .000274819
2 .000376306 .000369565 .000356127 .000346477 .000340965 .000339183 .000340965 .000346477 .000356127 .000369565 .000376306
1 .000463378 .000430479 .000410976 .000400650 .000395182 .000393449 .000395182 .000400650 .000410976 .000430479 .000463378

160
Anexo V – Distribuição dos Deslocamentos em cada Camada na Espessura

Tabela A5.9 – Deslocamentos u na Camada 5


11 .000463378 .000376306 .000274819 .000180482 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180482 -.000274819 -.000376306 -.000463378
10 .000430479 .000369565 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369565 -.000430479
9 .000410976 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410976
8 .000400650 .000346477 .000262875 .000176630 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176630 -.000262875 -.000346477 -.000400650
7 .000395182 .000340965 .000258437 .000173763 .000087347 .000000000 -.000087347 -.000173763 -.000258437 -.000340965 -.000395182
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5 .000395182 .000340965 .000258437 .000173763 .000087347 .000000000 -.000087347 -.000173763 -.000258437 -.000340965 -.000395182
4 .000400650 .000346477 .000262875 .000176630 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176630 -.000262875 -.000346477 -.000400650
3 .000410976 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410976
2 .000430479 .000369565 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369565 -.000430479
1 .000463378 .000376306 .000274819 .000180482 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180482 -.000274819 -.000376306 -.000463378

Tabela A5.10 – Deslocamentos v na Camada 5


11 -.000463378 -.000430479 -.000410976 -.000400650 -.000395182 -.000393449 -.000395182 -.000400650 -.000410976 -.000430479 -.000463378
10 -.000376306 -.000369565 -.000356127 -.000346477 -.000340965 -.000339183 -.000340965 -.000346477 -.000356127 -.000369565 -.000376306
9 -.000274819 -.000276317 -.000269660 -.000262875 -.000258437 -.000256930 -.000258437 -.000262875 -.000269660 -.000276317 -.000274819
8 -.000180482 -.000183208 -.000180503 -.000176630 -.000173763 -.000172740 -.000173763 -.000176630 -.000180503 -.000183208 -.000180482
7 -.000089560 -.000091257 -.000090386 -.000088704 -.000087347 -.000086847 -.000087347 -.000088704 -.000090386 -.000091257 -.000089560
6 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000
5 .000089560 .000091257 .000090386 .000088704 .000087347 .000086847 .000087347 .000088704 .000090386 .000091257 .000089560
4 .000180482 .000183208 .000180503 .000176630 .000173763 .000172740 .000173763 .000176630 .000180503 .000183208 .000180482
3 .000274819 .000276317 .000269660 .000262875 .000258437 .000256930 .000258437 .000262875 .000269660 .000276317 .000274819
2 .000376306 .000369565 .000356127 .000346477 .000340965 .000339183 .000340965 .000346477 .000356127 .000369565 .000376306
1 .000463378 .000430479 .000410976 .000400650 .000395182 .000393449 .000395182 .000400650 .000410976 .000430479 .000463378

Tabela A5.11 – Deslocamentos u na Camada 6


11 .000463378 .000376306 .000274819 .000180482 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180482 -.000274819 -.000376306 -.000463378
10 .000430479 .000369565 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369565 -.000430479
9 .000410976 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410976
8 .000400650 .000346477 .000262875 .000176630 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176630 -.000262875 -.000346477 -.000400650
7 .000395182 .000340965 .000258437 .000173763 .000087347 .000000000 -.000087347 -.000173763 -.000258437 -.000340965 -.000395182
6 .000393449 .000339183 .000256930 .000172740 .000086847 .000000000 -.000086847 -.000172740 -.000256930 -.000339183 -.000393449
5 .000395182 .000340965 .000258437 .000173763 .000087347 .000000000 -.000087347 -.000173763 -.000258437 -.000340965 -.000395182
4 .000400650 .000346477 .000262875 .000176630 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176630 -.000262875 -.000346477 -.000400650
3 .000410976 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410976
2 .000430479 .000369565 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369565 -.000430479
1 .000463378 .000376306 .000274819 .000180482 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180482 -.000274819 -.000376306 -.000463378

161
Anexo V – Distribuição dos Deslocamentos em cada Camada na Espessura

Tabela A5.12 – Deslocamentos v na Camada 6


11 -.000463378 -.000430479 -.000410976 -.000400650 -.000395182 -.000393449 -.000395182 -.000400650 -.000410976 -.000430479 -.000463378
10 -.000376306 -.000369565 -.000356127 -.000346477 -.000340965 -.000339183 -.000340965 -.000346477 -.000356127 -.000369565 -.000376306
9 -.000274819 -.000276317 -.000269660 -.000262875 -.000258437 -.000256930 -.000258437 -.000262875 -.000269660 -.000276317 -.000274819
8 -.000180482 -.000183208 -.000180503 -.000176630 -.000173763 -.000172740 -.000173763 -.000176630 -.000180503 -.000183208 -.000180482
7 -.000089560 -.000091257 -.000090386 -.000088704 -.000087347 -.000086847 -.000087347 -.000088704 -.000090386 -.000091257 -.000089560
6 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000
5 .000089560 .000091257 .000090386 .000088704 .000087347 .000086847 .000087347 .000088704 .000090386 .000091257 .000089560
4 .000180482 .000183208 .000180503 .000176630 .000173763 .000172740 .000173763 .000176630 .000180503 .000183208 .000180482
3 .000274819 .000276317 .000269660 .000262875 .000258437 .000256930 .000258437 .000262875 .000269660 .000276317 .000274819
2 .000376306 .000369565 .000356127 .000346477 .000340965 .000339183 .000340965 .000346477 .000356127 .000369565 .000376306
1 .000463378 .000430479 .000410976 .000400650 .000395182 .000393449 .000395182 .000400650 .000410976 .000430479 .000463378

Tabela A5.13 – Deslocamentos u na Camada 7


11 .000463378 .000376306 .000274819 .000180482 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180482 -.000274819 -.000376306 -.000463378
10 .000430479 .000369565 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369565 -.000430479
9 .000410976 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410976
8 .000400650 .000346477 .000262875 .000176630 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176630 -.000262875 -.000346477 -.000400650
7 .000395182 .000340965 .000258437 .000173763 .000087347 .000000000 -.000087347 -.000173763 -.000258437 -.000340965 -.000395182
6 .000393449 .000339183 .000256930 .000172740 .000086847 .000000000 -.000086847 -.000172740 -.000256930 -.000339183 -.000393449
5 .000395182 .000340965 .000258437 .000173763 .000087347 .000000000 -.000087347 -.000173763 -.000258437 -.000340965 -.000395182
4 .000400650 .000346477 .000262875 .000176630 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176630 -.000262875 -.000346477 -.000400650
3 .000410976 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410976
2 .000430479 .000369565 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369565 -.000430479
1 .000463378 .000376306 .000274819 .000180482 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180482 -.000274819 -.000376306 -.000463378

Tabela A5.14 – Deslocamentos v na Camada 7


11 -.000463378 -.000430479 -.000410976 -.000400650 -.000395182 -.000393449 -.000395182 -.000400650 -.000410976 -.000430479 -.000463378
10 -.000376306 -.000369565 -.000356127 -.000346477 -.000340965 -.000339183 -.000340965 -.000346477 -.000356127 -.000369565 -.000376306
9 -.000274819 -.000276317 -.000269660 -.000262875 -.000258437 -.000256930 -.000258437 -.000262875 -.000269660 -.000276317 -.000274819
8 -.000180482 -.000183208 -.000180503 -.000176630 -.000173763 -.000172740 -.000173763 -.000176630 -.000180503 -.000183208 -.000180482
7 -.000089560 -.000091257 -.000090386 -.000088704 -.000087347 -.000086847 -.000087347 -.000088704 -.000090386 -.000091257 -.000089560
6 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000
5 .000089560 .000091257 .000090386 .000088704 .000087347 .000086847 .000087347 .000088704 .000090386 .000091257 .000089560
4 .000180482 .000183208 .000180503 .000176630 .000173763 .000172740 .000173763 .000176630 .000180503 .000183208 .000180482
3 .000274819 .000276317 .000269660 .000262875 .000258437 .000256930 .000258437 .000262875 .000269660 .000276317 .000274819
2 .000376306 .000369565 .000356127 .000346477 .000340965 .000339183 .000340965 .000346477 .000356127 .000369565 .000376306
1 .000463378 .000430479 .000410976 .000400650 .000395182 .000393449 .000395182 .000400650 .000410976 .000430479 .000463378

162
Anexo V – Distribuição dos Deslocamentos em cada Camada na Espessura

Tabela A5.15 – Deslocamentos u na Camada 8


11 .000463378 .000376306 .000274819 .000180482 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180482 -.000274819 -.000376306 -.000463378
10 .000430479 .000369565 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369565 -.000430479
9 .000410976 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410976
8 .000400650 .000346477 .000262875 .000176630 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176630 -.000262875 -.000346477 -.000400650
7 .000395182 .000340965 .000258437 .000173763 .000087347 .000000000 -.000087347 -.000173763 -.000258437 -.000340965 -.000395182
6 .000393449 .000339183 .000256930 .000172740 .000086847 .000000000 -.000086847 -.000172740 -.000256930 -.000339183 -.000393449
5 .000395182 .000340965 .000258437 .000173763 .000087347 .000000000 -.000087347 -.000173763 -.000258437 -.000340965 -.000395182
4 .000400650 .000346477 .000262875 .000176630 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176630 -.000262875 -.000346477 -.000400650
3 .000410976 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410976
2 .000430479 .000369565 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369565 -.000430479
1 .000463378 .000376306 .000274819 .000180482 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180482 -.000274819 -.000376306 -.000463378

Tabela A5.16 – Deslocamentos v na Camada 8


11 -.000463378 -.000430479 -.000410976 -.000400650 -.000395182 -.000393449 -.000395182 -.000400650 -.000410976 -.000430479 -.000463378
10 -.000376306 -.000369565 -.000356127 -.000346477 -.000340965 -.000339183 -.000340965 -.000346477 -.000356127 -.000369565 -.000376306
9 -.000274819 -.000276317 -.000269660 -.000262875 -.000258437 -.000256930 -.000258437 -.000262875 -.000269660 -.000276317 -.000274819
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7 -.000089560 -.000091257 -.000090386 -.000088704 -.000087347 -.000086847 -.000087347 -.000088704 -.000090386 -.000091257 -.000089560
6 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000
5 .000089560 .000091257 .000090386 .000088704 .000087347 .000086847 .000087347 .000088704 .000090386 .000091257 .000089560
4 .000180482 .000183208 .000180503 .000176630 .000173763 .000172740 .000173763 .000176630 .000180503 .000183208 .000180482
3 .000274819 .000276317 .000269660 .000262875 .000258437 .000256930 .000258437 .000262875 .000269660 .000276317 .000274819
2 .000376306 .000369565 .000356127 .000346477 .000340965 .000339183 .000340965 .000346477 .000356127 .000369565 .000376306
1 .000463378 .000430479 .000410976 .000400650 .000395182 .000393449 .000395182 .000400650 .000410976 .000430479 .000463378

Tabela A5.17 – Deslocamentos u na Camada 9


11 .000463379 .000376307 .000274820 .000180483 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180483 -.000274820 -.000376307 -.000463379
10 .000430480 .000369566 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369566 -.000430480
9 .000410977 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410977
8 .000400650 .000346478 .000262876 .000176631 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176631 -.000262876 -.000346478 -.000400650
7 .000395183 .000340966 .000258438 .000173763 .000087348 .000000000 -.000087348 -.000173763 -.000258438 -.000340966 -.000395183
6 .000393450 .000339184 .000256930 .000172741 .000086847 .000000000 -.000086847 -.000172741 -.000256930 -.000339184 -.000393450
5 .000395183 .000340966 .000258438 .000173763 .000087348 .000000000 -.000087348 -.000173763 -.000258438 -.000340966 -.000395183
4 .000400650 .000346478 .000262876 .000176631 .000088704 .000000000 -.000088704 -.000176631 -.000262876 -.000346478 -.000400650
3 .000410977 .000356127 .000269660 .000180503 .000090386 .000000000 -.000090386 -.000180503 -.000269660 -.000356127 -.000410977
2 .000430480 .000369566 .000276317 .000183208 .000091257 .000000000 -.000091257 -.000183208 -.000276317 -.000369566 -.000430480
1 .000463379 .000376307 .000274820 .000180483 .000089560 .000000000 -.000089560 -.000180483 -.000274820 -.000376307 -.000463379

163
Anexo V – Distribuição dos Deslocamentos em cada Camada na Espessura

Tabela A5.18– Deslocamentos v na Camada 9


11 -.000463379 -.000430480 -.000410977 -.000400650 -.000395183 -.000393450 -.000395183 -.000400650 -.000410977 -.000430480 -.000463379
10 -.000376307 -.000369566 -.000356127 -.000346478 -.000340966 -.000339184 -.000340966 -.000346478 -.000356127 -.000369566 -.000376307
9 -.000274820 -.000276317 -.000269660 -.000262876 -.000258438 -.000256930 -.000258438 -.000262876 -.000269660 -.000276317 -.000274820
8 -.000180483 -.000183208 -.000180503 -.000176631 -.000173763 -.000172741 -.000173763 -.000176631 -.000180503 -.000183208 -.000180483
7 -.000089560 -.000091257 -.000090386 -.000088704 -.000087348 -.000086847 -.000087348 -.000088704 -.000090386 -.000091257 -.000089560
6 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000
5 .000089560 .000091257 .000090386 .000088704 .000087348 .000086847 .000087348 .000088704 .000090386 .000091257 .000089560
4 .000180483 .000183208 .000180503 .000176631 .000173763 .000172741 .000173763 .000176631 .000180503 .000183208 .000180483
3 .000274820 .000276317 .000269660 .000262876 .000258438 .000256930 .000258438 .000262876 .000269660 .000276317 .000274820
2 .000376307 .000369566 .000356127 .000346478 .000340966 .000339184 .000340966 .000346478 .000356127 .000369566 .000376307
1 .000463379 .000430480 .000410977 .000400650 .000395183 .000393450 .000395183 .000400650 .000410977 .000430480 .000463379

Tabela A5.19 – Deslocamentos u na Camada 10


11 .000464050 .000376842 .000275223 .000180752 .000089695 .000000000 -.000089695 -.000180752 -.000275223 -.000376842 -.000464050
10 .000431159 .000370102 .000276720 .000183477 .000091391 .000000000 -.000091391 -.000183477 -.000276720 -.000370102 -.000431159
9 .000411662 .000356668 .000270065 .000180773 .000090521 .000000000 -.000090521 -.000180773 -.000270065 -.000356668 -.000411662
8 .000401338 .000347021 .000263282 .000176901 .000088840 .000000000 -.000088840 -.000176901 -.000263282 -.000347021 -.000401338
7 .000395872 .000341510 .000258845 .000174034 .000087483 .000000000 -.000087483 -.000174034 -.000258845 -.000341510 -.000395872
6 .000394139 .000339729 .000257338 .000173012 .000086983 .000000000 -.000086983 -.000173012 -.000257338 -.000339729 -.000394139
5 .000395872 .000341510 .000258845 .000174034 .000087483 .000000000 -.000087483 -.000174034 -.000258845 -.000341510 -.000395872
4 .000401338 .000347021 .000263282 .000176901 .000088840 .000000000 -.000088840 -.000176901 -.000263282 -.000347021 -.000401338
3 .000411662 .000356668 .000270065 .000180773 .000090521 .000000000 -.000090521 -.000180773 -.000270065 -.000356668 -.000411662
2 .000431159 .000370102 .000276720 .000183477 .000091391 .000000000 -.000091391 -.000183477 -.000276720 -.000370102 -.000431159
1| .000464050 .000376842 .000275223 .000180752 .000089695 .000000000 -.000089695 -.000180752 -.000275223 -.000376842 -.000464050

Tabela A5.20 – Deslocamentos v na Camada 10


11 -.000464050 -.000431159 -.000411662 -.000401338 -.000395872 -.000394139 -.000395872 -.000401338 -.000411662 -.000431159 -.000464050
10 -.000376842 -.000370102 -.000356668 -.000347021 -.000341510 -.000339729 -.000341510 -.000347021 -.000356668 -.000370102 -.000376842
9 -.000275223 -.000276720 -.000270065 -.000263282 -.000258845 -.000257338 -.000258845 -.000263282 -.000270065 -.000276720 -.000275223
8 -.000180752 -.000183477 -.000180773 -.000176901 -.000174034 -.000173012 -.000174034 -.000176901 -.000180773 -.000183477 -.000180752
7 -.000089695 -.000091391 -.000090521 -.000088840 -.000087483 -.000086983 -.000087483 -.000088840 -.000090521 -.000091391 -.000089695
6 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000 .000000000
5 .000089695 .000091391 .000090521 .000088840 .000087483 .000086983 .000087483 .000088840 .000090521 .000091391 .000089695
4 .000180752 .000183477 .000180773 .000176901 .000174034 .000173012 .000174034 .000176901 .000180773 .000183477 .000180752
3 .000275223 .000276720 .000270065 .000263282 .000258845 .000257338 .000258845 .000263282 .000270065 .000276720 .000275223
2 .000376842 .000370102 .000356668 .000347021 .000341510 .000339729 .000341510 .000347021 .000356668 .000370102 .000376842
1 .000464050 .000431159 .000411662 .000401338 .000395872 .000394139 .000395872 .000401338 .000411662 .000431159 .000464050

164
Anexo V – Distribuição dos Deslocamentos em cada Camada na Espessura
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Tabela A5.21 – Deslocamentos u na Camada 11


11 .000814823 .000656684 .000486127 .000321731 .000160278 .000000000 -.000160278 -.000321731 -.000486127 -.000656684 -.000814823
10 .000786468 .000650874 .000487417 .000324080 .000161741 .000000000 -.000161741 -.000324080 -.000487417 -.000650874 -.000786468
9 .000769660 .000639293 .000481680 .000321749 .000160990 .000000000 -.000160990 -.000321749 -.000481680 -.000639293 -.000769660
8 .000760761 .000630977 .000475833 .000318412 .000159541 .000000000 -.000159541 -.000318412 -.000475833 -.000630977 -.000760761
7 .000756049 .000626226 .000472008 .000315940 .000158372 .000000000 -.000158372 -.000315940 -.000472008 -.000626226 -.000756049
6 .000754555 .000624691 .000470709 .000315059 .000157940 .000000000 -.000157940 -.000315059 -.000470709 -.000624691 -.000754555
5 .000756049 .000626226 .000472008 .000315940 .000158372 .000000000 -.000158372 -.000315940 -.000472008 -.000626226 -.000756049
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Tabela A5.21 – Deslocamentos v na Camada 11


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