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ASSOCIAÇÃO PROMOCIONAL AGRÍCOLA DE CACULÉ – APAC

FAZENDA DEUS ME LIVRE- CACULÉ BA

2023
Plantas com propriedades antiparasitárias e receita de sal
vermífugo e vitamínico

BANANEIRA
Musa sapientum

UTILIZAÇÃO:
A folha da bananeira pode ser utilizada na redução da carga parasitária
de caprinos infestados por nematódeos (vermes) gastrintestinais
(OLIVEIRA et al.,1997).

COMO FAZER
1°- Coletar a fresco a folha grande da bananeira;

2°- Lavar bem a folha;

3°- Passar a folha na forrageira.

COMO USAR
1°- Junte a folha de bananeira que foi passada na forrageira ao alimento
do animal;
2°- A medida é uma folha grande por animal, 2 vezes por semana.
BATATA DE PURGA (Roda de batata)
Operculina hamiltonii

UTILIZAÇÃO: Verminoses – Bovinos e caprinos


A batata de purga (Operculina hamiltonii) tem efeito anti-helmíntico
(GIRÃO et al., 1998); é usada como purgativa e depurativa do sangue
(MATOS, 1994). Portanto, ideal no auxílio e combate das verminoses
animais.

COMO FAZER
BOVINOS:

1°- Extrair as batatas (raiz) no mês de agosto;


2°- Pegar as batatas, limpar e cortar em rodelas;
3°- Secar à sombra, rodelas de batata de purga, por no mínimo 1 mês;
4°- Pilar as rodelas secas, ou triturar no liquidificador, obtendo um pó
fino;
5°- Armazenar o pó em um recipiente protegido da luz.

COMO USAR
BOVINOS:

1°- Adicionar uma colher (de sopa) do pó para cada 5Kg (5 quilos) de
xerém ou farelo de trigo ou milho, e fornecer aos animais. (Medida para 1
bovino);
2°- Ou ainda, uma colher de sopa do pó para cada 2Kg (2 quilos) de raspa
de mandioca e fornecer aos animais.
Caprinos e ovinos:

A batata de purga também pode


ser usada para caprinos e ovinos.
Veja como preparar e usar:

COMO FAZER
CAPRINOS E OVINOS:

1°- Higienizar a raiz da batata, cortar em rodelas, colocar para secar à


sombra durante uma semana;
2°- Depois triturar as rodelas em moinho, ou passar no liquidificador até
obter o pó.

COMO USAR
CAPRINOS E OVINOS:

1°- Adicionar 1 e ½ (meia) colher de chá do pó para cada quilo de peso


vivo do animal, e adicionar ao alimento. 1 vez por dia, durante três dias;
2°- Fornecer aos animais a cada 60 dias;
3°- Fazer o controle de verminoses (com o pó da batata de purga) nas
estações quentes (verão) (ALMEIDA et al., 2007).
NIM INDIANO
Azadirachta indica

UTILIZAÇÃO: Pode ser usado no controle de ectoparasitas, ou seja, os parasitas


externos, exemplo: (Carrapatos, moscas e piolhos), em bovinos, caprinos e ovinos.
E também pode controlar os Endoparasitas (ou seja os parasitas internos, também
conhecidos como vermes) nos caprinos e ovinos
Em várias partes do mundo, trabalhos com nim (A. indica) têm demonstrado ação
repelente e eficácia no controle de carrapatos, mosca-do-chifre e piolhos.

Veja como preparar a mistura de NIM para o controle de Ectoparasitas


nos bovinos, caprinos e ovinos
COMO FAZER:
1°- Retirar apenas as folhas do NIM, no total de 1Kg (um quilo) de folhas;
2°- Pilar 1 Kg (um quilo) de folhas de NIM;
3°- Colocar as folhas piladas em um recipiente;
4°- Adicionar água limpa, até cobrir as folhas;
5°- Deixar de molho por 3 a 4 dias;
6°- Após o 4° dia, coar as folhas e separar o líquido;
7°- Adicionar 5L (litros) de água para cada litro de líquido obtido, totalizando
6L (litros).

COMO USAR
1°- Colocar em uma bomba de aspersão e pulverizar os animais 1 vez ao dia,
durante 3 dias;
2°- Repetir essa pulverização de 1 a 3 meses depois;
3°- Pulverizar bem os animais, de forma que fiquem bem umedecidos, e deixar
secar;
4°- Realizar essas ações de controle, preferencialmente durante os meses mais
quentes do ano, pois é neste período que as fêmeas do carrapato e larvas
podem morrer mais facilmente secas ou desidratadas na pastagem se não
atingirem rapidamente o seu hospedeiro (animal);
5°- Fazer rotação ou descanso de qualquer pastagem por períodos prolongados,
segundo Furlong (1994) deve ser no mínimo 30 dias. Fazer a rotação dos
animais por piquetes, retornando ao piquete inicial após os 30 dias.
O NIM também tem eficácia no controle de vermes dos caprinos e
ovinos. Veja como preparar e usa-lo:

Endoparasitas (verminoses) - Caprinos e ovinos

COMO FAZER:
1°- Colher 1Kg (um quilo) de folhas de NIM;
2°- Deixe todas as folhas secarem à sombra por 1 semana;
3°- Depois de secar, passe as folhas no liquidificador, mas sem colocar
água;
4°- Amasse na mão, as folhas passadas e o sal mineral, até formar uma
massa;
5°- Faça em formato de bloco e deixe secar ao sol por 6 a 7dias até
formar uma pedra.

COMO USAR:
1°- Colocar a pedra de sal e NIM no cocho dos animais para que eles
lambam à vontade até acabar a pedra;
2° Repetir o mesmo procedimento depois de 4 ou 6 meses.
RECEITAS DE SAL VERMIFUGO E VITAMINICO

Agora vamos aprender como preparar um sal vermífugo para caprinos, ovinos
e bovinos.
Para fazer o sal, vamos precisar de alho desidratado e triturado; batata de
purga e catingueira.

RECEITA SAL VERMIFUGO: Para fazer um kg da mistura


vamos precisar de:
33 g de alho em pó
33 g de Batata de purga triturado;
33 g de feno de catingueira triturado

Como preparar:
Colocar os ingredientes em um recipiente e misturar bem ao sal branco.
Após realizar a mistura só fornecer aos animais durante 3 semanas

Após o uso do sal vermífugo é importante usar uma mistura de sal vitamínico.
Veja como preparar:

RECEITA SAL VITAMINICO 1: Para fazer um kg da


mistura vamos precisar de:
33 g casca de ovos triturados
33 g farelo de algaroba;
33 g farelo de leucena

Como preparar:
Colocar os ingredientes em um recipiente e misturar bem ao sal branco.
Após realizar a mistura só fornecer aos animais durante 3 semanas
RECEITA SAL VITAMINICO 2: Para cada 25 kg de sal
vamos precisar de:
25 colher de sopa de casca de ovos triturados
25 colher de sopa de cinzas de fogão;
25 colher de sopa de farelo da folha de mandioca
25 colher de sopa de farelo da folha de Leucena
25 colher de sopa do farelo da semente de abobora ou mamão
25 colher de sopa do po da entre casca da jurema, angico e aroeira
30 colher de sopa de farelo vargem do pau ferro
Suco de 5 limões com sementes
1 kg de fubá de farelo de soja
1 kg de fubá de milho
5 cabeças de alho triturados e misturados ao milho

Como preparar:
Colocar os ingredientes em um recipiente e misturar bem ao sal branco.
Após realizar a mistura só fornecer aos animais de forma constante
Atenção: O consumo de sal por animal fica em torno de 40
gramas por dia

Obs: Esse é uma possibilidade de um sal alternativo e de menor custo ao


pequeno produtor rural. Nesse sentido por ser alternativo nem sempre vai
conseguir atender a todos os nutrientes requeridos pelos animais de forma tão
eficiente como os convencionais.
Mineralização do rebanho

Em princípio, a mineralização de bovinos é a prática de suplementar a


alimentação de rebanhos com minerais essenciais para o bom
desenvolvimento de bois e vacas e etc. A estratégia garante melhores
resultados em níveis de fortalecimento ósseo, aproveitamento da carne e do
leite, desempenho e reprodução animal.
Embora os minerais importantes na alimentação de bovinos possam ser
obtidos através de alimentos específicos como forragens e rações, apenas
contar com essa disponibilidade não é suficiente para garantir um nível
equilibrado de nutrientes. E essa insuficiência, aliás, é a principal causa do
baixo rendimento de animais criados em pastos. Para que o metabolismo dos
bovinos funcione adequadamente, são acrescentado em suas dietas sal
mineral, proteínas, vitaminas entre outros nutrientes indispensáveis para o bom
desempenho dos animais em todas as etapas produtivas. Dessa forma, o
pecuarista consegue aproveitar ao máximo todo o potencial dos animais,
reduzir custos com medicamentos e evitar perdas produtivas.
A alimentação de bovinos, assim como acontece na nutrição humana,
cada mineral exerce funções essenciais no organismo. Sendo assim, a
carência desses nutrientes, sendo eles macro ou micro pode resultar em
prejuízos à saúde animal, a saber:

 Enfraquecimento ósseo;
 Dificuldades de crescimento e de ganho de peso;
 Baixa produção de leite;
 Problemas reprodutivos e de fertilidade.
Além disso, animais maus mineralizados tende a desenvolver a apetite
depravada, ou seja, começa a ingerir, cordas, sacolas, cacos de telha, ossos e
outros materiais na tentativa de buscar minerais para atender sua necessidade.
O sal mineral pode ser dividido em duas categorias: Sal mineral para
mistura, ou seja, deve ser misturado ao sal branco (ex: FOSBOVI) e sal mineral
pronto para uso, ou seja, não precisa misturar ao sal branco.
+
Sal mineral para mistura

Sal mineral pronto para uso


Receitas de defensivos naturais

PASTA BORDALESA

A pasta bordalesa é utilizada em cortes ou ferimentos no tronco e nos ramos


de frutíferas para evitar a entrada de doenças e o ataque de insetos. A pasta
bordalesa deve ser usada após a poda de frutíferas.
O uso da pasta bordalesa deve ser feito em conjunto com outros tratamentos,
como aplicações foliares de calda bordalesa, calda sulfocálcica e calda viçosa.

Como preparar a calda bordalesa:


1° passo - ingredientes e suas quantidades.
• Para o preparo da pasta serão necessárias:
- 1 kg (± 26 colheres sopa cheia) de sulfato de cobre;
- 2 kg (± 65 colheres sopa cheia) de cal virgem;
- 10 litros de água.
2° Passo: diluição do sulfato de cobre em água (pode usar água morna).
• Pegue o sulfato de cobre de 4 a 24 horas antes do início do preparo e
coloque-o dentro de um pano na forma de um saquinho.
• Após isso, amarre o saquinho na ponta de uma vara e mergulhe em ± 5 litros
de água fria ou morna (facilita a diluição)

3° Passo: preparo do leite de cal.


• Coloque a cal em 2 litros de água e misture bem.
4° Passo: mistura dos ingredientes.
• Na sequência, derrame vagarosamente o sulfato de cobre sobre o leite de
cal. Ou seja, “pinte o branco com azul”.
• Com auxílio de uma colher de madeira, misture o sulfato, a cal e o restante da
água (± 3 litros) até formar a pasta bordalesa.

Dica! Para evitar entupimento dos bicos do pulverizador, sugere-se coar o leite
de cal em um pano antes da mistura.

Como realizar a aplicação da pasta bordalesa:


Aplique a pasta bordalesa em cortes no tronco e nos ramos realizados durante
a poda de frutíferas, como macieira, pereira, videira, pessegueiro, mangueira,
entre outras. Pode-se também aplicar após a retirada (escovação) de liquens,
algas, musgos e outros fungos que podem se formar em troncos de frutíferas.
Use um pincel para aplicar a pasta.
Importante!
• Use a pasta bordalesa logo após o preparo.
• Manuseie a pasta bordalesa com luvas de borracha e camisa de manga
comprida.
Dica agroecológica!
Pode-se usar a pasta bordalesa para controle de brocas no tronco das
frutíferas. Para isso, pegue uma seringa e adicione a pasta bordalesa dentro
para que depois ocorra a injeção nos furos realizados pelas larvas,
preenchendo completamente o espaço.
Calda Bordalesa:
INGREDIENTES:
(Para 10 litros de calda bordalesa a 1%)
Sulfato de cobre – 100 gramas
Cal virgem – 100 gramas*
Água - 10 litros
*Observação: se for cal hidratada, utilizar 180 gramas.

EQUIPAMENTOS NECESSARIOS:
1 balança com capacidade para 125 gramas

1 balde plástico com capacidade de 5 litros

1 pá de madeira

1 peneira fina

1 coador de pano (organza ou voal)

1 faca de aço (não inox) ou peagâmetro ou papel indicador.

1 balde plástico com capacidade de 10 litros

PREPARO:

Em um balde de plástico, com 5 litros de água, dissolver 100 gramas de sulfato


de cobre. A dissolução pode ser facilitada num pouco de água quente ou se o
sulfato for colocado no dia anterior, num saquinho de pano ralo, suspenso, bem
próximo à superfície da água.

Noutro balde, com capacidade para 10 litros, “apagar” as 100 gramas de cal
virgem, adicionando-lhe vagarosamente a água, até obter uma pasta pouco
consistente. Obtida esta pasta, continua-se colocando água, até completar 5
litros do chamado “leite de cal”.

Em seguida, despejar os 5 litros da solução de sulfato de cobre no balde com


“leite de cal”, agitando a mistura com auxilio de uma pá de madeira. Neste
momento, antes de aplicar o produto na planta, é necessário fazer o teste da
acidez.

A calda bordalesa deverá ser aplicada com pH na faixa de 8 a 9. Quando a


quantidade de cal é insuficiente para saturar o sulfato de cobre, devido a um
baixo teor de óxido de cálcio, a calda permanecerá ácida e poderá queimar as
folhas pulverizadas. Para o teste da acidez, pode-se utilizar aparelho
peagâmetro ou papel indicador, porém o teste da faca não inoxidável é mais
prático. Consiste em pingar três gotas sobre a lâmina da faca (bem limpa), e
aguardar três minutos. Se no local da gota formar uma mancha avermelhada, é
sinal que a calda está ácida. Neste caso será necessário acrescentar em torno
de mais 20 gramas de cal, para os 10 litros de calda, a fim de corrigir esta
acidez. Estando a calda com o pH adequado, coar os 10 litros preparados, em
peneira fina e/ou pano ralo, para evitar entupimento, e abastecer o
pulverizador.

Depois de pronta, a calda tem validade por até três dias. Para melhor
aderência da calda na planta pode-se utilizar espalhantes adesivos naturais,
tais como 1 colher de sopa rasa de açúcar (10 a 15 gramas) ou 1 copo de leite
desnatado (200 ml), para os 10 litros de calda.

É importante que o equipamento pulverizador seja capaz de propiciar uma


distribuição uniforme das gotas sobre a planta, inclusive na parte inferior das
folhas, promovendo uma boa cobertura da calda bordalesa; desta forma, sendo
mais eficiente na prevenção de doenças.

Cuidados:
Esta calda é pouco tóxica. Ainda assim, recomenda-se a preparo utilização de
equipamentos de proteção individual, evitando o contato com a pele. O
trabalhador deverá lavar se em água corrente após a aplicação da calda. Não
se deve comer o que foi pulverizado sem antes lavar bem. Para plantas novas,
ou em brotação ou floração, diluir a calda bordalesa, acrescentando mais 10
litros de água (concentração de 0,5%).

Evite aplicar em horários de sol quente. Recomenda-se aplicar a calda


bordalesa em pequenas áreas teste nas condições locais (espécie, cultivar,
estádio de desenvolvimento, condições climáticas) da cultura que será tratada,
para verificar se ocorre fitotoxidade. Para evitar o excesso de cobre no solo
(toxidez), algumas certificadoras limitam a utilização do elemento em 3
kg/ha/ano, ou 12 kg de sulfato de cobre com 25% de cobre.

Na cultura da goiabeira, evitar a aplicação da calda bordalesa após o fruto ter


atingido o tamanho de 2 cm de diâmetro, pois causará fitotoxidade,
apresentando manchas no fruto. Para evitar corrosão, os equipamentos e
metais podem ser lavados com solução aquosa de 25% de ácido acético
(vinagre) mais duas colheres de chá de óleo mineral.
Adubo caseiro superpotente NPK orgânico.

Modo de preparo e uso:

Colocar 1 litro de água, 3 cascas de bananas, 3 cascas de ovos, 3 dentes de


alho, 100 ml de leite fresco, 3 colheres de borra de café, bater todos os
ingredientes no liquidificador, colocar a mistura em uma garrafa de 2 litros e
abrir 1 vez por dia e deixar por descansar por 3 dias. Adubo foliar diluir uma
parte do adubo em 5 partes de água.

Função:

Fortificar raiz e caule da planta.

Extrato de fumo

O extrato de fumo é inseticida muito eficiente no controle de praticamente todas


as pragas que atacam as plantações. Ele pode ser preparado e usado sob
várias fórmulas de larga utilização.

Material necessário:

1 pedaço de fumo (20 a 25 cm)

0,5 litros de álcool.

0,5 litros de água.

150g de sabão

Modo de preparo e uso:

Junte a água, o álcool, o fumo e deixe curtir por dois dias. Depois coloque o
sabão na mistura já curtida. No momento de pulverizar as plantas utilizar a
dosagem de 500ml do preparo para 20 litros de água.

Função:

Todas as pragas que atacam as plantações.

Como usar:

Para pulverizar, usar 1 litro de calda para cada 10 litros de água;

Na hora de pulverizar, aconselha-se misturar um pouco de sabão derretido


para dar mais aderência na calda;

Extrato de Angico
Material necessário:

1 kg de folhas e vagens novas de angico.

10 litros de água

Modo de preparo e uso:

Colocar 1 kg de folhas e vagens novas de angico de molho em 10 litros de


água durante 10 dias;

Completando os 10 dias, coar a calda e usar.

Na hora de pulverizar, usar 1 litro de extratos de angico para cada 10 litros de


água;

Função:

Controle de pulgões, lagartas e outros insetos como formigas.

Inseticida de Arruda

Material necessário:
100 gramas de folhas.
1 litro de água.

Modo de preparo e uso:


Picar as folhas, colocar na água, aguardar por 24 horas. Depois de pronto coar
e misturar em 20 litros de água. Pulverizar sobre as plantas e nos locais aonde
aparecem ás formigas.
Função:
Repelir diversos tipos insetos e formigas.

Leite

Material necessário:
½ de letie
09 litros de água

Modo de preparo e uso:

Misturar o leite com a água e pulverizar sobre as plantas. Repetir depois de 10


dias. Pode ser usado para atrair lesma. Distribuir no chão, ao redor das
plantas, estopa ou saco de pano molhado com água e um pouco de leite. De
manhã, virar a estopa ou saco e matar as que se reunirem embaixo.
Função:

Controle de ácaros, doenças fúngicas, e viróticas.

AGAVE - Piteira ou Sisal (Agave sisalana)

Indicação: saúvas (Atta spp.)

Modo de preparo e uso

Moer 5 folhas médias de agave e deixar de molho por 2 dias em 5 litros (L) de
água. Aplicar 2 L desta solução no olheiro principal do formigueiro e tapar os
demais para que as formigas não fujam. Folhas desta planta podem ser obtidas
em lojas de plantas ornamentais.

Macerado de pimenta e alho

2 cabeças de alho
1 litro de álcool
250 gramas de pimenta
Modo de preparo e uso
Amassar as 2 cabeças de alho e colocar em ½ de álcool, colocar as
pimentas em ½ de álcool e deixar curtir por uma semana. Usar 10 ml
das 2 misturas e 10 ml de detergente neutro
Função
È inseticida e fungicida para o tomateiro.

Urina de vaca

Qual o efeito da urina de vaca nas plantas?

As plantas ficam mias saudáveis e mais resistentes ás pragas e doenças.

È a possibilidade de o produtor utilizar, regularmente, uma adubação completa.


De acordo com os estudos desenvolvidos até o momento, as principais
substâncias encontradas na urina de vaca são: nitrogênio, fósforo, potássio,
cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês, boro, cobre, zinco, sódio, cloro,
cobalto, molibdênio, alumínio, fenóis (aumentam a resistência das plantas) e
ácido indolacético ( hormônio natural de crescimento).

Como colher a urina?

Na hora da retirada do leite, a vaca geralmente urina, no momento em que a


urina deve ser recolhida com um balde.

Como guardar a urina?


Recomenda-se guardar em recipientes plásticos com tampa, onde deve
permanecer por três dias antes de usar. Em recipientes fechados, a urina
poderá permanecer por até um ano sem perder a ação.

Como usar a urina?

Misturar com água na proporção correta para cada cultura. Quantidades


maiores que as indicadas pelos testes de campo poderão causar danos ás
plantas.

A aplicação da mistura poderá ser feita no solo ou em pulverizações sobre as


plantas. A aplicação no solo é feita principalmente em frutíferas.

Que quantidade de urina usar?

Hortaliças:

Quiabo, jiló e berinjela: 1 litro de urina 100 litros de água, pulverizar nas plantas
de 15 em 15 dias.

Tomate, pimentão, pepino, feijão de vagem, alface e couve: ½ litro de urina em


100litros de água, pulverizar uma vez por semana.

Biofertilizante

Bio quer dizer vida e fertilizante, adubo, portanto biofertilizante é um adubo


vivo, pois contém organismos vivos que ajudam no controle de doenças,
pragas e minerais que alimentam as plantas. Os biofertilizantes podem ser
feitos com qualquer tipo de matéria orgânica fresca. Na maioria das vezes, são
utilizados estercos, mas também é possível usar somente restos de vegetais. O
biofertilizante é um produto usado como fertilizante foliar em produção de
mudas, hortaliças e culturas perenes, já que sua aplicação aumenta a
resistência natural ao ataque de pragas e doenças.

Receita

Material a ser usado

1 Caixa de 500 litros com tampa.

1 carrinho de mão de esterco fresco de bovino e caprino.

Mato roçado: 1 balde de cada planta. Exemplo: mamona, leguminosa rasteira,


betonca, gitirana.

1 litro Leite Colostro

1 litro Iogurte natural


5 kg de melaço ou açúcar comum

1 casa de cupim de madeira

Microrganismo do solo.

Modo de preparo e uso:

Colocar todos os ingredientes na caixa com água, colocar a tampa suspense a


30 cm da caixa, mexer todos os dias pela manhã e a tarde, deixar durante 20 a
30 dias o processo anaeróbico, diluir de 5 a 10 litros do preparo para 100 litros
de água. Sempre coar o biofertilizante antes de usar.

Compostagem

O que compostagem?

È o processo de transformação do material orgânico em adubo.

De que é feito?

A compostagem pode ser feita de resíduos vegetais de lavouras, aparas de


gramas, poda de árvore e restos de vegetais oriundos de cozinha, esterco de
animais, bem como de muitos outros materiais.

O que acontece no processo de compostagem?

Os materiais que tem os mais diversos tamanhos, formas e composição são


misturados e colocados para decompor e passam por processos bioquímicos.
Estes processos são realizados por microrganismos que utilizam este material
como fonte de energia, absorvendo os ingredientes minerais e carbono. Ocorre
a degradação desse material em presença de oxigênio e o produto de gás
carbono, água, calor e matéria orgânica utilizável pelas plantas. O material
aumenta a temperatura, ficando entre 50 e 70°C nesta atividade microbiana.

Quantos dias levam o processo de decomposição?

O processo de decomposição acontece conforme o manejo dos resíduos


podendo levar de 90 a 1 ano.

Quanto mais revolvido for o material mais ar entrará na pilha e se a umidade


estiver correta, mais rápido será o processo.

Como fazer uma compostagem orgânica?

Para melhor manuseio do material no local e um melhor controle do arejamento


e da umidade, o tamanho da pilha não deve exceder de 3 metros de largura e
1,5 de altura. O comprimento é livre, isso vai depender da área e do material
disponível.

Como montar a pilha de compostagem orgânica?

1- Escolher um local preferencialmente plano, livre de vento de fácil acesso


para carga e descarga do material. Ser próximo a uma fonte de água
para as irrigações periódica.
2- Empilhe as palhas, de cada tipo de material que se tem disponível, em
cada camada de 30 cm, aplicando-se uma fina camada de esterco
animal( 3 cm a 5 cm).
3- Irrigue bem após, evitando o escorrimento de água, permitindo assim
melhor distribuição de umidade no interior do monte.
4- Após empilhar essa primeira sequência de folhagem, palha e esterco,
inicia-se nova sequência com os mesmos matérias, até formar uma
altura adequada do monte.

Irrigação

A umidade adequada é um dos fatores mais importantes para a decomposição


mais rápida do material.

De maneira em geral recomenda-se molhar de 2 em 2 dias, usando a


quantidade de água apenas para repor a evaporação, pois o excesso de
umidade atrasa a decomposição.

Existem duas maneiras práticas de verificar se a umidade está adequada.

1- Espremer um punhado do composto com as mãos. Se escorrer entre os


dedos, o composto está muito molhado. Mas se formar um torrão, e este
desmanchar com facilidade a umidade está próxima do ponto ideal.
2- No momento do reviramento observar se existe mofo branco em alguns
locais no meio do monte, se existir indica que a umidade está baixa.

Reviramento e temperatura ideal

Para que tenha excelente qualidade, alguns fatores devem ser considerados,
principalmente no que diz respeito á umidade, temperatura e reviramento da
pilha na produção do composto orgânico.

Sendo assim para um controle adequado da umidade e da temperatura do


composto, é fundamental revirar os montes periodicamente. È importante fazer
o primeiro reviramento com 07 a 10 dias, após a montagem, e os demais
espaçados de 15 a 20 dias, em um total de quatro reviramentos durante cada
reviramento, irrigar –se novamente para distribuir bem a umidade em um
monte.
A faixa de temperatura ideal para a decomposição do material varia de 50°C a
60°C. Temperaturas excessivas podem queimar o material, o que não é
desejável. Por isso, deve-se evitar que a temperatura ultrapasse 70°C, o que
pode ser obtido com reviramentos e irrigações. Pedaços de vergalhão
enterrado nos montes permitem verificar periodicamente a temperatura interna
do composto, com o contato com as mãos. Se o calor for suportável, estará
normal. Caso contrário, estará muito quente. Após 60 dias a temperatura
diminui significativamente, atingindo níveis abaixo de 35°C, iniciando o fim da
fase de fermentação e o início de fase de mineralização da matéria orgânica.

O material estará decomposto e pronto para o uso, quando apresentar cor


escura e temperatura abaixo de 35°C, o que deverá ocorrer a partir dos 75 dias
de montagem.

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