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Colóquio Internacional Marx Engels

Mesa redonda: Cultura, Educação e Luta de Classe


Coordenador: Ronaldo Rosas Reis
Comunicação: O desafio da Educação Estética como fim em si mesmo em direção à
realização da liberdade e necessidades humanas.
Mestrado em Educação – UFF
Renata da Silva Nunes

O DESAFIO DA EDUCAÇÃO ESTÉTICA COMO FIM EM SI


MESMO EM DIREÇÃO À REALIZAÇÃO DA LIBERDADE E
NECESSIDADES HUMANAS

O processo de desenvolvimento das forças produtivas sob o regime capitalista


nos indica o modo como o corpo humano vem assumindo contemporaneamente a
dimensão de um “corpo máquina”. As contradições que fundamentam este processo
desvelam a relação da negatividade e positividade inerente ao modo de produção
capitalista, com consequências que devastam e impulsionam o homem em duas direções
que se opõem e se contrapõem; a mais miserável existência material e espiritual, e ao
enriquecedor desenvolvimento de suas capacidades e habilidades humanas. Cada qual
atendendo aos interesses e limites da propriedade privada.
A passagem da produção manufatureira para a maquinaria, aquilo que parecia
representar para o homem menor tempo de trabalho e maior tempo para si, transformou
a sua vida em uma escravidão absoluta com a intensificação do trabalho. Karl Marx, em
sua obra O Capital (2004), aponta para esta situação;

Não é esse o objetivo do capital, quando emprega maquinaria. Esse emprego,


como qualquer outro desenvolvimento da força produtiva do trabalho, tem
por fim baratear as mercadorias, encurtar a parte do dia de trabalho do qual
precisa o trabalhador para si mesmo, para ampliar a outra parte que ele dá
gratuitamente ao capitalista. A maquinaria é meio para produzir mais-valia
(p.427).

A divisão do trabalho, a decorrente parcialidade de sua atividade produtiva e, o


aperfeiçoamento da maquinaria, restringiu a existência humana natural¹ a uma
existência imediata de sobrevivência.
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¹ Para Marx, nos seus Manuscritos econômico-filosóficos, a existência humana natural é a condição de
elo do homem com o homem, isto é, de existência sua para o outro e do outro para ele, assim elemento
vital da efetividade humana.
Neste sentido, o homem passou a prisioneiro de sua própria realização. As suas
necessidades tornaram-se necessidades abstratas, o homem enquanto ser social e, assim,
estabelecedor e mantenedor de relações com o mundo através dos sentidos físicos e
espirituais, ou seja, da educação dos sentidos², limitou-se a forma de realização do
capital.
O capital como trabalho objetivo da propriedade privada e exclusão do trabalho
e, o trabalho como essência subjetiva da propriedade privada e exclusão da propriedade
privada, é o movimento pelo qual a produção do homem encontra-se tangível ao valor
de troca, assim como a exacerbação de sua racionalidade funcional e utilitária, de sua
natureza egoísta, e o desprovimento de sua sensibilidade e criatividade. Ao ter que
depreender tanta energia quanto à máquina, o corpo humano tornou-se extensão da
mesma e, os sentidos humanos tão rígidos quanto aquilo que a constitui. A sua
racionalidade vai de encontro ao esvaziamento da materialidade corpórea. Desta forma,
Marx nos seus Manuscritos econômico-filosóficos (2004), destaca;

A propriedade privada nos fez tão cretinos e unilaterais que um objeto


somente é nosso [objeto] se o temos, portanto, quando existe para nós como
capital ou é por nós imediatamente possuído, comido, bebido, trazido em
nosso corpo, habitado por nós etc., enfim, usado. Embora a propriedade
privada apreenda todas estas efetivações imediatas da própria posse
novamente apenas como meios de vida, e a vida, à qual servem de meio, é a
vida da propriedade privada: trabalho e capitalização (p.108).

Ao relacionar-se com o objeto, a intencionalidade humana aciona a sua


individualidade e subjetividade em meio a sua objetividade social. Esta relação
evidencia o quanto há de individualidade e coletividade em seu ser social ao expressar-
se como existência para o outro homem e, este para aquele. A sua particularidade e
coletividade o faz indivíduo, a totalidade é a sua existência.

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² De acordo com Reis (2001), a educação dos sentidos deve ser apreendida como educação estética nos
termos do que Karl Marx expressa em nos Manuscritos econômico-filosóficos (ou Manuscritos de Paris).
Isto é, como forma de realização da essência humana que é a sua liberdade ou omnilateralidade. Para
Marx, deve-se não apenas considerar nesse quadro os cinco sentidos físicos (ver, ouvir, sentir, cheirar e
degustar) mas, também, os sentidos espirituais como pensar, intuir, perceber, querer, desejar e amar
(2004, pp.99-114).
As necessidades humanas intencionam as qualidades sensíveis do objeto através
de impulsos, os quais correspondem à razão fundamentada a partir do próprio corpo, ou
seja, da sensibilidade, proporcionando a realização humana. À medida que esta relação
se distancia, ou seja, em que os meios de produção separam homem e objeto, a noção de
totalidade humana diminui e, a sua efetividade se esvai. Assim, as particularidades
sensíveis do objeto não se mostram, o sentido do objeto se perde com o atrofiamento
dos sentidos humanos. A percepção sensível do homem se rompe e se corrompe no
intuito de saciar o que é de imediato. Ao mesmo tempo em que o homem produz
riqueza material, experimenta a pobreza desta mesma materialidade em uma
desapropriação corpórea, além do modo de produção capitalista esconder sua
materialidade concreta e, desta forma, as relações sociais que se estabelecem,
reduzindo-a a materialidade abstrata. A problemática se situa no ponto onde em uma
sociedade dividida em classes, o trabalhador vende no intuito de atender às suas
necessidades básicas, o que de fato efetiva a sua existência humana natural, o seu corpo,
isto é, os seus sentidos físicos e espirituais, ao capitalista como forma de luta por sua
sobrevivência, enquanto o parasita social desproporciona esta relação aumentando o seu
lucro, as suas propriedades e, no sentido de ao menos manter esta situação, priva o
trabalhador de usufruir daquilo que produz. O parasita social se retroalimenta na
desigualdade social.
Eagleton (1993), tendo como base o pensamento de Marx destaca que;

O que acontece sob o capitalismo, para o jovem Marx, é uma espécie de


ruptura e polarização da vida sensível em duas direções antitéticas, cada uma
um travesti grotesco do corpo sensível autêntico. Num nível, o capitalismo
reduz a plenitude corpórea de homens e mulheres à “simplicidade crua e
abstrata da necessidade” – abstrata, porque quando a mera sobrevivência
material está em jogo, as qualidades sensíveis dos objetos intencionados por
essas necessidades não se tematizam. Em fala freudiana, pode-se dizer que a
sociedade capitalista transforma os impulsos, pelos quais o corpo humano
transcende suas próprias fronteiras, em instintos – aquelas exigências fixas,
monotonamente repetitivas, que encarceram o corpo dentro de suas fronteiras
(...)” (p.148-149).

A redução do objeto sensível, em outras palavras, o seu valor de uso rebaixado


ao valor de troca, presente no processo de abstração mercantilizadora tanto do objeto
quanto do impulso, quebra o elo existente entre uso e prazer, necessidade e desejo,
colocando todos sob a forma de mercadoria. A estetização do dinheiro faz com que tudo
passe a ser comprável e vendável, no intuito de atender aos caprichos do capitalista.
Segundo Eagleton, a mercadoria é o lugar em que Marx focaliza o problema do abstrato
e do concreto, de uma perturbação das relações entre espírito e os sentidos, forma e
conteúdo, universal e particular, onde ela é e, não é, um objeto, é perceptível e
imperceptível pelos sentidos humanos.
Para Marx, a propriedade privada é a expressão sensível da alienação do homem
sobre seu próprio corpo, sendo a externação de sua vida, a sua vida exteriorizada, isto é,
a manifestação de sua vida é ao mesmo tempo a negação da mesma. A relevância da
educação estética situa-se neste ponto de extrema desumanização do homem perante
algo que o torna humano; o próprio trabalho. Confrontamos-nos na condição de grande
contradição. Reis (2004) destaca que “(...) a história traduz a luta do homem pelo
autocontrole da sua sensibilidade, tudo o que lhe é extensivo da sociedade à tecnologia,
se impõe como uma dualidade a ser superada, como forma de recuperar os poderes que
lhe foram pilhados” (p.235).
O trabalho ao desenvolver todas as dimensões humanas, humaniza o homem, o
desenvolve enquanto ser humano. Neste sentido, Reis (2004), nos diz sobre o aspecto
humanizador do trabalho;

A premissa marxiana de que o processo de humanização, compreendido


como objetivo vital do homem para que este desenvolva todas as suas
dimensões, se faz no e pelo trabalho, traz incluída a ideia de que o trabalho é
também um movimento estético (p.231).

As relações do homem com o mundo; o ato de ver, cheirar, ouvir, degustar,


sentir, amar, pensar, os quais possibilitam a apropriação da essência humana, nos sugere
que esta é a relação do homem para com o objeto. Neste sentido, Marx nos diz que a
sensibilidade tem de ser a base de toda ciência, esta para ser efetiva deve partir da
natureza para que o homem possa se tornar objeto da consciência sensível e, que a
carência do homem passe à necessidade humana. Para isto, a educação estética deve
promover a realização humana de forma desinteressada, com fim em si mesma, para que
a vida humana não seja um meio utilitário, mas a realização de sua existência.
Cabe ressaltar que, se para Marx, a percepção sensível é a constituição da prática
humana, também cabe aqui dizer sobre o seu cuidado em não reduzi-la a um empirismo
vulgar, da mesma forma, a razão ao âmbito das ideias, afim de que não se corra o risco
de tornar-se uma prática contemplativa ou mera ideologia. Para ele o movimento
estético é teórico na sua práxis imediata, em que a contemplação de um objeto é um
processo ativo no interior de nossas significações. Para que o ser estético se realize é
necessária a sua emancipação política, como resultado na sua vida empírica de um ser
individual na sua espécie. Marx (2004) aponta;

A formação dos cinco sentidos é um trabalho de toda a história do mundo até


aqui. O sentido constrangido à carência prática rude também tem apenas um
sentido tacanho. Para o homem faminto não existe a forma humana da
comida, mas somente a sua existência abstrata como alimento; poderia ela
justamente existir muito bem na forma mais rudimentar, e não há como dizer
em que esta atividade de se alimentar se distingue da atividade animal de
alimentar-se. O homem carente, cheio de preocupações, não tem nenhum
sentido para o mais belo espetáculo; o comerciante de minerais vê apenas o
valor mercantil, mas não a beleza e a natureza peculiar do mineral; ele não
tem sentido mineralógico algum; portanto, a objetivação da essência humana,
tanto do ponto de vista teórico quanto prático, é necessária tanto para fazer
humanos os sentidos do homem quanto para criar sentido humano
correspondente à riqueza inteira do ser humano e natural (p.110).

A contradição inerente ao desenvolvimento dos meios de produção capitalista,


ao mesmo tempo em que coloca o homem na condição de desumanização ao lhe
embrutecer os sentidos, ao tornar sua existência humana a mais miserável possível,
desenvolve suas capacidades e habilidades humanas de modo a revolucionar as forças
produtivas. É como se a criatura se voltasse contra o criador.
Perante esta situação de caos e de total desequilíbrio, Fischer (1987), coloca a
atividade criadora como possibilidade de enfrentamento, nos dizendo que através da arte
o homem poderá estabelecer um estado de equilíbrio com o mundo exterior (p. 11).
Além de ser a “arte o meio indispensável para essa união do indivíduo com o todo;
reflete a infinita capacidade humana para a associação, para a circulação de experiências
e ideias” (p.13).
A condição desumanizadora, alienante e egoísta em que se encontra o homem e,
os poderes do capital são retratados na literatura, música e cinema, como no filme Eles
não usam black-tie (1981), dirigido por Leon Hirszman. Trata-se de uma adaptação de
uma peça de teatro, encenada em 1958, com a estreia do ator Gianfrancesco Guarnieri
como dramaturgo, ao cinema brasileiro, tendo como cenário a cidade de São Paulo nos
anos 1970, palco de grandes movimentos sociais.
O filme envolve as opressões e resistências vividas pela família e sindicato,
causadas pela indústria, a qual significa a universalidade representada do capital. O
momento em que se passa é do período ditatorial no Brasil, marcado pela sua transição
mais profunda ao capitalismo.
Para a viabilidade do sistema era necessário um grande controle por parte do
Estado e, isto é percebido claramente no filme através dos policiais na porta da fábrica,
dos mesmos, logo no início do filme, agredindo dois músicos que ficavam tocando no
bar onde os personagens Otávio (Gianfrancesco) e, Tião, seu filho (Carlos Alberto
Riccelli) frequentavam. A cena em que os dois músicos tocam no bar e, Otávio e o Tião
conversam sobre a possibilidade de greve na fábrica, mostra a contradição, pois mesmo
em um lugar de tanta pobreza, a música, a expressão artística se faz presente.
A televisão aparece como meio hipnotizador ao pai alcoólatra e desempregado,
da Maria (Bete Mendes), noiva do Tião. A bebida alcoólica é um aspecto que se
apresenta como um anestesiante às condições desumanas de vida. No momento em que
o pai de Maria consegue emprego, aparece sóbrio e pensativo, dizendo que dali em
diante tudo será diferente, dizendo-se feliz pela “conquista” e, que agora será um
homem útil. Contudo, ao primeiro dia de trabalho, este se configura de forma fatigante,
e em péssimas condições de realização, onde a sua mera existência útil, faz a busca por
seu anestésico ser novamente necessária. Expressa mais uma contradição do sistema,
onde o trabalho em seu aspecto humanizador e, assim, necessário ao homem, manifesta
sob tais condições, o seu caráter desumanizador.
A divisão do trabalho, a atividade de simples supervisor da maquinaria, e a
monotonia, repetição de movimentos durante a produção são expressos pelas cenas da
Maria, Tião e, Otávio na fábrica. As reclamações de Otávio sobre o aumento dos preços,
o baixo salário e, a posição do capitalista diante disto se faz presente em um dos
diálogos com Tião:

“Eu acho graça nesses caras, eles contrariam a lei em uma porção de coisas, mas na
hora de pagar o aumento, eles querem se apoiar na lei. Tião vai se preparando,
einh... Se eles continuam assim, eu não dou duas semanas e vai estourar uma baita
de uma greve. Aí, eu quero ver se eles vão dar o aumento ou não. Se não pagar,
greve! Assim que tem que ser”.

Diante destas condições os conflitos começam a surgir. Otávio e Bráulio (Milton


Gonçalves) buscam a conscientização da categoria por necessidade de greve, se
posicionam contra o grupo de trabalhadores que pretendem impor a greve aos colegas
de trabalho. Tião mostra-se contrário à greve e, a fura, discuti com seu pai, pois teme
por seu futuro, de Maria e, do filho que está por vir. Diante desta atitude de Tião, Otávio
o expulsa de casa, o que traduz como a forma de luta por melhores condições sociais de
vida é o seu próprio sentido de vida. A divisão do trabalho traduz a divisão entre
trabalho espiritual e trabalho material, assim sendo, gozo e trabalho, produção e
consumo passa a serem destinados a indivíduos diferentes. Marx e Engels (2007) ao
discorrer sobre as consequências da divisão do trabalho;

(...) com a divisão do trabalho, dá-se ao mesmo tempo a contradição entre o


interesse dos indivíduos ou das famílias singulares e o interesse coletivo de
todos os indivíduos ou das famílias singulares e o interesse coletivo de todos
os indivíduos que se relacionam mutuamente; e, sem dúvida, esse interesse
coletivo não existe meramente na representação, como “interesse geral”, mas,
antes, na realidade, como dependência recíproca dos indivíduos entre os
quais o trabalho está dividido. E, finalmente, a divisão do trabalho nos
oferece de pronto o primeiro exemplo de que, enquanto os homens se
encontram na sociedade natural e, portanto, enquanto há a separação entre
interesse particular e interesse comum, enquanto a atividade, por
consequência, está dividida não de forma voluntária, mas de forma natural, a
própria ação do homem torna-se um poder que lhe é estranho e que a ele é
contraposto, um poder que subjuga o homem em vez de por este ser
dominado (p. 37).

A falta de sensibilidade, de relação mais profunda e de sentidos, também se


mostra quando Maria, durante o velório de seu pai diz precisar vê-lo novamente, pois
nunca tinha visto o seu pai.
As tentativas de mobilização dos trabalhadores são reprimidas com violência,
prisões e, por fim com o assassinato do Bráulio. Este último acontecimento impulsiona
a conscientização e organização dos trabalhadores na concretização da greve, forma tão
defendida por Bráulio, inclusive no momento de sua morte.
Marx (2004) aponta para a suprassunção da propriedade privada como elevação
a esta condição desumanizadora, pois sendo aquela a apropriação sensível da existência
e da vida humanas. Com efeito, a propriedade não pode ser apreendida apenas no
sentido de fruição imediata, no sentido da posse. O comunismo é então, a suprassunção
positiva da propriedade privada, o retorno do homem a si, a efetivação da essência
humana para o homem e pelo homem.
O ponto tênue situa-se na aproximação perigosa, mas essencial à conquista do
comunismo entre o desenvolvimento das forças produtivas e o desenvolvimento das
dimensões humanas no e pelo trabalho.
Eagleton (1993) coloca a tentativa de a estética resolver de uma maneira
imaginária o problema de por que, em certas condições históricas, a atividade corpórea
é apropriada e confiscada. Neste sentido, o sublime no marxismo é a transgressão, a
transformação histórica da representação presente. É o movimento histórico da
humanidade no sentido se superar o quê em um determinado momento está posto.
Portanto, a impossibilidade de saber o uso que homens e mulheres darão às suas
dimensões emancipadas em um futuro socialista, é um processo que desafia a
representação, por isso sublime. Desta forma, a sociedade socialista é sublime.
A educação estética surge como desafio em uma sociedade dividida em classes,
no intuito de emancipar os sentidos humanos, possibilitando ao homem o seu
reconhecimento enquanto existência humana natural, através de relações humanas com
o mundo. Assim, a necessidade se libertará da necessidade abstrata e imediata quando o
homem reconhecer a necessidade como uma necessidade humana. A necessidade não
terá um fim, será um fim em si mesma. A sua realização se bastará. A liberdade será
promovida quando o homem puder regular o seu tempo de trabalho; as condições nas
quais se dá e com um gasto menor de energia. A pré-condição, para o alcance da
liberdade é o reconhecimento da necessidade humana para que a plena realização
humana se concretize.
A educação estética se torna um desafio e, não uma impossibilidade. Isto é
evidenciado quando retomamos o pensamento de Marx, no qual o mesmo expressou a
hostilidade do capitalismo à plenitude do desenvolvimento da capacidade humana de
criar, embora não considerasse impedimento à criação. Além de ressaltar que a
revolução, ou seja, a transformação da história será feita por aqueles que mais sofrem
com suas consequências devastadoras; os trabalhadores. É como se o homem tivesse
que vir do nada para emergir para o tudo.
REFERÊNCIAS:
EAGLETON, Terry. A Ideologia da Estética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

FISCHER, Ernst. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro: LTC, tradução de Leandro


Konder, 1987.
MARX, K. ; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.
MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004a.
________. O Capital. Livro 1, Vol.1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004b.
REIS, Ronaldo Rosas. Trabalho e conhecimento estético. In: Trabalho, Educação e
Saúde. Revista da Escola Politécnica Joaquim Venâncio. Fiocruz. V. 2, n. 2, p. 227 –
250, 2004.

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