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Congregação Batista em Tresidela

Sermão Nº 74 – Série Efésios – (08/11/2012)


DESCENDO NO “TOBOGÃ DO DIABO”.
Ficha do Sermão
Texto – Efésios 4.31
ICT – Paulo advertiu aos efésios para que tirassem de seu meio a amargura, a ira, a
cólera, a gritaria, a blasfêmia e toda especie de malícia.
Tese – O crente precisa abandonar a amargura, pois esta leva a ira, que leva a cólera
e que por sua vez se externa em gritaria, conduzindo a blasfêmia e por fim a malícia.
Título – Descendo no “tobogã do Diabo”.
Propósito básico – Expositivo
Propósito específico – Mostrar aos crentes que não podem preservar um coração
amargurado, pois isso é como estar num tobogã, nesse caso o “tobogã do Diabo”,
onde ele será conduzido em alta velocidade a ira, a cólera, a gritaria, a blasfêmia e a
malícia ou vice-versa, da malicia a amargura.
Estrutura homilética:
Introdução.
Frase de Transição: No tobogã do Diabo, do qual se precisa sair, o homem é levado
da amargura a malícia ou vice-versa, mas aqui seguiremos o caminho do texto:
1. Da amargura à ira:
2. Da cólera à gritaria:
3. Da blasfêmia à malícia:
Conclusão

Introdução
Um dos brinquedos preferidos pelas crianças num parque de
diversão é sem dúvida o tobogã. Depois de uma pequena subida é só
soltar o corpo e naturalmente se prova uma grande emoção, numa
descida que pode proporcionar um prazer enorme e dependendo da
extensão do brinquedo muita adrenalina em uma descida em alta
velocidade. Ao estudar o texto de efésios 4.31, a figura que se desenha em
minha mente é a de um tobogã, mas esse não trás prazer, esse não trás
felicidade, pelo contrário ele produz terror e seu final é horrível, pois esse
pode ser chamado de “tobogã do Diabo” ou “tobogã do pecado” como
desejar. Ele é o brinquedo preferido das crianças na fé, dos imaturos e dos
ímpios no mundo, que mesmo sem saber estão nele num ciclo constante
de pecado. Paulo aqui mostra uma série de 6 pecados que parecem segui
uma ligação e ordem crescente lógica, os quais devem ser retirados do
meio da Igreja, os quais devem ser extinguidos da vida dos crentes de uma
vez por todas. A ordem bíblica não deixa brechas, é tirar e pronto! Não
cabe ao crente brincar no “tobogã do diabo”, pois não faz parte de sua
natureza e lhe é necessário pular fora o quanto antes de tal lugar. Neste
estudo iremos entender a dinâmica desse tobogã, sabendo que no tobogã
do Diabo, do qual se precisa sair, o homem é levado da amargura a malícia
ou vice-versa, mas aqui seguiremos o caminho do texto:
I. Da amargura à ira: Entendemos a “amargura” aqui como a disposição
dura inclinada a contendas e a “ira” aqui como uma ira injusta, uma forma
de ódio arraigado e duradouro. Aqui Paulo lista a amargura como uma das
primeiras manifestações pecaminosas a serem retiradas pelos crentes do
meio da igreja e em consequência de suas vidas. Pessoas amarguradas são
pessoas indispostas a perceberem a beleza da vida, a perceberem a o bem
no mundo, pois são amargas e tendenciosas dissiparem seu amargor para
os que os cercam. Pessoas ficam amarguradas muitas vezes devido a
experiências ruins da vida não superadas, pela derrota, pelo ludíbrio ou
pelo desapontamento com outras pessoas. Isso as leva a agir de forma
áspera, amarga com as demais pessoas e com situações que envolvem sua
vida. Tendem a serem negativas, arredias, mal humoradas e muito
agressivas e impacientes. Essas pessoas facilmente são levadas a irar-se
com situações e até mesmo com o próprio Deus, como é o caso do profeta
Jonas. Essa ira não é a ira que Paulo disse aos efésios que não deixasse os
levar ao pecado, pois esta já é pecado. Ela é um ódio enraizado que leva
ao amargurado a liberar o seu amargor para todos os lados, ela é visão
pratica de um coração amargurado, ou seja, uma pessoa que vive irada.
No “tobogã do Diabo” a amargura é a escadinha na qual a criança sobe até
chegar ao local de descida, a ira é o começo da descida. Na igreja do
senhor onde deve reinar o amor, não há lugar para a amargura nem para
a ira, e assim é preciso dizer um basta, é preciso descer do tobogã, antes
que se comece a descer por ele!
II. Da cólera à gritaria: Para aquele que já estar a descer no “tobogã do
Diabo”, a próxima curva depois da Ira, é a manifestação explosiva desta,
ou seja, a cólera que leva a gritaria. Aqui cólera são excitações
temporárias de furor, é a ira explodindo como um vulcão em erupção, e
“gritaria” é uma explosão verbal dessa cólera, irradiando ódio e amargor
para todos os lados e ferindo todos os que são atingidos. Um coração
irado com tudo que está a sua volta, é uma bomba a espera que seja
acionada seu dispositivo para que exploda. E mais cedo ou mais tarde isso
vai acontecer em forma de cólera, esta podendo vim apenas com uma
atitude de silencio ou revolta incontrolável ou mesmo passando para o fim
para o qual o tobogã. Essa cólera conduz a uma explosão em forma de
gritaria, onde se dá vazão a todo o amargor contido e acumulado por um
coração que se apresenta como uma fonte a jorrar esses sentimentos
ruins. Normalmente quando há uma explosão de ira, quando se encontra
um crente em um ataque de cólera, encontra-se ai também uma cena de
briga dentro da igreja. Essas brigas costumeiramente se consumam em
discursões acaloradas e recheadas com palavras ofensivas e agressivas,
que são colocadas para fora em forma de gritaria com o único fim de vazar
todo o ódio acumulado. Não deve haver na Igreja de Cristo isso. Se você
tem se visto nessa situação é preciso descer do tobogã e parar a descer
por ele!
III. Da blasfêmia à malícia: Blasfêmia aqui não deve ser entendida aqui
como pregações ou declarações heréticas, antes aqui é apresentada em
termos gerais e o contexto mostra que aqui significa palavras injuriosas
proferidas com o fim de ferir ou denegrir a imagem de outro. Malícia aqui
significa maldade ou malignidade, ou seja, é o fim para onde leva o tobogã
ou também pode ser visto como a raiz de onde partem todas as
manifestações pecaminosas citadas anteriormente, pois expressa a
essência da velha natureza do homem no pecado. Quando o homem aqui
chega seu estado já é tanto que age com o único fim de prejudicar, de
ferir e de denegrir o próximo. Ele defere palavras de injuria, mas também
age de forma maligna e maliciosa a fim de destruir. Aqui suas palavras são
más, suas ações são más e a sua natureza é má. Fica difícil olhar para a
igreja como um local onde possa haver pessoas assim, mas Paulo mostra a
possibilidade ao advertir que não devem ser tolerados. Igreja não aceite
isso! Irmão pule fora desse tobogã enquanto ainda pode!
Conclusão
Na Igreja não pode haver amargura, nem ira, nem cólera, nem
gritaria, nem blasfêmia e nem malicia, pois isso não condiz com Cristo!

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