Você está na página 1de 9

Descrição GT 1: Letramento Literário

Professor Dr. Frederico José Machado da Silva (UPE/Mata Norte)

A partir das perspectivas teóricas associadas ao letramento literário, multiletramentos, estética


da recepção e métodos de ensino de literatura, o Grupo de Trabalho (GT) 'Letramento Literário'
propõe a integração de estudantes de graduação e pós-graduação, assim como docentes da
educação básica e demais interessados. O intuito é fomentar discussões acerca do papel
desempenhado pelo professor de literatura no contexto da educação básica, abordando
temáticas que englobam os processos avaliativos no ensino literário, a prática da leitura sob a
ótica subjetiva e crítica, bem como os desafios apresentados pelo ensino de literatura diante das
exigências estipuladas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para os anos finais do
Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
Descrição GT 2: Língua(gem) e Ensino
Professora Dra. Izabelly Correia dos Santos Brayner (UPE/Mata Norte)

O grupo de trabalho Língua(gem) e Ensino tem como objetivo discutir o ensino da Língua
Portuguesa nos mais diversos níveis de ensino, bem como o desenvolvimento de pesquisas em
áreas relacionadas ao ensino da língua materna.
Descrição GT 3: Estudos Linguísticos e Ensino de Língua Portuguesa
Professor Dr. Marlos de Barros Pessoa (UPE/Mata Norte)

Hoje é consenso entre professores e pesquisadores da área de língua portuguesa que um ensino
da língua não pode se sustentar em práticas tradicionais que tomem a gramática normativa como
modelo para o ensino. O desenvolvimento contínuo dos estudos lingüísticos e a formação
continuada de docentes passou a ofertar um manancial riquíssimo de alternativas para uma
prática profícua e eficaz do ensino da língua com base, sobretudo nos aportes da Linguística
Aplicada, há algumas décadas. Dessa forma, é fundamental a formação de professores com
ênfase nos conceitos básicos de Linguagem e Linguística. É propósito deste GT, Estudos
Linguísticos e Ensino de Língua Portuguesa, pois, que a formação básica desses componentes
na formação do docente de língua portuguesa se reflita em propostas que contemplem o ensino
da língua materna dentro de uma perspectiva científica, segundo preconizam os documentos
oficiais para as diretrizes e políticas da educação linguística na formação docente.
Descrição GT 4: Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas Estrangeiras
Professora Dra. Gisele Pereira de Oliveira (UPE/Mata Norte) / Professora Dra. Rita de Cássia
Freire de Melo (UPE/Mata Norte)

Este GT proporcionará uma plataforma para pesquisadores/as, professores/as e estudantes


compartilharem suas contribuições e avanços no campo do ensino de línguas estrangeiras, com
ênfase em espanhol e inglês, à luz da Linguística Aplicada. Aceitamos resumos que explorem
práticas inovadoras e desafios contemporâneos no ensino de línguas estrangeiras. Os tópicos de
interesse incluem estratégias pedagógicas eficazes, desenvolvimento de habilidades
linguísticas, uso de tecnologia, abordagens inovadoras para gramática e vocabulário,
interculturalidade e avaliação no ensino de línguas. Convidamos a submissão de resumos que
contribuam para o avanço do conhecimento no campo. Aceitaremos trabalhos teóricos,
pesquisas empíricas, estudos de caso e práticas pedagógicas relevantes. Esperamos receber
contribuições enriquecedoras que impulsionem a educação linguística.
Descrição GT 5: Leitura e Escrita
Professor Dr. José Maria de Aguiar Sarinho Júnior (UPE/Mata Norte)

Partindo de uma ressignificação do ler e do escrever, o GT Leitura e Escrita propõe discussões


acerca das práticas sociais de leitura e de escrita, sobretudo aquelas de cunho multimodal. Nesse
contexto, acreditamos que a escola da Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) deve
constituir-se como uma comunidade de leitores e escritores, possibilitando aos seus alunos a
imersão total em práticas leitoras e escritoras vivas, através das quais possam acontecer trocas
de ideias, informações sobre fatos, validação sobre diversos pontos de vista, dentre outros
aspectos. Dessa forma, buscamos discutir não só como deve ocorrer a potencialização do
conhecimento crítico-reflexivo discente, mas também de que forma podem acontecer novas
práticas de leitura e escrita escolares, uma vez que, na contemporaneidade, torna-se necessário
familiarizá-los com certos gêneros textuais que requerem habilidades no tocante à leitura não-
linear, multidirecional e à inter-relação existente entre diferentes situações e saberes, conforme
preconizam a BNCC e o Currículo de Pernambuco.
Descrição GT 6: Gramática, Texto e Ensino
Professora Dra. Ana Karine Pereira de Holanda Bastos (UPE/Mata Norte)

Vários teóricos e estudiosos da Gramática Brasileira, concordam de que estudar a gramática


nunca levou ninguém a desenvolver as habilidades da leitura, escrita ou fala, nem a desenvolver
os conhecimentos práticos do português padrão escrito. Para refletir sobre isso, o GT Gramática,
Texto e Ensino, pretende fazer uma reflexão acerca do papel da gramática na construção dos
textos e a sua relação com o ensino. O ponto de partida é repensar as diversas nomenclaturas e
diferentes teorias linguísticas sobre a gramática: normativa, reflexiva, descritiva, funcionalista,
contextualizada etc., como também as diferentes metodologias de ensino de língua(gem), que
obedecem aos princípios teóricos-metodológicos dos paradigmas tradicionais conflitantes entre
si, incapazes de desenvolverem a habilidade de leitura e escrita na construção dos textos.
Descrição GT 7: Discurso e Ensino
Professora Dra. Edleide de Souza Godoi (UPE/Mata Norte)

Este GT pretende reunir trabalhos que apresentem um debate em pesquisas teóricas e práticas,
atrelados a experiência de alunos e professores em projetos de pesquisas ou experiências de
sala de aula (experiências acadêmicas e profissionais) na área do discurso e ensino. Nesta
proposta, as investigações articulam diferentes perspectivas teóricas metodológicas ligadas a
educação e ao universo do ensino no Brasil, voltados para a ensino, o discurso e seus efeitos de
sentido como, estudos bakthiniano e análises discursivas contemporâneas. Serão aceitos
trabalhos desenvolvidos a partir de múltiplos e variados objetos, desde uma leitura sobre as
práticas cotidianas escolarizadas aos mais variados modos de letramento, ligados aos discursos
do cotidiano, que interferem no modo de constituição do ensino e, consequentemente, dos
sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Referências:
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola
Editorial, 2009.
SANTOS, Antonio G. Pinheiro; SILVA, Francisco Vieira; FREITAS, M. Eliza.
Discursividades em ensino: práticas de subjetivação e regimes de verdade na educação. São
Carlos: Pedro e João Editores, 2008.
SILVA, D. Sergio; GOMES, G. Ramos. Análises em Discursos: perspectivas, leituras,
diálogos. São Carlos: Pedro e João Editores, 2019.
Descrição GT 8: Literatura(s) na contemporaneidade
Professora Dra. Rafaella Teotônio (UPE/Mata Norte)

Para o crítico de arte, Hal Foster (2014), o contemporâneo revela, como uma tendência da arte
das últimas décadas, a preferência por apresentar personagens que são representações de
sujeitos marginalizados na sociedade, tendência também reconhecida por Linda Hutcheon
(1991) quando elabora o conceito de ex-cêntrico em Poética do Pós-modernismo. Para Foster
(2014), em seu ensaio O artista como etnógrafo, a produção artística, principalmente da
esquerda, perseguiu uma ideia de alteridade, na tentativa de dialogar com as discussões
propostas pelas Ciências Humanas quanto à questão do sujeito e do outro, bem como a assunção
de um modo político de fazer arte. Esse paradigma identificado por Foster assume a mesma
perspectiva da discussão proposta em anos anteriores por Walter Benjamim (2012) em seu
ensaio O autor como produtor. Para esses autores tais paradigmas confluem no mesmo ponto:
o lugar do artista em meio à transformação política da sociedade.
De acordo com Foster (2014), a alterização (othering) tornou-se o paradigma da arte na
contemporaneidade, preocupada em representar os lugares dos sujeitos que estão à margem na
sociedade. Compreende-se então que o momento histórico destaca uma profusão de debates
políticos em todas as esferas sociais sobre a antiga relação entre o sujeito e o outro cultural.
Trata-se de pensar sobre quem se fala, quem fala e de que lugar fala àqueles que se propõem a
construir o outro cultural. Pois, como elaborou a pesquisadora Regina Dalcastagné (2002, p.35),
“um dos sentidos de ‘representar’ é, exatamente, falar em nome do outro” e que este “falar de
alguém” ou “por alguém” é sempre um ato político”. No campo literário, essas questões
continuam a provocar polêmicas e em alguns sentidos limitam a condição do autor enquanto
produtor empenhado na transformação da sociedade. Desse modo, quando se pensa em
literatura, pensa-se também em produção de imagens, saberes e perspectivas.
Dessa forma, a ascensão de estudos sobre a produção e representação de grupos
excluídos na literatura procura revelar a posição do escritor na contemporaneidade. Teria, hoje,
o escritor, a capacidade de representar com legitimidade os grupos que não fazem parte do seu
lugar? E mesmo que a resposta seja não, qual a importância em discutir o lugar/posição do
escritor? E mais, qual o papel do escritor frente à urgência em fazer surgirem as vozes antes
silenciadas? Pensando nessas questões, já que a atividade literária, como já refletido, é uma
atividade de imaginar-se como outro para comunicar a outros, o peso que revela a escrita
literária na disseminação de imagens e estereótipos força a discussão sobre uma estratégia de
representação que vise à diversidade de perspectivas dos outros representados, ou seja, a
questão do lugar de fala, já elaborado por teóricas como Donna Haraway (1995) e Djamila
Ribeiro (2017). Este Grupo de trabalho espera acolher discussões sobre as literaturas
contemporâneas de diversas línguas, com o objetivo de pensar sobre alteridade, lugar de fala,
representações e autorrepresentações de minorias, além de temas diversos que suscitem as obras
de autores e autoras contemporâneas.
Palavras-chave: contemporâneo; alteridade; representação; minorias.

Você também pode gostar