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CONSULTA
1. Fazer parte do corpo clínico de um Hospital significa que faço parte da rede
credenciada dos planos de saúde a qual o hospital possui?
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Rua Professora Emília Franklin Mululo, nº 228, Bento Ferreira, Vitória (ES)
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LEGISLAÇÃO PERTINENTE
a autonomia profissional;
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obediência ao Código de Ética Médica, ao Estatuto e ao Regimento Interno da
Instituição;
deverá também o médico restringir sua prática à(s) área(s) para a(s) qual(is)
foi admitido, exceto em situações de emergência.
RESOLVE:
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forma de cooperativa ou de sociedade profissional; (Resolução
1.642 – 2º considerando e artigo 1º, alínea “d”);
b) Em casos excepcionais, a negociação dos Hospitais referente aos
honorários poderá ser feita diretamente junto às operadoras, uma
vez aprovado em assembleia do corpo clínico ou da
especialidade diretamente envolvidos, e especificamente
convocada para esse fim, sob referendo da Plenária do
CRM/ES;
c) Estão impedidos os Hospitais, ao celebrarem contratos com as
empresas de seguro de saúde, de medicina de grupo,
cooperativas de saúde, empresas de autogestão e outras do
gênero, de determinar ou estabelecer os valores dos honorários
médicos dos profissionais acima mencionados ao assumirem a
responsabilidade pela assistência;
d) Os Hospitais ficam também impedidos de firmarem contrato com
operadoras em nome dos profissionais médicos, tendo em
vista que as obrigações da instituição de saúde dizem
respeito aos serviços de hotelaria, guarda e manutenção de
documentos, incolumidade e segurança do paciente,
disponibilização de meios e recursos à prática médica, dentre
outros, mas não à prática de ato médico propriamente,
competência esta exclusiva do médico.
Art. 2º É direito exclusivo do médico, e não dos Hospitais nos casos
acima, negociar e/ou receber valores pelos serviços prestados aos
usuários das empresas de seguro de saúde, de medicina de
grupo, cooperativas de trabalho médico, empresas de
autogestão e outras do gênero no Estado do Espírito Santo.
Art. 5º É proibido aos médicos a prestação de serviços para
instituições que descumpram o estipulado nesta Resolução
(Resolução CFM 1.642, art. 6º).
Art. 6º Todos os contratos, hoje existentes, celebrados entre as
empresas de seguro de saúde, de medicina de grupo, cooperativas
de saúde, empresas de autogestão e outras do gênero com os
Hospitais no Estado do Espírito Santo que estão em vigência
deverão se adequar a esta resolução no prazo de 90 (noventa) dias,
a partir da data de sua publicação.
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quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a
eficiência e a correção de seu trabalho.
X - O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com
objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa.
XVI - Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou
de instituição, pública ou privada, limitará a escolha, pelo médico,
dos meios cientificamente reconhecidos a serem praticados para o
estabelecimento do diagnóstico e da execução do tratamento, salvo
quando em benefício do paciente.
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Art. 66. Praticar dupla cobrança por ato médico realizado.
Parágrafo único. A complementação de honorários em serviço
privado pode ser cobrada quando prevista em contrato.
Art. 70. Deixar de apresentar separadamente seus honorários
quando outros profissionais participarem do atendimento ao paciente.
DO PARECER:
O Código de Ética Médica define a Medicina como uma profissão a serviço da saúde
do ser humano, em benefício da qual deverá o médico agir com o máximo de zelo e
o melhor de sua capacidade profissional, sendo-lhe vedado deixar de utilizar todos
os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento a seu alcance em favor do
paciente, bem como abandonar paciente sob seus cuidados. Assim, toda instituição
prestadora de serviços de assistência médica deverá estruturar seu Corpo
Clínico, definindo no respectivo Regimento Interno as competências do Corpo
Clínico, as atribuições dos Diretores Técnico e Clínico, os deveres e direitos dos
médicos. Além disso, deverá constar nos regimentos internos que os médicos têm o
dever de cumprir as normas técnicas e administrativas da Instituição em que
trabalham sem, contudo, perder a autonomia profissional e tendo por estatuto
principal o Código de Ética Médica.
1. Fazer parte do corpo clínico de um Hospital significa que faço parte da rede
credenciada dos planos de saúde a qual o hospital possui?
Compete aos membros do Corpo Clínico, a decisão final sobre a prestação do
serviço médico do hospital. Fica resguardado no limite dos preceitos éticos o
direito do médico decidir com autonomia de atender pacientes vinculados a
convênios mesmo quando aceitos pelo Corpo Clínico. Assim, fica a critério do
médico atender ou não a rede credenciada ao Hospital.
2. Tal fato me obriga a atender ou realizar procedimentos ao paciente com
honorários vinculados ao faturamento do hospital? Ressalta-se que este paciente
não fora atendido no Pronto Socorro, e o profissional em questão não esta ou
estava de plantão.
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O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a
prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não
deseja, exceto em situações de ausência de outro médico, em caso de urgência
ou emergência, ou quando sua recusa causar danos à saúde do paciente.
3. É vedado ao cliente do plano de saúde ter liberdade de escolher o profissional
medico, mesmo que este não faça parte de sua rede credenciada, porém ter o
direito de utilizar seu plano para realização de exames laboratoriais, de imagem,
internação, uso de órteses ou próteses, na qual seu contrato lhe favoreça e a
todos os demais profissionais que sejam credenciados por seu plano?
A autonomia do paciente deve ser sempre respeitada. Considerando que, caso o
profissional não esteja credenciado ao seu plano de saúde, caberá a ele
(paciente) a remuneração do profissional escolhido, sendo que os honorários
dessa assistência devem ser previamente estabelecidos por contrato de forma
justa e digna pelo profissional. Os demais serviços, caso estejam contemplados
no contrato com o plano de saúde, devem ser absorvidos pela operadora de
saúde conveniada ao Hospital.
4. Não fazer parte da rede credenciada impede que o profissional solicite
procedimentos ou exames?
Ao contrário, o médico não pode permitir que interesses pecuniários, políticos,
religiosos ou de quaisquer outras ordens, do seu empregador ou superior
hierárquico ou do financiador público ou privado da assistência à saúde interfiram
na escolha dos melhores meios de prevenção, diagnóstico ou tratamento
disponíveis e cientificamente reconhecidos no interesse da saúde do paciente ou
da sociedade, então. deve exercer sua autonomia profissional.