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Moçambique
(OrMM)
Código Ético-
Deontológico e Código
de Processo
Janeiro de 2017
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CÓDIGO ÉTICO-DEONTOLÓGICO E CÓDIGO
DE PROCESSO
Preâmbulo
A Ordem dos Médicos de Moçambique (OrMM) foi criada por força da Lei 3/2006,
de 3 de Maio, para desenvolver serviços de interesse público. Neste sentido,
desde a sua criação tem sido confrontada com um conjunto de desafios, de entre
os quais, defender a ética, a deontologia, a dignificação da classe e a qualificação
profissional médicas, a fim de assegurar e fazer respeitar o direito dos cidadãos a
uma medicina de qualidade. Assim, a OrMM deve criar e dinamizar as estruturas
que velem pela ética, deontologia e qualificação profissional médica. E como a
OrMM tem sido solicitada para solução de conflitos que envolvem médicos, seus
membros, tanto na sua relação com os pacientes, assim como, na relação entre
pares. Assim, para dar vazão aos casos que lhe são remetidos, a OrMM tem vindo
a ensaiar um conjunto de procedimentos para sanar a ausência de um instrumento
que oriente e padronize os procedimentos na tramitação e avaliação dos casos
que lhe chegam ao conhecimento, na prossecução de uma medicina humanizada
que respeite o direito à saúde de todos os cidadãos.
Assim, para sanar a lacuna e padronizar os seus procedimentos na materialização
da sua jurisdição disciplinar, OrMM fixa as normas éticas, deontológicas e
disciplinares para a classe médica, numa altura em que a sociedade clama por
uma medicina humanizante, exigindo padrões de qualidade no exercício dessa
actividade.
Nestes termos, A Assembleia-geral da OrMM aprova o presente Código que faz
parte integrante dos Estatutos da OrMM, por força da Lei 3/2006, de 30 de Maio.
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TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS GERAIS
Artigo 1°
(Conceitos)
Artigo 2°
(Normas complementares)
Artigo 3°
(Âmbito)
Artigo 4°
(Independência dos médicos)
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2. O disposto no número anterior não contraria a existência de hierarquia técnica
institucional legal ou contratualmente estabelecida, não podendo em nenhum
caso um médico ser constrangido a praticar actos médicos contra sua vontade.
Artigo 5°
(Competência exclusiva da Ordem dos Médicos)
CAPÍTULO II
DEVERES DOS MÉDICOS
Artigo 6°
(Princípio Geral)
1. O médico deve exercer a sua profissão com o maior respeito pelo direito à
saúde dos doentes e das comunidades.
2. Sem prejuízo do seu direito a uma justa remuneração, o médico não deve
considerar o exercício da medicina como uma actividade eminentemente
dirigida para fins lucrativos, devendo a profissão ser fundamentalmente
exercida em benefício dos doentes e da comunidade.
Artigo 7°
(Proibição de discriminação)
Artigo 8°
(Situação de urgência)
Artigo 9°
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(Calamidade pública ou epidemia)
Artigo 10°
(Greve de médicos)
Artigo 11°
(Actualização e preparação científica)
Artigo 12°
(Dignidade)
Artigo 13°
(Outros deveres)
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CAPÍTULO III
PUBLICIDADE
Artigo14°
(Princípio geral da divulgação da actividade médica)
Artigo 15°
Artigo 16°
(Publicitação da actividade)
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mudanças de consultório de acordo com usos e costumes locais e em
conformidade com regulamento da Ordem.
d) a publicação de anúncios em listas telefónicas gerais e classificadas.
Artigo 17°
(Publicitação de estudos)
Artigo 18º
(Colaboração com os meios de comunicação social)
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CAPÍTULO IV
CONSULTÓRIOS MÉDICOS
Artigo 19°
(Consultório médico)
Artigo 20°
(Localização)
Artigo 21°
(Substituição)
Artigo 22°
(Direitos do médico substituto)
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Artigo 23°
(Substituição de duração superior a doze meses)
Artigo 24°
(Proibição de desvio de doentes)
Artigo 25°
(Proibição de substituição)
Artigo 26°
(Transmissibilidade de consultório)
TÍTULO II
O MÉDICO AO SERVIÇO DO DOENTE
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CAPÍTULO I
QUALIDADE DOS CUIDADOS MÉDICOS
Artigo 27°
(Princípio Geral)
Artigo 28°
(Condições do exercício)
Artigo 30°
(Objecção de consciência)
O médico tem o direito de recusar a prática de acto da sua profissão quando tal
prática entre em conflito com a sua consciência moral, religiosa ou humanitária,
ou contradiga o disposto neste Código, excepto em situações de emergência em
que haja perigo de vida para o doente.
Artigo 31°
(Livre escolha do doente)
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1. O médico ao ajudar o doente na escolha de outro médico, nomeadamente
especialista, deve guiar-se apenas pela sua consciência profissional e pelo
interesse do doente
2. Respeitado o disposto no número anterior, o médico pode livremente
recomendar ao doente quaisquer estabelecimentos ou entidades prestadoras
de cuidados de saúde, seja qual for a sua natureza e independentemente do
sector ou organização em que funcionalmente aquele se integre.
Artigo 33°
(Isenção)
Artigo 34°
(Mudança de Médico)
Artigo 35°
(Direito de recusa de assistência)
Artigo 36°
(Direito de recusa de acto especializado)
Artigo 37°
(Recusa de continuidade de assistência)
a) não haja prejuízo para o doente, nomeadamente por lhe ser possível
assegurar assistência por médico de qualificação equivalente;
b) tenha fornecido os esclarecimentos necessários para a regular
continuidade do tratamento.
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2. A incurabilidade da doença não justifica o abandono do doente.
Artigo 38°
(Dever de esclarecimento e recusa de tratamento)
Artigo 39°
(Métodos arriscados)
Artigo 40°
(Prognóstico e diagnóstico)
Artigo 41°
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(Respeito pelas crenças e interesses do doente)
Artigo 42°
(Limitação de visitas)
Artigo 43°
(Crianças, idosos e deficientes)
O médico deve usar de particular solicitude e cuidado para com a criança, idoso
ou deficiente doente, especialmente quando verificar que os seus familiares ou
outros responsáveis não são suficientemente capazes ou cuidadosos para tratar
da sua saúde ou assegurar o seu bem-estar.
Artigo 44°
(Protecção de diminuídos e incapazes)
Artigo 45°
(Tratamento vedados ou condicionados)
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com diminuição da livre determinação ou da responsabilidade, ou provocar estados
mórbidos, salvo havendo consentimento formal por escrito, do doente ou seu
representante legal, após ter sido informado dos riscos a que se expõe, e sempre no
interesse do doente, nomeadamente no intuito de lhe restituir a saúde.
Artigo 46°
(Liberdade dos médicos)
CAPÍTULO II
PROBLEMAS RESPEITANTES À VIDA E À MORTE
Artigo 47°
(Princípios Geral)
1. O médico deve guardar respeito pela vida humana desde o seu início.
2. Ao médico é vedada a ajuda ao suicídio, a eutanásia e a distanásia.
3. A prática da interrupção voluntária da gravidez é regulada por legislação
específica.
Artigo 48°
(Terapêutica que implique risco de interrupção da gravidez)
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6. Concluída a terapêutica, deve ser remetido ao Conselho Nacional de Ética e
Deontologia Médica da Ordem dos Médicos, cópia do protocolo referido no
número 2, com a descrição da terapêutica realizada e omissão dos elementos
de identificação do doente.
Artigo 49°
(Dever da abstenção da terapêutica sem esperança)
Artigo 50°
(Morte)
Artigo 51°
(Transplante com remoção de órgãos da pessoa falecida)
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Artigo 52°
(Transplante com remoção de órgão de pessoa viva)
Artigo 53°
Artigo 54°
(Inseminação artificial)
Artigo 55º
(Esterilização)
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1. A esterilização irreversível só é permitida quando se produza como
consequência inevitável de uma terapêutica destinada a tratar ou evitar um
estado patológico grave dos progenitores ou dos filhos:
Artigo 56°
(Transsexualidade e manipulação genética)
CAPÍTULO III
OS MÉDICOS E OS DOENTES PRIVADOS DE LIBERDADE
Artigo 57°
(Princípio Geral)
Artigo 58°
(Greve de fome)
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Artigo 59º
(Tortura)
CAPÍTULO IV
EXPERIMENTAÇÃO HUMANA
Artigo 60°
(Princípio Geral)
Artigo 61°
(Experimentação)
Artigo 62°
(Intervenções e colheitas)
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1. O doente só pode ser submetido a intervenção cirúrgica, colheita para
análises, ou a quaisquer outros exames que não tenham para ele uma utilidade
directa se, devidamente esclarecido quanto às finalidades e consequências
desses actos, tiver dado o seu consentimento expresso, por escrito.
2. Em qualquer caso as operações referidas no número anterior nunca podem
causar lesões permanentes.
3. Tratando-se da utilização de novas técnicas médicas ou cirúrgicas no interesse
do doente, até então não experimentadas no ser humano, deve ser obtido o
consentimento expresso e escrito e esclarecido daquele, após ter sido
devidamente informado.
Artigo 63°
(Ensaio de novos medicamentos)
Artigo 64°
(Garantias Éticas)
Artigo 65°
(Experimentação em doença incurável)
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Artigo 66°
(Independência dos experimentadores)
Artigo 67°
(Limites éticos à experimentação)
CAPÍTULO V
SEGREDO PROFISSIONAL, ATESTADOS MÉDICOS E
ARQUIVOS CLÍNICOS
Artigo 68°
(Segredo profissional)
Artigo 69°
(Âmbito do segredo profissional)
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a menos que para tal obtenha ou seu consentimento expresso ou que o envio
não implique revelação do segredo.
Artigo 70°
(O segredo na posse das entidades colectivas de saúde)
Artigo 71°
(Escusa do segredo)
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destes casos o médico revelar mais do que o necessário e sem prévia
consulta e consentimento escritodo Bastonário da Ordem.
Artigo 72°
(Manutenção do segredo em cobrança de honorários)
Artigo 73°
(Precauções que não violam o segredo)
Artigo 74°
(Intimação Judicial)
Artigo 75°
(Atestados e outros documentos médicos)
Artigo 76°
(Proibição de atestados de complacência)
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É considerada falta deontológica o facto de o médico emitir atestados de
complacência ou relatórios tendenciosos sobre o estado de saúde de qualquer
pessoa.
Artigo 77°
(Auxiliares)
O médico deve zelar para que os seus auxiliares se conformem com as normas
do segredo profissional.
Artigo 78°
(Processo ou Ficha Clínica e exames complementares)
1. O médico, seja qual for o estatuto a que se submeta a sua acção profissional,
tem o direito e o dever de registar cuidadosamente os resultados que
considere relevantes das observações clínicas dos doentes a seu cargo,
conservando-as ao abrigo de qualquer indiscrição, de acordo com as normas
do segredo profissional.
2. A ficha clínica do doente, que constitui a memória escrita do Médico, pertence
a este e não ao doente, sem prejuízo do disposto nos artigos 68, 69, 70, 71,
72, 73 e 74.
3. Os exames complementares de diagnóstico e terapêutica, que constituem a
parte objectiva do processo do doente, podem ser-lhe facultados quando este
os solicite, aceitando-se, no entanto, que o material a fornecer seja constituído
por cópias correspondentes aos elementos constantes do processo clínico.
Artigo 79°
(Comunicação)
Sempre que o interesse do doente o exija, o médico deve comunicar sem demora
a qualquer outro médico assistente, os elementos do processo clínico necessários
à continuidade dos cuidados.
Artigo 80°
(Publicações)
O médico pode servir-se das suas observações clínicas para as suas publicações,
mais deve proceder de modo a que não seja possível a identificação dos doentes,
a menos que previamente autorizado a tal.
Artigo 81°
(Destino dos registos em caso de transmissão de consultório)
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1. Quando o médico cesse a sua actividade profissional, as suas fichas devem
ser transmitidas ao médico que lhe suceda, salvaguardada a vontade dos
doentes interessados e garantido o segredo profissional.
2. Na falta de médico que lhe suceda, deve o facto ser comunicado à Ordem dos
Médicos por quem receber o espólio do consultório ou pelos médicos que
tenham conhecimento da situação, a qual determina o destino a dar-lhes.
CAPÍTULO VI
HONORÁRIOS
Artigo 82°
(Princípio Geral)
Artigo 83°
(Proibição de concorrência)
Artigo 84°
(Dever de gratuitidade)
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3. O médico fica isento deste dever se existir entidade que cubra os custos da
assistência prestada, ou quando o doente manifeste esse desejo.
Artigo 85°
(Chamadas ao domicílio)
Artigo 86°
(Conferências)
Artigo 87º
(Ajuste prévio)
Artigo 88°
(Cirurgia)
Artigo 89°
(Comparticipações vedadas)
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fisioterapia, consultas ou operações, bem como pelo encaminhamento de
doentes para casas de saúde ou estações de cura;
c) a aceitação de ofertas, provenientes de entidades comerciais ligadas à
prestação de cuidados de saúde, excepto tratando-se de ofertas de valor
simbólico e não comercializáveis;
d) é, todavia, autorizada a partilha de honorários entre médicos, se
corresponderem a efectivos serviços prestados a doentes quer no âmbito
da medicina de grupo, mercê de contrato visado pela Ordem dos
Médicos, quer no âmbito de trabalho em equipa e no espírito do número
1 do artigo 82.
Artigo 90°
(Cooperação para cobrança de honorários)
TÍTULO III
O MÉDICO AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
CAPÍTULO I
RESPONSABILIDADE DO MÉDICO PERANTE A COMUNIDADE
Artigo 91°
(Princípio geral)
1. Seja qual for o seu estatuto profissional, o médico deve, com pleno respeito
pelos preceitos deontológicos, prestar colaboração e apoio às entidades
prestadoras de cuidados de saúde.
2. Pode, porém, cessar a sua acção em caso de grave violação dos direitos,
liberdades e garantias individuais das pessoas que lhes estão confiadas, ou
em caso de grave violação da dignidade, liberdade e independência da sua
acção profissional.
Artigo 92°
(Responsabilidade)
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Artigo 93°
(Colaboração)
Sem prejuízo das normas de segredo profissional, o médico deve colaborar com
os serviços de segurança social e equiparados, passando a documentação
necessária para que o doente possa reclamar os direitos que lhe cabem.
Artigo 94°
(Deveres de Saúde Pública)
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i. obedecer às determinações das autoridades sanitárias, sem prejuízo do
cumprimento das normas deontológicas;
Artigo 95°
(Não subordinação do dever público ao interesse privado)
Artigo 97°
(Receitas e similares)
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CAPÍTULO II
O MÉDICO PERITO
Artigo 98°
(Médico Perito)
Artigo 99°
(Independência)
Artigo 100°
(Incompatibilidades)
Artigo 101°
(Limites)
Artigo 102°
(Deveres)
Artigo 103°
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(Consulta de processo clínico)
Artigo 104°
(Actuação)
Artigo 105°
Proibição
O médico perito não pode aproveitar-se dessa situação para angariar clientela.
TÍTULO IV
RELAÇÕES DOS MÉDICOS COM TERCEIROS
CAPÍTULO I
CONTRATOS COM ESTABELECIMENTOS
DE CUIDADOS MÉDICOS
Artigo 106°
(Regras gerais)
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Artigo 107°
(Verificação de compatibilidade)
Artigo 108°
(Liberdade de escolha dos meios de diagnóstico e tratamento)
Artigo 109°
(Estruturas médicas)
Artigo 110°
(Utilização de instalações ou material alheio)
1. O médico que utilize instalações ou material alheio, para os quais não haja
taxa de utilização paga por utente ou por terceiro, pode pagar ao titular uma
contrapartida.
2. A contrapartida referida no número anterior não deve, em princípio, estar em
relação directa com o número e o valor dos actos médicos praticados, sendo,
de preferência fixa e objecto de revisão anual.
3. No caso, excepcional, de existir aquela relação directa, o valor percentual ou
outro deve ter a aprovação prévia do Conselho Directivo da Ordem dos
Médicos.
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Artigo 111°
(Organizações proibidas)
CAPÍTULO II
RELAÇÕES DO MÉDICO EM AMBIENTE DE DOCÊNCIA
Artigo112
(Deveres dos médicos actuando como docente)
(Artigo 113)
(Deveres relativos a colegas da mesma disciplina ou duma outra disciplina)
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5. O médico não se deve atribuir o mérito dum trabalho realizado por um colega
ou por outra pessoa.
CAPÍTULO III
RELAÇÕES DOS MÉDICOS COM FARMACÊUTICOS,
ENFERMEIROS E AUXILIARES DA PROFISSÃO E MEMBROS DE
OUTRAS PROFISSÕES PARAMÉDICAS
Artigo 114°
(Princípio geral)
Artigo 115°
(Dever de cooperação)
Artigo 116°
(Relações com farmacêuticos)
Artigo 117°
(Actos proibidos)
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Artigo 118°
(Incompatibilidade)
Artigo119°
(Próteses)
Artigo 120°
(Respeito pela competência)
Artigo 121°
(Encobrimento do Exercício ilegal da Medicina)
TÍTULO VI
CÓDIGO DO PROCESSO DISCIPLINAR
Artigo 122º
(Princípios gerais)
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O presente instrumento regula os princípios gerais a serem seguidos, no âmbito
do Código do Processo Disciplinar.
Artigo 123º
(Âmbito)
Artigo 124º
(Objecto)
Artigo 125º
(Legitimidade)
Tem legitimidade para fazer a denúncia e para intervir nele os titulares dos direitos
subjectivos ou interesses legalmente protegidos lesados pela actuação dos
membros da OrMM, bem como terceiros que tenham interesse no caso.
Artigo 126º
(A denúncia)
1. A denúncia deve ser dirigida por escrito ou oralmente à Ordem dos Médicos
para seu conhecimento, indicando ou explicando com precisão e clareza
os factos ocorridos que justifiquem uma intervenção da Ordem dos
Médicos.
2. Caso haja indícios suficientes de ilícito, um inquérito preliminar deve ser
aberto.
3. Havendo matéria suficiente de ilícito, um processo disciplinar deve ser
instaurado.
Artigo 127º
(Início do processo)
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como de peritos, se for necessário, num prazo de trinta (30) dias, antes de
encaminhar, por escrito, para o Conselho Jurisdicional e Disciplinar.
2. O Conselho Jurisdicional e Disciplinar, depois de receber os pareceres
previstos no número anterior, os analisa e decide em plenário a abertura do
processo disciplinar (artigo 47, nº 5, alínea d) do Estatuto da OrMM),
fundamentando as razões para o efeito.
Artigo 128º
(Dever dos interessados)
Artigo 129º
(Consulta do processo e outros documentos médicos)
Artigo 130º
(Audiência dos interessados)
Artigo 131º
(Actas)
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presentes, as matérias apreciadas, as deliberações tomadas e a sua forma,
bem como o resultado das respectivas decisões.
2. A acta é lavrada pelo Secretário e colocada à aprovação e assinatura de todos
os membros no final da respectiva reunião.
Artigo 132º
(Princípio da decisão)
Artigo 133º
(Comunicação ao interessado ou queixoso)
Artigo 134º
(Dever de celeridade)
Os Órgãos Directivos devem pautar pelo rápido e eficaz andamento do processo
disciplinar recusando e evitando tudo o que não for pertinente ou que seja dilatório,
ordenando e promovendo tudo o que for necessário à continuação do
procedimento e à justa e oportuna decisão.
Artigo 135º
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(Princípio da Justiça e da imparcialidade)
Artigo 136º
(Prazo da notificação)
Sempre que não exista prazo, para a notificação do acto ao requerido, o Conselho
Directivo tem quinze (15) dias úteis para dar a conhecer oficiosamente que corre
um processo disciplinar contra o médico em causa, que vem acompanhada da
nota de culpa.
Artigo 137º
(Conteúdo da nota de culpa)
1. A nota de culpa deve ser feita por ofício do Conselho Jurisdicional e Disciplinar
da Ordem dos Médicos, por orientação do Conselho Nacional para a
Deontologia e Ética Médica e do colégio de especialidade a que o médico
pertence e/ou de peritos.
2. É obrigatório constar da nota de culpa o texto integral da denúncia, a
identidade do denunciante é confidencial, incluindo a indicação do autor do
acto e a respectiva data, o órgão competente para apreciar o relatório médico
e o prazo para tal efeito.
Artigo 138º
(Resposta a nota de culpa)
Artigo 139º
(Prazo para conclusão)
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2. O veredicto será dado a conhecer a todos intervenientes, à comunidade
médica e ao público em geral.
Artigo 140º
(Infracções disciplinares)
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Artigo 141º
(Sanções)
Artigo 142º
(Reclamação e recurso)
TÍTULO VII
DISPOSIÇÃO FINAIS E TRANSTÓRIAS
CAPÍTULO I
Artigo 143°
Dúvidas e Omissões
Artigo 144°
Entrada em vigor
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