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RESOLUÇÃO CFF N° 711, DE 30 DE JULHO DE 2021

DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE ÉTICA FARMACÊUTICA, O CÓDIGO


DE PROCESSO ÉTICO E ESTABELECE AS INFRAÇÕES E AS REGRAS
DE APLICAÇÃO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Prof.ª Pollyana Lyra
Revoga a Resolução
CFF nº 596/2014
RESOLUÇÃO Nº 711, DE 30 DE JULHO DE 2021
SEÇÃO II – Código de processo ético
SEÇÃO I – Código de ética farmacêutica Título I – Das disposições gerais

CAPÍTULO I – Dos princípios fundamentais CAPÍTULO I – Do processo

CAPÍTULO II – Dos direitos Título II – Dos procedimentos

CAPÍTULO III – Dos deveres CAPÍTULO I – Do recebimento da denúncia

CAPÍTULO IV – Das proibições CAPÍTULO II – Da instauração ou arquivamento

CAPÍTULO V – Da publicidade e dos trabalhos CAPÍTULO III – Da montagem do processo ético-


científicos disciplinar
RESOLUÇÃO Nº 711, DE 30 DE JULHO DE 2021

CAPÍTULO IV – Das instalações dos trabalhos CAPÍTULO X – Das intimações e notificações

CAPÍTULO V – Da conclusão da comissão de ética CAPÍTULO XI – Dos prazos

CAPÍTULO VI – Do julgamento CAPÍTULO XII – Dos impedimentos e das causas de


suspeição

CAPÍTULO VII – Dos recursos CAPÍTULO XIII – Das disposições gerais

CAPÍTULO VIII – Da execução SEÇÃO III – Estabelece as infrações e as


regras de aplicação das sanções disciplinares

CAPÍTULO IX – Da revisão
TÍTULO I – DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
CAPÍTULO II – DOS DIREITOS NÃO realizar atos farmacêuticos contrários ao que diz a
ciência, a ética e a técnica. Comunicar o fato ao usuário,
Artigo 12: Direitos do a outros profissionais envolvidos e ao CRF
farmacêutico
No âmbito profissional e sanitário, ser FISCALIZADO
obrigatoriamente por FARMACÊUTICO
Interagir com os demais profissionais,
observando o uso racional dos medicamentos Durante o desempenho de suas funções, ter acesso a
todas as informações técnicas e ferramentas
Exigir dos profissionais de saúde o tecnológicas existentes
cumprimento da legislação sanitária,
especialmente quanto ao uso de prescrições Prescrever medicamentos conforme protocolos
legíveis e demais aspectos legais e técnicos aprovados: Para uso em instituições de saúde ou
quando houver acordos de colaboração com outros
Não exercer ou suspender atividades SEM prescritores ou instituições de saúde
REMUNERAÇÃO ou CONDIÇÕES DIGNAS de
trabalho em instituições públicas ou privadas. Fazer a intercambialidade de medicamentos
Exceção: Situações de urgência e emergência documentando esse ato, respeitando a decisão do
(comunicar imediatamente as autoridades usuário e dentro dos limites legais
sanitárias e profissionais)
TÍTULO I – DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
CAPÍTULO II – DOS DIREITOS
Prescrever medicamentos e outros produtos Receber estagiários conforme a legislação e respeitando
com finalidade terapêutica que não precisem a capacidade do estabelecimento
de prescrição médica para a dispensação. Isso
inclui medicamentos industrializados e
preparações magistrais e oficinais (alopáticos Usar as mídias sociais para divulgar informações
ou homeopáticos), fitoterápicos, plantas científicas com o objetivo de esclarecer a população
medicinais, drogas vegetais e outras quanto ao uso racional de medicamentos e abordar
categorias temas que promovam a saúde e a segurança do
paciente, sem cunho promocional

Recusar o fornecimento de medicamentos a


Tomar a decisão sobre a dispensação ou não de
estabelecimentos que não cumpram os
qualquer prescrição (justificar). O objetivo é garantir a
requisitos legais para aquisição
segurança e eficácia da terapêutica, observar o uso
racional de medicamentos, orientar o usuário e
Estabelecer e receber honorários de forma justa fornecer informações solicitadas pelo prescritor e
e digna órgão fiscalizador
TÍTULO I – DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
CAPÍTULO II – DOS DIREITOS
Artigo 13: Direitos de todos Não ser limitado na escolha dos meios reconhecidos
os inscritos no CRF cientificamente para uso no exercício da profissão

Exercer a profissão sem qualquer tipo de Se for impedido de cumprir esse código, a legislação do
discriminação exercício profissional e as resoluções, decisões e
pareceres do CFF, CRF e demais autoridades, RECORRER
Recusar a exercer a profissão em instituição AO CRF
pública ou privada que não ofereça condições
dignas de trabalho ou que possa prejudicar o
usuário, com direito a representação às Durante suas atividades profissionais, o direito de negar
autoridades sanitárias e profissionais filmagem, fotografia e exposição em mídias sociais

Exercer a profissão com AUTONOMIA Ser respeitado por TODOS no estabelecimento de saúde
onde atue, recusando-se a sofrer qualquer tipo de
Ser valorizado e respeitado, independente da coação, agressão ou violência
função ou cargo que ocupe
TÍTULO I – DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
CAPÍTULO III – DOS DEVERES
Artigo 14: Deveres do farmacêutico Avaliar a prescrição, decidindo pela não dispensação ou
durante o período em que estiver aviamento, de forma justificada
inscrito em um CRF, exercendo a
profissão ou não Participar, promover e registrar treinamentos
operacionais e de educação continuada. Definir e
Se houver infringência a este código e às aperfeiçoar manuais de boas práticas e POPs, cuidando
normas que regulam as atividades para que sejam cumpridos e que estejam acessíveis a
farmacêuticas, comunicar os fatos ao CRF e todos os envolvidos nas atividades e aos órgãos de
autoridades competentes fiscalização

Supervisionar os colaboradores para auxiliarem Participar da elaboração e zelar pelo cumprimento do


no exercício de suas atividades Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços da
Saúde (PGRSS) do local que seja responsável
Orientar o usuário para garantir a terapêutica,
sua segurança e eficácia, observando o uso Os dados técnico-científicos utilizados devem ser
racional de medicamentos baseados na melhor evidência disponível
TÍTULO I – DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
CAPÍTULO III – DOS DEVERES

Notificar qualquer evento adverso (efeito


adverso, falha terapêutica, interação,
incompatibilidade) que seja clinicamente Elaborar, manter atualizados e disponibilizar a todos os
relevante e com suspeita de estar associado a envolvidos, o Manual de Boas Práticas Farmacêuticas e
um tratamento farmacológico os POPs de todas as atividades executadas

Executar as atribuições clínicas farmacêuticas, Supervisionar os conteúdos expostos pelo


se aplicável estabelecimento nas redes sociais, em sítios eletrônicos
e demais meios de comunicação
Prestar orientação farmacêutica quanto aos
benefícios do tratamento; efeitos adversos;
Atender os prazos de tramitação de processo
interações com medicamentos e com
administrativo
alimentos, álcool e tabaco; preparo;
conservação e uso seguro do medicamento
TÍTULO I – DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
CAPÍTULO III – DOS DEVERES
RESPEITAR o direito que o usuário tem de tomar
Artigo 15: Deveres de todos os
decisão sobre seu próprio tratamento, saúde e bem-
inscritos em um CRF, exercendo
estar. Exceção: Paciente considerado incapaz mediante
a profissão ou não
laudo médico ou determinação judicial
Em caso de algum tipo de desastre decretado Comunicar ao CRF e autoridades competentes: RECUSA
por autoridades (conflito interno, pandemia, em se submeter à práticas que sejam contrárias a algum
epidemia, catástrofe), colocar os serviços à regulamento; DESVINCULAÇÃO do cargo, função ou
disposição das autoridades, mesmo que sem emprego
remuneração
Recusar medicamentos ou qualquer outro Manter em sigilo fatos e informações conseguidos
produto para a saúde sem registro/notificação durante o exercício da profissão. A exceção é para casos
na ANVISA, sem origem rastreável, sem em que a comunicação é exigida por lei
documento fiscal ou em desacordo com a Nunca cooperar com atos que atentem à vida de forma
legislação intencional
Respeitar os atos, diretrizes, normas técnicas e Assumir sua função na determinação de padrões
legislação vigente desejáveis em todo o âmbito profissional
TÍTULO I – DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
CAPÍTULO III – DOS DEVERES
Contribuir para a PROMOÇÃO, PROTEÇÃO e Ao participar de pesquisas com seres humanos e
RECUPERAÇÃO da saúde individual e coletiva, animais, respeitar as normas éticas e proteger a
de seres humanos e animais vulnerabilidade dos envolvidos

Garantir ao usuário a livre escolha sobre o Promover ações que garantam a qualidade em todas as
acesso à informação independente sobre áreas da atividade
práticas terapêuticas, sem detrimento das
Cumprir com a biossegurança para prevenir acidente de
informações oficiais
trabalho e danos à saúde pública e ao meio ambiente
Denunciar quaisquer tipos de agressão ao meio
Exercer as atividades de acordo com as normas
ambiente e riscos ao trabalho
específicas. Manter o controle da qualidade interna e
Ao encerrar o vínculo profissional, comunicar externa e cumprir as boas práticas laboratoriais
formalmente ao CRF em até 5 dias úteis Tratar os farmacêuticos fiscais com respeito e
urbanidade, permitindo sua atuação
Basear as relações com os demais profissionais
em urbanidade, respeito, cooperação, liberdade Se houver algum estabelecimento recebendo estagiários
e independência em desacordo com a legislação, informar ao CRF
TÍTULO I – DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
CAPÍTULO III – DOS DEVERES

Quando for detectado algum agravo decorrente


de doenças de notificação compulsória,
notificar aos órgãos responsáveis
§1º: Se o afastamento for por doença,
As orientações técnicas fornecidas aos acidente pessoal, licença maternidade, óbito
colaboradores devem ser documentadas de familiar ou outro que requeira avaliação do
CRF, comunicar em até 5 dias úteis após o fato
+ documentos comprobatórios

Artigo 16: Se o farmacêutico se afastar


temporariamente das atividades profissionais §2º: Se o afastamento for por
de responsabilidade/assistência técnica, férias, congressos e cursos de
comunicar formalmente ao CRF quando NÃO aperfeiçoamento (motivos
houver um farmacêutico substituto previamente agendados), o
prazo de antecedência mínima
para a comunicação é de 12h
CAPÍTULO IV – DAS PROIBIÇÕES Armazenar, estocar, manter
em depósito (mesmo que
transitório), distribuir,
Artigo 17: O farmacêutico está transportar, importar,
proibido de realizar ou permitir exportar e trazer consigo
que se realize as atividades...

MEDICAMENTO, PRODUTO,
Extrair, produzir, fabricar, SUBSTÂNCIA ou INSUMO Fracionar
transformar, beneficiar, em CONTRARIEDADE com a
preparar, manipular, LEGISLAÇÃO
purificar, embalar, reembalar
Prescrever,
Expor, comercializar, ministrar ou utilizar
dispensar ou entregar
ao consumo
CAPÍTULO IV – DAS PROIBIÇÕES

Exercer a medicina simultaneamente Fornecer ou dispensar medicamento ou substância


cujo uso seja diferente daquele de sua indicação. A
exceção é quando estiver baseado em evidência ou
QUALQUER atividade com substância que não quando houver entendimento com o prescritor, que
possua a identificação clara e precisa sobre suas deve ser formalizado por escrito no verso da
substâncias ativas, quantidades e informações de prescrição, prontuário ou em documento específico
rotulagem, garantia da procedência e
rastreabilidade, e que esteja contrária às normas Quando for sócio ou acionista de qualquer
legais e técnicas. A exceção é a dispensação categoria: QUALQUER atividade de fiscalização.
hospitalar interna, onde pode haver codificação Prestar serviços (com ou sem vínculo empregatício)
do medicamento que for fracionado, sem a a empresa ou estabelecimento que forneça drogas,
omissão do seu nome ou fórmula medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
a laboratórios, distribuidoras ou indústrias
Delegar ou permitir que outros profissionais
pratiquem qualquer ato ou atribuição privativa do Intitular-se RT por qualquer estabelecimento SEM
farmacêutico autorização do CRF + certidão de regularidade
CAPÍTULO IV – DAS PROIBIÇÕES

Dispensar ou aviar prescrições em desacordo com a


técnica farmacêutica, boas práticas de farmácia e
legislação
Receber estagiário do curso de graduação ou pós-
Produzir, fabricar ou fornecer radiofármacos e graduação em farmácia sem o Termo de
conjuntos de reativos ou reagentes para uso em Compromisso de Estágio
diagnóstico clínico que estejam em desacordo com
a legislação Em cursos de farmácia (graduação e pós-
graduação) que descumpram a legislação: Exercer o
Alterar o processo de fabricação de produtos que magistério, coordenar, supervisionar ou ser
estejam sujeitos a controle sanitário, modificar preceptor de estágio
seus componentes básicos ou qualquer elemento
objeto do registro
CAPÍTULO IV – DAS PROIBIÇÕES
Exercer atividade que não é reconhecida pelo CFF,
para a qual não tenha aptidão ou qualificação mínima
Artigo 18: Todos os inscritos
em um CRF estão proibidos Ato profissional que cause dano material, físico, moral
ou psicológico. Ato profissional que seja caracterizado
como imperícia, negligência ou imprudência
Participar de QUALQUER tipo de experiência
com fins bélicos, raciais ou eugênicos e
qualquer pesquisa NÃO APROVADA por Permitir a utilização de seu nome por qualquer
Comitê de Ética em Pesquisa/Comissão estabelecimento onde não exerça sua função
Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP)
ou Comissão de Ética no Uso de Animais Praticar, favorecer ou facilitar atos fraudulentos em
qualquer área da profissão

Divulgar informações sigilosas quando Fornecer meio, conhecimento ou QUALQUER produto


participar de comissões, reuniões, auditorias para induzir ou participar da prática de tortura,
interna e externa e processos avaliativos ou eutanásia, aborto ilegal, toxicomania ou outros
investigativos procedimentos degradantes e cruéis em humanos e
animais
CAPÍTULO IV – DAS PROIBIÇÕES Exercer atividade/procedimento sem comprovar a
habilitação ao CRF
QUALQUER atividade com substância que não
possua a identificação clara e precisa sobre suas Aceitar ser perito, auditor ou relator de qualquer
substâncias ativas, quantidades e informações processo por interesse pessoal/familiar/institucional
de rotulagem, garantia da procedência e ou quando não houver a habilitação/capacitação
rastreabilidade, e que esteja contrária às normas Quando for perito ou auditor, permitir a interferência
legais e técnicas. A exceção é a dispensação nos resultados
hospitalar interna, onde pode haver codificação
do medicamento que for fracionado, sem a Exercer a profissão quando estiver sob SUSPENSÃO
omissão do seu nome ou fórmula (sanção disciplinar)

Dificultar a fiscalização ou desacatar autoridades Exercer a profissão em estabelecimento não


sanitárias ou profissionais durante a atividade registrado/cadastrado/licenciado nos órgãos do
exercício profissional e/ou de fiscalização
Aceitar ou pagar remuneração abaixo do piso
salarial estabelecido Aceitar a interferência de leigos em seu trabalho ou
permitir que desautorizem ou desconsiderem as
Declarar que possui títulos que não possa orientações técnicas
comprovar
CAPÍTULO IV – DAS PROIBIÇÕES Em interação com outros profissionais e para dar
vantagens a eles, direcionar o usuário para seus
Omitir ou ser cúmplice daqueles que exercem a serviços, ferindo o direito de livre escolha do serviço e
profissão de forma ilegal ou com instituições que do profissional
pratiquem atos ilícitos
Receber remuneração por algo que não tenha feito
Assinar um trabalho que foi realizado por outro ou
assumir a responsabilidade por algum ato que não
Em prejuízo de sua atividade profissional e do seu
praticou/participou
desempenho técnico, submeter-se a fins meramente
Aproveitar do cargo de liderança ou empregador mercantilistas
para desrespeitar a dignidade dos subordinados Não obter o Termo de Consentimento Livre e
ou para praticar/exigir a prática de atos contrários Esclarecido (TCLE) de participante de pesquisa ou de
à técnica ou às normas seu representante legal em pesquisas que envolvam
seres humanos
Requerer para si ou para outra pessoa
emprego/cargo/função que seja exercido por Conduzir pesquisa ou utilizar dados de seres
outro profissional ou praticar atos de concorrência humanos/animais sem avaliação prévia do Comitê de
desleal Ética em Pesquisa
CAPÍTULO IV – DAS PROIBIÇÕES
Produzir ou divulgar informações farmacêuticas/de
Utilizar seus conhecimentos técnicos para cometer saúde de conteúdo falso, sensacionalista,
ou favorecer qualquer ato ilícito promocional, sem comprovação e que sejam
contrárias à legislação
Usar ou elaborar
documento/atestado/certidão/declaração falsos Promover a utilização/comercialização de substâncias
ou alterados que não tenham indicação terapêutica analisada e
aprovada e que não sejam descritas em literatura ou
Permitir que outros tenham acesso a senhas e compêndios nacionais/internacionais reconhecidos
dispositivos certificadores digitais que são
utilizados para identificação e validação em Difamar, caluniar, injuriar ou divulgar preconceitos e
sistemas informatizados de suas atividades fazer apologia a atos ilícitos
Interagir com outros estabelecimentos
(farmacêuticos ou não) para permitir a prática de Sem ter a qualificação necessária, exercer atividades
atividades proibidas por lei. Com exceção em educacionais em nível superior ou utilizar dessa
situações emergenciais justificadas e prática para tirar proveito de terceiros para obter
documentadas qualquer vantagem pessoal
CAPÍTULO IV – DAS PROIBIÇÕES
Exercer a profissão sem a habilitação legal Fazer propaganda de
substância/medicamento/procedimento/técnica que
Repercutir, compartilhar ou fazer declarações que contrarie as normas vigentes ou induza o usuário ao
sejam injuriosas, caluniosas, difamatórias ou que erro, à exposição indevida e ao uso irracional
depreciem o profissional, a profissão, as
instituições, entidades farmacêuticas, seus Fazer referência a casos clínicos que sejam
representantes, funcionários e colaboradores em identificáveis ou exibir o paciente/sua imagem em
qualquer meio de comunicação ou redes sociais qualquer meio de comunicação, a não ser que tenha
autorização expressa e formal do paciente
Desrespeitar ou discriminar o profissional durante
atividade farmacêutica Receber para si ou para outra pessoa qualquer
vantagem indevida durante as atividades profissionais
Deixar de notificar aos órgãos competentes
quando detectar doenças de notificação Durante as atividades profissionais, coagir, omitir ou
compulsória (por exames laboratoriais, testes subornar pessoas físicas/jurídicas para conseguir
rápidos ou em rastreamento em saúde) qualquer vantagem indevida
CAPÍTULO IV – DAS PROIBIÇÕES
Fornecer a terceiros qualquer dado que possa Fazer promessas que sejam contrárias às normas
identificar o paciente, o prescritor ou o profissionais e à fiscalização do exercício da profissão
estabelecimento de saúde, inclusive relacionado para obter vantagens pessoais ou para outros, quando
a receita ou registro da assistência prestada (em for candidato a cargo eletivo de representação da
desacordo com a Lei Geral de Proteção de Dados categoria ou já for ocupante do cargo
– LGPD)
Reduzir a remuneração de outro profissional de forma
Manter vínculos profissionais ou outra atividade irregular, quando estiver em função de chefia ou
cujo horário seja incompatível com aquele coordenação
declarado ao CRF para assistência farmacêutica
Dar falso testemunho ou fazer acusações a colegas
de profissão ou em detrimento de terceiros, sem Artigo 19: Todos os inscritos em um CRF estão proibidos,
provas quando no serviço público
Valendo-se do cargo de chefia, praticar injustiça, Utilizar o serviço público para realizar trabalho de SUA
perseguição, assédio ou impor penalidades, empresa privada ou de OUTRO, obtendo vantagens
trabalhos degradantes ou jornadas extenuantes
ao subordinado Cobrar ou receber remuneração do usuário do serviço
CAPÍTULO V – DA PUBLICIDADE E DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS

Artigo 20: O inscrito em CRF


está proibido

Divulgar assunto ou descoberta com Anunciar produtos ou processos que induzam ao uso
conteúdo falso ou sem comprovação indevido e indiscriminado de medicamentos

Publicar em seu nome trabalho científico


do qual não tenha participado, ou Usar dados ou informações (publicados ou não) sem
atribuir autoria exclusiva quando houver fazer referência ao autor ou sem sua autorização
participação de subordinados ou outros
profissionais, farmacêuticos ou não
Nas divulgações profissionais, deixar e incluir seu
Promover publicidade enganosa e abusar número de inscrição no CRF
da boa fé do usuário
TÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
§1º: Antes da deliberação do conselho, há uma audiência
Artigo 24: Sanções disciplinares prévia do acusado. Se ele não for encontrado nos
(seção III + Lei n° 3.820/60 – endereços de seu cadastro ou se deixar o processo à
Criação do CFF e do CRF) revelia, um defensor dativo é designado para ele

ADVERTÊNCIA com ou sem a palavra


“censura”, sem publicidade, com §2º: Qualquer penalidade
registro no prontuário imposta cabe recurso. Prazo
de 30 dias úteis a partir da
SUSPENSÃO de 3 meses a 1 ano ciência do CFF
MESA
MULTA de 1 a 3 salários mínimos. O §3º: Cada caso ou falta descritos
dobro no caso de reincidência na SEÇÃO I é considerado
VIOLAÇÃO. É permitido
ELIMINAÇÃO aplicação cumulativa de sanções
SEÇÃO II – CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO
TÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS §1º: O defensor não deve ter nenhum conflito
CAPÍTULO I – DO PROCESSO de interesses com o indiciado, não pode estar
respondendo a processo ético nem cumprindo
penalidades impostas pelo CRF
Artigo 4º: O presidente do CRF nomeia
*defensor ou defensores dativo – Homologados
pela diretoria com mandato igual ao desta §2º: Não podem participar como
defensor dativo – Diretoria,
conselheiros e empregados do CRF
Artigo 5º: Passos para a apuração ética (em
ordem cronológica) *Advogado nomeado para defender o réu gratuitamente,
com remuneração paga pelo Estado ou não

Recebimento da Instauração ou Montagem do processo Instalação dos


denúncia arquivamento ético-disciplinar trabalhos

Recurso Conclusão da
Revisão Execução Julgamento
comissão de ética
CAPÍTULO IV – DA INSTALAÇÃO DOS TRABALHOS
Artigo 15: Sessão de Ao final da sessão, os presentes
depoimento do indiciado recebem do relator o Termo de
Depoimento por escrito e em duas
vias, para ser lido e assinado. Uma
via é anexada aos autos e a outra
A sessão pode ser gravada em O presidente da comissão ou entregue ao indiciado
áudio pelo CRF e as gravações o relator determina a ordem
anexadas ao processo de entrada e permanência
dos participantes no local

Presentes no recinto:
Parágrafo único: A sessão pode
ocorrer por meio remoto, desde
que regulamentada por cada CRF
Secretário Advogado por deliberação de plenária
(membro do CRF
Membros da Depoente
do CRF)
comissão Seu Testemunha
procurador
(uma por vez)
DOS PROCEDIMENTOS

INÍCIO: Presidente do CRF 30 dias úteis para 30 dias úteis


Presidente da
toma conhecimento do ato encaminhar ao (+30) para Presidente do
comissão
ou através do Relatório de presidente da entregar o CRF recebe
recebe
Fiscalização do CRF comissão parecer

Relator instrui o Presidente da Processo instaurado: 30 dias úteis para


Processo
processos, intima as comissão Secretaria registra e despachar pela
formalizado por
partes e determina recebe e instala encaminha para a instauração ou não
meio de autos
dia e hora da sessão o processo comissão do processo

Se indiciado não comparece à


Indiciado tem 15 Defensor tem 30
audiência + justificativa = Presidente Conclusão da
dias úteis para dias úteis para
da comissão tem 20 dias úteis para instrução
apresentar razões apresentar defesa à
comunicar o fato ao presidente do processual
finais comissão
CRF, que nomeia defensor dativo
DOS PROCEDIMENTOS

Presidente da Presidente do CRF Finalizar o


Comissão de Plenária deve
comissão remete tem até 60 dias julgamento
ética apresenta ocorrer em
os autos ao para organizar o dentro de um
relatório 180 dias úteis
presidente do CRF julgamento ano

O indiciado ou Aberta a sessão, Se o conselheiro não


Relator Conselheiro relator
seu procurador o presidente apresentar parecer,
profere o apresenta seu
tem 10 minutos passa a palavra o CRF designa outro
voto parecer na plenária
de defesa oral ao relator e instaura processo

Decisão do 30 dias úteis Recurso no prazo =


CRF
plenário do para interpor Efeito suspensivo
executa a
CRF recurso no CFF Fora do prazo =
decisão
Arquivamento
DA REVISÃO

1 ano para o Relator emite


Presidente acata
profissional Petição ao parecer (180
o pedido e
requerer presidente do CRF dias úteis para
nomeia relator
revisão no CRF julgamento)

Pedido não
cumpre os
requisitos
mínimos

Indeferido pelo presidente do CRF,


arquivado e profissional comunicado
CAPÍTULO XII – DOS IMPEDIMENTOS E DAS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO
For funcionário, sócio ou
membro de direção ou de Prestam depoimento
administração de pessoa como testemunha
jurídica em que o Atuando como
profissional exercia ou conselheiro federal,
exerce assistência técnica Artigo 48: Os membros da comissão proferem decisão/voto
de ética, conselheiros e defensor em conselho regional
dativo são impedidos de exercer suas
funções no processo quando...
Ele próprio for parte no
processo, seu cônjuge ou
companheiro, parente Um membro da comissão de
consanguíneo ou afim, em ética, tendo realizado a
linha reta ou colateral, até For presidente anterior, que audiência ou relatoria, passa a
o terceiro grau instaurou processo ético e exercer a função de
passa a exercer a função de conselheiro regional ou federal
conselheiro regional ou federal
CAPÍTULO XII – DOS IMPEDIMENTOS E DAS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO
Amigo íntimo ou
Artigo 49: Os membros da comissão inimigo das partes
de ética, conselheiros e defensor
dativo não exercem suas funções no
Recebimento de presentes de pessoas que
processo quando há suspeição de...
tiverem interesse na causa antes ou depois
do início do processo, aconselhamento do
indiciado acerca do objeto da causa ou que
Interesse direto
subministrar meios para atender às
ou indireto no O indiciado for seu credor ou despesas do processo
processo devedor, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes,
em linha reta até o terceiro grau

Artigo 50: O plenário do CRF analisa as


alegações de impedimento e de suspeição
SEÇÃO III – ESTABELECE AS INFRAÇÕES E AS REGRAS DE APLICAÇÃO DAS
SANÇÕES DISCIPLINARES
Artigo 1º: Transgredir normas e determinações Artigo 4º: Reincidente é aquele que possui
do CFF e CRF e legislação farmacêutica e antecedentes disciplinares em processos com
correlata pode gerar penalidade, ressalvadas decisão transitada em julgado
as previstas em normas especiais

Artigo 2º: Infrações éticas e disciplinares:


Observa-se a TIPIFICAÇÃO da CONDUTA,
REINCIDÊNCIA, ANÁLISE do FATO e suas
CONSEQUÊNCIAS ao exercício profissional e à Parágrafo único: Qualquer penalidade
saúde coletiva, sem prejuízo das sanções imposta cabe recurso ao CFF, em 30 dias úteis
penais e civis (a partir do conhecimento da pena), com
efeito suspensivo
Artigo 3º: A revisão das decisões pode ser feita
a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, desde
*Regula o processo administrativo no âmbito da
haja fatos novos ou circunstâncias relevantes
administração pública federal
ao processo. Observar o *artigo 65, parágrafo Parágrafo único: A revisão do processo não pode
único, da Lei nº 9.784/99 resultar em agravamento da sanção
SEÇÃO III – ESTABELECE AS INFRAÇÕES E AS REGRAS DE APLICAÇÃO DAS
SANÇÕES DISCIPLINARES
Artigo 7º: O relator e o revisor aplicam a
§1º: A reincidência acontece quando se comete
penalidade conforme os princípios da
infração ética (idêntica ou não) durante 5 anos
RAZOABILIDADE e PROPORCIONALIDADE,
após o trânsito em julgado da decisão que
observando os atenuantes e agravantes
condenou o profissional anteriormente

§2º: Trânsito em julgado: Quando não há mais §2º: Essa suspensão não deve ser superior a 5
possibilidade de recursos anos (a partir do trânsito em julgado da decisão)

Artigo 5º: A SUSPENSÃO e a ELIMINAÇÃO devem


ser publicadas no órgão de divulgação oficial do §1º: Se na suspensão o profissional tiver
CRF, depois do trânsito em julgado cancelado sua inscrição, suspender a
aplicação da penalidade até que haja nova
Artigo 6º: As sanções aplicadas são registradas no inscrição, ainda que em outro CRF, que fica
prontuário do profissional responsável por aplicar a penalidade

Comunicar ao CFF, empregadores Apreender a cédula e a carteira


SUSPENSÃO
e órgãos sanitários profissional, onde será feita anotação
SEÇÃO III – ESTABELECE AS INFRAÇÕES E AS REGRAS DE APLICAÇÃO DAS
SANÇÕES DISCIPLINARES
Artigo 10: Atenuantes

Foi caso fortuito ou


de força maior
Sofreu coação sem
poder resistir

Nunca sofreu qualquer


Confessou espontaneamente penalidade ao longo de seu
sua infração, para diminuir histórico profissional
ou reparar as consequências

Evitou ou diminuiu as
consequências da
O evento não foi infração ou reparou o
motivado por sua dano antes do processo
ação ou omissão
SEÇÃO III – ESTABELECE AS INFRAÇÕES E AS REGRAS DE APLICAÇÃO DAS
SANÇÕES DISCIPLINARES É reincidente
Artigo 11: Agravantes Houve suborno ou coação a
terceiro para que a infração
Existe dolo em fosse executada
sua conduta

A infração foi cometida


Há comprovação de dano
contra criança, gestante,
material, psicológico, físico ou
incapaz ou pessoa com 60
moral a terceiros
anos ou mais

Obteve vantagem A infração foi realizada durante o


pecuniária ou de exercício de cargo eletivo de órgão
outro tipo representativo da categoria

É sócio ou Houve conluio para a


proprietário prática da infração
SEÇÃO III – ESTABELECE AS INFRAÇÕES E AS REGRAS DE APLICAÇÃO DAS
SANÇÕES DISCIPLINARES
Artigo 12: A conduta do infrator é
considerada FALTA GRAVE quando...

Gera lesão corporal ou óbito O profissional cometeu por mais de 2x a mesma


infração ou cometeu 5 infrações diferentes dentro de
Há dano coletivo e/ou ambiental, ainda que de 5 anos (processos distintos, com trânsito em julgado)
forma culposa

Há constrangimento de terceiros
Parágrafo único: Toda falta grave deve ser
O fato corresponde a ilícito penal fundamentada e motivada e atender aos princípios
da RAZOABILIDADE e PROPORCIONALIDADE, bem
A ação extrapola sua habilitação legal como sua descaracterização
Impede a ação da fiscalização

Envolve substâncias ou medicamentos perigosos


SEÇÃO III – ESTABELECE AS INFRAÇÕES E AS REGRAS DE APLICAÇÃO DAS
SANÇÕES DISCIPLINARES
Artigo 205: Exercer atividade de que está
Artigo 13: Se o profissional continuar a exercer sua impedido por decisão administrativa: Pena
profissão enquanto estiver sob SUSPENSÃO, idêntica de detenção de 3 meses a 2 anos ou multa
pena será aplicada pelo prazo em dobro ao
originalmente determinado, sem prejuízo da
aplicação do artigo 205 do Código Penal §1º: O profissional que estiver cumprindo
pena privativa em regime fechado fica
suspenso da atividade ex officio por ato do
Artigo 14: A pena de suspensão de 3 a 12 meses presidente do CRF, homologado pelo
será aplicada pelo presidente do CRF ex officio, por plenário, enquanto durar a execução da pena
motivo de pronúncia criminal, medida cautelar
substitutiva da prisão prevista no artigo 319 e
seguintes do Código de Processo Penal que
impeçam que o profissional exerça suas atividades, §2º: O profissional preso (de forma
ou ainda prisão em flagrante, provisória, preventiva provisória ou preventiva) também
ou definitiva, a partir da comunicação da decisão ficará ex officio suspenso de exercer
judicial e enquanto durar a execução da medida suas atividades enquanto durar a pena
SEÇÃO III – ESTABELECE AS INFRAÇÕES E AS REGRAS DE APLICAÇÃO DAS
SANÇÕES DISCIPLINARES

Artigo 15: Se houver perda de um dos requisitos dos §1º: Ao tomar conhecimento, o
artigos 15 e 16 da Lei nº 3.8820/60, inclusive aos que presidente do CRF submete o
forem convencidos (perante o CFF ou em juízo) de caso à análise do plenário, que
incontinência pública e escandalosa e embriaguez determina a eliminação
habitual, e aos que já tenham sido condenados 3x por
suspensão devido a faltas graves, mesmo que em CRFs
diferentes, será imposta penalidade de ELIMINAÇÃO §2º: A eliminação deve ser
homologada pelo plenário do CFF

Artigo 16: Se o indiciado tiver praticado diversas condutas com


origem no mesmo fato ou processo ético-disciplinar, as punições
são aplicadas de forma cumulativa e sequencial, e a pena por
cada infração apurada é determinada

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