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Objetivo
Saber o comportamento gráfico de uma parábola e como construir o gráfico de uma função
quadrática. Utilizar a fórmula fatorada na resolução de problemas e perceber que ela é uma outra
forma de escrever a função do tipo 𝑓 (𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐.
Curiosidade
Galileu Galilei (1564-1642) descobriu a trajetória parabólica em 1608 e a demonstrou
matematicamente no início de 1609, a partir do lançamento oblíquo de esferas em canaletas de
madeira.
Teoria
“Três pontos não colineares no plano cartesiano determinam uma única parábola”.
Ou seja, basta sabermos pelo menos três pontos que pertencem ao gráfico de nossa função do
segundo grau que podemos traçar seu gráfico. Porém, caso você queira deixar seu gráfico mais
“preciso”, pode utilizar mais pontos para isso! Observe o exemplo abaixo, em que usamos 5 pontos
para construir o gráfico de uma parábola.
𝑓: 𝑅 → 𝑅 𝑓(𝑥) = 𝑥² − 2
Primeiro, construímos uma tabela, em que do lado esquerdo, escolhemos cinco valores quaisquer
de 𝑥. Do lado direito, os valores de 𝑓(𝑥) . Assim, assinalamos no plano cartesiano esses cinco pontos
e os ligamos para formar uma parábola.
Matemática
Vértice de uma parábola
É o ponto de inflexão da parábola. Isto é, o ponto que está bem “no meio” da parábola, no limite em
que ela deixa de ser crescente para ser decrescente ou vice-versa. Assim, ele determina uma
simetria entre os dois lados (o direito e o esquerdo) da parábola. Observe:
Propriedade de simetria: o vértice determina um eixo vertical de simetria da parábola. Isso significa
que pontos que estão a uma mesma altura 𝑦 estão a uma mesma distância do eixo de simetria.
𝑏 𝛥
𝑥𝑣 = − 𝑦𝑣 = 𝑓 (𝑥𝑣 ) = −
2𝑎 4𝑎
Vimos em momentos anteriores que o número de raízes depende do valor encontrado para o
discriminante, ∆. A quantidade de raízes de uma função quadrática é mostrada abaixo:
Possibilidades para o valor de delta: {∆ > 0 ⇒ 𝐴 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑢𝑖 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑖𝑛𝑡𝑎𝑠 (𝑥1 ≠
𝑥 2)
Com base nessas informações, podemos analisar em quantos pontos a parábola da função
intercepta o eixo 𝑥. A tabela mostra isso:
As coordenadas do vértice e o número de interseções do gráfico com o eixo da abscissas são úteis
para a construção do gráfico parabólico.
Matemática
Exercícios de fixação
4. Uma função quadrática 𝑓 é tal que uma de suas raízes é 2 e a coordenada 𝑥 de seu vértice é
−6. Qual a outra raiz dessa função?
(A) −14.
(B) −10.
(C) −2.
(D) 8.
Exercícios de vestibulares
1. (Enem, 2016) Um túnel deve ser lacrado com uma tampa de concreto. A seção transversal do
túnel e a tampa de concreto têm contornos de um arco de parábola e mesmas dimensões.
Para determinar o custo da obra, um engenheiro deve calcular a área sob o arco parabólico
em questão. Usando o eixo horizontal no nível do chão e o eixo de simetria da parábola como
eixo vertical, obteve a seguinte equação para a parábola:
𝑦 = 9 − 𝑥 2 , sendo x e y medidos em metros.
2
Sabe-se que a área sob uma parábola como esta é igual a da área do retângulo cujas
3
dimensões são, respectivamente, iguais à base e à altura da entrada do túnel.
Qual é a área da parte frontal da tampa de concreto, em metro quadrado?
(A) 18.
(B) 20.
(C) 36.
(D) 45.
(E) 54.
2. (Enem, 2013) A parte interior de uma taça foi gerada pela rotação de uma parábola em torno
de um eixo z, conforme mostra a figura.
A função real que expressa a parábola, no plano cartesiano da figura, é dada pela lei 𝑓(𝑥) =
3 2
𝑥 − 6𝑥 + 𝐶, onde C é a medida da altura do líquido contido na taça, em centímetros. Sabe-
2
se que o ponto V, na figura, representa o vértice da parábola, localizado sobre o eixo x.
Nessas condições, a altura do líquido contido na taça, em centímetros, é
(A) 1.
(B) 2.
(C) 4.
(D) 5.
(E) 6.
Matemática
3. (Uece, 2019) Seja 𝑓: 𝑅 → 𝑅 a função quadrática definida por 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐. Se 𝑓 assume
o menor valor para 𝑥 = −1 e se 2 é uma raiz da equação 𝑓(𝑥) = 0, então, a soma 𝑏 + 𝑐 é igual
a
(A) −4.
(B) 4.
(C) −3.
(D) −6.
4. (Cefet-MG, 2019) Os gráficos das funções reais f e g definidas por 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 5𝑥 + 6 e 𝑔(𝑥) =
−𝑥 2 + 2𝑥 + 1 estão representados na figura a seguir.
B) D)
(D) 4 km.
(E) 4,5 km.
Matemática
7. (CMRJ, 2019) Considere a definição a seguir.
“A área de um triângulo é a metade do produto da medida de sua base pela medida de sua
altura.”
Três pontos de duas funções 𝑓: 𝑅 → 𝑅 e 𝑔: 𝑅 → 𝑅 definidas, respectivamente, por 𝑓(𝑥) =
1
3𝑥 2 + 6𝑥 − 24 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 + 2𝑥 + 9 serão utilizados para construção de um triângulo. Esse
10
triângulo será construído com seus vértices sobre os gráficos dessas funções, conforme o
descrito abaixo:
I. um dos seus vértices no ponto de menor imagem da função 𝑔;
II. dois vértices nos pontos de interseção da função 𝑓 com o eixo das abscissas.
Dessa forma a área desse triângulo é igual a
(A) 30.
(B) 15.
(C) 9.
(D) 6.
(E) 3.
8. (ESPM, 2018) O gráfico abaixo representa uma função quadrática 𝑦 = 𝑓(𝑥). O valor de 𝑓(−6)
é:
(A) 74.
(B) 63.
(C) 42.
(D) 51.
(E) 37.
Matemática
9. (Enem, 2017) A Igreja de São Francisco de Assis, obra arquitetônica modernista de Oscar
Niemeyer, localizada na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, possui abóbadas
parabólicas. A seta na Figura 1 ilustra uma das abóbadas na entrada principal da capela. A
Figura 2 fornece uma vista frontal desta abóbada, com medidas hipotéticas para simplificar
os cálculos.
A altura máxima atingida pela bola nesse trajeto foi de 10 𝑚 e, nesse instante, sua distância
horizontal do gol era de 8 𝑚. A distância horizontal 𝑥 entre o gol e a bola no momento em que
ela recebeu o chute era
(A) menor que 17 𝑚.
(B) igual a 17 𝑚.
(C) entre 17 e 18 𝑚.
(D) igual a 18 𝑚.
(E) maior que 18 𝑚.
Gabaritos
Exercícios de fixação
1. Fazendo 𝑓(−3) , 𝑓 (−2), 𝑓 (−1), 𝑓(0) e 𝑓(1), podemos efetuar a construção dos pontos obtidos
e realizar a construção do gráfico:
2. As raízes dessa função são 𝑥 ′ = −5 e 𝑥 ′′ = 1. Sua interseção com o eixo 𝑦 é (0,5), já que 𝑐 = 5
𝑏 ∆
e o vértice é (− , − ) = (−2,9). Plotando esses pontos, chegamos ao gráfico:
2𝑎 4𝑎
Obs.: A resolução dessa questão foi feita de forma diferente da questão anterior
propositalmente, para mostrar diferentes estratégias para construirmos gráficos de funções
quadráticas.
3. 𝑚 = 16
Para que isso ocorra, 𝛥 = 0. Logo, (−8) 2 − 4 ⋅ 1 ⋅ 𝑚 = 64 − 4𝑚 = 0 ⇒ 4𝑚 = 64 ⇒ 𝑚 = 16.
4. A
Pela simetria da parábola em torno do vértice, se uma raiz está 8 unidades à direita do vértice,
a outra está 8 unidades à esquerda. Ou seja, a outra raiz é −6 − 8 = −14.
5. 𝑚 = ±2, 𝑘 = 4
−𝑚2 𝑚2
Se a coordenada 𝑥 𝑣 é igual a 2: − = = 2 ⇒ 𝑚2 = 4 ⇒ 𝑚 = ±2.
2⋅1 2
Se a coordenada 𝑦𝑣 é igual a 3:
𝑓 (𝑥 𝑣 ) = 𝑓(2) = 22 − 4 ⋅ 2 + 𝑘 + 3 = 3 ⇒ 4 − 8 + 𝑘 + 3 = 3 ⇒ −4 + 𝑘 = 0 ⇒ 𝑘 = 4
Matemática
Exercícios de vestibulares
1. C
Fazendo 𝑦 = 0, temos que 9 − 𝑥 2 = 0 e as raízes são −3 e 3. Ademais, a parábola intersecta o
eixo das ordenadas no ponto (0, 9), já que 𝑐 = 9.
A resposta é dada por
2
⋅ (3 − (−3)) ⋅ 9 = 36 𝑚2 .
3
2. E
3 (−6)
A abscissa do vértice da parábola 𝑦 = 𝑥 2 − 6𝑥 + 𝐶 é igual a − 3 = 2.
2 2⋅
2
Por outro lado, sabendo que o vértice da parábola pertence ao eixo das ordenadas, temos:
3
𝛥 (−6) 2 − 4 ⋅ ⋅ 𝐶
𝑦𝑣 = − ⇔0=− 2 ⇔ 6𝐶 − 36 = 0
4𝑎 3
4⋅
2
⇔ 𝐶 = 6.
Portanto, o resultado pedido é 𝑓(0) = 𝐶 = 6𝑐𝑚.
3. D
Desde que 𝑓 assume o menor valor para 𝑥 = −1, temos
𝑏
−1 = − ⇔ 𝑏 = 2.
2⋅ 1
Ademais, sendo 𝑓(2) = 0, vem
22 + 2 ⋅ 2 + 𝑐 = 0 ⇔ 𝑐 = −8.
Portanto, a resposta é 𝑏 + 𝑐 = 2 + (−8) = −6.
4. C
Analisando as alternativas uma a uma:
[A] incorreta. Nem sempre 𝑓(𝑥) ≤ 𝑔(𝑥) para o intervalo dado.
[B] incorreta. Se 𝑥 > 0, então 𝑓(𝑥) > 0.
[C] correta. Se 𝑥 < 1, então 𝑓(𝑥) > 𝑔(𝑥).
[D] incorreta. Entre −2 < 𝑥 < 2, nem sempre 𝑓(𝑥) ≠ 𝑔(𝑥), pois há um ponto onde as funções de
interceptam (tem o mesmo valor).
5. D
𝑃 = 𝑟 ⋅ 𝑖2 | 𝑃 = 𝑘 ⋅ 𝐸
𝑟.𝑖2
𝑘 ⋅ 𝐸 = 𝑟 ⋅ 𝑖2 ⇒ 𝐸 = (como r e kA são constantes reais, temos uma função do segundo grau
𝑘
na variável i). Portanto, o melhor gráfico para que representa a relação pedida é o da alternativa
[D].
Matemática
6. D
Desde que a reta 𝑂𝑃 corresponde ao gráfico da função definida por 𝑔(𝑥) = 𝑥, temos
𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) ⇔ −𝑥 2 + 14𝑥 − 40 = 𝑥 ⇔ 𝑥 2 − 13𝑥 + 40 = 0
⇔ 𝑥 = 5 𝑜𝑢 𝑥 = 8.
Logo, é fácil ver que 𝑥 𝑃 = 5 e, assim, vem
𝑓(𝑋𝑃) = 𝑓(5)
= −52 + 14 ∙ 5 − 40
= 5 𝑘𝑚
Além disso, a ordenada do ponto 𝑉 é igual a
142 − 4 ⋅ (−1) ⋅ (−40)
𝑦𝑉 = − = 9𝑘𝑚.
4 ⋅ (−1)
Em consequência, a resposta é 𝑦𝑉 − 𝑦𝑃 = 9 − 5 = 4𝑘𝑚.
7. E
Tem-se que
𝑓(𝑥) = 3(𝑥 2 + 2𝑥 − 8) = 3(𝑥 − 2)(𝑥 + 4).
Logo, os pontos em que o gráfico de 𝑓 intersecta o eixo das abscissas são (2, 0) e (−4, 0).
𝑏 𝛥
Por outro lado, 𝑥 𝑣 = − = −10 e 𝑦𝑣 = − = −1.
2𝑎 4𝑎
Desse modo, segue que o ponto de menor imagem da função 𝑔 é (−10, −1).
1
A resposta é ⋅ (2 − (−4)) ⋅ | − 1| = 3.
2
8. D
Seja 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, 𝑎 ≠ 0.
Como a parábola corta o eixo 𝑦 no ponto (0, 3), 𝑐 = 3.
Assim, temos:
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 3
Vamos supor que o ponto (1, 2) é o vértice da parábola.
𝑏
1=− ⇒ 𝑏 = −2𝑎 e 2 = 𝑎 ⋅ 12 + 𝑏 ⋅ 1 + 3 ⇒ 𝑎 + 𝑏 = −1
2𝑎
De 𝑏 = −2𝑎 e 𝑎 + 𝑏 = −1,
𝑎 − 2𝑎 = −1𝑎 = 1
De 𝑎 = 1 e 𝑏 = −2𝑎,
𝑏 = −2
Logo,
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 + 3𝑓(−6) = (−6) 2 − 2 ⋅ (−6) + 3
𝑓(−6) = 51
Matemática
9. D
Calculando:
𝑃𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 ⇒ 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 (5,0) 𝑒 (4,3)𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐𝑏 = 0
⇒ 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 𝑠𝑖𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑎𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑦𝑓(0) = 𝑐 = 𝐻
1
{0 = 𝑎 ⋅ (5) 2 + 𝐻 3 = 𝑎 ⋅ (4) 2 + 𝐻 ⇒ {0 = 25𝑎 + 𝐻 − 3 = −16𝑎 − 𝐻 ⇒ −3 = 9𝑎 ⇒ 𝑎 = − ⇒
3
25
𝐻=
3
10. A
Associando um sistema cartesiano à figura, obtemos:
𝑓 (−8) = 2 ⇒ 64𝑎 2 − 8𝑏 + 𝑐 = 2
Logo,
1
𝑓(𝑥) = − ⋅ 𝑥 2 + 10
8
Calculando agora as raízes da função:
1 1
0 = − ⋅ 𝑥 2 + 10 ⋅ 𝑥 2 = 10 ⇒ 𝑥 = ±4√5 ⇒ 𝑥 ≃ ±8,8
8 8
Portanto,
𝑑 − 8 = 8,8𝑑 = 16,8
Resposta: [A] menor que 17 𝑚.