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CONHECIMENTOS GERAIS DO MUNICÍPIO DE SAQUAREMA

PARTE 1

1.1. ORIGEM E DADOS HISTÓRICOS DA REGIÃO DE SAQUAREMA

ORIGEM

 Origem do Município de Saquarema


Em 1530, D. João III, rei de Portugal, reconhecendo que o sistema de “excursões” para guardar as
costas do Brasil exigia grandes sacrifícios e não apresentava resultados satisfatórios, devido a falta de pontos onde
se pudesse atracar com as embarcações para provê-las de mantimentos e homens, resolveu fundar uma colônia
nas margens do Rio da Prata. Para isso organizou uma frota com duas naus, um galeão e duas caravelas e
uma tripulação de aproximadamente 400 pessoas e tendo como comandante, Martim Afonso de Souza, com
poderes extraordinários concedidos por D. João III através de uma carta Régia datada de 20 de novembro de 1530.
Dentre tais poderes destacava-se o de tomar posse e colocar marcos em todo o território até a linha demarcada.
Saindo de Lisboa em 03 de dezembro de 1530, chegou à Baia de Todos os Santos em 13 de março de
1531, depois de ter se dividido. Uma parte da frota dirigiu-se ao norte. No dia 17 do mesmo mês, Martim Afonso de
Souza reiniciou a viagem indo em direção ao sul. Após contornar Cabo Frio, atracou em frente ao Morro de
Saquarema (morro da Igreja de Nossa Srª de Nazareth), no lugar onde hoje é a construção da Barra Franca. Alguns
tripulantes desembarcaram e foram entrar em contato com uma grande tribo de índios que obedeciam às ordens do
chefe “SAPUGUAÇU”. Estes índios moravam em choças feitas de sapé ou tábua com uma porta em cada
extremidade e sem repartimento no interior. Os utensílios mais comuns eram: “YNI” – Rede de dormir; “URUPEMA”
– Peneira; “LYMA” – Fuso; “URU” – Cesto pequeno com tampa; “YGAÇABA” – Talha cheia d’água; “CAMUTY” ou
“CAMUCIN” – Pote de boca pequena; “YUNDUÁ” – Pilão; “PYÇA” ou “PUÇA” – Rede de pescar; “URUCU” ou “JITY”
– Cesto de pescar; “PINDAYABA” – Caniço; “YAPARA” e “UYBA” – Arco e flexa; “YAGARAS” – Canoas feitas de
um só tronco de árvore; Os Tamoios eram ótimos canoeiros. Remavam de pé a um compasso certíssimo, com que
ficaram maravilhados os europeus. Assavam peixes sobre brasa, ou então sobre um gradeado de madeira, a que se
dava o nome de “MOKAEM” (leia-se moquem). Ao assado envolvido em folhas chamavam “POKEKA”, hoje
chamado de moqueca. À carne, o peixe pilado e misturado com farinha, davam o nome de “PAÇOKA”. Sua bebida
preferida era feita de suco de cajú que eles chamavam de “CAIUM”. Tinham sempre guardado na choça a farinha
de mandioca – “CARIMÔ e a usavam pára fazer um bolo enroscado chamado “UBEIJU”, de onde vem o nome do
bejú. Gostavam da dança chamada de “POROCE” e nela utilizavam ornamentos feitos de plumas de garças ou
araras que eram o capacete chamado de “ACANGATARA” e uma espécie de manto chamado de “AÇAYABA”.
Tocavam instrumentos que eram a buzina chamada de “MAMBY” , o guarará chamado de “Ymbia” e tambores. Por
séculos esses indígenas dominaram a parte litorânea onde hoje se localiza a sede do município de Saquarema e
apelidaram a lagoa de “SOCÓ-REMA” que quer dizer bandos de socós (ave pernalta abundante na lagoa naquela
época) e com a evolução da linguagem passou a chamar-se SAQUAREMA.
Os Tamoios forma sempre aliados dos franceses e por isso foram exterminados pelo então governador do
Rio de Janeiro, Antonio Salêma. Salêma reuniu a gente do Rio de Janeiro e alguns do Espírito Santo. De São
Vicente veio o Capitão Gerônimo Leite com muitos portugueses e índios cristãos. As forças somaram 400
portugueses e 700 índios e a partida da expedição deu-se em 04 de agosto de 1575. Logo chegaram a uma aldeia
onde os Tamoios tinham fortificado. Salêma e sua gente cercou essa aldeia, num lugar hoje conhecido por campo
do “MARANGUÁ”, travando-se cruéis lutas em toda a capitania. Vários dias já durava o cerco, e então de acordo
com o narrado pelo padre Luiz da Fonseca: “Os Tamoios vendo-se perdidos tomaram a resolução heróica de fazer
uma sortida em massa. Reinou então no acampamento inimigo que inquietou Salêma. Um jesuíta, o Padre Baltazar
Álvares, ofereceu-se para investigar o que era, e no dia 21 de setembro de 1575 encaminhou-se para o campo
Tamoio. Esse jesuíta com artimanhas, mentiras e promessas lisonjeiras, conseguiu com o chefe dos tamoios, uma
entrevista com Salêma. O chefe índio, confiante na palavra do padre, cedeu, e de fato, no dia seguinte com toda
solenidade, o chefe índio apresentou-se ao chefe branco. Salêma, dando sua palavra de honra de militar que os
deixaria em paz, exigiu para isso a entrega de três franceses que estavam entre os índios, os quais foram
enforcados na praia. Transpondo esse obstáculo Salêma continuou a sua marcha pela praia até Arraial do Cabo,
onde praticou o mais cruel desbarato”.
O Rei D. João III, buscando uma solução menos dispendiosa para o problema da colonização do Brasil,
resolveu dividir o território em capitanias hereditárias. Foi devido à concretização desse desejo real, que as terras do
atual município de Saquarema, passaram a pertencer a Martim Afonso de Souza, por se encontrar dentro dos
limites fixados para a Capitania de São Vicente a ele doada. Dado a extensão do território da Capitania, muitos anos
se passaram antes que as terras de Saquarema recebessem os benefícios da civilização.
Só em 1594 os padres da Ordem do Carmo, por elas de interessaram, pleiteando e obtendo, em 5 de
outubro desse ano a doação de algumas sesmarias localizadas na região. No lugar hoje denominado Carmo,
próximo a Ipitangas, iniciaram os religiosos logo ao chegar, a construção de um convento que denominaram de
Santo Alberto e do qual no presente, existe, apenas, como recordação, a imagem do seu padroeiro, venerado na
exposição de imagens antigas em uma das salas do palácio do Bispo em Niterói. Após a chegada dos carmelitas,
outras sesmarias foram concedidas nas redondezas das suas, o que motivou a criação de várias fazendas nas
terras de Saquarema.

DADOS
População
População estimada [2021]: 91.938 pessoas
População no último censo [2010]: 74.234 pessoas
Densidade demográfica [2010]: 209,96 hab/km²
Trabalho e Rendimento
Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2019]: 1,8 salários mínimos
Pessoal ocupado [2019]: 18.567 pessoas
População ocupada [2019]: 20,8 %
Percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até 1/2 salário mínimo [2010]:
36,3 %
Educação
Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade [2010]: 96,3 %
IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental [2019]: 6.0
IDEB – Anos finais do ensino fundamental [2019]: 4.4
Matrículas no ensino fundamental [2020]: 11.344 matrículas
Matrículas no ensino médio [2020]: 3.014 matrículas
Docentes no ensino fundamental [2020]: 716 docentes
Docentes no ensino médio [2020]: 250 docentes
Número de estabelecimentos de ensino fundamental [2020]: 49 escolas
Número de estabelecimentos de ensino médio [2020]: 12 escolas
Economia
PIB per capita [2019]: R$ 120.175,92
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) [2010]: 0.709

Território e Ambiente
Área da unidade territorial [2021]: 352,130 km²
Esgotamento sanitário adequado [2010]: 54,6 %
Arborização de vias públicas [2010]: 59,6 %
Urbanização de vias públicas [2010]: 21,4 %
Fonte: IBGE

PRIMEIRAS OCUPAÇÕES, EVOLUÇÃO HISTÓRICA, ECONÔMICA E ADMINISTRATIVA:


DADOS RELEVANTES.

1.2. Informações básicas sobre área, altitude, clima, relevo; Sistemas costeiro, lagunar e
hidrográfico; Parques, unidades de conservação e áreas de proteção ambiental da região.
1.3. Localização do Município, população, limites municipais, distritos; vias de acesso;
Características urbanas; Atividades econômicas predominantes; Serviços básicos.
1.4. Patrimônio natural, histórico, material e imaterial. Datas comemorativas; atrações, eventos e
espaços de destaque do Município; Posição do Município na divisão regional turística do Estado
e sua classificação.
1.5. Aspectos e indicadores sociais, econômicos e financeiros.

Parte 2
Aspectos da administração municipal de Saquarema conforme sua Lei Orgânica:
1. Autonomia, poderes e símbolos municipais. Divisão administrativa do Município.
Competências municipais: privativas, comuns e suplementares. Vedações.
2. Organização dos poderes: Câmara e Prefeitura.
2.1. Câmara Municipal: funções,
competências privativas, posse, funcionamento. Conceitos sobre mandato, legislatura, sessão
legislativa, sessões ordinárias e extraordinárias; comissões permanentes e especiais.
Regimento Interno, Processo Legislativo. Mesa Diretora: membros, eleição, atribuições e
composição. Número de vereadores na Câmara Municipal de Saquarema. Convocações da
Câmara e prazo para os órgãos do poder executivo prestarem informações e apresentarem
documentos requisitados pela Câmara.
2.2. Prefeito Municipal: Competências privativas, posse, substituição, proibições, licenças. Leis
de sua iniciativa. Auxiliares diretos. Julgamento de crimes e infrações do Prefeito. Atos de
competência do Prefeito e seus conteúdos específicos.
3. Atos municipais: publicidade. Prazos da Câmara e da Prefeitura para o fornecimento de
certidões aos interessados.
4. Estrutura administrativa da Prefeitura: órgãos de administração direta e indireta.
5. Fiscalização contábil e financeira; Controle interno e externo.
6. Tributos municipais e administração tributária. Administração de bens patrimoniais e de obras
e serviços públicos.
7. Orçamento, suas leis e características, vedações, emendas e execução orçamentária.

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