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Denise A.

Agnew
Heart of Justice 02

Denise A. Agnew
Em sua Defesa
Heart of Justice 02
Disp em Esp: Las Ex Comulgadas
Envio do arquivo e Formatação: Δίκη
Revisão Inicial: Leka
Revisão Final: Dani A.
Imagem: Suelen M.
Talionis

A vida de Celeste Frise foi destroçada pela terrível violência mais de uma vez. A violência ameaçava
incrementando-se ao mundo de Celeste, quando seu ex-namorado começa assediá-la. Quando
Celeste herda a casa da tia, decide voltar a sua cidade da infância depois de muitos anos longe. No
retorno pródigo, encontra-se com seu velho e desejado amigo, Mick MacGilvary, em um evento de
caridade e sabe que finalmente está pronta para seguir essa atração de parar o coração.
Acredita que deixará de desejá-lo se tiver relações sexuais com ele uma vez, conseguindo assim
tirá-lo de seu sistema. Decide testar a atração de fogo, apesar de que o violento passado do Mick e
seu posto na SWAT a assusta.
Mick fará algo para defendê-la?
Os instintos policias de Mick MacGilvary, da SWAT, dizem que o ex-namorado de Celeste tem algo
ruim sob a manga. O passado incômodo de Mick com Celeste o faz sentir como uma tímida arma a
seu redor. Seus sentimentos de proteção para ela nunca o abandonam. Faz dez anos que o

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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Heart of Justice 02

rechaçou e não a esqueceu. A atração que sempre teve por ela se libera agora que está perto.
Melhor ainda, que está obviamente interessada em ir à cama dele. O perigo espreita à volta?
Presos em uma paixão que nenhum pode negar, os pontos fortes e fracos de Mick e Celeste ficam a
prova quando seu ex-namorado decide que se ele não pode tê-la, ninguém terá.

Comentário da Revisora Leka: Celeste deixa que os traumas a dominem. A impeçam de se


entregar as coisas. A superar. Ainda bem que o mocinho não desiste. Ele é a força onde ela é fraca.

Comentário da Revisora Dani A.: Gostei do livro. O Mick não se deixa desanimar pelos
medos de Celeste, inclusive a entende e a ajuda. Além de claro, um excelente repertório de
vinhos...

Capítulo Um

Celeste Frise sabia que o acontecesse essa noite mudaria sua vida... para bem ou para mau.
Não saberia qual até que não falasse com Mick MacGilvary.
Excepcionalmente quente e úmida, a noite do Colorado pulsava com alegria, enquanto
Celeste e centenas de outros espectadores assistiam e animavam os adversários de artes marciais
lutando no tatame. Veio a este evento de caridade para ajudar o Departamento do Xerife El Torro
que juntava recursos para um centro comunitário local, mas assim que viu Mick, esqueceu-se de
tudo, exceto da forma como sempre a fez sentir.
Quente. Molesta. Disposta a fazer algo mau e ilegal.
Preocupou-se com a bainha da blusa regata verde azulada. Os mamilos ficaram visíveis no
tecido. Retorceu-se, o short curto de jeans de cintura baixa se sentiam muito apertados contra a
parte sensível entre as pernas.
Sentada nos degraus do ginásio, vendo a atuação do Mick, experimentava uma inegável
queda do queixo, luxúria a toda velocidade. Não poderia derrubar sua reação ante o homem
primitivo e magnífico que se mostrava ante ela.
Reconheceu o oponente de Mick como seu irmão, Trey. Trey tinha uma fina, acordada
resistência, a diferença de Mick, mas os olhos de Celeste se sentiram atraídos pela forma física do
Mick flexionada, com o corpo como uma arma saltando alto em um chute. Trey esquivou, e depois
passou à ofensiva, atacando com força. Mick bloqueou o golpe, com a cara cheia de determinação
implacável.
Enquanto os aplausos aumentaram, uniu-se a outros para demonstrar seu apreço.
Logo Mick e Trey trocaram a outra forma de artes marciais. Keysi, o locutor anunciou, e
brutalidade e determinação duras se refletiram tanto na cara do Mick como na de Trey. Seu
enfoque ficou enquanto Mick realizava cada movimento.

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Da posição na parte inferior dos degraus, ouviu suas respirações agitadas, o golpe dos pés
nus no tapete, seus grunhidos de esforço. Enquanto Mick fazia uma finta para a direita, seus
músculos ondularam. Apanhada na emoção, ela se inclinou até que os cotovelos se apoiaram nos
joelhos. Quase podia sentir a energia, as respirações saindo duras, corações bombeando com
força, bombeando suor.
Rápidos e elegantes, os movimentos do Mick mostravam uma potência bruta, masculina,
que ela sentiu até os ossos e através de cada fibra.
O cabelo negro, curto, frisava-se com a mais mínima umidade. Sua expressão endureceu
com intenção. À medida que via a camiseta cor azul marinho de alças sobre os ombros largos, o
peito largo e os braços fortes, a boca secou e a garganta contraiu. A calça azul permitia uma vista
completa das pernas, tão resistentes com músculos que surgiam e se agrupavam. Mesmo a
distância, era um dos homens mais atraentes que tinha visto. Deus é fantástico.
Entretanto, dez anos atrás, ela tinha rechaçado a oportunidade de descobrir o êxtase em
seus braços.
Agora ansiava sem disfarces. Não tinha compreendido o muito que o desejava até que o viu
esta noite. Agora esperava retificar o engano do passado.
Ela empurrou ar nos pulmões em uma inalação lenta. Ele era perigoso e ela sempre soube. A
ideia deveria dar repulsão. Depois de tudo, a violência levou tudo o que amava. Não que
acreditasse que Mick faria mal, mas seu trabalho era perigoso. Assustador.
Ela olhou a seu redor às outras mulheres olhando Mick e Trey. Seriam algumas dessas
mulheres noivas dos policiais que participavam dessa exposição?
Como conseguiam? Como aceitavam o perigo que esses homens viviam cada dia?
Mesmo enquanto se perguntava como essas mulheres faziam frente à possibilidade da
violência dilaceradora em suas vidas, não podia negar o atrativo desses homens OH-tão-
fisicamente fortes, protetores, poderosos. A energia parecia pulsar a seu redor, atraindo a atenção
para sua potência.
Uma vez mais, seu olhar voltou para Mick. Se pudesse ter sexo com ele uma vez, talvez
ficasse vacinada contra sentimentos mais profundos, de pensar que tinha atirado à oportunidade
da verdadeira felicidade.
Só uma vez eu gostaria do sexo que faz dobrar os dedos do pé e que funda meus ossos.
Poderia procurar sexo com outro homem, mas sua obsessão por Mick não iria. Tentou
submetê-la mais de uma vez, e fracassara.
Vou expulsá-lo de meu sistema de uma vez por todas.
Mesmo quando se sentou entre as centenas de pessoas com as luzes acesas, os sons da luta
ressonando na enorme sala, não podia negar sua excitação. Sabia que se Mick a tocava
intimamente a encontraria inchada e quente com necessidade. Lambeu os lábios. OH, Deus. Sim.
Só a ideia desse tipo de contato íntimo a fazia fechar os olhos e visualizá-lo. Seus dedos
deslizariam com um suave toque, jogando com ela enquanto acariciava ultrassensíveis superfícies
e escutava os gemidos. Imaginou, noite após noite, como uma intimidade de coração se sentiria
com ele. Queria estar perto dele outra vez, compreender seus pensamentos, seus sentimentos.

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Não. A intimidade não tinha nada que ver com isso. Tinha que descobrir a sexualidade que
se negou durante tanto tempo. Precisava superar a frigidez que ameaçava todas as relações que
tentara com um homem. Confiava que Mick a ajudasse a encontrar essa sexualidade e a pusesse
na luz. Sabia que ele que seria uma experiência para toda a vida.
Ouviu um grunhido dos homens esforçando-se, e os olhos se abriram de repente. Com outra
manobra rápida, Mick evitou um dos golpes de Trey.
Trey recuou atrás na luta. —Cara.
Mick e Trey deram uns tapinhas nas costas, estreitando as mãos e inclinando-se. Os
espectadores aplaudiram e aclamaram. O mestre de cerimônias do evento agradeceu a todos e a
reunião se dissolveu.
Agora é o momento, Celeste. Apesar de que veio aqui com a esperança de que Mick estaria
de acordo em sair em um encontro, poderia também ajudá-la com um problema persistente que
encontrara nas últimas semanas. Mordeu o lábio pensando na situação.
Como polícia, e membro da SWAT, nada menos, podia dizer como se livrar de um ex que não
entendia o significado da palavra não. Se aproximaria e perguntaria. Simples.
Certo. O estômago deu um puxão nervoso. Depois da forma como se separaram há dez anos,
poderia rechaçá-la. Anime-se. Respirou fundo e deixou escapar o ar lentamente, ocultando-se em
um manto de confiança que às vezes não sentia. Não ultimamente de todos os modos.
Enquanto Mick deixava o tapete, o olhar esteve fixo nele. Conheceria o familiar caminhar de
Mick em qualquer lugar - dominante, seguro de si mesmo, e com a menor arrogância. Mick riu de
algo que disse Trey, e percebeu outras duas mulheres, não longe dela que olhavam aos homens
com um claro interesse.
Lembrou-se de seu sem sentido, de seu olhar de ver através-do-coração. Ele sempre teve os
mais bonitos, ardorosos olhos. Mick voltou sua atenção para ela. Por um momento, ele se viu em
choque, e a surpresa a impediu de seguir adiante para dar à bem-vinda. Segundos depois, seu
rosto se transformou em um lindo sorriso que derreteu sua alma. OH, sim. Um sorriso pleno, de é-
a-única-para-mim. Ela conteve o fôlego enquanto ele caminhava para ela e Trey o seguiu.
Estou em muitos problemas. Em tantos problemas.
Suas pernas não estavam estáveis. Acreditou reconhecer mais de uma emoção nos olhos de
Mick. Talvez curiosidade —e também um ardente calor que fez que as partículas femininas terem
uma crise imediata. Os irmãos faziam um bom par, e uma mulher teria que estar meio morta para
não sentir um formigamento nos lugares corretos só de vê-los. Um rubor selvagem esquentou sua
cara enquanto ela se imaginava atuando como o recheio para seu sanduiche de testosterona.
Finalmente encontrou sua coragem e baixou os degraus para ir a seu encontro.
Mick se dirigiu para ela com intenção. —Celeste? É você?
Ouvindo seu nome nos lábios e o som quente e ligeiramente áspero de sua voz... bom, fez
mais coisas divertidas a seu equilíbrio. Sua super confiante, extrovertida melhor amiga Leigh não
duvidaria em saudar estes homens, mas Celeste se sentia um pouco nervosa. Decidiu manter-se a
flutuação e ver a forma de abordá-los.
—Olá Mick. Sou eu.

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Quando Mick chegou até ela, deslizou os braços ao redor de sua cintura e a abraçou com
força. —Deus, Celeste. Passou tanto tempo. Pensei que Dufus1 tinha me golpeado na cabeça e me
feito ver coisas. Não sabia que viria.
A felicidade se mesclou com o prazer enquanto ela se aconchegava em seus braços. Era
muita preocupação para que não quisesse falar com ela.
Os seis pés e três polegadas2 faziam os seus cinco pés e cinco3, sentir-se pequena. Braços
bem desenvolvidos a uniram a seu peito, os quadris e coxas, e cada polegada de seu corpo
inflexível. Celeste deslizou os braços ao redor de seu pescoço e se aferrou como a um salva-vidas.
Sentia-se maravilhoso. Grande. Quente. Sólido e confiável. Cheirava a homem quente misturado
com suor.
Sem dúvida. Ceder a seu abraço se traduzia que o céu estivesse na terra. Recuou para trás o
suficiente para ver seu rosto. —Um amigo me disse que alguns membros da equipe SWAT
participariam, por isso esperava te encontrar aqui.
Um definido interesse brilhou em seus olhos, e o torso vibrou em resposta.
Mick recuou para trás, e Trey estendeu a mão para tomar a sua. —Eu te abraçaria, mas
estou todo suado. Mick só queria passar os braços ao redor de você.
Ela sorriu amplamente. —Posso ver isso.
Trey segurou sua mão mais do que necessário, mas quando Mick lançou um olhar
desgostoso, Trey a liberou.
—É bom te ver. Como vai? —Perguntou Trey.
Ela reuniu seus pensamentos rapidamente. —Muito bem. Como vocês estão?
—Este animal acaba de chutar meu traseiro, —disse Trey. —Preciso trabalhar mais ou me
ricocheteará até abaixo na cadeia alimentícia.
Sentindo-se brincalhona, apertou os consideráveis bíceps de Trey. —Concordo. Está muito
fora de forma. Que não acredito.
As sobrancelhas do Trey arquearam. —Vê, irmão. Disse que estava em forma para lutar.
Celeste disse.
A boca de Mick se apertou em uma linha fina e cruzou os braços. Com a desaprovação
esculpida na cara. —Sim. Está em tão boa forma que a bala daquele cara quase te separa de seu
cabelo na semana passada.
—O que?, —perguntou, preocupada.
Pura indignação queimou a cara de Trey enquanto olhava seu irmão, e então desapareceu
enquanto sorria a Celeste. Trey piscou um olho, com os olhos cor marrom uísque brilhantes numa
travessura encantada. —Poderia dizer que tive uma chamada de atenção. Mas estou bem agora.
Viu a atadura perto do couro cabeludo. —Graças a Deus que está bem.
Trey passou uma mão pelo cabelo —apenas curto o suficiente como as regras do
Departamento do Xerife. Ondulado e grosso, seu longo cabelo cor marrom chocolate era quente

1
Maneira carinhosa que se refere ao seu irmão, Trey.
2
1,90.
3
1,67.

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com os reflexos vermelhos. Muitas mulheres encontravam provavelmente ao alto líder franco-
atirador da equipe SWAT tão bonito como seus irmãos Craig e Mick.
Os traços de Mick eram ásperos, menos refinados, e mais desafiantes que as boas de Trey.
As maçãs do rosto esculpidos de Mick davam um aspecto exótico que ela achava intrigante.
Mudou nesses dez anos, aos trinta e três anos parecia mais intenso, mais perigoso. Seus olhos
cerúleos4 sustentavam uma gravidade que não via no olhar de Trey, e esse brilho sem fundo,
misterioso no rosto de Mick fazia correr seu sangue espesso e quente.
Maldição, mas gostava de seu mistério. Os cenários correram pela cabeça. Gostaria de jogar
de policial e garota má. Algemaria à cama se ela pedisse? Procuraria por ela? Queria provar tudo,
e não queria esperar mais.
O olhar do Trey se aproximou dela com uma consciência sincera. —O que te traz por aqui?
Ela tragou duro, com nervosismo dando cãibras no estômago. —A caridade, é óbvio. E
acredito que Mick pode me ajudar com um problema que tenho.
Bom, talvez com dois, se falava com sinceridade. Sexo e seu ex.
As sobrancelhas de Trey arquearam, e um sorriso entreabriu nos lábios. —Bom, vou daqui.
—Golpeou o irmão nas costas. —Vemo-nos no escritório.
Seu sorriso quente voltou tocá-la. —Foi bom vê-la, Celeste. Cuide-se.
—Você também. Boa noite, —disse.
Depois que Trey perambulou afastando-se, seguro de si mesmo para o vestiário, voltou à
concentração total a seu irmão mais velho, mais duro. Apesar do bate-papo da gente que formava
redemoinhos ao redor do ginásio, o mundo caiu e deixou só os dois.
Mick enrugou a testa. Pôs as mãos sobre seus ombros. —Sinto não ter podido ir a sua festa
de bem-vinda a semana passada.
Ela encolheu os ombros. —Está bem.
—Sim, bom, sigo sentindo não ter podido ir. O trabalho se interpôs em meu caminho.
Ela estremeceu por dentro. Sua carreira significava perigo. Violência. Todas as coisas que ela
não queria voltar a ver, ou seja, nunca mais. Entretanto, não podia negar como o toque de sua
pele contra a dela eliminava seus pensamentos de agressão. A intimidade de seu toque tentador
caiu sobre os ombros, com a pele ligeiramente calosa recordando sua masculinidade. Os dedos
deslizando por seus braços antes que ele liberasse. Ele tinha alguma ideia do que fazia?
Um triste sorriso apareceu em seus lábios. O sorriso se transformou de calmo em devorador
de corações num instante. Ele tem que ser tão malditamente sensual?
—Está sozinha aqui?, —perguntou.
A pergunta a trouxe de volta à realidade. —Sim. Por quê?
Seu olhar endureceu no que pensava era a cara terrível de um policial. Olhou o grande
relógio do ginásio na parede. —São quase nove da noite de uma sexta-feira. Está escuro como o
inferno, e uma tormenta está aí fora. —Como se o houvesse predito, um trovão soou fora do
ginásio. —Estacionou perto?
—Estou na porta principal. —Vamos, Celeste, cospe. —Quando te vi esta noite, dava-me
conta de que poderia me dar algum conselho.
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Faz referência à mescla indefinida entre um azul e esverdeado, dando como resultado um celeste, ou azul diluído.

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Ele cruzou os braços, com o rosto de policial. —Está bem. O que acontece?
Ela olhou a seu redor. —Podemos ir a algum lugar e falar?
Ele assentiu, com o que intensificou a consciência profunda de sua expressão. O desconcerto
entrou nos olhos. Não podia culpá-lo. O abraço que dera, entretanto, dizia que não albergava
nenhum rancor, algo que poderia ter esperado tendo em conta o que fizera dez anos atrás.
Ele passou a mão pela testa. —Necessito uma ducha rápida.
—Claro. —A voz arrastou. Limpou a garganta e o calor inundou o rosto.
Sua vívida imaginação saltou a Mick de pé nu na ducha, com espuma em cada um de seus
músculos. Que aspecto teria nu? Viu seu peito nu quando eram adolescentes, mas era mais
magro, menos desenvolvido que hoje. Sua boca encheu de água. Quase podia visualizar-se dar um
beijo no centro do peito, entre os peitorais. Seu ventre formigou.
—Aonde quer ir?—Uma vez mais a tirou de suas fantasias.
—Ao Delio?
A surpresa encheu seus olhos. —A um bar?
Ela sorriu. —É um clube familiar e acolhedor, com música e dança. Mas não muito
barulhento.
Seu olhar dançou sobre ela como se dissesse Averiguarei—o—que—está—tramando que
sem dúvida utilizava com os criminosos. —Parece-me bem. Vemo-nos na frente?
—Certo.
—Bem. Não demorarei muito.
Ela viu seu traseiro de primeira classe enquanto se afastava. Wow. Via-se tão apertado e
duro, e se imaginou agarrando uma nádega com a mão e apertando. Sorriu. O que ele faria se ela
tentava?
Franziu o cenho. Além de saber que era o homem mais quente que tinha visto, nada mudou.
Ainda tinha um trabalho perigoso, um que às vezes resultava mais perigoso que a carreira dia a dia
de um policial regular.
E o que? Desta vez não deixaria que esse conhecimento interferisse.
Mariposas dançaram em seu estômago, e se perguntou se poderia superar suas inibições, se
poderia aprender a confiar o suficiente para descobrir a verdadeira intimidade física e o êxtase.
Com Mick, talvez pudesse.
Colocou o cabelo cortado na moda atrás das orelhas e alisou com as mãos a parte superior.
Sorriu enquanto recordava como o olhar de Trey saltou sobre ela com uma avaliação de
brincadeira; sua atenção não tinha explorado nenhum incêndio de três alarmes em seu interior.
Agora, Mick... Suspirou. Sim, ele era uma história diferente. Moveu-se e empurrou a bolsa no
ombro.
Fechou os olhos e as lembranças a afundaram. Levou as mãos às bochechas quentes. OH,
sim. Nunca esqueceria sua cercania, seu fôlego marcando a testa enquanto dançavam na festa há
dez anos. O calor se aconchegou no estômago enquanto recordava as mãos rodeando sua cintura,
a boca abatendo-se sobre ela.
Não. Não queria trazer essa lembrança de volta. Ele não a beijara. Ela o deixou antes que
pudesse fazer. Tinha sido uma idiota.

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Surpreendida e aliviada de que não fez vinte perguntas, saiu de noite da cidade quente e
uma refrescante brisa soprou sobre os ombros nus. O aroma da umidade jogou com seu nariz
agradavelmente. Perto caiu um raio e o seguiu um estrondo mortal. Ela acelerou os passos e
encontrou a seu carro.
—Celeste, aonde vai?
Ficou imóvel enquanto uma surpresa sacudia sua espinha. Uma séria moléstia a seguiu de
perto. Reconheceria essa voz profunda, imperiosa, e sem compromissos em qualquer lugar. Virou-
se, com os dedos agarrando suas chaves com força. Efetivamente, seu ex, Darrell estava perto.
Devia ter estado espreitando perto das grades do ginásio. Deus, não podia acreditar. De Vermont
a Colorado era um longo caminho.
Seriamente horripilante.
—Darrell, o que está fazendo aqui?
Ele não falou no princípio. Ficou olhando-a com uma superioridade fria que sempre a fazia
querer chiar os dentes. Seu contato visual era tão intenso e direto, sem suavizar a força implacável
do olhar vendo-se ocasionalmente distante. Era uma das coisas nele que sempre a faziam pensar
que algo estranho habitava na psique de Darrell. Seus comentários nos poucos —muito poucos—
encontros cimentavam essa impressão.
Com mais de um e noventa de altura, possuía um corpo musculoso, de lutador. O cabelo
loiro e encaracolado se lançava ao redor da cabeça em uma desordem artística. Usava uma
camiseta justa e jeans desgastados que se esticavam mais forte nas coxas. Os rasgos eram quase
muito bonitos, como se o céu tivesse feito um Adônis. Parecia um atleta americano; poucas
pessoas viam além de seu rosto fresco e da aparência e se perguntavam se seria um psicólogo. É
óbvio, quando detalhava suas qualificações, as pessoas logo descobria sua legitimidade como um
profissional de saúde mental. As mulheres o amavam por seu aspecto e inteligência. Que mais
poderia querer uma mulher?
A maioria das pessoas o acharia divertido, interessante e normal.
Tal como ela fizera quando o conhecera há uns meses em outro evento de caridade em
Vermont.
Ao menos no começo.
Várias outras pessoas deixaram o ginásio e passaram de comprimento. Ela olhou para a
porta da que saiu fazia um segundo. Só podia adivinhar quanto tempo levaria Mick passar através
da ducha e reunir suas coisas. Se a sorte seguia o caminho, seria rápido.
Ele cruzou os braços sobre seu peito, com a voz tranquila. —Estive te esperando aqui
durante algum tempo.
Celeste pôs as mãos em nos quadris. —Por que está aqui? É um longo caminho de Vermont.
Ele deu um passo para frente. —Deixei-te uma mensagem no telefone ontem à noite. Sinto
sua falta.
—Já estava aqui quando me ligou?
—É óbvio. Queria que fosse uma surpresa.
Exasperada, pôs o olhar nos céus. —Deus, Darrell, acabou-se entre nós. Mudei-me aqui para
começar uma nova vida.

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—Deveria ter vindo de novo a mim que é aonde pertence. É por isso que vim aqui. Para te
levar de novo.
Um raio bifurcou o céu, com os trovões estrelando-se, e se surpreendeu como resposta.
Estava louco? Os dedos se fecharam sobre suas chaves. Nunca abusara dela fisicamente, mas este
comportamento ia além da norma. Não podia acreditar que chegara de Vermont a enfrentar-se a
ela. —Não sou mulher para você. Precisa encontrar a alguém mais.
Compadeço-me de qualquer mulher que seja enrolada por seu encanto inicial e sua boa
aparência e sua tão chamada credibilidade. Qualquer mulher que seja tão idiota como eu.
Ele levantou as mãos, com suas palmas para cima e deu um passo para ela. —Como pode
dizer isso? Tivemos poucas semanas boas juntos.
—Isso é tudo. Tivemos um bom momento e agora acabou. —A diversão não descrevia sua
breve relação, mas o que outra coisa podia dizer diplomaticamente?
—Isto não terminou.
—Não vou discutir isso, Darrell. Falamos disto quando te disse que me mudaria de novo
aqui. Acreditei que entenderia que não me interessava mais e que acabou. Darrell, ligou-me dez
vezes na última semana. Isso não é... Preocupa-me que não entenda o que quero te dizer.
Uns passos mais o levaram da calçada e a um pé dela. Involuntariamente, ela deu um passo
atrás, com seu corpo em estado de alerta se tentava algo, se por acaso fazia um movimento mais.
Sua respiração se acelerou, os batimentos do coração aumentaram a velocidade. Os dedos se
fecharam ao redor das chaves de seu carro.
—Como me encontrou?, —perguntou.
—Segui-te. De que outra forma?
Um calafrio de terror correu por suas costas. Isso significava que rastreou onde vivia no Gold
Rush e devia ter espreitado para fora de sua casa e a seguira até aqui.
Definitivamente não era um comportamento normal.
O que parecia molesto e estranho ao mesmo tempo se converteu em preocupação quando
tinha deixado dez mensagens no celular pedindo que retornasse as ligações. Entretanto, não tinha
tomado as ligações antes que se desse conta de que tinha que pedir conselho a alguém.
O desespero não encheu seus olhos, mas tinham uma estranha luz, possessiva. Como se
soubesse que a tinha —como se estivesse cem por cem seguro de seu êxito. —Amo você.
Darrell nunca tinha declarado seu amor, e o instinto gritou que a situação poderia explorar
fora de controle em questão de segundos. Ela olhou a seu redor.
Não havia nem uma alma à vista que não fosse ele.
—Darrell, é um profissional da saúde mental. Acredito que poderia reconhecer seu
comportamento como estranho e obsessivo.
—Meu comportamento é normal. É o teu que é questionável. —Sorriu, mas o sorriso não
sustentava o calor e a sinceridade. Sempre sorriu dessa forma, e ela não percebeu até agora?
—Está-me acossando.
Sorrindo em seu lugar, cruzou os braços e negou. —Sofre de alucinações, Celeste. Isso é pelo
que necessita atenção e assessoramento. Eu sou o único que pode te ajudar.

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Uma ira fresca brotou em seu interior. —Rompi com você, afastei-me, e esse é o final.
Adeus.
Ele inclinou a cabeça para um lado, os olhos verdes penetrantes telegrafaram uma fria
serenidade que contrastava com as palavras. —Não terminou até que eu diga que o tem feito. —
Chegou até o pulso, sujeitando com força, e começou a caminhar com ela. —Temos que falar.
O medo passou através de Celeste, e afundou os calcanhares. Estava-a apertando. —Ai!
Deixe-me ir! Não.
As sandálias deslizaram sobre o asfalto. Um pequeno grito escapou da garganta enquanto a
soltava, e aterrissou em seu traseiro com uma dor tremenda. Gritou de dor.
—Hey!—A voz foi irada, profunda vinha de trás dela. Segundos depois, Mick estava ao seu
lado, com os pés firmemente plantados. —Que demônios está acontecendo aqui?
OH, maldição. As lembranças de muito tempo a assaltaram. Só tinha quinze anos quando um
adolescente ébrio a atacara em uma festa.
Mick ouviu seu grito e saiu correndo, tal como fez agora. Só que então, Mick fazia algo que
mudou tanto sua vida como a dela.
—Sou seu namorado, —disse Darrell, com a voz implacável, com os olhos como cubos de
gelo de indiferença para a ameaça.
Ela ficou de pé e pegou o ombro de Mick. —Não, Mick. Ele é meu ex, e não tenho nada que
ver com ele.
Mick não tirou sua atenção de Darrell, e o rosto mostrou uma irritação inconfundível. Os
músculos de sua mandíbula se apertaram e os liberou. —Já a ouviu. Dou-te dez segundos para que
tire seu traseiro daqui.
Darrell inclinou o nariz largo e o elevou ligeiramente. —Quem diabos é você?
Mick deu um passo adiante, com sua postura intimidante enquanto emparelhava o olhar
com o de Darrell. Mick cobriu Darrell por um escasso centímetro. Por um segundo, preocupou-se
que os homens lutassem.
—Em primeiro lugar, sou oficial do Condado El Toro. Em segundo lugar, eu estou com ela
agora. —Mick a olhou. —Não deseja apresentar queixa de agressão?
Surpreendida pela declaração de Mick que eram casal, ela tropeçou com as seguintes
palavras. —Não, Eu - só vai, Darrell.
Darrell a assinalou, a transformação de seu rosto de arrogância a um brilho de impaciência
deu uma máscara rápida, feia. Imediatamente o rosto se tornou pacífico, e quase podia acreditar
que ela imaginou o aborrecimento que vira em seu rosto. —Isto não terminou, Celeste. Temos
coisas de que falar.
Com esse pronunciamento, Darrell se afastou. Uma vez que desapareceu a um lado da
construção, Mick se voltou para ela. Uma suave, fresca brisa soprou sobre a pele. Ela esfregou os
braços enquanto emoções potentes dançavam em seu interior como bolas de ping pong. Medo.
Incerteza. Ira.
A agressão masculina primária piscava através dos olhos, como se ele não pudesse tirá-la
fúria. —Como se envolveu com esse imbecil?
—Isso é do que queria falar com você. Pensei que o tinha deixado em Vermont.

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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Heart of Justice 02

Um estremecimento violento sacudiu seu corpo


A preocupação empurrou o rancor dos olhos. As mãos se aproximaram para pegar seu rosto.
Acolhedor e confortável, seu toque afastou os restantes temores. —Te machucou?
—Estou bem. Só me assustou como o inferno.
—Está tremendo. —A voz foi suave e rouca.
Antes que pudesse tomar outro fôlego, ele se aproximou. Uma profunda satisfação envolveu
Celeste enquanto com os braços a ancoravam a seu peito. As mãos se moveram
involuntariamente sobre seu peito, com os dedos encontrando seus inflexíveis músculos peitorais.
Quando o toque acidentalmente roçou os mamilos, ele estremeceu em reação. Tão duro. Tão
quente. Sentia-se febril e fora de controle. Celeste nunca experimentou este alinhamento de
medo puro e emoção crua tudo em uma resposta.
Ela pôs os braços ao redor da cintura dele. Celeste se sentia tão invencível que quase não
acreditava que nada mau poderia acontecer se esse homem a abraçava. Ele pôs a bochecha sobre
a parte superior da cabeça e se aproximou ainda mais.
OH, sim. Poderia me acostumar a isto.
—Por que disse que era meu namorado?, —perguntou.
—Pensei que ajudaria a resolver essa situação. E se pensar que sou seu noivo talvez voltasse
atrás.
As mãos vagaram por suas costas com um movimento suave, e logo deslizou os dedos em
seu cabelo à parte trás do pescoço e massageou os músculos tensos. Os mamilos se apertaram em
pontos duros, dolorosos, e logo evitou dar um gemido afogado.
—Está a salvo, —disse.
Quando ela jogou a cabeça para trás e olhou seus olhos, suas largas pestanas logo que
velaram sua consciência sexual. As pupilas estavam dilatadas na penumbra, e entreabriu os lábios.
Ele respirou fundo, retrocedendo, e a segurou com o braço estendido. —Está bem agora?
—Estou bem. —Ela obteve um débil sorriso. —Obrigada por vir em meu resgate.
Uma vez mais.
Um dos cantos de sua boca se curvou para cima com um sorriso quase infantil.
—Pelo menos o resultado foi melhor que a última vez.
Ela assentiu. —Não é brincadeira. —Celeste pensou que quase podia ver a piscada das
lembranças através de seus olhos. —Desta vez está no lado correto da lei.
Sua boca se tornou uma linha dura. —Malditamente certo. Assim o que acontece com esse
idiota que te está acossando?
Uma vez mais, os céus responderam com um raio de luz e um ruído forte. —É meu ex-
namorado, como te disse. Vamos ao Delio antes que chova.
Ele a soltou. —Irei segui-la.
A chuva atingiu a terra quando ela entrou no carro e outro raio cortou o céu, como uma faca
brilhante cortando o ar. O tempo era apropriado para o que viria pela frente.
Durante o caminho, ela olhou várias vezes no espelho retrovisor para garantir que o SUV de
Mick a seguia. Talvez ela tivesse feito a coisa certa em pedir seu conselho. Agora, se ela pudesse
controlar sua louca libido e acalmar-se.

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Denise A. Agnew
Heart of Justice 02

Pouco provável.
Quando ela parou no enorme estacionamento do bar, a excitação subiu por seu sistema até
o limite. Apesar da ultramoderna janela da fachada, o restaurante e bar atraía pessoas de todos os
níveis que queriam ouvir rock alto, mas não ensurdecedor. Pulou fora do carro e viu o SUV parar
em uma vaga por perto.
Mick se reuniu com ela na calçada e ficaram em silêncio quando entraram no
estabelecimento cheio. A risada ruidosa e conversas encheram seus ouvidos. Uma canção rock
and roll e velha soava através dos alto-falantes. À medida que seguiam o recepcionista, os clientes
de umas poucas mesas reconheceram Mick e ele os cumprimentou com a mão e sorriu. Eles
assentiram a ela, com a curiosidade indicando-se em seus rostos.
O anfitrião encontrou uma isolada cabine em forma de ferradura na parte traseira,
iluminada por uma só luz das velas em meio da mesa. O isolamento chamou Celeste, assim como a
pouca luz. Íntimo e acolhedor, o bar e o restaurante luziam uma grande variedade de objetos
antigos que penduravam do armazém de teto alto. A pista de dança de dois níveis já estava cheia
com pessoas girando com as melodias.
Quando Celeste se sentou no assento de couro vermelho e se acomodou na metade, Mick
fez o mesmo. Sentou-se tão perto que podia cheirar seu aroma almíscar quente e delicioso e seu
estômago derrubou com renovados nervos e emoção do que poderia vir depois. Ela enfatizou o
poderia em sua mente.
O olhar guardavam os segredos do mar enquanto dava um passe rápido, passando sobre seu
sutiã, e depois olhando seus olhos. —Passa algo? Parece nervosa.
Maldição. Ela não queria que seu nervosismo se mostrasse, mas nunca mentiu bem, assim
não tentaria. Por outra parte, os olhos de águia sempre tiveram uma excelente construção para
meter-se aonde fora. —Estou. Um pouco.
A testa formou rugas entre as sobrancelhas. Quando se moveu no assento, golpeou com o
joelho a dela. Sua concentração desconcertante jogou em sua cara, como se queria memorizar
cada detalhe. Os delinquentes, sem dúvida, deviam-se tornar-se idiotas tolos a seu redor. Ela não
podia pensar com clareza quando acomodava o laser de seu olhar na dela.
Havia uma profunda diferença na forma como seu olhar a fazia sentir excitada, acalmada e
cuidada... enquanto que os olhos verdes sem alma de Darrell a deixavam gelada até os ossos.
Uma garçonete parou junto à mesa e deu uma pausa a Celeste de uns segundos e depois a
mulher anotou os pedidos. Celeste escolheu uma coca diet e ele se decidiu pelo chá gelado.
Quando a mulher se afastou, Celeste soube que tinha que responder à curiosidade de Mick.
—Como pode ver, Darrell é uma bala perdida. Eu queria seu conselho sobre o que fazer.
—Qual é o sobrenome desse tal Darrell?, —perguntou.
—Huntley.
—Conheceu-o em Vermont?
—Conheci-o na casa de um amigo comum faz dois meses. Levamo-nos bem em um primeiro
momento, e concordei em sair com ele em um encontro. Só o conheci três semanas antes que as
coisas começassem a parecer estranhas.
—Estranhas como?

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Ela passou os dedos pelo cabelo e suspirou. —Ligava-me todos os dias, o que seria lisonjeiro
se ainda estivesse interessada nele —mas não foi assim. Tivemos três encontros nessas três
semanas. Tentou ter uma relação sexual, e não me senti confortável porque não sentia
nenhuma... já sabe... —O calor subiu a cara.
Ele sorriu. Um desses sorrisos de homem sensual com que as mulheres provavelmente
estavam tentadas a cair de joelhos e rogar ter a seu bebê. —Não, não sei. Por que não me diz isso?
Ela encolheu os ombros. —Não senti nenhuma faísca. Não há fogo. A maioria das vezes me
fez sentir incômoda de uma forma que não posso explicar. Darrell me enganou por um tempo
porque não fiz caso a meus instintos. Mencionei a alguns amigos que me inquietava, mas me
disseram que era um grande tipo e que estava exagerando. Há algo estranho acontecendo com ele
que não posso identificar. Mais de uma vez me convenceram de que estava sendo dramática, e
comecei a duvidar de minha própria capacidade de dizer o que era real e o que não a respeito
dele.
—Tem olhos estranhos. Não pisca muito e não olha para outro lado como uma pessoa
normal. Como se pudesse ver através da alma e soubesse todos seus segredos.
Ela suspirou de alívio. —Deu-se conta disso também?—estremeceu. —É a experiência mais
horripilante que tive.
—E seus amigos o conhecem bem?
—Conheceram-no por uns poucos anos. É um homem rico e um psicólogo muito respeitado.
As sobrancelhas do Mick baixaram enquanto franzia o cenho profundamente. —Já vejo.
Assim seus amigos pensam que porque é um psicólogo tem que estar bem?
—Exatamente. Quantos psicólogos conhece que se alterem?
—Nenhum.
Ela o assinalou. —Exato de novo.
Ele lançou um grunhido. —Ele fez que todos duvidassem de você, em lugar do reverso. Não
juraria em uma pilha de Bíblias, mas pelo pouco que disse faz que me pergunte se será um
sociopata. Não um louco. Só sem remorsos. Sem consciência.
Ela ficou as mãos nas bochechas por um segundo. —OH Deus. Nunca pensei nisso. —
Assombrada por sua ideia, disse, —Todo mundo começou a ver-me como se eu estivesse louca
porque eu não gostava mais de Darrell. E depois de que minha tia morreu e me inteirei de que
tinha herdado a casa, reavaliei minha vida. Quando o ano escolar terminou, decidi que sentia
saudades do Colorado e que queria voltar. Quando meu cão Jessie morreu... —Um nó formou na
garganta ao recordar o doce Yorkie. —Tinha três meses com o Jessie e um dia desapareceu de
meu quintal. Umas horas mais tarde o encontrei em um arroio. Tinha sido atropelado por um
carro.
—Maldição. Isso é horrível. Como saiu do quintal?
—Não sei. O único que me ocorreu foi que alguém o tirou. Talvez deliberadamente
passaram por cima dele. —O nó subiu a garganta de novo enquanto a emoção dava um murro no
estômago. Tragou.
—Sinto muito.
Ela assentiu. —Era o momento perfeito para me afastar de Darrell e começar uma vida nova.

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—Assim nada mais?


Ela decidiu não dizer a Mick que pensar nele influenciou para que se mudasse de volta ao
Colorado também. —Assim nada mais.
—Tinha alguma oferta de trabalho aqui?
—Inteirei-me da escola primária e de que necessitavam um professor, por isso candidatei-
me a vaga. Tenho uma entrevista semana que vem.
—O que passou quando disse ao Huntley que se mudaria a Gold Rush?
—Quis vir comigo.
Os olhos de Mick arregalaram. —Não te conhecia por tempo para fazer esse tipo de
compromisso.
—Não.
Perguntou-se se Mick teria se apaixonado alguma vez duro e rápido por qualquer pessoa. O
pensamento de que possivelmente ele o fizesse enviou um tremor pequeno de ciúmes através
dela. Se tivesse se apaixonado, voltearia uma moeda de dez centavos para fazer um sacrifício por
uma mulher?
Consegue seu controle. Não o vi em dez anos. Tudo pôde ter mudado nesse tempo. O fato de
que ainda me sinto tão condenadamente atraída por ele não significa nada. Não o conheço mais.
—Dou-me conta de que a pessoa pode se apaixonar rapidamente, mas não havia forma em
que pudesse retornar esses sentimentos. Depois de que rompi com ele, começou a me ligar a
qualquer hora do dia ou da noite. Algumas vezes, falava comigo, outras ficava em silêncio. Era
estranho.
—Material de medo de um perseguidor.
—Exatamente. Esperava que me mudando aqui, colocaria o ponto final. Não o vi em um
mês. Logo, a semana passada deixou mensagens em meu telefone celular. Dez. Não retornei as
chamadas, pensei que tinha captado a mensagem. Quando apareceu esta noite, surpreendeu-me.
Seu olhar endureceu. —Quando vi que te arrastava e que caiu, quis reorganizar a cara.
Deu um débil sorriso. —As sombras do velho Mick que conheci?
Ele suspirou. —Sim.
O que outra coisa podia dizer? Embora Mick jurasse cumprir a lei agora, talvez um pingo do
delinquente juvenil ainda o mandava. Queria ver sua selvageria desatada em um profundo beijo,
em uma carícia íntima. Desfrutar de uma experiência sexual completa.
Passou a mão pelo queixo, e se imaginou sua sombra deslizando-se em cima dos seios,
através do ventre. A boca encontrando seus segredos quentes, íntimos.
—Pergunto-me se deveria obter uma ordem de restrição?—perguntou.
Quando ele não respondeu, ela o urgiu e ele respondeu finalmente. —Pode haver um
problema com isso neste lado do jogo. Não tem feito nada que um juiz diga que é ameaça
suficiente. Além disso, as ordens de afastamento às vezes podem agravar a escalada de um
perseguidor.
O temor se apoderou dela como uma frente fria.
O olhar sério de Mick atraiu ao seu e manteve. —Terá que fazer muito mais que ligações
telefônicas perseguidoras e aparecer para falar com você.

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Ela refletiu. —É provável que o assustasse.


Ele colocou a mão no bolso de trás e tirou a carteira. Tirou um cartão e rabiscou números de
telefone na parte de trás, depois o deu. —São meu telefone do trabalho na frente, celulares e
números da casa atrás. Se ficar em contato com você de novo em modo algum, me chame. Porei o
temor de Deus nele. Não me importa que hora do dia ou da noite seja, me chame.
Sua declaração, falada com a voz profunda, rouca, enviou uma corrente nova de emoção
através do corpo. Assim que sua rajada protetora continuava depois de todos estes anos.
Entretanto, não podia acreditar que fora só para ela. O policial nele realmente acreditava na frase
—servir e proteger. —Faria o mesmo para qualquer mulher como oficial da lei.
Mick se inclinou, mais perto do que esteve segundos antes. —Por que não vende a casa de
sua tia? Por que decidiu ficar em Gold Rush?
Celeste teve que pensar —na verdade pensar o porquê. —A casa é linda. Meus melhores
anos os passei ali.
—Os melhores? O que tem Vermont?
—Meu momento aí foi bom, mas bem comum. Estou em busca de mais.
Um novo silêncio cobriu o ar entre eles, até que voltou a falar. —Sua tia era uma fantástica
senhora.
Ela suspirou. —Isso é verdade. Não sei o que teria feito se ela não tivesse me recebido
depois de que papai e mamãe... —Mesmo agora não gostava de recordar esse momento.
Encolheu os ombros. —depois que meu pai renunciou a tudo, ela me ajudou a voltar para uma
vida feliz. Se tivesse tratado de lutar com meu pai sozinha, não acredito que pudesse havê-lo
obtido.
—É forte. Poderia tê-lo feito. Mas teria te roubado a adolescência.
Ela assentiu. —Ela queria que eu saísse daqui depois de que o menino... assaltou-me. Eu
disse que não iria até que terminasse a escola secundária e soubesse a que universidade cursaria.
—Seis meses de minha vida se foram pelo ralo depois de golpear a esse idiota. E sabe que o
faria outra vez.
Sua garganta se fez um nó. Ela sabia que dizia a verdade. —Perderia seu trabalho.
—Sim. Faria.
A velha culpa se torceu em seu interior. —Sinto que fosse despedido nesse momento.
—Não esteja. Não sinto ter tirado esse menino de cima. Se não houvesse?
—Sei. Se não tivesse vindo me buscar, ele haveria...
Mesmo anos depois, às vezes não podia obrigar à verdade a ir além da boca.
As lágrimas encheram os olhos ao recordar o que Mick sacrificara por ela.
Maldição, não se deu conta do emocional que se voltou para vê-lo uma vez mais. Ela rompeu
o silêncio. —Lembra-se faz dez anos, quando voltei de Vermont para o Natal e para visitar minha
tia?
—Recordo.
—Tudo?
—Sim. —Enquanto uma canção velha do Foreigner soava pelos alto-falantes, ele se
aproximou. A voz foi baixa. —Nunca esqueci um só momento do que quase passou.

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Heart of Justice 02

A sensação de fusão do estômago quase desfez seu único fio de voz. —Foi uma grande noite.
—Está me dizendo que quer que se repita?
Ela ficou sem fôlego na garganta enquanto a apreensão se mesclava com a emoção. Poderia
fazê-lo? Poderia dar o passo seguinte para atraí-lo mais perto?
—Quero saber o que teria passo se tivesse permitido me dar um beijo. Mostre-me o que
teria acontecido, Mick.
O coração pulsou enquanto se atrevia a olhar seus olhos e absorvia a capacidade de resposta
do que via crescer ali. Lambeu os lábios e se inundou na parte mais profunda, com a esperança de
que sua água não se tornasse gelo. Sua garganta se voltou tão árida como o deserto do Mojave5.
—O que acontece se meu trabalho interfere? Vai fugir de mim? Agora que estou com os
SWAT, estou de guarda vinte e quatro horas ao dia.
Nesse momento, quando ela queria seus braços ao redor dela com tanta urgência, poderia
receber uma chamada e ir. De cabeça ao perigoso, imprevisível mundo que tanto odiava. —Sei.
Como reagiria? Ela não queria que se interpusesse entre eles de novo. A confusão se
entrelaçou com o desejo.
Uma nova canção, esta soando vagamente country, pulsou nos alto-falantes. As vozes a seu
redor pareceram muito altas.
Sua mão se deslizou para baixo e cobriu as suas, que tinha obstinado em seu colo.
Ela ficou rígida ao sentir o contato de sua carne quente. Antes que pudesse falar, a
garçonete voltou com as bebidas e perguntou se queriam pedir a comida.
Negaram-se e se foi. Todo o tempo, sua mão ficou sobre as dela.
Mick se voltou, e o olhar sustentou ilimitada concentração, incrível que sempre a enchia de
necessidade. Ficou em silêncio, e seu olhar para baixo terminou com ela olhando as mãos. Seus
dedos tinham algumas cicatrizes, o cabelo escuro ao longo da parte traseira chamou sua atenção.
Largos dedos, palmas grandes. Bela estrutura. Imaginou passar com entusiasmo sobre os seios,
aprendendo de seu corpo da forma em que um homem nunca fez antes.
Não podia suportar o silêncio. —Quando me afastei de você essa noite há dez anos,
arrependi-me. Mas tive medo.
O braço do Mick deslizou ao redor de seu ombro, e a outra mão tomou seu rosto.
Os dedos grandes e palma roçaram sua pele. —Não de mim, espero.
—Não de você. Mas sim do que senti. Pelo que queria fazer.
Ela suspirou. O calor estremecia onde ele a tocou. Ela queria mais do que podia ter
imaginado. Seu olhar brilhava com intenção.
—Isso tem uma solução fácil—disse.

Capítulo Dois

5
Mojave Desert é o nome dado a parte mais elevada do Deserto da Califórnia, sendo que o Deserto de Sonora corresponde a sua
parte baixa.

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A boca do Mick cobriu a de Celeste e o mundo desapareceu. Um saxofone grave tocava uma
sensual melodia do fundo e se acrescentou ao fluxo sensual de seu sangue.
Uma corrente quente se derramou através de seu ventre enquanto os dedos acariciavam o
lado da bochecha, e a boca enrolava a dela com um aprimoramento mais carnal que qualquer
beijo que jamais experimentou. Sua respiração se engasgou na garganta enquanto sua boca a
saqueava sem remorsos, com uma invasora fome decidida a conhecê-la a todos os níveis. Sua
língua raspou contra a dela com um só golpe, e depois com outro, com cada um dando uma
provada lenta e sedutoramente. Ela respondeu ao calor branco crescente e explorou. Ela não
podia aproximá-lo suficiente.
Mick não a envolveu em ternos beijos. Beijava-a como se estivesse morrendo de fome,
morrendo por conhecê-la. Sua agressividade a abriu a responder com tudo o que possuía. Seu
toque acariciou o lado do jeans pela coxa esquerda, e os músculos tremeram duros.
A mão deslizou mais acima a sua perna. Mais alto ainda. Ela se deteve.
Alguém podia vê-los beijando-se como se queriam fazer o amor aqui e agora.
Ele apertou sua mão e a levou para cima até que os dedos estiveram firmemente sobre o
pênis. Ela deu um sopro surpreso, emocionado. Tremendo no bordo de retirá-la longe, ainda
permitiu dirigir sua mão, movê-la para cima ao longo da longitude dos grandes músculos de
homem. Vamos. Abaixo. Até que o ritmo a apanhou. Ela não cedeu, desejando ver o longe que a
levaria. Ele endureceu ainda mais, e aumentou seu movimento. Deteve de repente a mão.
Ele se tornou para trás de seu beijo, olhando profundamente seus olhos. Uma cor deslizou
pelas bochechas e os lábios estavam abertos. Enquanto que a toalha havia talher suas atividades,
uma ilícita sensação dê-ser-descobertos aumentou, com seu entusiasmo sem limites.
—Não é isto ilegal, oficial?, —perguntou ela, com voz rouca.
—Não. Mas isto é —disse com voz rouca. —Desabotoa minha calça.
Ela não esperava isso. —O que?
Colocou o cabelo atrás da orelha direita, depois se inclinou até que o fôlego quente soprou
em seu ouvido. —Tem medo de que alguém nos veja?
—Sim.
—Deseja de todos os modos?—O tom de voz, um som rouco, necessitado, levou-a a ação.
—Sim.
—Então faça.
—Eu... não. Não aqui. É muito. —E para facilitar o rechaço, ela o beijou.
Esta vez sua língua atuou como a agressora, até que ele cravou as mãos pelo cabelo e a
abraçou mantendo-a quieta.
Finalmente, ela deixou de beijá-lo. Viu-a, com seu peito subindo e descendo em profundas
respirações, a língua passou por cima dos lábios. Olhando suas necessidades de homem chegar à
superfície e acrescentar-se ao próprio desejo. Ela saboreou a forma como o corpo estremeceu, em
que suas fossas nasais se abriram.
—Está fazendo isto para me deixar louco, não?, —perguntou, com o tom de voz áspero.
Ela sorriu. —Talvez.
Um dos cantos da boca pecaminosamente esculpida se curvou para cima.

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—Bom, está tendo êxito. Estou a ponto de romper algumas regras, mas fazer algo mais em
público poderia fazer que nos detivessem. Não seria exatamente uma mudança de carreira estelar
para um oficial do SWAT. —moveu-se no assento e fez uma careta. —Merda.
—Dói?
—Só dói porque não estamos em algum lugar em que possa foder-te.
O calor estalou nas bochechas por sua franqueza e estabeleceu um novo conflito na parte
baixa do estômago. OH, mi. A vergonha se mesclou com a excitação.
Antes que decidisse aproximar-se dele essa noite no ginásio, ensaiou o que poderia dizer e o
que diria em resposta. Não havia sentido essa incerteza, as fogosas emoções que a tinham
arrojado assim que ser capaz de manter as mãos fora dele, com o temor de atrasar-se ao redor
das bordas. Não tinha medo a ele...não. Medo ao que ela queria, medo ao desconhecido.
Ele deslizou os braços ao redor do ombro e a levou contra seu corpo. Gostava do peso de
seu braço, da proteção e possessividade. —Deixe-me acalmar. Quando sair daqui não penso ter
uma ereção enorme na vista de todos. —Ela riu em voz baixa, e, entretanto, não seguiu o jogo.
Seu olhar se tornou de polícia com as perguntas. —Me abalou muitíssimo, Celeste.
—Eu fiz?
—Sim. Não é a mulher que conheci há dez anos.
Sua antiga consciência a fez olhar para outro lado. —É algo ruim?
—Diabos, não. —Riu, com o som rouco enviando fios de puro prazer para ela.
Ele apanhou seu olhar uma vez mais. —Beije-me outra vez.
Assim o fez e imediatamente a língua procurou a sua. A respiração se acelerou, sua ousadia
enviou uma emoção embriagadora lançando ao longo de seu corpo em uma corrente. Os mamilos
se apertaram, atraindo-a até o ponto de neve e acariciando loucamente contra a textura acetinada
do sutiã. Ela gemeu com deliciosa satisfação. Sentia-se nua, nua até a medula pela sedução
constante de seus sentidos.
A mão esquerda se estendeu sobre a área entre seus peitorais, encontrando músculo sólido
e quente. Quando os dedos passaram por um duro peitoral, sua mão roçou seu mamilo. Seu
fôlego deu uma aspiração para dentro.
A excitação do Mick pulsava em resposta entre as pernas. Inquieta e ansiosa, ardia em
desejos de sentir seu tato em lugares muito mais íntimos ao longo do corpo.
—Aham.
Ela encerrou o beijo e se separou dos braços, com seu rosto aceso.
Mick a soltou rapidamente, mas sua expressão não teve nenhuma vergonha ao sentir-se
apanhado beijando-se em um lugar público.
A garçonete, uma mulher alta e loira de uns quarenta anos, estava junto à mesa.
—Sinto muito, amigos, mas me pergunto se havia algo mal com as bebidas.
—Estão bem. —A cara do Mick tinha uma expressão limpa. A garçonete assentiu, com o
sorriso ainda em seu lugar quando deixava a mesa. O olhar de Mick sacudiu Celeste.
—Acha que... né... tenha-nos interrompido, porque alguém nos viu e se queixou? —
Perguntou ela.
Seu olhar percorreu a sala, e ela fez o mesmo. Ninguém prestava atenção. —Duvido . —Ele

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sorriu, e dissolveu o bordo duro, branco da cara.


Entretanto, o fato de que tivesse dado um beijo a toda velocidade em público enviava ondas
de emoção através dela. Sentia-se malditamente bem ser audaz para uma mudança e deixar-se
solta.
Ele tomou seu copo e bebeu um gole longo, soprando, e ela viu como sua garganta passava a
metade do copo. O homem tinha a audácia de ver-se sexy ao consumir chá gelado.
Aproximou-se dela uma vez mais, e sussurrou perto de seu ouvido, —As amostras de carinho
em público a incomodam, ou a excitam?
O fôlego quente em seu ouvido enviou selvagens espirais dançando no estômago. Haveria
algo que ele poderia fazer ou dizer que não a eletrificasse? —Ambos.
Mick inclinou a cabeça ligeiramente para um lado, sustentando o olhar dela.
—Como se sentiu quando te dava um beijo?
Sentiu-se queimada, mas não admitiria. Gostava do jogo entre eles, querendo um pouco de
espaço, com a simulação até que não podia suportar mais. —Foi muito bonito.
O olhar caiu a seus peitos por um segundo, logo olhou nos olhos. —Está mentindo.
—O que?—Ela quase ficou sem fôlego à pergunta. —Esteve bem.
—Foi um montão de anos, Celeste, mas se esqueceu que te conheço desde que tinha
quatorze anos. Não acha que possa te ler como um livro? Sou bom para dizer quando as pessoas
são falsas comigo, mas embora não fora, a forma como me devolveu o beijo e o fato de que os
mamilos estão em alto me diz outra coisa. Deseja-me.
Um calor renovado subiu até o pescoço e picou as bochechas. Suas perguntas rápidas,
íntimas e declarações cortavam direto à verdade, e a assustava muitíssimo. Tratou de lembrar a
última vez que ruborizou tanto e não pôde. Sentia-se como uma condenada colegial sob seu
penetrante escrutínio. Mesmo antes que Mick se tornasse policial, sempre possuiu uma constante
capacidade para descobrir seus segredos, um por um como um arqueólogo em uma escavação.
Os olhos de Mick trocavam cada mito de que os olhos azuis eram muitos sorvetes às chamas
de paixão. —Que tenha gostado de meu beijo não é o suficientemente bom. Necessito que admita
que me deseja tanto que não pode esperar.
OH, Deus. Talvez ela não estava preparada para a franqueza, apesar de que pensou que
pudesse tê-la. Tomou a bolsa, com a intenção de ir. Começou a deslizar longe dele.
—Espera. —Ele a alcançou pelo pulso e a sustentou. —Merda. Sinto muito. Não quis soar
duro. —Fechou os olhos, depois os abriu. Soltou-a. —Se meu beijo foi agradável, significa que o
que estou sentindo neste momento é bastante maldito de um só lado.
Ela se atreveu a perguntar: —O que sente?
—Não me faça perguntas das quais já conhece a resposta.
Um sorriso se formou em seus lábios, enquanto se atrevia a ver em o olhar ardente.
—Mick, o que vou fazer com você?
Um sorriso malicioso respondeu. —Poderia dar algumas ideias.
A intensidade de seu olhar acalmou, e recordou os velhos tempos quando andavam pela
vizinhança na adolescência. Mesmo então, sua masculina presença potente se burlou de sua
feminilidade, exigindo uma resposta.

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Denise A. Agnew
Heart of Justice 02

A música se voltou lenta e sedutora ao ritmo estrepitoso de uma canção de rock mais
recente.
As têmporas começaram a palpitar e as esfregou. —Podemos ir a algum outro lado? A
música me está desfiando os nervos.
—É óbvio. Aonde quer ir?
—Minha casa.
As sobrancelhas se elevaram, logo se fundiu de novo no velho e inescrutável Mick
MacGilvary que conhecera desde sempre.
—Vamos, —disse.

As mãos do Mick agarraram o volante, enquanto seguia Celeste pela cidade ao seu bairro.
Altas casas vitorianas se sobressaíam das ruas escorregadias pela chuva, com suas sombras
imponentes e amadurecidas árvores. A chuva amenizou, e os relâmpagos intermitentes
iluminavam a noite. Um raio grunhiu baixo, como um leão iracundo na distância.
Quando ele ouviu que Ginger Frise, a tia de Celeste, morreu, perguntou-se se Celeste
voltaria para a casa onde passou a maior parte de sua adolescência. Quando sua mãe disse que
Celeste voltara para Golden Rush para sempre, reagiu de uma forma com a que se surpreendeu.
Sentiu-se emocionado. Ansioso por vê-la, inclusive se voltá-la para ver tirava reluzir as velhas
lembranças que evitou durante anos. Quando enviou um convite escrito à mão para sua festa de
volta a casa, tinha decidido participar. Depois, uma ligação dos SWAT chegou esse dia e tinha
trabalhado toda a noite.
Um treinamento Keysi de artes marciais como o de hoje frequentemente era o suficiente
forte para tirar a urina e o vinagre e o sal dele para poder dormir. Então, ela mudou tudo ao
aparecer no ginásio. Sentia-se tenso, como uma corda de violão.
Jesus. Esse beijo ficou na cabeça. Sorriu. Em ambas as cabeças.
Sua boca tinha um sabor delicioso de hortelã. Um maldito banquete que queria consumir
mais e mais. Mesmo agora, o pênis subia contra a calça jeans, com a dor por afundar
profundamente em seu corpo. Quando a beijou e sentiu seda pura, sua libido decidiu que não se
importava que estivesse sentado à vista de outras pessoas. Não tinha usado seu cérebro
absolutamente quando a mão jogou com seu pênis e a tinha desafiado para ver o que faria. Quase
tinha chegado ali e malditas fossem as consequências. Suas mãos se apertaram, e depois soltou o
volante, com a frustração carcomendo-o.
Uma mulher nunca, jamais o fez perder o controle da forma como Celeste fazia.
Arrastou seus pensamentos de novo quando ele deixou o ginásio e viu esse filho da puta
agarrá-la e começar a arrastá-la longe.
Ela estava certa. O velho, impulsivo Mick quis limpar o estacionamento com o rosto de
Huntley.
Voltou seus pensamentos de novo a Celeste e sorriu. A inteligente, decidida, entretanto,
doce jovem mulher que conhecera se tornou outra pessoa? Talvez. Sempre tinha admirado sua
fortaleza e determinação, especialmente tendo em conta as penúrias que sofreu quando era

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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Denise A. Agnew
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menina. Algo vulnerável em seus olhos tinha destruído sua legendária restrição e se preocupou
com ela. Maldição, não deveria tê-la beijado no restaurante, mas ela o tornara louco.
O carro de Celeste virou e se meteu no longo caminho da bonita casa vitoriana. A estrutura
era muito mais elaborada que sua mais simples morada. Não era que importasse. Sua própria casa
Vitoriana, a meia quadra abaixo do mesmo lado da rua como a sua, recordava os tempos que
passaram juntos na adolescência, com visitas recíprocas a seus respectivos lares. Sua mamãe e
papai —o homem e a mulher que o adotaram—deram a ele e a seus irmãos uma segunda
oportunidade de vida. Sua casa, como eles, tiveram um ambiente acolhedor, quente e seguro.
Mick suspirou pensando no homem que o criou e, sem dúvida, salvara a vida, Justice MacGilvary.
Papai, eu gostaria que estivesse aqui.
Claro, podia falar com sua mãe a respeito de mulheres se queria —era de mente aberta. Mas
Justice entendia às pessoas dentro e por fora, e seus instintos de polícia o ensinaram a dar no
prego.
Papai, o que diria a respeito de Celeste?
Mick estacionou atrás de Celeste na unidade circular, deixou o carro em uma corrida e
chegou junto a ela enquanto chegava à porta principal. —Não deixa a luz da varanda acesa?
Ela olhou a tênue luz emitida de um abajur da rua, com o rosto mostrando exasperação. —
Normalmente faço, Sr. Policial. Mas me esquecei desta vez.
—Não esqueça de novo.
Ela colocou a chave na fechadura e abriu a porta. —Quase me esqueci quão mandão é.
Um resplendor de um pequeno abajur de cristal de cores iluminava a entrada.
—Não é seguro. Isso é tudo o que estou dizendo.
Depois que fechou a porta atrás deles e jogou a chave, ela jogou as chaves e a bolsa sobre
uma mesa. Pôs os olhos para o céu.
—Como se não soubesse isso, Mick. Entra. —Ele a seguiu enquanto se perdia na sala de
estar e ligava o grande abajur junto ao sofá. —Quer beber algo?
—Não, estou bem.
—Sinta-se como em casa. Já volto.
Deixou-se cair no sofá verde confortável, não longe da grande chaminé e permitiu que sua
curiosidade tomasse as rédeas. O lugar não mudara nada. Os móveis antigos de sua tia, igual às
peças na casa, refletiam um conglomerado de décadas. Sutis matizes de sálvia e vinho se
mesclavam nos materiais e nos adornados papéis de parede. Com a atenção de um policial no
detalhe, olhou a habitação. Se Celeste acrescentou um toque pessoal, não podia ver.
Com uma fome que o surpreendeu, quis saber tudo sobre a nova Celeste.
Quando retornou com um copo de água, colocou-o sobre a mesa e se sentou a seu lado no
sofá. Cruzou as pernas, e seu olhar ficou preso nas longas, pálidas pernas. Sandálias de tiras salto
baixo rodeavam os pés estreitos. Seu cabelo caía ao redor dos ombros em uma massa grossa e
formosa de vermelho e ouro.
Virou-se para ela um pouco e não pôde resistir pôr seu braço sobre o respaldo do sofá atrás
dela. A virilha se apertou como fez quando a beijou, ameaçando pondo-o duro como uma pilha
condutora. Maldito fora com isto. Não podia controlar e deixou de tentar. Se via que tinha uma

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Heart of Justice 02

ereção, que assim fosse.


Limpou a garganta. —Lamento não ter podido chegar ao funeral de sua tia, tampouco. Estive
trabalhando esse dia, também.
Ela assentiu. —Obrigada por seu cartão, por sinal.
—Não há de que. Tinha a esperança de que compensasse um pouco não chegar ao funeral.
Eu gostava de sua tia.
—Todo mundo. —O silêncio cresceu até que ela disse, —imagino que é uma desvantagem
real para as famílias e as noivas dos membros da equipe SWAT. A imprevisibilidade de seus
trabalhos, quero dizer.
Ele encolheu os ombros. —Minha família está bem com isso.
—Sua mãe está acostumada. Como sobreviveu a Justice, a você e a seus irmãos sendo todos
policiais, não entendo.
Uma leve condena em seu tom apertou os dentes na borda. Merda, ela sempre arrumava
para chegar em torno disso. A seu trabalho e ao perigo e como ela não podia suportar nenhuma
parte disso. Fazia dez anos, o rechaçou por essa razão, e tinha a sensação de que poderia voltar a
fazer rapidamente. A decepção girou em suas vísceras. Por que estou aqui?
—É uma parte de ser SWAT, Celeste. Os familiares e amigos é para pegar ou deixar. Mamãe
nos ama e amava a meu pai. Entende nosso trabalho.
—O trabalho de Justice o afastou de todos vocês.
Em lugar de retornar a seu velho argumento sobre os perigos do trabalho policiais, disse, —
Ele morreu amando seu trabalho e amando a família. Que há mais?
—Tem razão. Sinto muito. Não quis dizer isso... —Fechou os olhos um minuto, como se
desejasse retirar o que dissera. —Devem sentir saudades de Justice. Era um grande homem.
—Sim, era.
A tranquilidade envolveu a sala até que o relógio marcou um ritmo monótono que encheu a
cabeça. Ela olhou as mãos. Deus, podia imaginar o que essas mãos poderiam fazer com ele. O que
não daria ter seu calor envolto ao redor do pênis, bombeando-o com um orgasmo de chiar os
dentes. Um músculo da mandíbula se moveu. O cabelo, os peitos, as pernas a recordavam as
fantasias eróticas de adolescente. OH, sim. Muitas fantasias dela nos últimos anos destacando-se
como uma jogadora importante. Ele quis grunhir, puxá-la a seu colo e ensinar quão obcecado
estava. O calor alagou suas veias.
—Viu-se fantástico no ginásio, Mick. Nunca vi nada assim antes. Como você e Trey fazem
para evitar machucar-se?
—Necessita-se trabalho. Há outra demonstração amanhã de noite se quer voltar a nos ver.
Os olhos lhe brilhavam. —Caramba, não sei se possa tomar tanta testosterona. Vocês são
muito quentes.
Ele piscou, surpreso. —O que?
—Todas as mulheres da sala se retorciam. Você e Trey se viam muito... masculinos. Muito
excitantes.
A menor pontada de ciúmes azedou seu seguinte estado. —Estou certo de que Trey gostará
de saber isso.

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Ela riu, e o som puro sustentou um matiz gutural que gerou uma nova onda de calor direto
ao pênis. Isso é tudo. Não posso suportar. Basta já de bate-papo. Se ele não a tocasse de novo em
minutos, tornar-se-ia louco.
Ele capturou e sustentou seu olhar. —Meu beijo esteve realmente bom? Diga-me a verdade.
—Ela o olhou com esses olhos verdes, com os cantos inclinados para cima o suficiente para
recordar a um gato. —Há algo que ainda está entre nós, Celeste. Posso sentir.
Compreensão e algo quente e íntimo cruzou seu rosto. Ela esfregou uma mão sobre a
bochecha. Essa noite a palidez natural de sua pele destacava a dúzia de sardas salpicadas em cima
do nariz pequeno. Ele fechou a brecha entre eles, seu braço foi sobre os ombros, com sua outra
mão procurando a cintura. Sim, agora mesmo, com as bonitas bochechas de Celeste ruborizadas,
com os lábios separados, com os seios arredondados atraindo-o —demônios, sim. Saltaria de um
edifício se ela pedisse. Tudo o que queria era apaziguar seus raivosos, crus instintos animais que
ansiavam baixar a calcinha, tomá-la pelo traseiro, e fodê-la como se não houvesse amanhã.
—Diga-me, Celeste.
—Seu beijo foi fantástico. Foi tudo o que sempre quis. Excitou-me. —Sua voz foi rouca. —
Você sabe que o fez.
O que não daria de ver seus olhos enquanto dou um orgasmo. Quero ver sua expressão
quando me afundar nela. Tragou e respirou com calma. Não funcionou.
—Algo te detém—disse. —O que é?

A pergunta que Mick fez que Celeste pensasse, quando a neblina de excitação cresceu
esquentando todo o corpo. Esse era o Mick que queria experimentar. Mick que apenas se detinha,
preparado para ser liberado. Mas agora que o tinha mais que disposto a tomá-la, preocupava-se
não poder estar a sua altura. Ela não era de uma só noite. O que acontecia se sua falta de
experiência o decepcionava?
Beijou-a na testa, e enquanto a mão corria por sua cintura e pouco a pouco se movia para
cima de sua caixa torácica, ficou sem fôlego com a deliciosa fricção. Ele apertou a mão entre seus
peitos. —Seu coração está pulsando rápido. Tem medo de mim?
—Deus, não. É óbvio que não. Nunca me faria mal.
—Nunca deverá ter medo de nada.
Ela suspirou. —Sei. Mesmo quando fomos adolescentes, desejava-te. Tanto que me doía. E
esta noite... encontrei-me fora de controle quando nos beijamos.
Deu um sorriso malvado. —Não de tudo. Mas isso é o que quero esta noite. Que esteja fora
de controle. Sem te reservar nada. Quando chegou ao ginásio, pensou nisto?
—Sim.
Celeste escutou a respiração difícil em sua voz, sentiu a dor corporal da garganta. Ela não
tinha sido tão sincera com um homem. Nunca imaginou ver Mick acenderia velhos e traiçoeiros
sentimentos e desejos de tal magnitude.
Enquanto Mick tombava no sofá como um grande gato, os expressivos olhos telegrafaram
uma promessa de sexo tão comovente, que quase acreditava que fazer o amor com ele seria sua

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cura. Ele parecia tão homem e invencível. A ternura se mesclava com o calor de seu olhar.
Sem pensar, aproximou-se e tocou o pelo áspero da mandíbula. A sensação de comichão da
barba roçou seus dedos e fez arder o estômago com agradável calor.
O desejo se estirou e aprofundou em seu ventre. Podia ouvir a respiração profunda, assim
como a exalação. Seu aroma era tentador, almiscarado jogava com seu nariz. O homem se
apresentava como um bufê a sua emoção.
Superaquecida e temendo queimar-se no ato, ficou de pé e se dirigiu à chaminé. Fez uma
pausa para refletir sobre a bonita paisagem de Colorado sobre o manto. Um vaqueiro solitário
montava um cavalo pintado em um pico nevado. Quase podia derivar para o cenário.
Ouviu-o sair da poltrona, e segundos depois as mãos tomaram seus ombros por trás. Ela se
encostou em seu corpo duro, apoiou-se e fechou os olhos. Podia haver algo melhor que isto? Um
lar tranquilo, acolhedor cheio de boas lembranças e a sensação eletrizante do corpo de Mick
sustentando-a. Uma vertiginosa antecipação jogou com ela enquanto as mãos alisavam os braços
e se entrelaçavam por cima dos cotovelos. Ela estremeceu enquanto sua consciência sensual
crescia. Um raio grunhiu à distância e a chuva caiu constantemente no terraço, como uma cortina
de fundo da turbulência crescente em seu interior. O quente fôlego de Mick pegou contra sua
orelha enquanto acariciava o cabelo.
Os dedos posaram na cintura, com a outra mão deslizando sobre o ventre nu e sustentando-
se ali. OH, Deus. Poderia sentir a emoção de seu estômago?
Saberia o que seu contato fazia?
À medida que a mão se movia por seu ventre em uma carícia lenta, o pescoço se arqueou. O
prazer dançou ao longo de seus nervos e mantiveram cativa sua respiração. O toque deslizou para
cima até que ele tomou os peitos através da seda da parte superior. Ela ficou sem fôlego, com os
quadris pressionando os seus.
—Mick.
—Mmm—murmurou em seu cabelo.
Os dedos se reuniram, apertaram os mamilos e os manteve estável. O suave movimento fez
que se arqueasse com prazer, sem fôlego. Ela se retorceu até que girou em seus braços e o olhou.
O peito pressionava seus peitos e doeu não ter um contato mais íntimo. Como uma barra larga e
dura, a ereção se pressionava contra seu ventre. Os relâmpagos brilharam e os trovões
responderam, como se os elementos entendessem a construção da loucura dentro dela.
Mick se reuniu perto dela enquanto ela deslizava os braços ao redor de seu pescoço. Com a
força envolvendo Celeste na comodidade mesclada com antecipação volátil. Seu olhar era de
safira, verde e topázio, tudo envolto em um tom espetacular.
Pôs os dedos em seu cabelo e atraiu o rosto perto dela.
Dando uma respiração profunda, um estremecimento passou por ele. —Deus, não posso
resistir mais.
Mick deu um beijo, empurrando os dedos por seu cabelo e sustentando-a no lugar para um
devastador beijo. As respirações ficaram mais fortes e rápidas enquanto estavam comendo um ao
outro. Ela se derreteu como manteiga quente no pão, e depois se queimou na selvagem e fora de
controle mulher que queria ser.

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Ele arrancou a boca da dela e enterrou seus lábios contra lateral do pescoço.
Sua língua a acariciava, lambendo um caminho até a orelha. Moveu o lóbulo, e inundou sua
língua. O fôlego do Mick se tornou áspero, com os gemidos de puro desejo masculino duro e
necessitado.
O trovão foi mais forte, quase como se alimentasse do calor e a excitação crescente entre
eles.
Ela lambeu os lábios. —Por favor, Mick. Quero mais.
—Mais disto?—Colocou o cabelo a um lado para poder sussurrar provocador no ouvido. —
Ou disto?
Mordiscou um caminho através de seu queixo. Quando capturou os lábios uma faísca o
acendeu, tão poderoso que o coração se estrelou em seu peito. Sua pele estremeceu. Mas esta
vez a boca não só a possuiu, mas também a explorou, fazendo coisas pecaminosas que nenhum
outro homem tentou. Mick mordeu o lábio inferior, depois o superior, e então a língua se meteu
nela com movimentos de fusão. Sensações malvadas se lançaram ao longo do corpo, como a
eletricidade. Os peitos se sentiram redondos, gordinhos, e os mamilos rogavam que os tocasse. Ela
respondeu de todo coração, com seus pensamentos afastando-se enquanto o provava com o
mesmo ardor.
Quando ele se inclinou para trás, seus olhos eram pesados e estavam cheias de irrefutável
desejo. Seu fôlego saiu em rajadas enquanto o peito subia e baixava. Ela lambeu os lábios
inchados do beijo e seu olhar a seguiu. A boca se inclinou sobre a sua como se fora encontrar um
ajuste perfeito, até que um beijo se converteu em dois, depois em três. Glorioso e faminto, seu
amor acendeu um fogo. Os quadris subiram contra os seus. Ela estava louca por ter um melhor
ajuste, por sentir sua grossura. Necessitava algo para aliviar a dor implacável. As mãos vagaram
pelo cabelo, pescoço, ombros.
OH. OH, sim. Isto era o que desejava... o que necessitava.
Mick e ela caminharam para trás até que toparam com uma parede. Presa entre seu corpo
sólido e a superfície dura, ela se retorceu. Como se lesse sua mente, ele deslizou as mãos sob seu
traseiro e o apertou.
Depois a levantou do chão. —Ponha as pernas ao meu redor.
Ela fechou os olhos e fez o que exigiu, com o pênis pressionando onde necessitava. Uma
força de aço se pressionou contra o clitóris. Fez girar seus quadris.
—OH. —O som involuntário escapou, e Celeste se retorceu em seu controle enquanto o
prazer embriagador se lançava com tudo dentro dela.
A chuva caía tão forte que se ouvia por cima dos batimentos de seu coração.
Ela gemeu enquanto ele amassava seu traseiro. Os olhos se fecharam e a cabeça se inclinou
para trás enquanto os lábios deslizavam sobre o pescoço e tocavam o ponto de seu pulso. Sob sua
sedução, ela se rendeu, avermelhada e desejosa. Abrindo caminho para cima, com ternura
acariciou e beijou o pescoço. Ele a abraçou por outro profundo beijo. Um som gutural saiu da
garganta. Golpeou-a e se esfregou, ondulando os quadris até que a insistente pressão entre as
pernas ameaçou explodir. Sua cabeça caiu para trás e ela fechou os olhos.
—Por favor. —Gemeu a palavra, desavergonhada por sua conclusão.

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—O que deseja?—Ele desdobrou seu fôlego quente contra o pescoço enquanto a beijava ali.
—Diga. Não se contenha.
Um simples gemido saiu da boca.
—Conte-me . —Seus quadris a trabalharam. Empurraram-na. Retirou-se. Pegando.
Sovando. Atraindo um estímulo incessante a seu corpo e a um máximo cataclismo.
Apesar de seu rampante desejo, as palavras saíram com acanhamento. —Me faça gozar.
—Sim. —Baixo e sensual, a voz enviou rios de fogo ao longo de sua pele.
Deliciosas sacudidas de desejo rouba-corações se avivaram em seu pulso e se burlaram de
qualquer resolução que tivesse deixado impassível. Apesar da névoa da paixão dominante de seu
pensamento, não podia evitar a sensação da mão deslizando-se para cima, cavando o peito com
sua palma. Ela soluçou em sua boca pelo delicioso prazer, o calor e a pressão. Embora o material
sedoso continha sua carne nua, isso não impediu o involuntário gemido que saiu da garganta
quando seu polegar acariciou um mamilo. Quando seguiu o movimento com toques tão
constantes e suaves, que ela deu um leve grito de primitivo deleite.
—Desde que me lembro sempre quis te tomar contra uma parede, —disse.
A surpresa e o prazer embriagador se combinaram enquanto os quadris seguiam movendo-
se, com a sensação de fazendo-a gemer e ofegar. —Sério?
—Sim. —Disse a palavra, com a respiração saindo com dureza. —Me imaginava quando um-
tímido-adolescente-úmido. Estava acostumado a estar na cama e pensar em você. Em como seria
fazer amor com você. E sabe o que os adolescentes fazem quando se esquentam.
Sua respiração se conteve ante a ideia de quanto tempo a tinha desejado.
—Quando era adolescente só queria que me beijasse. Os últimos dez anos me perguntei
como seria dormir com você.
Ele sorriu. —Maldição, eu gosto do som disso.
Sem fôlego, o entusiasmo subiu até a estratosfera, ela tremeu em seu abraço. —Meu Deus,
Mick. Não sabia que se sentia assim por mim.
—Dez anos, —ofegou. —Dez anos te desejando. Não será suficiente quando estivermos
juntos pela primeira vez, meu bem. Desejo-te forte e rápido e profundo. —Provou o oco da
garganta e a fez tremer com o calor. —Quero que me suplique isso.
Ela ficou sem fôlego, sem sentido, com o conhecimento que ele a desejava com ferocidade e
que ela poderia tê-lo aqui e agora. Retorcendo-se sob sua sensação erótica, viu os olhos quentes a
sua vez. Com uma sacudida de consciência, viu seu estado primitivo, o lado do homem-em-fogo
que negava sua supressão. Tinha desatado uma coisa forte entre eles e estremeceu ao reconhecer
que não poderia voltar atrás. Ela se aferrou à tensão em espiral que pulsava e ardia mais
brilhantemente.
—Sabe aonde se dirige isto?—A pergunta saiu da garganta de Mick enquanto ele apertava as
nádegas com um estrito controle, levando-a longe da parede e dirigindo-se pelo corredor.
—Sim.
—Qual é o seu quarto?
—É o mesmo que tinha quando era menina.
—Jesus, espero que tenha se desfeito dessa colcha cor rosa com anjinhos.

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—Lembra-se disso?—Não pôde evitar a surpresa na voz.


—Lembro-me de tudo sobre você.
Ela apertou as pernas a seu redor. —Sabe o que dizer, oficial.
Quando chegaram ao quarto, procurou a luz, e iluminou com uma voltagem regulador todo
com um suave resplendor.
Ela abriu as pernas de sua cintura, e se permitiu deslizar por cada polegada forte do corpo
grande. Deus, sentia-se primitivo que ele a sustentara em sua posse. Duros e protegidos, seus
músculos a asseguravam a ele. A emoção rodou pelo estômago. Sentou-se na borda da cama e a
puxou ao seu colo. O pênis empurrou as nádegas. Ela se retorceu em resposta.
Seu fôlego assobiou para dentro. —Deus, Celeste. Não faça isso.
Ela sorriu, consciente de seu desejo pecaminoso de fazê-lo sofrer. —Por quê?
—Por quê?—Seu sorriso parecia a um pirata fazendo um saque, a um homem que capturou
um prêmio em um ataque e planejava más ações.
—Porque me está voltando louco. Porque te rasgarei o short do traseiro e em três segundos
estarei dentro de você.
Uma malvada, estomacal sensação de fusão a percorreu. Celeste compreendeu nesse
momento não tinha importância se ele tomava brandamente e a torturava para dar tudo.
Desejava-o rápido e duro. Gostava da sensação malvada de saber que tinha a este grande e
poderoso homem em um mundo de dor.
—Bem, —disse.
Seus olhos brilharam com determinação, e soube que Mick tomaria uma doce vingança. Ele
a elevou para trás, e ela ficou estirada na cama. Ele voltou tomar os peitos, amassando com uma
persistência constante. Quando os dedos polegares e indicadores puxaram o mamilo, ela
exclamou ante o comichão apertado, maravilhoso.
OH, aí. Sim, aí.
Quando ele passou a fina tira da parte superior por cima do ombro, estremeceu com
expectativa. Ela não previu esta reação selvagem, incontrolável de seu coração e alma, esta
perseverante necessidade por sua conclusão. Segundos mais tarde, ele despiu seu seio, e sob a luz
do abajur de luz suave, com sua expressão absorta.
—Lindo, —disse.
Uma só palavra, declarativa e passou os dedos sobre o mamilo já sensível. Ela gemeu com
pura diversão e fechou os olhos. A mão deslizou por cima do ombro enquanto se inclinava para o
interior. Aspirando quente e úmido, bebeu dela. Ela estremeceu enquanto um prazer
impressionante causou que outro som saísse da boca. A língua se retorceu em sua carne,
dançando, molhando e mordendo-a. Seus dentes se fecharam brandamente enquanto tomava
cuidado com a ponta. Ela tremeu de cima para baixo até que os dois peitos ficaram descobertos.
Ela flutuava em um mar de alegria enquanto seu toque puxava e puxava sem remorsos. As pernas
de Celeste se moveram, com os quadris movendo-se em pequenas e inquietas sacudidas. A dor se
elevava a cada segundo. Quando levantou o olhar, os olhos sustentavam promessas e desejos, e
sentiu repentinamente que ela o entendia a um nível primário que ia mais à frente do sexo —a sua
própria alma.

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Mick se inundou no sabor de sua carne tensa. Atraindo-a profundamente, trabalhou em um


mamilo com carícias brandas e duras. Puxou de seu casulo com mais persistente e implacável
atenção, enquanto que sua língua se enrolava, jogava.
Dentro da bruma sensual nublada de seus pensamentos, Celeste mal registrou que o short
estava desabotoado e o zíper estava abaixo. Acariciou o ventre nu enquanto seus músculos
tremiam.
Os dedos alisaram um caminho, jogando antes de deslizar primeiro um, depois um segundo
dedo em sua tensão e os afundou profundamente.
Ela ficou sem fôlego. —Mick. OH, Meu deus.
Uma e outra vez a boca torturou os mamilos, provando-os com largas, úmidas, lentas
lambidas e profundas sucções. Ela agarrou a cabeça e com impaciência o manteve em seus peitos.
Ele moveu os dedos fora e logo os deslizou para o interior com uma pressão firme. A maravilhosa
sensação dos grossos dedos impulsionando-se dentro e fora, alisando-a e acariciando-a, fizeram
que todos os músculos tremessem. Enquanto suas carícias seguiam, deu-se conta de que não
podia aguentar mais. Seu corpo estava tremendo, sacudindo-se, com o calor crescendo
rapidamente.
—Mick, maldição. Por favor. Está me matando.
Ele se deteve, com sua cabeça aproximando-se. Com um sorriso, deteve as carícias, mas
manteve os dedos afundados profundamente. O calor de seu olhar queimando pedia mais e
rogava que o deixasse continuar.
—Confia em mim. —Uma vez mais, beijou os mamilos, pontuando cada carícia com um
golpe da língua pequena. —Sente. Toma o que necessita.
Um grunhido de prazer masculino saiu da garganta. Ela gemeu enquanto um dedo se movia
pela carne úmida, depois ele levou a umidade para cima. Com uma pequena carícia do dedo sobre
o sensível botão, tremia incontrolavelmente.
—Isso é tudo, —disse, com um toque áspero de voz. —Deus, meu amor. Quero estar dentro
de você. Em todas as partes dentro de você.
Em todas as partes.
OH, homem.
Ela dançava na borda, com seu corpo tremendo, todo apertado. Chegando às estrelas, sentiu
isso. Algo, entretanto, reteve-a. Ela não podia chegar ao topo. Não podia alcançar...
Sob a tênue luz, os olhos arderam com uma intensidade selvagem que demonstrava que
seguia necessitando sua liberação sexual. Podia sentir a ereção pressionando sua coxa. O almíscar
de sexo perfumava o ar.
O Pager do cinto soou.
Ela gemeu.
—Maldição, —disse. —Tenho que ver isso. Pode ser uma ligação urgente.
—É óbvio.
Ela suspirou, enquanto ele rodava e devorava o Pager de seu cinto.
—Sim. —Olhou o Pager. —Tenho que ir.
Uma decepção aguda serpenteou através dela enquanto retornava as tiras do sutiã em dos

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ombros e reacomodava o short. Seguia tremendo, com o coração martelando em consequência.


E sentiu medo.
Não queria sentir-se ferozmente atraída para ele, mas se sentia assim. Não queria odiar os
SWAT porque o levava, mas sim fazia.
Seu cenho se via torcido. —Sinto muito.
Ela assentiu, sem saber o que dizer. Ele saiu da cama, com o olhar mais frio, quase distante.
Ela podia dizer que ele já estava no modo de pensar que necessitava para sobreviver a tudo o que
o esperava ali, na noite. A preocupação a chateou.
—Assim é como as noivas e esposas se sentem quando seus maridos recebem uma chamada
dos SWAT—disse com um toque de sarcasmo. Ela o seguiu pelo corredor até a porta principal.
Quando se voltou para ela, falou uma vez mais, com a garganta apertada pela reprimida emoção.
—Mick, esta noite foi incrível. Foi?
—Não. —Ele tomou a bochecha, acariciando sua boca com o dedo polegar. —Não me diga
quão maravilhoso foi, meu bem. Vi você lutando contra isso. —A voz tinha um toque áspero e
rouco pela supressão de seu desejo. Os olhos sustentavam uma tristeza que ela não esperava. —
Se tiver problemas com que eu seja polícia, trata de lutar com eles ou me diga isso antes de levar
este assunto mais longe. —Pressionou os lábios em na testa em um beijo suave. —Desejo-te,
Celeste. Quero te despir e me afundar em sua profundidade até que não saiba onde eu começo e
onde você termina. Pensa no que dissemos e fizemos, e se pode lidar. Ligue-me sempre e quando
estiver preparada.
Foi sem dizer uma palavra. Ela fechou a porta, e depois correu a cortina a um lado frente à
janela e viu como seu veículo se afastava. Turbulentas emoções a enchiam. Urgente felicidade e
desespero lutou por um espaço dentro de sua psique. A realidade fria e dura lhe deu uma
bofetada na cara. Tinha razão, maldição. Obrigou-se a evitar uma corrente de lágrimas.
Ainda temia por seu trabalho e o que poderia acontecer a ele.
Por isso ela não tinha chegado ao clímax apesar de que ele a empurrara até a borda da
loucura?
Dirigiu-se ao banheiro, acendeu a luz, e olhou o espelho. Seu cabelo era uma selvagem
confusão, sua maquiagem estava um pouco manchada, os lábios beijados inchados. Por dizer de
maneira sucinta, parecia uma mulher que tinha sido completamente fodida.
Mas não tinha sido.
Celeste queria essa medida final de paixão, faminta por completar a sexualidade
surpreendente que pulsava entre Mick e ela. Entretanto, temia à conexão final se faziam amor. Se
permitir que se importasse e algo horrível acontecia.
Não. Não pense nisso.
O temor lutou por aterrissar. Não importava quão maravilhoso a fizesse sentir, seu trabalho
era arriscado. Violento. Cheio de incerteza.
As lágrimas rodaram pelas bochechas

Capítulo Três

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O telefone tocou no sábado de noite e despertou Celeste. Esteve vendo a televisão e dormiu
no sofá. Saiu de seu sonho e tropeçou à sala, à mesa que tinha o telefone. —Alô?
—Onde esteve ontem à noite?—Perguntou Darrell.
A voz baixa e profunda ronronou ao longo de seus nervos, mas não com movimentos
prazerosos. A diferença da deliciosa, rouca voz de Mick, as sílabas de Darrell não enviavam
ardências a cada parte do corpo. Ele parecia insuportavelmente oficioso e seu tom imediatamente
entrou em suas costas.
—Celeste?—Sua voz sustentava um tom duro, como se repreendesse a uma menina
recalcitrante. —Aonde foi?
—Não é um condenado assunto seu. Mick te advertiu isso e quis dizer cada palavra.
—Eu sou o homem para você. Não ele. —Recortada, a voz mudou de simplesmente rouca a
dura.
—Suponho que foi muito bom e te fez pensar que se preocupa com você. Mas ninguém
pode cuidar de você tanto como eu.
Bom não descrevia Mick. Podia ser doce sob as circunstâncias corretas, entretanto, sempre
tinha matizes, um desafio duro, afiado, uma rebelião mal controlada, o que encontrava
interessante para um homem da lei. Entendia-o, entretanto. Seu passado às vezes ditava sua
atitude, que o fez ser quem era.
Zangada consigo mesma por participar de conversas inúteis, Celeste fez o que devia ter feito
assim que ouviu a voz de Darrell. Desligou o telefone. Antes que o telefone pudesse tocar, apertou
o botão de —Não incomodar—para não poder ouvir os toques e a secretária eletrônica
respondesse.
Voltou para sofá, recostou-se e tratou de relaxar. Mick dissera que o chamasse se Darrell a
contatava, mas o que podia fazer Mick com respeito a uma ligação telefônica? Não muito. Ele
disse o mesmo ontem pela tarde.
Ela tinha esperado depois do encontro de ontem à noite com Mick que Darrell entendesse a
mensagem. Uma certeza atingiu Celeste. Não acreditava que a perseguição de Darrell terminaria
com ligações telefônicas. Uma bola de medo se retorceu no estômago. Mick etiquetou Darrell
como um perseguidor, e se Darrell veio todo o caminho a Golden Rush, é que ia a sério. Talvez
devesse ligar para Mick e avisar sobre este último contato.
Uma imagem de Mick convexo no sofá com ela se formou, com seu corpo forte, intoxicante
e estimulante sexualmente como ela imaginara. Mick. Quente.
Para morrer. Mesmo na escola secundária, com o cabelo escuro e brilhante ao redor da
cabeça, com a camiseta e jeans rasgados, sempre teve um corpo que dava às garotas palpitações
no coração. Suspirou.
Ontem à noite tinha sido incrível. As coisas que disse —a tornou louca com o explícito, e
duro enfoque que tomara. Tinha rondado a borda um convulsionem-de-coração, fundidor-de-
mente clímax.
Sentia-se tão bem com a quantidade modesta do que fizeram, o que se sentiria quando

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finalmente a tomasse?
Um bocejo rompeu por sua mandíbula. A fadiga ponderou nas pálpebras. Fechou os olhos
por completo e tratou de relaxar, com seu dilema ricocheteando na mente.

O relógio da parede no corredor deixou escapar um forte bong. Celeste se incorporou de um


salto e tirou o cabelo do rosto quando o relógio anunciou a hora. Eram quase oito e meia.
Uma estranha sensação se arrastou ao longo da pele. Afastou o olhar para a janela, onde as
cortinas estavam abertas como faces de uma boca escura. Apesar das luzes que davam de noite
uma luz suave, seu mal-estar permaneceu até que o temor se aprofundou nos ossos. Algo se
sentia fora. Que medo.
Reconheceu a sensação e estremeceu com uma lembrança profunda. Um nunca revisado.
Até agora.
Sua mãe nunca voltou para casa. Seu pai esteve no hospital e ficou paralisado por sua vida.
Sua solidão se agravou enquanto estranhos de Serviços de Proteção Infantil ofereciam trivialidades
sem sentido e tentavam confortá-la.
Deu uma respiração instável. Não tinha necessidade de lembrar... Isso foi há muito tempo e
era inútil. Às vezes era melhor deixar no esquecimento alguns corredores de sua mente.
Uma vez mais, procurou fora, e uma certeza primitiva mastigou sua consciência.
Alguém tinha estado fora da janela e a estava vendo.
Darrell?
Saltou do sofá e agarrou as cortinas. Fechou o tecido e fechando a noite e as olhadas
indiscretas.
Celeste ficou imóvel durante uns momentos, com os dedos segurando as cortinas. Deu uma
respiração de pânico que nascia do medo e que se levantou sem o menor remorso. Não podia
dizer à polícia —nem a Mick—que pensava que alguém estava fora e a observava. Poderiam
pensar que tinha imaginado.
Teria feito?

Celeste teria que aprender o jogo, ou pagar as consequências.


Darrell pegou sua xícara, agora morna de café que comprou no estabelecimento local de
café no centro, não longe de seu quarto do hotel.
—Merda—disse. —Amargo.
Fez uma careta, zangado porque esqueceram o creme. Sempre esqueciam.
Essa era a última vez que passaria por cima. Logo, como Celeste, saberiam o significado de
pagar por seus pecados.
Observou Celeste puxar as cortinas fechando-as e sorriu. Seu olhar vagou pelas obscenas
grandes cortinas vitorianas. Se ela tivesse seguido o modelo que ele queria—não, esperava—não
teria que sentar-se aqui e vigiá-la. Não teria que ter jogado. Não teria que castigá-la.
Do seu ponto de vista no sedan branco anódino, pôde ver que a casa do Xerife estava a uma

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quadra. A casa do policial estava às escuras, a diferença do brilho alegre das luzes na casa de
Celeste. Darrell tomou um gole de café e fez uma careta ante o sabor uma vez mais.
Sabia que ela havia fodido com o policial ontem de noite. O idiota não tinha saído da casa
até a meia-noite. Quando o policial interrompeu sua conversa com Celeste na sexta-feira de noite,
tinha querido arremeter contra eles de forma imediata. A compulsão queimou em suas vísceras,
insistindo-o a fazê-lo. Faria. Faria.
Mas se tivesse se precipitado, Celeste não saberia as moléstias que experimentou vindo aqui
procurá-la. Não. Ela entenderia muito em breve.
Puxaria a corrente do policial como fez com ele? A cadela tinha jogado com ele dando
olhadinhas e fazendo comentários autocríticos. Sempre tão modesta. Correto.
Agora pensava que podia deixá-lo. —Não acredito, Celeste.
Chamá-la cadela era muito bom para ela. Como qualquer boa cadela, aprenderia a golpes.

—Assim, irmão. Trey me diz que te viu com uma garota na sexta-feira de noite.
Mick lançou um olhar a seu irmão mais novo Craig, enquanto andavam pelo caminho longe
do campo de tiro. Disparos de armas automáticas ressonavam nos ouvidos, depois o grito de -
claro- do oficial de fila.
O sol do domingo pela tarde ricocheteava nos óculos de segurança e uma rajada carregada
de umidade soprava. As nuvens ameaçavam, elevando-se por cima das Montanhas Rochosas
escuras e feias.
Ele não queria responder a seu irmão de uma forma ou outra. Apesar de um hematoma pelo
treinamento no ginásio esta manhã, de um dia normal na patrulha e de seu treinamento amplo da
tarde, estava como uma mola para a ação. Queria dirigir-se diretamente ao ginásio de novo e
talvez purgar esse nervosismo persistente.
Olhou Craig.
Engalanado como Mick estava no uniforme de combate do Departamento do Xerife do
Exército que comprara ano passado para substituir os velhos uniformes de cor negra do SWAT,
Craig jogou o fuzil Colt M4A1 sobre o ombro, caminhando como um guerreiro preparado para um
assunto sério. Embora não era tão alto como Mick, seu musculoso corpo e olhos verdes intensos
traíam sua ascendência viking. Sua aparência nórdica fria justificava seu distintivo de ser chamado
-Viking- por seus companheiros. Loiro, com um retrocesso no cabelo, com seu cabelo militar curto
acrescentando-se a seu imponente presencia. Craig normalmente mostrava um sem sentido como
fachada. Sem exceção, a gente pensava que Craig era o mais velho dos três irmãos.
—Mick?—Os olhos do Craig se estreitaram com preocupação. —Está bem?
—Estou bem. —Sorriu Mick. —Não estou acostumado que alguém me pergunte sobre as
mulheres com que saio.
—Quais mulheres? Não teve um encontro em que, um ano? A menos que a noite da sexta-
feira qualifique como uma encontro?
Mick não gostava de admitir sua falta de companhia feminina —Trey parecia ter todas os
encontros do fim de semana e o taciturno Craig mesmo as arrumava para ter um encontro de

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mulheres de vez em quando.


—Estivemos condenadamente ocupados, e tenho a prova da promoção por vir.
—Acha que um encontro ou dois aqui e lá o impedem de fazer carreira?
Mick grunhiu e lançou a seu irmão um olhar arqueado. —O que é agora, o Dr. Phil?
Sem esboçar um sorriso, Craig disse: —Ouça, eu gosto do Dr. Phil. Diria que te deve esfriar.
Isso te dará menos cabelos brancos.
—Não tenho nenhum cabelo branco. —Mick se deteve antes de chegar aos carros patrulha
estacionados em filas.
Craig olhou a seu irmão um pouco mais alto. —Não sei. Está te fazendo mais velho por anos.
—Só tenho fodidos trinta e três.
Craig piscou um olho. —Começa logo para alguns caras. O seguinte que terá que ter em
conta será o retrocesso de seu cabelo.
—Olhe quem fala, carequinha.
O sorriso do Craig ficou onde estava, enquanto abriam o porta-malas do carro e começavam
a acomodar suas armas. Uma vez que o fez, entraram no carro.
—Faça-me um favor, não a chame neném, —disse Mick, enquanto saíam da área do
estacionamento e se dirigiam para a cidade. —Chama-se Celeste.
—Isso é o que Trey disse. Não é que não seja uma neném, mas essa era Celeste do ginásio.
Não acha que é quente?
—É linda. —Mick pôde dizer sem duvida. Um pensamento inquietante se introduziu nele. —
Por quê? Está interessado nela?
Sentiu o escrutínio de Craig e o olhou. Seu irmão o olhava atônito. —Diabos, não. Tem muita
bagagem.
Mick bufou. —E você não?
—Todos temos. Mais que a maioria. Mas necessito a uma mulher que não tenha nenhuma
bagagem. Já sabe, para balancear minha merda.
—Você necessita uma mulher? Pensei que estava contra se relacionar em longo prazo. Igual
a Trey.
Craig encolheu os ombros. —A maioria das mulheres não podem suportar nossa carreira.
Mick sabia isso como conhecia cada centímetro de sua arma MP5.
—Sempre pensei que era bonita—disse Craig. —Muito jovem, mas muito bonita.
—Está brincando? Tem trinta, o mesmo que você.
—Parece mais jovem. Sempre se via tão delicada, como de porcelana ou algo assim.
Mick pensou na primeira vez que a vira. —Só a conheci um ano antes que aquele traseiro
tentasse violá-la.
—Sim. Quem poderia esquecer essa noite?
Mick não tinha feito, e pensava que nunca faria. Mesmo se nunca tivesse visto Celeste de
novo. A ideia de não vê-la o picava em lugares que não queria reconhecer. Mick sofreu o
escrutínio de seu irmão e o ressentia, apesar de que devia estar acostumado a esta altura. O que
sentia por Celeste se mostraria em sua cara?

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Desde seu encontro com ela a noite da sexta-feira, passou muito tempo fantasiando a
respeito dos lábios úmidos entreabertos e a forma como seu calor enorme e a suavidade de seu
apertão se sentiu em torno dos dedos profundamente incrustados. Homem, a lembrança de sua
excitação quase o fazia suar.
Ele quis dizer cada palavra. Agora que ele a tinha preparado, sabia que quando fizessem
amor seria primário e elementar.
Em primeiro lugar a excitaria, deixando-a tão louca e quente que não distinguisse o norte e o
sul do leste e oeste. Faria coisas que ela nunca imaginara, descobriria suas fantasias mais eróticas
e jogaria com elas uma por uma até que gritasse que acabasse com ela.
Os músculos da mandíbula endureceram enquanto pensava no prazer final, o momento em
que descobriria o que se sentia mover-se em seu interior. Sentir que gozava ao redor do pênis.
Despertou na noite anterior com uma ereção dura como pico de um sonho onde a tinha
tomado rápido e seus gritos de prazer ecoado em nos ouvidos.
—O que Celeste quer?—Perguntou- Craig.
Não podia dizer o que queria Celeste, e não acreditava que ela pudesse dizer tampouco.
Isso era parte do problema. Ele estava certo que não o deixaria andar por todos os lados
dizendo: —Bom, quer foder.
—Mamãe quererá saber tudo sobre isso—disse Craig.
Mick levou um minuto para perceber que o irmão não tinha lido sua mente. —O que?
—Disse que ninguém te pergunta sobre sua vida amorosa, exceto mamãe.
—Ela não conta. Além disso, pergunta a cada um sobre sua vida amorosa.
Craig jogou atrás a cabeça e começou a rir, outro feito surpreendente e incomum. —
Sobretudo Trey.
—É assim como chama? Vida amorosa? É mais como uma porta giratória.
—Ele te açoitará de novo se te ouvir dizer isso. —Uma expressão de suficiência se formou no
sorriso de Craig. —Por certo, por que Celeste entrou em contanto com algum de nós? Não é que
se manteve em contato todos estes anos.
—Celeste queria relembrar os velhos tempos.
—Sim? Isso me parece estranho. Os velhos tempos não foram tão bons para você.
—Palavras mais verdadeiras não se podem dizer.
Craig não aprofundou no tema, e isso funcionava muito bem para Mick. Além disso, Mick
não beijava e contava. Imaginava o que acontecia entre adultos seguindo seus negócios. Por outro
lado, seu irmão merecia um pouco de seu próprio remédio.
—Não te vi saindo com ninguém ultimamente, —disse Mick.
Craig se moveu em seu assento, com uma expressão desconfortável no rosto.
Seu Pager soou um segundo mais tarde com um chamado dos SWAT que se reportassem ao
Departamento do Xerife do Condado El Touro.
Mick pressionou o pé no acelerador. —Apressamo-nos.

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Celeste se dirigia a Maria De Angelo’s na terça-feira à noite, estava se imaginando na festa,


reencontrando pessoas que ela não via há muito tempo. Também queria esquecer as doze
mensagens de Darrell na secretária-eletrônica. Talvez ele achasse que a encontraria mais fácil se
ligasse no telefone fixo e não no celular. De qualquer maneira, ele estava se comunicando com
ela. Exaltava-se em cada mensagem, a voz era visivelmente condescendente.
Por que você não conversa mais comigo?
Estou preocupado com você.
Não entendo o que fiz para merecer seu desprezo.
E no final dessa tarde pôs a cereja no bolo proverbial. Eu te verei logo, Celeste. Muito em
breve.
Ela decidiu não responder o telefone nunca mais, e a secretária eletrônica se manteve todo
o tempo.
Ela também foi à delegacia de Golden Rush para fazer um relatório sobre as ligações. O
oficial da recepção não sugeriu uma ordem de restrição, e ela não solicitou. Também tenho que
ligar para Mick. Prometi que faria se Darrell continuava com esse lixo. Por que não posso fazê-lo?
Porque teria que vê-lo, e sua atração por ele saltaria e a morderia, e teria que lutar com seus
sentimentos. Seu encontro erótico com ele na sexta-feira passada não tinha tirado a fome. Como
dizia sua querida tia? Só luta com isso, mel. O problema não desapareceria porque o ignora.
Bom, ela ligaria depois da festa.
Fazia um excelente trabalho esquecendo sua existência até que uma noite ligou a televisão e
captou uma reportagem sobre uma recente queda de um laboratório de metanfetaminas. A nota
de imprensa tinha mostrado os homens SWAT. Procurou na tela por algum sinal do Mick, mas não
reconheceu os oficiais que viu na tela. Quase nunca via as notícias. Não queria ou necessitava
avisos da violência.
Quando se voltou para outra rua, as árvores grandes se elevaram na escuridão e recordou
que Darrell poderia estar espreitando aí fora.
Vigiando-a. Esperando-a.
Por quê?
O que é exatamente o que estaria disposto a fazer?
Um calafrio serpenteou através do corpo.
Chegou à casa De Ângelo momentos depois. Construída no começo do século dezenove, a
casa tinha estado na terra mais que a maioria dos lares no bairro antigo. A morada branca sempre
parecia agradável e acolhedora. O bom coração de Maria impregnou todo o lugar. Conheceu a
Maria quando ela se mudou a Golden Rush anos atrás, e aproveitaria a oportunidade para vê-la
outra vez.
Quando saía do carro e se dirigia pela calçada, quase parou quando viu um veículo familiar.
O caminhão de Mick. Tinha que ser. Não viu a placa a outra noite, mas a caminhonete se parecia
com a sua. A emoção transpassou diretamente a base enquanto se imaginava tratando de saudá-
lo sem voltar a viver seu encontro da semana passada. OH, recordava bem. Uma mulher teria que
estar morta para não fazê-lo.
Consciente de sua vulnerabilidade enquanto ficava de pé para fora da casa sozinha, acelerou

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os passos.
Não passou muito tempo para que Maria De Ângelo abrisse a porta. Quando viu Celeste,
envolveu-a em um abraço enorme. Logo sustentou a Celeste com o braço estendido.
—Celeste, boneca!—Os escuros olhos da Maria, espertamente maquiados, brilharam de
alegria. —É tão maravilhoso vê-la. Passou muito tempo. Dez anos.
—Bom, seguimos em contato por e-mail e cartas, não?—Disse Celeste.
Maria manteve as mãos robustas sobre os ombros de Celeste, enquanto olhava para ela. —
Fizemos.
Embora pequena, Maria não era frágil. Seu cabelo prateado, ainda espesso, estava
empilhado sobre a cabeça em um coque. Vestia um traje de calça turquesa e se adornou com
brincos, colar e anel de topázio combinando. Sua cara redonda, enrugada e, entretanto, sempre
alegre, enviava renovada alegria ao coração de Celeste.
—Como está?—Perguntou Celeste.
Os olhos da Maria brilhavam com picardia inteligente. —Maravilhosamente. A minha idade,
quando se acorda pela manhã, é algo bom. Veem, entra.
Celeste retirou o suéter e o entregou a empregada, Maria a guiou até a parte de trás da
casa. Percebeu os ombros tensos, a mandíbula apertada. Esperava ver Mick a qualquer momento.
E temia tanto quanto esperava pela experiência
—Estamos fazendo o churrasco por aqui, mas há tantas pessoas que elas estão o espalhadas
pela sala de estar também,- , —disse Maria.
Como havia muitas portas francesas virada para o pátio, o odor de carne grelhada, frango
assado e cachorro quente se espalhavam pelo ar.
Cerca de uma centena de pessoas ocupavam o amplo quintal e jardim. O pátio reluzia com
lâmpadas especiais penduradas em postes, dando ao ambiente uma aparência de Contos de
Fadas. Celeste esquadrinhou o jardim e viu Mick.
Ao vê-lo, uma explosão incandescente tomou conta do ventre. Instantaneamente, o desejo
a dominou.
OH, estou tão fodida.
Ver Mick sempre fazia isso —sentir-se fora de controle, por favor, com uma resposta de
tome -por favor. Algo vivo e profundo ardeu entre eles, e admitir pôs seus pensamentos em um
distúrbio de resistência mesmo ao sentir-se atraída por ele.
Vestido com uma camisa polo verde selva que abraçava o seu peito e ombros e calça cor
cáqui verde, Mick parecia delicioso para comer e lambeu os lábios. Ele conversava com outro
homem e não olhou em sua direção. Ela afastou o olhar dele quando uma mulher que não tinha
visto em anos a cumprimentou.
Passaram vários minutos, enquanto conversou com a mulher. Depois que a dama se afastou
para mesclar-se com outros, Celeste se deu conta que Mick desapareceu, e se encheu de uma
grande decepção por dentro. Provavelmente teria sido chamado a trabalhar.
O que havia de novo?
—Supera, —murmurou.
Uma vez que se deitasse com ele, poderia dar as costas a uma relação mais profunda. Ambos

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teriam saciada seu comichão.


Posso caminhar longe dele quando quiser. Em qualquer momento.
Celeste vagou para os jardins e mais à frente do labirinto. Tão velho como a casa, o labirinto
a fascinava. Aprendeu os segredos do labirinto na adolescência e podia encontrar a saída a
qualquer momento. Mas mais que isso, os sebes a recordavam esse momento horrível em sua
adolescência quando sua firme e temerária vontade no labirinto antes de obscurecer com um
moço mais velho se converteu em um pesadelo. Não esteve aqui depois.
Seu corpo se negou a dar outro passo.
Deu meia volta e decidiu fazer uma parada no banheiro. Quando se aproximou de um canto,
toda sua força golpeou um corpo sólido e começou a recuperar-se. Deixou escapar um som
sobressaltado enquanto o pulso e o coração se agitavam golpeando as costelas. Duas grandes
mãos apertaram os braços para sustentá-la, e ela terminou pega a um corpo alto e duro. O
coração deu um pequeno batimento e saltou de alívio quando o reconheceu.
—Mick.
Seus dedos acariciavam os braços, mas seu rosto seguia sendo uma máscara sombria. —
Ouça, sinto muito. Está bem?
Ela sorriu. —Estou bem.
A pressão íntima dos corpos fazia estragos em sua libido. Cada tendão esculpido recordava a
Celeste que não era imune a uma boa dose de pura testosterona masculina com um pacote
bonito.
Ele lançou uma respiração profunda e a liberou lentamente, como tentasse conter-se.
De fazer o que?
O toque de Mick deslizou até seu peito, com o movimento dos dedos surpreendendo com
um calafrio de desfrute dela.
Uma agitação de candente necessidade se desenvolveu no ventre. Ela captou um ligeiro
aroma de almíscar da loção pós-barba. Parecia fresco, em conjunto, e, entretanto o animal nele
rondava ao redor da borda. Soltou-a, e parte da tensão diminuiu.
O olhar de Mick a percorreu de pés a cabeça, com sua atenção descaradamente admirando-
a. —Não sabia que viria à festa.
Ela encolheu os ombros. —Por que teria que saber?
Seus olhos, tão cristalinos e misteriosos como o mar mais profundo, ferveram com
perturbação ou paixão e agitou uma reação primitiva em seu ser mais profundo.
—Porque se soubesse que viria, te iria buscar.
—Vi-te antes, mas pensei que talvez tivesse deixado à festa.
—Diabos, não. Maria dá as melhores festas da cidade. —Os olhos brilharam com diversão. —
O que acontece?
—Um par de coisas.
Os olhos estreitaram, e olhou ao redor enquanto duas pessoas caminhavam pelo corredor,
rindo e vendo-se um pouco ébrias.
—Podemos falar em um lugar mais particular?—Perguntou, não querendo que mais
ninguém estivesse a par de seu assunto.

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—Veem por aqui. —Ele tomou e a arrastou ao quarto de hóspedes. Acendeu a luz e fechou a
porta.
Grande e bem equipada, a grande sala convidava a noites acolhedoras aconchegadas na
cama de tamanho rei com dossel com um amante.
Ele pôs as mãos em nos quadris. —Bom, dispara. Do que queria falar?
Ela tomou uma respiração profunda. —De Darrell.
Ele deixou escapar uma baforada de ar. —Grandioso. O que tem feito agora?
Explicou as ligações telefônicas e o fato de que fizera um relatório com a polícia da cidade, e
expressão grave do Mick se voltou gelada.
—Filho de puta, —disse com o som duro e certo. —Devia ter me ligado como pedi isso.
Seu tom imperioso a irritou. —O que podia ter feito? Quero dizer... não era que soubesse
onde estava para que pudesse ir e falar com ele. Como disse, levantei um relatório com a polícia
da cidade.
Os olhos se acalmaram, a boca suavizou. —Tem razão. Não posso falar para fazê-lo entrar
em razão se não sei onde está.
—Não quero te incomodar quando sei que não pode fazer nada em relação à idiotice de
Darrell.
—Não, não posso, mas... —Deu uma respiração profunda. —Guarda as mensagens de
telefone caso precise. É possível que necessite essas provas e da companhia de telefone.
Ela fez uma careta. —Estava tão zangada que apaguei as mensagens que deixou em meu
celular e as ligações a casa.
—Maldição.
—Não estava pensando.
Apertou o ombro. —Não há problema. Só tem que as gravar a partir de agora. E se atender
ao telefone e é ele, desliga imediatamente. Não se envolva na conversa com ele, certo?
Sentindo-se mais segura e tranquila, passou os dedos pelo ombro de seus potentes bíceps.
Logo o soltou.
Sua respiração se meteu ao interior, lenta e profundamente, então esteve mais perto de fio.
—Que mais queria me dizer?

—Pensei no que disse a noite da sexta-feira. —atreveu-se a dar o seguinte passo audaz
para não deixar nenhuma dúvida de que desejava que sua conexão íntima continuasse. —Que
tinha que decidir o que eu desejava.
Seu olhar se voltou quente enquanto ela se aproximava. —E?
Ela deslizou a mão pelo peito musculoso. À medida que o explorava por puro prazer, o olhar
ardia com óbvia intenção. As faíscas de eletricidade dançaram sobre a pele. Os narizes quase
roçaram. Seu quente fôlego tocou os lábios.
—Isto. Isto desejo , —disse.
Celeste se aproximou e estreitou a parte traseira da cabeça, insistindo-o a ir para baixo. Ela
levou a boca a dela.

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Com um gemido, ele a apertou contra ele. A boca pressionada contra a dela, voraz, com
gosto de chocolate, ele mergulhou no beijo em uma posse selvagem. Com punhaladas fundas da
língua, que não deixava dúvida de que ele queria mais. O coração batia fortemente, a pele
formigava. Sua mente gritava de felicidade desenfreada.
Sim. Sim. Sim.
Mick rasgou os lábios do dela, o olhar continha a paixão abrasadora de um homem que não
queria parar um beijo explosivo.
Vozes do lado de fora da porta.
—Maldição, —ele disse num sussurro baixo.
Antes que pudesse fazer um som, agarrou a mão e a puxou para o closet.
—O que estamos...?—começou ela a dizer.
Ele a colocou ao armário, ligou a luz e fechou a porta. Uma emoção selvagem, proibida
correu por ela. OH.
Celeste teve a impressão da roupa brilhante e uma prateleira de sapatos com uma dúzia de
pares de todas as cores diferentes. À medida que se abatia sobre ela, esqueceu-se de tudo, exceto
do aroma fresco e da presença masculina e potente. O corpo musculoso a atormentou e derrubou
sua habilidade para manter-se indiferente. Sua libido se converteu em um traidor irritante,
causando estragos em sua sensibilidade.
Ela caiu no momento, com a emoção arrebatando a respiração.
—Deu-me um beijo—disse ele com total naturalidade.
Ela sorriu torto. —Sim, fiz.
Mick parecia um homem preparado para começar uma inquisição. Ela piscou, surpresa que
terminassem aí, e se perguntou por sua coragem. Ao mesmo tempo, não pôde sufocar a
borbulhante emoção que chegava à superfície. Nunca se entregou a esse impulso louco como
agora.
Só suas fantasias eram selvagens.
—O que estamos fazendo aqui?—Ela se sentiu um pouco sem fôlego. —Não estou certa de
que Maria gostaria disto.
Seu sorriso se voltou pecaminoso e sexy. —Então será melhor que seja rápido.
Ela respondeu a sua alegria com um sorriso por sua conta. —Está certo de que isto não é
ilegal, oficial?
—Provavelmente seja ilegal em alguma parte. —Ele acariciou a têmpora. —Deus, Celeste,
estive pensando em você.
Secretamente encantada, ela disse: —Sério? Tratei não pensar em você.
—Funcionou?
—Não. Então cometi o engano de ligar as notícias e vi a equipe SWAT.
A desconfiança encheu os olhos. —O descobrimento de droga.
—Exatamente.
Ele inclinou a cabeça ligeiramente para um lado. —Como se sentiu quando viu o relatório?
—Admito. Deu-me medo. A ideia de tudo o que possa te passar me assusta.
Ele se moveu, embalando a cabeça entre suas grandes mãos. —Preocupa-se comigo?

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Ela pôs as mãos sobre sua tensa cintura. —Preocupava-me há dez anos quando fui. —
Inesperadamente, as lágrimas picaram os olhos. —Sempre me preocupei por você. Fomos tão
bons amigos quando éramos crianças. Podemos ser amigos de novo?
Seus olhos eram quentes e suaves enquanto sorria. —Sim. —Deslizou os dedos pelo cabelo,
dando massagem na parte de trás do pescoço. —Sabe o que tenho feito todas as noites quando
fui a casa? Mesmo quando tive um inferno de dia?—Beijou-a no nariz, e depois na testa, com cada
carícia algo delicioso. Saltei à ducha e fechado os olhos e me perguntei o que se sentiria estar
dentro de você. —A voz foi baixa e rouca. —Está-me deixando louco.
Ela ruborizou, dentro, sua excitação aumentou como uma onda. Ela sorriu, tremendo no
mais profundo e desejando suas carícias, seus beijos. —Acredito que eu gosto do som disso. Um
policial grande, duro sob meu feitiço.
Um dos cantos da boca sexy subiu.
Ela passou os braços ao redor da cintura e o puxou. A folha larga e grossa da ereção deu uma
cotovelada em seu ventre.
—Estou-te reclamando neste momento, —disse.
Talvez para algumas mulheres sua declaração soaria como de um homem das cavernas, mas
para ela, começou uma reação em cadeia. Uma vulnerabilidade rica entrou em seus olhos, e ardeu
em desejos de ver mais emoções, mais desejo em sua expressão. Ele passou a mão ao redor da
mandíbula e inclinou o queixo para cima. Os segundos passaram enquanto ela esperava. As pernas
estavam bambas. O regozijo a transpassou. Ela fez um som com a garganta, incapaz de expressar-
se e sussurrado. A seu redor, o ar parecia rico com a promessa de sexo. Escura e persuasiva, seu
olhar a atraiu até que não viu nada mais.
Mick a beijou, com a boca movendo-se com avidez sobre a dela. Com sua coluna arqueando-
se, enquanto se entregava a seu tato, a um amor tão bonito, que não podia pensar, não podia
ouvir, não podia sentir nada mais. A virilidade de Mick chamava o feminino dentro dela até que se
fundiu em seu corpo, com sua dureza em sua suavidade, curva a curva. Ele a levou para trás e a
golpeou contra um espaço vazio ao longo de uma parede. Ela se permitiu tocar e percorrer os
amplos ombros, o pescoço forte, provar os esculpidos músculos de seus bíceps.
Deteve-se no suave algodão da camiseta sem mangas até que seu toque jogou com a coluna.
Ele apertou uma coxa entre as pernas, pressionando para cima em seu montículo. Ela fez um som
gutural de erótico deleite. Retorcendo-se em sua coxa, apertou o músculo duro como o aço. O
prazer atirou alto no estômago.
Ele dominava sua boca, levando-a com um ritmo que ela desejava no fundo do coração. Seu
ventre doía, procurando seu complemento; os mamilos estremeceram e ficaram tensos. Seu toque
deslizou ao longo do peito e acariciou o peito. Encheu a mão, e enquanto massageava o globo, ela
sofria pelo toque no mamilo. Celeste estreitou a mão sobre a sua, dirigindo os dedos. Ela
estremeceu com um nu, desejo elementar enquanto ondulava sobre a coxa. Mick se inclinou para
trás para olhar seus olhos.
Era uma verdadeira tortura. Queria que a despisse e rogar que tomasse aqui e agora, mas
uma última barreira em sua mente à fez deter-se. A garganta doeu. —Mick.
Um sorriso malicioso tocou sua boca. —Sei que não está preparada.

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Heart of Justice 02

—Estou.
—Não, não está. —Seu fôlego foi mais rápido, com sua excitação evidente no calor dos
olhos. —Necessita mais tempo, e estou disposto a montar isso. —Roçou o mamilo através da fina
barreira da blusa e sutiã. Apertou o mamilo e puxou. —Pensei nisto. Infernos, estive obcecado
com isto. Quando dormirmos juntos só será porque me deseja mais do que alguma vez desejou a
outro homem. Quando estiver aberta para mim nada mais te importará. Nem meu trabalho, nem
nada em nosso passado.
Ela engoliu em seco a excitação tomando conta dela. A paixão ardia e faiscava em seu olhar.
Ela fechou os olhos para escapar da intimidade explícita, sua respiração ofegante a mantinha
cativa. Enquanto atormentava seu mamilo, ele enfiou o polegar através de seus lábios.
Ela o chupou com avidez.
Segundos depois, levantou a blusa. Desabotoou a parte dianteira do sutiã, depois se inundou
e capturou o mamilo com a boca. Um gemido suave, sufocado, saiu da garganta. Sua quente e
úmida língua acariciava em cima de sua carne. Chupou-a com força e uma cor rápida de calor
subiu por seu corpo.
O prazer deu outro ofego enquanto a provava e a lambia, variando seus golpes até que ela
gemeu sob sua investida.
Ele deixou o peito e a beijou de novo. A mão de Mick subiu sobre a coxa, elevando a saia de
jeans.
—Maldição, meu amor. Suas pernas são tão belas.
Tremendo e desejando seu toque, ela separou as coxas. Os dedos roçaram em cima da
roupa íntima de algodão, com o toque rápido fazendo-a gemer.
Ele trabalhou baixando o elástico da calcinha pelas pernas e a acariciou.
—Deus, Mick.
—Shhh, querida. Não quer que alguém nos ouça, verdade?
Ela não pôde responder, estava tão insuportável excitada que toda a festa poderia ter
passado através da porta do armário e não teria se importado.
Ofegou, tremendo na borda. Colocou um dedo dentro.
—Sim. —Ela gemeu.
Outro dedo se uniu ao primeiro. —OH, sim.
Ele a beijou profundamente, enquanto trabalhava com os dedos em movimentos suaves. Ela
apertou para cima, e ele tragou seu ofegante, asfixiado gemido de prazer. Sentia-se tão incrível,
grosso, estendendo-a.
Não tinha nenhum controle. Nem pensamentos. Nada mais exceto a recopilação da paixão
que destruíra sua mente. Os dedos saíram dela e roçaram o clitóris, com redemoinhos, jogando.
Ela morreria. Aqui mesmo. Neste momento.
—Não goze ainda, —sussurrou. —Ainda não. Diga-me uma de suas fantasias.
—Esta é. Assim. , —queixou-se. —Fazer amor em um armário.
—Quer que tome aqui? Agora?
Era selvagem. E tão malditamente arriscado. A metade da cidade estava a poucos metros da
porta do dormitório. Sua professora de espanhol do colégio poderia entrar e encontrá-los. O

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prefeito. Seu vizinho da casa do lado.


Ela o desejava.
A palavra arrancou de sua garganta. —Sim.
Ele colocou dois dedos profundamente dentro dela outra vez, empurrando e retrocedendo
enquanto seu canal se fechava e o soltava. Tremendo, tomou o prazer. Seu abraço deu a coragem
de deixar-se ir. A cabeça caiu para trás enquanto ondas de calor se apoderavam de seu corpo em
uma onda. Conteve o grito ameaçador da garganta, seus gemidos dando testemunho do êxtase
ondeando sobre ela. Queimava-se, como uma supernova de prazer.
Enquanto Celeste baixava a mesinha, instintivamente procurou e encontrou a ereção.
Estava pressionada dura e grossa contra a calça jeans. Um desejo agressivo a empurrou a
acariciá-lo.
Agarrou a mão e gemeu, com o som quase como um grunhido. —Não. Agora não. Se me
tocar mais tempo, explodirei. —A voz era áspera e quente. —E quero estar dentro de você quando
fizer isso.
Sua mente formou redemoinhos, cheia de um desejo tão candente, que mal podia pensar.
Enquanto as mãos deslizavam para baixo as coxas, ele caiu de joelhos diante dela.
OH, meu!
Celeste estremeceu quando os dedos deslizaram sob a saia outra vez, empurrando o
material para cima com lenta deliberação. Agarrou o elástico da cintura da calcinha.
Com um puxão rápido, baixou-a até os tornozelos. —Tira isso.
Ela quase disse não, mas a estimulação, a essência do proibido a fez desejar os lábios nela
mais que do queria respirar.
Ela saiu da roupa íntima e deu chutes a um lado. Os dedos de Mick passaram por cima de
seu tornozelo. —Eu gosto destes sapatos.
Raramente usava sapatos de salto alto, mas essa noite pôs uns com laços ao redor dos
tornozelos.
As mãos se moveram de novo a seu traseiro nu, como ventosas, acariciando a pele com
suaves toques. Apertou-a com suavidade, e ela ofegou.
Ele inalou. —Deus, que bem cheira.
Celeste fechou os olhos, com a paixão mostrando-se muito em seus olhos. O fôlego quente
de Mick soprava em cima de seu centro. A antecipação rugia através dela. Quando a língua úmida
e quente deslizou sobre ela, gemeu brandamente de prazer. A felicidade se apoderou de seu calor.
Ela aferrou a cabeça, escondendo os dedos no cabelo grosso.
Lambida atrás lambida ao longo do tecido sensível, acendeu uma sensação de
formigamento, aumentando a construção de seu clímax. Uma vez mais, algo dentro dela lutou
contra o prazer, negando-se à satisfação final, como fez a noite em que o tinham chamado.
—Mick. —As palavras brotaram de seu prazer sem premeditação, enquanto ameaçava
sacudindo-a em peças, mas não pôde. —Por favor.
A excitação se fez major quando a umedeceu. Sua respiração foi mais rápida, o coração
pulsava com força enquanto o prazer bombeava e subia, convertendo-a em uma criatura sem
mente dobrada em nada mais que o explosivo final resultado.

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Ela flutuava na borda. Um passe da língua sobre o clitóris, e ela soube que se perderia.
Simplesmente perdeu a cabeça.
Perderia o precioso controle.
Ouviu a porta abrir, e foi então quando a plena realização do que estavam fazendo a
golpeou.

Capítulo Quatro

Mick se levantou tempo suficiente para chegar à cadeia e apagar a luz do teto. Então, para
sua total surpresa, voltou a ajoelhar-se. OH, Meu Deus. Planejava continuar com a tortura.
Emocionada além do suportável, mas aterrorizada de que os descobrissem, ela fechou os olhos e
esperou o dia do julgamento.
Acariciou as coxas e se inundou entre as pernas. O toque se tornou sobre ela, tão brincalhão,
tão suave e sensual. Mick alisou a língua sobre o clitóris e o prazer não esperou. Celeste esperava
que seu entusiasmo desaparecesse como a fumaça, mas a excitava o perigo de serem descobertos
o que fazia seus desejos selvagens. A rebelião se deslizou por ela com garras afiadas. Ela não
queria que se detivesse. Não queria que esse momento se marcasse pelas considerações de
adultos. Não queria que seu temor destruísse a possibilidade de seu prazer uma vez mais. Estava
no armário de uma amiga, com a cabeça de um homem entre suas pernas enquanto ele explorava
seus mistérios femininos com movimentos deliciosos de seus lábios e língua. Deveria empurrar
Mick longe e reorganizar a roupa, e lhe rogar ao céu que ninguém os encontrasse.
Mais que isso, ela esperava que Mick se detivesse.
Em lugar disso chupava o clitóris muito sensível, com um movimento suave e lento.
O tempo parou quando Celeste conteve a respiração, esticando os músculos no prazer que
ameaçava rasgando em pedaços pequenos.
Apesar das vozes na quarto, Mick a provou docemente com outra lambida.
A implosão de Celeste foi tão deliciosa, os ossos se fundiram com êxtase do interior
profundo, desenrolando o calor do sol derretendo o fundo de seu núcleo. Ela se aferrou a sua
cabeça e ombros, respirando rapidamente através do nariz enquanto quase se estrangulava
tratando de conter o pranto primitivo que ameaçava escapar.
Apesar de sua felicidade fundindo-se em uma bola de palpitante prazer, Celeste conteve seu
grito, amortecendo-o com uma mão. As mãos de Mick deslizaram até a cintura enquanto ela
continuava tremendo, com o último vestígio da deliciosa sensação vibrando em seu interior.
Mick se levantou. Ainda necessitava sua liberação, e sua barra pressionada contra o
estômago o demonstrava. Seu peito subia e baixava com movimentos profundos, revelando que
flutuava na borda de perder o controle. Alegrou-se de que não poder ver seu rosto. Seus traços
mostrariam satisfação e paixão crua?
O medo substituiu seu impulso temerário enquanto a realidade a golpeava. Deus, o que fiz?
Isto era... uma loucura. Muito.

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—Ouviu algo?—Perguntou uma voz feminina fora no dormitório. —Como a um animal


pequeno gemendo ou algo assim?
—Não, —respondeu a voz tranquila da Maria à pergunta, sem soar preocupada.
—Meus gatos estão na cozinha.
—Se é um gato, fez um som estranho.
Maria começou a rir. —Freddy é assim, mas não acredito que ele seja. A menos que ficasse
preso no closet outra vez.
Oh, merda. Oh, merda. Celeste enrijeceu, as bochechas ruborizaram. Se a amiga os
encontrasse ali, Celeste descobriria que significa dizer estar mais que envergonhada. A calcinha
ainda estava jogada a seus pés e o armário inteiro cheirava sexo. Prova incontestável de safadeza.
Mick não se moveu e nem Celeste, ambos apenas respiravam.
Um telefone tocou em algum lugar na casa.
—OH, aqui não há telefone. Aqui está seu suéter, querida. Vamos.
A voz da Maria desvaneceu ao sair e fechar a porta do dormitório.
As mãos de Mick deslizaram ao redor das costas de Celeste enquanto a apertava contra ele,
com o toque como a massagem de uma carícia. Sua respiração fez cócegas na orelha. —Tranquila.
Pode relaxar agora.
Ela escutava, com metade de medo de que alguém ainda os descobrisse no armário. Ela
manteve sua voz baixa. —Isto foi um erro.
Ela não podia ver seu rosto, mas ele tirou seu toque e acendeu a luz. O armário foi, de
repente, muito limitado. Agora podia ver seu rosto claramente, e a paixão crua que esperava ver
não estava ali. Em troca, seu olhar esfriou. Ela se apressou a puxar a calcinha.
—Um erro?—Os olhos pareciam mais escuros com essa tênue luz, cheios de desafio.
Repleto de testosterona, esse lado de Mick sempre a fazia fazer pausa. Sua absoluta
confiança, os traços masculinos, curtos, sempre a faziam sentir fora de seu elemento, de alguma
forma inadequada para fazer frente a sua força.
—Celeste?
—Não podemos falar sobre isto fora do armário?
—Sim. Está bem.
De uma vez que comprovavam que tudo estava espaçoso e saíam da habitação, soube que
tinha dado um grande passo em falso. Isso foi um erro. Ela não quis que acontecesse assim.
Sim quis.
Frustrada, lançou um suspiro, e disse em voz baixa: —Preciso ir ao banho. Podemos nos
encontrar no jardim outra vez e falar?
Ele olhou seu relógio, com sua cara ainda implacável. —Eu gostaria, mas estarei de volta em
duas horas e tenho que chegar a casa e tomar banho.
Ela olhou para baixo e percebeu que tinha conseguido controlar sua reação física a ela. Bem.
Não serviria de nada correr pela festa com uma grande ereção. Suas palavras no armário
provavelmente fez muito para apagar seu interesse por ela. Talvez de forma permanente.
—Está bem. —Ela olhou ao redor, consciente de que estavam no corredor que qualquer um
podia escutar.

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O celular tocou, e tirou o pequeno telefone do bolso da saia.


Não teve tempo para saudar, antes que o interlocutor falasse. —Olá, Celeste.
—Sou eu.
Seu sangue congelou, e jogou uma olhada a Mick. O olhar estreito, os olhos curiosos não
disse nada.
Ela quase engasgou com as palavras quando as disse. —Deixe-me em paz, Darrell.
Mick tomou o telefone e antes que ela se desse conta, a arrebatou da mão.
—Huntley, fala Mick MacGilvary. Conhecemo-nos no estacionamento o outro dia. Por última
vez, Celeste quer que vá. Outra chamada e a equipe SWAT El Toro estará em sua porta. —Fechou
o telefone e o deu. —Talvez isso resolva.
Com a boca aberta, ficou olhando-o uns segundos antes que pudesse recuperar-se. —É o
homem mais direto que conheci. Direto com as palavras, e direto com... né... —Ela tragou. Seu
cenho franzido não diminuiu. Limpou garganta. —Mick, sinto o de antes. Quando te disse que foi
um erro.
Ele agitou uma mão. —Esquece. Olhe, tenho que ir. Amanhã é meu dia livre. Poderia se
encontrar comigo amanhã no parque Finnay para comer?
Seu convite a surpreendeu. —Está bem. A que hora?
—As doze em ponto. O almoço vai por minha conta. Falarei com você mais tarde, certo?
Sem despedir-se, dirigiu-se pelo corredor e saiu de sua vista. Ela se apoiou contra a parede
enquanto deslizava o telefone no bolso.
Deus, isso era um desastre. Fechou os olhos um momento e recordou o delicioso prazer que
experimentou com Mick. No parque, né? Não sabia se poderia aguentar muito mais da magia de
Mick.
Sim, mas você se meteu nisto, Celeste. Desejava-o, e ainda o faz. Não retroceda de outra
oportunidade de prazer.

Darrell abriu a porta do quarto de hotel e enrugou o nariz com asco.


O quarto, como tudo nesse estúpido povo, era deficiente. Bom, não poderia ter esperado
algo melhor. Esse hotel mediano era o melhor no Rush Gold que não fosse a Estampida, um resort
de ultra luxo a poucos quilômetros da cidade que atendia à multidão que ia ao SPA e ao golfe e
aos esquiadores no inverno.
Muita gente o veria ali, e prestaria atenção a seus movimentos. O estudo das pessoas o
agradava, e ele sabia melhor que ninguém que sempre havia gente olhando, sempre tomando
nota de como poderia utilizar a outros. Mesmo os turistas ocasionais tinham um ângulo quando se
era o suficientemente rico para permanecer em um lugar como Estampida. Molestos, ricos, e
neuróticos. Sua clientela tinha esse perfil. Não tinha vontade de socializar nessa viagem. Além
disso, seu objetivo nessa cidade pequena requeria um perfil baixo.
Não podia permitir que o policial de Celeste tomasse nota dele mais do que já fizera. A ira se
filtrou dentro de Darrell com gotas lentas e deliberadas mais insidiosas que uma torneira que
gotejava. Como se atrevia a utilizar ao policial como guarda-costas?

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Deixou-me por um mero policial? Pagará. OH, sim, pagará caro.


Uma respiração profunda saiu do peito. Não serviria de nada distrair-se. Agora mesmo
desfrutava dos preparativos, dos planos de fazer que Celeste lamentasse o dia em que fugira dele.
O planejamento começava aqui e agora.
Fechou a porta, fechou-a com chave, e jogou a mala sobre a cama de casal.
Enterrado em uma rua lateral da principal, o hotel não recebia muita atenção da polícia.
Lugares como esse nunca faziam. Algo grande tinha que acontecer para os policiais prestassem
atenção e se cruzassem lá fora, como um assassinato, com reféns ou um pouco de drogas.
Enquanto que as drogas eram encontradas em todas as cidades, duvidava que um assassinato ou
um sequestro fizessem muito ruído no radar perto de Golden Rush e de Condado do Touro.
O quarto era útil, mas era melhor que os motéis que povoavam a parte menos afortunada
da cidade. Passaram as primeiras noites em um desses hotéis, e depois decidiu que não podia
tomar esse ambiente mais. As pessoas sem lar e os tipos de não tão bom gosto que se
aproximaram com uma frequência que encontrava como um inconveniente. Não queria a essas
pessoas a seu redor, tocando coisas que ele queria tocar, movendo-se no mesmo ar que se movia
em seu interior.
Respirou profundo. O lugar cheirava como limpador de vidros, picante e ofensivo.
Prova de que o lugar esteve sujo antes da criada entrasse e desse uma lavada a fundo.
Tirou a polo e a atirou na cama junto à mala, e depois trabalhou em tirar os sapatos, meias,
calça e cueca. Depois de ir procurar seu kit de barbear na mala, dirigiu-se ao banheiro. Como o
resto do quarto tinha equipamento. Secador de cabelo, cestinha com xampu, aparelho de barbear,
condicionador, loção —todo de uma assim chamada sem—nome empresa de desenho. Bufou e
alcançou o pote de xampu, condicionador caro, e creme de barbear. Não tinha se barbeado em
dois dias e estava desalinhado. Depois de se barbear e lavar os dentes, olhou o cabelo loiro com
pesar. Odiava tirar, mas precisava mudar levemente. Mudar internamente... bom... a única pessoa
que tinha que fazer isso era Celeste. Ela tinha que mudar. Daria o que merecia. E gostaria.
Sorriu, depois se inclinou para trás no espelho. Havia uma mancha no espelho.
Maldito inferno. Talvez as criadas por aqui não utilizavam o limpador de vidros tanto como
deveriam. Olhou outra vez. Um ponto de acordo. Darrell se inclinou para dar uma olhada mais.
Exatamente aí. No meio dos olhos, em sua pupila. Uma bolinha. Piscou. A mancha cresceu.
A curiosidade abriu caminho em sua mente ao reconhecer uma emoção situando-se em
torno da franja. Pânico? Não. Preocupação? Não. Pôs a um lado a debilidade percebida de forma
implacável. Só sua própria sombra importava, e com esse personagem vinha um poço de calma.
Não havia sentimentos debaixo de seu objetivo de conseguir o que queria quando queria. Não
havia obstáculos. Ninguém se interporia em seu caminho.
É óbvio, deixar-se tomar pela sombra de um para que se fizesse cargo dava como resultado
impaciência, avareza, e qualquer número de aberrações mentais. Esperava. Queria experimentar
tudo. Ao mesmo tempo, já que não podia sentir essas emoções a maior parte do tempo.
Faz muito tempo, enquanto estudava psicologia na universidade pela primeira vez,
descobriu o que o fazia especial e o abraçou. Seus professores tinham dado uma conferência
sobre sociopatas e a forma como diferiam das pessoas “normais”. Quanto mais ouvia, mais se

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desencadeava uma lâmpada de luz em seu interior, que o levou a uma conclusão inevitável.
Curioso, estudou a situação e se deu conta que podia utilizar esse conhecimento de si
mesmo a seu favor e manipular outros para que não descobrissem sua verdadeira natureza.
Certas palavras nunca significaram muito para ele. Não como o faziam para outros.
Terror. Amor. Dor.
Conhecer a palavra e experimentar o sentimento correspondente se converteu em um pátio
de recreio que fingia. Converteu-se em um perito na atuação da emoção para que outros
acreditassem que ele entendia a sensação.
E por isso pôde entender e etiquetar-se.
Era um sociopata. Ou como algumas pessoas o chamariam, um psicopata.
Infelizmente, a maioria das pessoas pensava que os sociopatas eram loucos, mesmo que não
estavam.
As pessoas são criaturas patéticas, parvos traseiros.
Fazia seus professores uma grande quantidade de perguntas, lia publicações até que se
sentiu com a absoluta certeza de que encaixava na descrição. Deu a volta ao redor da palavra em
sua mente e a explorou com sua língua.
—O sociopata.
Se a pessoa tinha que ser um sociopata, devia ser o melhor.
O ponto no espelho cresceu uma vez mais. Se esperasse muito mais tempo aumentaria até
que tomasse o espelho inteiro.
Colocou a mão em seu kit de barbear de novo e tirou as luvas de látex. Estendeu-as nas
mãos com a satisfação de um médico preparando-se para uma cirurgia. A moléstia o espreitava,
ampliando-se segundo a segundo. Cometeu o engano de levantar a vista ao espelho e ver que o
ponto de ameaça aumentou ao tamanho de uma bola de golfe. Inclinando-se para diante, pôs o
olho esquerdo atrás da mancha grande. A escuridão ameaçou tragando e devorar seu controle.
Quase como se ficasse de pé fora de seu corpo e se visse, Darrell reconheceu a loucura total de
suas ações. A escuridão o ameaçava, ordenava que ficasse quieto. Que continuasse olhando-se até
que esse pedaço de terra tragasse todo o quarto.
—Onde estarei então, se tragar toda a sala?
Um tremor alcançou seu corpo, e se apressou a chegar à abominação antes que saísse de
sua mão. Passou o dedo sobre ela, a puxou para ele, e se deu conta de que se movia. Sacudia-se,
caindo a pia. Pernas -oito- retorceram-se em uma luta a morte. Abriu o torneira da água ao
máximo, e o ser vivo formou redemoinhos na corrente e foi abaixo, muito abaixo. Darrell deu um
suspiro de alívio.
Uma aranha grande, sim. Um grande inconveniente de novo. Sim.
Lavou as mãos cobertas de látex com o sabonete de mãos barato. Depois de uma cuidadosa
secagem das luvas, pôs de novo em seu kit de barbear.
Bem. Poderia voltar a refletir sobre o que fazer com Celeste. Algo devia fazer-se com
respeito a ela e logo. Esse tipo de problemas, como dizia a seus clientes, não desaparecia sem uma
imediata ação.
Fechou os olhos e pensou nas numerosas formas como poderia assegurar sua complacência.

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Uma mulher como Celeste acariciava as pessoas que amava. A poucas semanas de sondar sua
psique demonstrou valorizar a uma amizade segura, mesmo se não a cultivava muito.
Quem se preocuparia com Celeste se já não tinha família? Podia ser que tomasse tempo
escavar o suficientemente profundo no Gold Rush para descobrir quem a importava e o que
poderia ser utilizado contra ela. Não importava. Tinha o tempo e os recursos para esperar o que
fora necessário.
Inclinou-se e olhou os próprios olhos. Com as mãos nos quadris, posou. Sabia que seu bom
aspecto trabalhava contra ele em alguns aspectos. Embora nunca teve problemas para atrair às
mulheres, cedo ou tarde encontravam algo que não gostavam e escapavam, ou se cansava delas.
Geralmente, ele era o que as expulsava primeiro.
Por outro lado, as formas agudas das maçãs do rosto e mandíbula não faziam o suficiente
temível para que ninguém acreditasse que fora capaz de cometer delitos. A gente era estúpida.
Especialmente as mulheres. Sorriu ao homem no espelho e não o reconheceu. Os olhos eram
estreitos, os lábios mais estreitos e magros. Um impulso se agitou em seu interior que faz muito
tempo tinha deixado de tratar de resistir. Era melhor acabar de uma vez.
Para o momento em que limpou tintura do cabelo na ducha e se olhou no espelho, cabelo
negro molhado como o carvão brilhava. Sorriu. Era mais negro que o cabelo do novo namorado de
Celeste. Estava o suficientemente perto. Depois de secá-lo deu um estilo de corte sofisticado, logo
saiu do banheiro e se moveu com movimentos que vinham de sua rotina de tailandês chi.
Faria Celeste entender que ter posto fim a sua relação foi pior decisão que fez.

—Aonde vai?—Leigh Strong perguntou através do telefone.


Celeste se acomodou na pequena cadeira do pátio traseiro, pronta para ter uma conversa de
coração a coração com a melhor amiga. Sorriu, feliz de absorver o ar fresco. —Ao Finnay Park para
um almoço. Hoje ao meio dia.
—Mmm. Mick MacGilvary? Parece irlandês.
—De ascendência escocesa, na realidade.
—E um SWAT nada menos? Agora isso é sexy. O que tem um homem com uniforme de
todos os modos?
—Pensei que disse que você não gostava dos homens com uniforme de nenhum tipo.
—Bom, eu gosto mais fora deles que neles, mas não tenho preconceito de uma forma
especial de um a outro. Mick tem algum irmão?
Leigh, sempre pronta para a diversão e os jogos e muito extrovertida, jogaria nessa linha de
questionar até o final.
—Não posso acreditar que não conheça pelo menos a um deles. Golden Rush não é tão
grande. E sim, tem dois irmãos. Os três são SWAT.
—Santo Deus! São de aparência agradável?
Celeste riu e tirou as sandálias. O dia era quente, e Celeste desfrutava da brisa que soprava
brandamente sobre o corpo. Sim. Trey é o irmão do meio. E ele é lindo. Craig é o mais jovem, mas
ele um pouco extremista.

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—De que forma?


—Ele é direto, não se entrega a tolices. Como se estivesse pronto a rosnar sem qualquer
motivo.
—Uh. Parece como que necessita maior flexibilidade.
—Você gostaria que te apresentasse?
—Né! Não tenho tempo para isso. Estou muito ocupada.
Celeste riu. —Que mulher com sangue nas veias não está interessada em um oficial dos
SWAT?
—Você, lembra?
Celeste suspirou com resignação. —Tem razão. Não lembrava. E não estou agora, à exceção
de...
—Exceto?
—É uma história muito longa.
—Meu bem, você e eu em algum momento teremos que nos reunir para que me possa dizer
o que está passando.
Ela e Leigh se conheceram quando a outra mulher enviou a Celeste um cartão de
condolências pela morte de sua tia, e Celeste respondeu a sincera e sentida nota com uma ligação
pessoal. Quando se conheceram em pessoa, tinha sido —clique —quase audível. Leigh se
converteu em uma amiga quando ela tinha necessitado uma desesperadamente, e a amizade se
fez mais forte com o tempo.
—Direi isso logo, —disse Celeste. —Ainda estou tratando de averiguá-lo por mim mesma.
—Isso é bom. De qualquer maneira, é bom que eu não esteja namorando agora, não tenho
tempo pra isso. Delilah parece estar sentada sobre um formigueiro quando se trata da Lender
Wedding e acredito que a coisa toda está indo para o buraco.
Celeste riu e jogou a cabeça para trás na cadeira. Leigh se queixava constantemente de sua
chefa e da loja de noivas em que trabalhava. —Está certa de que é uma boa ideia trabalhar para
ela?
—Parecia uma boa ideia há dois anos.
—E brigaram como cães e gatos todos os dias.
—Sim. E quero que saiba isto. Veio um homem o outro dia dizendo que queria provar um
smoking. Delilah teve uma briga comigo justo frente ao homem. Tratei de me manter profissional,
mas acredito que o homem teve uma impressão equivocada. Saiu murmurando algo a respeito de
duas lésbicas dirigindo uma loja de casamento e que era tão irônico.
Celeste pôs uma mão sobre a boca enquanto um grito de risada tratava de escapar. —OH,
Meu deus. Não fez.
—Sim. —Suspirou Leigh. —Agora para todo o povo seremos lésbicas, mesmo quando não
somos.
Celeste pôs sua mão sobre seus olhos nesta ocasião. —Não se preocupe por isso. O homem
é, provavelmente, um tenso, ultraconservador.
—Sim, mas ainda os tensos ultraconservadores têm que casar-se. Servimos em todas as
festas dos políticos daqui.

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A risada de Celeste espantou as aves de uma árvore próxima. Leigh tinha um irreverente
senso de humor com o que Celeste sempre se sentiu melhor.
—Leigh, é muito engraçada. Está certa de que não necessita a um policial conservador, tenso
para frear suas formas fora de controle?
Leigh soprou. —Bom, se esses irmãos forem tão quentes como diz, poderia considerar
dobrar os dedos dos pés.
—Eu gostaria de ter sua confiança. —Era muito agradável ter a outra mulher com quem
falar. Mesmo em Vermont se sentiu um pouco solitária, fazendo suas próprias coisas e tratando de
não apoiar-se em ninguém.
Leigh a tirou de suas reflexões e ela aceitou com gosto a interrupção. —O que?
Não crie que pudesse lhes fazer dobrar os dedos dos pés?
Celeste estalou com outro sorriso e riu. —Estou absolutamente certa de que poderia. De
fato, Trey é algo mulherengo. Provavelmente saltaria à oportunidade para que lhe dobre os dedos
dos pés ou qualquer outra parte de seu corpo.
—Ooo, soa promissor.
—Craig por outro lado... —suspirou Celeste. —Tem uma bagagem do tamanho de uma
vírgula.
—Soa como uma deliciosa provocação, e acredite, não tive um durante muito, muito tempo.
Estou me oxidando.
—OH, Craig seria uma muito boa provocação. Não estou em liberdade de te dizer qual é seu
problema... Eu não gostaria de contar intrigas.
—Um segredo. Eu gosto disso. É que algo suculento?
—Teve uma infância problemática, igual aos outros irmãos. Foram adotados pelos mesmos
pais, mas não são irmãos de sangue.
—Ah, já vejo. Fascinante. Bom, suponho que terei que conseguir a intriga em outra parte.
Celeste riu de novo, mas antes que pudesse responder, Leigh mudou de tema. —Assim que
te encontrará com Mick para um convite no parque hoje, —disse Leigh com uma marcada
mudança de tema. —Ligue mais tarde e me diga como foi.
—Farei.
—Mas vai conseguir a ordem de restrição para que prendam a esse estranho Darrell,
verdade?
—Mick disse que Darrell não tem feito o suficiente para conseguir uma ordem de restrição.
—Maldição. Então, só mantém Mick na discagem rápida.
—Acredite, farei.
Elas se despediram com promessas de papearem mais tarde e Leigh insistiu em fazer um
almoço para Celeste e ela lavaria a louça. Celeste sabia que a curiosidade insaciável de Leigh não a
deixaria em paz até que soubesse tudo sobre Mick. Ao mesmo tempo, Celeste sabia que nunca
contaria os detalhes sórdidos. Seu tempo com Mick era muito pessoal para falar sobre isso com
qualquer outra pessoa, mesmo com a melhor amiga.

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Heart of Justice 02

Celeste guiava pela cidade cumprindo os afazeres e se sentindo apreensiva. Ela olhava no
reflexo do retrovisor constantemente, esperando ver Darrell a qualquer momento. Talvez, só
talvez, o homem entendeu a ameaça de Mick e resolveu ir embora sozinho.
Em vez de ligar o ar-condicionado, ela baixou os vidros até a metade. Sempre se sentiu presa
a Gold Rush. Ela sempre adorava o modo como a cidade mantinha os ares de cidade pequena,
com sua altitude e as belezas históricas. Eram ruas e mais ruas com casas no estilo Vitoriano,
construídas para os magnatas da mineração durante o apogeu da busca por ouro e prata no
Colorado. Por fim apesar do esgotamento das minas, a cidade atraia os ricos e aqueles que
queriam mergulhar em fontes termais.
Gold Rush vibrava com a nova temporada de verão. A população aumentava durante o
verão, diminuía no outono, e voltava a crescer com a temporada de esqui no inverno. Lembrou-se
de como eram os invernos aqui, com álamos formosos de cor oro, e abacaxis e pinhas caindo para
cobrir o chão do bosque. Respirou na altura, os nove mil metros dela, e saboreou o ar fino que
sempre a energizava. Sentia-se bem estar de volta, mesmo se voltar aqui suportava algumas
complicações.
Conduzir pela cidade em um dia espaçoso com sol brilhante lhe recordava o muito que tinha
sentido saudades esse lugar cheio de vida. Quando o veículo de adiante se deteve fez que seu
nariz fizesse uma careta, e a contra gosto subiu a janela. Main Street significava o tráfico perto da
hora do meio-dia, apesar da atmosfera de povo pequeno.
Virou a uma esquina, quando lhe pareceu ver o Darrell em um sedan de cor nata detrás
dela.

Capítulo Cinco

Celeste olhou tantas vezes como pôde e ainda prestou atenção ao tráfico. Quão último tinha
que fazer era ter um acidente com seu carro. O sol entrava obliquamente no carro atrás dela e
deixava o condutor nas sombras.
—A delegacia, —disse em voz alta.
Conduziu ali e estacionou e viu o que fazia o sedan.
Enquanto conduzia no estacionamento da delegacia, o sedan continuou pela rua. Estacionou
perto da entrada e lançou um suspiro de alívio. Talvez se imaginara Darrell no sedan. Por isso
pareceu uma eternidade ficar sentada e refletiu. Sua localização trouxe más lembranças, como
quando tinha reportado as chamadas do Darrell a começos da semana. Não esteve perto de uma
delegacia em mais de uma década até que tinha reportado as chamadas do Darrell. Ir à delegacia a
recordava aquela horrível noite há muito tempo quando Mick tinha dado a surra a esse menino
e...
Chega. Insistir no passado, onde mágoas antigas ameaçavam reviver sentimentos ruins não
seria de utilidade nenhuma. Voltar ao presente traria sua paz. Não podia desfazer-se da
apreensão. Visões dos acontecimentos de quando tinha quinze anos ameaçavam seus nervos.

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Assim que teve certeza que o sedan não a estava seguindo, ela retornou a estrada.
Dirigindo-se ao parque, ela voltou a olhar o retrovisor e viu um sedan cor creme novamente em
sua traseira.
Ou não era?
Talvez fosse um sedan diferente? Não conseguia ver o interior do carro muito bem. Decidiu
que não deixaria seus problemas recentes com Darrell estragar seus planos com Mick, e continuou
em frente.
Manteve a velocidade até chegar ao desvio para o parque. Mais uma vez, o sedan passou
reto, o motorista nem mesmo olhou pro seu lado. Celeste pensou visto um indivíduo de cabelo
comprido. Bom. Não podia ser Darrell. Ela esquadrinhou o parque, ávida por ver Mick. Ah, Ele
estava lá, sentando em um —Uau —um cobertor com cesta de piquenique.
Interessante.
Satisfeita, deixou o carro e se dirigiu ao centro do grande parque. A essa hora do dia o
parque devia estar cheio de gente ansiosa de calor e sol. Entretanto, poucas pessoas caminhavam
pelos atalhos. Bem. Mais privacidade para seu momento com o Mick. Tinha que lhe pedir
desculpas, número um. Ao ver o Mick atirado na manta proverbial vermelha e branca a quadros
enviou a seu coração a toda marcha.
Deus, parecia delicioso.
Deitado de lado, apoiado em um cotovelo, o resto de seu corpo relaxado em uma
displicência tipicamente masculina. Ele usava uma camiseta de manga curta azul clara que
abraçava seus músculos, parecia gostoso o suficiente para se comer. Será que ele sabia que
causava desilusão masculina usando aquele material agarrado aos ombros largos delineando a
curva do peito enorme e sugerindo o abdômen de pacote de seis? A calça jeans moldava as
pernas, mas não muito apertada. Ela insinuava cochas e panturrilhas fortes. Seu corpo respondeu
com uma vibração. Ela queria ver seu tórax, abdômen, e cada polegada de músculo escondido
embaixo daquelas roupas. Uma brisa despenteou uma mecha do cabelo negro curto, e ela foi para
acariciá-lo.
Quando Mick a viu, seu olhar enviou uma mensagem flamejante claramente sensual.
Queimou, incendiou, e extinguiu. Ele não moveu um músculo sequer com exceção das pálpebras.
Cobertas por cílios grossos e definidos, eles davam certa suavidade aos olhos que muitas vezes
pareciam selvagens e brutais.
Ele pegou um chapéu de cowboy e colocou na cabeça.
Tomou um chapéu de vaqueiro e o pôs na cabeça. —Me alegro de ver que trouxe chapéu,
também. Faz calor aqui.
—Eu não gosto do cabelo no chapéu. —Ela golpeou a asa larga do chapéu de palha sobre a
cabeça. —Mas eu não gosto das queimaduras tampouco.
O olhar deslizou por sua camiseta sem mangas e percorreu a bermuda de jeans.
Queimada por sua atenção, ela baixou os olhos e viu o que tinha ante ela. —Wow, isto é
uma festa gastronômica.
—Salada de batatas de mamãe, sanduiches e batatas fritas. —levantou-se e abriu o cooler
vermelho. —Além disso, coca diet. —Fez um gesto à manta ao lado dele enquanto tirava do

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refrigerador outros elementos, como os talheres e pratos de papel.


Ao vê-lo completamente em um âmbito doméstico aliviou as preocupações de Celeste.
Preocupou-se durante toda a manhã a respeito dessa convite para almoçar. Sua expressão séria se
converteu quase em uma tranquila.
Enquanto tomava uma coca, ele serviu seu prato com comida. —Whoa aí. É salada de batata
suficiente para mim. Uma garota tem que vigiar sua figura.
Ele lançou um olhar quente em sua direção enquanto devorava seu sanduiche com o único
propósito de um homem faminto.
Mastigou a fundo antes de falar. —Espero que não esteja de dieta. Tem um corpo bonito.
Seus elogios, afirmados com a maior naturalidade, despertavam nela um verdadeiro prazer.
Um rubor esquentou a cara. —Obrigada. E não, não estou de dieta.
—Bem. Porque não tem sobrepeso.
—Obrigada de novo. —Sorriu e deu uma mordida seu sanduiche submarino.
—Agora que o clima está melhor, comecei a caminhar fora.
Seu olhar se lançou a ela, com uma clara preocupação em suas azuis profundidades.
—Espero que não caminhe à noite.

—Não se preocupe, oficial MacGilvary. Caminho pela manhã cedo, depois vou a casa e faço
ioga e levanto pesos.
Ele assentiu. —Bem.
Seu primeiro bocado da salada fez água à boca um pouco mais. —Isto está delicioso. Disse
que sua mãe fez?
Ele riu entre dentes. —Está brincando? Mamãe odeia cozinhar. Tudo isto é da cozinha de
mamãe na 2da.
Ela assentiu. —Ah, dessa mãe.
Ele começou a rir e comeu um pouco da salada. Não parecia muito disposta a discutir, já que
estava comendo. Em seu lugar, contemplou a extensão verde para o pátio de recreio, onde várias
mulheres fiscalizavam um bolo para as crianças.
—Já teve uma resposta do emprego na escola?—perguntou.
—Ainda não. Não estou muito preocupada, entretanto. A escola segue de férias e não
iniciarão aulas ainda. Deverão me chamar qualquer dia de uma forma ou outra.
—Bem. Recebeu mais ligações de Darrell?
—Não.
—Bem. Desejaria que meus irmãos e eu tivéssemos uma razão para seguir a pista e lhe fazer
uma visita. Nós gostaríamos de pôr o temor de Deus nele.
O desgosto duro como um prego em sua voz causou um calafrio de estremecimento na sua
espinha. Quando este homem jogava duro, ia a jugular. —Sua reação a ele no telefone ontem de
noite, provavelmente o afastou.
Mick sacudiu a cabeça e tomou um longo gole da bebida. —Eu não estaria tão seguro. Uma
advertência em pessoa, não foi suficiente.

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Ela recordava muito bem a forma como Darrell e Mick se enfrentaram, dois homens altos,
arrepiados de energia e agressividade. —Darrell é faixa preta em caratê.
—Eu estudei judô, caratê, e Keysi. Acredito que o método de luta do Keysi faria que os olhos
de Darrell se enchessem de água. —O tom seguro do Mick estava cheio de arrogância de um
homem que conhecia seu ofício. Logo esboçou um sorriso. —E tenho a maldita placa.
Ela não pôde retornar seu sorriso, velhos sentimentos a respeito de violência saíram à
superfície. —Não voltaria a escolher brigar com ele, faria, Mick?
Ele franziu o cenho e lançou um olhar afiado com exasperação. —É óbvio que não.
Ela não tinha certeza de que acreditava.
Uma vez mais se afundaram no silêncio, até que soube que teria que romper o gelo. Seus
olhos, vivos e intensos, chamavam-na e estendiam um fogo lento e espesso pelas veias. —A
respeito da festa de ontem de noite...
—O de ontem à noite foi incrível.
Whoa. Isso não era o que ela esperava. Pôs o sanduiche no prato de papel e secou a boca
com um guardanapo. —Entrei em pânico quando Maria e a outra mulher entraram. Pensei que
tinham nos escutado, sobretudo quando eu...
Não podia dizer. Quando gozei. Quando cheguei ao clímax. Qualquer palavra que escolhesse,
não a podia dizer. Como se tivesse falado, sua cara ardeu.
Um sorriso quente, indulgente tocou seus lábios. Ele tinha terminado o sanduíche e posto o
prato a um lado. —Poderia ter entrado em pânico, mas acredito que desfrutou de nossa aventura
no armário.
Ela riu através de seu rubor. —É verdade.
O silêncio diminuiu sua hora do almoço, até que ele perguntou: —Permanecerá no Gold
Rush em longo prazo?
—Acredito que sim. —Ela se encolheu de ombros. —Não estou cem por cento
comprometida para sempre, mas como quando conduzia aqui me lembrei de tudo o que eu
gostava deste lugar, inclusive se fez maior. —Tomou um gole de coca, com seu apetite
apaziguado. Cruzou as pernas e se inclinou para frente, curiosa e, entretanto cautelosa. —Alguma
vez pensou quando era criança que se tornaria policial? Quero dizer, antes que fosse adotado por
Justice e Arlene?
Ele se apoiou de novo nas mãos, as pernas longas estiradas frente a ele. —De nenhuma
forma. Recorda como cresci antes que me adotassem.
Ela lembrava, muito bem. —Não posso imaginar tolerar o que aconteceu.
Ele negou. —Verdade, mas o que eu passei fez de mim o que sou hoje. Pense nisso. Meu pai
era alcoólatra e batia em minha mãe sempre que podia. Ela tentava me proteger, e fez um bom
trabalho com exceção de não ter me levado embora. Essa teria sido a melhor opção.
Um pesado se estabeleceu no peito de Celeste. —Não sempre se toma a opção correta,
verdade?
Ela olhou para o espaço, com olhos pensativos. Quando ele não respondeu, continuou.
—Alguma vez escutou de seu pai depois de ser preso? Não esteve em contato com ele,
verdade?

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A tristeza se meteu em seus olhos, e o nó na garganta se fez mais sólido. —Não. Esse dia na
sala de audiências, depois de que o declaram culpado... foi à última vez que o vi.
Ela recordava muito bem o dia em que soube que seu verdadeiro pai, ou o —doador de
esperma—como Mick o chamava, morreu na prisão. Dois anos depois de que Campbell
MacGilvary tivesse conduzido bêbado e matado a sua esposa no acidente, e deram dois anos de
encarceramento. Esse foi o mesmo dia em que Mick tirou de cima ao menino que tentava violá-la.
—Deixar a meu pai envolveu-se em uma briga com o maior robusto do cárcere e conseguiu o
crânio rachado. —A voz de Mick era dura. —Era uma bomba de tempo caminhante.
—Como você, —disse Celeste.
O olhar do Mick se voltou duro e tão implacável como suas palavras. —Isso está tudo atrás
agora. Não mais necessidade de psicanálise ou de contemplação. A gente tem que seguir em
frente ou ficará presa para sempre em seu próprio pântano.
Ela via seu bloqueio de ira, apesar da forma como os olhos ferviam. Sabia que nunca tinha
perdoado a seu pai. Perguntou-se se, na mesma horrível situação, poderia ter perdoado a seu pai
por ter matado a mãe. Mesmo se não fora intencional.
—De certa forma ainda sente quase como se seu pai tivesse feito a propósito. Quero dizer,
conduziu o carro contra a árvore. Quando meu pai morreu... —encolheu os ombros.
—Faz três anos, verdade?, —perguntou.
—Soube disso?
—A tia Ginger nos disse isso que antes que fora a seu funeral.
Uma mescla de emoções se formou redemoinhos dentro de Celeste. —Depois de decidi
viver com tia Celeste, não vi papai muito mais. Era um homem quebrado. Paralisado e não queria
fazer muito por si mesmo.
Não tinha que explicar todo o assunto sórdido a Mick. Conhecia a história de trás para
frente.
Uma máscara de indiferença se apoderou dos traços de Mick, de todas exceto de seus olhos.
Que se queimavam com certeza. —Não penso em meu pai biológico. Penso no homem que
mudou minha vida. Justice MacGilvary foi meu verdadeiro pai, e sinto falta. É o homem que desejo
que ainda estivesse aqui.
O pai adotivo de Mick o tratava sempre com o máximo respeito, e por isso e por muitas
outras coisas, Justice e Arlene MacGilvary pegaram Mick MacDougal, e o converteram em um
novo Mick MacGilvary. Justo na forma como pegaram Trey Phillips e Craig Jacobssen e deram uma
nova esperança e nova vida sob o nome do MacGilvary.
Celeste permitiu que a coca fria acalmasse a garganta. —Ainda fica Arlene.
Ele esboçou um amplo sorriso. —Perguntou-me por você.
—Sério?
—Trey disse que estava na cidade, e acredito que escutou de outras pessoas, também.
—Faz três semanas que voltei e todo mundo já sabe.
—Viveu aqui muito tempo, Celeste. A gente está contente de ver-te de novo.
—Inclui você?
Ele se inclinou até que pôde cheirar seu aroma limpo e a masculino e sentir a tensão doce

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movendo-se entre eles. —O que você pensa? Te beijaria se não estivesse contente?
—Acredito que foi injusto de minha parte perguntar isso. Abraçou-me quando nos vimos
depois de dez anos. Essa foi uma cálida bem-vinda. Sobretudo quando não podia estar certa de
que você gostaria de ter algo que ver comigo.
—O que te fez pensar que não quereria vê-la?
—Vamos. Não exatamente nos separamos em bons términos há dez anos.
Ele assentiu. —É certo. Mas fomos mais jovens. Eu acabava de chegar ao departamento do
xerife depois de me graduar na universidade, e você estava considerando ir. Tínhamos um montão
de decisões que tomar.
Ela recordou essa noite, assim como algo em sua memória. —Você se graduou com um grau
de justiça criminal. Era o que queria mais que tudo. O Departamento do Xerife foi a cereja do bolo.
—Agora, olhe, aí é onde se equivoca. —Sua voz baixa, o timbre rouco causou que cachos de
cabelo de calor rodassem através do estômago. —O que eu desejava mais que tudo há dez anos
era você.
Celeste não podia pensar, sua mente estava aturdida por um nó de emoções. Por surpresa.
Por deleite. Por medo. —Não.
—Sim. Não teria escolhido dançar com você. Não me teria tomado tanto tempo nem
dançaria tão perto.
Não queria recordar essa noite tão vivamente, apesar de que o fazia. Porque isso significaria
recordar desejos longamente reprimidos que sempre acendiam um fogo lento entre eles. Aos
vinte e três anos a encheram bem, seu corpo já não era o de um adolescente desajeitado. Seus
hormônios se tornaram selvagens por ele.
—Não sabíamos o que estávamos fazendo, —disse em sua defesa.
—Suponho que eu não. —O olhar se nublou com decepção, como se esperasse uma
resposta diferente dele ou dela. —Acredite ou não, seu rechaço essa noite doeu como o inferno.
A surpresa deteve sua voz por vários segundos. —Nunca soube. Quero dizer, não
demonstrou. Dançamos, e quando tentou me beijar, só fiquei gelada.
—Congelou-me, quererá dizer.
—Você se afastou.
—Não me deu oportunidade. —Ele olhou ao chão, à manta onde estavam sentados. —
Acredito que sabia o que desejava, também.
Palavras não ditas penduraram entre eles. Você não me desejava.
Ela o tinha ferido e nem sequer sabia. Não até agora.
—Sinto muito, —acertou a dizer. —Sinto ter ferido seus sentimentos. Seguia vendo essa
noite quando esse moço tratou de me violar. Então me salvou como um anjo vingador, mas estava
tão zangado, quando golpeou aquele moço. O sangue voava, sua voz era tão áspera, o rosto era
uma máscara de... —Sacudiu a cabeça. —Via-te fora de controle.
Ele respirou fundo e a olhou. —Estava. Mas nunca teria te feito mal. Estava tratando te
protegê-la.
—Agora sei.
—Sério? Ou ainda acha que há violência oculta dentro de mim?

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Acredito?
Ela tomou um último gole de sua bebida. —Quando me inteirei de que tinha a intenção de
conseguir um grau em justiça penal, imaginei que decidira canalizar sua agressividade a algo bom
e que o fazia para impressionar ao Justice.
—Fiz e não. Queria proteger a outros de gente como o cretino que tentou te violar. É por
isso que estou intrigado, Celeste. —deu a volta até que enfrentou a ela, com seu olhar nela até
que não pôde afastar o olhar.
—Por que sente que não pode confiar em mim?
—Confio em você para me manter a salvo, Mick. Não é isso. Sexualmente estou um pouco
assustada.
—De que maneira?—Sorriu ligeiramente. —A outra noite esteve tão quente e pesada, sei
que se sente atraída por mim. Que me deseja. Se o meu Pager não tocado teríamos feito amor.
Ela suspirou profundamente e tratou de aliviar a tensão que se desenhava apertadamente
em seu interior. —O sexo é diferente para os homens, Mick. As mulheres não precisam esquentar-
se. Necessitam uma conexão emocional.
—Tem uma conexão emocional comigo. E o outro dia no armário teve um orgasmo. Se isso
não é estar excitada, não sei o que é.
—Sempre tem que ir direto ao ponto, não?
Os dedos deslizaram na parte traseira de seu cabelo até o pescoço. O vento soprou e tirou
seu chapéu e o dele. Antes que pudesse chegar a seu chapéu, o vento jogou o cabelo debaixo do
ombro em um matagal selvagem. Ele se inclinou para trás, e depois tomou o rosto.
—Não me diga que ainda não me deseja. Porque cada vez que a olho e me olha, posso vê-lo.
Há algo entre nós.
—Há, mas...
—Mas?
—Fui à exposição de artes marciais a outra noite porque queria seu conselho a respeito de
Darrell, mas também queria explorar essa atração. Tinha que averiguar se o que sentia por você há
dez anos foi uma casualidade. Não é. Assim serei franca agora. Quero fazer o amor com você. Eu...
Sua boca evitou o resto de sua confissão.

Capítulo Seis

Mick precisava fazê-la calar, e o fez da maneira mais agradável que sabia.
Deus tenha misericórdia.
Era deliciosa. Ligada.
Quando ela disse que o desejava, não podia suportar mais. Desde que ela caminhou para ele
com a parte superior justa curvando-se sobre os peitos pequenos, redondos, e o short que
abraçavam seu traseiro apenas corretamente, quis perder-se a si mesmo em seu sabor. Queria
demonstrar que tudo o que desejava, sempre, era mantê-la a salvo.

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Lembrar de coisas ruins fez com que quisesse recuar, deixar ali e esquecer-se de seu retorno
e as lembranças. Afinal, ele teve uma queda gigantesca por ela quando era um adolescente. Uma
queda longa e dolorosa. E que os céus o ajudassem, isso estava acontecendo de novo.
Merda, talvez ela devesse mesmo temê-lo.
Não lamentava o que fizera aquele bastardo, anos atrás. Teria feito qualquer coisa para
poupar Celeste do ataque daquele imbecil.
Agora, ela entregava-se ao seu toque, derretendo-se como manteiga no calor de seus beijos,
ele a incendiava de bom grado.
Com a boca grudada na dele em completo abandono, ele gemeu. Oh, Jesus, sim. A língua
rondava seus lábios, e ela os abriu para ele. Saboreando seus esconderijos, ele a degustava
incansavelmente. Os braços rodeavam seu pescoço. Eles deitaram-se no cobertor, a perna se
insinuou no meio das dela, pressionando sua virilha. O calor de Celeste o chamava através do
tecido. Se eles estivessem em qualquer outro lugar que não fosse um parque, ele teria tocado
naquele calor imediatamente para assegurar-se de que ela era real.
Ela se agarrava a ele, acariciando o peito e ombros. Ela gemia baixinho, seus movimentos
trêmulos dizia que ela estava adorando seu abraço. A boca movia-se sobre a dela fazendo-o
respirá-la, enquanto ele se afogava em um mar fora de controle.
Ele tocava a lateral do quadril e costas com a respiração acelerada. Da SWAT ou não,
procurar e confiscar eram parte de uma operação que causaria um colapso interno. Um frenesi de
necessidades o dominava. Prove; toque; mergulhe fundo até alcançar seu ventre. OH, sim. Sua
potente ereção foi grande, e a resposta suave revogava sua moderação. Ele tocou entre os peitos,
em busca de seu coração, e o encontrou golpeando freneticamente como o seu, exigindo romper
todas as regras. Aqui mesmo. Neste momento.
Doce, doce Celeste. É tão perigosa. Não tem ideia do que me faz.
Ela tomou a parte de trás de seu pescoço e o aproximou. Apertou um peito em um abraço
suave, e ela se inclinou para trás para separar-se de seu beijo e o liberou.
Ele colocou a mão por seu cabelo. O sol caía a chumbo sobre eles, mas poderiam ter estado
a vinte baixo zero, e não sentiriam frio. Seu coração saltava ao triplo de tempo, com o peito
deixando escapar o fôlego. Ele não podia recordar a última vez que uma mulher o tornou assim
louco.
Sim, sim podia.
A última vez que beijara Celeste durante seu encontro no armário. Jesus, Deus. Sua pequena
expressão de surpresa não o surpreendeu. Nada a respeito de sua situação o surpreendia, ao dar-
se conta do selvagem que se tornou nos últimos minutos. Assim como ela predisse, ele perdera o
controle, aqui no aberto onde qualquer podia vê-los.
—Sinto muito. —Viu sua expressão cautelosa detectando algum sinal de medo, mas não viu
nenhuma. —Não é hora nem lugar para isto.
Ela sacudiu a cabeça, com a cor rosa nos lábios entreabertos, o sol iluminava suas sardas
salpicando no nariz e a parte de cima das bochechas. Parecia mais jovem de trinta, e o coração
balançou. Sentiu sua inocência, apesar de sua idade. Um pouco quebrado, sem atar apesar da
dura vida que a levara a Gold Rush quando menina. Talvez parte dele queria proteger isso,

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também. Mesmo de si mesmo. Qualquer que fora a inocência que ela possuía, não sabia se
deveria tratar de iluminá-la.
Então, quem? Algum idiota?
De nenhuma maneira no inferno permitiria que isso acontecesse. A possessividade aspirou
do ar a seus pulmões. Não, maldição. Não se converteria em um desses idiotas que pensavam que
uma mulher lhe pertencia.
Muito tarde, amigo. Pode tratar de falar tudo o que queira, mas a deseja.
Ela é minha.
—O que estamos fazendo?—A voz suave e aturdida chegou.
—Nos tornando loucos. —A voz era áspera e dura a seus próprios ouvidos. —Olhe, parte de
você não confia em mim. Devo admitir que isso me deixa louco. Mas te empurrar a uma relação
sexual não vai mudar isso.
—Mas eu o desejo. Disse isso quando cheguei ao ginásio essa noite queria saber o que era
ter bom sexo.
—Sei. Mas não há maneira no inferno que tenha relações sexuais com você quando achar
que me converterei em um monstro. —Ele pôs as coisas na cesta de piquenique. —Assim até esse
momento, nos tomaremos muito devagar.
Os olhos se abriram. —Lento como?

—Na medida em que seja necessário para que confie em mim.


—Faço... quero dizer, se não confiasse em você, não estaria aqui com você. Não teria
permitido que me beijasse a primeira vez. Não poderia ter feito o que fiz naquele armário.
Viu-a pôr expressão de indignação mais profunda. Os bonitos olhos estavam acordados com
desafio, com as bochechas quentes e rosas. Mick se perguntou se essa cor tentadora poderia
passar através do pescoço, peitos, das suaves dobras da boceta. O pênis sacudiu, ainda duro como
o ferro pelo encontro.
Deixar que sua imaginação explorasse piorava as coisas. Se gostava ou não, sua libido corria
diante dele, visualizando o resto de seu corpo com uma claridade de alta definição. Fizeram amor
na semi escuridão antes, e não tinha visto grande parte de seu corpo como ele queria. Teria a
boceta pelo mais claro ou escuro que o cabelo da cabeça? Seriam os mamilos de cor rosa como a
cor das bochechas, ou como um bago escuro?
Inclinou-se mais perto, com os lábios polegadas dos dela, a voz profunda com sua excitação
até agitando-se a virilha. —Sim, deixou-me tomar. Colocar-se-ia à cama comigo agora mesmo se
pedisse isso. Mas falta algo vital. O mesmo que faltou há dez anos quando nos pusemos a dançar,
e me deu as costas. Não está disposta a chegar até o final. —Colocou a boina de beisebol de novo
na cabeça. —Quando fizer amor com você, não será só para conseguir descansar. Será porque me
deseja tanto que não pode ver bem. E quando chegar a estar dentro de você, o corpo não
duvidará em me deixar entrar.
Merda. Isso soou arrogante, MacGilvary.
Não dava a mínima. Era certo.

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A boca se abriu com um pequeno OH de surpresa, mas depois os lábios formaram uma linha
fina. Não gostava do plano. Que o prendessem se entendia todos os matizes de por que ela queria
sexo rápido e duro, e agora, como se o que se estalava entre eles se extinguiria antes que
pudessem desfrutá-lo.
Por que não posso dar o que ela deseja? Muitos caras tomariam sem pestanejar, sem
preocupar-se de encontrar o prazer verdadeiro. A foderiam e se afastariam sem dar um olhar para
trás. E Deus o ajudasse, ele queria fodê-la. Profundo e duro e desagradável e sem inibições.
Parecia que quis estar em seu interior por sempre, mesmo quando eram adolescentes.
—Há mais , —disse. —Confessou-me outro dia que meu trabalho te incomoda. Necessito
que esteja bem com isso antes que isto vá mais à frente.
—Já superei isso.
Não acreditou.
Antes que pudesse dizer algo, disse, —Por que é tão importante para você, Mick? A muitos
dos homens não importaria se confiasse neles, e certa que não importaria se eu gostava do que
faziam para viver.
Ele não podia manter as mãos fora dela, e cravou os dedos no cabelo da parte traseira do
pescoço. Beijou-a na testa. —Porque então eu seria algum tipo de bastardo, Celeste. Estaria te
usando.
Com isso, soltou-a. À medida que jogavam o lixo em um cubo próximo pegou a cesta e a
manta, ela colocou o grande chapéu de palha na cabeça. —E agora o que?
Ela soava molesta. Grandioso.
—Levaremos isto passo a passo. Que tipo de relações sexuais tentou? Nada sujo, tenha
certeza.
Uma vez mais uma expressão de surpresa piscou sobre o rosto. —O que? Não... Eu...
Dirigiram-se de novo a seus carros, e ela sustentou a manta xadrez no peito como um
escudo.
—Não temos que fazer nada sujo se não quiser. —Não pôde evitar sorrir.
—O simples velho sexo do missionário pode ser alucinante. —Não deu a oportunidade de
comentar. —Quantos amantes teve?
Quer que responda a isso?
—Poderia te dizer que vá ao inferno, Mick MacGilvary.
—Isso não seria tão divertido como fazer amor com você. Quantos?
O fôlego saiu em uma rajada de exasperação. —Um.
—Um? Isso é tudo?
—O que tem que mau nisso? Quantas você teve?
Mick não pôde evitar notar o tom ressentido. —Quatro.
Seus lábios se apertaram e não pôde dizer se gostou da resposta ou não —Essas não são
tantas como eu pensei—disse.
Ele começou a rir.
Deteve-se em seu carro, com a cesta na mão. —Outros homens tentaram te levar a cama.
Os dedos de Celeste ainda sujeitavam a manta. —Fizeram. Não me interessou. Meu único

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Heart of Justice 02

amante foi um cara da universidade, de meu primeiro ano. Saímos durante seis meses, e
finalmente fez o movimento comigo. Foi desconfortável e sim, francamente, não tão bom. Nem
sequer... —Franziu o nariz.
—Gozou?
Ela baixou o olhar a seu peito, grossa, com a ponta dos cílios dourados cobrindo os olhos. —
Sim.
—Um homem nunca esteve dentro de você quando chegou ao clímax?
O mal-estar cresceu em seus olhos, e compreendeu que estava empurrando os limites de
sua intimidade. Pelo menos aprendera coisas novas a respeito dela hoje. OH, homem. Se ele podia
colocá-la suficiente quente, o suficientemente desesperada... OH, neném. O que não daria para
sentir que gozasse ao redor de seu pênis.
—Não. —Ela arqueou os lábios para cima, enquanto se atrevia a olhá-lo aos olhos. —Só tive
sexo com Jeremy uma vez e depois seu interesse diminuiu. —Encolheu os ombros e começou a rir.
Um som tenso, sem sentido que era mais para expressar seu desgosto. —Ele não estava louco por
mim. Sem trocadilho.
—Ele te usou, em outras palavras.
Ela olhou à distância, com os olhos acossados pelas lembranças. —Provavelmente.
—E depois?
—Outros homens tentaram me colocar a suas camas, mas nunca senti o bastante para
querer fazê-lo. Tenho que ter alguma conexão emocional.
Brandamente roçou o queixo com o dedo indicador. —Não há necessidade de que nos
preocupemos por isso. Eu gosto e você gosta.
Mick considerou beijá-la de novo, depois pensou melhor. Desejava-a muito, e os olhos de
Celeste eram cautelosos.
Tomou a manta dela, e ela abriu seu carro. Enquanto deslizava no assento do motorista e
fechava a porta, esperava não tê-la assustado tanto que fugisse dele para sempre.
Ela baixou a janela. —Qual é nosso passo seguinte, então?
—A construção de sua confiança em mim. Que tal uma encontro normal?
—Um encontro? Onde?
—O que te parece um encontro no El Rendez-vous no Main Road a noite da sexta-feira?
Jantar, dança, cinema.
—É um lugar elegante.
—O único lugar de luxo no Gold Rush.
Um sorriso quente rompeu em sua cara. —Está bem, estou disposta a tentar.
—Isso é tudo o que peço. —Olhou a data no relógio. —Será em dois dias a partir de agora.
Ligarei amanhã de noite.
À medida que se afastava e ele se dirigia a seu carro, o instinto o fez olhar ao outro lado do
parque. Um sedan de cor nata saiu do estacionamento e desembocou no tráfico.

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Sentindo-se cansada e ansiosa ao mesmo tempo, Celeste tomou um tempo para decidir se
necessitava cafeína ou uma taça de vinho enquanto se encontrava na cozinha. —Toma uma
decisão. Qual será sua droga de escolha?
Ela gemeu. Sim, o café soava muito melhor. Depois que a cafeteira começou a filtrá-lo,
Celeste respirou profundamente. Mmm, nada como o aroma do café fresco moído para pôr em
movimento seu cérebro. Escutou a cafeteira gotejando enquanto ia ao balcão da cozinha com sua
mente centrada com determinação.
Analisou o que precisava melhorar no lar. Sua tia não a deixou com uma pocilga, mas a
parada e despreocupada tia Ginger tampouco obteve muitas melhoras na grande casa nos últimos
anos. Construída em 1900, a casa cambaleava na época vitoriana e na ponta do estilo eduardiano.
Sua tia acreditava no lema —se não está quebrado, não o arrume. —Isso significava que a
superfície da bancada da cozinha, de um feio verde mesmo nos anos setenta, ainda tinha sido
horrível quando foi instalado pela primeira vez nos anos oitenta. A geladeira, fogão e a lava-louça
funcionavam como um sonho, mas cada uma tinha uns quinze anos de idade. O piso de linóleo,
que ameaçava curvando-se nas bordas, necessitaria substituição antes de todo o resto. Os pisos
de madeira necessitavam uma renovação no acabamento, e os móveis teriam que ser readaptados
ou adotar outras soluções para melhorar sua aparência. Que assim fora. Seu orçamento era amplo
para mudanças de imagem de um projeto de uma vez.
À medida que enxaguava o balcão e torceu a enorme esponja, disse —Se deixar de tratar de
fazer vinte coisas de uma vez, não se sentiria tão condenadamente nervosa.
Celeste se concentraria em uma tarefa antes de passar a outra, algo que praticara só
recentemente. As multitarefas em excesso eram para as aves.
Passou a maior parte da noite anterior com a sensação de vulnerabilidade sem nenhuma
razão que pudesse decifrar. Desfrutava dessa casa e se sentia confortável nela, mas sua mente não
a permitia descansar. Uma e outra vez sua conversa com Mick no parque girava em sua cabeça. O
homem jogou suas cartas e as tinha destampado.
Sem pretextos, tudo preto e branco. Pelo menos era assim que ela via. Perguntavas-se se
esses dez anos o modificaram de forma que não podia imaginar. Poucos homens, em sua
experiência, pareciam preocupados em tratar uma mulher como objeto sexual. Certo, admitia que
não poderia julgar todo homem por sua limitada experiência sexual. Mick acreditava em suas
proezas sexuais—ainda que por um minuto soasse arrogante. O homem possuía algum ponto
fraco? O que o faria perder o controle? Sua imaginação ardente conjurou a imagem de Mick
afundado em seu corpo, se contorcendo em êxtase.
O corpo se aqueceu, ela pegou um panfleto na mesa e começou a se abanar.
Celeste bocejou e olhou o relógio. Oito horas. Uma confessa coruja da noite, Ela nunca ia
para cama cedo. Com sua libido ligadíssima em Mick, e a preocupação se Darrell continuaria a
perseguindo, não era de admirar que ela não dormisse bem há duas noites.
Sua mente precisava de um tempo livre de ambos.
Depois de pegar uma xícara de café e adicionar creme, ela foi para os fundos se sentar na
espreguiçadeira e aproveitar a noite. A noite chegou esfriando as montanhas rochosas, talvez a
brisa fresca varresse suas teias de aranha.

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O telefone tocou.
Ela escutou a secretária eletrônica apitar. A mensagem foi seguida por:
A mensagem começou, com um: —Olá, é Mick. Quero que ligue ao...
Ela correu a casa deixando a xícara sobre a mesa e pegou o telefone. —Olá?
—Ouça, aí está. Verificando as chamadas?
—É óbvio.
—Alegra-me ouvir isso. Ouviu do Huntley?
—Não. Talvez com sua aparição na cena do outro dia e ter falado com ele por telefone lhe
deu suficiente medo.
—Talvez. Só mantém a secretária eletrônica acesa e checa as chamadas.
—Absolutamente.
A conversa girou a temas mais mundanos; seus planos para a cozinha, em como tinha ido em
seu exame da promoção, e dos planos se conseguia passar.
—Conseguirá a promoção. Sua confiança é assombrosa, às vezes, —disse ela.
—De que forma?
—Do momento em que te conheci, sempre soube que poderia fazer algo que ponha em sua
mente.
Ele começou a rir. —Não era tão seguro quando era menino.
—Em comparação com a maioria dos adolescentes foi. Justice e Arlene inculcaram essa
força em você. É algo que queria ter tido. Teria me ajudado enormemente.
Ouviu abrir uma lata e se perguntou se escolheu suco ou cerveja. —Vamos, Celeste, você é
segura.
—Não sempre.
—Quem confia em si mesmo todo o tempo?
—Você nunca falha.
Ele começou a rir. —Olhe, agora é aí onde se equivoca. Poderia te dizer dezenas de vezes
onde não estive seguro de mim mesmo.
—É a lembrança de seu passado o que interfere com o presente?
—Não penso tanto no passado mais.
Oxalá pudesse dizer o mesmo. Não querendo saltar às lembranças proibidas, perguntou: —
Quando se inteirará de sua promoção?
—O processo de seleção implica maiores responsabilidades. Deveria escutar sobre ela muito
em breve.
—Fará. Sei.
—Obrigado. Sua fé em mim é inspiradora.
—Falou a sério.
Bebeu um gole de café e conversaram dos acontecimentos de rotina do dia.
Finalmente perguntou: —Diga-me o que usará para ir ao El Rendez-vous amanhã de noite.
Uma promessa sensual saltou em sua voz, despertando o temerário nela.
—Tenho quatro vestidos para escolher, mas não posso decidir qual usar.
—OH, caramba. Sério? E eu que pensava que era o suficientemente simples como usar uma

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jaqueta, gravata e calça.


—Hum. Bom, você é um homem.
—Quer dizer que não tenho muito em meu armário?
—E tem?
—Não. Talvez deveria vir e me ajudar a vestir.
—Pode escolher o que colocar. Vi-te com roupa de civil, lembra?
—Maldição. E eu que pensava que poderia te convencer. Poderia ter sido divertido.
Poderíamos ter explorado meu armário.
O calor encheu seu centro enquanto imaginava a cena do armário, mas esta vez indo todo o
caminho. —Mick, é um menino travesso.
—O que? Acredito que tem uma coisa com armários.
Deus, só poderia me incendiar.
—Mick, está flertando comigo?—Ela se voltou mais valente por um minuto enquanto
empurrava a liberação de suas inibições.
—Poderia ser. —Uma nota rouca entrou em sua profunda voz. Começou a rir. —Eu gostaria
de te convidar, mas esta noite é a última noite de meu turno na tarde. A partir de manhã estarei
livre por três dias, a menos que me chamem de emergência.
—Está dizendo que poderíamos sair em nosso encontro de amanhã à noite sem nenhum
problema?
—Não é como se fôssemos uma grande cidade e os SWAT entrassem em ação cada vez que
te dê a volta.
Ela suspirou. —Graças a Deus. —Recordou algo. —OH, maldição!
—O que?
—As reservas. Esquecemo-nos de fazer reservas para El Rendez-vous.
—Eu já fiz para as seis.
Ela deixou escapar um suspiro de alívio. —Bem.
—Em um tema totalmente diferente, pergunto-me se você gostaria de fazer um
experimento.
—Experimento?
—Alguma vez tentou sexo por telefone?

Capítulo Sete

O calor disparou no corpo de Celeste em uma carreira selvagem de surpresa e emoção. —


Humm... não.
—Tem tempo agora?
Sua petição contundente também tomou por surpresa. Não cairia nessa sensualidade com
uma lenta, medida de ascensão.
Ela sorriu. —Talvez. Como começamos?

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Sua risada suave lhe assegurou. —Começamos tirando a roupa.


Mais calor a estremeceu. —OH.
—Isso te assusta?
—Me vou mover ao quarto.
Ela subiu as escadas com antecipação. Quando chegou ao dormitório, a luz da lua se filtrava
através da janela e atuava como uma luz prateada de noite.
—A lua entra em meu quarto pela janela. Dá uma espécie de atmosfera.
Ela ouviu rangidos. —Abri as cortinas. Vejo o que quer dizer.
—Está em seu quarto?
—Estou agora. E já estou nu.
—Santo céu. —Fez uma careta. Muito bem, Celeste.
Ela começou a rir. —Estava a ponto de tomar uma ducha quando decidi te ligar.
—Assim estiveste caminhando pela casa nu enquanto falava comigo?
—Sim.
O fogo crepitava em sua metade. Imaginá-lo nu criava uma urgência similar a uma fusão. —
Baixarei o telefone um minuto.
Deixou o telefone sobre a cama e se apressou a tirar as sandálias, o short, a camiseta e o
sutiã. —Estou nua e deitada na cama.
—Ele se queixou. —Maldição. —Ouviu sua profunda inalação. —Queria que estivesse aqui
contigo. Mas como não estou...
—Veem. Estamos virtualmente ao outro lado da rua.
—De maneira nenhuma. Quero que isto seja lento. Lembra, não confia em mim de tudo.
Seu aviso a trouxe de volta à realidade, mas deixou escapar um suspiro de resignação. —
Bom, o que segue?
—Fecha os olhos, imagine o que te digo. Minhas mãos estão à deriva por seu corpo como se
te desse uma massagem. Em primeiro lugar vou a sua cara brandamente. Toco os ouvidos. Estou
dando voltas com minha mão sobre os lóbulos das orelhas.
Ela conteve o fôlego, mas não falou.
—Meus dedos provam o batimento do coração suave da garganta enquanto sua respiração
se volta mais rápida. Chego a sua clavícula para rastrear os delicados ossos.
Suas mãos se cruzaram ao longo de seu corpo enquanto ele a dirigia, e ela queria que ele
soubesse. —Estou tocando a mim mesma, seguindo seus dedos.
—Bem. Estou cavando seus peitos. Não duro, a não ser com suavidade. Pode sentir?
—Sim. —sua voz soava entrecortada e emocionada aos próprios ouvidos, e baixava a seu
ventre com um crescente formigamento que crescia e se expandia. —Sente-se bem.
—Minhas mãos, fazem um círculo lento sobre os mamilos. Como se sente?
Ela imitou a sugestão do Mick, com o ritmo cardíaco acelerado, junto com seu fôlego. O
prazer radiava dela. —Meus mamilos estão duros.
—Estou beliscando-os ligeiramente.
—OH.
—Agora estou descendo. Até o peito e mais abaixo de seu ventre.

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Muito leves toques sobre seu ventre levaram a seu desejo a ficar de relevo. Não podia
esperar que seu toque viajasse mais abaixo.
—Estou te tocando entre as pernas. —A voz áspera fazia irrefutável sua excitação. —Está
molhada. Quente. Como se sente?
—Incrível. —Ela se atreveu a provar as dobras íntimas e colocou os dedos para encontrar a
umidade. —OH, sente-se bem.
—Molhada?
—Sim.
Ele gemeu brandamente. —Bem. Sim. —A respiração era mais rápida. —Estou deslizando
um dedo dentro de você. Não muito fundo, depois saio e toco o clitóris.
Sua descrição explícita teve um triplo efeito. A excitação, o assombro, a emoção de um novo
território. Sem duvidar ela se tocou, explorando-se, movendo-se sob suas ordens.
—Está se tocando, Celeste?
—Faço —se atreveu a dizer. —E você? Está se tocando?
—OH, sim.
—Onde?
—Estou acariciando meu pênis.
Uma visão da mão acima e abaixo de sua carne enviou um raio de excitação rápida que
zumbiu em seu estômago.
Ela acariciou o clitóris, encontrando o ritmo adequado para intensificar seu prazer. —O que
está fazendo agora?
—Estou trabalhando até que minha boca te toque. Até que possa te lamber.
—OH, Deus, Mick.
—Humm, sim.
Eles ficaram em silêncio, exceto pelas respirações apressadas e exclamações de alegria.
Retorcendo-se sob o próprio toque, estremeceu na borda. Mais rapidamente do que podia ter
imaginado, seu corpo estava selvagem.
—OH, Mick.
—Solte-se . —A voz traiu seu prazer, dura e áspera com a necessidade de seu desejo. —
Deixe ir, mel. Só deixe ir.
Ela se retorceu, ofegou. Manteve o telefone à orelha, precisava ouvir seu prazer
desenvolvendo-se. Tremendo, chegou ao topo. Um suspiro escapou da garganta, um afloramento
rápido que a torturou até que a rompeu em pedaços pequenos. Gritou.
Através do telefone escutou seu gemido quando ele chegou a seu clímax. Os elementos
animais nos sons causaram uma sensação renovada girando em seu ventre. Um gemido gutural
rugiu da garganta. Como se tivesse vivido em um sonho, com seus pensamentos flutuando no
prazer, na sorte momentânea que não podia durar, mas que nunca esqueceria.
Um sorriso iluminou seu rosto. —Foi bom para você?
Ainda ofegando, disse, —Maldição. Sim, foi. —Riu. —Como foi para você?
—Foi... Não sei o que dizer. Incrível. Nunca tinha considerado... bom, estou sem palavras.
Sua gargalhada fez novas coisas em seu sistema, lembrando-a da felicidade de segundos

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atrás, nunca imaginou que responderia tão fácil a um homem como fazia com Mick.
—Estar sem palavras é um bom sinal, —disse.
O prazer continuava através de seu corpo e mente, como um céu que se negava a abandoná-
la. —O que passa depois?
—Tenho que pôr meu traseiro em movimento e tomar banho.
—De volta ao trabalho?—Sua voz estava tinta de lamento.
—Temo-me que é assim. Mas estou desejando que chegue amanhã de noite. Recolherei às
cinco e meia, certo?
—Certo.
—Será melhor que vá, Celeste.
Com um suspiro, ela disse: —Até amanhã.
À medida que desligava o telefone sem fio, jazeu na escuridão, tocada pela lua prateada
brilhando fora e atirando do mistério da noite. Uma capa mais de seu segredo entre ela e Mick se
separou e desapareceu essa noite.

Darrell despertou de um longo cochilo no quarto de hotel. Ficar acordado até tarde não fazia
parte de sua rotina, mas o que precisava fazer em Gold Rush não obedecia a padrões de sono.
Assim sendo, adequar seu padrão de sono fazia parte do plano. Deitado de costas olhando para o
teto descascado, o nariz se contraiu em desgosto. Um borrão deixava os cantos do teto mais
escuros. Uma mancha marrom, e não demorou muito em pensar o que tinha causado. Seu talento
de observação trabalhava para ele, entretanto, não devia perdê-lo em ridículas aventuras.
Precisava enfocar-se na tarefa que tinha entre mãos.
Fazer Celeste Rice vir até ele procurar ajuda.
Ela viria quando reconhecesse o talento dele que ela fazia questão de ignorar. Durante
esses dias ela fornicou com o policial. Ele esperava que essa safadeza acabasse cedo.
Não. Não ele não esperava isso. Ele apertou os dentes e observou a semiescuridão da
manhã, procurando um vão entre as cortinas verde oliva e as travas que lembravam uma prisão,
querendo abri-las e contemplar a liberdade.
Desde que chegou a este hotel, ou talvez antes mesmo de desembarcar em Denver, ele
sentiu uma mudança acontecendo. Em sua antiga vida, algumas semanas atrás, sua meta teria
sido ajudar outras pessoas verem o caminho de saída de sua doença mental.
Agora? Ele parou de tentar iluminar aqueles que se recusavam a ver a verdade. Algumas
pessoas de sua profissão diziam ter o remédio para a loucura, lucrando com livros e fitas de
autoajuda. Todos mentiam. Agora compreendia o fato e se divertia com isso. Se não havia luz, ou
escapatória da verdadeira escuridão, então talvez fosse melhor sucumbir.
Ele planejava.
Abrir ou não abrir as cortinas?
Não. A luz não faria. Como psicólogo ele vagou nas mentes de incontáveis monstruosidades,
de fato se lembrava de muitos. E todos eles tinham uma aberração em comum, sem exceção.
Eles amavam a escuridão. Viviam dela.

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Frequentemente viviam em circunstâncias quietas, isoladas. Muitos dos loucos que ele
tratou se drogavam para mascarar seus demônios, não percebendo que eles mesmos se deixavam
mais vulneráveis ao mal sob a influência de substâncias que alteram a mente. Eles enchiam a
cabeça de tristezas e desgraças e com pensamentos sobre o fim do mundo. Eles não viam a luz à
espera deles. Ele descobriu que a escuridão atraía, se entregou a esse mal no quarto do hotel e
ficou preso a ele como super cola.
Disse a muitos deles para abrirem as cortinas e deixarem a luz entrar. Qualquer coisa para
retornar o equilíbrio dos corpos e almas. Poucos o escutaram.
Agora ele sabia, sem dúvida, aquele que quisesse convidar a escuridão, deveria deixar as
cortinas fechadas e se entregas as sombras. Logo teria um livro maravilhoso à mão, um criado com
os próprios pensamentos. Na noite anterior ele escreveu dúzias de páginas. À mão. A abordagem
antiquada libertou pequeninas bestas do inferno para agirem na área primitiva de seu cérebro.
Ideias tumultuadas empurravam e gritavam até serem vomitadas na página em desordem.
Não importa. Depois que vomitasse o veneno, ele organizaria e editaria. Quando terminasse
o livro nenhuma editora resistiria ao que ele tinha a dizer. Dariam um contrato sem hesitar.
Acordado o suficiente para deixar a cama, ele se apressou em se vestir. Hoje à noite ele
daria um presente a sua querida e veria como ela reagiria às sombras, ele iria visitá-la. Ele sorria
ao sair do quarto para tomar o café da manhã e encontrar uma loja de penhores.
Depois de um longo café da manhã, ele guiou pela rua principal até encontrar uma
segunda que levava a uma loja de penhores que ele achara na lista telefônica. Não estava disposto
a pedir a informação na recepção.
Ele deslizava no tráfego, ficando abaixo do limite de velocidade, saboreando a emoção
excitante que pulsava como uma coisa viva sob a pele. Ele parou no estacionamento da casa de
penhores. Notou a falta de carros em frente à loja. Bom. Quanto menos pessoas o vissem
melhor.
O responsável pelo pequeno estabelecimento olhou Darrell de cima abaixo com uma
expressão peculiar, como se acreditasse que Darrell não se encaixava nesse lugar, o que era certo.
Mas não estava se preocupando muito, ele teria concordado. Para misturar-se com a escória tinha
que ir onde ela estava.
Ignorando as perguntas intrusas do vendedor, e pegou uma quantia significativa na carteira.
O homem calvo atrás do balcão coçou a testa com as unhas sujas.
Repugnante.
—Depende, —disse a escória do esgoto.
Darrell contou as notas uma a uma e os deixou cair no cristal, enchendo o balcão. —
Depende disto?
O homem assentiu. —Isso será suficiente. Que tipo de arma tem em mente?
—Algo que faça um grande buraco.
O homem se mostrou cético. —Quanto dinheiro tem?
Darrell entregou o homem algumas notas.
—Isto não é suficiente para algo que faça que um grande buraco, —disse o homem. —Aqui
há uma calibre vinte e dois. Isso é suficiente para a maioria da gente.

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Darrell suspeitou que o homem possuía armas mais feias, mas talvez não queria vender a
alguém que se vestia como Darrell, ou que parecia normal. Maldição! Teria que ter usado roupa
destroçada. O cara provavelmente pensava que era polícia.
Saiu da loja, com a pistola assegurada em uma bolsa de papel. Uma vez no carro guardou a
arma no porta luvas longe dos olhares indiscretos. Quando se voltou no carro e se afastou da loja,
elogiou o ardor poderoso do dono da casa de penhores. Depois de tudo, deu a Darrell uma
ferramenta de destruição.
De volta na Rua Principal, Darrell riu de sua inclinação para o mal. Não levou muito tempo,
mas sabia que as sementes germinaram desde o começo. Tinha nascido dessa forma, e, portanto,
encontrou-se indefeso contra o mal.
Suspeitava que se desse a oportunidade, mesmo o angélico polícia SWAT de Celeste poderia
converter-se em um jogador escuro se era necessário. Desde que chegara ao Gold Rush, a emoção
do Darrell parecia estar ilimitada. Quanto tempo poderia aguentar? Perguntou-se, Quanto tempo
mais poderia esperar que a loucura final saísse e tomasse?

Os músculos de Mick queimavam enquanto ele forçava o corpo a passar pelo forte
treinamento de aptidão física que a SWAT exigia de seus oficiais. Sua respiração estava acelerada
enquanto ele corria na esteira, terminando os quatro quilômetros. Perto dele, o companheiro
Dace Banovic usava o banco de apoio para levantar peso enquanto outro oficial o ajudava.
Craig entrou na sala de treinamento, e Mick terminou a corrida em tempo recorde.
Ofegante, ele desligou a esteira. Ele terminou sua rotina de esteira e pesos em um turno. E
achou que isso funcionou bem pra ele.
Seu irmão Trey entrou de short e camiseta gastos, pronto para treinar.
—Hey, irmão mais velho o que acontece?
—Terminei. Vou a casa, dormirei um pouco, depois sairei a El Rendez-vous para meu
encontro desta noite.
Craig pôs as mãos sobre seus quadris. —Tem um encontro?
—Boa tentativa.
—Com quem? Com Stacy Jackson?—Craig perguntou enquanto estava estendido sobre um
tapete antiderrapante e trabalhava nos abdominais.
—É óbvio que não. Isso foi há meses.
—Sim, eu diria que qualifica apenas como um ponto no radar. —A declaração de Craig foi
banal, como se estivesse falando das condições meteorológicas.
—Sairei com Celeste.
Trey fez um gesto duplo. —O que?
Limpando o rosto suado com uma toalha, Mick lançou ao irmão um olhar sarcástico. —
Celeste Rice está saindo comigo.
As sobrancelhas escuras de Trey arquearam. —Nunca disse nada de sair com ela de verdade.
Quero dizer, sei que está interessado nela. Sempre foi assim.
Mick murmurou. —Não, não foi sempre assim.

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Trey deu um passo à esteira que Mick desocupou e pôs em movimento a máquina.
Começaria uma corrida leve.
Craig seguiu com seus abdominais, um trás do outro. —Pensei que disse que ela não queria
ter nada que ver com você e seu trabalho.
Mick disse isso, mas não queria admitir. —Uma parte dela diz. A outra parte me deseja.
Ah, Merda, isso soava arrogante.
Trey começou a rir, balançando os braços enquanto trotava. —Muito ego?
Mick pendurou a toalha ao redor do pescoço e aferrou os dois extremos. —É mútuo. A
atração, refiro-me.
Merda, nunca se sentiu menos eloquente em sua vida. Cristo, Mick, estava em apuros.
—É uma espécie de mulher para o curto prazo?—A pergunta do Trey manteve um tom
duvidoso.
—Cuidado, irmão, —disse Craig.
—Por quê?, —Perguntou Mick.
Trey negou. —É o último homem que conheço que deixaria uma mulher entrar em sua pele.
—Celeste não me distrai muito. —Ouviu sua própria negação e quase se afogou com as
palavras. Não mentia. Ou ao menos não estava acostumado a fazê-lo. Por que, então, a merda que
saía da boca soava menos como a verdade a cada momento?
Seus pagers soaram.
Craig se sentou. —Merda.
—Bolas nas paredes, meninos, —disse Dace enquanto ficava de pé.
Trey gemeu ao desligar a esteira. —Não queria me exercitar de todos os modos.
Mick se moveu à porta. —Não me foda. A oportunidade é impecável.

O telefone de Celeste tocou perto das três enquanto tinha dois vestidos sobre a cama, sem
saber qual escolher.
Correu ao criado mudo e pegou o telefone. Quando respondeu, a estática crepitou em sua
orelha. —Alô?
A estática soou mais forte. Sua pele se arrastou junto com ela. Darrell?
A voz de Mick entrou na linha. —Hey, Celeste. Sou Mick. Estamos atendendo uma chamada.
Espero que a situação seja fácil, mas se não...
—Não espero por você?—Ouviu o sarcasmo em sua voz e estremeceu. Rapidamente
suavizou seu tom. —Está bem, Mick. Ficarei aqui em casa e se tiver a situação sob controle as
cinco, não cancelarei as reservas do jantar. Parece justo?
Soando um pouco surpreso de sua declaração, limpou a garganta. —Sim. Isso funcionará.
Ligarei mais tarde.
Ela desligou e ficou olhando os vestidos em sua cama. Bom, ao menos agora provavelmente
não teria que escolher nenhum.
Primeiro Celeste deixou que a decepção invadisse. Fechou os olhos. Uma vez mais, seu
trabalho se interpôs em seus planos. Respirou fundo e tratou de frear sua tumultuosa reação.

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Aceita o que faz, ou não.


Como administrar isso? Ela odiava confusão, especialmente quando seus sentimentos por
ele não diminuíam uma vírgula. O que fazer agora? Fazer a janta de esquecer a emoção que sentiu
todo o dia? Outras mulheres viviam com as mesmas decepções quando se relacionavam com
policiais. Uma mulher que amava um homem da lei não podia ter dor de barriga com o seu
trabalho e esperar que o casamento fosse suave como seda. Ela esfregou as mãos no rosto.
Certo, o que fazer agora? Pendurou os vestidos no armário e voltou para o quarto. Ler um
livro relaxante pode diminuir a ansiedade. Eu espero.
Ela quase deitou na cadeira com um copo de chá quando o telefone tocou.
Pegou o telefone sem fio que estava na mesa de café, e automaticamente disse:
—Mick?
—Não, meu doce.
A voz de Darrell murmurou como uma brisa gelada sobre um lago tranquilo, quente,
incomodando-a com correntes tão escuras que estremeceu. —Darrell.
—Tem que esquecer esta relação com o policial. Ele é uma contaminação. Pertence a mim.
Só a mim.
A ira azedou o estômago e destruiu sua decisão de permanecer em silêncio.
—Quem te arruinou, Darrell? O que fez que um psicólogo em perfeito estado com uma
mente brilhante seja um doente filho de puta?
Sua risada foi suave e relaxada. —Está assumindo que necessitei ajuda para me converter
em algo mau, querida. Talvez estivesse ali todo o tempo, esperando a ser explorado. À espera que
o deixassem entrar.
Ela recordou uma conversa que teve com ele ao começo de sua curta relação. —Quer dizer
sua atordoada teoria de que os homens e as mulheres têm maldade neles desde o começo? Que
basta abrindo o mal e deixá-lo passar com o fim de usá-lo?
—Não esqueceu. —Sua risada enviou um calafrio que percorreu as costas e chegou
diretamente a maior parte de seus temores primitivos. —Tenho novas teorias e todas estão em
meu caderno. É incrível quão rápido estou enchendo as páginas. Mostrarei isso breve.
—Não quero ver.
—Por quê? Por que acha que sou um incoerente sem fim, um louco?
—Algo assim.
—Aí é onde se equivoca, Celeste. Demonstrarei isso a você e ao mundo. O mundo porá
atenção ao que tenho que dizer. De uma forma ou outra.
O mal-estar revoou em seu interior, estimulando pelo pensamento horrível de que pudesse
estar de pé junto a sua porta nesse momento. Ela saiu da cama e correu a fechar as cortinas do
andar de baixo. A tensão apertou os músculos enquanto subia as escadas.
—Está aí, Celeste?
—Estou aqui—Parou no quarto principal e olhou para a noite fora da janela. A escuridão
ameaçava, com a intrusão de seda convertendo as folhas de cor verde em tons escuros, e os
arbustos com formas indefinidas, ameaçadores. —Onde está?
—Perto. Muito perto.

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Heart of Justice 02

Sentir-se como uma heroína em um filme não combinava com ela. Endireitou sua coluna.
Cresce um pouco, Celeste. Agora não é o momento de se acovardar.
—Não acha que vou te dizer exatamente onde?—perguntou. —Só precisa saber que sempre
estou perto. Que te vigio.
Ele desligou o telefone.
Desligou e se sentou na cama enquanto uma ira inegável pulsava dentro dela. Não deveria
ter falado uma só palavra com ele, maldição.
O telefone tocou, e ela saltou.
Ela respondeu, com uma rajada de veneno puro estalando. —Darrell, deixa de me ligar!
—É Mick, meu bem. —A voz do Mick, tão profunda e tranquilizadora, apoderou-se da linha.
—OH, graças a Deus. —O alívio a percorreu. —Esse idiota me ligou de novo.
—Está bem?
—Sim. Estou bem. Pensei que estava atendendo uma chamada.
—Foi cancelada. O homem se entregou, antes que chegássemos lá. Agora a pergunta é,
ainda quer sair esta noite? Podemos recuperar nossa reserva.
—Sempre.

Capítulo Oito

Quando soou a campainha, Celeste teve um momento de pura inquietação de que Darrell
estivesse no exterior. Parou, com o coração golpeando contra as costelas. Jogou para trás a
cortina perto da porta e viu Mick. Deixando escapar um suspiro, abriu a pesada porta de madeira
com alívio.
Mick se via o suficientemente bem para comer com chantilly e uma porção extra de
cobertura de chocolate. Alto, moreno e devastador não definiria seus atributos masculinos. Seu
cabelo curto brilhava como um veludo escuro sob a luz ao entrar em sua casa. Os cílios grossos
acrescentavam aos já impressionantes olhos misteriosos. Seu casaco cor marrom de tweed de
esportes, com a camisa branca oxford, gravata marrom e calça escura o mostravam discreto, mas
formal.
A boca suavizou enquanto fechava a porta atrás dele e tomou a mão na sua. O calor alagou
os olhos enquanto seu olhar dançava sobre ela. Prendeu o cabelo em um coque. E um pouco
fluido, seu vestido vermelho de manga curta era simples, com decote em V, e alisava sobre seus
quadris até em cima dos joelhos. O olhar de Mick foi de aprovação.
—Deus, é linda. —Rouca, com uma promessa sensual, a voz sussurrou ao longo de seus
sentidos. Ele levantou a mão aos lábios e deu um beijo nos dedos. —Maldição.
—Obrigada. Está muito bonito.
Ele bufou. —Correto.
Ela puxou brandamente da mão do seu agarre. —Dê-me uma pausa, MacGilvary. Não sou a
primeira mulher que te diz como bonito é.

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Heart of Justice 02

Uma faísca entrou nos olhos. —Sim, é.


—Incrível. As mulheres do Gold Rush, no mundo, devem estar loucas.
—Ou talvez está louca por pensar que sou de aparência agradável.
Com espírito de jogar, colocou uma mão no centro do peito. —Bom, não é bonito. É
interessante. Diferente. —Ela se bebeu tudo o que o fazia especial para ela. —Seu nariz é um
pouco torcido. Lembrança quando o quebrou caindo do cavalo. Os lábios podem ser finos quando
está zangado, mas pelo resto estão bem. s maçãs do rosto são altos. Seu cabelo é rebelde, quando
não está tão curto. Eu gosto de curto. Dá-te uma vantagem extra...
Ele se moveu mais perto, com sua altura e tamanho capturando-a entre duas emoções.
Entusiasmo e uma sensação de proteção a seu redor.
Ele sorriu. —Espera até que diga aos membros de minha equipe que tenho vantagem.
Ela respondeu a seu sorriso. Ele tinha uma aura de perigo que o rodeava. Tudo o que podia
sentir agora era a excitação crescente, a necessidade de senti-lo.
—Você também tem o autoritarismo que vai bem sendo policial. Uma presença imponente,
etc., etc.
—Todas essas são faltas muito elevadas. —Mick deslizou as mãos ao redor de sua cintura. A
boca baixou à sua, e deu uma rápida carícia dos lábios contra os seus, cortando seu fôlego. Seu
coração golpeou como um martelo. —Melhor irmos.
O momento se rompeu, ela pegou a jaqueta e a bolsa do sofá.
Foram-se em sua caminhonete até o restaurante e no caminho mantiveram uma conversa
de temas cotidianos. O restaurante estava em uma rua lateral, com o ambiente rústico toscano
desgastado pelo tempo e um pouco abandonado. Dentro das paredes, entretanto, tinha uma
cozinha especial italiana que corria em círculos ao redor de outros restaurantes do Gold Rush. Os
carros enchiam o estacionamento.
Como um verdadeiro cavalheiro, Mick insistiu em abrir a porta para ela. Ela esperava passar
uma noite com ele e esquecer-se da ligação de Darrell.
A anfitriã os levou pela porta de entrada com iluminação tênue. O interior envolveu Celeste
em uma sensação de paz, a um passo onde a calma e a paz podiam prevalecer, a uma vila toscana
em condições com pouca luz, com cores quentes, com madeiras escuras, e ferro forjado. Depois
de que a anfitriã os levou a uma cabine grande e redonda, Mick se sentou perto de Celeste.
Um garçom anotou o pedido de bebidas, e se acomodaram em um silêncio cômodo.
—Passa algo?, —perguntou depois de um curto tempo. —Está muito calada.
—Estou relaxada. —Seu olhar penetrava todas as defesas até que baixou a atenção à toalha
branca para ganhar um pouco de distância. —Estou muito contente de que seu chamado fora
cancelado.
—Eu também.
A paz rodeava, com uma embriagadora mescla de atração lenta, queimando-a por Mick e
cômoda calma. Ela queria que durasse para sempre.
Deu-se conta de que a música de fundo era baixa, uma mescla exótica de música clássica e
new age. —Boa música. Mundana.
—Sexy.

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Heart of Justice 02

As sobrancelhas se levantaram. —Não esperava que você gostasse.


—Por que não?
—Sempre você gostou da música retro. Bon Jovi, The Rolling Stones.
—Ainda gosto. Mas quanto mais velho me fico, mais eclético se volta meu gosto. —Ele se
concentrou na piscada da vela no centro da mesa. —Talvez esteja crescendo.
Pouco tempo depois lhe perguntou: —Por que se ruborizou?
Ela o olhou com assombro. —Como pode ver isso com esta tênue luz?
—Estou muito atento.
—Sim que está. —Ela virou o guardanapo no colo. —Recordei a última vez que nos sentamos
em uma cabine como esta.
—Mmm. —A voz foi baixa, baixa até um secretismo que convidava a intimidades.
—Não me recorde isso. Não quer que me excite aqui? Salvemos isso dançando.
Decidida a jogar com ele, assegurou-se de sustentar o olhar cruzando a seu. Não era uma
tarefa fácil quando cada olhar dele, iniciava um motim de excitação. —Excita-te dançar?
—Aconteceu uma ou duas vezes.
Não gostava de imaginar outra mulher excitando-o e ser a destinatária de sua atenção. Já
veremos, MacGilvary. Queimar-te-ei até que esqueça a outras mulheres para sempre. O duende de
seu ombro, valente como o inferno, retirou-se. Poderia fazer esquecer outras mulheres? De
verdade desejava? OH, homem.
—Ouça, está em silêncio. Algo está errado. —Colocou os dedos na parte traseira do pescoço
e o esfregou. O prazer se bateu em um frenesi no estômago. —Está preocupada com a ligação de
Darrell?
Antes que pudesse responder, o garçom trouxe o merlot e a coca diet. Ela pediu um dos seus
favoritos —penne com molho de vodca, e ele escolheu lasanha. Uma vez que o garçom partiu, ela
tomou um gole vinho e o saboreou. Mick retornou seu contato no pescoço e ela estremeceu.
—Tem frio?
—Não. Sente-se... bem.
—Mmm. Tinha a esperança de que se sentisse melhor que bem. Agora me diga a respeito da
ligação.
—Nos podemos saltar isso até mais tarde?
Ele apertou os lábios com desgosto. —Celeste, esta situação me preocupa. Este cara não
desaparecerá.
—Não sei por onde começar. —Relatou detalhes da ligação. —Acredita que os humanos são
basicamente maus. Está cansado de tratar de deter o crescimento do mal, por isso está cedendo a
ela.
—Alguma ideia de quando começou a perder-se?
—Boa pergunta. Estou convencida de que era assim quando o conheci. É óbvio, não todo
mundo acredita que é um problema. Enquanto estive em Vermont, nossos amigos comuns
pensavam que eu estava reagindo de forma exagerada. Depois de tudo, ele é um psicólogo. E o
que se suas teorias forem tão escuras que raiam no oculto?

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—Vamos manter um olho nisso, certo? Se tiver medo em qualquer momento, chama-me.
Prometa isso Celeste.
Confortada, assentiu. A esmagadora presença masculina deu uma segurança que não podia
negar. Pode ser que fora uma falsa segurança, mas ela a apreciava, não obstante. —Prometo.
O silêncio entre eles se alargou enquanto desfrutava do vinho. Uma tensão subjacente
sempre vibrava entre eles, e não podia negá-la. A antecipação do que viria depois vibrava dentro
dela. Não podia esperar a ver aonde iriam depois daí.
Quando o silêncio se estendeu, ela olhou profundamente a taça de vinho. —Todos estes
anos passaram e nos jogamos muito de menos. Me ponha ao dia de sua vida.
Ele sorriu e se tirou a coca diet dos lábios. —Poderia dizer o mesmo de você.
—Eu te perguntei primeiro.
—Não sei por onde começar.
—Começa com... —Ela encolheu os ombros. —Sua família.
—Sabe tudo sobre minha família. —Ele se moveu mais perto. —Conhece nossa história, O
que terá que dizer?
—Mais. O que estiveram fazendo Craig e Trey?
—Direi-te isso, quando minha mãe nos convide para jantar amanhã, você gostaria de vir? Ela
disse a meus irmãos e a mim que utilizaremos a nova churrasqueira, o que significa que a
armaremos para ela. Craig e Trey estarão aí e poderá perguntar.
—Tem certeza que a sua mãe não se importará que me leve?
—Está brincando? Minha mãe te ama.
OH, se ele soubesse. Atreva-se a dizer. Seria a ruína de seu estado de ânimo tranquilo,
deliciosamente relaxado? Provavelmente, mas tinha feito um pacto consigo mesma quando se
aproximou no ginásio. —Sua mãe disse algo à tia Ginger que me deixou pensando. Depois que me
salvou desse idiota quando éramos adolescentes, e os policiais o levaram, minha tia foi a casa de
sua mãe, e eu insisti em ir com ela. Queria saber o veredicto e minha tia não me queria na
audiência. Suponho que pensou que estaria traumatizada ou algo assim.
Seu rosto se endureceu a uma pedra implacável. —Ficou o suficientemente traumatizada
quando o sacana tratou de te fazer machucar. —ficou rígido, com os olhos quentes com uma
advertência. —Quando te ouvi gritar e vi Cranston te pressionando e ainda por cima de você...
quando vi esse traseiro tirando-se seu... —Fechou os olhos por um momento enquanto dava uma
respiração profunda. Quando abriu os olhos, tampou a mão dela com a sua. Grande e um pouco
calosa, a palma e dedos representavam afeto e proteção como só Mick sabia dar. —O que
lamento é não ter chegado antes. Não tivesse tratado nada se tivesse estado ali.
O calor e a tranquilidade de seu toque esquentaram o coração. Ela baixou a voz. —Não pôde
ter sabido o que ia fazer. Ninguém poderia saber.
Os lábios se moveram em um suave sorriso. —Fez um bom trabalho te defendendo dele,
também.
Por um segundo, por um longo segundo, recordou ter arranhado a seu aspirante a violador,
de ter puxado seu cabelo, de ter dado um joelhada no estômago.

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Ela estremeceu enquanto lembranças feias floresciam a vida. Mick levantou a mão e a beijou
na parte posterior antes de soltá-la. —Tranquila, meu bem.
—Estou bem. Não sou das que seguem pensando coisas obsessivas uma e outra vez até que
seja tudo o que tenha. Mas sei que nunca poderei te pagar pelo que fez para me ajudar.
—Deus, Celeste. Não tem que me pagar. Qualquer homem teria feito o mesmo.
—Mas não qualquer homem o fez. Só você. Agora, a outros temas, —disse com alívio. —Irei
à festa de churrasco de sua mãe. Conseguirei estar à churrasqueira, também?
Ele encolheu os ombros, com um sorriso por completo soprado agora do rosto. —É possível.
Tudo vale na guerra. Mamãe é do tipo curioso.
—Hum.
—E evitou minha pergunta anterior. Por que acha que a minha mãe não gosta?
—A tia Ginger me disse que sua mãe me enviara uma advertência. Ela não queria que seu
filho se envolvesse com uma garota que causava problemas.
A boca do Mick abriu, mas não saiu nada, com os olhos perplexos. —Não posso acreditar
que mamãe disse isso.
—De acordo à tia Ginger, fez.
Seu cenho se aprofundou enquanto olhava o pão no prato. —Isso é uma loucura. Você não
causou meus problemas. Qualquer problema que tivesse foi por minha própria criação. Talvez sua
tia interpretou mal o que mamãe disse.
—Talvez.
—Não se preocupe. A mamãe adorará tê-la lá.
Celeste se perguntou, incerta.
Depois de um curto silêncio, disse, —Me fale de Vermont.
—Foi lindo. Eu adorava o outono. Mas não é Colorado. Colorado sempre será minha casa.
—Eu sinto o mesmo, mas eu gostaria de viajar mais. Minhas próximas férias serão a um
cruzeiro pela Alaska.
—Sozinho?
—Sim. Sempre quis ver Alaska, e não estou esperando a ninguém.
—Isso parece divertido. Ursos Kodiak e geleiras. Quando vai?
—Em dois meses. Alguma vez esteve em um cruzeiro?
—Não. Sempre quis ir ao Mediterrâneo, entretanto. Estou pensando no próximo ano.
Mick se voltou para ela, com seu braço abrangendo seus ombros. Ela se atreveu a olhá-lo,
com sua emoção crescendo.
—Celeste. —Seu nome soou como uma oração com a voz rouca. Os olhos, pálpebras
cansadas, ardiam. Movendo-se mais perto, sussurrou ao ouvido. —Volta-me louco. Não posso
deixar de te tocar.
Sorrindo com prazer, ela permitiu que sua mão caísse em sua coxa.
Ele ficou tenso, e um suave gemido saiu de seu peito. À medida que seu fôlego quente
soprava no ouvido, a língua deslizou através do lóbulo da orelha. Seu delicioso aroma, todo varonil
e sutil, envolveu-se a seu redor.
—Não vá ao Mediterrâneo sem mim, —disse.

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—Quer ver o Mediterrâneo?—Ela soava sem fôlego. Talvez um pouco emocionada.


—Não particularmente.
—Então, por que quer vir comigo?
—Para te manter a salvo.
Sua declaração primitiva, muito masculina a fez tremer deliciosamente com uma dança
através de seu corpo. Os mamilos se apertaram.
Apesar a reação primitiva do corpo, sua seguinte declaração chegou diretamente de sua
independência. —Posso cuidar de mim mesma.
Ele passou seu dedo indicador em cima da linha de sua mandíbula. —Sei. Mas há algo que
deve saber sobre mim agora. —inclinou-se para beijá-la suave, docemente. —Desde que te vi pela
primeira vez, quando éramos crianças, houve algo em mim que quis te proteger. Sempre foi assim.
—É protetor com todas as mulheres em primeiro lugar.
Seus lábios se torceram. —Sim. Mas há uma conexão entre nós que não tenho com
nenhuma outra mulher.
A emoção brotou, mas não quis ler muito em sua declaração. —Obrigada por cuidar de mim,
Mick. É o melhor amigo que uma garota poderia ter.
—Mas sigo odiando ir às compras e os filmes românticos.
Ela riu. —Não odeia os filmes românticos.
—Sou indiferente a elas.
Deu um golpinho no amplo peito, imóvel. —Você gostou de Monstros S.A?
—É um filme para garotas?
Ela moveu as sobrancelhas. —Bom, suponho que não.
—O deixarei em paz.
—Senhor fã de Duro de matar.
Piscou um olho. —Que me demandem.
—Eu gostaria, mas eu gosto dos filmes de Duro de Matar, também.
A conversa girou sobre filmes e a eventos atuais, e adorou renovar seu conhecimento sobre
o homem que ele era agora.
O jantar chegou, e apesar da deliciosa comida, seus pensamentos se dirigiram várias vezes
direto a como se sentia ao estar com ele.
Saltaram a sobremesa e se dirigiram ao bar e à pista de dança, onde encontraram uma mesa
afastada. A barra vibrava com atividade, o ambiente do Velho Mundo, com luz tênue e elegantes
toques de latão polidos e veludo vermelho.
Enquanto estavam sentados na pequena mesa, acomodaram-se mais perto. A falta de
espaço impedia qualquer outra coisa. Um homem deu uma olhada de uma mesa não muito longe
da sua. Mick viu o homem ao mesmo tempo, e algo na atitude de Mick ou em seu olhar fez que o
homem se afastasse. Outro casal tomou a mesa.
—Conhecia-o?, —perguntou.
—Não. Eu não gostava da forma como te olhava, entretanto.
Ela sorriu e tocou o nariz jogando com seu dedo indicador. —Derrota sua jogada, senhor?

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Seu sorriso de volta não era de desculpa. —Não quero que tenha uma ideia equivocada,
Celeste. Não sou um desses homens Neandertais, que são tão possessivos que batem a qualquer
homem por te olhar. Segue preocupada por isso?
A desconfiança em seu tom e sua expressão lhe disseram que caminhava por uma fina linha.
A fragilidade governaria sua relação até que chegassem a um acordo com todo o relacionado com
ele... ou não. Se não, a relação se dissolveria.
—É um oficial de policial e defende a lei, não a rompe.
O alívio encheu seus olhos. —Bem. —Uma canção suave, lenta e sensual encheu o ar.
—Vamos dançar.
Enquanto ficavam de pé e tomou a mão e ela disse, —Pensei que odiava música lenta.
—É óbvio que não. De onde tirou essa ideia?
—Quando foi adolescente odiava.
—Não sou mais um adolescente.
Moço, ela sabia.
Mick e Celeste entraram na pista já saturada. Seu braço direito se adaptou as costas, e
tomou a mão direita com a esquerda. Seus corpos roçaram.
Ela se aferrou a seu ombro, sentindo a perda do equilíbrio. —Só uma advertência. Sou muito
malote no baile. Sou todos pés.
—Não acredito. Não pode ser verdade.
—Não estou de acordo, mas obrigado, amável senhor.
Sua risada suave soou perto de seu ouvido enquanto a atraía. —É tão bonita e inteligente, e
maldição, sente-se bem te abraçar.
Sua declaração reforçou sua confiança, e não pôde negar que se sentia maravilhosa.
—Adulador, adulador.
Sincera, seu olhar a esquentou. —Não é adulação. Digo a sério.
Ritmos suaves levavam sons sedutores e deliciosos. Parte do tempo ela manteve o olhar
sobre o ombro, seus olhos se fecharam sobre os dela, e o fator de calor se estendeu a um golpe de
coração, momento erótico. O braço ao redor dela se assegurou e o agarre firme, mas suave da
mão seguia apertando os quadris contra ele.
OH, isto é muito bom. Ele era tão duro, quente e forte.
Sua ereção pressionou contra o ventre, enviando calor a responder através do corpo. Seus
corpos fluíam juntos, e os movimentos peritos ajudavam a seus passos menos tutelados. Ao
mesmo tempo, não poderia dizer que a dança se fazia cômoda. Não, por certo. Som e textura e o
maravilhoso aroma do homem —tudo culminava em sua mente soprando sensações. Quando
voltou a olhar seus olhos, o calor latente assegurou que ele sentia cada toque de quadril contra
quadril, de peito com peito. Ele aconchegou a mão em seu peito, e ela acariciou a textura da
camisa, e por debaixo o batimento do coração constante e reconfortante do coração. Todos seus
músculos enviavam espirais endurecendo a excitação que era um redemoinho através do
estômago. Em pouco tempo outra melodia lenta, carregada de sexualidade encheu o ar. Eles não
deixaram a pista nem se afastaram um do outro.

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Balançando-se no ritmo com Mick, os braços de Celeste foram ao redor do pescoço, e o fluxo
carnal se agitou através dela em ondas de doce prazer. Os mamilos se apertaram e ficaram duros,
com o calor entre as coxas juntando-se em uma profunda dor por ser cheio. Seus batimentos do
coração seguiam o ritmo dos dele —ou parecia que assim era.
Ele falou em voz baixa no ouvido. —É minha imaginação ou faz calor aqui?
Celeste se afastou para trás o suficiente para olhar seus penetrantes olhos. —O ar
condicionado está em plena explosão. Acredito que somos nós.
Ele riu brandamente. —Sim, poderia ser.
Ela esperava que retrocedesse e a levasse a frente da pista de baile, mas Mick a lançou a
uma curva. Moveram-se com o baile lento seguinte e com o seguinte. Notou às mulheres ao redor
da pista de dança vendo a ela e ao Mick com inveja, como se o quisessem parceiro de dança. Ela
não podia culpá-las.
O corpo esculpido de Mick recordava a Celeste a um antigo guerreiro, e ardeu em desejo de
explorá-lo com seu tato, de ver o corpo completamente nu. Ele cheirava exclusivamente
masculino, um aroma quente e picante que jogava com seus sentidos e os levantava uma ardente
vida.
O que se sentiria ter cada molécula de sua atenção nela no dormitório?
Embora tinham começado a fazer o amor no quarto dormitório essa noite, entendia a
diferença entre então e agora. Então, tinha lutado contra seu prazer, com o corpo retrocedendo.
No armário o puro elemento proibido a tinha enviado ao clímax.
Queria chegar ao orgasmo com ele dentro dela. Com nada mais que entendimento e
abertura entre eles.
Tinham perdido sua mesa depois de várias danças, e a abarrotada sala se tornou asfixiante.
Ele olhou seu relógio. —É quase meia-noite. Será melhor que voltemos para casa.
—Prometo que não tenho toque de recolher.
Ele se inclinou a sussurrar em voz baixa no ouvido. —Talvez eu tenha. Descanso amanhã,
mas devo me encontrar com meus irmãos as 06 a.m.
—OH.
—Decepciona-se que não possa ficar mais tempo?
—Não é que possamos ficar aqui mais tempo. Está fazendo muito calor.
—Vou levá-la para casa.
Uma vez dentro do carro, ela se afundou em um silêncio cômodo. A noite os rodeava, e
durante todo o tranquilo passeio uma tensão vibrou. Não l importava que não falassem. Esse
silêncio se sentia mais íntimo e especial que qualquer conversa. Quando chegaram a casa, ele a
acompanhou à porta como em um encontro antigo.
Ela deu um passo mais audaz abrindo primeiro a porta mosqueteira e a porta principal e
fazendo clique à luz. —Entrará um segundo e me dará a boa noite?
—Claro.
Dentro da casa, fechou a porta com um sorriso nos lábios. Sem duvidar, os braços ficaram ao
redor de sua cintura, e baixou a cabeça para tomar a boca em um beijo suave. Os braços foram ao
redor do pescoço e caiu no momento. Seus lábios a beijaram com honestidade e carinho, mas sem

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agressão. Ela o sentiu detendo-se, inseguro de sua resposta. Um beijo doce depois de outro
começou uma mais profunda, e mais acalorada resposta. Como as coxas caíram em uma espiral de
necessidade e calor, a ereção pressionou seu ventre como uma folha larga.
As mãos do Mick deslizaram sobre as costas com suaves, toque exploratórios.
A língua se afundou em sua boca com rítmicos impulsos que a levaram a mais sensualidade,
alagando a mente de Celeste até que não sentiu nada, exceto Mick. Seu coração pulsava com
força, o fôlego saindo rapidamente. Toda a noite tinha desejado isto, cada carícia, palavra, um
olhar, pareceu um prelúdio.
Mick se inclinou trás com um grito afogado, seus braços sustentando-a com força contra ele,
até tirando uma resposta das profundidades dentro dos desejos mais vulneráveis de Celeste. Com
olhos quentes com paixão, soltou-a. —Será melhor que te dê boa noite.
Seu peito subia e baixava como se tivesse estado correndo. Celeste sabia que Mick não
queria ir, e, entretanto se continha para dar o espaço que ele acreditava deveria ter.
—Mick...
—Shh. Agora não. Deixemos esta noite as coisas como estão e começaremos amanhã
frescos.
Exasperada, disse: —Não sabe o que vou te dizer.
—Temo-me que se me pedir que fique, farei. —Passou os dedos pelo cabelo. —Hey, se
Darrell te ligar uma vez mais, não fale com ele. Desliga o telefone.
Ela assentiu. —Sei.
A frustração marcou seu rosto, com cada ângulo e plano um testemunho de preocupação. —
Não há um inferno de muitas coisas que possamos fazer a respeito deste cara ou as faria. Sabe,
verdade?
—É óbvio.
Uma vez mais a atraiu para ele e provou seus lábios com um beijo rápido, sensível.
—Me chame se precisar. O jantar de mamãe é a noite de amanhã às seis. Ligo amanhã e
revisamos.
Ele se foi e ela fechou a porta de tecido metálico e a porta principal. Apesar das sensações
embriagadoras girando a seu redor dentro dela, não se sentia tão segura como gostaria sem o
Mick aí. Estremeceu e esfregou os braços. Avivada, apressou-se a acender mais luzes.

Darrell observava as manobras do policial em sua caminhonete pelo caminho que levava a
parte posterior da casa. Celeste não se deitou com o policial essa noite. Não, o policial não era do
tipo que fodia e fugia —pelo menos não se ajustava ao perfil de um homem que a protegeria
como um cão guardião.
Era uma pena que a espetada vivesse tão perto de Celeste. Fazia as coisas difíceis.
Lutar contra o homem por Celeste resultaria difícil. A adversidade alimentava os desejos do
Darrell, entretanto, e a ideia de lutar com um policial fazia que seu sangue corresse.
Darrell tinha sido testemunha da capacidade do policial de defender-se no ginásio durante a
demonstração de artes marciais. Pôs-se de pé na parte de trás levando um moletom com capuz

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para ocultar o rosto e sentindo-se como um adolescente rebelde. Também tinha observado a
expressão do policial quando abraçou Celeste pela primeira vez no ginásio. De surpresa, é óbvio e
de felicidade absoluta. O oficial tinha uma queda por Celeste.
Darrell deixou seu posto perto dos arbustos e abriu caminho para o lado da casa. O frio se
filtrou através da camisa militar. Tinha arrancado às mangas pelo que parecia com a proverbial —
Pega a sua mulher. —O traje ajudava a sua cobertura convincentemente. Monótono. Irregular.
Não muito limpo. Deixou-se crescer a barba, e devido a que crescia uniformemente, seu aspecto
desalinhado se acrescentava à atmosfera que queria projetar. Não tinha a necessidade de tingir a
barba —que já era grandemente mais escura que o cabelo da cabeça.
Permanecendo em cócoras, continuou fazendo seu caminho ao longo dos sebes grossos
para a parte posterior da casa. As pessoas disseram toda sua vida que tinha um aprumo incrível
para ser um homem grande. Com seu controle muscular vinha sempre seu orgulho maior por ter
obtido seu doutorado em psicologia. A mente e o corpo físico através do caratê o prepararam para
a batalha que se vinha.
Agora, sua missão era convencer Celeste de que tinha que compartilhar seu conhecimento,
que precisava abandonar suas definições rígidas da humanidade e do bem e do mal. Os humanos
tinham um longo caminho por percorrer antes de abraçar ao mal em sua totalidade.
Sua superioridade o alagou de prazer.
É por isso que precisa estar comigo. Seremos um. Um companheiro para meu plano de
levantar o mal completamente.
Enquanto abria caminho a sua casa, não escutou o latido de um cão. Bom. Do contrário, se
veria obrigado a matar um animal, e não queria fazer isso. Gostava dos animais o suficiente
enquanto não se interpusessem em seu caminho; reagiam de forma estranha a ele. Recordou o
pequeno pis, cão formiga, de Celeste e franziu o cenho.
Jessie tinha sido manejável para ser um miúdo pequeno. Matar ao cão não daria satisfação,
mas tampouco verdadeira dor.
Movendo-se pela parte de trás da casa, revisou cada uma das janelas para ver se tinha
deixado alguma cortina acima, mas não fez. A casa ardia com luz na planta baixa. Desafortunado.
Duvidava que tivesse um sistema de segurança, mas nesse momento não podia dizê-lo com
certeza. Não via nenhum adesivo nas janelas que proclamasse que estivesse protegido. Bem.
Perguntou-se quanto tempo passaria antes que apagasse todas as luzes da parte de baixo e se fora
ao piso de cima. Acomodou-se perto de uma roseira que o ocultaria se lhe ocorria olhar fora. Ao
pouco tempo fechou os olhos e sonhou o que sentiria quando cedesse a ele, quando permitisse a
seu coração abrir-se ao pecado residindo em seu interior. O prazer o endureceu imediatamente, e
apertou os dentes. A foderia em breve. Muito em breve.
Tal prazer devia esperar até que ela começasse a ver quanta razão tinha e renunciasse a sua
necessidade do policial. Logo veria a justiça de seu desenho para todo mundo.
O tempo passou em medidas dolorosamente lentas. Em pouco tempo só o vento agitava as
folhas de pinheiro e os álamos sem nenhuma indicação da vivida noite. Ao Darrell não importava
esperar. Passou uma hora. Então outras. As luzes ainda brilhavam na planta baixa.

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A irritação se reuniu em seu interior como um tornado que se aproximava. O que estaria
fazendo ali?
Transcorreram três horas e as luzes continuavam brilhando. Maldita. Maldita seja o inferno
que ela não tinha alcançado. A impaciência o desesperava. Talvez essa noite era muito logo.
Necessitava sua sensação de alívio e segurança na falsa crença que nenhum perigo podia tocá-la.
Deu uma respiração profunda, depois outra, zangado consigo mesmo por esperar muito,
muito em breve. Enquanto trabalhava seu caminho de volta a sua coberta, Darrell reconheceu que
precisava ser mais paciente.
Seguro de que tinha lutado com os demônios por um breve descanso, retornou à calçada e
perambulou pela rua como um homem em um inocente passeio. A lua estava sobrecarregada.
Quando chegou à casa do policial, as janelas olharam Darrell como os olhos de um demônio
escuro. Estremeceu. Uma deliciosa antecipação dançou em seu interior. A luta crescia, a
necessidade de matar algum dia afligiria seus últimos vestígios de decência. A eliminação do
policial resultaria mais fácil então. Mostraria a Celeste à forma em que resultaria ser mais doce
depois de que a morte do policial a deixasse vulnerável. Deteve-se na casa do policial.
Não havia, talvez, tempo como o atual.
Darrell se abatia sobre o precipício entre a ação e a inação, a decisão e a indecisão. O prazer
rodou sobre ele em ondas insuportáveis ao reconhecer a transição que ocorria cada vez que uma
barreira caía.
Manter o status quo ganhava sua breve guerra interna.
Suspirou enquanto seguia caminhando.
Logo, polícia. Logo.

Capítulo Nove

—Algo está errado, Mick?—O suave tom de preocupação de Arlene MacGilvary rompeu
através de seus pensamentos.
Mick focou sua atenção, surpreendido sonhando, ele se afastou das portas de vidro
corrediças que levavam ao pátio e a sua mãe. Ela trabalhava no balcão da cozinha com economia e
velocidade, e evidentemente despreocupada com a sujeira que seus filhos faziam com sua nova
grelha. Ela prendeu o cabelo em um coque alto, os fios prateados se misturavam ao dourado
natural. Aos cinquenta e cinco ela parecia mais jovem que muitas mulheres com a metade da sua
idade, ioga; ginástica e uma visão despreocupada da vida mantinham o rosto brilhando e seu
corpo esbelto. Homens com a metade da idade nela não conseguiam acompanhá-la, algo que
Mick e seus irmãos achavam desconcertantes. Ela usava um jeans cortado nos joelhos e uma
regata vermelha mostrando os braços firmes e bronzeados.
Ela o perscrutou porque ele não respondeu.
Ela o olhou fixamente quando ele não respondeu. —Mick, está bem?
Ele sacudiu a cabeça, quando queria assentir. —Sim, estou bem.

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Um ruído de repente e uma gargalhada de Craig e Trey mostravam que encontravam


divertido. Não era estranho, mas gostaria de poder sentir sua mesma facilidade.
Inclinou-se e jogou para trás uma cortina de cor amarela manteiga sobre a pia. —Que diabos
estão fazendo os moços?
—Armando a churrasqueira. Ou tratando de fazer.
—Enquanto não a rompam.
Ele se acomodou em um banco da mesa de granito do café da manhã. —Alguma vez
quebraram algo seu?
—Nunca, desde que eram adolescentes. Recorda o jogo de jantar que armaram para mim
quando seu pai estava fora da cidade? Estilhaçaram tudo.
Mick fez uma careta. Não queria recordar. —Não, não recordo. Estava na Bakersfield Juvenil.
Os olhos azuis nublaram com a lembrança, que com a mesma rapidez se apagou.
Ela suspirou. —Sinto muito, querido. Esqueci-me disso. —Dando outra respiração profunda,
continuou seu trabalho. —Agora, me diga o que acontece.
—Nada.
—Olhou seu relógio perto dez vezes nos últimos dez minutos.
—Celeste vem tarde.
—Deu uma hora específica para que chegasse?
—Ela disse que podia estar aqui às cinco. Deveria ter insistido em pegá-la.
—Ela tinha coisas que fazer, verdade? Estará aqui a qualquer momento. Não tomará muito
chegar aqui, quando tiver terminado.
Mick assentiu e seguiu o exemplo da mãe, dar uma respiração relaxante. —Tem razão.
Sua mamãe deu uma piscada. —É óbvio. Sou sua mãe.
—Ha, ha. —Sorriu. —Tem certeza que não quer que te ajude com... o que seja que está
fazendo?
—Salada de feijões. Não há nada pendente. Todo o resto está preparado. Obrigada por
trazer os pão-doces e os hambúrgueres.
—Quando quiser. Volto em seguida. —Impaciente, tirou o celular do cinto e saiu através da
grande sala e pela porta principal.
Ao diabo com isso. Abriu a tampa do telefone e ligou para Celeste. Não houve resposta.
Terminou a chamada. A tensão apertou os músculos das costas e pescoço.
Ouviu um motor de carro e viu o carro de Celeste rodando pela rua para ele a um ritmo
tranquilo. Toda a preocupação saiu correndo, substituída por alívio puro. Com a mesma rapidez,
sua irritação fez erupção. À medida que ela sorria e o saudava com a mão e se detinha no caminho
de entrada detrás de seu carro, olhou-a. Sua ira se intensificou. Queria estar zangado e bem e não
perguntar em onde toda essa angústia dilaceradora se originou.
Ela deixou o carro, com uma sacola de supermercado na mão. O sorriso em seu rosto
desapareceu. —Olá. —parou frente dele. —Passa algo?
—Sim, algo está errado. Chega tarde.
A bem-vinda de satisfação em seus olhos desapareceu. —Sei. Sinto muito. O tráfico era
terrível e subestimei a quantidade de tempo extra que me levou fazer minhas coisas.

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—Nunca chega tarde.


Seus olhos se ascenderam e congelaram conforme ela se irritava.
—Nunca é uma palavra forte. Todo mundo se atrasa ao menos uma vez na vida.
Mick viu o impacto do trem vindo, palavras ameaçadoras ameaçavam escapar e transforma
aquilo em um encontro explosivo. Reconhecer que estava descontrolado, tentou decodificar e
catalogar suas emoções para que fizessem sentido. E falhou miseravelmente.
Ele esfregou a mão pelo rosto. —Olhe, eu...
Ela caminhou direito passando-o enquanto sua mãe abria a porta. —Vamos mel, não deixe
que te entretenha aí fora neste sol.
A resplandecente Arlene se dirigiu a ele, dizendo que ou tinha ouvido o que dissera a Celeste
ou adivinhava seu conteúdo. De qualquer forma, estava fodido. Às vezes, gostaria de poder
esmagar sua tendência a atuar precipitadamente. Claro, podia esperar ter seu ponto durante cem
anos por uma situação de reféns. Por que não fazia com as relações? Aprende um pouco de
delicadeza de merda, MacGilvary, antes que Celeste te diga que vá permanentemente ao inferno.
Inferno, que de todos os modos poderia. Seguiu Celeste ao interior, enquanto saudava sua
mãe com verdadeiro prazer.
Depois que Arlene abraçou Celeste e conversaram como velhas amigas, Mick as seguiu à
casa.
—O que tem aí?—Sua mamãe pegou a sacola de Celeste.
—Chardonnay e bebidas não alcoólicas.
A porta do pátio estava aberta e Trey e Craig entraram com um sorriso de idiota em seus
rostos. Cumprimentaram Celeste como se não a tivessem visto em anos, com Trey burlando-se
dela com sua marca de humor e um grande sorriso rompendo-se no rosto do Craig geralmente
estoico. Mick invejou a facilidade de irmãos com Celeste.
Mick ficou no fundo enquanto os irmãos e a mãe a monopolizavam.
Levaram-na a pátio, onde Craig e Trey tinham terminado de armar a churrasqueira.
Reuniram-se ao redor da grande mesa retangular, à sombra de um grande guarda-chuva que
minimizava o ardente sol do verão. —Quer algo de beber, Celeste?—Perguntou sua mamãe.
—Água está bem. Tenho sede.
Trey saltou à geladeira e tirou uma garrafa de água para ela antes que Mick pudesse abrir e
fechar os olhos. Mick quis estrangular o ciúme que seguia de perto os passos de outras emoções
que o agarravam em um vício. Maldição, queria sua atenção, queria selar sua propriedade sobre
ela com uma ferocidade que se assentava nas vísceras e não cedia.
De onde vem isto MacGilvary? Consegue seu controle.

Não deveria estar ciumento por um gesto cortês. Trey não se moveria para Celeste. Não?
O equilíbrio do Mick se voltou louco. Tratou de recordar se a cobiça tinha afetado alguma de
suas relações com mulheres antes. Não. Nunca. Bom, talvez de adolescente, mas certamente não
como adulto.

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Atuar como um imbecil não te levará a nenhuma parte, a não ser a casinha do cachorro, e
assustará a Celeste. Mais que molesto consigo mesmo por permitir que suas emoções fizessem
caso omisso de sua estabilidade, deu-se conta de outra coisa.
Estava cagado de medo.
Uma mulher nunca o assustara ou intimidara tanto como esse aspecto frágil, muito feminino
dela. Queria agasalhá-la, levá-la a um lugar seguro, e nunca permitir sair de sua vista. Jesus,
precisava examinar a cabeça. Um doutor deveria fazer uma ressonância magnética e descobrir por
que cambaleava na borda de agir como um homem das cavernas frente a sua família e a Celeste.
Assustou-se tanto, que quase grunhiu a seguinte declaração. —Vou pelos hambúrgueres.
Pisoteou à cozinha, consciente de que todos o olhavam com expressão variável de
perplexidade e diversão.
Trey o seguiu e procuraram no refrigerador os hambúrgueres, os cachorros quentes e o
frango, Trey falou. —Hey, irmão que diabos passa contigo? Está grunhindo e grunhindo como um
velho. E o que disse a Celeste? Ela parece assustada.
Isso foi suficiente. Celeste tendo medo dele?
Com as mãos cheias de comida, Mick disse: —Sei. Só tenha paciência comigo, certo?
Necessito uns poucos minutos. Pode levar estas coisas fora? Estarei ali em uns poucos minutos.
Trey pôs uma mão sobre o ombro do Mick. —Claro. —Trey sorriu. —Se não tomar cuidado,
será evidente para todo mundo o que está acontecendo contigo.
Mick quase grunhiu suas seguintes palavras, também. —De que demônios está falando?
—De Celeste e você. Comporta-se como um cão de guarda. É uma garota grande, lembra?
Mick o olhou. —Sim, sim, sei.
—Está bem?
Mick sorriu com um sorriso forçado. —Sim. Eu só... —encolheu os ombros. —Dê-me uns
minutos.
Trey franziu o cenho, o que disse a Mick que sua resposta não o satisfez, mas pegou a carne
das mãos de Mick e se dirigiu ao pátio.
Mick foi ao banheiro, lavou as mãos e se jogou água fria sobre o rosto. Era tempo de
encontrar um pouco de perspectiva. Depois do jantar arrancaria Celeste e pediria desculpas. Se
aceitava sua desculpa teria tido muita sorte.

—Sabe como disparar uma arma de fogo?—Perguntou Mick a Celeste, enquanto estavam
sentados ao redor da mesa do pátio tomando bebidas frias.
Trey e Craig estavam sentados a cada lado dela, e Mick estava sentado frente a Celeste.
Repletos de comida, ficaram fora para desfrutar do pôr do sol.
A pergunta de Mick pegou Celeste com a guarda baixa, mas se apressou a responder. —Não.
—Temos que conseguir te treinar. —Trey abriu a parte superior de uma lata de bebida de
chá verde e tomou um gole. —Mamãe sabe como manejar uma arma.
Celeste não gostava do som disso, com o estômago atado com a só ideia de tocar uma arma.
—Não preciso saber como disparar.

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Lá estava. Um não definitivo deveria desenganá-los da ideia. Uh, correto. Quando esses três
teimosos homens têm uma ideia na cabeça, mantinham-se fortes nela até que a gente ao redor
deles cedia à pressão.
—Deve aprender, —disse Craig, com a voz como um professor de escola e autoritário.
Arlene levantou uma sobrancelha avermelhada enquanto ela estava estendida em uma
espreguiçadeira junto à mesa retangular. —Não deixe que estes meninos te torçam o braço se não
está interessada, Celeste. São muito agressivos às vezes.
—Algumas vezes?—Perguntou Celeste.
—Nós?—A cara de Craig se torceu com incredulidade. —Não somos.
Os lábios de Arlene franziram. —Os três esperam muito de vocês mesmos, e como
resultado, acreditam que outros devem recalcar seus mesmos ideais.
Trey deslizou na cadeira até que sua cabeça descansou no respaldo. —Culpado. Sigo
pensando que deveria aprender a disparar.
Celeste se retorceu, consciente da observação cuidadosa de Mick a todos seus movimentos.
—Meninos, são policiais. Escutaram as estatísticas que dizem que muita gente se mata com as
próprias armas em uma casa por alguma invasão ou roubo.
Mick se levantou, estirando os braços no alto e alargando seu torso já alto. Gemeu enquanto
fazia. —Ela tem razão.
Não esperava que Mick estivesse de acordo com ela, e Celeste se voltou para ele com um
sorriso. —Você concordou.
Mick sacudiu a cabeça enquanto baixava os braços. —Mas meus irmãos têm razão. Veem ao
campo de tiro comigo e toma algumas lições.
Com um ruído de brincadeira, Celeste disse, —Não acredito.
Arlene levantou o copo de vinho branco em uma saudação. —Saque as armas, Celeste, se
não quiser fazer.
Trey fez um gesto de apontar e disparar a uma mosca molesta que aterrissou na mesa frente
a ele. —Poderia conseguir uma calibre vinte e dois e tomar uma aula só para te assegurar de que
compreende o manejo das armas.
Celeste ressentiu a pressão e cruzou os braços com o desafio. —Não sou de gastar dinheiro
em uma arma de fogo. Necessito todos meus centavos extras para renovar a casa.
—Não é uma boa desculpa, —disse Craig. —Mick, não tem um vinte e dois que pode
emprestar?
Os olhos de Mick se iluminaram. —Não, mas conheço alguém que tem. A esposa de Dace,
Mary aprendeu com uma vinte e dois?
—Não. —A pressão aumentou na garganta de Celeste. —Não farei.
—Meninos, é suficiente. —A voz de Arlene subiu ligeiramente. —Deixem-na em paz.
Como meninos de escola castigados, separaram-se do tema, bem a tempo para Celeste.
Mais tarde, enquanto ajudava a lavar os pratos para Arlene, os homens limpavam a
churrasqueira. O bate-papo brilhante de Arlene assegurou Celeste não obcecar-se muito sobre
como Mick lançou um olhar de desaprovação nela antes e como os homens insistiram que

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aprendesse a disparar. A irritação inicial de Mick desapareceu? Parecia mais tranquilo, mais alegre.
Ela estava mais que feliz de que tivesse perdido sua atitude.
Não ficava com raiva ou o mau humor de um homem sem uma explicação.
Especialmente não de Mick, que sempre mostrava uma estabilidade dura como uma pedra a
cara dos conflitos e incertezas. Se não podia contar com Mick para manter o navio estável, com
quem poderia contar?
—Encontra-se bem, meu bem?—Perguntou a voz clara e cristalina de Arlene.
Celeste pegou o copo da mão de Arlene e o secou com uma toalha suave e macia. —Estou
bem.
—Estava um pouco sonhadora. Está tudo bem?
Celeste deixou o copo dentro do armário. —É óbvio. Isto foi muito divertido. Obrigada por
me ter convidado.
—É bem-vinda em qualquer momento.
—Tenho que admitir que estava um pouco... medrosa de te visitar. —Aí está, disse.
—O que?—Os olhos de Arlene se estreitaram com preocupação. —Por quê?
—Lembra-se quando Mick foi detido por golpear a esse moço que tratou de...? —Um vulto
voltou para a garganta. Que tratava de sabotá-la quando as emoções se voltavam muito
entrelaçadas.
Arlene tirou as luvas de borracha e as colocou ao lado da pia. Voltou sua atenção a Celeste.
—Como poderia esquecer?
—Sinto muito, foi uma tolice perguntar. É óbvio que se lembra. Tia Ginger me disse que não
queria que Mick me visse mais.
Arlene suspirou, com a verdade em seus olhos para quem queria olhar. —Não, Celeste. Não
disse isso. Embora não podia tolerar que meu filho tivesse golpeado a um homem a uma polegada
de sua vida, compreendi por que Mick fez. Justice entendeu, também. Ambos nos demos conta de
que se Mick não tivesse estado ali para tirar esse menino... —Sua voz se desvaneceu.
—Mick utilizou tal violência. Estava tão fora de controle.
Os olhos de Arlene se suavizaram quando apertou o ombro de Celeste com suavidade. —
Meu bem, disso se trata. Mick se deteve. Recuperou o controle. O mesmo controle fenomenal que
usa agora para fazer seu trabalho. Acredito que o desejo de servir e proteger de Mick estava desde
o começo. Justice teve uma grande quantidade de influência sobre ele, entretanto. Pode ser parte
disso por que Mick pôde deixar de golpear a esse menino antes que fora muito tarde.
Celeste podia ver isso. —Não tenho nenhuma dúvida. Justice era um bom homem.
—Justice reconheceu todas as grandes qualidades do Mick e dos outros moços. Necessitava-
se um pouco de guia para moldá-los em homens de verdade.
Celeste pressionou os ombros da mulher mais velha em troca, e então se soltaram. —Não
sei por que minha tia me mentiu a respeito do que disse.
—Talvez pensou que meu filho era uma má influência para você.
—Como poderia ser? Salvou-me de uma violação.
Arlene mordeu o lábio inferior entre os dentes por um momento. —Sim disse algo mais e
talvez por isso Ginger sentiu que tinha que mentir.

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O temor feriu uma trajetória sólida através de Celeste.


Arlene se apoiou no balcão. —Sua tia estava terrivelmente consternada pelo que aconteceu,
é óbvio. Disse que necessitaria acompanhamento depois de algo como isso. Que ela precisava
conseguir ajuda para você.
—Fiz. Tia Ginger se assegurou disso.
—Estou contente. —Uma expressão encantada entrou nos olhos de Arlene. Olhou pela
janela a seus filhos, que falavam e riam, enquanto limpavam. —Há algo que te devia dizer faz
anos, antes que te afastasse de Vermont. —Arlene baixou sua voz. —vamos sentar-nos.
Acomodaram-se no grande sofá azul da sala de estar da cozinha e a tensão subiu dentro de
Celeste.
Arlene limpou a garganta. —Não há uma maneira fácil de dizer isto, assim vou cuspir.
Quando tinha dezessete anos fui violada em um encontro.
Celeste colocou a mão na boca enquanto um choque a golpeava. —OH, Meu deus.
As lágrimas brilharam nos olhos de Arlene. —Dissemos a Mick o que me ocorreu quando
estava a ponto de fazer doze anos. Queríamos que entendesse que nunca estava bem tratar às
mulheres dessa forma. Estou certa que se acrescentou a sua fúria quando esse menino veio atrás
de você. Acredito que alimentou seus punhos. Dava-me de chutes todo este tempo por não ter
dito há faz anos, porque vejo algo em seus olhos quando olha a Mick. —Arlene se inclinou para
Celeste, e a verdade nos traços saltou à vista. —Sou boa lendo às pessoas. Vi como olhava meu
filho quando era apenas uma adolescente. Sei que estava apaixonada por ele. Sei que tem
sentimentos por ele agora.
O calor subiu à cara de Celeste; negar a avaliação de Arlene não serviria para nada. —Tinha
sentimentos por ele, então. Ainda os tenho.
—Acredite, normalmente não interferiria nas relações de meus filhos. São homens adultos
com uma vida cheia por conta própria. Mas não vejo a forma como Mick é com você. Algo o está
comendo. Disse-nos que há um maldito à espreita para que soubéssemos de antemão. Suponho
que o que estou tratando de chegar é a que... Falei-te de minha violação, porque quero que saiba
que pode falar comigo em qualquer momento. Além disso, acredito que poderia haver uma parte
de você que teme Mick.
Celeste quis negar seu medo. Queria abraçar a sexualidade de Mick e a sua própria sem
olhar para trás, ao passado. —Talvez tenha, tão irracional como parece.
—Ele é muito agressivo em uma situação de vida e morte, e está tentando proteger às
pessoas. Mas tem que saber que nunca te faria mal.
Celeste assentiu enfaticamente. —Sei. Seu trabalho às vezes me assusta mais que qualquer
outra coisa. —Voltou o olhar para as janelas da frente, onde o sol se inclinava em um último
intento por iluminar a sala antes que a noite envolvesse a casa. —Como suporta? Como suportou
quando Justice ia trabalhar todos os dias para os SWAT e não sabia se ia...?
A expressão triste de Arlene esclareceu quando tomou as mãos de Celeste nas suas. —
Justice morreu fazendo o que amava. Sim, queria mais tempo com ele. Muitos, muitos anos mais.
Mas não teria trocado o tempo que tive com ele por uma vida sem tê-lo conhecido.

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Um vulto traiçoeiro aumentou na garganta de Celeste até que se fez muito grande para
suportar. Duas lágrimas desceram pelas bochechas, e ela tirou as mãos das de Arlene. Celeste
limpou as molestas lágrimas e inalou enquanto sorria. Algo brilhante e esperançoso se ampliou no
coração que não tinha residido ali um minuto antes.
—Obrigada por me dizer tudo isto. Poderia tomar sua oferta de falar alguma vez.
Arlene apertou a mão de Celeste. —Em qualquer momento.
Os homens entraram na cozinha e à sala principal e silenciaram à conversa.
—Por que as caras tristes?—Perguntou Trey, com seu sorriso muito amplo, com sinceridade.
—Tudo bem?—Perguntou Craig.
Celeste e Arlene ficaram paradas quase sem mover-se.
Arlene deslizou um braço ao redor de Trey e apertou a cintura. Apesar de que não era uma
mulher baixa, a força de Trey diminuía sua mãe. —Estamos genial. Obrigada por ter limpado. —
Arlene desligou o outro braço ao redor de Craig, mas sua atenção se dirigiu a Celeste. —Nós
adoraríamos te ter em nossos jantares mensais de família, Celeste.
A boca de Celeste abriu. Ninguém poderia ter-se perdido seu silêncio atônito.
—A menos, —disse Arlene, —que tenha outros planos nesses dias. Entretanto, só tem que
saber que será bem-vinda em qualquer momento. Certo, meninos?
Craig e Trey rapidamente assentiram com um —absolutamente—e —é óbvio. Interveio
terceiro Mick com um sorriso com um —É óbvio.
Celeste procurou sua bolsa jogada no sofá. Pendurou a bolsa sobre o ombro. Um impulso
velho se afundou no chão e depois se elevou. —Eu gostaria disso. Será melhor que vá agora,
entretanto. Tenho uma última entrevista com o diretor da escola amanhã sobre o trabalho
docente.
—Vou seguir te a casa, —disse Mick.
Arlene abraçou Celeste que retornou sem duvidar.
Depois de dizer adeus a Arlene, Craig e Trey, saltou a seu carro e Mick a seguiu de perto com
sua caminhonete. Celeste se perguntava o que teria que dizer Mick depois de ter atuado como um
—General—antes.
Quando se detiveram no caminho de entrada e saíram dos carros, Mick se dirigiu a ela.
—Poderia ter vindo para casa por minha conta, —disse em voz baixa.
—Precisava falar com você.
Uma vez que estiveram na parte superior da escada, ela tirou suas chaves e abriu a porta. —
Entra. —Acendeu as luzes e entraram na sala de estar. Jogou a bolsa no sofá. —Posso te trazer
algo de beber?
—Não, obrigado. Não posso ficar muito tempo.
É óbvio que não, quis dizer. Os policiais comiam e corriam, trabalhavam e corriam, sem ficar
muito tempo em nenhum lugar. Ela quase fez uma careta ao cinismo a seus pensamentos. Ficou
de pé com as mãos nos quadris.
Quando retornou o olhar, nada mais que sinceridade retornou a ela. —Peço-te desculpas.
—Por quê?
—Não é óbvio? Atuei como um idiota toda a noite.

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—Bom, não toda a noite.


Sua irreverência ganhou um sorriso. —Não devia ter saltado sobre você quando chegou
tarde.
—Todo mundo tem mal humor.
—Mas não os descarrega com outras pessoas.
—Não, mas ocorre de todos os modos. A gente perde o controle e as coisas se saem.
—Você não perde o controle.
Uma revelação veio a ela, que não tinha entrado em seu radar antes. —É isso o que acha?
—Mesmo depois de que tirei aquele sacana de você, estava ansioso por golpear a merda
desse tipo. Nunca te vi chorar.
—Porque os policiais o prenderam e puseram a Cranston em uma ambulância.
Ela negou. —Gritei como um bebê depois disso à vista de todos. Quando penso no que
aconteceu... quando cheguei a casa me enrolei como uma bola em minha cama e chorei um pouco
mais. Assegurei-me de que minha tia não me escutasse.
—Não se sinta culpado.
—Às vezes faço.
—Não.
—A culpa está frequentemente ali, mesmo quando alguém nos diz que não a temos.
Ele colocou as mãos nos bolsos da calça jeans. —Sim. Mesmo assim, sinto ter sido um idiota.
Sempre chega a tempo, e me preocupei de que Huntley estivesse à espreita. Pôs-me na borda, e
tomei contra você.
Sua desculpa soava verdadeira, e o coração aliviou. A preocupação surgiu.
—Estava preocupado comigo?
Ele passou os dedos pela bochecha, como se queria assegurar-se de que era real. Sua voz
tinha um matiz rouco que encheu o estômago com calor. —É óbvio.
—Obrigada, Mick. Agradeço isso.
—Perdoa-me?
—É óbvio.
—Bem. Estava certo que enviaria a casinha de cachorro.
—Não há casinha de cachorros aqui. Não sabia como me dizer o que queria ou como se
sentia—Fez um pequeno som de brincadeira. —Conheço esse sentimento muito bem.
—Sim?
—Parece que sou assim todo o tempo.
Um dos cantos da boca deliciosa se moveu para cima. —Tão mal, né?
—A maioria das vezes. Mick, sua mãe me disse o que aconteceu quando tinha dezessete
anos.
Os olhos de Mick transmitiram uma mensagem urgente com as tristes lembranças do
passado. —Quando meus pais me disseram o que aconteceu com minha mamãe há tantos anos,
senti uma sensação de tensão direto em minhas vísceras e meu coração se sentiu apertado.
Quando te escutei gritar e correr para o labirinto da senhora D'Angelo e vi Cranston... infernos, foi
à mesma sensação. Cimentou meu compromisso de me converter em um oficial de polícia. Apesar

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de que meu traseiro tinha sido levado a centro de menores por ter golpeado Cranston, sabia que
queria proteger às pessoas que não podiam proteger-se a si mesmos.
Esfregou o braço do ombro até o cotovelo, desfrutando do calor de sua carne, do calor que
significava força e vida. —É por isso que é um grande cara, Mick.
Ele pôs os olhos em branco. —Sim, sim.
—Muito bem, senhor Modesto. —Seus olhares se enredaram no momento de ir.
—Só desejo que a tia Ginger não me tivesse mentido sobre o que disse sua mãe... sobre ter
querido me tirar de sua vida.
—Estou feliz que mamãe te confirmasse a verdade.
—Eu gostaria de poder mudar as coisas, dar marcha ré e perguntar à tia Ginger por que.
—Há um montão de coisas que faria de maneira diferente se pudesse voltar atrás o tempo.
De alguma forma ela soube que ele se referia a sua relação.
Mick fechou a brecha entre eles e se inclinou para depositar um beijo lento e suave em seus
lábios. Ela respondeu, a união de lábios mais cômoda que com paixão. Apesar da sensualidade a
fogo lento debaixo da superfície, podia esperar.
Mick se afastou, com uma expressão cheia de autêntica ternura. —Boa noite.
Ao sair da casa e fechar a porta, manteve a luz da varanda acesa. Flutuou para cima, com sua
mente cheia de possibilidades e perguntas. Não sabia quando ou como sua relação com Mick
cresceria e mudaria, e a imprevisibilidade era desconcertante. Sendo realista, esperava que suas
relações se alterassem, mas a amizade de Mick a desafiava mais que qualquer outro. Tomaria sua
situação um dia de uma vez. Obviamente, Mick quis dizer quando disse que tinha que demonstrar
que estava pronta para uma relação sexual ou de outra forma.
À medida que caminhava para cima, quis dizer a Mick que tinha tido razão para frear e
refletir.
Maldito fora por ser tão sábio.

Capítulo Dez

—Há algo que precisa saber sobre Celeste Rice—disse Darrell ao Thomas Lenderson, Diretor
da escola, no telefone na segunda-feira.
—Quem é você outra vez, senhor?—Perguntou Lenderson controlando-se com voz
profissional.
—Darrell Huntley, Ph.D. Sou psicólogo. Celeste Rice foi uma de meus pacientes, enquanto
viveu em Vermont. Veio para ver-me por uma variedade de razões, incluindo seu TOC.
—TOC?
—Transtorno obsessivo compulsivo.
—Ah, já vejo.
O homem realmente não fazia. Darrell estava certo disso.
—Já vejo. —Disse o homem novo, com a voz agora incerta, mas não suspeita.

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A confiança de Darrell aumentou. Esse homem seria fácil de manipular.


—Que tipo de problemas se encontram em uma pessoa se tiver... TOC?—Perguntou
Lenderson.
—É diferente em todos, é óbvio. Para muitas pessoas é como comprovar várias vezes as
coisas como olhar se tiverem fechado uma porta ou uma janela. Em seu caso, tinha que caminhar
em um padrão determinado através de sua sala de estar. Também se lavava as mãos em excesso.
Às vezes até trinta vezes ao dia.
—OH, meu…
Darrell sorriu. —Realmente. Tal comportamento pode ser muito prejudicial para a vida
cotidiana. Pode imaginar o que poderia impactar no rendimento trabalhista de uma pessoa.
—Como se contagiar a outras pessoas ou as crianças?—O homem parecia muito cético.
—Quer dizer que se pode pegar?—Darrell pôs a quantidade adequada de condescendência
em seu tom. —É óbvio que não. Ah, já vejo o que está perguntando. Seu comportamento
machucaria as crianças? Poderia afetá-los?
—Sim.
—Não é provável. Seu comportamento compulsivo assumisse, por isso não é capaz de
concentrar-se nas tarefas que tem que realizar. Não estou dizendo que os meninos se veriam
prejudicados. Ela não seria uma professora eficaz e eficiente.
A semente estava plantada. A satisfação encheu Darrell enquanto sustentava sua
manipulação. Conhecia sua própria psique, depois de tudo. Trabalhar para formar a mente era
algo que tinha feito toda sua carreira profissional. Agora que tinha acrescentado dúvida e medo a
seu repertório, sua própria felicidade tinha sido maior. Quão liberadoras e coisas maravilhosas
conseguiu desde que se deixou ir. Se pudesse conseguir que Celeste visse quão valorado era esse
conceito... bom, que felicidade experimentaria, então?
—Assim está ligando para nos advertir a respeito de Celeste?
—Eu não gosto de usar uma estimativa dura com uma grande mulher. Celeste é uma boa
pessoa, mas minha principal preocupação é que seus problemas pudessem influir na qualidade de
seu trabalho e causar mais estresse do que é capaz de lutar neste momento.
Darrell deitou novamente na cama, ele se divertia em desconcertar o homem. Deixar o
homem desconfortável acrescentava mais prazer em foder à vida de Celeste.
—É muito complicado, mas como profissional, senti-me obrigado a ligar e informar do
estado mental de Celeste antes que considere contratá-la. Celeste me disse que deveria esclarecer
qualquer dúvida que pudesse ter sobre ela... mas com toda minha boa consciência não podia.
Ouviu a respiração sendo inalada por Lenderson, a pausa que encheu segundos enquanto
que o administrador tratava de decidir o que dizer. Para superar a declaração inesperada e
surpreendente, talvez.
—Já vejo. —Lenderson limpou garganta. —E como se inteirou de que Celeste está
solicitando um posto de trabalho aqui?
Bem. O homem não era uma presa fácil completamente. Uma provocação resultaria
agradável nessa cidade. A maioria das pessoas no Gold Rush retrocederiam.
—Ela me disse isso antes de sair de Vermont. Estava em tratamento por uma variedade de

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temas, e eu era seu conselheiro.


—Sim, bom, não cai isso na confidencialidade te médico-cliente?
Muito bem, Lenderson.
—Normalmente faria. Quando era meu paciente, entretanto, mostrou problemas de apego.
—De apego?
Darrell suspirou, acrescentando um mal-estar que não sentia. —Ela inapropriadamente se
voltou próxima a mim.
—Já vejo.
Há tantas coisas que não vê.
—Quando me ligou para me dizer que tinha uma entrevista na escola, e pensava que tinha
ido bem, eu soube que tinha que dizer algo à escola.
Lenderson limpou a garganta outra vez. —Dr. Huntley, poderia me dar seu número de
telefone para elucidações? Em caso de que precise devolver a ligação?
—Estou de férias neste momento, assim que darei meu número de celular. Deve entender
que nunca teria ligado, à exceção de uma tendência preocupante que tem.
—Qual é?—O fôlego do Lenderson soava ligeiramente desviado.
—Frequentemente pensa que está sendo perseguida quando não está.
—Um complexo de perseguição?
—Sim.
Pilha sobre a dúvida.
—Dr. Huntley, como sente que isto afeta sua habilidade com as crianças? Dê-me mais
detalhe.
O homem não tinha tomado suas declarações com seu valor nominal, mas Darrell se
preparou para isso. Esticou as pernas e tratou de ficar mais confortável na cama com ondas. —
Podem imaginar quão pouco confiável seria se passasse toda a manhã tratando de sair de sua casa
com suas tendências TOC. Depois os descansos que teria que tomar todos os dias enquanto a
escola está em aula só para lavar as mãos.
—Dr. Huntley, não sei o que dizer. Checarei com Celeste o que me disse.
—Sim, acredito que deveria perguntar se esteve envolvida comigo e o que faço para ganhar
a vida. Me odiará por chamar a respeito disto, mas também a vi praticando um comportamento a
outra noite que põe sua moral em julgamento. Nunca se pode ser muito cauteloso quando se
trata de crianças. Eu sugeriria que perguntasse a Celeste de seu comportamento à outra noite em
um bar... estava com um policial.
—Entendo. Deu-me muito que pensar. Obrigado.
—Isso é tudo o que peço. Se fosse eu, não recomendaria sua contratação.
—Obrigado de novo, Dr. Huntley. Vou levar isso em consideração.
Terminaram a ligação, e Darrell se sentou. Podia sentir seu próprio sorriso curvando-se mais.
Ansioso por exercitar-se e ver a reação de Celeste com sua criação, Darrell se levantou e decidiu ir
a sua casa. Se estaria em casa quando ele chegasse, não sabia e não se importava.
O bom vinha com o caos. A liberdade. A liberdade de fazer e ver e ser e querer algo em um
momento. Deteve-se no banheiro e se olhou no espelho. A mancha estava ali de novo, cada vez

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maior nesta ocasião no centro da testa. Franziu o cenho e tomou o kit de barbear outra vez. Sua
respiração acelerou ao ver o lugar crescer mais rápido que anteriormente pela manhã.
Odiava esta loucura.
Porque assim como ele mesmo se diagnosticou, sabia que estava perfeitamente,
terrivelmente lúcido.
Planejaria a escuridão alcançá-lo antes que pudesse executar todos seus planos com
Celeste? Não. Não queria isso. Era muito logo e não saberia o que fazer, não teria os meios para
demonstrar o engano de seus caminhos.

Celeste terminou um DVD de ioga, com o corpo muito mais relaxado e flexível que antes
essa manhã, quando viu as luzes do telefone sem fio da mesinha piscar. Deixou que a máquina
respondesse, meio esperando que fora uma ligação de Darrell. Não tinha deixado nenhuma
mensagem ultimamente, e ela se surpreendeu depois de sua onda anterior. Tinha apertado o
botão de —não incomodar, —assegurando-se de que podia ouvir bem sua mensagem ou a pessoa
que ligasse. Ignorou o telefone e foi ao banheiro.
No momento em que terminou sua ducha e lavou o cabelo, atreveu-se a olhar ao redor da
porta do banheiro. A luz no telefone piscava constantemente.
Uma ligação.
Uma mensagem.
A inquietação a deteve para comprovar a chamada imediatamente. Seria melhor terminar
caminhando por toda a casa. Vestiu-se com bermuda e uma regata verde. Sua maquiagem não
tomou muito tempo aplicar. Tão preparada como nunca estaria. Hoje veria algumas entrevistas de
desenho de cozinhas e trataria de formular ideias para a renovação. Também previa receber uma
ligação de Mick. Enquanto que não disse quando ligaria, mas tinha certeza de que faria. Gostava
do lado de confiar nele, mas se negava a deter-se na ideia de ligar de uma forma ou outra. Não
apreciava experimentar sentimentos de necessidade.
Depois de brincar por aqui e ali durante vários minutos, encheu uma garrafa de água e vagou
pela sala de estar. Apertou o botão de —não incomodar—no telefone o tempo suficiente para
reproduzir a mensagem.
—Olá, senhorita Rice, é Thomas Lenderson da Escola Copper Rim Grade. Por favor, fique em
contato comigo assim que possível. —Deixou seu número.
A antecipação se levantou em seu interior. Talvez ligava para dizer que a contrataria.
Quando respondeu o telefone, disse, —Ah, senhorita Rice. Me alegro de que me tenha
apanhado. Recebi uma estranha chamada esta manhã que senti que você deveria saber. Deixou-
me profundamente preocupado.
Seu estômago se apertou. E agora o que? Enquanto relatava que Darrell ligara, a ira invadiu
sua preocupação.
Sua voz se aguçou. —Meu deus, não posso acreditar que vá tão longe.
A voz do Lenderson era calma, mesmo quando sua voz se elevou. —Assim que o conhece?
Foi seu conselheiro?

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—Não... Quero dizer, sim, conheço. Mas nunca foi meu conselheiro.
—Está dizendo que ele está mentindo.
Agitando-se de dentro para fora, ela se sentou no sofá e respirou fundo para acalmar seus
nervos. —Sim, está mentindo. Sr. Lenderson, está me espreitando. Fomos noivos em Vermont, e
quando minha tia morreu e me mudei aqui, disse que a relação tinha terminado. Apresentou-se na
cidade e esteve me ligando.
—OH, meu…
Sua voz disse que não sabia o que acreditar. Maldição. Maldição. Não importava o que
dissesse, Darrell pôs a dúvida na mente do diretor da escola. Enquanto que ela sempre tinha
acreditado em perspectivas positivas, soube em seu intestino que estava na briga de sua vida para
conseguir esse trabalho.
—Tem que entender o como é inquietante é isto para nós, —disse.
—É óbvio. Saiu de um nada. A qualquer resultaria desconcertante.
—Tenho umas perguntas mais.
Seu nó na garganta cresceu, como se uma corda deslizasse pelo pescoço.
Um laço tão implacável e áspero como um cilício sobre a pele sensível.
—Parece estranho para mim que um psicólogo diga essas coisas. Quero dizer, eles não
fazem comentários selvagens e ridículos como esse.
As náuseas formaram redemoinhos no estômago. —Fazem-no se estão tratando de arruinar
a reputação de alguém.
—Isso é o que você pensa que está fazendo?
—Não acredito, sei. —Fechou os olhos e pôs a mão sobre os olhos. —Olhe, se quiser mais
referências, tenho muitas que superam o que Darrell disse. —Ela se moveu e tentou soar menos à
defensiva, ouvindo o desespero na voz. —Há pessoas na cidade que responderiam por mim, entre
eles três membros do Departamento do Xerife El Touro, da equipe SWAT e alguns outros amigos,
como Maria D'Angelo.
—O Dr. Huntley também disse algo a respeito de uma conduta inapropriada em um bar?
Sua mente voou em círculos. O que? Estava falando da primeira noite em que se reuniu com
o Mick? À noite em que dançaram como amantes no El Rendez-vous? —Não sei do que está
falando. Estive com o oficial Mick MacGilvary, mas não temos feito nada errado.
—É bom saber. Pode-me dar o número do Sr. MacGilvary?
Rapidamente proporcionou o nome do Mick e o número do departamento. —Ele
responderá por mim, sem dúvida.
—Bem. Sinto ter que incomodá-la com isto, mas a escola tem que cobrir todas as bases.
—Revisou meus antecedentes, certo?
—É óbvio. Saiu poda como uma patena. Se me pudesse dar outras referências além das que
já temos, seria maravilhoso.
Deu vários nomes mais e números.
—Terei que ver isto antes de tomar uma decisão sobre contratá-la, —disse.
—Entendo. —Fazia, mas não queria entender. Não quando isso a poria longe de suas
perspectivas trabalhistas.

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Olhou pela janela e viu uma figura de pé na rua na calçada. Algo familiar no homem de
cabelo escuro a fez detê-la. Ouviu a voz do Lenderson, mas suas palavras não chegaram.
—Senhorita Rice?
—Sinto muito. —Ficou de pé e se dirigiu para a janela, o olhar se enganchou com a figura. —
O que disse?
—Vou entrar em contato logo que tenhamos tomado uma decisão.
O homem da rua levava uma boina de beisebol branca e vermelha grande e uma camisa de
flanela xadrez branca e calça larga. Ela olhou ao homem, e ele a olhou diretamente. Seu batimento
do coração acelerou, pulsando loucamente.
—Estou certo de que quererá saber nossa decisão em uma maneira oportuna. Supunha-se
que teríamos decidido a esta altura, mas já sabe como podem ser estas coisas às vezes.
—Sim. —Ela não fazia, mas para que fim serviria dizer isso? —Está pensando que uma
chamada telefônica afetaria minhas possibilidades de ser contratada?
Uma sensação progressiva de fatalidade se abateu sobre ela. O homem de fora tinha os
mesmos traços que Darrell, pensou. Mas não vestia em nada com o estilo de vestir do Darrell, e
estava curvado. Darrell tinha o cabelo loiro, não escuro.
—É óbvio que não, senhorita Rice. Com as excelentes referências de seu trabalho anterior,
além destas novas referências, estou certo de que tudo estará bem.
A falsa alegria em sua voz não a fez sentir cômoda. Depois que terminaram a ligação,
apertou o telefone e observou o homem ir para o norte e desfilar pela rua com lentos e
deliberados passos. Tinha que ser Darrell. Ou estava imaginando ao homem? Ainda que não fosse
Darrell, por que ele vigiava sua casa? A pele se arrepiou de baixo acima como um ataque de
formigas.
Ela fechou as cortinas, mergulhando o quarto na semiescuridão. Permanecendo na janela,
ela esfregou a testa e coçou o nariz. Isso frequentemente acontecia quando seus nervos levavam a
melhor sobre ela, ela tinha coceiras.
Estou deixando essa estupidez me ganhar. Erga a cabeça.
Mas como? De repente o mundo inteiro pareceu mais escuro. A mobília de madeira escura e
o verde das paredes deixava mais sombrio o quarto. Ela sempre gostou destas cores, mas o medo
de Darrell a pressionava deixando-a paranoica. Fazendo exatamente o que ele queria. A raiva
substituiu o medo.
—Maldito seja, Darrell. Maldito seja. —Sussurrou as palavras, metade com a tentação de
jogar o telefone através do quarto em um ataque de ira.
O telefone tocou.
Ela deu um salto, com um grito assustado saindo da garganta. —Deus. —Fez clique no
telefone sem ter em conta quem poderia estar no outro extremo. —Alô?
—Hey, é o Mick.
O alívio debilitou as pernas, e foi ao sofá e se sentou. —Graças a Deus.
—Tudo bem?
—Não. Darrell iniciou uma campanha de desprestígio e acabo de ver um homem cruzar a rua
olhando a casa. Tinha o aspecto do Darrell e, entretanto não levava a roupa que usaria

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normalmente. E seu cabelo era escuro.


As palavras saíram rápido, e ela estremeceu, perguntando-se se soaria como uma louca,
como Darrell queria retratá-la.
—Merda. —A voz de Mike sustentava ira e inquietação autênticas. —As portas e janelas
estão fechadas?
Lembrou-se das janelas da cozinha. —As janelas da cozinha não. Abri-as faz um momento
para que ao ar limpasse as coisas.
—Feche-as e fique na linha comigo.
Ela correu à cozinha e sujeitou as duas janelas. —Estão fechadas.
—Bem. Agora me diga dessa campanha de difamação.
—Bom, deve receber uma ligação muito em breve do Thomas Lenderson da escola primária.
Estou te usando como uma de minhas referências adicionais. Espero que tudo bem.
—Claro.
—Bem. —Celeste explicou a traição de Darrell, e enquanto transmitia a informação, seu
corpo foi esticando. Esfregou o pescoço enquanto os músculos palpitavam com uma dor
incessante.
—Tudo estará bem, —disse Mick. —Isso não fará nenhuma diferença com seu trabalho.
—Eu não estou tão segura.
—Com essas grandes referências? Como negariam isso?
Ela soprou com suavidade. —Quando se trata da segurança das crianças, a maioria dos
administradores tomam todos os ângulos muito em conta. Se acreditarem que os pais se podem
inteirar disto, cairei como uma batata quente.
—Será culpada até que se demonstre o contrário?
—Algo assim.
—Raios.
—Exatamente.
—Olhe, ainda tenho um par de horas de serviço, mas posso me mover ao redor da
vizinhança e me assegurar que Darrell não está persistente em nenhum lugar.
—Não. Estou bem. Tenho que estar. Não posso deixar que Darrell me deixe nervosa.
Muito tarde. Já tem feito.
—Irá a alguma parte?
—Não tinha planejado.
—Que tal esta noite?
—Não, ia ver um DVD.
—Agora, por que quereria fazer isso, quando pode sair comigo?—Sua voz cheia de
insinuações, ronronou sobre sua pele.
Ela soprou uma risada breve. —Por que na verdade? O que tem em mente?
—Poderia ver o DVD com você.
—Parece bem.
—É um desses filmes de coração de garotas?
—Estará satisfeito. É um filme de ação com um montão de vísceras e glória.

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Ele começou a rir. —Moça sedenta de sangue.


Sua leveza fez que seu estado de ânimo voltasse, e riu com ele.
Depois acordaram que viria ao redor das sete, e que comeriam pizza. Certamente a chamada
do Lenderson fritou suas bolachas, mas ao menos teria a visita do Mick essa noite. Enquanto isso,
limparia a casa, já que evitou passar o aspirador por muito mais tempo do que deveria.
Antes disso, entretanto, havia algo mais que deveria fazer. Algo que tentado fazer muito
tempo atrás quando os temores desconhecidos ameaçavam às escondidas seu refúgio e
descender sobre ela.
Celeste pegou o telefone sem fio enquanto aparecia entre as cortinas. Não havia sinais do
homem vestindo flanela. Abriu a porta principal e a porta de tecido metálico e saiu ao envolvente
alpendre. O vento agitava os arbustos perto da entrada e soprava através do salgueiro pelo
caminho circular. Também agitava o cabelo ao longo dos braços e os acariciava com seu cabelo.
Apesar de seu que os batimentos do coração ameaçavam acelerando, caminhou pelas escadas
para seu pátio dianteiro. Tudo a seu redor, que assinalava vida, levou seu medo a níveis
manejáveis.
Dois meninos pré-adolescentes passeavam um cão grande pela calçada e seguiram sem
olhar em sua direção. Havia uma mãe que carregava sua caminhonete ao cruzar a rua com um trio
de meninos e alguns balões de hélio. Os cães ladravam ao longe. Podia cheirar as rosas do jardim
de um vizinho. O homem no pátio a sua direita arrancava o cordão de sua cortadora de grama e
esta cobrava vida. Tudo sinais de um bairro normal e bucólico.
Não havia sinais do homem que espreitava na rua.
Algo tranquila pela atividade de seu bairro, retornou a sua casa e fechou a porta. Não pôde,
entretanto, convencer-se de abrir as cortinas da janela da frente.

Capítulo Onze

—Esse idiota está tratando de arruinar a oportunidade de sua namorada de conseguir


trabalho?, —Disse Dace enquanto ele e Mick entravam no Departamento de Polícia depois de uma
tarde de pôr algumas multas de tráfico. Todo mundo no condado tinha ido à alta velocidade hoje,
como se o mundo estivesse em chamas e se pudesse perder o espetáculo.
Namorada? Mick não sabia se queria chamar Celeste assim. Queria reclamar esse lugar em
sua vida? Não figurava ao Dace que importasse, por isso se moveria a uma resposta
suficientemente neutra. —Parece que assim é.
—Talvez poderia levá-lo a julgamento por difamação se algo mal sair disso.
A ira fez uma combustão lenta no intestino de Mick. —Poderia fazê-lo se isso custasse o
trabalho.
Mick encontrou uma mensagem do diretor da escola em seu escritório e discou ao homem
imediatamente. Mick esperava ajudar a Celeste a pôr essa moléstia abaixo.
Quando Lenderson respondeu, Mick se lançou a tranquilizar ao homem sobre que a

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personalidade de Celeste era impecável, e era perfeitamente estável. Mick explicou que Huntley
planejava desacreditá-la.
—Conheci Celeste desde que fomos adolescentes, —disse Mick. —É confiável e trabalha
duro.
—Bom, foi uma boa garota? Não esteve em drogas ou álcool?
—Não consumia álcool nem drogas. E sim, era uma boa garota.
—Bom, agente, agradeço seus comentários. É só que esta situação tem ao pessoal um pouco
preocupado.
—De que forma?
—Bom...
Mick desejava que o homem deixasse de usar essa palavra.
—Falei com um alguns professores da escola em que cresceu aqui, —disse Lenderson, —e
me disseram o que aconteceu Celeste quando era adolescente.
Ah, Merda. Mick podia ver a escritura na parede e não gostou em nada.
—Por exemplo?
Mick escutou titubear ao homem. —A tentativa de violação. Uma coisa horrível para que
uma jovem passe. Talvez seja um fato que dá alguns problemas.
Mick tratou de regular a voz, mas soube que saiu fria. —Pode dar problemas a qualquer
mulher, mas isso foi há muito tempo, e ela está perfeitamente bem agora. Isso não afeta sua
qualificação para ensinar. Terá que recordar que o homem que disse essa merda sobre ela é um
perseguidor.
—E diz que está aqui na cidade?
—Sim.
—Isso me preocupa ainda mais que antes. Poderia acrescentar outra dimensão a esta
situação.
—Que tipo de dimensão?
—O que acontece esse perseguidor entra na escola com uma arma? Terei que consultá-lo
com a junta.
OH, Cristo. A merda ia costa abaixo rapidamente.
—Celeste Rice é uma mulher competente, maravilhosa. Não há nada que Huntley possa
dizer que faça uma diferença em sua seleção para um posto na escola. A possibilidade de que vá à
escola com uma pistola não é provável.
—Bom... isso é o que se tem que determinar.
Mick passou uma mão pelo rosto, seu temperamento ia ferver. Tomou a bola de espuma
que estava em seu escritório e a apertou. —Acredita que porque Huntley é psicólogo seu
julgamento classifica mais que o meu?
—É possível. Sem ofender.
Correto, pássaro carpinteiro. Acha que não vigiarei seu carro e não te porei uma multa à
primeira oportunidade que tenha? Pode que não fora uma má ideia. Não, nunca faria isso a
Lenderson simplesmente porque o homem não tinha bolas, mas era condenadamente tentador.
Mick se alegrou de não ter escorregado. Não tinha necessidade de acrescentar isso a seus

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problemas.
—Obrigado por sua ajuda, oficial, —disse Lenderson.
Uma vez que Mick desligou, murmurou em voz baixa. —Pássaro Carpinteiro.
Trey estava caminhando junto à mesa de Mick, e seus olhos estavam preocupados.
—Tão ruim é?
—Sim. Muito ruim.
Antes de Mick se fora essa tarde, formulou uma ideia que esperava pudesse ajudar Celeste.
Ela deveria estar de acordo primeiro.

O telefone tocou e Celeste parou na metade de caminho pelo corredor para escutar a
secretária eletrônica. Esperava que fora Mick.
Não teve sorte.
A voz sarcástica de Darrell, retumbou com inimizade e hostilidade, apoderando-se da linha.
—Atende, querida. Sei que está aí.
A ira precipitou sua fuga pela escada.
—Sei que está aí. —A voz de Darrell voltou para seu tom condescendente.
Ela pegou o telefone na sala de estar. —Foda-se, Darrell.
As palavras correram por ela, com sua ira afastando seu sentido comum como uma forte
brisa soprando em torno de um montão de folhas.
—Meu bem, que bom é ouvir sua voz.
—O que quer, Darrell?—Mantenha-o na linha. Não permita que chegue a você. Jogou uma
olhada ao redor da cortina à janela frontal.
—Que se entregue a sua própria sombra, isso é o que quero.
—Nunca.
—Nunca diga nunca, Celeste. Se houver uma coisa que aprendi na aula de psicologia, é que
nunca é tão útil como sempre quando se trata de uma enfermidade mental. Quero que caia pela
borda comigo. Que explore a má vida dentro de você. Sou um sociopata, Celeste, e necessito que
entenda como me sinto. Como é.
Nunca o ouviu dizer isso antes, e a surpreendeu. —O que é um quê?
—Vamos, sabe o que é um sociopata.
Sabia, e a ideia a assustava mais que se tivesse estado tecnicamente louco. —Sei.
—Então, sabe que não sinto remorso. Sabe o que posso fazer o que quiser com você ou com
alguém mais e não me poderia importar menos. Sempre foi assim. Dou-me conta de que é muito
estranho que um sociopata admita isso. —Riu. —Mais estranho ainda é que se analise e
diagnostique a si mesmo. Mas me parece que é muito fácil e liberador saber a verdade.
O estômago enrolou sentindo-se revolto, as náuseas de antes retornaram sem piedade.
—Quero que entenda a escuridão e tudo o que pode te dar, —disse.
—Não funciona dessa forma, Darrell. Ou nasce sociopata ou não.
—Realmente aprendeu algo dos cursos da universidade. Estou orgulhoso de você.
—Não, não está.

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Desligou o telefone. Já era suficiente. Jogou o telefone ao sofá.


Colocou as mãos sobre os olhos e se deu conta que os dedos tremiam. —Deus. Foi tão
estúpida Celeste. Tão estúpida. Não devia ter falado com ele. —E pior ainda, deveria ter gravado
toda a conversa. As palavras de Darrell cimentavam sua posição, tanto com a polícia como com o
Diretor Lenderson.
A campainha tocou.
Ela deixou escapar um grito assustado e saltou. Retornou à janela e olhou para fora. O
automóvel de Mick estava estacionado no meio-fio, e um alívio completo diminuiu o coração
golpeando. Não podia começar a atuar como uma desafortunada mulher de um filme de medo e
gritar com cada susto clichê.
Celeste se dirigiu à porta e apareceu. Mick tinha flores na mão. Flores? Outro tipo de
emoção bombeou em suas veias. Wow. Não podia recordar a última vez que um homem comprara
flores.
Abriu a porta. —Mick.
—Hey. —Sustentou as flores como um pretendente dos velhos tempos. —trouxe isto.
Enquanto apertava o buquê de flores silvestres, seu desconcerto de brilhantes cores a
deslumbrou e deleitou, ela inalou sua fragrância. Olhou-o por cima das flores cheirosas. Seu corpo
passou de recordar o medo a sentir fortemente a concupiscência em uns dois ponto oito
segundos. Essa noite usava uma camiseta azul marinho que se moldava sobre os largos ombros e
amplo peito. Jeans abraçavam as pernas com muito amor, mas sem que a atenção o apertasse.
Geralmente, a essa altura da tarde tinha uma sombra de barba, mas se deu conta que se barbeou.
Seu olhar percorreu a parte superior e se centrou em seus peitos com evidente interesse quente
masculino.
Então seu olhar se voltou preocupada. —Meu bem, eu gostaria de estar aqui todo o dia
enquanto me inspeciona, mas posso passar? Ou estarei na casinha do cachorro outra vez?
Ela farejou o conjunto de flores, com a vergonha metendo-se em seu rosto. Afastou-se da
porta e murmurou: —OH, né... sinto muito. Obrigada pelas flores. São tão agradáveis e cheiram
maravilhoso. —dirigiu-se à cozinha com ele nas costas. —E não estava inspecionado.
—Sim, fazia. Mas está bem. Porque estava te olhando, também.
O calor redobrou seus esforços e se arrastou direto à linha do cabelo. Ela soltou uma
risadinha genuína de diversão para encontrar seu caminho através de sua coberta em um intento
mau de velar seus sentimentos. —Mick, é um brincalhão.
—Não estou brincando. —Lançou um sorriso genuíno tão cheia da aceitação e de óbvio
interesse masculino, tinha que admitir que ia a sério.
—Está bem, sim o quis dizer.
—Bem. —Ele se inclinou e roçou um beijo suave nos lábios.
Nervosa, moveu-se de novo. —Obrigada de novo pelas flores.
—Não há de que. Detive-me nessa loja não longe do escritório do xerife. Sabe, essa que está
grafitada de um rosa violento?
—Conheço. Está sendo administrada pela anciã com o cabelo azul?
—Essa. Só que hoje havia uma loira bastante jovem atrás do balcão.

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Uma reação inesperada transladou através dela. O monstro de olhos verdes.


Deu um coice. OH, Deus. Não necessitava isso. Não queria estar ciumenta de outra mulher
com este homem e ponto. Não importa o muito que se preocupasse com ele, ciúmes como esses
não a levariam a nada. Duvidava que Mick apreciasse a posse de uma mulher.
Pôs as flores na cozinha e abriu o armário onde sua tia guardava os vasos.
Enquanto trabalhava na busca de um vaso, deu-se conta que o tamanho adequado para o
enorme buquê de flores residia na prateleira mais alta. Tirou mais da escada e subiu os três
degraus para cima.
—Espera, acredito que posso chegar a isso, —disse caminhando para ela.
Ela envolveu os dedos ao redor da base de cristal e começou a baixar. Seu pé escorregou, e
começou a lutar por manter o equilíbrio e o floreiro saiu voando.
Gritando de consternação e raiva, ouviu o vaso romper-se ao se chocar contra o chão.
Os cristais se dispararam em todas as direções enquanto caía para trás. Tudo tomou uns
segundos, mas poderia ter jurado que tinha durado três vidas.
Mick amaldiçoou e se equilibrou sobre ela. Ela caiu contra ele, com os braços ao redor de
sua cintura, e ele cambaleou para trás um passo.
—Maldição!—Grunhiu sua ira.
Mick apertou os braços ao redor de sua cintura. —Hey, está bem?
Durante uns segundos, ela não fez mais que absorver a sensação de seus ossos fundindo-se
com o duro homem. Da parte superior da cabeça até os tornozelos, parecia abraçá-la e protegê-la.
Poder. E consciência sexual inegável.
Ela tragou e se voltou em seus braços para ele. —Estou bem. Obrigada. —Ela deixou sair um
exasperado fôlego. —Sou tão tonta.
Ele não a soltou como ela esperava. Em troca, os braços se apertaram ao redor da cintura. —
Os acidentes acontecem.
Seus dedos se estenderam ao longo dos peitorais, e os mamilos endureceram sob seu tato.
Cheirava a homem da terra, e a um aroma sutil e quente. Os olhares se enfrentaram.
Sustentaram-se.
Antes que pudesse piscar, ele a beijou.
À medida que a boca se amoldava a dela, fechou os olhos com aturdido prazer.
Não era como se ele não a beijasse antes, mas algo novo, uma emoção crua no fundo
alimentava os movimentos sutis e sedutores dos lábios sobre os dela. Como se ele acalmasse a
paixão em lugar de forçar o assunto. As palmas de das grandes mãos se repartiram por suas
costas, acariciando-a e dando forma a seus peitos apertados contra o peito e com os mamilos
ajustados em uma dor doce. Involuntariamente se retorceu contra ele, esfregando os peitos, com
seus quadris em movimento. Como se ligasse um interruptor, gemeu em voz baixa, e a língua se
afundou em sua boca. O pênis endurecido contra seu estômago. Ela respondeu com entusiasmo e
se esqueceu dos pedacinhos de cristais a seus pés. Um necessitado calor em espiral subiu a seu
ventre enquanto as mãos do Mick deslizaram por seu traseiro e apertou as nádegas com um suave
apertão, mas de propriedade. As mãos deslizaram ao redor do pescoço enquanto ela respondia à
paixão que a drogava, alagando-a.

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Denise A. Agnew
Heart of Justice 02

Brandamente rompeu o beijo e antes que pudesse dizer uma palavra, ele a levantou em seus
braços e passou pelo cristal quebrado.
Seus braços de forma automática foram ao redor de seu pescoço, com uma pergunta
surpreendida saindo dela. —O que está fazendo?
—Está descalça e há cristais quebrados por toda parte.
Tinha sentido, e a forma como os braços a embalavam faziam coisas divertidas a sua
respiração. —Não posso recordar a última vez que um homem me levantou.
Tonta. Que história mais tola.
Seu sorriso se torceu contendo arrogância masculina e satisfação. —Sim? Você gosta?
Poderia dizer que não. Mas com a capacidade inata do Mick para descobrir uma mentira,
disse-lhe a verdade em seu lugar. —Eu gosto.
Seu sorriso se fez mais larga quando a depositou sobre seus pés. Dançou longe dele. —Vou
calçar minhas sandálias.
Não tomou muito tempo limpar a desordem.
—Era antigo o floreiro que caiu?—Perguntou Mick enquanto passava o aspirador de novo
pelo lugar.
—Não, graças a Deus.
Esta vez Mick utilizou todos seus seis pés e três polegadas de altura para pegar outro vaso.
Depois de colocar as flores de forma segura na mesa de café, ofereceu uma xícara e ele declinou.
—Está fazendo frio fora. Quer ir sentar-se na rede?, —perguntou.
—Notou essa coisa velha? Nem sequer estou certa que seja segura.
—Vamos testar.
O pátio necessita trabalho, e o recordou ao momento em que saíram pela parte de trás da
porta e ao pátio coberto.
—Homem, este lugar necessita ajuda. —Pôs as mãos nos quadris e olhou fixamente as
trepadeiras e arbustos que cobriam tudo.
—Pode te dar tempo. Conseguirá arrumar o problema.
—A jardinagem não é meu forte.
—Minha mamãe te pode dar alguns conselhos. Ela gosta de jardinagem.
—Sua mamãe é uma das mulheres com mais talento que conheci.
—E você não?
—Sim.
Ele se inclinou e roçou a testa com outro de seus marcados beijos ternos. —Tolices. É linda,
trabalhadora, criativa e talentosa. Tem que te dar mais crédito, Celeste.
—Está bem MacGilvary. O que acontece? Traz-me flores e agora está me elogiando.
Ele franziu o cenho. —Não tenho outro motivo que não seja te agradar. Odeio quando se
menospreza. Não há nenhuma boa razão para isso.
—É à força do costume. —Sacudiu a cabeça. —Estou tratando de criar confiança, mas às
vezes entro em um padrão de me menosprezar a mim mesma.
Ele passou um dedo sobre o nariz. —Eu te ajudarei a construí-la. Mas tem que vir de dentro
de você.

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Denise A. Agnew
Heart of Justice 02

Não esperava essa resposta e tomou o vento de suas velas momentaneamente. —Tem
razão. Assim deveria ser.
Ele baixou os degraus da varanda e foi para a enorme rede. Era muito irregular e não se via
capaz de albergá-los aos dois. Tirou as folhas e outras coisas da rede antes de atrever-se a testá-la.
Ela se meteu nela e se deitou. Balançava-se brandamente entre dois enormes carvalho
velhos. —Parece sólida o suficiente.
—Recorra.
—O que?
—É o suficientemente grande para nós dois.

Capítulo Doze

Celeste deu espaço, retorcendo-se ao redor e com ele deslizando-se ao lado dela.
—Aqui, —disse. —Tenho uma ideia. Sai um minuto.
Perguntando-se que diabos teria em mente, deixou o artefato com movimentos de balanço.
Ele se moveu mais acima na rede e separou as pernas. Assinalo o V que tinha feito. —Sente-
se entre minhas pernas.
Ela duvidou. —Me sentar entre suas pernas?
—Ambos podemos nos sentar nela dessa forma. É o suficientemente forte.
Se atreveria? —O que acontece se rompe?
—Não estamos longe da terra. Além disso, se a rompermos, comprarei outra.
—Feito.
Subiu na rede e logo encontrou seu traseiro balançado pelas coxas fortes, com os braços ao
redor de sua cintura. A força de seu corpo atrás dela, o calor... tudo fazia acelerar a respiração, seu
interior se fundiu com consciência feminina. Músculos duros se juntavam contra ela, ondulando
com um poder que o fazia querer desfazer-se da roupa e descobrir cada centímetro de seu peito,
braços, coxas...
Santa vaca. Agora essa era uma imagem. Ela respirou lenta e profundamente.
Hiper ventilar não era uma opção.
Tomou os ombros e deu uma massagem. —Está tensa. Está nervosa?
—Sobre o que?
—Não sei. Por estar sentada tão perto de mim?
—Estive perto de você antes.
—Não significa que não esteja nervosa.
Ela fez ruído de brincadeira. —Está cheio de si hoje, não?
—Sempre estou cheio de mim mesmo.
Uma pressão suave e a massagem em seus músculos se sentiam deliciosos. Ela suspirou,
dando um ronrono baixo com os lábios.
Ele se moveu atrás dela. —Deite-se.

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Não sabia que esta rede seria o suficientemente grande como para não só sustentar aos
dois, mas também assegurar de que ele pudesse inclinar-se para trás e ainda sustentá-la?
Como se encontrasse de novo uma pequena forma de retorcer-se, ele gemeu brandamente.
—Não faça isso, meu bem.
—Só estou tratando de encontrar um ponto suave. —Ela tirou seu lado travesso.
Colocou as mãos sobre seus antebraços e os apertou um pouco, provando-os. —Com todo
este músculo, é difícil.
Levantou os quadris um pouco e o pênis bem reto pressionou o traseiro e cintura. —Sim,
bem, há algo mais duro agora.
Ela limpou a garganta. —Percebi.
Um calor selvagem fez explosão em seu centro, levantando-se com antecipação e emoção.
Assombro e desgosto lutaram pela supremacia dentro dela. Assombro porque podia excitá-lo em
tão pouco tempo. Desgosto porque poderia surpreender-se.
Queria deleitar-se com sua habilidade para desconcertá-lo, mas não se surpreendeu quando
o fez. Maldição, não se sentiria bem possuir confiança própria dessa forma?
—O que está pensando?, —perguntou.
—Recebi outra ligação de Darrell. Cometi um engano e peguei o telefone.
—Celeste...
—Sei, sei.
—O que disse?—Disse toda a verdade, e os braços se apertaram ao redor de sua cintura. —
Merda.
—Portanto, meu trabalho está, provavelmente, em perigo.
—Talvez não. —Mick falou da conversa com Lenderson. —Espero ter amenizado as
preocupações do homem.
—Tenho um mau pressentimento sobre isto na boca do estômago.
—Pensa positivo.
—A gente sempre diz isso, mas é difícil fazer quando há um estranho chamando dia atrás
dia, tratando fazer de sua vida um inferno.
Suas mãos se estenderam para cima a pouco menos que aos peitos, tomando suas costelas.
O calor se estendeu para cima do estômago. —Não vou negar, mas se deixar que tome mais, ele
ganha. Não está sozinha, já sabe. Tem família.
Bem, agora sabia que o tinha perdido.
—Toda minha família está morta. —Apesar de que ela sabia desde fazia algum tempo,
depois que a tia Ginger morrera, dizer em voz alta fazia que um lugar solitário crescesse em seu
estômago. Uma bola de chumbo, como uma questão de fato.
—Tem a mim, a minha mamãe e a meus irmãos. Nossa família adota cães de ruas.
Ela começou a rir. —Caramba, obrigada.
—Quis dizer no bom sentido. —As mãos se moviam, mas esta vez acima e abaixo de seus
braços com um calmante, garantindo amparo. —Damo-nos conta de que todos fomos cães guias
de ruas, se houver alguém com alguma necessidade de conexão com a família, preocupamo-nos
com ela, então são da família.

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Heart of Justice 02

—Isso... é muito Waltonish.


Ele fez um ruído burla. —Waltonish? O que sabe deles?
—Vi as reprises.
—Ah. Eu também. Minha mãe odeia aos Walton. Posso te garantir que não somos assim.
Deveria sabê-lo por todo o tempo que há passado com minha família.
—Sei. Mas...
—Mas, o que?
Ela se retorceu internamente, sem saber como explicar sem soar pedante ou ingrata ou
rancorosa. —Nunca tive essa vida, Mick. Sabe toda a história. Mesmo antes do roubo...
—Não tem que falar disso a menos que precise.
Precisava fazê-lo? —Minha mãe e pai não me deram tanto amor. Ao princípio me disse que
o faziam. —Procurou as palavras adequadas. —Eram distraídos. Mamãe sempre estava na
empresa elaborando planos para isto e aquilo. Papai sempre estava em um lugar com seu trabalho
de engenharia com isto ou aquilo. Nossas vidas eram uma imitação de união. Uma fachada de uma
boa vida. O tiroteio sequer interrompeu isso. Tinha quebrado essa conexão... essa era a pouca
relação que tinha com eles.
Suas mãos esfregaram os braços uma vez mais antes de ir a seus ombros, quando se deu
conta que os músculos se reforçaram uma vez mais. Deu uma massagem, e se perguntou como
podia sentir sua tensão sem esforço.
—Seu pai se afastou, depois de ser baleado no roubo e que sua mãe morrera.
Ela assentiu. —Ele já se fechou a mim, e quando me entregou à tia Ginger, foi como se já não
existisse. Sem visitas, nem ligações. Nada. —Sua garganta se apertou. —Passei muitos anos me
repondo do que ele me fez. Não posso acreditar que se sentisse tão forte depois de todo este
tempo. Tratou-se de um dobro rechaço. Em primeiro lugar não prestava atenção, depois me
lançou fora de toda sua vida junta.
—Sua dor por sua mãe o comeu vivo.
Ela assentiu enquanto a dor se difundia com conhecimento através dela, com um giro em
seu estômago enquanto ela permitia que sua dor chegasse à superfície.
—Sente-se forte pelo que está acontecendo agora, —disse. —O estresse às vezes traz essa
merda de retorno com uma vingança.
—Faz em você?
—Sempre.
—Nunca te vi dessa forma. É forte física e mentalmente.
—Sim, mas sou humano. Está de volta em minha vida e tudo sobre você, me afeta.
Quanto a seu pai, estou certo de que te amava. Não soube como mostrá-lo de outra forma
que deixar ir. Pensou que se estaria apanhado em uma cadeira de rodas pelo resto de sua vida,
não poderia ser um bom pai para você.
—Isso é uma merda. Poderia ser.
—É óbvio. Mas não acredito que seja o que ele acreditava nesse momento. Pensou que
estava em mal estado pelo que a tia Ginger poderia fazer um melhor trabalho de criação.
Em um cilindro, quis sentir raiva contra a injustiça. —A vida me deixou marcas muito feias

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então.
—Tudo foi mau? Veio a Gold Rush e terminou sendo algo grande, verdade?
Ela esboçou um sorriso, sabendo que não podia vê-la de onde estava sentado na escuridão.
—Sempre sabe como levar perspectiva às coisas.
—Trato.
—Vir a Gold Rush, quando era uma adolescente foi fantástico. Você e sua família. Sempre
me lembram os bons tempos que tive.
—E agora?
—Agora... agora é uma mistura de coisas.
Seus braços se deslizaram até que ele a abraçou pelos ombros. Os lábios roçaram seu
pescoço, e ela estremeceu de prazer. —Não pode contar a Darrell como parte de Gold Rush. Ele
não é daqui, como você.
Enquanto desejos sensuais formigavam na pele e ventre, ela sabia a resposta correta. A
correta. —Ainda estou tratando de decidir aonde pertenço.
Ele assentiu, e a boca roçou sua orelha. —Só recorda, pode contar comigo e com minha
família. Estamos aqui para te ajudar.
Não sabia como sentir-se. —Necessito tempo para assimilar tudo isto. Para acreditar que é
real.
—OH, é real com todos os direitos. Assim é isto.

Os quadris se moveram e ele pressionou o pênis em seu traseiro, como se procurasse um


lugar para aninhar. Faíscas quentes se acenderam enquanto a língua roçava sua orelha, e as mãos
de Mick começavam a viajar. Ela se moveu, metade sem consciência e a outra desejando mais de
seu pênis apertando-se contra ela.
Com o crepúsculo, uma brisa fresca flutuou sobre eles como a carícia de um amante, mas ela
sabia que seu corpo estava em fogo e o desejo se fundia em seu núcleo.
Como um vulcão, os sentidos exploraram, tomando cada uma das estocadas com
entusiasmo e fogo. Os olhos se fecharam e se afundou no céu, em tudo o que o presente poderia
trazer. O toque de Mick deslizou a seu pescoço e encontrou o pulso palpitante na base. Deve ter
notado o ritmo, o muito que revoava e duvidava com emoção. Com o formigamento, permitiu que
seu entusiasmo tomasse com a guarda baixa, que passasse as inibições que do contrário
ameaçavam chupando em reflexão e dúvida. Sempre tinha duvidado. Sempre duvidando até o
momento em que se precipitou e teve todas as oportunidades com ela. Esperava que o temor a
alcançá-la e não encontrou.
Ela queria mudar. Queria conhecer o positivo, pô-lo em sua vida e deixar de esperar que as
coisas más viessem. Talvez, com a orientação de Mick, poderia aprender de novo com passos de
bebê até que a noite não tivesse demônios e seu coração corresse livre.
Os lábios de Mick encontraram seu ouvido outra vez, com o fôlego quente girando em um
sopro de erotismo sobre a pele sensível. As gemas dos dedos a roçaram, ligeiros como uma pluma
sobre os peitos. O desejo se fundiu nas coxas apesar de que o tecido proibia acessar sua carne
nua. As palmas das mãos tomaram seus peitos e os sustentaram, os polegares provaram seus

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Heart of Justice 02

mamilos. Ela ficou sem fôlego. O sutiã com enchimento era uma frustrante barreira. Os mamilos
endureceram a seu ponto máximo, e picaram. Ela arqueou em seu controle, desejando mais,
enquanto a parte inferior do corpo imprensava o seu.
Crescendo-se e levantando-se, seu corpo reagiu, sentindo um ritmo acorde com o seu.
Tomando-a, acariciando-a, as mãos mantinham a tortura. Seus peitos se sentiram sensíveis,
maiores, como os mamilos. Depois de que ele a atormentou durante uma eternidade, as mãos
deslizaram sob a camisa. Com um movimento rápido, o fecho frontal do sutiã abriu. As palmas das
mãos de Mick, tão quentes e ligeiramente calosas, tomaram sua carne nua.
—OH, Deus. —As palavras escaparam com um grito pequeno.
—Mmm. —Murmurou em seu ouvido, com a própria respiração saindo mais rápida
enquanto aplaudia e acariciava a carne. —Tão redonda e suave e bonita.
Quando apertou os mamilos e os puxou brandamente, ela se queixou. —OH, isso se sente...
—Bem?
—OH, sim. —Soava entrecortada e emocionada, e maldição, estava. —Sim.
Ele continuou trabalhando sua carne lentamente, apertando seus mamilos e enviando lava
por suas veias. Ela queria seu toque e suas carícias mais do que qualquer outra coisa que pudesse
se lembrar. Como podia ter imaginado que esse homem guardava violência dentro de si? Como
pôde tê-lo temido?
Seu sussurro se inflou suave e quente no ouvido. —Deixe-me que te isto.
O toque de Mick deslizou pela cintura e acariciou o estômago. O calor formava redemoinhos
como um torvelinho. Sua respiração se cortou enquanto os lábios viajavam por seu pescoço,
beijando e deslizando-se com um toque leve. O calor fez cócegas na barriga e viajou diretamente a
seu núcleo enquanto encontrava o caminho sob o elástico da cintura da calça e calcinha. Quando
seu contato passou pela carne nua, quase evitou sua respiração. Todos seus sentidos se
concentraram no momento em que ele baixava, mais abaixo, enredando-se nos cachos até que
avançou entre as dobras e os acariciou. A umidade aliviou seu caminho.
—OH. —Ela deixou escapar a sílaba, com seu fôlego acelerado.

Separou as pernas ainda mais, e igual a ela lembrava, ele tomava seu tempo.
Torturando-a enquanto colocava um dedo com um impulso lento profundamente em seu
centro.
—Mick?
—O que passa?
—Isso se sente...
—Sim?
—Incrível.
—Então será melhor que siga fazendo.
À medida que estendia o dedo dentro dela, tocou um lugar alto dentro. Seu ponto G? Tinha
ouvido falar disso, perguntando-se a respeito, mas nunca experimentou ver se podia localizá-lo.
Ele se tornou para trás, metendo-se dentro, acariciando sua umidade quente. Sua vagem se
fechou ao redor do dedo.

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Mick golpeou um mamilo e o rodou enquanto um dedo esfregava esse lugar dentro dela
com um movimento incessante, com um impressionante toque que a fez mover os quadris, com
seu fôlego saindo bruscamente, com os olhos fechando-se hermeticamente. Sensação atrás
sensação se empilhavam enquanto ele se afastava e logo empurrava dois dedos dentro.
O prazer se multiplicou por dez, e os dedos se entrelaçaram sobre a mão que sustentava seu
peito.
—Vamos, —sussurrou. —Sinta. Me sinta.
Ela ouviu a agonia em sua petição e soube que vinha de seu interior de algum lugar
profundo. Sabia que ele queria que ela se retorcesse e se voltasse louca em seus braços, desejado
que se liberasse das preocupações que tinha construído até que o clímax não fora a não ser uma
certeza. Enquanto uma doce liberação, florescente flutuava na borda, ouviu sua própria respiração
rouca, com uma pequena queixa escapando.
Uma vez mais a golpeou onde estavam. No exterior. No pátio traseiro. Entretanto, agora à
noite os cobria, o que fazia sua detecção improvável. Ela ondulou, retorceu-se, alcançou o céu.
Mick a sujeitou com um braço ao redor de sua cintura, com seu toque explorando seu centro
quente. Seus dedos a roçaram mais profundo, acariciando-a, movendo-se através das dobras
molhadas. A sensação era insuportavelmente boa, e enquanto tratava de conter os gemidos, o
prazer chegou a ela.
Voltou à cabeça para a direita enquanto estremecia no bordo do escarpado.
—Está-me torturando.
—Me diga o que necessita.
—Não posso.
—Sim pode.
—Necessito —Se interrompeu, agarrou a mão e levantou os dedos. Ele roçou o clitóris e ela
ficou sem fôlego. —Sim. Aí.
Sua língua se precipitou ao ouvido, com sua voz áspera e masculina. —Não se esconda de
mim. Dê-me isso agora. Diga-me o que quer.
—Joga com meu clitóris, —sussurrou ela em seu desespero.
Ela não necessitava permissão enquanto o calor em seu interior se elevava a um terreno de
jogo. À medida que manipulava o mamilo, implacavelmente atirando e ajustando-o, roçava com
golpe suave o clitóris. Ela conteve uma súplica e se deixou cair. Só se deixou ir.
O orgasmo de Celeste chegou a uma polegada final.
Gemendo brandamente, um som de felicidade a sobressaltou tão intensamente que quase
não pôde deter-se, saindo da garganta. Estremeceu, com o fôlego suspenso enquanto o mais
profundo de seus músculos estavam contraídos, e logo se agitou. Um fogo a cauterizou enquanto
os músculos se esticavam, com a felicidade tão bonita que lágrimas apareceram nos olhos. Seus
dedos seguiram manipulando o clitóris e mamilos. A felicidade de sua ardente sacudida se movia
em ondas de alucinante prazer. Mesmo o orgasmo que teve no armário não tinha sido tão forte,
tão potente. Ela estremeceu, gemendo com prazer.
Enquanto Celeste baixava a mesinha, Mick disse: —Deus, foi bonito.
Ela se moveu, esfregando ao longo de sua ereção dura-até-a-ponta. Ela suspirou.

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—Foi.
Celeste sabia o que queria fazer, afastando-se de seus braços.
—Aonde vai?, —perguntou.
—A nenhuma parte. Faz-me um favor?
—Claro.
—Há algo que quero te dar, e esta rede não é um bom lugar para isso.
Na quase escuridão, seu sorriso brilhou arrogante e segura. —Ah, sim?
—Entremos.

Capítulo Treze

Mick se sentou no sofá, com o pênis dolorido e tão duro que quis gritar pela necessidade de
foder Celeste. Mas também sabia que se tratava de tirar a roupa nesse momento já não seria
deliciosamente lento fazer o amor como imaginou para eles. Não. Queria deitá-la sobre o piso, no
sofá, apoiá-la contra a parede... em qualquer lugar que pudesse conduzir o pênis até que sua doce
boceta e fodê-la até que não soubesse onde ele terminava e ela começava.
Não queria gozar como um implacável animal, mesmo que se sentia como tal.
Queria, da forma mais elementar, possuir seu corpo e alma.
Celeste o observava, com o cabelo despenteado, com a camisa amarrotada, com os lábios
entreabertos, com uma sensualidade sonhadora. —Abre sua calça.
Ah, sim. Podia chegar a isto. Ele abriu a braguilha e levantou os quadris para poder tirar a
calça jeans e a roupa íntima o suficiente como para que liberasse o pênis. Seu olhar se enganchou
para o pênis como flecha. Ele não era o suficientemente arrogante para pensar que seu pênis era
extraordinário. Bom, não era exatamente pequeno, mas sabia que não era muito maior que o
médio. Mas ela o olhava como se tivesse encontrado o Diamante Hope.
Cheio de sangue, grosso, e morrendo por ela, o pênis se sacudiu. Ele lambeu os lábios.
Acomodou-se de joelhos diante dele, e ele sorriu. Obrigado, Deus. Suas bolas se sentiam
como que podiam estalar em qualquer minuto. Ela o trabalharia em um frenesi com sua resposta
por seu tato aí na rede. Pensando na forma como seu corpo pulsava ao redor dos dedos, duro e
sensível que o clitóris se sentiu ele quis rogar. Jesus, não podia aguentar isto.
Sua mão pequena e pálida o alcançou, e atou os largos dedos ao redor da base do pênis.
Desfrutando de estendê-los através dele. Talvez ele tinha quebrado as barreiras dela e pouco a
pouco, mas com segurança cederia ao desejo que zumbia entre eles. Queria essa satisfação,
queria que ela se retorcesse debaixo dele, com as pernas ao redor dele, enquanto ele levava
ambos ao seguinte universo.
Whoa, moço. Está-se adiantando.
Quando o pênis aumentou com seu agarre, ela o olhou e sorriu. —Deus, Mick, está tão duro.
É tão... grande.
Ele tragou. Santa. Maldita. Merda. —Meu bem, se segue dizendo essas coisas, vou gozar.

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Os bonitos olhos de Celeste se voltaram uma promessa sedutora. —Desejo isso.


Logo fez a maior coisa de todas as que sua mente poderia imaginar. Inclinou-se e roçou a
língua sobre a ponta do pênis. Os quadris se sacudiram enquanto seu intestino se apertava de
prazer conduzindo seu sangue quente pelas coxas. Ele pensava que não poderia se pôr mais duro,
mas menino, tinha se equivocado. Os dedos de Mick se apertaram em punhos e apertou os
dentes.
Enquanto a mão se movia para cima, a boca abrangeu a ponta e se moveu para baixo com
uma combinação dos lábios e sua mão fez que um gemido gutural saísse da garganta.
Ele se arqueou com seu tato. Com parafusos de prazer fazendo garras. —Não se detenha.
Ela riu em voz baixa, e a vibração eletrizou seu prazer que dobrava-os-dedos-de- seus-pés
sacudindo seu corpo. Sua língua o lambeu, os lábios o acariciaram, a mão o apertou e se deslizou.
Ela fechou os olhos, mas ele a viu devorá-lo com largas lambidas, com calor úmido, e estocadas
que apertavam-o-estômago, que ameaçavam voltando seu controle a pó. O calor se acumulou nas
coxas, ameaçando explodir.
—Não posso tomar isto muito mais.
Não podia. Não recordava a última vez que um toque feminino e sua língua o levaram a
estar perto da borda tão rápido. Sua cabeça caiu de novo ao sofá enquanto os olhos se fechavam,
e se entregava ao êxtase.
Mas agora não pôde evitar o entusiasmo de sua respiração ou a súplica de sua voz. —Isso é
tudo. OH. Deus. Isso é tudo.
Sua mão se moveu com rapidez, com a boca de cima a abaixo, de cima a abaixo. Tinha que
adverti-la.
Ela murmurou com sua garganta, e a vibração foi direto ao pênis até que não pôde pensar
em outra coisa exceto na forma como os lábios se sentiam acariciando a carne.
Quentes.
Apertados.
Sedosos de mulher pura.
O úmido deslizamento dos lábios e o golpe de sua mão o levaram a uma loucura que não
podia resistir. O calor se arqueou através dele como uma supernova.
Uma doce felicidade o alcançou, destroçando seu corpo. Os dedos apertaram as almofadas
dos assentos. O calor explodiu fazendo-o grunhir baixo na garganta e estalou com uma explosão
cheia de felicidade que parecia seguir e seguir até que se sentiu enjoado de prazer.
Enquanto liberava a semente em sua boca, ela tragava cada gota, e o erotismo disso o
enlouqueceu. Seu corpo gritava de prazer, sacudindo-se e gemendo enquanto um êxtase puro o
escalava. Enquanto ofegava e tremia, Mick flutuou em um sonho.
Sim, um maldito sonho que nunca pensou que seria realidade.
Sonhara durante anos vê-la dessa forma, tomando-o nela sem vacilar.
Celeste sorriu e se sentou de novo, com o cabelo bonito caindo sobre os ombros como
dourados fluxos de seda. Ela encarnava todas as fantasias, cada lembrança do que desejou quando
era um adolescente.
Ele abriu os braços. —Veem aqui.

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Heart of Justice 02

Com um sorriso tímido, ela se arrastou até o sofá e a seus braços. Ele a abraçou enquanto
permaneciam sentados, quietos e em silêncio. Ele esperava seu bate-papo, apesar de que deveria
saber melhor. A outras mulheres que teve em sua cama gostavam de falar depois do sexo. Mas
isso não era exatamente sexo, não? Essa era a metade do sexo. O início das relações sexuais. A
quem estava enganando?
Isso tinha sido sexo, puro e simples.
À medida que absorvia o silêncio, o único abajur que iluminava a sala brilhava em seu
cabelo. Ele inalou profundamente e captou seu aroma. Cheirava somente a Celeste. A um aroma
feminino passado de moda, mas que o consolava de uma maneira que não podia identificar.
Moveu-se e desfrutou de seu peso se localizado com tanta confiança em seus braços. O
conhecimento profundo situado em seus ossos. Ela podia não sentir suficientemente segura para
ter sexo completo com ele, mas por agora isto tinha sido suficiente.
Beijou-a na parte superior da cabeça. —Está bem?
—Estou maravilhosa. E você?
O sorriso em sua voz o fez sorrir. —Não me sentia tão bem em muito tempo. Esfregou o
braço. —Obrigado.
—Por quê?
—Pelo melhor sexo oral.
Ela riu, com um sonzinho feminino que gostava e que não esperava.
—É certo. Muitas mulheres não... —Ele encolheu os ombros.
—Dão sexo oral?
—Isso, e certamente como o inferno não tragam.
Ela se sentou e deslizou de seus braços. —Queria te agradar.
Tinha feito, mais do que podia saber. Tomou a mão e sustentou a forma delicada. Tão
malditamente pequena e frágil, mas forte. —Estou preocupado com você.
Os dedos se entrelaçaram com os seus. —O que? Por quê?
—Por esse idiota de... Huntley.
Ela encolheu os ombros. —Está-me fazendo um pequeno número, mas você me ajudou a
diminuir o dano. Lenderson não pode ser tão estúpido para acreditar no Darrell, não?
—Essa é uma muito boa pergunta.
—Acredito que não há nada mais que possa fazer neste momento mais que esperar e ver.
—Já volto. —Foi ao banheiro e quando voltou ela seguia sentada no sofá, com uma firme,
triste, solitária expressão nos olhos e lábios.
Ele se sentou a seu lado. —Tenho outra sessão de treinamento às seis.
—Com seus irmãos?
—Não. Com outro tipo de equipe. Com o Dace Banovic.
—Quantos homens estão em sua equipe SWAT nestes dias?
—Dace, Craig, Trey, Kelso, e outros dez. Por quê?
—Só me interessava saber quanta gente estava cuidando suas costas.
—Está preocupada comigo?
—Claro.

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Heart of Justice 02

O que o fez sentir-se estranho. Gostava de importar a ela.


—Está pensando muito, —disse ele.
Suas sobrancelhas se moveram. —Faço? Sobre o que?
—Sobretudo. Não posso dizer que te culpo, entretanto. Huntley é uma peça de trabalho.
Mas te aguente. Não o deixaremos ganhar nisto.
—Deixaremos?
—Sim. Tenho um plano.
Os olhos se abriram.
Não deu oportunidade de falar. —Necessitamos um sistema de segurança nesta casa.
—Esse é um gasto que não estou certa de querer agora mesmo. —Ela ficou de pé quando
ele se dirigiu à porta principal.
—É a coisa mais inteligente que pode fazer. —Os braços foram ao redor de sua cintura.
—Quer que tenha paz mental, não?
—Sim. Deixa chamar a alguém de sistemas de segurança.
A boca se torceu. —Suponho que não queria esse chão novo na cozinha de todos os modos.
—Conheço um homem de Segurança Hyperion na cidade. Vi o desenho desta casa, e estou
bastante seguro do que necessita. Pode vir e assegurar-se do que estou falando e instalá-lo o
mesmo dia.
Um sorriso apareceu na boca, e não pôde evitar um sorriso de volta. —É outra coisa,
MacGilvary. É meu anjo da guarda?
—Por agora sou.
Um desafio acendeu seus olhos enquanto negava. —Tenho que confiar em mim mesma.
Esse condenado desafio feminino de novo —ela pensava que ele a estava pressionando.
Talvez o fazia. —Não estou tratando de te intimidar ou algo.
—Sim, faz. —Outro sorriso rompeu a cara. —Mas neste caso acredito que aprecio sua
sabedoria.
Ele passou os dedos sobre o nariz. —Bem.
Beijou-a, e ela tomou o controle, com a língua jogando nos lábios até que os abriu. Enquanto
sua língua o acariciava, ele estremeceu e o pênis ameaçou convertendo-se em um pico de novo.
Ele gemeu e se retirou. —Criei um monstro.
Ela suspirou e deslizou de seus braços. —Não tome o crédito ainda. Isto sempre esteve
dentro de mim. Simplesmente não tinha visto, até agora.
—Maldição. Acredito que eu gostarei de descobrir esse seu lado.
Outro beijo profundo que incluiu acariciar seus peitorais até que deixou escapar o ar.
O que não daria de ver seus lábios jogando com os mamilos, percorrendo o corpo com
abandono.
Desprendeu-se lentamente dos braços. —Quero saber o que o tipo do Hyperion dirá, de
acordo?
Uma vez no caminho, ficou olhando a noite com certeza. Centímetro a centímetro evitaria
sair machucada. Apesar de que sabia que o sentido comum e a inteligência a guiavam, Mick não
podia deixar de preocupar-se. Parte dele desejava que tivesse pedido que ficasse essa noite. Mas

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se tivesse feito, a tentação de fodê-la até ficar sem sentido o afligia. Ela teria se dado à sedução;
sabia da maneira como um homem sabia seu próprio nome. Entretanto, ele não o desejava dessa
forma. Ele desejava que ela só o tomasse, quando sua paixão demonstrasse que não possuía
nenhuma dúvida e que não se arrependeria. As relações sexuais com ela tinham que ser genuínas,
ou não as queria absolutamente.
Queria algo com ela que nunca experimentou com outra mulher.
Maldição, era uma mudança da noite do evento de artes marciais. Ele estava preparado para
fodê-la sem pensar nas consequências, em por que ela desejava, no que significaria para eles no
futuro.
Mick desejava Celeste quando se entregasse por completo e nada menos que com ele
dentro quando o fizesse.
—Merda.
Mick duvidava poder dormir muito essa noite.

Capítulo Quatorze

—Já vejo. —Celeste não podia pensar em outra coisa que dizer no telefone. —O conselho
considera que essa é a decisão correta, apesar de que sou inocente das acusações que Huntley
fez?
Lenderson pigarreou. —Bom... sim.
—Apesar de que meu anterior empregador disse que não viu sinais do transtorno obsessivo-
compulsivo ou de enfermidade mental em mim durante meu trabalho lá?
—Sim.
A ira subiu mais alto, como fez desde que pegou o telefone e o diretor Lenderson tinha
começado a justificar a decisão da junta. Não havia nenhuma justificação para isso em sua mente.
—Não há maneira em que possa apelar essa decisão?
—Sinto muito, senhorita Rice. A decisão é definitiva. Quis ligar imediatamente e me
assegurar de que soubesse.
—Obrigada, senhor Lenderson. —Por nada. Obrigada por nada. —Adeus.
A mão tremia quando pôs o telefone em seu suporte. Celeste ficou olhando o telefone,
metade esperando que soasse e escutar a voz triunfante de Darrell dizendo canção de ninar-
canção de ninar-bu-bu. Ele parecia estar em todas as partes, invadindo sua intimidade, tratando
de destruir no que tinha trabalhado toda a vida. A estabilidade e a paz. A segurança e o amparo.
Cruzou pela mente que dois homens que conhecia sacudiram sua vida. Mick a mantinha fora de
balanço, fazia que sua vida tivesse ondas correntes e incertezas. Com afeto e amparo, com
sensualidade selvagem e incerteza.
Darrell a aterrorizava, de maneira sutil e não-tão-sutilmente, e a enchia de outro tipo de
dúvidas. Não importava o que fizesse, não podia dizer com certeza como terminaria cada dia. Não
importava quanto quisesse a seu santuário ou se refugiasse, parecia fora de seu alcance. Arranco

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de seu férreo controle.


Malditos fossem os dois.
Pegou o telefone e marcou o celular de Mick, mas seu correio de voz atendeu. Deixou uma
mensagem.
Depois de ir à geladeira por uma coca diet, retirou-se à sala de estar e pegou o telefone de
novo. Não passou muito tempo para que Leigh atendesse o celular.
—Hey garota, —ouviu a voz alegre do Leigh na linha. —O que acontece?
—Nada bom. Ouça, tem um pouco de tempo esta noite para compartilhar uma garrafa de
vinho? Realmente necessito uma conversa de garotas e uma troca de ideias.
—Uh-OH.
—Exatamente.
—Está bem?
—Estou esplêndida. Bom, não estou. É meu trabalho... ou o que pensava que ia ser meu
trabalho.
—OH, merda. Conte-me tudo sobre isso, —disse Leigh.
—Não enquanto esteja em seu trabalho.
—Está bem, mas terminei por este dia de todos os modos. Quando quer vir?
—Logo que esteja livre.
—Já estou livre.
—Então, vamos por essa garrafa de vinho.
—Passarei no supermercado e farei mais compras.
—Não tem que fazer isso.
—O que? E deixar passar a oportunidade de jantar? Fui condenadamente boa ultimamente
não comendo coisas que são más para mim. Tenho que ter uma desculpa de vez em quando.
Desligaram e Celeste contemplou começar com as bebidas para adultos antes. Não.
Estranha vez bebia sozinha e nunca quando estava deprimida ou sob um significativo
estresse.
As celebrações e jantares com amigos qualificavam como momentos para beber vinho, mas
não muito mais.
Exceto que beberia sob pressão esta vez, Não?
Que se foda, Darrell Huntley.
Apertou os dentes e se recostou no sofá. Apenas trinta minutos mais tarde o som de um
carro em seu caminho de entrada a fez sair do sofá.
Apareceu pela grande janela e viu a caminhonete do Departamento do Xerife no meio-fio.
Ao princípio não pôde ver o oficial dentro da cabine e seu coração começou a pulsar com força,
depois o lado do condutor abriu e Mick saiu.
Emoção e curiosidade ziguezaguearam através de seu sangue. Por que se detinha aí,
enquanto estava em serviço? Abriu a porta e enquanto ele caminhava pelas escadas do alpendre
vestido com o escuro uniforme marrom de manga curta do Departamento do Xerife, incluído o
chapéu de vaqueiro marrom, seu coração deu um triplo salto e as coxas reagiram com uma
necessidade primitiva de fundir-se.

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Whoa. Via-se positivamente... quente. Nunca o vira com o uniforme de seu departamento
do xerife completo. O chapéu se via incrível nele. Agora que pensava, nunca o viu no uniforme do
SWAT tampouco, e a ideia enviou uma emoção fresca dando giros através de cada célula de seu
feminino sangue. OH, sim. Eu gostaria de ver isso.
Esperava seu sorriso, mas ele tinha o cenho franzido. —Hey, Há algo errado? Sua mensagem
foi realmente críptica.
Ela o fez entrar na casa e fechou a porta. Com as mãos nos quadris, por cima dela Mick
representava a autoridade masculina em bruto.
—Está bem?, —perguntou.
—Sinto muito... sim, estou bem. Deveria ter deixado uma mensagem mais clara. Pensei que
podia ligar mais tarde e te explicar.
—A próxima vez me diga o que está passando. Quando escuto que um “Ouça, Mick, más
notícias. Ligo-te mais tarde” assim que ouvi, me preocupei.
Instintivamente, deu um passo adiante e tocou o peito. —Disse que sinto. Não estava
pensando com claridade. —Deixou escapar um suspiro. —É...
Outro motor de carro soou na rua, e esta vez reconheceu o distintivo Volkswagen Golf.
—Quem é?, —perguntou.
—Leigh Strong. É uma amiga. Pedi que viesse compartilhar uma garrafa de vinho comigo.
Antes que pudesse fazer mais perguntas, Celeste abriu a porta. Vestida com um traje de
negócios cor turquesa brilhante e saltos altos cor turquesa, Leigh se dirigiu ao alpendre levando
uma sacola e uma carteira de mão. Sua expressão se torceu em uma careta enquanto olhava a
caminhonete também estacionada na unidade de circular.
—Não se preocupe, —Celeste gritou das escadas a amiga. —É só Mick.
Mick lançou um grunhido, como se refutasse a parte de “só”.
As sobrancelhas escuras de Leigh se apertaram enquanto subia os degraus. —Boa maneira
de me assustar, me fez dez anos mais velha, garota.
Leigh passeou na casa de Celeste, com os olhos verdes brilhantes e com o longo cabelo cor
brandy até os ombros tão refinado e elegante que a maioria dos homens virava para olhar duas
vezes. Mick, em troca, não se via boquiaberto.
Leigh tinha um corpo miúdo, perfeito, que gritava sexualidade sensual, mesmo quando
usava pijama de flanela ou uma camiseta grande e rasgada. Também parecia delicada e frágil.
Nenhum dos que a conheciam acreditaria, entretanto.
Leigh Strong tinha fortes bolas de aço, e não deixava que ninguém se esquecesse disso.
O atento olhar de Leigh viu Mick, e estendeu a mão. —Olá. Sou Leigh Strong. Prazer em
conhecê-lo.
Mick tomou a mão com a grande mão tragando a pequena da mulher. Sua expressão séria se
dissolveu no encanto masculino com um sorriso quente. —Prazer em conhecê-la. Mick
MacGilvary.
Leigh devolveu o sorriso, com a marca dos olhos faiscantes e a genuína amizade à vista. —
Então, o que minha amiga fez esta vez? Sempre está em problemas com a lei.
Celeste fez um ruído de brincadeira e sua amiga tocou o braço. —Não estou em problemas.

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—Permitam-me levar esta sacola à cozinha enquanto vocês terminam de falar, —disse Leigh
enquanto se dirigia à cozinha.
A cara de polícia do Mick voltou enquanto centrava sua atenção em Celeste. —O que estava
a ponto de me dizer antes que Leigh chegasse?
Celeste deixou sair uma corrente de ar entre os lábios, com seu suspiro soando cansado e
resignado aos próprios ouvidos. Contou o que Lenderson dissera.

A boca do Mick endureceu. —Isso é uma merda.


—O que é uma merda?, —perguntou Leigh, ao retornar da cozinha.
Celeste repetiu a história sobre a ligação com Lenderson.
—Que horrível. —Leigh abraçou os ombros de Celeste e deu um apertão. —Todas as pessoas
dessa escola estão loucas? Não posso acreditar que fizessem isso.
—Eu acredito. —Celeste deu uma respiração profunda enquanto a realidade se estrelava
para dentro. —Necessitava esse trabalho.
A evidente ira de Mick pela situação fervia em seus olhos. Ela tinha visto essa indignada
“Farei algo ao respeito” olhar antes.
—Terei um bate-papo com esse Lenderson. —Mick cruzou os braços. —Isto não está bem.
Celeste o agarrou por antebraço. —Não. Não faça. Não fará nenhuma diferença. Já falou
com eles.
O rádio do ombro do Mick vaiou, rangeu e a voz de uma operadora disse seu número de
unidade e perguntou se podia respaldar a outro oficial.
Ele respondeu em forma positiva e disse a Celeste e ao Leigh, —Tenho que ir.
Mick surpreendeu Celeste agarrando a parte de trás de seu pescoço brandamente e dando
um rápido beijo nos lábios. Assim de rápido, o corpo de Celeste reagiu e as bochechas
ruborizaram.
—Vocês damas mantenham tudo trancado, certo? Ligarei mais tarde. Prazer em conhecê-lo,
Leigh.
Leigh o saudou com a mão. —Tome cuidado.
Depois que Mick se fora, Leigh deu um assobio lento. Se espalhou. —Ohhhh, cachorrooo.
Esse é um pedaço de homem, magro, magnífico. —Moveu as sobrancelhas. —Quero dizer...
whooohooo.
Celeste riu. —Me alegro de que pense assim.
—Não, não está. Quer ele todo para você. Mas se não o quisesse, eu estaria interessada. É
quente.
Celeste pôs o olhar no teto. —Deus, Leigh, temos que encontrar um encontro e rápido para
você.
—Eu gostaria. Tenho muito trabalho por fazer. Suponho que deveria me acostumar a ver seu
carro na entrada de sua casa muito? Depois de tudo esse beijo foi, bem, mama mia.
Celeste se queixou da brincadeira de Leigh e se dirigiram à cozinha. Celeste pinçou na sacola
que sua amiga colocou no balcão da cozinha. —O que temos aqui? Salgados. Não. Mais salgados.
Está tentando me engordar?

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—Sim. —Piscou os olhos Leigh. —É brincadeira. Mas parece que poderia ter um bom festival
de comida lixo como uma mudança. —Deu uns tapinhas no ombro Celeste. —Diga a Mamãe Leigh
o que está passando.
Celeste abriu as sacos de batatas e o vinho. Leigh pôs uma mão sobre o respaldo de uma
cadeira e se equilibrou em um pé. Tirou os sapatos de salto alto e os deixou cair no piso.
—Trabalhará amanhã?—Perguntou Celeste.
—Na realidade, não. A loja está sendo pintada. Tratamos de conseguir a alguém para fazê-lo
no fim de semana... correção, tratei de convencer Delilah de fazer nos fins de semana e me disse
que seria muito caro. —Leigh gemeu. —Não sei ela. Preferia perder os ganhos na oficina de um dia
que pagar um pouco mais para que pintem na noite, quando a loja esteja fechada. Toma um
tempo que o cheiro à pintura se vá do ar. —Leigh suspirou e aceitou o vinho branco que Celeste
entregou.
Celeste colocou duas sacolas abertas de batatas e molho na mesa da cozinha quando tocou
o telefone. Celeste correu à sala levantando-o, e então recordou sua promessa de deixar que a
secretária atendesse todas as ligações. Quando se inteirou que era a empresa de segurança que
estava retornando a ligação para consertar, ela atendeu. Ao cabo de só uns minutos fez um
encontro para o dia seguinte.
De volta na cozinha, Celeste disse: —Não sei se colocarei esse sistema de segurança.
As sobrancelhas de Leigh subiram com desaprovação evidente. —Por que não?
Celeste se afundou em uma cadeira e colocou a mão na bolsa de batatas fritas. —Porque é
caro, e não tenho trabalho.
Leigh mordeu uma batata e a mastigou antes de responder. —Mick sugeriu isso, certo? E
terá um desconto sobre o preço normal devido a que é recomendada, verdade?
—Isso é o que disseram.
—Então, faça. Não há momento como o agora.
Leigh, a rainha dos encontros, podia dizer um dito mais rápido que ninguém que Celeste
conhecesse e sem dúvida escutaria mais antes que a noite terminasse.
Celeste se queixou. —Faça ou morre?
Uma batata se deteve a meio caminho da boca de Leigh. —Não diga coisas como essas. Dá-
me medo pensar em que está nesta casa com fechaduras débeis que qualquer um poderia
romper.
—Sua casa está melhor?
—Não muito. Mas mudarei a um condomínio fechado muito em breve. É mais seguro. É
óbvio, não tenho a um tipo SWAT quente que me proteja, tampouco.
A lembrança dos beijos de Mick enviou uma nova onda de calor à cara de Celeste.
Leigh sorriu e a assinalou com uma batata. —Ah! Aí está. Isso prova que está mau. Está
apaixonada por Mick?
Celeste quase se afogou com o vinho. —O que? É óbvio que não.
—É óbvio que não? Por que não?
—Bom, ele é...
—Sim, cospe.

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Celeste se reclinou em sua cadeira. —Nossa relação é mais ou menos física. Uma vez eu... —
Celeste não o podia dizer, nem sequer a melhor amiga.
—Não dormiu com ele ainda, verdade?
—Deus, é tão contundente.
—Admito. Sempre fui assim. Sou Leigh a-corta-perseguição. Toma muito menos tempo
chegar à verdade. O que te impede de dormir com ele?
Celeste tomou seu tempo para responder consumindo outra batata e bebendo vinho. —Não
sou eu. É ele. Mais ou menos.
Leigh franziu o pequeno nariz. —Né?
—Tivemos intimidade... em alguns aspectos. Mas diz que não dormirá comigo até que saiba
que me sinto segura.
A expressão de que-o-diabo-o-entenda do Leigh mudou a uma suave. —Ah, já vejo.
Preocupa-se que esteja obstinada ao que passou quando foi adolescente, não? A quase violação?
Celeste não viu nenhuma razão para tratar de mantê-lo em privado. Leigh o arrastaria fora
de um modo ou de outro. —Sim.
—Wow. Realmente é um protetor, então. —O sorriso irreverente de Leigh sustentava
brincadeira. —Isso poderia ser bom, entretanto. Sua moderação, quero dizer. Pensa no que será
quando deixar toda essa paixão solta.
—Por Deus, agora sei que temos que te encontrar um homem. Parece que tem um pouco de
luxúria que queimar.
Leigh encolheu os ombros. —Não a curto prazo.
Celeste sentiu um puxão no meio, uma consciência de que seu caso grave de luxúria por
Mick estivesse no fio, atreveu-se a pensar… de que fora amor. —Possivelmente poderia me
apaixonar por ele se me permitir isso.
Leigh grunhiu. —Como faria isso? Como se permite se apaixonar por alguém? Ou faz ou não
faz.
—É mais complicado que isso.
Leigh pareceu refletir, como se queria trabalhar com possibilidades em sua mente. —
Apaixonei-me duro e rápido de um homem uma vez, e foi mega desastroso. Entendo o receio que
deve estar para construir algo significativo com Mick.
Celeste refletiu na surpreendente declaração da amiga. —Por que sua relação foi um
desastre?
Os olhos do Leigh ficaram tristes enquanto se encolhia de ombros. —Ele estava atrás do
dinheiro de minha família. É uma longa história.
Leigh insinuou a Celeste no passado sobre o estilo de vida Prada de sua família, perto de Los
Angeles, e de como tinha fugido a Colorado para começar de novo depois de uma má relação. Mas
Leigh não revelou toda a história e disse que preferiria esquecer.
Celeste não tinha visto a infelicidade em Leigh antes, e ficou séria. —Sinto muito.
A expressão alegre de Leigh voltou. —Ouça, esta noite é toda sobre você.
Celeste esfregou as mãos pelo rosto. —O que faço agora?
—A respeito de...—Leigh levou uma batata a sua boca e a mordeu.

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—Estou sem trabalho.


—Tinha um plano de emergência, verdade?
Celeste se moveu na cadeira, com o cansaço comendo-se sua resolução. —Minha
experiência como assistente administrativa é meu respaldo. Lenderson me disse que era perfeita
quando me entrevistou pela primeira vez, e tudo parecia tão promissor que não fiz os preparativos
para encontrar um trabalho como assistente administrativa.
—Condenaram-te com evidências superficiais. —O rosto do Leigh em forma de coração se
crispou com desprezo. —Tarados.
Celeste riu pela descarada seleção de palavras de Leigh. —Suponho que posso ver seu lado
das coisas.
—Pode. Mas por que faria?
Celeste tomou a taça de vinho e cheirou o aroma embriagador. —Neste momento não posso
perdoá-los. Talvez mais tarde.
Leigh levantou sua taça em sinal de saudação. —Esse é o assunto.
Celeste percebeu que comeu muitas batatas e empurrou a sacola em direção a Leigh. Leigh
murmurou obrigada e as pontuou com um sorriso.
Depois de tomar um gole de vinho, Celeste disse: —Temo que estou me convertendo em
uma chorona e não quero me converter em uma dessas pessoas que só querem queixar-se e não
fazer nada respeito a seus problemas.
—É óbvio que não. —Leigh deu uns tapinhas na mão a Celeste. —Sinto que esteja passando
por isso. —Os quentes olhos de Leigh começaram a preocupar-se. —É uma merda. Não há forma
de dizer melhor.
A declaração de Leigh era uma questão de fato do que Celeste já sabia. —Dói. Muito. Mas
derrubar não cortará. Darrell pode fazer um oco nas coisas, mas não posso deixar que me golpeie.
—Essa é uma grande perspectiva. Qual é o primeiro passo?
—Talvez meu primeiro passo seja pensar isto durante a noite, e por agora desfrutar das
batatas e do vinho.
Os olhos do Leigh se abriram como pratos, e estalou os dedos. —Já tenho. Não posso
acreditar que não pensei nisso antes. Delilah me disse que necessita alguém para administrar a
papelada da boutique de casamento. As coisas estão muito ocupadas para nós já que é o mês bom
dos casamentos de junho, e sempre está se queixando de que não temos tempo suficiente para
nos manter ao dia com a papelada. Talvez gostaria de ter alguma ajuda temporária. O que pensa?
Celeste meditou, incerta. —Deixe-me pensar nisso durante a noite. —Outra situação
desagradável veio à mente. —Não acha que sua chefa se oporia a minhas circunstâncias com
Darrell e não me queira contratar?
O olhar de Leigh foi considerado. —Duvido, mas verificarei amanhã. Ela não se assusta
facilmente.
Bombeadas com a conversa, as batatas e o vinho, Celeste e Leigh desfrutaram de seu
tempo. Celeste se encontrou rindo, como um humor diretamente-da- profundidade-de-sua-
barriga.
Muito tempo depois, Leigh olhou o relógio. —OH, não. São quase as dez em ponto. Vê-se

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como se estivesse pronta para te desmaiar. Quantos copos de vinho tomou?


—Dois. Quantos você bebeu?
—Três. —Leigh franziu o cenho enquanto um olhar perplexo aparecia nos olhos.
—Maldição. Não posso conduzir assim. Ponho-me ligeira quando se trata de vinho, e não
pensei.
—Poderia dormir aqui esta noite. Há um montão de dormitórios extras.
Leigh se levantou lentamente. —Eu adoraria, mas prometi a Delilah que ajudaria a mover
algumas coisas da loja amanhã pela manhã antes que os pintores cheguem.
—Pensei que disse que não estaria trabalhando.
—Moveremos algumas coisas, e depois Delilah ficará lá com os pintores. —Leigh enrugou a
parte superior do nariz. —No que estava pensando?
—Pedirei um táxi, então.
Leigh foi à sala de estar para usar o telefone enquanto Celeste guardava o último do vinho e
das batatas fritas e o molho.
Um tremendo estrépito sobressaltou a Celeste, que tragou, e provocou um grito de Leigh.

Capítulo Quinze

—Leigh—Celeste correu à sala de estar.


O vidro da janela da frente estava quebrado, e uma rocha jazia no chão perto de Leigh.
—OH, Meu Deus. —Celeste disse forçou as palavras pela garganta apertada.
Leigh tocou o rosto e o sangue avermelhou seus dedos. Amaldiçoou com veemência. —Isso
me doeu.
Celeste correu para a amiga e viu o corte na maçã do rosto esquerdo do Leigh. —OH,
maldição. Espera.
Celeste se apressou à habitação da cozinha e pôs o estojo de primeiro socorros na pia.
Tomou, apressou-se a retornar à sala e viu Leigh sentada em uma poltrona com o rosto pálido.
Leigh sorriu, fez uma careta quando Celeste tomou uma gaze para mantê-la contra o corte.
—O vento não enviou essa rocha através da janela.
Celeste pegou o telefone da mesa e marcou 911. O operador disse que enviaria a alguém o
antes possível. Depois que Celeste desligou, retiraram-se à outra sala em que Celeste ajudou a
Leigh a enfaixar a ferida.
—Isto poderia necessitar pontos de sutura, —disse Celeste.
—É só um arranhão. Nem sequer está sangrado mais. —Leigh sorriu e logo fez uma careta.
—Não está tão mal.
A campainha tocou, e ambas saltaram.
Celeste se dirigiu à porta e apareceu pela mira. —É Craig MacGilvary. Não esperava que ele
respondesse. Isto está nos limites da cidade. Há outro carro de polícia... um da prefeitura da
cidade. Parece que teremos mais cavalaria da que necessitamos.

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Celeste abriu a porta a Craig. —Hey Craig. Obrigada por responder tão rápido.
Ele entrou na casa, com sua presença uniformizada enchendo a habitação com uma
sensação imediata de segurança. —Escutei a chamada pela rádio e reconheci o endereço.
Seu olhar cruzou passando a Celeste e aterrissou em Leigh. Os olhos se abriram com
precisão laser, saltando entre elas com grave preocupação. —O que aconteceu? As senhoritas
estão bem?
Leigh soltou uma risada suave, sarcástica. —Se pode chamar ter uma pedra jogada pela
janela ‘estar bem’.
Celeste notou como Leigh ficou toda arrepiada com Craig como se tivesse antipatizado
com o irmão de Mick no minuto que ele entrou na casa. Que estranho.
Celeste fez um gesto ao Leigh. —A rocha foi diretamente à sala e bateu na cara de Leigh.
Craig caminhou para frente até que se elevou sobre o pequeno corpo de Leigh.
—Necessita um paramédico?
O olhar do Leigh pareceu frio a Celeste. —É um arranhão.
O oficial da cidade chegou ao alpendre e Celeste o deixou entrar. Sob o atento olhar do
Craig, o funcionário investigou o incidente.
—Conhece alguém que tenha algum ressentimento contra você, senhorita Rice?—Perguntou
o Oficial Jenkins.
—Poderia dizer isso. —Celeste explicou suas dificuldades com Darrell.
O celular de Celeste, que tinha deixado conectado ao carregador da cozinha, tocou.
Leigh se dirigiu à porta da cozinha. —Vou atender.
Passaram uns segundos antes que Leigh retornasse com o telefone. —É Mick.
Celeste falou pelo telefone. —Mick?
—Ouvi a chamada pela rádio. Está bem?—A voz de Mick soou urgente, áspera pela
preocupação.
—Estamos bem. Leigh está aqui e Craig se deteve porque ouviu a chamada e reconheceu a
direção.
—Estou no condado, mas estarei em caminho.
—Não, não. Não se preocupe por isso, —disse Celeste automaticamente.
—Vou para aí.
Antes que pudesse protestar, Mick desligou. Ela ficou olhando o telefone, e logo sorriu a
Craig. —Seu irmão pode ser um homem agressivo.
A atitude fria de Craig se fundiu em um sorriso genuíno. —Assim é. Acredito que vem de
família. —Quando seu olhar passou por cima de Leigh uma vez mais, sustentava uma genuína
curiosidade. —Pode depender de Mick para algo, entretanto.
Depois que o oficial da cidade terminou seu relatório e se foi, Craig se ofereceu a pôr uma
tábua sobre o cristal quebrado e saiu para arrumá-lo. Retornou pouco tempo depois.
—Mick está aqui, —disse Craig enquanto a caminhonete de Mick entrava em caminho e se
detinha atrás do carro de Craig.
Celeste recolheu os pedaços grandes de vidro com uma pá e vassoura. —Todo o bairro
pensará que um delito grave foi cometido aqui.

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Leigh levou o aspirador na sala de estar de Celeste ligou.


—Provavelmente terão todas as emoções que não tiveram em uma década.
Apesar de que Celeste não via a diversão verdadeira na situação, uma brincadeira saiu de
todos os modos. —As pessoas pensarão que somos os verdadeiros criminosos, se o departamento
do xerife se mantém enviando mais oficiais a minha casa.
Craig apagou sua dura expressão de traseiro e sorriu. —Que o digam a meu irmão mais
velho.
Mick se somou a tudo quando Craig abriu a porta principal. O olhar de Mick se dirigiu a
Celeste enquanto espreitava na sala de estar. —Que diabos aconteceu?
Enquanto que Mick se abatia sobre Celeste, e dava as respostas, Craig ajudou a Leigh com a
limpeza. Os dois pareciam adicionalmente tranquilos... quase rígidos. Celeste não podia pôr seu
dedo no estranho ambiente. Mantendo-se a uma distância profissional, que não teria parecido
estranha, exceto por uma coisa. A hostilidade parecia ferver a fogo lento entre eles, mas pelo que
Celeste sabia, Craig e Leigh nunca se conheceram. Interessante.
—Isto tem que ser obra de Darrell. —O olhar de Mick posou sob a janela tampada. —Terá o
sistema de segurança colocado amanhã, certo?
Celeste se permitiu moderar seu temperamento. —É óbvio.
Sabia que soava molesta, mas não podia evitar sua reação. Já teve o suficiente de homens
arrogantes e machos por essa noite, mesmo daqueles que tratavam de ajudá-la.
O olhar do Mick era de policial forte, e ela sentiu o aguilhão desse olhar limpar através dela.
—Não ficará aqui esta noite.
—Sim, farei.
—Um... chamarei um táxi, —disse Leigh alegremente divertida.
—Por que necessita um táxi?—Perguntou Craig.
Leigh colocou os sapatos e pegou o telefone sem fio na mesa de café. —Devido que tomei
três taças de vinho. Não conduzirei.
—Estávamos em uma festa de garotas. —Celeste respondeu à curiosidade de Craig.
—Eu te levarei a casa, —disse Craig a Leigh.
Leigh franziu o cenho enquanto folheava a lista telefônica. —Isso não é necessário.
A resposta de Leigh foi tão categórica, que mesmo Craig não discutiu. Encolheu os ombros.
—Se você insistir. Será melhor que volte para caminho, então.
Uma vez que Craig se foi, algo da rigidez pareceu deixar os ombros de Celeste e a difícil-de-
definir tensão na sala se dissolveu. Quer dizer, até que Mick insistiu em tirar o tema de que
Celeste ficasse em casa.
—Pode ficar em minha casa, —disse Mick.
—Não. —Celeste decidiu que tomaria a lição da melhor amiga. Inclinou a frente em alto. —
Não deixarei que Huntley ou que qualquer outra pessoa me tire de minha casa. E é definitivo.
Mick tirou do braço a Celeste e a devorou através da porta da cozinha. Baixou a voz. —Por
que está sendo teimosa a respeito disto?
A pele de Celeste picou, com os nervos dançando e ajustando-se. O incidente da rocha a
tinha sacudido mais do que queria reconhecer. —Porque este é o tipo de estrago que Darrell

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Heart of Justice 02

espera criar em minha vida. Não é um homem estúpido, Mick. É psicólogo, recorda?
Mick assentiu, mas não pareceu disposto a voltar atrás. —Que fique em minha casa só por
esta noite até que consiga fixar a janela amanhã não é grande coisa.
Era uma grande coisa, mas talvez tivesse feito mais do que precisava. Mick não percebia isso
como um problema de intimidade, mas sim como um de segurança.
—Faz por mim, certo?—Pediu Mick. —Minha casa já tem sistema de segurança. Vamos por
suas coisas e nos dirijamos para lá.
—Tem razão, —disse Leigh enquanto pendurava a bolsa sob o braço. —Mais vale acautelar
que lamentar.
Celeste cruzou a sala e se afundou na macia segurança da poltrona reclinável. Não importava
o que acontecesse, essa poltrona sempre dava um sentido de esconderijo. —Isto poderia acabar
sendo uma coisa estranha. Como o oficial da cidade disse, é provável que seja uma brincadeira.
Leigh deixou escapar uma risada suave, duvidosa. —Claro. Você acha isso?
—Eu não, —disse Mick.
Superada em número de dois a um, Celeste se queixou. —Está bem. Está bem. Pegarei
minhas coisas.
Celeste se dirigiu escada acima. Não queria fazer isso. Não podia sucumbir à ameaça do
medo para ir-se correndo aos braços do Mick cada vez que Darrell fizesse um gesto de loucura.
Além disso, Mick sacrificara meses de sua vida por seu bem-estar todos esses anos. Não
podia pedir que seguisse fazendo, sem importar que as circunstâncias fossem diferentes. Os
braços de Mick representavam uma segurança robusta. Mais que a segurança física ameaçava
dissolvendo-se nessa situação, entretanto. Sua autonomia que estava em jogo. Não podia permitir
que um homem sozinho arrumasse o embrulho que outro estava tratado de fazer ou permitir a
Mick ficar em perigo por ela.
Enquanto empacotava sua mala, decidiu assegurar-se de que Mick entendesse isso.

Celeste se sacudiu de um profundo sono à manhã seguinte, com o coração martelando.


Sentou-se e olhou ao redor da espartana habitação. A habitação estava cheia de luz, embora as
cortinas romanas azul marinho cobriam a única grande janela. Ela se tombou na cama e escutou
por algum sinal de Mick movendo-se ao redor da casa. Não se ouvia nada dele pelo que ela podia
dizer.
Depois que Leigh pegou o táxi, Celeste conduziu seu automóvel até a casa do Mick e ele a
seguia. Para sua surpresa, Mick manteve uma atitude de tipo de negócios mostrando a casa em
um rápido percurso para que pudesse encontrar tudo. Talvez sua própria irritação que arrepiava
sobre sua situação ditava a atitude de Mick. Tornou-se frio. Impessoal. Deu um sermão sobre
manter as portas fechadas e o sistema de segurança ligado. Agitada com os eventos da noite, não
podia dormir imediatamente. Tentou de ler na cama, mas sua mente vagava de novo à perda de
sua oportunidade de emprego e ao incidente da pedra jogada. Sua mente passava de irritada a
irritada até que dormiu duas horas mais tarde.
Tinha sido surpreendente que não o ouviu entrar na casa, apesar de que deveria ter

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retornado de seu turno agora. Um pequeno brilho de pânico se lançou através dela. E se não
tivesse retornado porque algo que tivesse acontecido no turno? OH, Deus, Celeste. Tem que
superar isto. Tem que deixar de pensar nele dessa forma ou nunca terá uma relação com ele. A
preocupação não vai resolver nada e te dará uma úlcera.
Ela tirou a camisola minúscula e se preparou para o banho, Celeste sabia que dizer para não
se preocupar com ele não adiantaria. De um jeito ou de outro ela sempre se preocuparia. Talvez
seu desejo de ter um relacionamento físico com ele fosse um grande e gordo erro que ela
precisava esquecer o mais rápido possível.
Assim que abriu a porta do quarto que ela sentiu o cheiro de café. Certo, ele estava em
casa.
Seu coração deu pulos de felicidade. Maldição, ela precisava resolver isso de qualquer jeito.

Quando Celeste entrou na cozinha, completamente vestida e com o cabelo enrolado em um


coque na parte traseira da cabeça, Mick pensou que se via como sete formas de sexy.
Não. Sexy não acabava de descrevê-la.
Comestível.
Fodidamente... bem, fodível.
Levava uma camiseta de cor rosa intenso que moldava os grandes peitos e mostrava o bem
tonificado torso que aproveitava ao máximo a cintura baixa do jeans que estalava nas pregas e
dava a as bem formadas pernas ainda mais longitude. Homem, via-se bem. Ele deixou o jornal na
mesa do café da manhã e deu um longo e profundo gole a seu suco de laranja. Não podia falar
coerentemente ainda.
Sua expressão cuidadosa não o intrigava. Pensou que ele devia ter o mesmo aspecto.
Ontem noite a tensão entre eles o tinha perturbado e confundido. O calor ainda fervia em
suas veias por ela, mas talvez ela tinha decidido que o do “sexo” deveria desaparecer. Que se fora.
Nada. Ela tinha o direito de dizer a merda.
Luta com isso.
Esse pequeno beijo que deu ontem à noite com a amiga vendo, produziu-se
involuntariamente. Se sentiu bem e o fez porque queria tranquilizar-se dizendo que não fariam
nenhum dano. Fazer contato, mostrar afeto se havia sentido como que era a única forma em que
sabia como expressar seu carinho com outros gestos como deixá-la que ficasse em sua casa.
Sim, queria isto por sua própria tranquilidade. Queria que estivesse segura. Ainda queria.
—Hey—disse em voz baixa, situando-se no lado oposto da cozinha com as mãos metidas nos
bolsos traseiros. —Não ouvi quando chegou ontem à noite.
—Cheguei tarde. Ontem à noite estive muito ocupado. Tive o tráfico detido no DUI,
infrações, uma queixa invasão... o que seja, tudo aconteceu ontem de noite. E nem sequer havia
lua cheia.
Ela sorriu. —Acha que a lua cheia faz que a gente faça coisas estranhas?
—Acontece uma vez ao mês. Alguns policiais não acreditam, mas eu sim.
—Hmm. —Ela vagou como um gatinho duvidoso com um prato saboroso de leite. —Por que

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já está acordado?
—Não podia dormir. —Sim, fiquei pensando em que jazia na habitação do lado. Fora de meu
alcance.
Ele se levantou da mesa do café da manhã e se dirigiu à cafeteira. Enquanto se aproximava
dela, não pôde evitar olhar profundamente seus olhos. Algo doce e quente queimava ali. —Tem
fome? Quer café?
Ela tirou seu olhar dele e ficou olhando o chão de ladrilhos. —Devo chegar a casa e ligar à
pessoa de reparação.
—Segue precisando tomar o café da manhã, não é assim? Mesmo se for iogurte?
Seu sorriso enviou fragmentos de calor ao vermelho vivo a seu pênis. E simplesmente assim,
seu sorriso chegou em muitos níveis. Desejava-a para o café da manhã. Queria que ela estivesse
por debaixo dele aberta. Uma visão dela nua, com seu traseiro plantado no balcão da cozinha,
com as pernas abertas, com a boceta sob sua ativada e devoradora língua…
OH, Senhor.
—Come iogurte?—Sua voz cortou sua fantasia.
Ele esclareceu a garganta e sorriu. —É bom para meu estômago. O como antes de me
afundar em um prato de cereais todas as manhãs. Por quê? Os caras que comem iogurte são
muito femininos para você?
—Não conheço nenhum homem que admita comer.
—Deve conhecer um montão de caras que não estão seguros de sua masculinidade.
—Ou talvez simplesmente não comem iogurte.
Bom... queria começar a manhã livre no plano contrário. Ele estaria condenado se passava
horas tratando de entender suas palavras crípticas. —Se não tem fome, não tem mais que dizer.
Seus olhos s esfriaram de novo, e os lábios se franziram. Ele deixou a xícara de café na mesa,
com seu café da manhã esperando por ele e com tanto apetite como saltar sobre o Grand Canyon
sem paraquedas. Preparado para jogar com fogo, tomou suas oportunidades e se aproximou dela.
Ela tinha apoiado um quadril contra a mesa.
Ele ficou perto, perguntando-se se retrocederia.
Ao ver que não capturou sua atenção ao olhar profundamente nos olhos. —Fora com isso.
Desde que Huntley atirou a pedra através de sua janela, tiveste essa atitude.
—O que está pensando?
—Não sabemos se foi Darrell.
—Não temos provas, mas você e eu sabemos que foi ele. Tem medo? Pode ficar aqui comigo
sempre que quiser. Digo a sério. —Fazia. Se ela queria mudar sem importar o tempo que tomasse
Huntley conseguir uma pista e ir-se, Mick a queria aqui.
Ela apoiou as costas contra o balcão e cruzou os braços. —Obrigada, Mick. Mas a atitude,
como você a chama, é porque não quero estar aqui.
Uma sacudida golpeou no estômago. —O que?
—Não é que eu não goste de sua hospitalidade. Obrigada por deixar que ficasse ontem à
noite.
—Não há de que. Se não é isso, o que é?

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As palavras saíram como uma corrente. —É um homem de mente forte, de caráter muito
forte. Posso entender por que. Necessita-o para seu trabalho. Mas tenho que tomar minhas
próprias decisões e ter um homem me diga como e quando tenho que fazer algo não funciona
para mim.
Ele quis replicar, mas sua resposta se estrangulou. Em seu lugar, inclinou-se mais perto dela.
Seu quente aroma de mulher jogou em seu nariz. Fresco. Suave. Delicioso. Seu pênis endureceu -
não se importava quando ou por que - desejava-a agora. —Acha que sou arrogante?
—Ontem de noite deu muitas ordens sobre tudo.
Ela poderia tratar de ocultá-lo com uma redação menos agressiva da que teria que utilizar,
mas ele viu a faísca de ira. —Via-se um pouco fria ontem à noite quando fui. —Ele levantou os
braços, incapaz de deter-se, e tomou o lado de seu comprido pescoço. A pele estava suave sob seu
tato. —Acha que sou muito mandão?
—Quando está no modo de polícia.
Aí estava de novo. Sua referência ao que não gostava dele. Era um policial. Seu descontente
cresceu. —Estamos de volta a isso. Ser polícia é o que sou, Celeste. Isso não vai mudar.
Ela respirou lentamente e deixou escapar o ar igual de lento. Seu peito subia e baixava
chamando a atenção. Os mamilos doces estavam duros como pedras.
—Pode ser um policial no trabalho e não ser mandão com sua família e amigos.
Apesar de que estava zangado com ela, não pôde impedir essa reação puramente física.
—Celeste, estava preocupado com você quando a chamada entrou. Ouvi-a, ouvi dizer que
Craig iria e me assustou que algo mal tivesse te acontecido. Demande-me se fui um pouco
mandão. Quis-te aqui em minha casa depois. Segura.
Acreditou ver uma chama de algo diferente em seu olhar. Os olhos estavam quentes, mais
abertos. —Mick, Eu...
—Sim?—Deus, cheirava bem. Delicioso. Ele se moveu, incapaz de manter as mãos quietas.
Ou os lábios.
Tomou a cabeça e lhe deu um beijo na frente, logo no nariz. —Diga, meu bem. Seja o que
seja só diga.
—Me deixa tão louca.
Ele começou a rir, e as mãos se aproximaram para pressionar seu peito. Se ela o afastava, ele
iria. Não pediria nada a uma mulher indisposta quando se tratava de sexo. —Faz-me zangar,
também.
Ela abriu a boca, e logo um sorriso repartiu em sua boca. —Você é o mais irritante homem,
como uma dor no traseiro…
Beijou-a, pescando sua boca e selando-a. Sua língua paquerou com os lábios, jogando e
burlando-se dela. Quando ela se fez cargo, explorou com necessidade, com a língua em procura de
enredar-se e juntos ter uma dança cheia de fogo. Ele se reuniu com força com ela, com sua
suavidade deslizando-se ao longo do corpo com uma vulnerabilidade que começou a chutar todo o
primitivo dentro de Mick em uma massa crítica. Quando tomou a nádega, ela ficou sem fôlego na
boca e a perna direita se aproximou para enganchar-se ao redor de sua coxa. OH, Merda. OH, sim.
Ele dobrou os joelhos até que seu sexo esteve em consonância com o pênis e podia sentir seu

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calor queimando-o através do jeans. Uma e outra vez se beijaram, com os corpos movendo-se em
um concerto sensual de rock and roll que gritava por mais.
O calor floresceu por todo o corpo, dando uma sensação de formigamento nas coxas, e
viajando pelas pernas, ventre, para cima até o peito. Não sabia como podia suportar muito mais
disto sem tirar a roupa.
Seus dedos se meteram no cabelo, e ela puxou a cabeça para baixo para um ajuste mais
preciso. Arqueando o quadril à sua, ela se retorcia em seus braços e lhe mostrava o muito que
desfrutava da qualidade de suas frenéticas carícias. Deliciosa e quente, seus toques devolvidos o
levaram a borda. Cada vez que ela se retorcia, movia-se, tocava, ele pensava que sua mente
derreteria. Simplesmente se dissolveria até que não ficasse mais dele para manter-se. Ela o
destruiria, mas na mais feliz e emocionante maneira que podia imaginar.
Celeste subiu a camiseta para cima e as mãos caíram sobre seus peitorais.
Passou os dedos sobre os mamilos, e o prazer o fez gemer. Então ela fez algo que seguro
como o inferno não esperava. Celeste levantou a polo para cima o suficiente para despir o peito, e
colocou os lábios quentes direto em no peito entre seus peitorais. Ele gemeu de novo enquanto o
pênis ficava tão duro que teve medo de perder o controle. Lambeu um mamilo e ele se sacudiu
quando este ficou duro sob a língua. Agarrou a cabeça brandamente, aproximando-se a seu peito,
com os dedos amassando seu couro cabeludo. Com cada redemoinho, cada brincadeira da língua
úmida e quente ameaçava enviando-o ao esquecimento. Imaginou a língua em seu pênis de novo,
girando ao redor de sua cabeça, lambendo-o. Chupando-o.
—OH, neném. —As palavras deixaram a boca, ouvindo-se si mesmo as dizendo, animando-a,
emaranhado os dedos por seu cabelo enquanto beijava para cima até que os lábios se
encontraram outra vez.
—Mick. —A voz era rouca de desejo, e quando abriu os olhos viu a mensagem. Ela desejava
o mesmo que ele. O calor a fogo lento aumentou um grau mais até que ameaçou fervendo. —
Mick.
Tomou as nádegas e a levantou até que pôde sentá-la no balcão. Mergulhou em outro beijo,
reunindo as línguas em um concerto de estocada atrás estocada de fogo. Ele trabalhou sob sua
camiseta, tomando-a sobre o sutiã esportivo. Encontrando o mamilo e beliscando com suavidade.
Ela deu um puxão, ficando sem fôlego na boca. Um gemido vibrou na garganta.
Ele sabia onde poderia terminar isso se não paravam.
Ele abriu a boca e brandamente deslizou os braços. —Whoa, meu bem. Temos que parar isto
agora. Tem um encontro com a empresa de segurança em uns trinta minutos, verdade?
Com os olhos frágeis, assentiu. Seus dedos foram aos lábios, os olhos se encheram de uma
expressão de assombro. —Correto.
Deslizou-se lentamente dos braços, com seus olhos ainda refletindo o impacto de seus
beijos. Antes que pudesse pensar em outra coisa que dizer, ela saiu da cozinha.

Capítulo Dezesseis

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—Está distraído—disse Trey enquanto caminhavam para o automóvel de Mick. —Craig me


disse algo ontem. O que acontece?—Trey arqueou as sobrancelhas. —É Celeste?
Mick grunhiu enquanto se deteve em seu veículo. —Celeste não é uma distração. Ela é... —
tirou o chapéu e arranhou a cabeça antes de voltar a colocar o Stetson. —É uma boa amiga.
Trey bufou. —Sim... né... bem.
—Vai a Merda, —disse Mick alegremente.
—Está agindo como um homem que não se deitou há meses.
Mick o olhou. —O que passa com você e com Craig nestes dias? É como mamãe galinha.
Tenho uma mãe já, muito obrigado. Não necessito outra.
Trey deu uma palmada no ombro. —Tem razão. Só estamos preocupados com você. Está
pendurado mais duro do arame que os peixes. Precisa trabalhar para tirar esse vapor antes que
passe algo, homem.
Mick voltou a grunhir. —O que está dizendo? Que ela evitará minha promoção?
—Só se não se concentra porque está preocupado por ela.
—Tem razão. Estou preocupado. E está me chateando.
Trey franziu o cenho, movendo-se até que o cinturão de couro da pistola rangeu.
—Por quê?
—Porque não posso tirá-la de meu sistema. Se se supuser que ela e eu temos algum tipo de
relação superficial apoiada no sexo somente, não deveria me sentir desta forma. Ah, merda.
Acabo de dizer isso em voz alta?
Trey sorriu enquanto se afastava. —Claro que sim, amigo. Acredito que o velho está
perdendo.
Mick franziu o cenho. —Que diabos significa isso?
—Ouça, nada mais longe de te dizer o que fazer, mas parece que ambos se mantêm
estreitos mas não fazem nada em relação à tensão sexual. Tem que te purgar um pouco antes de
explorar e que acabe afetando seu trabalho. Acredito que está caindo forte e rápido, irmão. Duro
e rápido.
—Não estou.
—Muito.
Enquanto seu irmão desaparecia em uma esquina, Mick se queixou. —Merda.

Celeste deu a volta na cama e gemeu enquanto uma dor de cabeça e palpitações pulsavam
atrás das têmporas. As arrumou para tornar-se sobre seu lado direito e abriu um olho. Mesmo a
aquosa luz do sol que se peneirava através das persianas de madeira enviava fragmentos de dor
através dela. Viu o pequeno relógio de sua cama. Seis da tarde.
Ela acordou completamente. Sua sesta durou duas horas. Queria tirar apenas vinte minutos.
Depois de Mick levar um amigo para consertar o vidro da frente de sua casa ele cobrou o conserto
com desconto, Mick recebeu um chamado para atender uma ocorrência do outro lado da cidade.
O cara da empresa de segurança chegou para instalar seu sistema. Depois o sujeito terminou

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várias horas depois e a ensinou usar tudo, ela precisou de um cochilo para se recuperar.
Ela estremeceu e tapou os olhos. O estômago revirava. Ela podia ficar na cama, mas
precisava ligar para Mick. Ele pediu que ela ligasse quando o sistema fosse instalado e ela não
queria preocupá-lo ainda mais. Sim, certo. Ela sabia que ele se preocuparia de qualquer jeito. O
homem parecido determinado a não confiar em sua competência, e então ele a tratava como um
bebê de colo.
A campainha tocou no andar de baixo. Ela se levantou e a cabeça protestou. Aguardou
alguns instantes antes de descer, um passo de cada vez. A campainha tocou novamente, e a visita
bateu também, como se acelerasse seu progresso.
—Vou!—Escutou a irritação de sua própria voz. Olhou através do olho mágico.
Mick. É óbvio. Abriu a porta.
Mick estava ali com o uniforme completo, boina e tudo, com o rosto grave e a atitude como
de um policial autoritário. —Hey. O que acontece? Levou muito tempo abrir a porta.
—Acabo de despertar de uma sesta, e estava acima. —Deu um passo atrás para deixá-lo
entrar. —O que te traz por aqui?
Ele olhou o relógio grande e negro do pulso. —Disse-me que ligaria e quando não...
—Dormi e agora me dói à cabeça assassinamente.
Os olhos de Mick estreitaram enquanto a avaliava de pés a cabeça como um sargento
jogando uma olhada a um recruta. —Está doente?
—Duvido. —Ela se separou da porta, e Mick a fechou atrás dele enquanto a seguia para a
cozinha. —Poderia ser que meu vício à cafeína. Não consumei meu café do dia por via intravenosa
e perdi o almoço.
—Por Deus, não sente estranhar que pareça uma merda.
—Vá, obrigada. —Lançou um olhar enquanto se dirigia à cafeteira.
—Não quis dizer assim. Vê-se como se não se sentisse bem.
Enquanto punha os grãos e a cafeteira a trabalhar, pinçou ao redor da geladeira por queijo e
começou a morder. Ficou de pé no lado oposto dele na cozinha. —Obrigada por vir, mas estou
bem. O sistema de segurança está em ligado. Tenho que aprender a usá-lo.
O telefone tocou, e em lugar de deixar que a secretária eletrônica tomasse, respondeu por
puro desafio. Um desafio a Mick, um desafio a Darrell. Ao mundo, para o caso.
—Olá!—Disse a voz alegre de Leigh na linha. —Como vai?
—Leigh. Vai muito bem. O sistema de segurança e tudo está bem no mundo. Mick está ainda
aqui para comprová-lo.
A risada de Leigh sustentava incredulidade. —Ahan. Parece um pouco irritada. Tudo bem?
—Grandioso. Como está sua bochecha?
—Minha bochecha está um pouco arranhada. Mas bem.
Celeste deu um sorriso irreverente em direção a Mick e viu que os olhos estreitavam com
curiosidade. —Minha cabeça pulsa com força. Estou a ponto de tomar um pouco de cafeína
diretamente em veia.
—Ah, o.k. Isso te curará tudo. Lamento de sua dor de cabeça. Mick te deu uma massagem no
pescoço? Aposto que é a culpa não só a cafeína, mas também da tensão. Passou muita coisa nas

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últimas semanas.
—Vou levar isso em consideração.
—Olhe, liguei para te dizer que Delilah me disse que adoraria te contratar para que
possamos conseguir ter os documentos sob controle. É só um trabalho temporário durante o
tempo que seja necessário para que nos ponhamos ao dia. Ao menos isso foi o que disse. Acredito
que poderíamos pensar em um posto permanente se você gostar.
Uma lasca de tensão se reduziu em Celeste com a boa notícia. —Obrigada. Foi muito amável
de sua parte perguntar.
—Não há problema. Acredito que vai ser um prazer trabalhar com você. Poderia começar na
segunda-feira já que o trabalho de pintura vai precisar secar o fim de semana?
—Claro que sim.
—Bem.
—Bem, melhor vou. Falarei com você de novo na segunda-feira, ou antes, se precisar, ok?
Descansa e cuide dessa dor de cabeça.
—Prometo isso.
Quando desligou, Celeste foi por uma xícara. Era tempo de cafeína.
—Como está Leigh?, —perguntou Mick. —Esteve um pouco espinhosa ontem à noite.
—Parece à mesma de antes. Leigh não está acostumada a ser espinhosa, mas ser golpeada
por uma pedra faria que me voltasse louca também.
—Parecia ter algo contra meu irmão.
—Deu-se conta disso também?
—Ela o conhecia?
—Não tenho certeza. —A curiosidade a mataria até que voltasse a ver Leigh. —Quer café?—
Levantou a jarra de aço inoxidável. —Recém-feito.
—Tenho que voltar para a estrada.
Café em mão, Celeste se dirigiu à sala de estar e ele a seguiu. —Caminha por aqui.
—Se caminhasse por ali, meus irmãos estariam muito preocupados com minha
masculinidade. —O humor de sua voz deu esperança de que seu estado de ânimo mais escuro não
retornasse. —Vê-se sexy em você, entretanto.
Ela sorriu e o calor encheu seu corpo inteiro pelo elogio. Era ridículo sentir-se assim quando
a vida parecia morder no traseiro ultimamente com cada passo. Bebeu o líquido quente, forte. —A
adulação te fará conseguir tudo, MacGilvary.
—Promete?
—Bom, suponho que depende do que queira.
—Quais são as condições?
—Uma garota tem que ter condições. —Ela tomou outro gole de café. —Graças a Deus pelo
café. Exatamente o que meu corpo necessitava. Posso sentir que essa dor de cabeça se calma.
Leigh disse que sua chefa Delilah quer me contratar temporariamente para ser sua assistente
administrativa a partir da segunda-feira.
—Uma excelente noticia. —Suspirou. —Olhe, tenho que ir. Ligue se necessitar algo, certo?
Espero que se sinta melhor logo.

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Ela colocou a xícara sobre a mesa e o seguiu até a porta, com o coração pesado do que lhe
esperava. —Obrigada por me cuidar, irmão mais velho.
Ele fez uma careta. —Eu não sou seu irmão mais velho. Nem mais novo.
Ela não pôde evitar burlar-se dele. Tirou o chapéu de vaqueiro da cabeça. —Você
certamente é tão protetor como um irmão mais velho. —Apesar da dor de cabeça, sentia-se
alegre e animada com a perspectiva de um novo trabalho. Ela começou a dançar com seu chapéu.
—Moça. Devolva-me isso. —Mick grunhiu as palavras em voz baixa, com uma sensual
ameaça em seu tom.
—O que vai fazer se não faço?
Não era um concurso.
Ele a levou a outro lado da sala, detendo sua fuga, enquanto os braços se fechavam em sua
cintura.
Sua boca acariciou a orelha por atrás. —Deus, é desesperador. Malditamente desesperador.
—A língua saiu para tocar sua orelha, e depois deu um beijo quente na pele sensível do lado do
pescoço. Ela estremeceu com a deliciosa sensação. Suas palmas passaram por cima do ventre,
uma em cima de seu monte, e a outra por sua cintura. —Sabe o que acontece as garotas más que
resistem às detenções?
Uma emoção inesperada dançou através dela. —Não, mas acredito que está a ponto de me
dizer isso.
As mãos se moveram para cima com movimentos possessivos até que tomou seu peito.
Celeste se retorceu para trás e ele pressionou os quadris contra ela.
O pênis estava comprido e grosso nas costas.
—Resiste à prisão depois e pode ser que te mostre isso. —Seu fôlego sussurrou ao ouvido.
O fogo se alastrou por suas veias, lambendo seus sentidos até transformá-la rapidamente
em uma tocha e a enxaqueca foi sufocada em uma onda sensual. Celeste se movia em seus
braços, insinuando, oferecendo, seu batimento cardíaco se acelerou pelo desejo primitivo. Ela o
queria descontrolado. Incapaz de resistir a ela, como ele vinha resistindo há muito tempo.
—Está planejando me algemar oficial?
—É isso o que quer?
—Poderia ser interessante.
Sua respiração ainda acariciava a orelha, abraçando-a estreitamente. Ele se queixou.
—Não posso fazer isto agora. Estou em horário do dever. E você não se sente bem.
—Volta esta noite.
—Não posso. Não termino até muito tarde.
Doeu mais a cabeça. O jogo que jogavam começou uma tormenta de fogo louca em seu
sangue. —Que lástima.
—Além disso, não me aproveitarei de uma mulher que precisa cuidados.
A emoção estalou desceu em seu ventre por seu amparo.
O abraço de Mick mudou enquanto dava meia volta em nos braços e a levava a seu peito. —
Trabalharei todo o fim de semana.
Ela suspirou. —Assim é a vida de um policial.

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—O que tem planejado para este fim de semana?


—Terminar alguns projetos ao redor da casa, lavar a roupa, e talvez relaxar um pouco. —Ela
agarrou seu ombro com uma mão enquanto com a outra equilibrava o chapéu em seu outro
ombro.
—Bem. —Pegou o rosto. —Em outra ordem, se me derem a promoção, farei uma festa.
—E o que há no menu da festa?
—Meus irmãos e minha mamãe disseram que me fariam um grande jantar. Quer vir e me
ajudar a celebrar?
Sentindo-se fresca, passou as mãos sobre seu peito e duro estômago e rodeou a cintura.
—Só se me promete uma demonstração com as algemas depois.
Um desejo selvagem se acendeu nos olhos. —Depende de como má seja.
Depois, com um beijo doce e terno que foi e veio em um instante, soltou-a. Caminhou longe
tão rápido que ela soube que teve um grave efeito em seu controle.
—Fecha atrás de mim.
—Sim, senhor oficial.
Ele se virou para ela o suficiente para dar um olhar exasperado cheia de promessas do que
viria. Logo se foi.
Como prometeu, Celeste fechou a porta e ativou o alarme. Suspirou e se tornou para trás
contra a porta. Não podia acreditar o que disse e o que admitiu desejar. Ao mesmo tempo,
maravilhou-se do controle de Mick. Quando finalmente se reunissem - se alguma vez o faziam-
explodiriam.
Embora sabia, sem dúvida, que ela o queria. Esposas e tudo.

Celeste se moveu na incômoda cadeira metálica na Boutique Bridal. Seu traseiro estava
paralisado, e se perguntou como a proprietária Delilah Willow ou Leigh conseguiam trabalhar
nesse escritório. Não podia queixar-se, entretanto. Esse posto poderia ser uma bênção disfarçada.
Sempre gostara das lojas de noivas, e encontrava o entusiasmo de Leigh pelo negócio, contagioso.
Embora esse trabalho não pagaria tanto como a posição de ensino que tinha, Celeste se imaginou
que o faria até que tivesse outro plano. Como tentar de convencer ao conselho da escola de que
as afirmações de Darrell não deveriam desqualificá-la para o trabalho. Era uma grande
oportunidade, mas decidiu que esse fim de semana te daria uma oportunidade.
O ar condicionado soprava sobre os ombros de Celeste, e encolheu os ombros em na fina
jaqueta. O monitor de tela plana ficou impreciso um segundo enquanto piscou os olhos, e depois
retornou aos números da folha de cálculo.
Enquanto que não podia considerar-se como uma contadora com pleno direito, seus
conhecimentos de contabilidade se encarregavam de seu problema. Estavam atrasadas,
entretanto, e Celeste começava a ver algumas tendências que faziam que se perguntasse como
Delilah mantinha a loja no negócio. Tinha muito no que pinçar e tomaria vários dias escavar na
desordem. Perguntou-se se Leigh compreenderia os problemas potenciais do negócio de sua
empregadora.

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Heart of Justice 02

Leigh e Delilah reorganizaram a loja depois de pintá-la de uma cor rosa claro. Apesar de que
a loja não era enorme, tinha vestidos de quase todos os tipos e tamanhos, além de sapatos,
bolsas, véus e outros acessórios. Como costureira, Delilah realizava grande parte das mudanças de
tamanho nas instalações.
O telefone tocou, e Leigh pegou… se inteirou de que seria parte de suas funções, também.
—Olá, preciosa.
O batimento do coração de Celeste disparou a um estado de alarme. —Darrell.
—Certo. Surpresa de que te tenha encontrado?
Não se surpreendia. Zangava-a. Sua mente dava voltas. Um segundo depois desligou o
telefone.
Leigh colocou a cabeça pela porta aberta. Com a preocupação alinhada na cara. —Quem
era?
—Darrell.
Leigh entrou. —OH, merda.
Celeste deu uma respiração profunda e logo outra. —Como soube que estava aqui?
—Teve que ter me seguido. Devemos chamar Mick?—O tom nervoso de Leigh surpreendeu
Celeste.

Celeste balançou a cabeça. —Não…


O telefone tocou e Celeste o pegou.
—Neném, nunca deve desligar de novo.
Celeste desligou. Sua respiração se fez mais rápida, com os batimentos do coração
golpeando longe enquanto sua moléstia se acumulava. —Esse foi ele de novo.
Delilah apareceu à sala. —O que está passando?
Com quase seis pés de sofisticada elegância glamorosa e morena, a elegância magra de
Delilah Willow mostrava o impressionante corpo de uma modelo. Com os amendoados olhos
verdes de gato perguntando a Leigh e a Celeste com frio cepticismo.
Leigh se voltou para sua empregadora, com a cautela cruzando os trações. —O perseguidor
de Celeste está ligando.
Celeste fez uma careta. Não tinha escondido o fato de que Darrell poderia encontrá-la aí,
mas só o estímulo do Leigh manteve Delilah em calma com a ideia.
A frescura de Delilah se voltou um grau mais gelada. —Já?
—Já. —Suspirou Celeste. —Olhe, sinto por…
O telefone tocou. Leigh deu um passo adiante. —Eu atenderei. Bridal Boutique, fala Leigh. —
Leigh escutou. —Alô?—Desligaram. —Se esse era ele, evidentemente não quer falar com o resto
de nós.
A coluna de Celeste se endureceu com temor. —Delilah, sinto muito.
Delilah aspirou com os olhos sem perder um ápice da contemplação gelada. —Ouvi que
conhece o Mick MacGilvary?
—Sim, —disse Celeste. —É um amigo.
Delilah apoiou um magro quadril contra o marco da porta e cruzou os braços. —Então, ligue

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e avise que este louco averiguou onde está trabalhando.


—Já sabe. —Celeste se levantou. —Sabemos que Darrell está na cidade, mas não temos
ideia de onde. Sempre e quando não fizer mais que me ligar de vez em quando há pouco que
possamos fazer. Tratamos de rastrear linha telefônica, mas liga de um lugar diferente cada vez.
—Vou ligar ao Mick, então, se você não fizer. —Delilah abandonou a zona, e se foi de forma
elegante a seu escritório à volta da esquina.
Tiras de ciúmes encaminharam através de Celeste. Delilah conhecia bem Mick?
Leigh lançou um olhar a Celeste, pondo os olhos em branco.
A voz de Delilah entrou pela porta de seu escritório, com as palavras tão claras como a luz do
dia rompendo em um horizonte. —Tenho que falar com Mick MacGilvary, por favor.
A porta do escritório de Delilah se fechou e a voz sumiu.
Leigh se aproximou da mesa de Celeste e sussurrou: —Não posso acreditar que esteja
fazendo isto.
—Conhece Mick assim de bem?
Leigh encolheu os ombros. —Suponho que sim. Esta cidade é o suficientemente pequena. —
Sorriu Leigh. —É esse um pequeno monstro verde que vejo aparecendo por cima de seu ombro?
Leigh descobriria a verdade muito em breve. —Sim, é.
—Não há com que preocupar-se. —A voz de Leigh baixou a um nível de conspiração.
—Não tem nenhuma possibilidade com ele.
—Como sabe? É uma mulher bonita, inteligente.
Leigh levou as mãos ao redor de sua boca. —Sim, mas é um pouco muito víbora. Mick não
parece ser o tipo de homem que sairia com ela.
Celeste grunhiu. —Não é alta, morena e linda para qualquer tipo de homem?
Leigh enrugou o pequeno nariz. —Suponho que é certo. Mas Mick está caído por você.
Celeste não contava com isso, embora a ideia fizesse acontecer um estremecimento através
dela. —Eu não iria tão longe.
Leigh cruzou os braços e sorriu. —Uh.
Não passou muito tempo antes que Delilah retornasse de seu escritório. —Estará aqui em
menos de uma hora.
O estômago de Celeste deu um segundo tombo, ou uma volta completa. OH, irmão.
Quando Mick entrou na loja vinte minutos depois da ligação de Delilah, Celeste escutou a
comoção na parte dianteira. Delilah e Leigh o saudaram, mas Leigh tinha um cliente. Determinada
a não sair de seu escritório, Celeste seguiu trabalhando. Além de fechar a porta, não podia evitar
escutar a conversa de Delilah com Mick. Entretanto, Celeste se concentrou na folha de cálculo o
melhor que pôde. Mick soava profissional e também Delilah, embora também falavam como se se
encontraram um par de vezes antes.
Mick finalmente perguntou onde Celeste estava e Delilah deu uma resposta afirmativa e
foram para ela. O nervosismo encheu Celeste. Hora de pôr minha cara de jogo.
Delilah entrou primeiro e depois Mick.
Mick assentiu e sorriu, com o chapéu em uma mão. —Olá.
Celeste colocou seu melhor sorriso. —Hey.

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—Delilah me disse que recebeu algumas ligações de Darrell hoje?—Perguntou Mick.


—Duas.
—Três para ser exato. —Disse Delilah. —Alguém desligou Leigh.
Celeste assentiu. —De acordo. Há uma boa probabilidade de que esse tenha sido ele e logo
que se dê conta…
O telefone tocou. Celeste pegou o receptor. —Bridal Boutique, fala Celeste.
—Celeste, foi uma garota muito travessa. Acredito que é hora de que pague por sua
insolência. Acredito que deve morrer.

Capítulo Dezessete

O coração de Celeste congelou. Pôs a mão sobre o bocal. —É ele. Só me disse que deveria
morrer.
A cara de Mick escureceu com ira. —Deem-me isso.
Celeste quase podia ouvir as engrenagens de Delilah rodando uma e outra vez, tal e como
havia passado a Lenderson. Ela sabia onde isso o acabaria.
Ela entregou e Mick disse. —Fala Mick MacGilvary Xerife do Departamento El Toro. É meu
agora, Huntley. Colocarei sua boxer na garganta e farei que se engasgue com o elástico. Se isso
não for suficiente, chutarei as bolas tão condenadamente duro, que se empurrarão por seu
traseiro de maneira permanente. E farei todo isso legalmente. —Mick sacudiu o receptor
afastando do ouvido. —Filho de puta. —Pôs o telefone na base. Respirou fundo e colocou o
chapéu na cabeça. —Vou matá-lo. Terminaremos com esse doente filho de puta.
Leigh se apresentou na porta, com expressão cautelosa. —O que está passando?
—Darrell acaba de te fazer uma ameaça de morte, —disse Mick.
O rosto de Leigh se converteu em uma nuvem de tormenta. —Esse filho de puta merece ser
assado em uma churrasqueira.
A cara de Delilah empalideceu. —E se vier aqui?
Celeste quase podia ouvir as engrenagens de Delilah rodando uma e outra vez, tal e como
havia passado a Lenderson. Ela sabia onde isso acabaria.
—Temos que falar em particular Celeste , —disse Delilah.
O coração de Celeste se afundou. —Claro.
Mick deu a Celeste um olhar sólido, com preocupação evidente nos olhos de céu azul. —Que
horas sairá do trabalho hoje, Celeste?
Provavelmente de forma permanente em uma hora.
Celeste pegou uma caneta e a fez girar entre os dedos, tratando de manter o aprumo em
seu tom. —Em uma hora.
Mick voltou para Leigh. —Vou ver se um carro patrulha pode te seguir a casa. Delilah, farei
um relatório antes que fale com Celeste.
A reticência marcou na expressão de Delilah. —Leigh, vamos trabalhar à frente.

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Mick fez o relatório, depois rodeou o escritório e se agachou junto a ela. Pegou a mão na
sua, e o calor se reuniu em seu estômago. —Sei que isto é difícil. Aguenta, certo? Irei vê-la esta
noite.
—Eu gostaria disso.
—Tudo estará bem. —Não soava muito convencido e em um homem tão forte e crédulo
como Mick, isso a assustava.
—Como pode estar seguro?—Lágrimas encheram os olhos, mas piscou com força e rapidez
para evitar que se estendessem. —Nunca me tinham ameaçado de morte antes, Mick.
Ele elevou o queixo acariciando-a com o dedo indicador. —Sei. Ao chegar a casa, se assegure
que o sistema de segurança permanece ligado. Vou dizer no departamento. A equipe SWAT inteira
pode te comprovar e qualquer outra pessoa que possa oscilar por sua casa passará com a patrulha
se estiverem fora, certo? Vou dizer se aos policiais da cidade que conheço. Sou bom amigo de
muitos deles. Vão seguir com os olhos abertos.
Ela tomou uma baforada e apertou os dedos ao redor da mão de Mick.
—Obrigada, Mick.
—Sua segurança é mais importante para mim que qualquer outra coisa. Não te quero
sozinha quando sair, entende? É menos provável que Darrell te faça algo se não estiver sozinha.
Seu sistema de segurança na casa é um bom. Não poderá entrar ali.
O medo percorreu a espinha com um formigamento de calafrios. —Promete-me isso?
Os olhos de Mick a queimaram com convicção. —Prometo isso. —Beijou a mão e a liberou.
—Ligarei mais tarde. Tome cuidado. Se me necessitar para algo, ligue no celular, certo?
—Farei.
Quando se foi, Delilah chegou imediatamente e fechou a porta. —Temos que falar. —Delilah
estava na borda da mesa, com uma perna pendurada, com os olhos sérios e as mãos entrelaçadas.
—Esta é uma situação complicada.
Aqui vem.
—Não estou certa se estou confortável com você trabalhando aqui agora que este
personagem Darrell subiu ao jogo.
Celeste se reclinou na cadeira, com uma mescla de sentimentos em conflito dentro dela.
Medo. Ira. Frustração. —Posso entender como se sente. Não quer ser um dano colateral.
Os traços finamente esculpidas do Delilah não se alteraram além de sua calma típica. —À
luz de tudo isto, não posso deixar que continue.
Exatamente o que esperava. Podia lutar pelo trabalho, mas como? —Necessito este
trabalho, Delilah. Fui aberta e honesta com você. Disse-te como Darrell arruinou minhas
possibilidades na escola primária.
Os sapatos da moda de Delilah foram e vinham. —Entendo. Isso não quer dizer que corra
riscos com você aqui.
—Está em seu direito. Peço-te sua compreensão, entretanto.
Os olhos de Delilah não se esquentaram em nada e Celeste quis gritar de frustração. —Não
posso. Termina hoje, e te darei seu cheque de pagamento.
Celeste tomou ar estabilizando-se e decidiu que daria a Delilah um conselho tanto se queria

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como se não. —Sugiro que contrate a alguém rapidamente para tomar meu lugar. Seus livros
necessitam muito trabalho.
Delilah se levantou e se deteve na porta, com os lábios apertados com mal-estar, e uma
frieza que esfriou Celeste. —Farei.

—O que ela fez o que?—A voz de Mick sustentava estrita incredulidade.


Quando Mick ligou no celular de Celeste às dez da noite, Celeste esteve feliz de ver seu
nome piscando no telefone. Uma cara familiar aliviava a dor. Teve um chamado e não poderia ir.
Ainda pior era o fato de que a ordem de restrição que pedira foi negada. Se tivesse tido a previsão
de gravar qualquer das ameaças de Darrell, seria outra história. Nesse momento, era a palavra
dele contra a sua.
—Sim, —disse. —Fez. —Celeste sorriu apesar da decepção que ameaçava derramando-se
mais. —Leigh disse que faria Delilah raciocinar, mas não posso dizer que culpo a Delilah por deixar
me demitir. Delilah tem ainda mais razões para temer em seu lugar de trabalho que a escola tinha.
Isto tem que ser um recorde, entretanto. A perda de empregos em uma semana.
—Maldição. Delilah sempre foi uma cadela.
—Alegra-me te ouvir dizer isso.
—Por quê?
—Pareceu uma espécie de... não sei...à vontade com você?
—Reunimo-nos em um par de eventos de caridade da cidade. Esteve na demonstração de
artes marciais do ano passado.
Celeste seguiu caminhando a sala de estar. —Sente atração por você. Vi como jogava uma
olhada a seu traseiro.
Ele começou rir. —O que? Está ciumenta?
Ela balbuciou. —Bom... eu... não.
Mick voltou a rir. —Saímos uma vez depois da exposição de artes marciais do ano passado.
Tudo o que foi um encontro para jantar para me dar conta de que apesar de que é uma mulher
inteligente e bonita, não queria ter nada que ver com ela. Não tínhamos nada em comum, e sua
arrogância esteve na parte superior.
Pensa que Delilah era atraente. Aham.
—Já vejo.
—Não tem nada do que preocupar-se, Celeste. Delilah Willow nunca estará em meu menu. A
única mulher a que me interessa comer é a Celeste Rice.
Celeste se sentou no chão diante de seu sofá. —OH, Mick, não posso acreditar tudo o que
me aconteceu o dia de hoje. Esqueci-me de sua promoção. Como foi?
—Estou de ouro. Tenho a promoção.
—Felicitações. Isso é excelente. Quando é seu jantar de promoção?
—A noite do domingo estarei livre. Esse é o único momento em que todos podemos estar
juntos de uma vez. Comeremos as sete no Empório Steak.
—Nos encontraremos ali.

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—De maneira nenhuma. Eu te buscarei. Lembra o que te disse. Não irá a nenhum lado sem
mim.
—Sinto como se dois homens controlassem minha vida. Darrell me deseja e quer estragar
minha vida. Está fazendo um muito bom trabalho com isso. E embora eu não o queira, agora estou
cedendo a seu autoritarismo.
Mick suspirou pelo telefone. —Estou preocupado com você. Se fosse por mim, e não
acreditasse que não estaria de acordo, eu gostaria de te sugerir que se mudasse comigo. E não
estou isso sugerindo porque te queira em minha cama. Quero-te em minha cama, mas só se for o
que você quer, também. Por favor, não tenha medo porque esteja tratando de te controlar. Só
quero que esteja segura.
Ela fechou os olhos enquanto permanecia de pé em meio da sala de estar. —Sei que não é
como Darrell. Às vezes é difícil ver que outros homens só tentam me ajudar.
—Entendo. Sempre pode contar comigo. Estou em todos os cantos. Todos os MacGilvary te
respaldam.
O cansaço misturado com uma preocupação profunda chegou ao osso. —Esta situação vai
de mal a pior, Mick. Não sei o que fazer com Darrell. Sou um alvo fácil.
—Nunca pense isso. Não está indefesa.
—Intelectualmente sei, mas emocionalmente não me lembro sempre. —Ela parou e se
deixou cair no sofá. —Como posso explicar isto a uma pessoa que nenhuma vez teve um momento
de autodúvidas em sua vida?
Ele bufou. —Quem? A mim?
—Sim. Você.
—Não me conhece tão bem como acredita, se acha que isso.
—Quando alguma vez ficou paralisado pela incerteza?
—Quando entrou nessa festa há dez anos, e soube imediatamente que te desejava. Que
tinha que tê-la. Quando me rechaçou, perguntei-me se era só eu a quem não queria tocar, ou se
era o trauma que tinha sofrido às mãos desse idiota há tantos anos. Escapou e eu não soube a
resposta.
Celeste calou. —Sinto muito. Sempre me pareceste tão seguro com cada escolha que fez em
sua vida.
—Diabos, não. Tomei um montão de decisões equivocadas. Como depois que me deixou na
festa, deveria ter entrado em contato com você e te perguntar o que passava. Em seu lugar,
congelei. Tratei de me dizer que não me importava, mas estava me enganando. Importou-me.
Como me importa agora.
Ela ficou em silêncio, incapaz de expressar a profundidade de seu assombro e a
compreensão fluindo através dela com sua explicação.
—Quanto a sua segurança, temos todo coberto. Tem o sistema de segurança. Além disso, eu
gostaria que aprendesse a disparar uma arma.
A negação absoluta rugiu para cima. —Falamos disso já. Não.
—Há uma calibre vinte e dois que poderia pedir emprestada a Mary Banovic, a esposa de
Dace. Pode aprender como utilizá-la com facilidade.

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Ela se dirigiu para as escadas. O que precisava era tombar e relaxar-se, porque especular
com uma arma a incomodava.
Tem que eliminar o temor. Sabe. Que melhor maneira de destruir o albatroz ao redor do
pescoço? —Então, quando quer que tente disparar essa arma?
—Na sexta-feira pela tarde.
Ela se surpreendeu, pronta para abraçar o medo com ambos os braços. —Certo.
Ele deixou escapar um suspiro. —Wow. Isso foi mais fácil do que pensei que seria.
Ela abriu a porta do quarto e acendeu a luz. O interior quente prometeu envolvê-la e
dissolver suas apreensões. —Dizer que sim em vez de não é fácil. Chegar ao campo e tomar a
pistola e disparar será algo diferente, bom, essa é outra história.
—Quero saber mais sobre o que aconteceu quando sua mãe...
—Foi assassinada?
—Sim.
—Escutou antes.
—Só pouco a pouco. Não todo o assunto.
Ela se tombou na cama e fechou os olhos. —Mamãe, papai e eu acabávamos de entrar na
Caixa de Economia e Empréstimo de Gold Rush. Papai odiava os caixas eletrônicos. Se o
tivéssemos usado esse dia... bom, não fizemos. —Esperou as lágrimas, mas não saíram. —Era
quarta-feira pela tarde e havia pouca gente no banco. O que era ideal para papai. Estava
acostumado a queixar-se de esperar na linha. Mamãe se zangava com ele por estar de mau
humor. De todos os modos, ficamos ali menos de cinco minutos, quando esse homem entrou com
essa arma e assaltou o banco.
Celeste pôs uma mão sobre os olhos, enquanto as lembranças se voltavam mais intensas. —
Meus pais se viam sombrios, mas tranquilos. Talvez acreditassem que se esperavam, tudo estaria
bem. Depois que a caixa encheu a bolsa com o dinheiro da gaveta, o ladrão se voltou para nós.
Meus olhos ficaram fixos na arma. Via-se grande e negra e feia. O tipo tinha uma boina de beisebol
e um passa-montanhas. Apontou a pistola para mim. Mamãe... ela...
—Ficou diante de você, —disse em voz baixa.
—Sim. Houve uma forte explosão e logo mamãe caiu ao chão. Meu papai reagiu gritando ao
homem e o filho de puta disparou a papai, também. —Seu nó na garganta, com o coração
saltando e reagindo como se tivesse visto seus pais morrer diante dela nesses momentos. —Não
podia deixar de gritar. O homem saiu do banco sem olhar para trás. Os policiais o pegaram poucos
dias.
—Perseguiram-no de carro, verdade?
—Assim é. Ele golpeou uma barreira de segurança e caiu sobre o lado de um barranco.
—Menos mal.
Ela limpou a cara e se deu conta que estava úmida pelas lágrimas.
—Suponho. Talvez a vida no cárcere tivesse sido pior que morrer.
Sua confissão pareceu aturdi-lo e deixá-lo em silêncio. Logo disse brandamente, —Se for ao
campo de tiro comigo, farei sair seu terror pouco a pouco. Aprenderá a diminuir seu medo.
Embora parte dela quisesse discutir, a outra parte sabia que dizia a verdade. Poderia

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descobrir por si mesmo se tinha que desterrar seu medo mais profundo de uma vez por todas.
—Quer testar?, —perguntou.
Apesar de que não podia vê-la, ela assentiu. —Farei.

Celeste não queria estar lá.


A sexta-feira chegou rápido. Enquanto Mick entrava no estacionamento de cascalho do
campo de tiro de armas, seus nervos dançaram e não se moveu. Não, não gostava para nada.
Correr como uma louca covarde não era uma opção, e tampouco ser como Rambo. O êxito se
encontrava em algum lugar no meio.
Desligando o motor, Mick estacionou a caminhonete e tomou a mão. —Está bem?
—Não. —Ela viu o brilho nos preocupados olhos.
—Consegue respirar direito?
Respira. Respira. Esse é um conceito. Ela respirou lenta e profundamente. Deixa-o escapar.
Coloca. Tira.
Além da sombra das janelas da SUV, o ruído pop, pop dos disparos soava diferente do que
ela esperava. Não era tão forte. As lembranças passavam. O cabelo arrepiado na parte traseira do
pescoço.
Mick apertou os dedos sobre os seus. —O que está pensando?
Ela não o olhava enquanto um nó se formava na garganta. Ela estremeceu.
—Lembro o dia no banco.
—Vai evitar disparar?
—Talvez. —Ela esperou, e ele também. Sua paciência a surpreendeu, fez aumentar suas
lágrimas. —Como te disse, não é uma questão de esquecer...
—Nunca esquecerá. —Levantou a mão e a beijou. —Só trabalha através dele. Se assegurar
que o medo não dirija sua vida. É forte.
Nesse momento, o medo se afastou com uma suavidade que não teria esperado. Mick fazia
isto a ela. Apoiava-a, importava-se, seu afeto era um bálsamo para seus superexcitados nervos.
—Obrigada, Mick.
—Por quê?
—Por me dar as ferramentas para ver meu caminho através deste medo.
Ele negou. —Não estou fazendo absolutamente nada, meu bem. É você. Poderia ter me dito
que fosse ao inferno.
Ela sorriu. —Fiz, recorda? Uma vez.
Ele começou a rir. —Sim, tem razão. Está pensando em me mandar ao inferno agora?
Apertou a mão. —Não. Comecemos com este espetáculo.
Depois que saíram do carro, ele se dirigiu ao porta-malas e tirou a pequena caixa que incluía
uma pequena pistola. No fundo os explosivos sons a fizeram estremecer. Pensou que se
acostumaria aos sons logo. Mick pôs o braço ao redor de seus ombros e continuaram à cabine. O
processo de registro transcorreu em uma nebulosa. Concentrar-se em regular a respiração e não
entrar em pânico tomou uma grande parte de seu processo de pensamento.

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A passarela de concreto se estendia ante ela como uma longa viagem à câmara de gás. Ela se
deteve na metade. —OH, merda.
Mick deslizou o braço pela cintura e a apertou com força a seu lado e seguiu caminhando. —
Tudo está bem. Está fazendo bem.
A partir desse ponto em adiante, concentrou-se em dar um passo de uma vez. Mick pôs a
caixa da arma na base e a abriu. Jogar uma olhada à arma deu uma pausa, mas manteve seu olhar
nela e disse que ia superar esse temor assim não fizesse outra coisa hoje.
Mick tirou a pistola e a ofereceu. —Sente-a primeiro.
Ela equilibrou o objeto frio na palma da mão. —Não é tão mau.
Entretanto, a entregou de volta a ele e viu crescer a dúvida em seus olhos. Uma parte dela
não queria decepcioná-lo, mas também sabia que não era a respeito da aprovação de Mick. No
centro, necessitava a confirmação de que podia suportar algo na vida. Que a violência ou o temor
da mesma, não a poderia destruir.
Depois de carregá-la, a deu para que a sustentasse uma vez mais. —Aqui. Toma de minha
mão e sente o peso.
Ela a sopesou lentamente, e não se sentia tão pesada como pensou que seria. —A esposa de
Dace Banovic leva esta arma?
—Não a leva, mas sabe como usá-la. Aprendeu depois de uma situação de reféns na oficina
de carros. Era dessa maneira como você nesse sentido... tinha medo devido à situação. Queria
sobrepor-se a ela.
Ela sustentou a arma e se esperou estar trêmula, esperava tremer de medo. —Fez?
—Depois praticou o suficiente. Como se sente em sua mão?
—Não tão pesada como eu pensava. Perigosa. Ímpar. Incômoda.
Ele sorriu e cruzou os braços. —Tudo isso, né?
Celeste a deixou em seu lugar, ansiosa de liberar um momento antes de tentar esse próximo
passo monumental. —Sim.
—Como eu disse, iremos com calma. Você não precisa fazer tudo hoje. Continuaremos
voltando até que você conclua o processo inteiro.
Voltar aí dia após dia? Ela respirou profundamente. —Quero conseguir fazer tudo hoje.
Quero estar livre deste medo hoje. Não estou competindo por alguma insígnia de pontaria das
garotas escoteiras.
Ele riu entre dentes. —De acordo. —Mick arqueou as sobrancelhas para cima. —Tem
certeza? Quero dizer, deseja fazer tudo hoje?
—Tenho certeza. Passou muito tempo. Deixei que me dominasse muito tempo. Vamos fazer.
Depois que preparou a arma, ficou atrás dela. Mostrou a postura, o ângulo de seu corpo.
Onde deviam estar os pés, como colocar os braços e onde os dedos deviam descansar. Sua
confiança aumentou, e com ela sua apreensão. Não podia recordar a última vez que se sentiu
assim, com essa falta de coordenação e incapaz.
A precaução devia ter-se mostrado em seus olhos, porque quando Mick entregou o protetor
de ouvidos, disse —Se isto é tudo o que quer fazer hoje, não passa nada. Não exija muito de você.
—Tenho que fazer agora, ou me temo que nunca voltarei.

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Ele assentiu e não disse uma palavra. Quando entregou a arma, ela a levantou.
—Boa atitude , —disse. —Os pés um pouco mais longe para manter o equilíbrio. Agora,
antes de apontar, se assegure de que está tão relaxada como pode.
—Não estaria tranquila nem que atirasse para salvar minha vida.
—Vai ter a experiência de saber como se sente apertar o gatilho sem tensão.
Ela fez o que dizia, relaxando o agarre o suficiente como para que os dedos não doessem.
—Solta um tiro.
Ela fechou o olho esquerdo, concentrou-se no alvo e…
Bang!
A pistola golpeou, mas não muito. O suficiente para fazê-la saltar.
—Bem!—Sorriu Mick. —Não se surpreenda se tiver acertado no meio.
—Sim, claro.
—Tenta de novo.
Ela fez. E uma segunda e uma terceira vez, até que o poder atrás de cada um de seus tiros a
levaram a um lugar mais cômodo em sua mente. Esperava sentir-se horrorizada, incômoda,
inquieta. Em troca, sentia-se eufórica.
Rejuvenescida. Sua respiração já não era firme e rápida, em seu lugar, os batimentos do
coração eram firmes e lentos. A alegria a inspirou a pulverizar mais da meta. Pôs o seguro à pistola
e a deixou.
Tirando os protetores, disse, —Não posso acreditar que fiz. Foi tão fácil.
—A sorte do principiante é comum. Hoje baixamos seu nível de ansiedade e se alguma vez
tiver uma arma em suas mãos sob estresse, saberá o que fazer. Ainda te recomendaria mais
prática, depois.
Ela sabia que seu sorriso se estendia de orelha a orelha.
Em pouco tempo o ruído dos outros atiradores, o sol caindo, a ameaça de chuva à distância
se desvaneceu com o conhecimento do que tinha obtido.
Finalmente terminou.
Mick tomou a arma vazia e a colocou na caixa. Quando olhou seu objetivo, sua boca se abriu
de assombro. Tinha dado no alvo mais de uma vez e tudo nela se apertou.
Seu sorriso se abriu. —Isto é fantástico.
—Falo da sorte de um principiante.
—Hey, não diminua seus lucros. Fez muito melhor que eu a primeira vez que atirei.
Ouviram trovões, e ele olhou às nuvens aproximando-se.
—Está brincando, verdade?, —perguntou.
—Não, não faço. É uma natural.
Ela ficou imóvel com o pensamento. —Uma natural? Não estou segura de que isto seja algo
que queira que me saia com facilidade.
Ele a tirou dos ombros. —Se se tratar de um golpe de sorte, saberá a próxima vez que
dispare. —Se voltar a disparar. Disse-me que tinha que ir devagar.
—Vamos sair daqui. Temos o que celebrar. Tenho uma garrafa de Glenmorangie esperando
uma ocasião especial.

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—Recordou que eu gosto do Glenmorangie?


À medida que tomavam a caixa da arma, e a conduzia para a saída. —Tinha bebido algo essa
noite de há dez anos. Antes que nos puséssemos a dançar.
Com a lembrança dessa noite, a parte inferior de seu estômago fez um comichão.
—Não tomei nada do Glenmorangie em não sei quanto tempo. Façamos.

Capítulo Dezoito

Nuvens negras baixaram sobre o Gold Rush, com o evidente poder de sua ameaça enquanto
relâmpagos iluminavam a escuridão.
—Menos mal que já quase estamos em casa, —disse Mick.
Como se se introduzira no desastre, as nuvens turbulentas de tormenta lançaram sua carga
quando chegaram a sua rua. A chuva caía em camadas grosas, obscurecendo tudo em questão de
segundos. A tarde se voltou quase noite quando a violenta tormenta se apoderou de tudo.
Ligou o para-brisa, e Celeste riu. —Não poderíamos ter programado isto melhor.
—Não há maneira de evitar. Vamos nos molhar.
A casa de Mick não tinha garagem, e ao tomar o caminho que conduzia ao lado da casa e
perto da porta de trás, soube que teriam que fazer um caminho para chegar.
Puseram-se a correr para a casa, mas a chuva pulverizada os empapou em questão de
segundos. Apesar da violência da tempestade, ela gritou de alegria como uma jovem liberada de
uma prisão. Hoje tirou o medo com o que lutara durante tanto tempo. O triunfo a fazia forte.
Mick fechou a porta de trás e a fechou com chave. Ficaram na lavanderia gotejando.
—OH, homem!—Mick limpou o rosto com uma mão. —Sugiro que nos desfaçamos da roupa
aqui ou a lavemos ou a penduremos para que seque.
—Quer que me desfaça da roupa aqui?—
Ele levantou uma sobrancelha. —Meu bem, não há necessidade de ser tímida comigo. Vi a
maioria de você nua antes, lembra?
Ela ruborizou; não parecia tomar muito em torno dele. Sem fanfarra, encolheu os ombros e
assentiu. —Está bem. Vamos fazer. Tem um roupão que possa usar?
—Sim. —Mick se despojou da camiseta passando sobre a cabeça e mostrou seu peito nu.
Tirou os sapatos esportivos e meias e o atirou tudo à máquina de lavar roupa. Tirou a calça em um
tempo recorde e ficou só em cueca negra.
Ela se surpreendeu olhando o vulto da parte dianteira de sua cueca. OH, Meu Deus. Era tão
varonil e bonito que tirava o fôlego.
Ela se apressou a abrir a calça jeans, depois se sentiu ridícula quando recordou que ainda
tinha seu tênis. Despojou-se dos sapatos, camiseta e jeans. Seu olhar descaradamente seguiu seus
movimentos. O prazer encheu seus olhos.
—Roupão?—Pôs as mãos nos quadris, tratando de não estar afetada, enquanto seu olhar a
comia.

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Denise A. Agnew
Heart of Justice 02

—OH. Sim. Só um minuto.


Ela ficou na lavanderia, fria e em nada mais que calcinha azul e sutiã combinando. Quando
ele retornou um momento depois com uma toalha e um longo penhoar azul, ela pegou e sorriu
com gratidão. Ele levava um short calças azul gasto de algodão e via com gosto seu quase nu
estado.
Ela envolveu o roupão a seu redor e agradeceu o calor. Era muito grande para ela, com as
mangas passando sobre suas mãos, com comprimento longo. À medida que enrolava as mangas,
Mick disse: —Vamos conseguir umas bebidas.
OH, eu gostaria que pusesse mais roupa.
E tampouco queria.
Que mulher com células vermelhas de sangue não apreciaria a forma em que os músculos de
suas costas se moviam, com o traseiro apertado, esculpido, e o estômago com abdominais
marcados? Com seu poderoso peito, bíceps e antebraços. Nenhum homem nem antes nem depois
de ter conhecido Mick podia chegar a medir-se a sua deliciosa masculinidade.
O trovão continuou sua implacável lei na rua e a chuva caiu mais forte.
Mick andou pela sala até o bar. Pegou uma garrafa de uísque e dois copos. Ela se sentou na
extremidade do sofá e escondeu os pés sob o veludo do robe. Depois de despejar uma dose
para ela e uma para si mesmo, ele se sentou no meio do sofá, perto dela.
Celeste permitiu que o líquido a relaxasse. Mick tomou o uísque em um gole, depois colocou
o copo na beirada do sofá na mesa.
Ela preferiu beber devagar. O teor alcoólico fez efeito muito mais rápido do que ela
esperava. Ela se sentia linda, lânguida, leve, realizada.
—Como se sente depois de seu primeiro dia de disparar?—perguntou.
—Muito bem. Não posso acreditar que o fizesse. —O sorriso que se estendeu sobre os lábios
o fez sorrir também. —Sinto como se pudesse fazer de novo. Talvez.
—Pensa nisso durante a noite e me diga o que sente pela manhã. —A voz, suave e rouca, fez
que seu corpo se excitasse.
Pela manhã.
De alguma forma sua palavra tinha uma intimidade. Uma promessa.
Fora os trovões retumbaram e a chuva continuava lavrando a terra.
—É incrível, —disse ele de repente.
Embora o elogio a excitava, tinha que saber o que o impulsionou a dizer esse súbito elogio.
—Obrigada. Mas, por que diz isso?
—Sobreviveu ao ataque a um banco quando foi jovem. Sobreviveu afastada de seu pai.
Sobreviveu a uma quase violação. Não muita gente tem muitas coisas más que acontecem sem ter
cicatrizes de por vida. Notou alguma vez que há algumas pessoas que são uns ímãs para a merda
passou? Você não é essa pessoa.
—Está seguro? Tenho a meu próprio perseguidor, e perdi dois trabalhos em um curto prazo.
Não acha que qualifique como má sorte?
—Tem uma atitude positiva ante a vida. Isso atrairá coisas boas para você.
Ela deixou o copo à esquerda e girou para ele.

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—Todos estes anos tive medo, —disse.


Não era uma pergunta. Ela sabia que ele sabia a verdade. Ela assentiu e as lágrimas brotaram
dos olhos. —Estou contente de te dizer que ir ao campo de tiro me ajudou muito. Não posso dizer
que não tenho medo do que uma arma de fogo possa fazer, mas superei a maioria do medo. É
algo que pensei que nunca me deixaria.
As lágrimas correram mais, e ela se apressou a limpar. Um sorriso suave curvou a boca. Ele
levantou a mão e a beijou. —Deve estar orgulhosa.
—Estou mais surpresa que orgulhosa. Espantada de ter chegado tão longe.
Mick inclinou a cabeça para um lado. —Acredito que poderia te pôr a prova. Sai de sua zona
de comodidade mais frequentemente, como fez hoje.
—Isso é o que tenho feito todos estes anos, Mick. Tratar de me manter no quadro que
construí em torno de mim. Que me mantinha a salvo. Depois do ataque ao banco, e depois do
assalto, quis correr tão longe da violência como pude. Mas estar perto de você me ensinou uma
lição muito importante.
—E qual é?
—A violência pode ocorrer em qualquer lugar e em qualquer momento. Esconder-se não
funciona. A confrontação com o fato sim. Você é...
A dúvida obscureceu os olhos até que sustentaram uma tormenta no interior. —Uma parte
da violência?
—Não. —Sacudiu veemente da cabeça com a convicção em sua resposta.
—Uma parte da solução. Põe sua vida na linha todos os dias por homens, mulheres e
crianças que necessitam de suas habilidades e pontos fortes para sobreviver.
Precisa ser uma pessoa especial para fazer frente à violência todos os dias e seguir sendo
uma pessoa suave. Não todo mundo pode fazer isso.
Ele apoiou o cotovelo na parte de trás do sofá e apoiou a cabeça em sua mão. —Por fim
confia em mim?
Ela soube a resposta sem vacilar. —Sim. Acha que deveria levar uma arma?
—Uma vinte e dois?
—Qualquer tipo de arma de fogo.
O cenho franziu com uma análise real, com os olhos mais escuros e graves. —Só se quiser.
Ela sacudiu a cabeça. —Não acredito que faça.
—Então, não faça. —Inclinou-se um pouco e tocou um cacho de cabelo que caiu do coque
que ela levava. —Quero que se sinta segura. Custe o que custar.
Ela se aproximou, soltou o cabelo, e o permitiu cair em cascata. Ele enredou um dedo em
um cacho. A tentação tragou tudo. Sentiu o fogo e a necessidade, e viu o mesmo em seus intensos
olhos.
—Sinto-me segura com você.
—Tem certeza?—Mick arqueou uma sobrancelha escura e grossa. —Lembra, sou policial.
Ela gentilmente atirou de debaixo do queixo. —Fez muitas coisas para me ajudar, Mick.
Poderia me haver dito que conseguisse ajuda em outra parte.
—Nunca faria isso. —O riscou a ponte do nariz até a ponta, depois seguiu a mandíbula. —Em

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todos os anos que estivemos separados, nunca deixei de me preocupar.


—Não se zangou comigo por ter fugido de você?
—Em um primeiro momento. Então, me disse mesmo que tinha escapado, não estava
destinado a ser. Agora que está aqui, estou me perguntando o que é isto entre nós.
—É selvagem e intenso.
—Não há duvida sobre isso.
—É uma loucura, —disse.
Parecia que ela tinha imaginado… ou ele se aproximou? Estava cada vez mais perto?
—Fica comigo, —disse. —Há um quarto. Me sentirei melhor se ficar aqui.
Ela ficou sem fôlego. —Esta noite?
—Todas as noites até que saibamos que Huntley não é uma ameaça.
—Mas isso poderia ser por meses. Poderia tomar muito tempo... —Ela sacudiu a cabeça. —
As coisas se complicariam.
Os dedos esfregaram a nuca até que a pele quente de Mick enviou cachos de prazer através
de seu corpo. —Poderiam. Rapidamente. Mas acredito que é muito tarde. Já é muito complicado.
Mais calor se verteu nela com os dedos fazendo magia sobre sua pele sensível.
Tragou duro. Um raio iluminou as cortinas e o trovão sacudiu a casa, mas ela apenas o
escutou.
Estalou em um sorriso, incapaz de resistir a burlar-se dele. —Tem as algemas?
Durante uns segundos, ele a olhou perplexo. Um sorriso desenhou em sua boca. —Ah, as
algemas. Sim, tenho-as.
—Prometeu que me mostraria isso se era boa.
Ele brincou em seu ouvido com o dedo indicador. —Não. Prometi te mostrar isso se fosse
má.
Ela começou rir. —Estou pensando em um pouco atrevido e mau agora.
—Mais atrevido que a primeira noite que nos voltamos a encontrar depois de dez anos?
Ela assentiu e decidiu lançar-se. Embora o roupão cobria do pescoço até os pés, moveu-se de
forma suficiente para juntar-se com ele. Ela estabeleceu seu calor para baixo em seu pênis e os
braços foram ao redor de seu pescoço.
—Ah, Deus. —Fechou os olhos enquanto apertava a cintura. Os dedos se fecharam sobre
ela, com sua força recordando o poder masculino que tinha sob controle. —Não me pressione,
mel. Não poderei suportar.
Com uma sensação de audácia além de tudo o que tinha experiente antes, deu uma prova
de seu próprio remédio. Ele a tinha incomodado antes, agora saberia como se sentia. —O que
acontece se te pressiono?
Ele moveu os quadris, levantando-se até que sua longitude endurecida se situou no meio
entre as pernas. Sua voz se voltou áspera, dura pela necessidade.
—Então, te foderei.
Com os olhos acesos pela paixão não correspondida, seu olhar prometeu represálias graves
se se burlava dele. Uma tortura sexual grave. Poderia abandonar-se à paixão sem reservas?
Celeste sabia que um ponto de ativação estava dentro dela em algum lugar, não sabia onde ou

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quando esse ponto chegaria.


Elevou a mão para tocar seu rosto, sentindo a suave pele masculina onde a tinha barbeado
recentemente. —Por que aguentou minha bagagem, Mick? Não seria mais fácil simplesmente me
esquecer? Me deixar ir?—Ela conteve a respiração, esperando sua resposta.
Ele soprou uma baforada de ar. —Quem disse que faria o caminho mais fácil?
Ela ficou sem fôlego enquanto empurrava contra ela de novo, montando-a com um ritmo de
calor e promessa. Insistir-se em seu movimento não levou muito. Celeste ondulada os quadris,
com a boceta golpeando e girando contra sua ereção. E ele já tinha uma ereção. Uma enorme e
intimidante. Ela já sabia que tão grande podia ficar em estado de excitação, e queria senti-lo
empurrando dentro de si com urgência e sem restrições. Ela se inclinou e roçou a boca sobre o
lábio superior, depois debaixo, degustando-o alegremente. Muito mais disso e ela não ia durar ao
não restringir os sentimentos que tanto tempo retinha.
Enquanto os trovões passavam pelo céu e a chuva maltratava sua casa, sua autodisciplina se
destroçou.
Movendo o corpo contra o seu, adorou a sensação. Os ombros estavam tão duros e tensos
com os músculos, com sua respiração excitando-a tanto como a grossa ereção pressionando entre
as pernas.
Tomando o rosto, ele aproximou os lábios para um contato mais profundo com os seus, mas
ela se afastou o suficiente como para não deixar nada mais que uma provada. Ele gemeu, um som
natural que pertencia a uma besta que tinha tido fome por muito tempo. A dor palpitante entre as
pernas se fundiu e se voltou desesperado. Ela se retorceu enquanto os quadris se moviam para
cima. Seu corpo estava molhado em preparação do emparelhamento. Ela voou diretamente ao
fogo sem paraquedas. Não se importava. O único que importava era encontrar êxtase ao final do
caminho.
Mick gemeu enquanto ela jogava a cabeça para trás e abria a boca. Sua boca tocou a
garganta, provando a carne vulnerável. Doía tão profundamente, querendo liberar o pênis de seu
confinamento e montá-lo no maior esquecimento que jamais experimentou.
As mãos de Mick rondavam sua cintura, brincando com o cinto do robe, como se quisesse
rasgá-lo obrigando-a a se mostrar e provar o quanto ela o queria, aqui e agora mesmo. Sim.
Sim.
O calor se moveu em espiral pelas coxas, com o clitóris dolorido pela necessidade de
encontrar a liberação. Uma vez mais o esfregou ao longo da ereção, levando seu corpo ao longo
do pênis até que o movimento a alcançou e não o soltou.
Afundando os dedos no cabelo dela, sua boca exigindo rendição. Ela tocava o peito em
busca dos mamilos, deliciando-se com a pele nua, os ângulos planos, puramente masculinos. Ele a
empurrou novamente, as línguas se uniam espalhando fogo. Todas as preocupações
desapareceram esquecidas na música sensual que eles criaram. As bocas se uniam de novo e de
novo, fazendo uma nova canção, ela estava amando isso, cada gemido, cada estímulo aumentava
sua excitação a um nível maior.
Sentia-se quente, ambiciosa. Ela procurou seu corpo, saboreando, acariciando, apreciando a
carne ansiosamente.

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Celeste bombeou contra ela, chegando a isso... chegando a ele enquanto o fogo florescia nas
coxas, e se sentiu tão úmida, muito, muito úmida. Ela gemeu, sem pensar, aliviada de inibições ao
extremo e com uma inegável necessidade de liberação. À medida que sua língua se juntava com a
dela, arqueava seus quadris, levantando sua queimação mais alta. As mãos estavam em todas as
partes, acariciando o rosto, o pescoço, chegando sob a roupa para agarrar o traseiro. Suas palmas
apertaram seu traseiro, estreitando-o e acariciando-o, insistindo-a a mover-se sobre ele.
Celeste se separou, com valentia, levando-o a dançar.
Ela tinha pensado que podia deixá-lo louco. Planejava mostrar como podia ser selvagem.
Ele chegou entre eles, e passou o polegar sobre o clitóris através da calcinha de seda.
Ela abriu a boca e os olhos se abriram a seu olhar. Um sorriso triunfante, cheia de desejo,
apresentou-se em seus lábios. O calor correu pela garganta e rosto. Ela fechou os olhos e se
deixou cair na emoção. Estocada atrás estocada, Mick alisava o polegar sobre sua carne. Abriu o
roupão de forma rápida e desabotoou o sutiã.
Empurrou a um lado o material, e um látego repentino de calor úmido por sua língua em um
mamilo a fez ofegar. Desejando aproximá-la, deu-se um festim com lambidas lentas e suaves
chupadas enquanto o polegar atormentava o clitóris. A emoção voou através dela até que se
dissolveu no prazer, segura de que não voltaria a aparecer até que seu corpo estalasse com um
êxtase delicioso.
O polegar a excitava, com o movimento mais rápido enquanto chupava os mamilos um após
o outro com um ritmo exasperante desenhado para voltá-la louca, depois tomou sua boca.
Profundamente dentro dela, a tensão em espiral se fez maior. Crescendo como uma
tormenta enquanto ela ofegava, quase rogando por sua conclusão.
Ela explodiu.
Ela gritou nessa boca enquanto o corpo tremia com um prazer enorme.
Ele arrancou sua boca da ela, ofegante. —Enquanto me ponho de pé, ponha as pernas ao
redor de minha cintura.
Enquanto ficava de pé, fez o que pediu, envolvendo as pernas ao redor de sua cintura.
Manteve os olhos fechados nos seus, enquanto os dirigia diretamente acima.
—Mick, sou muito pesada.
—Meu bem, é tão leve como uma pluma.
E descobriu que sua força, os músculos que a excitavam, podiam levá-la acima nessa posição
sem que ele mostrasse nenhum esforço. OH, wow. Quando chegaram a seu quarto, deixou a luz
apagada, e por essa primeira vez gostou da ideia. Necessitava esse pouquinho de privacidade. Esse
pingo de segurança…
Ele a baixou a seus pés e uma luz de noite situada no corredor deu forma e sombra a seu
alto corpo robusto.
Celeste respirou profundamente, e seu aroma de homem de almíscar limpo, levou-a ao
seguinte passo. Ela tirou o roupão dos ombros e este caiu ao chão. Desenredou o sutiã do pescoço
e o deixou cair ao chão. Logo, com uma sensação de liberdade que nunca antes sentiu, deslizou a
roupa íntima pelas pernas e a jogou fora.
Ela estava nua. Vulnerável. Excitada além de nada do que esteve antes.

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Mick se inclinou e pegou o cinto do roupão. —Deite-se na cama.


—O que vai fazer?—Sua pergunta soou sem fôlego meio insegura.
—Espera e verá.

Capítulo Dezenove

Emocionada, Celeste se recostou na cama de lado. Mick atou a cinta à cama, e depois tirou o
short. Na penumbra ela viu o pênis, duro e preparado. Grosso, comprido e OH-tão formoso. Toda
essa masculinidade em bruto era para ela. Só para ela.
—Ponha as mãos sobre sua cabeça, —disse ele em voz baixa. Ela fez, e ele se sentou
escarranchado o suficiente para atar os pulsos por cima da cabeça. —Mantém aí.
Gostando de seu autoritarismo neste caso, ela sorriu. Mick se sentou escarranchado sobre
ela, e o pênis roçou seu ventre. Inclinou-se sobre ela e a beijou, com as restrições perdidas em um
beijo profundo, devorador, que a precipitou de cabeça diretamente em cascata.
As mãos acariciaram seus ombros, com o toque leve como uma pluma. Ele moveu os dedos
para baixo a seus peitos, onde se inclinou e lambeu redemoinhos pequenos sobre as pontas dos
mamilos. Acomodou para saborear um banquete com uma persuasão que a agitou de lânguida
excitação. A tensão em espiral subiu ao ventre, e a emoção que sentiu com seu contato antes
subiu uma vez mais. Ela gemeu enquanto ele percorria o corpo com sua língua, encontrando o
umbigo enquanto as mãos passavam sobre a cintura, quadris, e depois as coxas. Ansiosa por saber
aonde os levaria, ela abriu as pernas e dobrou os joelhos.
Ele rodeou suas coxas com toques suaves até que os dedos separaram a carne que protegia
o clitóris e mostrava a protuberância pequena para uma carícia longa e úmida da língua. Ela abriu
a boca e se retorceu em seu controle, rapidamente disparando-se para outro orgasmo.
Celeste gritou quando ele encheu seu corpo de uma atenção constante, com a língua dando
estocadas a seu núcleo enquanto aumentava sua excitação. Mick a amou com traços alternados
entre o clitóris e boceta. Ela manteve os braços sobre a cabeça, gostando de sentir-se um pouco
indefesa, que se acrescentava a sua emoção. Ela confiaria a Mick sua vida, seus sentimentos e seu
corpo.
—Por favor, Mick.
—O que necessita?—O murmúrio de seu fôlego sobre a pele construiu novos tremores
dançando e provocando sua carne super estimulada. —Diga-me.
—Você. Por favor. Dói-me.
Ele introduziu dois dedos profunda e lentamente nela, pressionando para cima em um lugar
alto dentro dela enquanto ondeava a língua sobre o clitóris. Ela começou a retorcer-se com a
tortura não tão sutil, morrendo por descobrir o que se sentiria com seu impulso. Mick abandonou
a cama e se dirigiu ao banheiro.
Voltou rapidamente, coberto com uma camisinha. Soltou os braços a suas ataduras, e
enquanto ela levantava as pernas, ele baixava os quadris entre suas pernas e punha a ponta do

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pênis inchado para jogar entre as dobras.


—Queria que isto fosse mais lento, mas não posso parar agora, —disse ele com voz rouca de
excitação. —Desejo-te tanto.
Na penumbra, os olhos brilhavam com desejo inconfundível, com o corpo envolto na luz
dourada, um deus com avultados músculos, glorioso. Ele baixou sobre ela, enredando seus
membros enquanto seus braços a rodeavam. O pênis de Mick se meteu dentro e logo se afundou.
Ela abriu a boca enquanto sua grossura a penetrava, inclinando os quadris para cima para
aceitá-lo. Ele se aproximou para seu interior, tornou-se para trás. Ela gemeu e se aferrou aos
ombros, com seus olhos fechando-se hermeticamente. Ele voltou a jogar, inundando-se nela,
retrocedendo, empurrando, jogando. Ela o desejava duro e seguro dentro de seu centro até que
não houvesse dúvida de que ele a estava possuindo e do que pretendia fazer.
—Mick. —Ela afundou os dedos no cabelo curto, atraindo sua cabeça para beijá-la.
Com um gemido quase agonizante, ele se meteu até o fundo com um forte empurrão.
Ela gemeu aturdida de prazer, com o corpo bem preparado e atento a sua longitude e
largura.
—Não posso esperar mais. Necessito-te tanto , —sussurrou ele.
À medida que a boca encontrava a sua e sua língua a invadia e acariciava, os quadris
balançavam juntos. A língua era audaz e agressiva em sua boca. Gemidos de prazer escapavam à
medida que profundos, deliciosos impulsos o levavam a coração dela, com cada movimento lento
e constante, com o pênis acariciando sua longitude uma e outra vez. Sem importar o que ela
fizesse, não podia aproximá-lo suficiente a ele.
Mick a soltou de seu beijo e a boca viajou até sua garganta, com uma descarada invasão que
enviou um tremor fresco de excitação dançando por sua carne. Ele se aferrou a um mamilo, com a
língua acariciando e roçando antes de sugar com força. Extremamente sensíveis, os mamilos se
sentiram tão fortes, tão duros que ela não pôde suportar a sensação quando ele mudou ao outro
mamilo. Um prazer intolerável aumentou, ameaçando deixando-a louca. Só uns poucos traços
doces e o corpo tremeu chegando, derramando-se sobre a borda como uma cascata que estrelava.
Ela gritou, com a boca tragando-se seu som e amortecendo-o na garganta.
Ele rompeu o beijo enquanto sua respiração aumentava, e ela abriu os olhos para presenciar
a tensão dos últimos restos de controle de Mick.
Esperou muito tempo para isto e mostrava em seus movimentos cada vez mais frenéticos.
Seu fôlego raspou a garganta, enquanto a cabeça ia para trás, com os olhos muito fechados, com
os lábios entreabertos enquanto se esforçava.
Mick se apoiou nas mãos, com as poderosas coxas gerando movimento, com a velocidade de
seus quadris entrando e saindo. Ele se deteve o tempo suficiente para deslizar as mãos sob os
quadris, os dedos sujeitando seu apertado traseiro enquanto a inclinava para as investidas cada
vez mais potentes. Afundou-se mais e mais rápido, com sua respiração agora dura enquanto
gemidos deixavam sua garganta. Ofegando, ela ficou tensa e gemeu enquanto ele grunhia seu
prazer, com o som primitivo e cheio de prazer masculino primário.

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—Tenho que ir a casa, —disse Celeste, mas Mick não queria sair de seu abraço.
Fazendo colher com sua frente para as costas, Mick se vangloriou nas últimas três horas e o
que significavam. Sua cabeça dava voltas às consequências, com a experiência alucinante que
compartilharam. Depois do sexo geralmente dormia, mas por alguma razão sua mente não tinha
permitido. Não quando seu pênis queria mais do canal quente, doce entre as pernas dela. Suas
mãos se deslizaram por Celeste em uma incessante busca da saciedade que não vinha.
—Não vá. —Ele apertou a excitação crescente entre a dobra das nádegas. Acariciou o
ouvido, respirando seu aroma único que sabia estaria impresso em sua mente para sempre,
misturado com o almiscarado aroma primário das relações sexuais. —Passa a noite aqui. Além
disso, está esgotada. —Sorriu e estendeu os dedos e palma sobre seu ventre colocando-os mais
perto da virilha. —Ou se não está, logo estará.
Ela riu brandamente. —Temos um trato.

Capítulo Vinte

—Senhor, posso ver sua licença de conduzir e seu seguro?—Disse o oficial a Darrell.
Darrell considerou fazer uma ação drástica em dois segundos. Rechaçou a ideia.
Embora pudesse igualar a força do policial —que era maior que o outro—não acreditava que
lutar ajudasse a sua causa. Uma cena passou pela cabeça de Darrell. Imaginou tratando de tomar
ao homem menor e quase soprou ao reconhecer o ridículo e improdutivo que resultaria. Só um
imbecil, um desesperado, tentaria uma ação tão ridícula. A diferença de quão criminais tinha
estudado e tratado, não faria algo tão estúpido. Manteve-se frio, surpreso por sua própria
compostura nesse desafio. Dizia a muitos dos pacientes que fizessem frente ao que mais temiam.
Enquanto que não tinha medo de ser capturado pela polícia, seria um atraso que aborreceria.
Jogou uma olhada à etiqueta com o nome do xerife antes de chegar ao porta-luvas para
localizar o registro e os documentos do aluguel. Também entregou sua licença de conduzir.
MacGilvary.
O loiro policial perseguidor devia estar relacionado com Mick MacGilvary. Interessante.
Não tinha perguntado por aí ou investigado a seu rival pelo amor de Celeste assim não sabia
até agora que o filho de puta tinha familiares na polícia.
Farejar em excesso poderia resultar que a polícia terminasse sabendo mais dele do que
queria que soubessem.
Entregou a informação solicitada ao policial de cara tranquila. No intestino de Darrell a
indignação se levantou, com o desejo de procurar dar-se à fuga. O policial voltou para seu carro
com a informação de Darrell. Imaginou que apareceria em um programa de televisão em que os
agentes perseguiam desventurados, insensatos delinquentes que de alguma forma tinham a
arrogância de pensar que podiam escapar.
Quando a caminhonete se pôs atrás dele, a surpresa golpeou suas emoções, mas não muito
mais. Com exceção do amante de Celeste, Mick MacGilvary, Darrell nunca experimentou o

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escrutínio da polícia antes, ou a marca da ira de um policial. Entretanto, sentia-se preparado para
o desafio, seguro de que sua superioridade intelectual era melhor que a do oficial.
Quando ligou a Celeste à loja de noivas, não tinha esperado que a ira do MacGilvary
arruinasse tudo pelo telefone. Mas então à distância o separava da retribuição do policial. Seu
irmão... bom, criava uma torcedura no intestino do Darrell. Um temor que não desejava analisar.
O perigo da situação não se sentia tão delicioso ou atrevido como ver celeste vivê-lo dia a dia em
sua vida. Não, absolutamente. Esperar que esta nova praga, a que este novo MacGilvary, pusesse
uma multa, enviava marés rodando de impaciência em Darrell.
Como ia jogar isto? Ele viu o capô de seu carro, consciente de seu entorno com uma
claridade surpreendente. O vento se agitava através dos ramos das árvores, com um redemoinho
constante de som e movimento. O vento era quente e molesto. Não diferente aos ventos da Santa
Ana que tinha experiente durante sua infância em Califórnia. Imediatamente bloqueou o
pensamento de Califórnia em sua cabeça. Pensar em sua infância alimentava sua indignação…
tomaria mais tarde, na habitação do hotel. A habitação do novo hotel aonde se mudou ontem de
noite. Alojar-se em um espaço por muito tempo o fazia visível e fácil de localizar. A gente poderia
pensar tudo o que gostasse depois de ter completo seu principal objetivo de atormentar a Celeste
e lhe mostrar que pertencia a ele.
—Senhor?
Darrell saltou, surpreso de que o oficial tivesse chegado a sua janela como um fantasma.
Com um som pequeno. Uma condenada moléstia.
O oficial o olhou com ar de superioridade. Darrell viu a desconfiança escrita sobre a cara
do homem. Como psicólogo, Darrell também leu um desejo velado nos olhos do policial. O policial
queria machucá-lo. Queria lhe golpear os olhos, talvez. MacGilvary entregou os documentos de
novo ao Darrell.
—Posso saber qual é o problema, oficial?—Darrell perguntou, disposto a jogar idiota pelo
bem de seu show.
As mãos de MacGilvary descansavam em seu cinturão, um sinal de comando e autoridade.
—Os dois sabemos o que está errado, Huntley. Talvez pensasse que tingindo o cabelo asseguraria
que ninguém soubesse quem é você, mas temo que não funciona assim para o departamento do
xerife. Está espreitando uma amiga minha. Está sentado a menos de meia quadra da casa de
Celeste Rice sem nenhuma razão para estar aqui.
Darrell fez o que o policial não esperava. —Estou sendo acusado de um delito?
—Ainda não.
—Então não vejo o problema. Asseguro que não estou machucando absolutamente à
senhorita Rice. Não acredito que poder dizer o mesmo dela, tendo em conta que é uma pessoa
muito instável, com um complexo de perseguição. Temo que o enganou a você e a seus irmãos. É
algo que faz muito bem.
O desprezo piscou através dos olhos de MacGilvary. Este homem pensava que tinha a
frigideira pela manga. Darrell rapidamente avaliou ao oficial. Não era provável que pudesse fazê-lo
reagir precipitadamente com algumas palavras.
—Posso ir, oficial?

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Denise A. Agnew
Heart of Justice 02

—Não só pode ir, não quero vê-lo por aqui nunca mais.
Darrell assentiu, e sorriu aos olhos da polícia com clara diversão. Enquanto MacGilvary
retornava a seu carro, Darrell ligou o veículo. Em momentos, saiu à rua arborizada.
Fiel a seu estilo, viu a caminhonete do oficial seguir o caminho de volta, como se pensasse
que Darrell não voltaria a ver o negro e branco.
Nem em mil anos, polícia.
Darrell sorriu. Essas palavras soavam exatamente igual ao imbecil criminoso de um
programa de televisão diria. Darrell nunca diria tal coisa frente à lei, mas podia dizê-lo com alegria
em sua mente.
Enquanto conduzia, Darrell imaginava as coisas que podia ter dito ao policial.
As ideias o divertiam enquanto sorria e se dirigia pela rua principal para seu hotel.
—Ajudante de xerife, considerou que poderia ter eleito este trabalho por um sentido de
insuficiência sexual?
—Seu ego está se mostrando, oficial.
—Seus antecedentes indicam que está utilizando este trabalho como uma viagem de poder,
MacGilvary.
—Então, a morte de sua amiga Celeste e de seu irmão Mick criaram um conflito duro em seu
interior?
Darrell visualizou a reação do policial a essa última pergunta. Quanta agonia sentiria por este
outro MacGilvary? Quanto sofreria? Darrell saboreou o pensamento enquanto a obsessão corria
através de sua cabeça, repetindo-se como um filme mau em um teatro onde não havia nada
melhor que acontecer. Sua mente baralhou as possibilidades, com as más obras que poderia
aplicar a esse momento e o que gostaria de dizer e fazer ao MacGilvary e a sua família.
Darrell queria a loucura e a queria rápido. Desejava acreditar em encantamentos para
conjurar e atrair ao diabo, desenhando-se mal a si mesmo com uma certeza inegável.
Não fez. A maldade, por isso ele acreditava, estava encerrada com chave em algum lugar do
DNA. Algum dia os cientistas teriam a capacidade de eliminar o mal e então o verdadeiro caos
começaria. Ah, sim. Quando a gente já não pudesse ser má, quando não tivesse nenhum conceito
do mal, a não ser só do bom, a maldade conseguiria ter um equilíbrio real nas mentes.
Ah, mas não há loucura em um sociopata. Já sabe.
Só a ausência segura e certa da consciência.
Ele sabia e desejava não sabê-lo.
A loucura que desejava nunca poderia ser dela.
À medida que parava no estacionamento do hotel, desejou mudar-se de um hotel a outro
não só servisse como uma forma de evitar suspeitas de outros, a não ser para aprofundar em sua
experiência com a escuridão. A escuridão necessitava um ambiente para crescer. Requeria de
alimentação e cuidado para ampliar-se. Talvez tinha descoberto a preguiça dentro de si mesmo.
Sorriu. Bom, isso poderia servir a seus sombrios desejos também.
Quando chegou ao hotel, estranhamente chamado Lago Ensolarado, estacionou alguns
lugares longe de seu quarto... do quarto número treze, para ser exato. Entrou no quarto e se
assegurou de fechá-la e pôr a corrente. Nunca poderia ser muito cuidadoso. A porta pendurava

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torcida das dobradiças e, como consequência, tinha que fechá-la perfeitamente. Levantou a porta
para que se assentasse corretamente e ficasse fechada.
Ele se virou e inspecionou o cômodo antigo. O hotel devia ter mais que quarenta anos.
Melhorias mínimas tinham sido feita ao longo dos anos. O linóleo rachado no banheiro era apenas
um dos acessórios de má qualidade. Pelo menos os lençóis e as toalhas pareciam
escrupulosamente limpos. A king-size fica no meio do quarto, coberta por uma colcha amarelo-
bebê cor de vômito. Estranhamente todas as características asquerosas do quarto pareciam ser
novas. Ele se perguntava se os donos fizeram a decoração mais feia do mundo com o propósito de
agradar sua clientela asquerosa. Nem a psicologia conseguia explicar isso. O que em si era
condenadamente decepcionante. Não importa.
Não estava em Gold Rush para analisar donos e gerentes de hotéis, mas uma mulher
vulnerável.
Ela seria sua matéria prima. Sua obra de arte.
Alguém bateu na porta, e o coração do Darrell deu um sobressalto. Respirou fundo. Tinha
deixado sua arma no porta-luvas. Não tinha sido uma boa ideia, talvez. Abriu a porta, mas deixou a
corrente.

Mick manteve a mão sobre o revólver na cartucheira, pronto para qualquer coisa quando a
porta se abriu. Uma corrente de segurança mantinha a porta meio fechada.
O rosto do homem apareceu na abertura; Mick o reconheceu. Usando camiseta e calça
jeans, Darrell estava casualmente vestido. A camiseta branca, limpa e sem dobras e a calça jeans
nova não se ajustavam a aparência do hotel. Este homem tinha recursos, por que diabo ficaria
num lixo como esse? Anonimato?
Provavelmente. Muito ruim. Enquadrava-se no padrão.
—Darrell Huntley, sou Mick MacGilvary do Departamento do Xerife El Toro. Abra.
Huntley vacilou, e o sentido auto preservação do Mick despertou de tudo. Poderia ter
trazido Craig com ele como reforço, mas não queria arrastar a seu irmão a este caso se as coisas
saíam erradas. A ira pulsava debaixo de sua superfície, ameaçando desvelando ao Mick de uma
forma que não tinha sentido da noite em que havia arrastado ao idiota longe de Celeste quando
tinha sido uma adolescente. Tinha que manter a raia suas emoções.
Huntley soltou a corrente e abriu a porta. —O que quer?
Huntley parecia maior que a última vez que o viu, se isso era possível.
—Meu irmão me disse que estava rondando por minha rua. Na rua de Celeste.
—Não há nenhuma lei contra estacionar em uma rua e desfrutar de um momento de
relaxamento. —A voz de Huntley soava oxidada por falta de uso, como se tivesse sido deixada sair
de uma jaula fazia pouco tempo.
—Escute-me sacana estúpido, posso te garantir que se consegue te aproximar de Celeste, se
te atrever a tocá-la, te matarei.
Uma sobrancelha se levantou burlando-se com desprezo. —Sério? Se te dissesse que estou
preocupado estaria mentindo. Celeste não tem que preocupar-se comigo. Acredito que é você

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quem deve preocupar-se. Depois de tudo, tem uma tendência violenta, não? Um estudo bem
documentado mostrou que os agentes da ordem estão no mesmo plano psicológico com os
delinquentes. O único que te faz diferente de um gângster é a restrição da lei. Se não tivesse medo
dela, a utilizaria para seu próprio benefício. —Os olhos de Huntley, tão frios como partes de gelo,
brilhavam de entusiasmo pelo tema. —Os policiais são pessoas agressivas. Isso é algo que a doce
Celeste não tratará com facilidade. Depois de tudo, sua vida foi arruinada pela violência, não?
—Guarde sua psicologia, Huntley. Mantém-se afastado dela.
Mick esperava ver a ira e o desprezo, ou a diversão nos olhos de Darrell, mas não os viu.
E isso preocupou sobre tudo Mick. O olhar de Darrell não mostrava nada.
Absolutamente nada mais que uma escuridão enorme de bocejo.
A mão de Mick picava por sua arma, por uma oportunidade para reduzir ao filho de puta
com um rápido tiro até que não pudesse machucar Celeste ou a qualquer outra mulher. Mick
apertou os dedos sobre sua arma se por acaso Huntley se atrevia a tentar algum movimento.
Faz um movimento, filho de puta, e poderia ser a última coisa que faria.
Huntley sorriu, a pele pálida que se estendeu por sua cara como apertado papel machê. —
Sei mais a respeito das debilidades de Celeste e de debilidades do que nunca entenderá. Todos
seus pensamentos danificados e idiossincrasia. Há muitos aspectos dela aos que não pode te
referir como eu.
Mick quis gritar ao homem. É um sacana doente. Vai à merda doente.
—Agora, se me desculpar, oficial, acredito que isto é perseguição policial. Se não for levantar
queixa de nada, retire-se de minha porta.
—Não estou brincando, Huntley. Chega a ela ou liga de novo, e toda a equipe SWAT de El
Toro te despedaçará, mas não antes que eu tenha tido a oportunidade de te pôr as bolas na
garganta.
Mick se afastou, mas manteve seu olhar no homem. Não confiava no muito sacana. Por isso
sabia, o idiota poderia ter uma arma escondida em alguma parte.
Sem dizer uma palavra, Huntley fechou a porta. Mick ouviu o fecho da corrente.

—Espero que tenha uma boa explicação para o que fez o dia de hoje. —O Capitão Ginipri fez
um gesto para a cadeira frente à mesa.
Mick se sentou na poltrona verde de hospital frente à mesa de seu supervisor.
—Do que está falando, senhor?
Ginipri grunhiu e arranhou a cabeça calva. O bigode e rosto quadrado o faziam parecer uma
versão brutal do Sr. Clean. —Sabe do que estou falando, MacGilvary.
Mick fez uma careta. Hoje o escritório cheirava como desinfetante de pinho, um pouco
muito adstringente e acre para o nariz do Mick. Mick espirrou uma vez. Duas. Três.
—Merda, MacGilvary. Está bem?
—Estou bem, senhor. Melhor do que estive em muito tempo.
—Sente-se tão bem com sua promoção?
—Sente-se maravilhosa com toda a razão. Celebrarei esta noite.

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—Bem. —Ginipri pôs as mãos atrás da cabeça, o corpo se afundou um pouco de uma
maneira relaxada que poucos supervisores se atreviam a mostrar da forma como este homem
fazia.
A diferença do ambiente estéril de um supervisor estereotipado, o capitão Thomas Ginipri
tinha um escritório imaculado, mas não estirada. As paredes estavam decoradas com fotos de
viagens de caça em que tinha usado seu arco composto. Na mesa luzia uma fotografia dele com
sua mulher, uma filha adolescente e um filho.
Como fazia frequentemente, o Capitão esperava para falar de novo. Esse método silencioso
de intimidação funcionava com alguns oficiais, mas não com Mick.
Ginipri sabia, mas isso não impedia de tratar de usá-lo.
Mick decidiu resolver de uma vez, bastante seguro de que sabia do que o Capitão estava
falando. —O filho de puta se queixou?
—O que pensa você?—A voz de Ginipri sustentava sarcasmo. Um bom policial e um bom
homem, Ginipri dizia a verdade quando a via, mas nunca dizia que era a única verdade. Isso era
algo que Mick admirava nesse mundo negro e branco.
—Ligou esta tarde, dizendo que foi vítima de perseguição policial. Primeiro Craig, depois
você. Conte-me o que aconteceu.
Mick explicou rapidamente a negação da cidade à ordem de restrição de Celeste, e como
Craig patrulhava as ruas como medida de precaução e viu o homem de cabelo escuro sentado em
um veículo de aluguel. Depois de identificar ao perpetrador como Huntley, chamou Mick e disse
que seguisse ao homem a seu destino.
—Sua ideia era averiguar onde se estava ficando, —disse Ginipri.
—Sim.
—Assim tomou pessoal fazê-lo entrar em razão a Huntley depois que seu irmão te disse que
o encontrara.
—Sim, senhor.
Ginipri se reclinou na cadeira reclinável de escritório. Os lábios carnudos se diluíram com
desaprovação, mas Mick viu diversão nos olhos, também. —E pensou que se dizia que se fora a
merda manteria sua namorada segura?
—Se punha um pouco de medo no homem, sim.
Ginipri negou. —Não acredito que este menino seja da edição padrão de chato.
—O que quer dizer?
—É um psicólogo. Não é um homem oprimido, patético, sem um trabalho, que culpa a outra
pessoa de todos seus maus e vá a sua noiva como a uma mulher conveniente para espreitar. Está
planejado com precisão. Não irá a nenhuma parte porque se pôs macho com ele e o advertiu que
se mantivera longe de sua mulher.
Mick estremeceu internamente. —Fiz, não?
Para surpresa de Mick, Ginipri começou a rir. —Como uma besta de homem.
—Não estava pensando, senhor.
—Não, não fez. Sabe que muitos perseguidores pioram depois de terem sido burlados. É por
isso que a aconselhou que gravasse todas as ligações e desligasse as chamadas se era ele,

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verdade?
Mick tragou. —De acordo. Olhe, estava zangado porque este parvo a fez perder dois
empregos.
Ginipri franziu o cenho e se sentou com as costas reta, com a informalidade desaparecendo
à medida que seus olhos verdes se voltavam fortes. —Sério?
Mick explicou a situação da escola e do trabalho na loja de noivas. —Está desfrutando do
fato de que ela não pode manter um trabalho porque a gente tem medo dele e do que poderia
fazer.
—Pede essa ordem de restrição de novo. Posso fazer uma chamada se for necessário. Neste
ponto não pode fazer nenhum dano. —Ginipri ficou de pé lentamente. —Bom, isso é tudo. Fora
daqui, MacGilvary, e se me inteiro de que está acossando a esse tarado de novo farei que ponham
seu traseiro em um tipoia.
As palavras do Supervisor de Mick soaram duras, mas a ênfase que se mantinha atrás delas
era leve. Mick também se levantou, sabendo que tinha estirado a paciência do Ginipri, mas que
não a quebrou.
Enquanto Mick começava a abrir a porta, Ginipri o deteve com um —MacGilvary.
—Sim, senhor?
—Se tivesse sido minha esposa a que fora espreitada por esse idiota, eu teria feito o mesmo.
—Ginipri sorriu e o despediu com um movimento de sua mão. —Agora, sai daqui.

Capítulo Vinte e um

O estômago de Celeste fez um flip-flop enquanto abria a porta de entrada ao Mick.


Estava nervosa. Nervosa por ter-se vestido com excesso. Escolheu um ultra- luxuoso traje
porque mesmo na informal Gold Rush, o Steak Emporium tinha um código de elegância de
vestimenta não escrito. Ao mesmo tempo, sentia-se nervosa porque sua assombrosa noite, de
mente-fundida de sexo parecia ser o único que podia recordar. Tinha pensado nela uma e outra
vez; era uma obsessão em seu sangue.
Enquanto Mick entrava, e ela fechava a porta atrás dele, seu olhar a tragou toda, com
inegável reconhecimento. Os olhos arderam, enquanto a percorriam de pés a cabeça com
cuidadosa atenção.
—Whoa. —Ele apertou o coração. —É material para um ataque ao coração, meu bem.
Meu bem.
Disse com sua voz rouca, de veludo líquido, essa única palavra se voltava muito mais que
casual, tão atada com afeto e uma promessa sensual. Estremeceu ante o doce prazer.
—Obrigada.
Sua atenção se deslizou do cabelo, que tinha preso na parte superior da cabeça, abaixo pelo
comprido e elegante vestido de cor vermelho forte. Era feito de uma malha elástica, pegajoso, e
sem mangas, com tiras sustentando os peitos, coberto ao longo das costelas, que se aferrava a sua

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cintura e quadris, e acariciava o traseiro com atenção íntima. Para completar seu traje usava uns
brincos granada, colar e anel, além de sandálias de tiras, e estava preparada.
—Deus, está... —Sua respiração se cortou enquanto o olhar se esquentava em chamas de
reconhecimento inegável. Mick tomou o rosto e se moveu. Os lábios tocaram a testa e nariz. —
Preciosa. Está tão bonita.
—Obrigada. —Um pouco sem fôlego, murmurou: —Você não está tão mal.
Ele vestia um traje cinza escuro que ficava a medida, uma gravata vermelha, e uma camisa
branca Oxford.
Deu um beijo quente e delicioso nos lábios. Ela pensou que ele tinha a intenção de mantê-lo
suave e rápido, mas quando as mãos se aferraram a sua cintura, aprofundou o abraço. Com os
braços em torno da cintura, com seu controle possessivo e suave de uma vez. A boca se torceu
sobre a dela, bebendo-a e degustando-a até que os lábios se separaram com calor lânguido. Sua
língua se afundou, acariciando a boca com um ritmo que enviou um formigamento doce através
dos mamilos e ventre. Ela caiu no beijo sem restrições enquanto a mão se aproximava para
acariciar a garganta, deslizando-se sobre o decote V com uma doçura que enviou um cru
entusiasmo dançando ao longo do corpo em redemoinhos de prazer.
Os quadris deram um empurrão, o pênis duro acariciando. Ela se arqueou em seu controle,
com as mãos procurando seu peito, deleitando-se com o músculo esculpido dobrando-se sob seu
toque, obrigada por pura excitação a estar mais perto. Seu toque passou as costelas, debaixo dos
quadris e deslizou sobre o traseiro para tomar e apertá-lo. Mick deixou a boca para jogar com sua
orelha. A língua excitou o lóbulo da orelha, a boca viajou acariciando o pescoço. Ela estremeceu
sob sua rigorosa atenção, uma sensação de fundir-se converteu todo seu corpo em uma só massa
lânguida.
Mick mordiscou o pescoço, com sua respiração rápida, levantando e baixando o peito.
Tomou seu peito direito à ligeira, e ela ficou sem fôlego. Ele provou o mamilo rígido sob seu
polegar, dando voltas e acariciando-o até que seu corpo se sentia como se pudesse incendiar-se.
—Mick. OH, Deus.
O calor úmido se reunia entre as pernas. Doía o interior com um forte desejo de encontrar
alívio. Enquanto o polegar se movia e depois se movia de novo, ela se inclinou em seu toque. Ele
grunhiu enquanto ela ficava sem fôlego. Celeste adorou sua resposta, sem querer que essa
sensação de flutuar, de êxtase, diminuíra.
—Celeste. —A voz de Mick se voltou grossa de desejo. —Desejo-te tanto.
Sua garganta doía. —Desejo você, também.
Com os olhos acesos pela paixão, ele disse com voz áspera: —Não tenho uma camisinha
comigo.
—Eu comprei algumas. Estão em meu quarto.
Ele sorriu… um amplo sorriso, brilhante, que mostrava vinte vezes seu alívio. —Graças a
Deus.
Ela começou a rir enquanto a puxava pela mão e se dirigia escada acima até o dormitório.
—Chegaremos tarde ao jantar, —disse.
—É seu jantar, pode chegar tarde. Além disso, podemos fazer uma rapidinha.

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Um grunhido áspero saiu da garganta… que dizia que apreciava a ideia com grande
entusiasmo. Quando chegaram ao escuro interior do quarto, ele tomou em seus braços. Arrastada
pelo exótico sentimento passando através dela, Celeste deixou que suas inibições
desaparecessem. Uma rapidinha. Minha primeira vez. OH, wow.
Soava bem. Incrivelmente bem. Doeu, desejando-o com um desejo que a queimava de
dentro para fora. Enquanto sua boca tomava a dela, cada movimento da língua sobre a dela a
sacudiu com um fogo sensual.
Ela tomou o controle, lutando com a calça até que o botão e o zíper se abriram. Enquanto
tirava as sandálias, separou-se dele o suficiente para deslizar a calcinha pelas pernas e tirar. Ele
liberou o pênis.
—Meias, —disse ela enquanto retrocedia em seus braços. —Acesso rápido.
—Mmmm, bem, —foi seu acordo rouco. —Camisinha?
Ela procurou na gaveta do criado mudo e em questão de segundos ele embainhou o pênis.
Suas palmas trabalharam sob o vestido, o que facilitou que o objeto fora para cima até que
ele se juntou com seu traseiro nu. Levantou Celeste e as pernas foram ao redor de sua cintura. Ele
tomou até que se chocaram contra uma parede. A longitude dura de Mick a provou, encontrando
a umidade sedosa entre as pernas.
Jogou com ela por uns poucos segundos antes de penetrá-la.
OH. Meu. Deus.
Grosso e comprido, o pênis a abriu ampla e profundamente até que tocou o ventre. Era
bom. Ia além de bom. Imediatamente ele bombeou, com os quadris contra as dela com um longo
empurre depois de outro. Como um animal selvagem, possuiu a sua companheira, pôs seu selo
nela de um modo em que nenhum outro homem pode. Ela se retorcia com uma loucura que
jamais experimentou antes, desejosa de estampar o selo de propriedade sobre ele e que fora seu
para sempre. Retorcendo-se em seus braços, ela tratou de empalar-se mais profundamente em
sua longitude.
—Sim. Sim , —acertou a ofegar.
Os batimentos do coração aceleraram até a estratosfera, marcando o pulso em uma
frenética carreira até o final.
Mick se deteve o tempo suficiente para remover a base de seu pênis contra ela e penetrá-la
com um suave movimento dentro dela. Ela gemeu com o aumento de sua paixão, com sua cabeça
caindo para trás quando ele tocou um lugar secreto dentro, acariciando-a e caindo até que o fogo
estalou em uma conflagração.
Ela se retorceu enquanto o prazer a atormentava até estar a uma polegada de gritar e rogar.
Seu sensual assalto a tinha levado a um lugar tão cheio de prazer, que ofegava para recuperar o
fôlego.
—Por favor, Mick. Por favor.
—Que deseja?—Áspera e exigente, sua pergunta foi honesta.
—Mais rápido.
Ele fez enquanto o emparelhamento animal explorava. Ele a lançou para seu clímax sem
misericórdia. Enquanto os quadris se golpeavam, Celeste ouviu seus ofegos de prazer próprios, e

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os gemidos profundos da garganta enquanto a paixão subia em espiral até o topo. Afundando-se
em uma tormenta de giros, ela apertou o agarre em torno do pescoço. Ele afundou a cara no oco
de seu pescoço enquanto os quadris aceleravam, atacando suas profundidades molhadas até que
tudo o que sentiu foi seu corpo abrindo-se mais, mais longe, atirando dele até que pensou que
estaria no centro mesmo dela, mais profundo do que podia ter imaginado.
O fogo subiu, e ela se retorceu com violência. Uma forte tormenta alagando superou todas
as fibras do corpo e ela gritou com seu orgasmo fundindo-se. Não tratou de conter seu pranto
enquanto o clímax pareceu durar uma eternidade, e o pênis seguia penetrando-a. Ela se aferrou a
sua cabeça, sujeitando-o forte enquanto o êxtase rodava como um trovão.
Com o impulso de uma última investida, todo seu corpo estremeceu e duros grunhidos
saíram de sua garganta. Ofegavam, relaxando-se a cada momento, até que ele saiu dela, e ela
parou por si só.
Mick tomou a cara e a beijou com ternura. —Maldição, mel. Isso foi... —Sacudiu a cabeça e
sorriu enquanto seu peito subia e baixava com rapidez. Olhou o relógio. —Sim, ainda chegaremos
tarde.
Ela sorriu enquanto procurava a roupa intima e se dirigia ao banheiro. —Queixa-se?
—Claro que não.
Depois de limpar-se, Celeste quis burlar-se de Mick, fazendo-o sentir incômodo para que
depois, quando se voltasse louca por ele, perdesse o controle do fio de uma vez. Com valentia se
apoiou em seus braços e foi a seu redor. Ela o beijou, colocando a língua em sua boca. Ele gemeu e
a atraiu para ele.
Ele se separou, com seu fôlego uma vez mais saindo mais rápido.
Ela tirou a gravata. —Mmmn. Vermelho de paixão.
—E nem sequer planejamos nos vestir da mesma cor. Vamos. Vamos jantar. Morro de fome.
Chegaram ao exterior do Emporium Steak. Não era impressionante do exterior, mas quando
entraram, as linhas de estilo vitoriano do restaurante se sentiram como que os abraçavam. A mãe
do Mick e seus irmãos estavam na sala de espera, conversando animadamente.
O consentimento de seus irmãos com algum tapa masculino nas costas para felicitar a Mick
por sua promoção. Craig e Trey se viam asquerosamente atraentes, com cores conservadoras no
traje de Craig, com Trey um pouco mais extravagante em uma camisa amarela e gravata que
expressava seu lado mais aventureiro. O jantar derivou em uma comida deliciosa e divertida
conversa.
Celeste e Mick mantiveram a conversa fora do trabalho e de Darrell, o que pareceu muito
bem. Toda a experiência deu a Celeste um forte sentimento de pertença a essa família, e a forma
em que a mãe do Mick e seus irmãos a abraçavam forte fazia muito mais do mesmo. Deu a Mick
um cartão divertido, brincalhão, que não implicava nada muito íntimo.
Mais tarde essa noite, quando retornaram a sua casa, convidou a Mick a entrar.
Depois que se encerraram na casa, ele se afundou no sofá. —Tive uma grande noite.
Obrigado por me ajudar a celebrar. E obrigado pelo cartão. Foi muito divertido.
—Não há de que.
Cansada dos saltos altos, tirou as sandálias e deu um chute debaixo da mesa de café.

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Retorceu os dedos dos pés no chão de madeira fria.


—Por que está sorrindo?, —perguntou.
Ela suspirou. —É incrível, realmente. Sinto-me muito conectada a terra. Feliz apesar de não
ter trabalho, e com um ex ciumento tentando jogar mentalmente comigo.
—É uma mulher resistente.
Sentindo-se mais segura no momento, passeou para ele com graça, caminhando o mais
sensual que podia. O sorriso de Mick se ampliou, com os olhos refletindo apreciação quente, com
seu olhar dançando sobre ela. Ela se acomodou no sofá junto a ele e seu braço ficou sobre os
ombros. Ela se girou o suficiente para poder olhar seus olhos.
—O que acha de nós?—Os olhos de Mick a olharam. —Há algo que ainda te detenha?
Como podia ignorar sua petição e a esperança de desfrutar da cercania dele?
De estar perto? Quando seu desejo de estar com ele tinha tido algo que ver com o desejo de
conectar-se a um nível mais profundo? Quando a pura energia sexual entre eles se tornou algo
mais?
Saber que desejava estar mais perto dele a cambaleou, sossegando seus pensamentos com
um golpe. Tomou uns segundos ordenar seus pensamentos com coerência. —Antes de fazer amor
à primeira vez, pensava que se rendia ao que sentia, à atração que temos, perderia o controle.

—Perder o controle do que?


Como explicaria? Não havia palavras que parecessem adequadas. —Do único que tenho. A
mim mesma.
—Sua mãe e seu pai falharam, sua tia falhou nos mantendo afastados. A escória que tratou
te violar se acrescentou a seu sentimento inadequado. —Colocou o cabelo atrás da orelha. —Há
uma parte de você que acredita que abusarei de emocionalmente. É essa falta de confiança que
nos evitou conectar todo o caminho.
Suas palavras a fizeram dar-se conta de que Mick a entendia muito mais do que imaginou.
—Talvez. Devido à mamãe e papai estarem fascinados, sempre estava tentando chamar sua
atenção. Nada disso realmente funcionava. Não acredito que se dessem conta do muito que me
machucava. Não eram mais que imprudentes.
Ele não falou durante um curto tempo e a olhou com esses preocupados, admiráveis olhos.
Quando falou, seu tom sustentava compaixão. —Dói um pouco saber que pudesse acreditar que
faria algo para deliberadamente te machucar.
Tocou a mão e a apertou. —Não. Nunca deliberadamente. Sei isso. Conhece o velho refrão
que se diz que é um condenado clichê no mundo dos encontros? —Sou só eu?
Ele sorriu torto. —Sim.
—Bom, sou só eu. Estou aprendendo, entretanto. Estou aprendendo.
Mick deu a volta a sua mão e a estreitou. —Estou aprendendo coisas sobre mim, também.
Não posso controlar tudo nem a todos. Nem sempre posso fazer melhor as coisas, mesmo quando
quero. Não posso salvar ou proteger a tudo o que o necessite.
Ela franziu o cenho. —Honestamente acha isso?
Tocou a testa. —Parte de mim o faz em algum nível. —Levantando a mão, roçou os lábios

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nos dedos. —Parvo de mim.


—Está-me dizendo que é um fanático do controle?
—Sim. Tem que haver um grupo para isso. Fanáticos do Controle Anônimos.
Ela riu, contente de que falasse de seus pontos de vista mais profundos. —Perdoa-me por
não te haver acreditado?
—Só se me perdoar por ter o pressionado tão duro.
—Feito. Devemos nos estreitar as mãos?
Ele se inclinou para ela. —Acredito que um beijo é uma ideia melhor.

Um beijo quente se converteu em outro e outro até que Mick se encontrou com as costas no
sofá, com Celeste em cima dele. Deus, sentia-se bem. Correto. Tomou o traseiro, apertando a
carne redonda, entregue. Seu traseiro se adapta perfeitamente a sua mão, e adorou a fome
possessiva, envolvente na virilha.
Ele nunca experimentou essa emoção crua, essa certeza de que nenhuma outra mulher
pudesse fazê-lo, agora ou no futuro. Durante o jantar dessa noite sabia que sua vida antes de
Celeste tinha sido menos completa... menos segura.
Menos significativa. Sim, nenhuma outra mulher o encheria.
Só Celeste.
Celeste. OH, Deus. Deus. A amo.
O frenesi em seu interior o insistiu a mover-se mais, mais rápido. Devorou sua boca com um
beijo depois de outro, e com ela afundando-se no abismo com ele. Pela primeira vez em sua vida,
reconheceu ter uma verdadeira falta de controle. A primeira noite que fizeram amor ele tinha
derramado seu amor nela sem saber o que era, apanhado em uma avalanche sexual até o final.
Essa noite estava seguro de seus sentimentos. Deliberados.
Desencadeados.
Ela se separou dele. —Quero isto selvagem.

Toda a noite Celeste o viu e desejou, da forma como tinha desejado depois da competição
de artes marciais. Suas pernas estavam abertas, e apesar de seu traje formal, parecia uma grande
pantera saudável à espera de sua comida.
Ela se arriscaria.
Levantou a barra do vestido para cima sobre os quadris e avançou para ele. Seus olhos se
ampliaram e se fixaram no ponto em que o vestido mal cobria a calcinha de cor vermelha
combinando. Ela usava meias nas coxas e ligas.
Ele lambeu os lábios. —Wow.
Ela sorriu satisfeita com sua reação. Sem mais hesitação, sentou-se escarranchado sobre
seus quadris. As mãos chegaram a seus quadris enquanto ela se pressionava para baixo e
encontrava sua ereção. Enquanto a calcinha tocava a larga masculinidade, ela respirou
profundamente. OH, sim.

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Mick tomou a parte de trás do pescoço, com seus olhos de fogo, e atraiu a boca para a sua.
Quentes e firmes, os lábios começaram um beijo implacável, um selo de propriedade puro que
agitou seu sangue. Ela se retorceu um pouco na tentadora ereção, e ele gemeu contra sua boca. A
língua deslizou no interior, os constantes impulsos e retiradas fizeram que seu sangue baixasse.
Celeste se moveu para trás o suficiente para passar o vestido pela cabeça. Ela o atirou
brandamente sobre o couro da cadeira. Observar a reação de Mick, entretanto, excitava-a. Ele se
via surpreso e paralisado. Um homem surpreso e agradado tudo de um só golpe.
Ele abriu de repente o fecho frontal do sutiã, e pegou os peitos. Os mamilos rosados
estavam duros. Ela gemeu e fechou os olhos, tomando os mamilos e lambendo-os, puxando-os
entre os dedos. Mick gemeu quando ela jogou com os mamilos, inclinando-se para passar a língua
sobre um sensível mamilo e chupando-o com a boca.

—Merda. —Seus quadris subiram, apertando seu pênis contra sua vagina. —Deus, sabe
bem.
Com apenas meias, calcinha e liga Celeste parecia uma deusa. Uma criatura de luz e amor
que teve a sorte de conhecer. Ele abriu a calça, liberando seu dolorido pênis.
—Vamos ao quarto, —disse ela.
—Boa ideia.
Uma vez que entraram no quarto, ela ligou o abajur da mesinha e disse:
—Não te afaste.
—Sem chance.
Enquanto ela ia ao banheiro, ele fez um trabalho rápido com a roupa, lutando por tirar os
objetos de vestir em um tempo recorde. Logo as roupas estiveram pulverizadas pelo chão.
Estendeu-se na cama, com a antecipação endurecendo-o até ser um pico.
Ele agarrou o pênis e o acariciou, bombeando com seu punho a carne dura, com um
movimento. Dois. Apertou os dentes e se soltou. Não podia fazer nada mais ou gozaria. Perderia
seu tão precioso controle. Queria perder o controle dentro dela.
Em um tempo recorde ela retornou com a camisinha e uma garrafa do que parecia
lubrificante. Mas agora estava completamente nua.
OH, sim.
—O que leva aí?, —perguntou.
—Parte da festa.
—Bem. Acredito que é hora de provar algo que você gostará.
Os olhos se abriram. —Ah, sim?
—Dê-me o lubrificante, mel.
Viu a curiosidade em seus olhos e quis provocar com as possibilidades. Tudo o que
acontecesse depois adoraria, e ele se asseguraria disso.
Colocou o preservativo, lubrificou os dedos da mão direita, e logo se recostou na cama outra
vez. —Sente-se em mim.
Ela sorriu, com os olhos cheios de espera. Aproximou-se dele, sentando-se escarranchado

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sobre o pênis, e acomodando-se sobre sua ereção com uma queda lenta.
Seu fôlego assobiou. Ela gemeu, piscando enquanto os lábios entreabriam.
—Não se mova ainda. —Ele se sentou. Enquanto ela ficava sem fôlego, sentiu como o pênis
aumentava uma polegada em seu úmido e quente canal. Ela se sentia tão bem. Empurrou-se para
baixo, afundando outro pedaço em sua carne.
Ele jogou com a dobra das nádegas, e os olhos se abriram. Ele encerrou os olhos com os dela
enquanto punha lubrificante sobre sua roseta.
—Sente-se bem?, —perguntou.
Sua pele sedosa apertava o pênis, e ele conteve o fôlego áspero. Com apenas um impulso
afundou o dedo médio em sua estreita entrada. Esse toque se sentia mais íntimo que algo que
tivesse feito até o momento. Talvez porque revelava mais do um ao outro. Mais do que ele nunca
pensou que fariam.
—OH, Deus, Mick.
—Aperte-me.
Ela fez.
Ele não se moveu, o que permitiu que seu corpo se movesse com contrações apertadas. Ele
moveu os dedos, fodendo com bombeadas lentas, sentindo o delicioso puxar da carne que o
rodeava. Seu ritmo aumentou as contrações, suspiros e gemidos entrecortados indicavam que
logo alcançaria o clímax.
Enquanto que ele pensou que tinha perdido o controle antes, a forma como seu corpo o
aceitava, abrindo-se com cada investida profunda dizendo que ela o desejava com uma fome
muita superior a algo anterior.
Com um grito ela chegou ao clímax, e a sensação da pele sedosa pulsando a seu redor
enviou Mick à borda. Um grito saiu da garganta, quando ele estremeceu e tremeu com delicioso
prazer. Aferrou-a para ele, com os batimentos do coração fortes como um corredor de maratona,
com sua alegria ficando em funcionamento cabeça com cabeça com a saciedade física. Ela o
agarrou aproximando-o, com a cara afundada em seu pescoço, com seu corpo ainda quente e
trêmulo, com sua respiração ainda saindo dura.
Quando recuperou o fôlego, disse, —Mude-se comigo.
Ela se apartou o suficiente para vê-lo com rosto confuso. —O que?
—Venham viver comigo.
Sua boca se abriu, e por uns segundos se imaginou que veria a alegria alagando seus olhos.
—Sei que quer que fique aqui para que possa me proteger, mas…
—Sim. Sim, sei.
Procurou em seus olhos, mas não sabia por que. Com um movimento suave, deslizou-se fora
dele e se dirigiu para o banheiro. —Volto em seguida.
Retornou uns minutos mais tarde, e ele tomou seu turno mais que feliz de dar tempo para
pensar. Talvez não deveria ter dado tempo para pensar. Como um vendedor que pressiona para
obter uma venda a uma pessoa que não quer comprar algo que realmente não quer. Talvez não te
quererá, se pensar muito a respeito.
Quando ele retornou ela estava deitada na cama nua, e para sua mente, incrivelmente

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bonita. Ele se doeu de desejo uma vez mais, desejando marcar sua paixão nela com outro ataque
de amor.
Em seu lugar, deitou-se e se abateu sobre ela, enjaulando-a com seu braço esquerdo e
apoiando-se em seu cotovelo. —No que está pensando?
Uma dúvida brilhou em seus olhos, um sinal seguro de que sua declaração não tinha dado no
branco. Quando falou, sua voz tinha remorso. —Não posso ficar com você, Mick.
A decepção encheu seu centro e se retorceu em forma de uma bola em sua garganta.
Obrigou-se a dizer além de toda obstrução. —Por que não?
—Tenho que encontrar meu caminho através deste perigo, Mick. Se me apoiar em você para
manter minha segurança, como vou alguma vez a confiar em mim mesma outra vez?
—Não é assim. Pensa nisso como um trabalho profissional se desejar. Sou o policial, você é a
população civil que necessita amparo. Você é uma… amiga... que necessita amparo.
Mick soube imediatamente que suas palavras foram inadequadas, que não disse o que ela
queria ouvir, e que ele não disse o que quis dizer.
—Tenho um sistema de segurança, e estou sendo cuidadosa. Ao final, isso é tudo o que
posso fazer. Assim que a resposta é não, não vou viver com você.
Ela se levantou e foi ao armário. Tirou uma suave túnica vermelha e envolveu o cinturão com
segurança a seu redor. O silêncio os rodeou até que se estendeu tanto tempo que não podia
pensar em uma maldita coisa que dizer.
Quando se voltou para ele, seu sorriso sustentava tristeza e felicidade, tudo misturado em
sua gloriosa expressão que agitou necessidades e desejos em seu interior. —O jantar de esta noite
foi maravilhosa, Mick. Estou tão contente de ter compartilhado com vocês.
Ele se levantou e começou a vestir-se. —Me alegro de que estivesse ali, também. Eu gostaria
de ficar, mas temos um chamado especial às seis da manhã, assim tenho que me levantar em
torno das três.
Depois que ele se vestiu e ela o seguiu até a porta, Mick quis poder ficar toda a noite e fazer
amor com ela uma meia dúzia de vezes mais. Ao menos, assim podia esperar que seu aroma, a
sensação dele permanecesse marcada nela para sempre. A possessividade rugiu e ameaçou
explorando em alguma declaração primitiva ridícula que sabia que ia pesar mais de cem vezes, se
a expressava.
Está arruinando isto, MacGilvary. Sabia que estava fazendo e lutou com as palavras, e não
podia pensar em uma maldita forma de reestruturar o que já expressara.
Tomou o rosto e reclamou seus lábios com uma carícia prolongada. —Vigia quando tiver ido,
certo?
—Sempre.
Abraçaram-se, e enquanto estavam ali pelo que pareceu uma eternidade, ele se inundou no
calor, no aroma delicado e feminino do cabelo até que teve que soltá-la, ou se perderia para
sempre.
Muito tarde MacGilvary. Muito tarde. Já está perdido para sempre.

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Capítulo Vinte e dois

Celeste trabalhou em seu currículo na segunda-feira pela manhã, sentada no escritório de


painéis escuros do primeiro andar da casa. Rodeada de centenas de livros que sua tia colecionara
durante muitos anos, e que Celeste queria ler. De fato, o clima lúgubre e chuvoso frio a convidava
a ler mais que a ajustar seu currículo.
Correto. Baixa do tronco e acaba seu currículo.
A determinação e a confiança renovada a faziam trabalhar mais duro para terminar. Passou
a manhã trabalhando no documento e lendo listados os trabalhos em linha. Olhando o
computador, ajustou o documento para mostrar sua considerável experiência como assistente
administrativa e em contabilidade. Passou oito horas ao dia caçando em internet até que
encontrou algo. Uma cidade tão pequena que se gabava de ter menos oportunidades que onde ela
tinha vivido em Vermont. Entretanto, necessitava trabalho. Fechou os olhos para descansar e
sorriu. O jantar de ontem à noite e o tempo dedicado a Mick a enviaram a uma montanha russa
emocional. Já não podia fingir que não tinha uma relação séria com Mick. O tempo que passara
com ele ultimamente, e o poder de seu amor confirmavam que se conectaram a um nível mais
que físico. Era arrastada por seus sentimentos, e seus olhos se encheram de lágrimas por seu
poder.
Lançada a uma tormenta de alegria e emoção, tinha decidido que a carreira de Mick como
oficial do SWAT podia ser tolerada. Não temia a ele de nenhuma forma. Pelo contrário, sabia o
que faria algo por mantê-la a salvo.
Se mude comigo.
A solicitude de Mick a tomou com a guarda baixo por completo. Apesar de que tinha
controlado a montanha russa de emoções em conflito que sua solicitude gerou, tinha querido
jogar-se contra ele e gritar sim... sim iria se viver com ele. Mas não faria. Ir viver com um homem
seria um grande passo para ela —que não o via como uma conveniência apoiada na necessidade
de sexo. Queria que sua relação com Mick se apoiasse em mais que isso.
Entretanto, suas palavras, sua solicitude não tinham divulgado como um homem que deseja
a uma mulher para companhia ou para fazer o amor. Tinha divulgado como se oferecesse
proteção. Tão agradável e nobre como isso era... não... Não podia fazê-lo porque ele se sentia
obrigado como oficial de polícia e como amigo a oferecer segurança. Ir viver com um homem só
passaria se o amava e ele a amava.
Antes que pudesse pensar mais, o telefone tocou. Entrou na sala de estar para escutar a
secretária eletrônica recolher ao segundo timbre.
—Hey, Celeste? Está aí? É Leigh. —A voz do Leigh tinha um tom de urgência.
Celeste se precipitou ao telefone. —Olá, estou aqui.
—Graças a Deus. Não quero te alarmar, mas acredito que é melhor que ligue a televisão.
Canal quatro.
Celeste alcançou o controle remoto e se sentou no sofá. O que viu no canal enviou um
desagradável choque através dela. —OH, não.

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Celeste ficou olhando a tela. Um jornalista falava no fundo, enquanto que os ângulos da
câmara mostravam aos ajudantes do xerife na equipe SWAT como um enxame em uma zona
deserta e espreitando uma cabana. Uma ambulância se afastava da cena.
Uma jornalista disse: —A equipe SWAT do Departamento do Xerife El Toro foi chamado por
um assunto de narcóticos as oito desta manhã. Suspeita-se que Barry Scanlon de cinquenta e cinco
anos, um delinquente conhecido por seus laços neonazistas, poderia ser um problema. Quando os
SWAT ingressaram nas instalações, foram recebidos com disparos de armas automáticas.
—OH, Deus. —Celeste apertou o peito, com o coração pulsando com força enquanto o
relatório continuava.
—Dois oficiais foram feridos e suas condições se desconhecem até este momento, —disse o
jornalista.
—Não. —Celeste não queria ouvir isso, mas não desligaria a televisão.
—Estou segura de que Mick está bem, —disse Leigh. —Mas tinha que te dizer o que está
passando.
A preocupação torturou Celeste. —Obrigada por ligar. Mas isto é justo o que temia. Esta é só
a razão...
O silêncio em ambos os extremos do telefone marcou o sentimento de Celeste.
—Como te disse, estou segura de que Mick está bem, —disse Leigh.
Os dedos de Celeste apertaram o telefone, com o batimento do coração surdo em nos
ouvidos. —Como pode ter certeza?
—Não posso, mas…
—Tenho que averiguar quem saiu ferido e que tanto.
—A quem pode ligar?
—Ligarei no celular de Mick.
—Bom, bem, avisa-me o que está ocorrendo assim que seja possível.
—Farei. —Celeste desligou e ficou olhando o tapete durante uns segundos.
Digerindo o que pôde ter acontecido, que Mick poderia estar gravemente ferido, causou que
as lágrimas aumentassem de novo nos olhos. Maldição. Não podia ir por essa montanha russa.
Não importava quanto se preocupasse com ele, à dor…
Discou o número de Mick, depois de memorizá-lo há algum tempo.
Quando escutou a de voz, o coração se afundou.
—Mick, é Celeste. Inteirei-me da chamada do SWAT. O relatório da televisão diz que dois
oficiais resultaram feridos, mas não sabiam como estão. Por favor, ligue assim que seja possível.
Quando desligou, ficou na borda do sofá, com a tensão vibrando através dela com
adrenalina, como se tivesse escapado de um predador. Como se já soubesse que Mick tinha saído
ferido.
O coração pulsava de maneira desigual em seu peito. Ou pelo menos se sentia como se
fizesse, enquanto seus pensamentos davam um giro terrível. O que aconteceria a vida de Mick
estivesse em jogo nesse momento? O que se ele…
—Não!—Negou em voz alta, com o único som no silêncio quase sobrenatural.
Olhou pela janela enquanto as nuvens se moviam no Gold Rush e ameaçavam com mais

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chuva do verão. A escuridão cobria o que tinha sido um dia brilhante. Deus, não podia pensar
assim. Não podia aguentar isso. Correu à cozinha e colocou a mão na despensa por uma garrafa de
água. Depois de desenroscar a tampa e tomar vários goles, retornou à sala de estar e se afundou
de novo no sofá.
Tudo o que pensou que sabia essa manhã sobre sua relação com Mick desvaneceu em sua
cara como uma bomba. Enquanto olhava ao redor do quarto, na realidade sem ver nada, soube o
que tinha que fazer. Não podia viver com esse medo todos os dias. As lágrimas correram de seus
olhos.
As lágrimas seguiam caindo pelo rosto enquanto olhava a televisão e esperava um novo
relatório. Durante quinze minutos viu a repetição de um programa de televisão e o odiou.
—Vamos, Mick. Por favor, me ligue.
Cinco minutos mais tarde o telefone tocou, e ela atendeu. —Olá?
—Esteve-me evitando, Celeste.
Darrell.
A cólera a alagou e pendurou o telefone. Maldição. Maldito Darrell nos sete níveis do
inferno.
O telefone voltou a tocar, e esta vez deixou que a máquina respondesse.
—Celeste, é Mick. Está aí?
—Graças a Deus. —Ela pegou o telefone. —Mick.
—Ouça, acabo de receber sua mensagem. Sinto ter demorado tanto tempo em te voltar
para chamar. Estive no hospital.
—Está bem?—As palavras surgiram como mísseis, como em uma funda. —Vi o jornal e
disseram que dois oficiais tinham resultado feridos.
—Estou bem. —Sua voz soava cansada. —Não foi tão mau. Quando fomos a casa o cara
começou a disparar. Saltei fora do caminho, mas alguns cristais quebrados cortaram meu braço e
a Kelso uma bala roçou a parte superior do braço. Fizemos cair ao homem. O idiota nunca venderá
narcótico ou dirá Heil Hitler de novo.
Ela lançou um suspiro, com seu alívio tão profundo que se sentia débil. —Kelso está bem?
—Sim, foi mais um arranhão que nada. Meu corte necessitou um par de pontos. Além disso,
estamos bem.
Ela não podia falar.
—Hey, está bem? Soava muito frenética na mensagem, —disse Mick.
—Esse é um eufemismo. Não estou bem com tudo isto.
—Sinto se te preocupei.

—Além Darrell acaba de ligar, por isso este não é um bom dia. —ouviu-se dizer e não gostou
do som, mas tinha saído de todos os modos. —Não sei se posso fazer isto, Mick.
—O que?—Uma autêntica confusão coloriu sua voz.
—Isto. Nossa relação. Sabe o que senti quando me inteirei que havia dois oficiais
possivelmente com lesões graves, e que não tinha nem ideia dos quais podiam ser... Se tivesse
sido qualquer um de sua equipe, seus irmãos... mas sobre tudo você…

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A voz do Mick endureceu. —Sei, mas tudo terminou agora e não houve ninguém ferido de
gravidade pelo delinquente. Tudo está bem.
—Não o está, Mick. Olhe, tenho que trabalhar em meu currículo. Falarei com você mais
tarde.
—Espera um minuto. Isto não é tão simples. O que está dizendo que não pode fazer?
Ela suspirou. —Não sei. Suponho que fui uma tonta ao pensar que poderia ser como tantas
outras mulheres que se preocupam com seus namorados e maridos no cumprimento da lei. É que
não é... não posso. Não sei se ainda quero viver no Colorado. Se ficasse aqui ainda me preocuparia
com você.
Ele emitiu um som de brincadeira. —Falamos disto antes, Celeste. Estar comigo inclui
aceitar meu trabalho. —Sua voz resultou profunda e grave, com um tom sussurrante que dizia que
estava tratando de baixar a voz. —Entendo como um trauma infantil afeta a idade adulta, mas não
me deterá de viver a vida. Não posso controlar o que sente por meu trabalho, Celeste. Tem que
tomar uma decisão se pode aceitar o que faço. Ser membro do SWAT é uma grande parte do que
sou. Isso não vai mudar.
O firme, sem tolices tom em sua voz confirmou seus sentimentos em términos muito claros.
Solidificava sua estupidez por envolver-se com ele.
—Suponho que isso é tudo, então. Adeus, Mick.
Terminou a ligação e colocou o telefone no sofá junto a ela. Aturdida até o núcleo, sentou-se
no sofá e as lágrimas chegaram. Deitou-se no sofá, colocando a cara em um travesseiro decorado,
com seu pranto desesperado, torturando-a até que ficou em uma posição fetal. Finalmente, foi ao
banheiro e se olhou no espelho.
Efetivamente. Tinha os olhos injetados em sangue, o nariz vermelho, e a cara cheia de
manchas que a saudaram.
Atormentada pelas emoções muito numerosas para as classificar, olhou-se no espelho como
se estivesse vendo uma estranha. Nesses segundos sentiu como que não se entendia a ela mesma.
Tinha pensado que chegara a um acordo com a carreira do Mick. Agarrou-se por lado do lavabo de
pedestal branco, olhando-se aos olhos em busca de respostas. Sentia-se pequena e fraca. Confusa.
A declaração definitiva de Mick por de sua carreira não tinha trocado, mas a frieza de sua voz não
divulgou nada como a voz sensual e profunda que utilizava a maior parte do tempo.
Seu homem forte, seu protetor SWAT não se alterou. Só que ela sim.
Ele nunca disse que renunciaria a sua carreira por ela. Embriagadores hormônios liberados
sexualmente por parte da poderosa atração o fizeram pensar que as barreiras entre eles tinham
caído.
Uma dor de cabeça e tensão nos músculos entre as omoplatas a enviaram a procurar um
pote de aspirinas. Abriu o estojo de primeiro socorros e depois de recuperar o pote se dirigiu à
cozinha.
Seu estômago grunhiu e recordou que tinha planejado uma viagem ao supermercado nesse
dia. Independentemente de suas caóticas emoções, seguia precisando comer.
Leigh. Leigh tinha que saber o que havia passado… ao menos a parte relativa ao bem-estar
de Mick. Utilizou o telefone do quarto e se deitou na cama para ligar para Leigh.

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—Olá, meu bem, —disse Leigh. —Ouviu do Mick?


—Está bem. Ligou-me. Cortou o braço e outro dos membros da equipe tem uma ferida.
—Graças a Deus que não foi mais grave. E você?—Leigh suavizou a voz com preocupação. —
Está bem? Sua voz soa estranha.
—Não, eu estou... Mick e eu...
—Mick e você?
—É uma longa história.
—Ah, já vejo. Não quer falar disso.
Celeste se sentia cansada até os ossos, e o conceito de fazer nada, de não ir a nenhuma
parte era muito duro. Mas faria porque não se deixaria cair em nenhuma ridícula tristeza. Não se
permitiria ser como seu pai e derrubar-se na depressão e na miséria.
—Agora não. —Celeste passou um dedo por uma mecha do cabelo. —Não quero falar agora.
—Entendo. Bom, me ligue se quer falar.
—Espera... um... tem algum plano para esta noite?
—Além de fazer ioga e jantar sozinha? Não.
—Quer um pouco de companhia?
—Sonha fantástico. Quer vir às seis e meia? Farei alguns de meu famoso espaguetes, e
poderemos batizar uma garrafa do Chianti. É melhor que traga seu pijama, tenho a sensação de
que poderia ficar a dormir.
E com isso, o ânimo de Celeste se levantou, mas apostaria que um vinhedo completo do
Chianti não afogaria sua angústia.

O tempo fresco se moveu a Gold Rush em forma de nuvens escuras descendo das
montanhas que rodeavam a cidade e o rocio golpeou o para-brisa do carro de Celeste.
A compra de comida não melhorou seu humor… tinha permitido que a idiossincrasia das
pessoas a incomodassem. A velha senhora lenta diante dela que tomou um tempo extra para
averiguar como usar o cartão de débito. A mulher atrás da linha que teve a dois meninos
inquietos. Sabia que não deveria ser impaciente, mas maldição, seu nível de frustração a tinha
afligido. Sobretudo porque era provável que chegasse tarde ao jantar com Leigh.
Já eram seis e quinze, e nunca sairia do supermercado e chegaria a tempo.
Seus nervos se sentiam como um cacto espinhoso que, entretanto, fazia seu corpo pesado,
com um cansaço profundo nos ossos que não tinham nada que ver com o esgotamento físico e
estava tudo relacionado com seu humor.
Enquanto conduzia pela rua, passou pela casa de Mick.
O bom é que não se mudou com ele como sugeriu isso. Se tivesse feito, teria tido que
mudar-se de novo e isso a teria quebrado.
Mais do que está agora?
—Cale-se, —disse em voz alta. —Cale-se.

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Como o inferno.
Entrou no caminho da casa e à área de estacionamento traseiro. À medida que o estômago
grunhia, decidiu que talvez necessitasse uma fruta para poder resolver sua fome até que chegasse
ao espaguete d Leigh. Queria deixar espaço para esse. Soavam bem. Muito melhor que as comidas
congeladas que tinha armazenado. A ideia de um jantar solitária, de não comer com Mick uma vez
mais, fazia que o estômago doesse e saltasse. Talvez a fruta pudesse esperar. Com um pouco de
sorte o jantar com Leigh lhe tiraria o pensamento de Mick.
Ah. Como se algo pudesse fazer isso, como uma bomba nuclear explorando em meu pátio
traseiro.
Pendurou a bolsa no ombro e saiu de carro. Era hora de colocar os alimentos na casa. Abriu
a casa e arrojou a bolsa na mesa da cozinha, e carregou dois sacos de papel do supermercado de
uma vez. Tinha baixa de fornecimentos, por isso comprara um montão. Dois sacos mais ficavam.
Voltou para carro e tomou o último saco e fechou de repente. Entrou na cozinha e a porta se
fechou de repente com a tela atrás dela. Deu a volta.
—Olá, Celeste.
Ela abriu a boca e pôs a mão nela enquanto dava um passo atrás e se chocava com a mesa
da cozinha. A esquina apunhalou as costas, mas quase não sentiu a dor.
Uma palavra saiu de sua boca. —Darrell.
Vestido com uma camisa polo de cor vermelha, jeans e sapatos esportivos, Darrell se via
úmido, mas muito normal. Sorriu como se não a tivesse visto em uma década, como um homem
que encontrou a um amor perdido faz tempo. Só a arma da mão dava alguma indicação de que
não tinha intenção de fazer uma visita social agradável.

Mick ficou olhando a porta do congelador aberta e vendo a variedade de comidas


congeladas. Frango à florentina. Churrasco de frango. Almôndegas e espaguete. Tirou o espaguete
e inspecionou a suntuosa foto da parte dianteira.
—Comida para o tamanho de um homem. —Grunhiu. A pequena caixa desmentia ao texto
na mesma. —Certo.
Arrojou a comida ao congelador e fechou a porta com um golpe seco.
De pé no meio da cozinha durante cinco minutos, pensou no que devia comer e o que fazer
o resto de sua noite. Não tinha planejado voltar para casa tão cedo, mas o capitão Ginipri ordenou
a ele e a Kelso que se tomassem o resto da jornada. Mick olhou sua vendagem. A equipe médica
SWAT tinha ordenado ir direto ao médico imediatamente depois de seu turno de hoje e tinha
viajado na ambulância com Kelso. Pontos de sutura e uma vendagem se encarregava do que afligia
a Mick, enquanto que Kelso conseguiu sair sem pontos, mas com uma atadura tão grande como a
de Mick. Mick esperava receber um beijo de simpatia de Celeste, mas isso não aconteceria agora.
Talvez nunca.
Nunca, seu idiota.
Não, se a deixava sair-se com a sua.
Que o faria, maldição. Seguro que não deixaria que seus sentimentos para ela o

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convertessem em um perseguidor de merda como Darrell. Merda, Merda, Merda. Não gostava da
ideia de abandonar a Celeste. Depois de tudo, Darrell estava ali, e não ia deter se. Se era um
sociopata verdadeiro, ou se estava honestamente louco, Celeste ainda poderia estar em perigo.
Caiu por ela com dureza, mas ao mesmo tempo, se ela sentia que não podia estar com ele
devido a seu trabalho, que assim fora. Um nó frio e duro de descontente tomava todo o espaço
em seu estômago. Não tinha fome. Entretanto, não saiu da cozinha, contemplando qual deveria
ser seu próximo movimento com Celeste. Apesar da forte dor agitando-se nele, devia um
juramento a sua profissão. Servir e proteger.
Ligaria e asseguraria sua proteção profissional independentemente de sua relação pessoal
agora dissolvida.
Apertou os punhos a seu lado. Faria isso, inclusive se o comesse um buraco limpo.
Mick se dirigiu para o telefone da cozinha quando este tocou. Tomou metade esperando
encontrar a Celeste ao outro extremo. A voz era de uma mulher, mas não de com a que queria
falar.
—Mick, fala Leigh Strong. —Sua voz soava sussurrante e sem fôlego. —Eu… eu… tem que vir
imediatamente. Aproximei-me da casa de Celeste e, OH Deus—Darrell Huntley está lá com ela e
tem uma arma lhe apontando.
O coração do Mick se converteu em um bloco de gelo. —O que?
—Supunha-se que devia encontrar-se comigo esta noite para jantar, mas quando não se
apresentou e não atendeu nem seu telefone celular nem o telefone de sua casa, soube que algo
andava errado. Passei e quando cheguei à frente da casa, foi quando vi Celeste através da janela
da sala com o Darrell apontando com uma arma. —A voz de Leigh divagava com rapidez, sem
fôlego.
—Filho de puta! Merda!—Mick se moveu, correndo a sua habitação pelos sapatos e armas.
—Ligou para 911?
—Sim. OH, Deus, Mick—Ela soava chorosa.
—Afaste-se da zona.
—Mas…
—Agora!
—Certo.
—Estou a caminho.
Mick lançou o telefone na cama. Colocou os pés em nos tênis e agarrou a arma. Em questão
de segundos saiu correndo para a porta, com seu Glock na mão. Ligaria a seus irmãos no caminho.
Um medo quase paralisante ameaçou estripando Mick, destruindo o policial dentro e
fazendo-o só uma coisa.
Era um homem aterrorizado pela mulher que amava.

—Senta. —A voz de Darrell sustentava o calor de um homem carinhoso convidando a


namorada para que se acomodasse em sua casa.
Celeste não podia deixar de olhar a pistola em sua mão. Um dia no campo de tiro não

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qualificava seu conhecimento de que tipo de pistola ele segurava.


Darrell moveu a pistola em sua mão, fazendo um gesto. —Melhor ainda, vamos sentar-nos
na sala de estar.
À medida que a impulsionava a caminhar diante dele, o pânico ameaçou aumentando. Quis
gritar, correr, escapar. Lutar ou fugir. Nada disso ocorreria logo, sabia. Subestimar a inteligência
deste homem a mataria. Darrell tinha escuras profundidades que ela não sabia, e isso a assustava
mais que tudo.
Darrell baixou a arma, o que surpreendeu Celeste. O alívio foi tão fraco que se afundou no
sofá. Uma vez que sua mente resolveu o choque, a forma em que a tinha tomado por surpresa, e a
vergonha a surpreendeu. Teria que ter prestado mais atenção a seu entorno. Deveria ter feito
algo. Não, com essa arma dirigida contra ela, não tinha outra opção. Não possuía os movimentos
corretos de autodefesa, do pouco aprendeu, para desativar um homem armado.
Qualquer movimento que fizesse agora resultaria absurdo, a não ser fatal. Não tinha uma
boa leitura de seu estado mental, e as ações e seu estado de ânimo diziam que qualquer ação sem
uma avaliação razoável machucaria bem.
Se a afirmação de Darrell de que era um sociopata era correta, bem, sua situação era ainda
mais precária. Não teria nenhum escrúpulo, sem remorsos, sem preocupar-se além das próprias
necessidades. Se Darrell estava louco, teria sido mais fácil tratar com ele. Ao menos assim teria
emoções e sentiria profundamente.
Enquanto Darrell a olhava, nunca olhando a outro lado, Celeste entendeu que tratava com o
pior oponente que poderia enfrentar. Por outro lado, ter saído com ele durante um mês tinha
dado uma visão que outra mulher não teria.
Poderia usar a previsibilidade a seu favor. Ele poderia ter um doutorado em psicologia, mas
ela não se encontraria em desvantagem total.
O sorriso de Darrell torceu, que era o que sempre dava, e que não tinha consolo. Apesar de
que se dominou para não mostrar medo, esse medo mesmo comia um buraco em seu controle e
ameaçava destroçando-a. Lutou por evitar o tremor da voz, o tremor das mãos.
Vou sobreviver a isto. Farei.
Seu intenso olhar a cravou no lugar, dois círculos frios, vazios de compaixão humana. —Não
esperava isto, verdade?
A boca secou, com o coração revolvendo-se. —Não.
Seu sorriso não se retirou, e a arma voltou para nível da cabeça. Ela conteve o fôlego, com o
terror absoluto encontrando um agarre, logo afastando-se. Se tinha que morrer, que assim fora.
Mas OH, como queria ver Mick novo.
Deus, Mick. Amo-te.
O conhecimento disso a tocou e deu força. Viveria para ver Mick e dizer algo que não podia
saber.
Amo você, Mick. Amo-te.
O sorriso do Darrell se fez mais largo, e só seu olhar firme disse que sabia o efeito que tinha
sobre ela e que se importava em nada. —Acha que vamos sair vivos disto Celeste?
—Sim. —Tinha que acreditar. Não tinha nada mais para manter a prudência.

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—Vamos. As coisas vão ser condenadamente aborrecidas se não dizer algo mais. —Falava
devagar e seguro, com a voz modulada pela inquebrável confiança em si mesmo e um coração que
não se via afetado pelo sentimento que nenhum ser humano podia sentir. —Recorda as conversas
que tivemos em nossos dois primeiros encontros? Quando fomos El Pavo Real?
—Lembro.
Os olhos não refletiam nenhum afeto pela lembrança ou lugar. —Não foi uma má imitação
de um pub Inglês. —Ele sorriu. —Recorda a Cynthia de meu escritório? Minha tonta ajudante
executiva?
—Sim.
—Despedi-a antes de chegar aqui. Fechei toda minha prática. Uma vez que fez o engano que
muitos americanos fazem por pura ignorância. Ela disse, “bom, já sabe... os britânicos com seu
pitoresco sotaque. E logo está o escocês”.
Ela assentiu e se inclinou para trás para dar a seus tensos músculos um descanso.
—Os escoceses são britânicos e também os galeses. Estava pensando que os ingleses são os
únicos britânicos.
Darrell inclinou a cabeça para a esquerda, sem nunca relaxar o braço da pistola, sustentando
o metal ameaçador na mesma posição. —Muito bem, Celeste. É dez vezes mais inteligente do que
a cadela nunca foi.
O que podia dizer a isso? Obrigada?
Sua pele se arrastou enquanto estava sentada muito perto de seu flanco direito, com o olhar
treinado em sua cara sem alterar. Qualquer pessoa que fora testemunha das palavras e obras
pensaria que estava louco, mas não estava. Ela se atreveu a olhá-lo aos olhos e olhou seu coração
em trevas. —O que quer, Darrell? Por que estamos fazendo isto?
Ele se moveu, com a arma agora pendurando entre as pernas com uma falta de cuidado que
devia tê-la deixado atônita, mas não fez. —Disse isso. Quero-te comigo.
—Por quê?
—Porque é linda, inteligente, e estou cansado de tratar com mulheres que querem algo de
mim. Você entende meus pensamentos. Você não quer nada de mim. Isso te converte em um
sujeito puro.
—Um sujeito puro para que?
—Posso te ensinar a seguir meu lado escuro e aprofundar no seu por sua conta. Veem
comigo e aprende a desatar o ódio dentro de você.
Isto significaria a humanização dele, mas ela moveu o corpo até que enfrentou a ele. Isso
também dava uma possibilidade de recair em um pé e aumentar a comodidade da distância. —Só
se preocupa pelo que deseja Darrell. Por que quer dar rédea solta a meu lado escuro?
—Porque sei que o tem em você. Sei que todo mundo tem neles para fazer o bem e o mal.
Ela sacudiu a cabeça, sem entender sua lógica. —É capaz de ser bom?
Ele riu entre dentes, mas o som não tinha nenhuma diversão real. Cada emoção, cada sorriso
que tinha outorgado era um especialista da coisa real. Converteu-se em um perito fazia muito
tempo em mostrar as emoções que nunca sentia.
—Sou capaz de fazer o que quiser. Isso é o que quero para você, Celeste. Que aprenda a

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fazer o que quiser, quando quiser. Tomar o que quiser tomar. Satisfazer todos seus impulsos, sem
importar as consequências.
—Mesmo se romperem a lei e machucam a alguém mais?
—Absolutamente.
—Sempre foi assim, Darrell? Desde que era um criança?
—Como?
Ela se arriscou. Era uma grande oportunidade. —Sem emoções. Investido com pensamentos
escuros de algum lugar do inferno.
Ele riu e jogou a cabeça atrás. —O inferno é onde está agora, querida. O único céu é quando
abraça a seu verdadeiro eu.
—E eu não sou meu verdadeiro eu neste momento?
—Isso é correto.
—Assim que tudo o que tenho que fazer é ir com você neste momento?
—Sim.
—Aonde?
—De retorno a Vermont.
Para agora sustentava a pistola de forma relaxada. Pendurava entre as pernas. Por um
segundo se imaginou agarrando-a e voltando-a sobre ele. Não. Nesse momento, parecia inútil.
Quando ela não respondeu, disse, —Se for comigo e abraça sua escuridão, poderá
demonstrar ao mundo e a mim que meu trabalho não foi em vão.
—Seu trabalho de psicologia?
—Meu trabalho em voltar corda à loucura.
—É isso o que acha que é? Um louco?
O silêncio dominou durante uns momentos mais. —Pensei que estava há um tempo. Então
me dava conta de que só porque vi uma alucinação, porque imaginei que um buraco estava
destinado a me tragar não significava que fora verdade.
—Então não acha que está louco?
Ele começou a rir. —Por que não me diz isso? Já conhece minhas teorias. Já te disse
exatamente o que sou.
Tinha feito, mas preferiu não dar voz. Ela duvidou.
Ele se endireitou e voltou à arma para ela uma vez mais, apoiando o pulso no antebraço. —
Adiante. Conte-me.
—Acha que todo o gênero humano nasceu mau, mas não a causa do pecado original ou por
alguma razão religiosa. Mas sim porque somos animais. Porque vamos da terra, e voltaremos para
a terra.
Ele riu, jogando a cabeça para trás. —Bem. Lembra-se do que te disse em nosso terceiro
encontro.
O sarcasmo escapou. —Incrível, não? E agora o que? Por que estamos fazendo isto, Darrell?
—Porque nunca vou deixá-la ir.
—Poderia ter a qualquer mulher que deseje. Por que eu?
—Não, não poderia ter a qualquer mulher que queira. Não estou interessado nas mulheres

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casadas, ou nas adolescentes ou em nada pervertido. Minha relação com uma mulher deve ser
pura. É óbvio, está o problema de MacGilvary. Sei que quando se inteirar de que está aqui comigo,
tratará de me matar. Não posso permitir isso. Se tentar, vou te utilizar como escudo. Por muito
que te queira comigo, —encolheu os ombros, —se não poder sair, vai ter que ser o dano colateral.
—Quer-me com você, mas não se preocupa comigo.
Aqueles olhos frios não a abandonaram. —Isso é exatamente o que falei.
As palavras fluíram com raiva antes que ela considerasse as consequências.
—Realmente é uma merda sem consciência, não?
Ele ficou de pé, com os olhos tão impassíveis como sempre, tão implacáveis como a erosão
rotineira de um fluxo de gelo.
Ela não teve a oportunidade de nada.

Capítulo Vinte e três

Mick sabia que se ele irrompia na cena sem respaldo, não teria uma oração no inferno de
ajudar a Celeste.
Correu a curta distância até a casa, ladrando ordens no telefone enquanto transmitia
mensagens ao escritório e a seus irmãos. Chegou rapidamente ao lado da casa, com a arma em
mão. Transladou-se com passos cautelosos, a mente e o corpo alerta.
Ele salvaria Celeste ou morreria na tentativa. Nada importava mais que liberá-la do agarre
do idiota.
Se entrava antes que o resto da equipe SWAT chegasse, poderia pôr a vida de Celeste em
perigo. Por outro lado, se não fazia… o mesmo resultado poderia produzir-se. O medo corria como
riachos frios e quentes através da corrente sanguínea. Seu comandante teria sua cabeça em uma
bandeja se entrava sem ordens.
A menos que pudesse fazer algo imediatamente para proteger Celeste.
Correto, você traseiro. Fez um trabalho muito bom protegendo-a. Ela não estaria em perigo
se a tivesse protegido. Deveria ter insistido que ela vivesse contigo, mesmo se ela não queria ter
nada mais que ver com você física ou emocionalmente.
Como se a tivesse forçado, obrigando-a a fazer algo contra sua vontade.
O medo e a culpa giraram por dentro até que sentiu o intestino perfurado. Mick conseguiu
uma respiração profunda, outro profissionalismo o recordou o que fazer… o que devia fazer.
Queria precipitar-se e salvá-la.
Queria matar a esse filho de puta que se atreveu a tomá-la como refém.
Fazer alguma ou ambas as coisas agora destruiria tudo o que tinha trabalhado e mais que
isso, poria à mulher que amava em perigo.
Ele negou com a agonia da dúvida. Desde não tomar uma decisão que poderia significar sua
morte.
Aproximou-se da janela da frente, de joelhos, assim Huntley não teria uma vista de sua

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sigilosa aproximação. Mick se agachou junto à janela, consciente de que Huntley já podia estar
avisado. Se tinha visto Leigh olhando pela janela, ele teria que saber que ela chamou por ajuda.
Huntley ficou sobre Celeste, com a arma apontando diretamente a ela. Mick viu medo cru,
inegável, nos olhos de Celeste. Mas ao redor desse medo viu força e determinação.
E sangue na têmpora.
Jesus.
Todos os músculos do Mick se esticaram. Esse filho de puta. Esse pedaço de sujeira, lixo,
tosco.
Huntley saberia que ela o temia, e isso deu ao homem uma vantagem. A ira enviou energia
cravando-se na espinha dorsal de Mick enquanto avaliava a situação. O coração de Mick se alagou
de amor como Celeste. Agora entendia quando Dace havia descrito seu desespero por Mary
quando ela tinha sido tomada como refém. Também compreendeu com total claridade como
Celeste pôde ter-se sentido quando pensava em que ele poderia ser ferido hoje na operação
SWAT.
É óbvio tinha sido frenética sobre ele.
Talvez, só talvez, ela podia sentir um traço de amor por ele?
O pensamento retorceu as vísceras.
Um homem louco de medo pela mulher que amava podia cometer enganos graves.
Com um sentido de terror, Mick se afastou da janela.
Esse imbecil fez algo que a feriu. Huntley viveria para lamentar.
Mick agarrou o telefone e marcou de novo ao escritório, a inteligência, para que passassem
ao capitão Jefferson Harris, comandante da unidade SWAT.
O escritório imediatamente o vinculou.
—ETA está a seis minutos. Não faça um maldito movimento até que cheguemos ai,
entendido? —Disse o Capitão Harris, a expectativa de que Mick seguiria as ordens era clara e
áspera em sua voz.
—Entendido. Se houvesse alguma maneira de que pudesse penetrar atrás dele…
—Nem sequer considere.
—Sim, senhor.
Duas patrulhas do Departamento do Xerife rodaram para Mick aproximadamente a meia
quadra de distância. Correu para elas e em questão de segundos reconheceu seus irmãos. À
medida que abandonaram rapidamente os carros, apressaram-se a abrir os porta-malas e agarrar
tudo o que necessitavam.
—Hey, irmão , —disse Trey, com olhos preocupados como Mick correu para eles.
—A caminhonete está em caminho.
Craig deu uma palmada no ombro do Mick, os olhos quentes com compreensão.
—Está bem?
Mick negou com a cabeça. —Não, mas vou estar logo que rompa o pescoço desse filho de
puta.
—Não vai tocá-lo. —Craig apertou o ombro. —Harris não te deixará estar para nada perto.
Trey deslizou seu colete por cima da cabeça. —Além disso, não trouxe uma patrulha com

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você e toda sua equipe está nela. Nos encarregaremos dela, Mick. Não vamos deixar que nada
aconteça.
Mick grunhiu sua resposta. —Está malditamente bem que não fará. Há sangue em sua cara.
O filho de puta já a feriu.
Kelso conduziu sua unidade e o mesmo fez Dace. Oficiais da cidade chegaram à cena para
levantar barreiras e manter ao público fora da área. A gente das casas próximas seria dirigida a
manter-se fora.
A caminhonete SWAT apareceu e mesmo a meia quadra de distância, o comando negro
rodando se via imponente e preparado para confrontar qualquer situação. Neste momento não
necessitariam o blindado portador pessoal, mas era possível que pudessem necessitá-lo mais
tarde se a situação continuava por muito tempo. Uma desacostumada dúvida arrasou por Mick, e
provou o sabor horrível que deixou na boca. Reconhecendo os sintomas de sua própria falibilidade
e o medo, decidiu manter o controle de suas emoções.
O capitão Harris desceu do veículo igual ao negociador, Bill Renfore. Mick imediatamente
informou Renfore que Huntley era um sociopata.
—Isso vai fazer as coisas mais difíceis—disse Renfore enquanto tomava nota da informação.
A expressão sombria do Harris apagou sua atitude normalmente alegre. Calvo, ao redor dos
cinquenta, e forte como uma navalha de barbear, o capitão dirigia a equipe SWAT com mão firme,
mas justa. Enquanto os outros homens se vestiam e se preparavam para a briga, Mick picava por
fazer o mesmo.
Os olhos verdes de Harris brilharam enquanto se dirigia para Mick. —Nem sequer pense
nisso.
Mick se arrepiou. —Sobre o que?
—Ir ali conosco se tivermos que invadir a casa. Em primeiro lugar, está fora de serviço.
Mick tragou saliva e colocou seu Glock na cintura traseira da calça jeans.
—Estamos em serviço às vinte e quatro horas dos sete dias.
Harris colocou as mãos nos quadris. —Isso não importa. Já conhece as regras.
Não está participando se estiver pessoalmente envolto com o sequestrado. É assim?
—Você sabe que eu o estou.
—Então, por que tem sua arma?
—Quando Leigh Strong ligou, agi por instinto e corri a verificar a situação. Eu não ia me
aproximar da casa sem minha arma.
O rosto severo de Harris relaxou, e logo se dirigiu à parte traseira da caminhonete. —Tenho.
Fique atrás enquanto planejamos esta operação.
—Espere, Capitão. —Mick agarrou o ombro por um segundo e o outro homem deu a volta.
—Eu sei que não posso participar, mas pelo menos me deixe ouvir o que está passando. Celeste
é… —A garganta se apertou. —Não quero que lhe aconteça nada.
Os olhos de Harris suavizaram com a compreensão. —Entendo. Pode escutar.
Não foi um grande alívio para Mick, mas era tudo o que tinha.

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Celeste se balançava quando o enjoo ameaçou atirando-a como uma árvore. Doía a cabeça,
mas se considerou afortunada porque Darrell não golpeou muito duro para matar. Ela cravou os
dedos no sofá amortecido, enquanto levantava a outra mão para tocar a bochecha. Os dedos
saíram manchados de sangue.
Se Celeste se perguntava antes se faria algum mal, agora tinha uma prova de que a violência
residia no Darrell. Por um segundo o batimento do coração da maçã do rosto e o impressionante
giro dos acontecimentos mudaram sua confiança. Tinha acreditado que se falava com ele, poderia
fazer uma diferença em suas ações. Ela duvidava disso agora.
Silenciosa, esperou o seguinte movimento de Darrell.
O telefone tocou, e ela saltou.
Darrell riu, ainda de pé sobre ela, com a arma na mão a seu lado.
Aproximou-se da mesa, entre o sofá e a cadeira e agarrou o telefone. —Sim? Sim, sou o Dr.
Darrell Huntley.
Celeste notou que ele enfatizou o “doutor”, como se o título ainda ganhasse respeito nesta
etapa do jogo. Darrell escutou durante muito tempo, respondendo com uns poucos uh-huh, e um
sim ou dois.
—O que está em jogo aqui é minha vida, e a de Celeste. Se ela quer viver, que vai fazer o que
quero e não terá que negociar. —A voz de Darrell ficou baixa, modulada e sem emoções. —Ela e
eu passaremos juntos de uma maneira ou outra. Ou ela está de acordo neste momento em ir
comigo, para fazer uma vida comigo em Vermont, ou está morta. É muito simples. É o que quero.
Sempre consigo o que quero.
Desligou o telefone.
—Esse foi um negociador, —disse enquanto se sentava no sofá. —Ele disse que podíamos
resolver isto, mas sabe que não podemos, verdade?
Pela firmeza de seu tom, e o que sabia dele, seus instintos responderam por ela.
—Então só há uma alternativa. Vou com você.
Talvez não esperava que consentisse. Os olhos do Darrell se abriram como pratos, e seu
sorriso mostrou diversão. —Bom.
—Tenho uma condição.
—Não há condições.
—Deixe ligar a Mick. Pelo menos me deixe demonstrar que estou bem. Dê-me isso. Sei que
está preocupado.
Uma vez mais a arma pendurou de sua mão e entre as pernas. —Quer aliviar sua
preocupação?
—Por favor.
Ele negou com a cabeça e estalou a língua. —Deve saber que implorar nunca funciona
comigo, Celeste. Está minha maneira ou a morte.
—Se quer viver, terá que deixar ir em algum momento. A equipe SWAT nunca te deixará
escapar daqui.
—Farão para te manter com vida.
—Deixe ligar a Mick.

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O desespero ameaçou descarrilando a calma. Tinha que falar com Mick. Se ela não saía desta
situação, queimava por falar com ele uma vez mais.
Para dizer a Mick que o amava.
O relógio sobre a toalha marcava como um metrônomo no silêncio repentino.
Fora o vento tomava velocidade e maltratava a casa com rajadas fortes.
—Está bem, pode dizer adeus a seu amante. Nunca o voltará a ver, assim suponho que não
importa.
—Então necessito minha bolsa. Não tenho seu telefone celular memorizado e o número está
guardado em meu telefone celular.
—Muito bem. —Ele inclinou a cabeça para um lado. —Isto deveria ser entretido.
—Quando ela ficou olhando, ele seguiu: —Não acreditará que vou deixar que se esconda em
outro quarto e ter uma conversa particular, verdade? Consegue sua bolsa e volta aqui.
Rapidamente. —Ele fez um gesto com a pistola.
Correu à cozinha, ainda dentro de sua linha de visão, e agarrou a bolsa da bancada. Dentro
dela tinha a calibre vinte e dois que poderia usar se o tempo dava a razão. O problema estava em
que tinha que tomar cuidado. Se ele suspeitava algo...
—Apresse-se!—A voz de Darrell provinha da sala de estar.
Correu de volta, a bolsa pendurada no ombro e o telefone celular na mão direita. Ela voltou
para sofá e utilizou a parte dos contatos do telefone celular para procurar o número de Mick.
—Pode ser muito estúpida, Celeste. —Fez um gesto com a pistola em outro sinal de
despedida. —Como é que se supõe que alguém te chame nele se o deixar onde não pode ouvir?
Ela não pôde evitar o sarcasmo de sua resposta. —Suponho que sou muito estúpida para
recordar, Darrell.
Fazendo caso omisso de sua risada, encontrou o nome do Mick e apertou o botão para
marcar o número armazenado. Seu fôlego enganchado na garganta, a antecipação, o medo e um
coração palpitante estrangulando-a.
A voz de Mick se apresentou depois de um ring, profunda e desesperada. —Celeste?—Ele
saberia por seu identificador de chamadas que estava na linha. —Está bem?
—Eu estou bem. Mick, tenho que fazer o que diz. Terá que deixar que faça o que queira. Não
tenho dúvida de que me vai matar.
Ouviu-o respirar fundo, quase tremendo. —Escuta, meu bem, não vamos permitir que algo
te aconteça. Mantém a calma. Por que te permite ligar?
—Porque pedi.
—Celeste, te vamos tirar disto. Amo-te…
Antes que pudesse responder, Darrell se apoderou do telefone de sua mão. —Olá, Mick.
Celeste podia ouvir a resposta brusca de Mick, com bordos duros, apesar de que seu ouvido
não estava no receptor. —Juro-te que se fizer mal…
—É assim, MacGilvary, tenho todas as cartas. Que eu chamo disparos. Vocês ficaram sem
opções, e a ela acabou o tempo.
—Espera. Olhe, podemos resolver isto…
—Sim, vou averiguar bem. —Darrell levantou a arma para ela e apertou o gatilho.

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A explosão soou tão forte que Celeste esperava uma dor abrasadora.
Da mesma forma de rápido, ela compreendeu que Darrell tinha disparado para a direita e
para trás no sofá. O choque a deixou atônita, afiada como uma faca no estômago. Tinha falhado
intencionalmente?
Darrell deixou cair o telefone ao chão e o pisoteou com um golpe demolidor, logo outro, até
que o pequeno telefone dobrado se gretou e a parte que se dobrava jazia torcida. Ela se
estremeceu ante a violência.
Seu rosto tinha uma superioridade zombadora. —Sabe o interessante que é sua cara quando
pensa que acaba de ser assassinada, mas não foi? O mais estranho que vi nunca. Talvez deveria
fazer outra vez.
Ela tragou saliva, tratando de reunir suficiente para cuspir ao falar. Seu interior tremia como
gelatina. —Se eles pensarem que atirou em mim, vão irromper aqui mais logo que tarde.
Ele encolheu os ombros. —Seu menino está apaixonado por você, não? O tom frenético de
sua voz era esclarecedor. —Uma estranha expressão cruzou seu rosto, uma de curiosidade. Logo
desapareceu. —Pergunto-me o que se sente ao compreender essa emoção. Diga-me, o que se
sente ao sentir o medo e o desespero?
—Horrível.
Ele assentiu com a cabeça. —Isso é o que eu pensava. Mesmo assim... não estou certo se eu
gostaria de ser incomodado com essas emoções. Quero dizer, seu namorado soava como se
alguém tivesse disparado a seu cachorrinho.
Mick disse que a amava, e desabou seu coração. OH, Deus. Se Mick realmente a amava...
não tinha dado uma oportunidade. Tinha sido uma parva.
Tão idiota rechaçando-o. A dor a ameaçou, mas uma nova onda de emoção muito mais forte
se abriu caminho à vanguarda. Ela devia ter dito que o amava imediatamente quando o teve no
telefone.
Se Mick a amava, ela tinha muito porque viver. Determinação se levantou, escavando e
sustentando-se. Ela ia sobreviver de algum jeito. De alguma forma.
O telefone sobre a mesa voltou a tocar.
—Não o toque, —disse Darrell. —terminamos que escutá-los.
Ela levantou as mãos em uma súplica e frustração. —Já disse que irei com você. Vamos sair.
Um meio sorriso na boca não chegou ao olhar em branco, duro, que ele fixou nela. —Não.
Acredito que tenho um melhor jogo para jogar.

Os joelhos do Mick cederam. Sentou-se no para-choque da patrulha de Trey enquanto que


ele agarrava o telefone celular e o olhava com incredulidade, angustiado.
—O filho de puta disparou. —A voz de Mick era rouca, um som áspero. —Atirou.
—OH, merda, —disse Craig.
—Merda, —foi mais virulenta a maldição do Harris.
Dentro da caminhonete centro de mando o negociador se ecoou de seus sentimentos com
igual ferocidade.

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Mick se cobriu os olhos com a mão quando um profundo estremecimento trabalhou através
de seu corpo. —Ela me chamou para obter ajuda. Eu a defraudei.
—Merda. —A admoestação forte do Craig rompeu através da culpa do Mick.
—Não comece com isso. A culpa é inteiramente dele.
Mick não podia falar, seu corpo cheio de choque, também cambaleou a fazer algo mais que
encher sua mente com uma horrível imagem de Celeste com sangue e sem vida.
Logo que registrou os mandatos de Harris rompendo para a equipe e a transmissão de uma
ordem a Trey a sua posição de franco-atirador. Uma ordem de disparar a matar se a oportunidade
se apresentava.
—Montar acima!—A voz autoritária do Harris golpeou as expectativas para a equipe. —As
negociações acabaram. Se feriu ou matou a refém, temos que entrar.

Mick fechou os olhos enquanto a fúria destroçava a miséria que ameaçava rompendo em
dois. —Vou matá-lo eu mesmo. —Ele ficou de pé e olhou ao comandante. Mick sentiu a ira passar
a uma sede sem coração de vingança. —Vou matá-lo.
Os olhos do Harris refletiram simpatia mesmo quando ele disse a seus homens o que fazer a
seguir. —Não. Não fará. Payson!—Fez um gesto a um policial da rua próxima com um movimento
da mão. —Tira Mick daqui antes que ponha uma postal em mim.
O ressentimento açoitou Mick quando Payson deu um passo em sua direção. Mick empurrou
o seu celular no coldre do cinto e levou uma mão para fora como uma barricada. —Não me toque.
Não vou sair daqui até que saiba... —A umidade picou os olhos. —... Até que saiba se ela estiver...
—Tragou duro. —Eu ficarei aqui. Não vou interferir.
O olhar preocupado, mas sem tolices do Harris não hesitou. —Eu não te quero em nenhum
lado perto disto quando formos entrar. Entendeu-me, MacGilvary?
Tão difícil como foi forçar as palavras de seus lábios, Mick o dirigiu. —Sim, senhor.
Preparado colocar o uniforme SWAT completo, incluindo capacete, colete, e o escudo, e a
MP5 carregada, Craig se aproximou do irmão. Apertou o ombro esquerdo de Mick, os olhos se
encheram de uma ira igual e fria determinação que Mick sabia que devia se refletir em seu próprio
olhar.
—Ela está bem, Mick. Prometo que Trey e eu não íamos deixar que nada aconteça, e disse a
sério.
Ante as palavras tranquilizadoras de seu irmão, um raio de esperança floresceu no peito do
Mick. —Vou aferrar-me a isso.

—Qual é o plano?—Perguntou Celeste a Darrell enquanto se levantava lentamente.


Suas pernas pareciam de borracha, e sua mente corria em busca de respostas. Com seu
conhecimento limitado do que as equipes SWAT faziam nessa situação, não sabia se invadiriam a
casa se pensavam que a tinha matado. Parecia lógico, entretanto.
Darrell sorriu, e seus olhos tinham o brilho da autogratificação, a personalidade narcisista a

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toda sua força. Meteu uma mão pelo cabelo. Sua expressão algo angélico, limpo de maldade, o
fazia parecer quase inocente.
Darrell sustentou a culatra da arma para ela. —Toma.
Ficou olhando a pistola. —O que?
—É inteligente, Celeste, mas não tem guelra. Não tem vontade de me matar. Toma a pistola
e dispara.
Com um sentido surrealista de irrealidade, ela agarrou a arma, com a mão trêmula. Ela não
podia falar, não podia acreditar o que acabava de dizer.
—Toma, —disse de novo.
Ela agarrou a culatra e deu um passo atrás, as pernas golpeando no sofá.
Ele deu um passo atrás e levantou as mãos. Ele sorriu. —Eu sou seu prisioneiro. Desafio-te,
Celeste. Mostra um pouco de força. Alguma valentia. Dispare.
Ela trouxe a arma, sustentando-a com ambas as mãos e a estabilizou em linha reta para seu
peito. —Não.
—Tem a pistola. Usa-a. —Ele mordeu as palavras uma por uma.
O aumento de temor e raiva furiosa morderam os calcanhares como cães rápidos.
Queria matá-lo. Desejava tirá-lo de sua miséria depois de tudo o que lhe tinha feito passar.
—Não é o suficientemente valente, Celeste. Não pode fazer. —Sua brincadeira ralou contra
os ouvidos. —Isso é pelo que nunca será suficiente por si mesma. Necessita minha ajuda, Celeste.
Sempre será assim.
Darrell se equilibrou sobre ela.

Capítulo Vinte e quatro

Celeste escutou a explosão, a baliza ligeira da pistola quando ela apertou o gatilho sem
pensar.
Surpreendida porque realmente disparou contra Darrell, ficou ali com o dedo no gatilho,
pronta para puxar de novo.
E outra vez.
Os lábios de Darrell entreabriram, enquanto o ombro esquerdo se tingia de vermelho, e caía
como uma pedra. Seu mundo ficou branco enquanto um relâmpago estalava em sua visão, com o
vidro estrelando-se. Gritos assaltaram os ouvidos enquanto a frente da porta se abria e os homens
entravam na sala.
Com os gritos, ela deixou cair à arma e levantou as mãos. Sua mente se encontrava revolta e
sacudida pela confusão. Os oficiais SWAT irromperam através da fumaça e se detiveram sobre o
Darrell, com os fuzis dirigidos sobre ele enquanto se retorcia de dor, gemendo em voz alta. Outro
oficial assegurou a arma que tinha caído. Mais oficiais SWAT chegaram através da cozinha e se
dispersaram na sala, com seus gritos ressonando nos ouvidos.
Ela acreditou reconhecer a um oficial por seus olhos, mas não podia dizer com certeza.

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Heart of Justice 02

Embelezados com os trajes SWAT negros, todos tinham o mesmo aspecto.


Um homem atirou da máscara que cobria a metade inferior da cara e revelou que era Craig.
A tosse a atormentou enquanto a fumaça explorava em um flash que se lançou através do frente
da janela e que irritava os pulmões.
Craig baixou sua arma e apertou o ombro, com a preocupação gravada em seu rosto.
—Está lesada?
—Não.
—Vamos, saiamos daqui. Mick está como louco pela preocupação, e necessitamos uma EMT
para que te cheque.
Enquanto Craig a conduzia fora, outro oficial informava por rádio que a refém tinha sido
resgatada e estava viva, mas que necessitavam assistência médica para o sequestrador.
Estou viva. Estou viva.
Sua mente quase não envolvia o conceito. Sob a mão guiadora de Craig, deu um passo ao
redor dos vidros quebrados da janela da frente e saiu da casa pela porta golpeando-a.
Ouviu que alguém dizia seu nome, e ao levantar a vista, viu Mick se dirigia através da grama
para ela. Um sorriso iluminava seu rosto, e os lábios entreabertos de Celeste deram um soluço
enquanto a alegria formava redemoinhos em seu interior com uma força tremenda.
O único que conseguiu foi um sussurro. —Mick.
Ela correu para ele.
Enquanto ele a chamava, ela jogou os braços ao redor do pescoço e se aferrou a ele como se
pudesse ser arranco de seu abraço em qualquer momento.
Ele afundou a cara em seu cabelo. —Graças a Deus. —Sua voz tinha um alívio desesperado,
rouco.
—Graças a Deus.
—Não pensei que te voltaria a ver. —Ela estremeceu, com a voz quebrada, enquanto um
soluço lhe escapava. —Disparou-me.
—Sei, meu bem. Ouvi. —retirou-se o tempo suficiente para olhar seus olhos, para lhe
mostrar o enorme alívio misturado com restos de angústia. —Pensei que ele... ah Jesus, meu
amor, pensei ele havia… Te machucou?
—Não.
Ele inclinou seu rosto para olhar sua bochecha e o fogo cresceu em seus olhos. —Golpeou-
te.
—Sim, mas estou bem.
Ele salpicou a testa e bochechas de beijos, depois tomou o rosto entre as grandes mãos. —
Amo-te.
A alegria erradicou ao medo e a dúvida, como uma tormenta percorrendo a terra limpa. —
Amo-te, também.
E a boca se encontrou com a sua.

—Vamos. O tom suave de Mick tirou Celeste de seu adormecimento, que parecia ter feito

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Denise A. Agnew
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seu lar em sua mente e corpo. —À ducha. Se sentirá melhor.


Ela o seguiu até o banheiro principal, dando-se conta de que só as cores apagadas e a
decoração tranquila trariam algum consolo a seus sobrecarregados nervos.
Horas passaram desde que tinha disparado a Darrell. Depois que uma EMT a declarou bem à
exceção do hematoma na bochecha, um oficial tomou sua declaração. Todo o tempo que o oficial
tomara o relatório, Mick estava sentado junto ela, com o braço nos ombros e um olhar
ferozmente protetor em seu rosto. Sentia-se fraca e cansada, e não via a hora de fechar os olhos,
de dormir e esquecer tudo em um manto de sonho curativo.
Leigh veio correndo uma vez que a deixaram passar através da barricada, e seu abraço
assegurou a Celeste que tudo o que tinha experiente não tinha sido um sonho cruel.
Segura na casa do Mick, lutou com emoções opostas.
Mick a olhou fixamente, com evidente preocupação. Afastou uma mecha de cabelo
enredado em sua cara e beijou a testa. O cansaço fazia que tivesse linhas em sua boca e uma
expressão abatida nos olhos. —Quer privacidade?
—Não. Por favor, fique.
—Banheira ou ducha?
Ela fechou os olhos e deixou que sua mente absorvesse o que seu corpo realmente sentia.
Coceira. Seus olhos se abriram. —Uma banheira.
Enquanto tirava a roupa peça por peça e permitia que caíssem ao chão, pôs água na
banheira e lançou um sorriso suave por cima do ombro. —Sinto não ter nenhum sal de banho fru-
fru.
—Não as uso.
Enquanto a banheira enchia de água fumegante, dirigiu-se a Celeste. Dentro de seus olhos
viu lamento, persistente irritação, mas mais que nada viu o amor que ela desejava. Ela caminhou
para ele, apoiando-se em seu forte peito. Seus músculos vestidos com a camiseta a apoiaram, a
amplitude e o glorioso largo de sua força era um bálsamo para sua maltratada psique. Os braços
do Mick rodearam sua nudez com terna consideração, como se temesse que se romperia se
tomava muito apertado. Sua doçura a acalmava mais do que podia saber.
As mãos se estenderam através dos ombros largos. —Obrigada.
Com uma carícia simples dos lábios sobre a testa, transmitiu um afeto doce.
—Por quê?
—Por estar aqui. Por cuidar tão bem de mim. Realmente posso fazê-lo por mim mesma...
Ao tê-la mais perto, apertou-lhe a cabeça em seu ombro. —Shhh. Amo-te. É óbvio que faria
algo por você. Algo absolutamente.
Silenciada por sua declaração, ela apreciou a forma como as mãos acariciavam suas costas.
Colocou a cara em seu ombro e ficou inerte, o que permitiu seu cuidado fluir através dela como
um tranquilo e sinuoso arroio de montanha.
Fresco. Calmante. Levando a paz a sua alma. Apesar de que ele estava completamente
vestido e ela nua, tinha descoberto seu coração para ela em muitos aspectos na última hora.
Ele retrocedeu e afastou o cabelo das bochechas, cavando sua cara. —A banheira está cheia.
Entra.

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—Veem comigo. Por favor.


O cenho se franziu, e por um momento pensou que podia rechaçá-la. Em troca, sorriu e
passou sua camiseta sobre a cabeça. Apesar de sua batalha, de seu cansado corpo e mente, não
podia negar que a vista do peito forte enviava uma necessidade crua, quase primitiva, diretamente
a seu coração.
Afastando a vista de toda essa carne masculina, afundou um dedo do pé na água e a
encontrou apenas bem. Fechou a torneira e se meteu. Enquanto afundava nas águas curativas,
suspirou com alívio.
Mick tirou os sapatos, calça jeans e cueca. Enquanto se metia na banheira atrás dela, ela fez
espaço para ele. Sem dizer uma palavra, ele reuniu as costas contra o peito dele. Seu corpo estava
pego ao dele, rodeada por sua força e calor.
Com movimentos lentos esfregou os ombros. —Relaxe, meu bem. Está a salvo.
—Sei. —O ritmo das mãos eliminou a tensão dela e a fez cair em uma doce frouxidão. —
Mick?
—Mmm?
—Isto acaba de começar, não?
Suas mãos se detiveram sobre os ombros. —O que acaba de começar?

—Minha odisseia. —Darrell tinha sobrevivido aos disparos e ela pensava que podia vir em
atrás dela outra vez o que fez todo seu corpo tremer.
As mãos de Mick a esfregaram de cima a abaixo com os braços, e logo rodearam sua cintura.
—Não pense nisso neste momento. Só relaxe. —Beijou o lado do pescoço. —Estou orgulhoso de
você, sabe.
—Por quê?
—Pela forma em que te dirigiu hoje. Não entrou em pânico, fez todo o necessário para te
manter viva. Salvou a ti mesma.
Ela bufou em voz baixa enquanto as lágrimas enchiam seus olhos. —Não, não fiz. Só
sobrevivi. A equipe SWAT me salvou ao final.
—Retornou para mim. Isso é tudo o que me importa. Quando Leigh me disse que Huntley
estava apontando para você com uma pistola, quis matá-lo com minhas próprias mãos.
Eu estava... —calou-se, e os braços se apertaram convulsivamente a seu redor, ela
experimentou seu medo não falado.
—Com medo?—Sussurrou a pergunta.
—Mais medo de que tive em toda minha vida. Vi canhões de armas de fogo, dispararam-me,
estive em perseguições a alta velocidade, mas nada disso me assustou tanto como saber que o
filho de puta te tinha. Quando pensei que tinha te disparado e talvez assassinado, pensei que ia
morrer. Queria estar com a equipe quando entraram ali. Queria…
Ela apertou os antebraços. —Tudo está bem. Agora estamos aqui. Temo-nos um ao outro.
Deu um beijo a seu ouvido, com a boca vagando por seu lóbulo, jogando com promessas
sensuais. —Daria tudo por você. Se quiser que vá dos SWAT, farei.
Os dedos se contraíram de novo em seus antebraços. —Não. Aprendi algo importante hoje.

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Não te permitirei sacrificar sua profissão. Quero-te tal como é, feliz e satisfeito com sua carreira.
—Apoiou a cabeça contra seu ombro, enquanto as mãos vagavam pelas coxas e davam toques
leves. Ela estremeceu sob a sensação doce, sensual, que se precipitava a seu ventre. —Enfrentei
meus piores temores e sobrevivi a eles. Fiz com vida. Isso é o único com o que não contou quando
me entregou a arma. Que tinha me convertido em uma mulher diferente. Pensou que tinha me
vencido e que seria o final de minha resistência. Mas não fiz. Por você. —Se voltou para ele,
subindo pelos joelhos e equilibrando as mãos sobre seus ombros. Olhou para baixo a ele, com
uma declaração em sua voz. —Perdoe-me por não ter acreditado em você.
—Não há nada que perdoar. —Suspirou. —Isso é tudo. Vamos desfrutar do aqui e do agora.
Ela o beijou, e enquanto a língua a acariciava, um fogo floresceu em seu núcleo.
Mick não esperava. Suas confissões talvez, as declarações de amor, definitivamente. Mas
fazer o amor... não esperava que ela desejasse. Entretanto, a forma como as mãos se moviam
sobre ele, buscando-o com desespero, diziam outro conto. Sua boca se aferrou a dele como um
fogo suave, doce, queimava-o do interior para fora. O pênis irrompeu em preparação, rogando
pela úmida e apertada cercania de seu corpo. Deus, desejava-a.
Mick se separou de seu beijo. —Meu bem, se está cansada e precisa dormir, entenderei.
—Não. —Ela beijou a testa brandamente, por cima do nariz, e deu um tórrido terremoto de
beijo nos lábios. —Faça amor com você.
—Deus, amo-te. —Sentiu em sua garganta a emoção crua. —Amo-te tanto, tanto.
—OH, —a voz suave sussurrou em seus sentidos, —Amo-te, Mick. Mais do que poderia
imaginar.
Suas mãos a sujeitaram pela cintura e a apertou segura enquanto o olhar acariciava seus
redondos e formosos peitos. Quando lambeu um mamilo, ela abriu a boca e devorou a cabeça
para ela. —Sim, Mick. Mais.
Feliz de agradá-la, acariciou os apertados mamilos, com movimentos longos e profundos de
da boca. Ela se retorceu em seu controle, e a carne quente se fez líquida e uma excitação sutil se
derramou sobre ele. Ele levantou os quadris e situou sua ereção entre os lábios da boceta. Sua
mão o encontrou já ereto, mas ela acariciou sua carne ansiosa, ao mesmo tempo em que dava um
beijo. O corpo estremeceu sob sua persuasão, desejoso de aprender seus segredos uma vez mais e
beber seus gritos ao aceitar o calor de fogo que crescia entre eles e se rompia em uma tormenta
elétrica.
Ele sabia que tinha que esquecer, que tinha que satisfazer uma fome que ele também sentia.
Mick deu tudo, arrastando sua língua por um mamilo, logo pelo outro até que ela gritou.
Quando ele a insistiu a afastar-se dele, Mick desejou uma coisa. —Vire-se neném, e se
acomode sobre meu pênis.
Ela se sentou lentamente, e enquanto seu interior de seda se abria para ele, ele respirou
profundamente, apertando os dentes enquanto um prazer delicioso se torcia em seu interior. O
calor, como uma luva molhada, pôs a prova sua paciência… queria fodê-la com força, marcando
Celeste com o poder de macho mais primitivo que pudesse. Mas sabia que ela desejava e
necessitava ternura.
—Está bem, meu bem. Vamos sentar nos aqui e desfrutar, —disse ele.

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À medida que seu corpo envolvia ao redor do pênis, ela começou a apertá-lo.
Fechando-se. Soltando-o. Fechando-se. Soltando-o. Ele gemeu selvagem pela luxúria.
Rodeou os peitos nas mãos, tocando seus mamilos brandamente.
—Sente-se tão bem quando está dentro de mim. —Sua voz soava entrecortada, excitada,
exuberante, com nostalgia. —Tão duro.
—Mmm. Se segue fazendo isso, vou gozar.
Ela apoiou a cabeça junto à dele, até alcançar a parte de trás do pescoço.
—Por favor.
Então lembrou. Gozar.
—Maldição, mel, não estou usando preservativo…
E nesse instante cortou a respiração, e soltou um suave e tremente gemido.
Seu corpo tremeu ao redor do dele, apertando-o e soltando-o com uma pulsação rítmica. —
Deus, Mick! OH, Deus!
Os quadris se moviam em forma de arco, absorvendo cada contração de seu orgasmo
enquanto se afogava no conhecimento de que ela respondia acaloradamente a sua presença. Ele
apertou os dentes, ofegando enquanto sua rápida reação igualava a dele.
—Goze dentro de mim, —disse ela sem fôlego. —Goze dentro de mim.
E nesse momento quis marcá-la com seu corpo, deixar uma parte de si mesmo dentro dela.
Ela era dele e ele era dela, e nada do que viesse depois nunca trocaria isso.
Era correto. Tão correto.
Seus quadris subiram e os braços se apertaram ao redor da cintura. Grunhiu do fundo da
garganta, enquanto seu clímax quente se estendia como um fogo de pólvora em seu corpo, e o
pênis se sacudiu com o férreo controle de sua semente vertendo-se em suas profundidades.
—Case-se comigo, —sussurrou entre uma respiração ofegante e outra. —Case-se comigo.
Sem duvidar, a resposta chegou, e isso o fez o homem mais feliz sobre a terra. —Sim. Farei.
Farei.
Um êxtase diferente se disparou através dele, um que chegava perto da alma e planejava
nunca esquecer.
À medida que se esfriava no resplendor, Mick se deu conta de que nunca se sentiu tão
eufórico em toda sua vida. —Minha família quererá uma festa de compromisso para que vá bem.
Ou um grande jantar em alguma parte.
Celeste suspirou. —Parece bom. Mick?
—Mmm?
—Nunca pensei que podia ser tão feliz.
Ele a beijou ao lado do pescoço. —Sinto como se minha vida acabasse de começar.

Celeste o apertou de novo e ouviu seu grito de assombro. Ela riu e fez de novo. No interior
seu pênis endureceu imediatamente, e o despertar em seu interior se elevou a uma altura ditosa,
formigamento e centrada até que ela soube que não demoraria muito para chegar a seu clímax
uma vez mais.

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Mas mais que isso, seu coração se sentia abençoado. Por tão larga como fora a eternidade,
ela estaria no coração deste homem e ele no seu. —Faça amor comigo outra vez.
Ele gemeu brandamente. —Para sempre.

Fim

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