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Cobrir e Silenciar

A Liga 07

Sherrilyn Kenyon
Cobrir & Silenciar
A liga 07
Feito do Inglês
Envio do arquivo e Formatação: Δίκη
Revisão Inicial: Cris Reinbold
Revisão Final: Desirée
Imagem: Elica
Talionis

Um dos soldados mais ferozes que os Phrixians já produziram, Maris Sulle foi um intruso toda
a sua vida. Ele cresceu com um segredo que custou a ele tudo - sua herança, sua família e sua
carreira militar. Em toda sua vida, ele só teve um amor e sacrificou a sua própria felicidade para
ver seu melhor amigo se reconciliar com a mulher que ele amava. Mas agora que a sua boa ação
está feita, ele se sente perdido e sem rumo. Mesmo eles fazendo o seu melhor para incluí-lo em sua
nova família, ele está mais uma vez fora. Ture passou sua vida se escondendo de todos ao seu
redor, enquanto tenta desesperadamente se encaixar. Sua família, o mundo, tudo o que se pode
pensar. Gravemente ferido por todos que ele já conheceu, ele não confia em ninguém, exceto em

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** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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sua melhor amiga. E, honestamente, ele não consegue entender por que ele confia nela. Nem pode
acreditar quando ela descreve uma lealdade entre amigos do tipo que ele nunca viu.
Mas quando ele está em sua hora mais escura, ele é salvo por um herói que pensou que só
existia nos romances. Um homem que é tão cheio de cicatrizes e desconfianças como ele. Alguém
que não tem interesse em ser arrastado para outro relacionamento com ninguém.
Tendo passado sua vida como um estudo vivo de relacionamentos condenados, Maris está
bem ciente do fiasco que invariavelmente segue o namoro. Ainda assim há algo sobre Ture que ele
não consegue resistir. Algo que não vai deixá-lo se afastar quando ele sabe que deveria. Mas
quando antigos inimigos voltam a ameaçar os dois, ou eles ficam juntos ou morrem sozinhos.

Comentário Cris Reinbold: Então na minha parca opinião podia ter pulado esse livro, não
achei que acrescentou nada a serie, mas em fim...

Comentário Desirée: Primeiro queria agradecer a Cris por ter feito a revisão deste livro, ela
fez a do Nascido do Silêncio e quando eu vi que ia sair este livro, comecei uma campanha para que
fizesse este também. Eu adoro esta série.
Este livro conta a estória de Maris e Ture, para que leu Nascido do Silêncio, ele se passa
entre os dois últimos capítulos. Maris é o melhor amigo de Darling, aquele que está sempre lá por
ele, que é apaixonado por ele, que o salva. Ture é o melhor amigo da Zarya, que está lá por ela,
que quase morre por ela.
Os dois foram muito machucados pela vida, já sem esperança de encontrar alguém que os
entenda e realmente ame. Então eles se conhecem... e começam a acreditar, e a temer, ter
encontrado finalmente alguém especial.

Nota do Autor

Em primeiro lugar, eu quero ser completamente honesta e dizer que Cobrir & Silenciar é a
historia de Ture e Maris, dois homens cuja história capturou meu coração enquanto eu estava
escrevendo Nascido do Silêncio. Meus livros são sempre sobre as pessoas que os habitam e suas
lutas na vida. Quem me conhece vai dizer que eu respeito todos os pontos de vista. Meu pai, e
muitos membros da minha família, derramaram seu próprio sangue e deram suas vidas pela nossa
liberdade de viver nossas vidas e buscar a felicidade como fosse necessário. E embora eu possa
não concordar com as opiniões dos outros, eu nunca iria cuspir no sacrifício feito por aqueles que
deram suas vidas pela liberdade, dizendo que outra pessoa não tem direito às suas crenças.
Eu sou muito abençoada de ter sido criada num ambiente culturalmente misto, onde eu fui
capaz de crescer bem versada em diferentes, muitas vezes opostas, opiniões e estilos de vida. Isso
abriu meus olhos para muitas coisas. Eu não escrevi essa história para mudar a opinião de alguém
sobre qualquer coisa. Mais uma vez, eu não posso enfatizar o suficiente que eu acredito que todos
temos direito a qualquer ponto de vista.
Eu simplesmente escrevi isto para Maris e Ture, e para os fãs que queriam saber mais sobre
eles e suas relações. Se esta não é sua xícara de chá, eu respeito isso. Eu tenho muitos outros
livros escritos sobre relacionamentos e famílias mais tradicionais. A minha opinião é que a vida é
difícil para todos. Ninguém tem um passeio fácil. Mas quando você encontrar aquela pessoa que
vai ficar ao seu lado quando o próprio inferno cai sobre sua cabeça, uma pessoa que não vai trair
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sua confiança, não importa o quê, então a vida é muito mais fácil de suportar. Essas pessoas são
como unicórnios - mágicas, e muito raras. Mas quando você encontra o seu unicórnio, então você
precisa agarra-lo. Eu cresci não acreditando em tais bestas mitológicas. Eu pensei que eles eram
mentiras contadas pelos outros. Até o dia em que eu encontrei o meu próprio unicórnio no mais
improvável dos lugares – numa aula da faculdade, tarde da noite. Ao longo dos anos, o meu
marido tem mais do que provado para mim que há pessoas reais lá fora, que têm verdadeira
integridade. Pessoas que vão lutar pelos outros e que vão ficar fortes contra os inimigos e todos os
horrores que a vida jogar em você.
Minha única esperança é que se você não tem uma pessoa tão especial em sua vida que a
encontre logo. Todos, não importa quem são ou de onde vêm, merecem ser amados e apreciados
por quem eles são.

Para o meu marido, por muitas razões para contar.


Para os meus meninos que me fazem rir e enchem minha vida de alegria.
Para meus amigos que me mantêm sã.
E para meus leitores que significam muito para mim.
Obrigado a todos por fazer parte da minha vida e por encher meu coração com amor.

Capítulo 1

―Eu estou dizendo a você, Ture, ele virá para nós.


Ture zombou amargamente do otimismo e devoção cegos de Zarya. ―Querida, o único que
vem para nós é a morte, e eu só espero que a pequena bastarda pare a caminho daqui e nos traga
um biscoito... Mais cedo ou mais tarde.
Zarya revirou os olhos pelo tom mordaz e humor jocoso de Ture. Ela não tinha certeza neste
momento de há quanto tempo os dois tinham sido detidos. Como não havia janelas no inferno, ela
não podia discernir o dia da noite, e embora eles dormissem entre as sessões de tortura, ela não
tinha ideia de por quanto tempo. Nunca pareceu ser mais do que meros fragmentos que foram
interrompidos pela dor e a miséria absoluta.
Com o corpo todo dolorido, ela estremeceu com a lamentável condição em que Ture estava.
Ele sempre foi tão exigente com sua aparência. Nunca com um fio do cabelo escuro, marrom
avermelhado, fora do lugar.
Mas hoje o cabelo estava empapado de sangue, retorcido e emaranhados. Seu rosto lindo
estava ferido, com um olho inchado, completamente fechado. Alguém deixou a imagem perfeita
de uma mão numa contusão ao longo de seu queixo cinzelado. Pior eram as impressões de mãos,
onde ele foi sufocado.
Repetidamente
Culpa a encheu. Se não fosse por ela e sua estupidez, ele nem estaria aqui. É tudo culpa
minha.
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Sob nenhuma circunstância ela deveria ter pedido para ele vestir um uniforme da
Resistência. Por um favor a ela, a Liga assumiu que ele fosse um de seus homens, e não importa o
quanto ela tentou dizer a verdade, ninguém ouviu. Eles continuaram a torturá-lo para obter
informações que não tinha, e a ela por informações que ela se recusava a dar.
―Eu sinto muito, eu o trouxe para isso.
Ture queria amaldiçoar Zarya por sua estupidez ingênua em pensar que ela poderia fazer
uma missão de paz entre lunáticos. Ele realmente queria. Mas, quando ele olhou para ela e viu a
sinceridade em seu olhar - a culpa agonizante sobre a dor que ela causou a ele - sua ira vaporizou.
Em todo o universo, ela era a coisa mais próxima de família que ele conhecia num tempo muito
longo. E foi assim que ele ficou preso nessa bagunça.
Por ela, ele faria qualquer coisa.
Suspirando em sua própria estupidez épica, ele abriu os braços para ela e ela aceitou
prontamente o convite para um abraço.
Apesar da dor causada pelo corpo dela tocando o seu, ele a segurou contra o peito. Ela
enfiou a cabeça debaixo de seu queixo como sua irmã fez quando ela era apenas uma garotinha
voltando de seus tratamentos. Como ele odiava sua própria fraqueza. Mara foi tudo para ele e ele
ainda a lamentava. Zarya lembrava tanto ela que ele, que havia jurado não deixar ninguém ser
importante em sua vida, foi um completo idiota por ela desde o primeiro dia. Ele era assim com
qualquer mulher com dor.
Um otário ao extremo.
E a última coisa que ele queria fazer era perder outro membro da família que ele amava.
―Você tem que dizer a eles o que eles querem saber, Z.
―Eu não posso. Eles querem que eu forneça os nomes do Alto Comando da Sentella.
A Sentella era à única organização existente que verdadeiramente ameaçou o aperto de
ferro da Liga em seus Sistemas Unidos. Eles sozinhos poderiam desmontar a Liga e libertar os
governos que viviam com medo da tirania da Liga. Mas isso não era sobre a liberdade das pessoas
que não iriam cuspir neles se estivessem no fogo.
Isso era a sua própria sobrevivência. Os interrogadores da Liga já a mataram uma vez. Da
próxima vez, eles poderiam não reanimá-la.
Ele afastou o cabelo ensanguentado do rosto dela. ―Você precisa pensar em seu bebê,
querida. Você tem sorte de já não ter abortado.
Ainda assim, ela mantinha a esperança cega que não podia sequer começar a entender. ―
Darling virá por nós. Eu sei que ele vai.
Ture rangeu os dentes em sua devoção infantil. Nem uma única vez desde que eles foram
presos tinha vacilou. Ela honestamente pensava que seu namorado iria arriscar sua própria vida e
os livrar desse buraco do inferno.
Como ele desejava que ele pudesse acreditar também. Mas ele conhecia as pessoas. ―Os
heróis não são reais. Eles não vêm de assalto para salvar sua donzela. Confie em mim. Eles fogem
ao primeiro sinal de problemas, deixando você para trás para enfrentar todo o exército invasor
por conta própria, esperando que eles queimem a casa em cima de você para que não tenham de
lidar com você de novo.
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―Não, Ture. Esses são idiotas egoístas. Um herói não desiste nunca. Darling me disse que
iria rastejar nu através do domínio de fogo e frio de Kere, sobre cacos de vidro, só para segurar a
minha mão, e eu acredito nele.
―Os homens vão dizer qualquer coisa para entrar em suas calças, amor. Elas não significam
nada.
Ela tomou sua mão na dela e a segurou firme. ―Eu sinto muito que você nunca esteve
apaixonado por um homem que realmente o amava de volta, Ture. Mas eu estou dizendo a você...
Eu vi o que Darling e Maris passaram um pelo outro, e eles não vão nos deixar aqui. Eles não vão
descansar até que eles nos resgatem. Eu sei.
Ture abriu a boca, em seguida, fechou. Não havia necessidade de discutir. Ela tinha seus
delírios e ele tinha os dele. Talvez tenha havido um tempo em sua vida, quando ele estava tão
cego pelo amor, que ele também acreditasse em tal besteira. Mas muitos anos sendo chutado por
paus egoístas tinha cobrado seu pedágio nele.
Nem mesmo a sua própria família já estava lá quando ele precisou. Então, por que um
estranho?
As pessoas, por sua própria natureza, eram exploradores. Esse era apenas o jeito que era.
Mas apesar de seu passado, ele não iria tirar a única coisa que dava conforto a ela nesta
miséria sem fim. Deixe que ela tenha seus delírios enquanto podia. Ele a apertou ainda mais, seu
coração se quebrando por ela, e para a decepção que ela construía para si mesma.
Eles realmente a mataram hoje durante a tortura, e em seguida a trouxeram de volta para
que eles pudessem continuar.
Malditos sejam todos por sua crueldade.
―Eu espero que você esteja certa, docinho,― ele sussurrou contra seu cabelo. A última
coisa que ele queria para ela era que aprendesse as duras lições que haviam sido forçadas por sua
garganta com um violento soco. Ele chorou pela perda da inocência, especialmente quando a
perda era brutal. E no fundo, num lugar que ele odiava, estava o último vestígio de sua própria
esperança de que ela estivesse certa. Que talvez, apenas talvez, houvessem pessoas no mundo
que valessem alguma coisa. Alguém que pudesse ficar do seu lado até mesmo no inferno e não
traí-lo.
Yeah...
―Zarya
―Mmm?
Ele limpou o nó em sua garganta quando ele fez uma pergunta que o fez odiar a si mesmo e
seu próprio otimismo cego ainda mais. ―Me diga como é ser ter alguém que realmente a ama.
Zarya engoliu em seco. Seu pedido torceu seu coração. Embora quase todo mundo que já
amou foi brutalmente assassinado, a família de Ture o abandonou ou deserdou. Ou pior, o usou.
Por causa disso, para ele era ainda mais difícil confiar nas pessoas do que para ela. Não importa o
que, ele esperava que as pessoas ao redor dele se virassem contra ele.
A parte mais triste?
Eles sempre faziam.
―É a coisa mais maravilhosa que você pode imaginar. Não há realmente nada como isso.
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Ele suspirou. ―Eu não sei como você pode levar uma baita surra e ainda o proteger.
Como ela não poderia? Darling faria o mesmo por ela, e mais ainda. Ela não tinha nenhuma
dúvida. Ele realmente era esse Ipo de homem. ―Eu já te disse as últimas palavras de minha mãe
para mim?
Ele balançou a cabeça.
―Era de manhã quando foi enfrentar o assassino de meu pai. Eu perguntei por que ela não
deixava um dos soldados ou generais lidar com seu resgate. E ela me disse que todas as meninas,
independentemente do que dizem, sonham com um príncipe para entrar e as pegar no colo e
salvar o dia. Mas o que ninguém menciona é que todos os meninos sonham com uma princesa
para fazer a mesma coisa por eles. Mas o problema com príncipes e princesas é que eles são
mimados e egocêntricos. Eles agem em seu próprio interesse. Eles não vão atrás de seus entes
queridos para resgatá-los tanto quanto eles fazem isso pelo seu orgulho, e ajudar a si mesmos.
Enquanto ela tinha muitos príncipes se empenhando por sua mão, foi um rei que reivindicou seu
coração. Ao contrário dos príncipes, reis assumem a responsabilidade. Eles pensam nos outros em
vez de em si mesmos e vão e arriscam tudo, até mesmo sua própria vida, por aqueles que amam.
Nunca é sobre eles, mas sobre os que mais prezam. Eles amam tão profundamente que vão
sacrificar tudo só para ver seu sorriso familiar. Para cada mil príncipes, há apenas um rei. E esses
homens raros não merecem uma princesa inútil que se senta em seu traseiro e ordena que outras
pessoas a adorem e façam suas vontades. Reis merecem rainhas - raras mulheres que nunca
vacilam para fazer o que for preciso para manter seu rei seguro. Mulheres que têm a coragem de
enfrentar qualquer atacante e se renovar para qualquer desafio que a vida jogar. Eu não vou
sentar aqui, ela me disse, e deixar o seu pai sofrer, enquanto eu me escondo no conforto. Ele
arriscou sua vida para nos manter seguras e não vou fazer menos por ele. Se isso significa minha
vida, que assim seja. Afinal, ele é a minha vida e eu não quero viver sem ele. Ele só merece o meu
melhor e isso é exatamente o que ele vai ter, não importa o custo pessoal.
Ture deu uma respiração irregular enquanto as lágrimas em seus olhos o sufocavam.
―Embora eu nunca Ive o prazer de conhecê-la, eu amo a sua mãe. Você sabe disso, né?
Ela apertou sua mão enquanto as lágrimas começavam a cair. ―Eu a amo também. E eu
tentei todos os dias da minha vida que ela se orgulhasse de mim, e ser a rainha que ela queria que
eu fosse.
Ele beijou o lado de sua cabeça. ―Docinho, você é melhor do que qualquer rainha. Você é
uma combatente da liberdade para o nosso povo, e se o seu Darling é o rei que você pensa que ele
é, você vai viver para ser uma imperatriz.
―Então eu vou ser uma imperatriz. Você vai ver.
Ture sorriu com a sinceridade de seu tom. Como ela ainda podia acreditar em contos de
fadas depois de tudo o que a vida jogou em seu rosto, ele não tinha ideia. ―Tudo bem então.
Apenas se certifique de quando você for imperatriz, encontrar um rei para mim.
―Eu vou.
Ture a apertou ainda mais quando ela ficou mole em seus braços. O medo se apoderou dele
até que ele se assegurou de que ela ainda estava respirando.

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Graças aos deuses que ela não estava morta. Isso era algo que ele não podia sequer suportar
e contemplar. Nunca em sua vida ele conheceu alguém tão precioso e leal como Zarya.
Mas ela não seria capaz de sobreviver muito mais. Aliás, nem seria ele. A cada dia ficava
mais difícil. Eles não podiam quebrá-lo, porque ele não sabia de nada. Eles não podiam quebrá-la,
porque ela era a criatura mais teimosa viva.
Ele admirava isso, mesmo que o fizesse querer torcer seu pescoço.
Sua única grande esperança era que seu Darling fosse o rei que ela se convenceu de que ele
era. No mundo de Ture, esses homens não existiam. Eram fábulas e mentiras.
Ainda assim, ele não conseguia parar de imaginar um mundo onde as pessoas não
decepcionavam um ao outro. Um mundo onde você pode colocar sua vida e coração nas mãos do
outro e não temer traição ou danos. Um universo povoado por pessoas como Zarya...
Você parece uma mulher velha.
Ele sentia como um homem velho. Cansado. Frio. Dolorido. Ele lambeu o sangue em seus
lábios e forçou seus pensamentos longe de coisas que ele sabia que eram mentiras. Coisas que
eram impossíveis. Pessoas sugam. Elas eram exploradoras e não importava o quanto você desse,
elas nunca ficavam.
Fechando os olhos, ele rezou pela morte. E por que não deveria? Ele não tinha nenhuma
razão para viver. Nada para viver. A vida era apenas algo que você suportava até chegar ao outro
lado.
E ele estava tão cansado agora...
No limiar de adormecer, um ruído alto e rude se ouviu fora de sua cela. No início, ele pensou
que era outra forma de tortura.
Até ele percebeu que veio do pátio e havia soldados respondendo.
Ele fez uma careta para os sons estranhos.
Um ataque?
Não. Não podia ser. Ninguém atacava uma prisão. Nunca. Devia ser outro prisioneiro fugitivo
que seria morto a tiros em breve.
No entanto, não havia como negar a sirene de alerta estridente ou o som de pés correndo e
gritos que eles estavam sob ataque. Esperando que ele estivesse certo, ele balançou Zarya, a
acordando.
―Você ouviu isso?― Ele perguntou.
Zarya mal conseguia entender as palavras de Ture. Algo se mantinha zumbido em sua cabeça
e não parava. ―Ouvi o quê?
A explosão atingiu a porta. No início, ela pensou que estava imaginando.
Até que golpeou novamente.
E mais uma vez.
Poderia ser...?
Não. Você está sonhando. Não é real. Apenas uma alucinação provocada por sua febre e dor.
Em sua mente, ela via Darling a levando deste pesadelo como ele fez quando ela torceu o
tornozelo na cozinha do palácio. Dele a abraçando e dizendo que acabou e que ela estava
finalmente a salvo.
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Juro, se eu sair dessa eu nunca vou deixar o palácio novamente.


Um instante depois, a porta à sua frente se levantou. A fumaça invadiu a sala, a enchendo
instantaneamente. Ela engasgou e tossiu, tentando respirar através do fedor.
Ture a abraçou quando dois soldados da Liga entraram na cela, então se virando para falar
com o outro soldado que ficou no corredor, atirando em alvos que Ture não podia ver. Ele estava
pronto para lutar com eles até o fim, se eles tentassem tomar qualquer um deles novamente, mas
eles não se aproximaram.
Preocupados com o que estava acontecendo no corredor, nenhum soldado sequer olhou
para eles.
―Pegue a mulher!― Alguém gritou do lado de fora de sua cela. ―Nós temos que tê-la ou
não poderemos sair.
Os dois soldados se aproximaram deles em seguida.
O coração de Zarya bateu enquanto tentava entender o que estava acontecendo. Dolorida a
ponto de doer para respirar, ela não se moveu até eles estava próximos dela. Em sua pressa mais
cedo em despejá-la e correr, eles esqueceram de algemá-la.
Seu erro.
Ela voltou ao seu treinamento militar rigoroso. Agarrando a blaster do primeiro a alcançá-la,
ela a usou para atirar em seu parceiro.
Gritando, o soldado foi ao chão e morreu.
Antes que ela pudesse se mover, o que ela roubou trouxe o punho em seu rosto com um
golpe tão violento, que fez sua cabeça explodir com a dor. O quarto girou nauseante.
Ture investiu contra ele e o bateu contra a parede, enquanto mais soldados entravam na
cela.
Zarya lutou tão duro quanto podia, mas ela estava ferida e em menor número. Ainda assim,
ela não deixou que eles a assustassem. Seu pai a tinha ensinado a lutar, não importava o quanto
doesse.
Havia mais batalha soando no corredor.
Ture se moveu para a cobrir. Embora ele não tivesse sua habilidade, ele não era fraco. Nem
desamparado.
Um novo grupo de soldados correu para eles. Zarya apontou a blaster para eles e puxou o
gatilho, apenas para descobrir que estava descarregada.
Ture amaldiçoou sob sua respiração. Deixe isso para sua sorte...
Virando a blaster em sua mão, ela pretendia a usar como um objeto pontiagudo. Mas os
homens não os alcançaram. Antes que pudessem chegar até ela ou ele, explosões atingiram os
soldados e os mandaram para o chão a seus pés.
Ture se colocou entre Zarya e qualquer nova ameaça vindo para eles.
Um segundo depois, a fumaça se dissipou para mostrar outro lutador num traje de batalha
Borgonha verificando os soldados da Liga caídos para detectar sinais vitais.
Este novo soldado mal entrou antes que ele fosse atacado por mais três soldados da Liga.
Mesmo que ele estivesse ferido em vários lugares, o recém-chegado tinha habilidades que
desafiavam descrição. Ele se virou e pegou o primeiro soldado da Liga com um golpe tão duro, que
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quebrou o nariz do seu atacante. O seguinte, ele saltou e esfaqueou. O terceiro soldado parou
quando viu que o esperava pelos corpos que estavam espalhados por toda a cela.
Olhos arregalados, ele correu para fora.
O recém-chegado se virou para os enfrentar.
Ture não tinha certeza do que fazer com ele quando ele olhou para Zarya para ver se ela
sabia quem era. Um olhar e era óbvio que ela nunca o virá antes.
Droga.
Sangrando profusamente de vários ferimentos, o recém-chegado congelou no instante em
que os viu. Em seguida, ele falou numa linguagem que Ture não reconheceu.
Mais explosões ricochetearam no corredor atrás dele.
Num movimento suave, impressionante, o soldado caiu no chão, deslizou de joelhos e se
virou para disparar nos três guardas que corriam atrás dele. Sem hesitar, ele rolou o corpo, até
que ele parou ao seu lado.
Ignorando Ture, ele tocou o ombro de Zarya com uma mão suave. ―Zarya?
As lágrimas encheram seus olhos enquanto ela soluçava e caia nos braços do soldado.
―Maris?
Maris...
O coração de Ture martelou pelo nome do homem que ela tinha falado por incontáveis
horas. Em sua estima, Maris estava perdendo apenas para seu amado Darling.
O recém-chegado colocou a arma no coldre. ―Você pode andar querida?
Antes que ela pudesse responder, a sala foi invadida por mais soldados da Liga.
Sacando a arma de novo, Maris ficou de pé e abriu fogo, obrigando os soldados a
retornarem para o corredor. Alheio ao fato de que ele foi ferido, ele lutou. Ture nunca viu nada
parecido. Como Maris podia ser tão forte e sangrar assim?
Mas ainda mais inacreditável era o fato de que Maris veio para resgatá-los. Ponto.
Zarya tinha razão. Havia seres humanos decentes no universo, afinal. Quem teria jamais
imaginado?
Tão logo Maris viu os soldados da Liga fugirem, ele voltou para o seu lado.
Ture ajudou Zarya a ficar de pé. Ela deu um passo antes de suas pernas fraquejassem. Mais
rápido do que Ture pudesse piscar, Maris a pegou em seus braços. ―Não se preocupe docinho. Eu
tenho você.
Ture assobiou quando ele viu o laser que apareceu no uniforme de Maris. Sem pensar, ele
pulou na frente dele. Mas ninguém atirou.
Em vez disso, um homem vestido com um uniforme preto da Sentella estava na porta como
se estivesse congelado no lugar.
―Zarya,― ele sussurrou. Seu tom de voz como uma oração.
Maris assentiu.
―Darling?― Zarya disse, sua voz quebrada enquanto ela estendia a mão para ele.
Ture não podia se mover enquanto ele olhava em descrença total. Deus a amava, ela estava
certa de colocar sua fé em seu rei. Apesar de seu nome de família e herança, Darling Cruel era
tudo o que ela disse e um pouco mais.
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Atordoado até o mais profundo nível, ele assistiu quando Maris a entregou para Darling que
a segurava como se fosse à coisa mais preciosa em todo o universo.
Deuses, ter uma pessoa o segurando assim...
―Eu sabia que você viria por mim,― ela chorou, colocando a mão contra o capacete de
Darling, que manInha sua idenIdade completamente escondida de seus inimigos. ―Eu sabia.
Ture ficou contra a parede enquanto o quarto girava. Por um momento, ele pensou que iria
cair. Mas por algum outro milagre, ele permaneceu em pé. ―Ela nunca perdeu a fé em você,
Majestade.
De repente, Maris estava ao lado dele, o ajudando a recuperar o equilíbrio. Ele puxou o
braço de Ture ao redor de seus ombros e o segurou perto.
Ainda assim, Ture não podia acreditar que eles estavam aqui. ―Eu disse a ela que não era
possível. Que você nunca iria nos encontrar, mas ela estava certa. Ela disse que você prometeu a
ela que ia arrebentar o próprio inferno para chegar até ela. E que você nunca menIu.― Ture
tentou dar um passo, mas era inútil. Seu corpo estava maltratado.
Ture tinha total certeza de que ia cair no chão.
Ele não caiu. Em vez disso, Maris o pegou em seus braços e segurou.
Maris apertou ainda mais para o manter seguro. ―Não se preocupe. Nós vamos ajuda-lo.
Era inconcebível. Ture franziu o cenho para o sangue em sua mão que não veio dele ou
Zarya. ―Você precisa de um médico, tanto quanto eu.
Mesmo ele o segurando nos braços, Maris encolheu os ombros. ―Não é tão ruim quanto
parece.
Yeah, certo. Com um e oitenta, Ture não era nada pequeno. E enquanto ele era magro, ele
era todo músculos e não era leve.
No entanto Maris o levou, passando por Darling e Zarya, como se ele pesasse nada.
Assim que eles chegaram à porta, um tiro passou por eles.
Zarya usou o Blaster de Darling para repelir outro soldado da Liga.
Maris recuou para a cela, girou com Ture em seus braços e em seguida, pôs Ture no chão.
―Eles estão vindo rápidos e furiosos,― ele adverIu os outros.
Com uma óbvia relutância, Darling colocou Zarya no chão ao lado Ture. ―Deixe-os vir com
tudo o que têm. Está pronto, Mari?
Maris respondeu com uma risada. ―Você sabe que eu odeio lutar. Mas eu acho que um
pequeno retorno pelo meu uniforme danificado pode realmente me fazer sentir melhor, pelo
menos uma vez.
―Eu sei que isso vai fazer grandes coisas por mim.― Darling puxou uma blaster totalmente
carregada fora de seu coldre e a trocou pela que Zarya jogou. ―Fique atrás de nós.
Maris entregou uma das suas para Ture. ―Sabe como aIrar?
Ture fez uma careta ao sentir o frio da arma em sua mão. Ironicamente, seu pai tentou o
ensinar por anos e ele sempre foi terrível. Ele ofereceu um sorriso torto para Maris. ―Não direito1

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No original: Not straight … in more ways than one. Ture usa a palavra straight como um trocadilho, pois tanto significa
certo/direito como heterossexual, o que ele não é.
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... em mais de um sentido. Mas se aponto a seus pés com sorte posso feri-los até que um de vocês
acabem com eles. E dessa maneira se realmente falho, não matarei um aliado. Você simplesmente
mancará um pouco.
Maris riu. ―Obrigado pela consideração. Eu sou Maris Sulle, a propósito, e eu
provavelmente deveria avisá-lo que o último cara que acidentalmente me feriu não está bem.
Com o ar fodão, muito macho de Maris, Ture podia imaginar. E ele estava duplamente feliz
que ele não era aquele que atirou nele. ―Eu sou amigo de Zarya, Ture Xans.
―Prazer em conhecê-lo.
Bem, pelo menos Maris tinha boas maneiras. Mesmo no meio da batalha.
Darling bateu o link. ―Hauk? Ainda está evacuando a população?
―Sim. Cubro você?
―Não. Estamos saindo da última cela. Simplesmente não quero que disparem em nós por
engano. Sei como se envolve quando entrar em uma luta.
Hauk assobiou. ―Por que se queixa disso outra vez? Só te disparei uma vez e foi um
acidente causado por seu problema de explosão prematuro. Se não me surpreendesse enquanto
trocávamos de posições, não teria acontecido.
―De todo o jeito,― Darling disse, ignorando seu arrebatamento. ―somos quatro. Não
dispare.
Darling voltou-se para eles. ―Vocês dois conseguem andar?
―Você está brincando?― Perguntou Zarya. ―Neste momento, eu poderia voar.
AssenIndo, Ture concordou. ―Para sair do inferno, eu pulo ao ritmo da pior música já
gravada. Mesmo que isso significasse arrastar minhas entranhas atrás de mim.
Darling bufou. ―Vamos devagar e se acontecer de suas entranhas começarem a se arrastar,
por favor, nos avise.― Então, ele e Maris foram para a porta.
―Fique aqui e estaremos voltando por você,― Maris disse.
Pela primeira vez na história, Ture acreditou nessas palavras.
Ture esperou atrás com Zarya enquanto Darling e Maris abriam fogo e faziam um caminho
para eles. Destemidos e hábeis, eles se moviam em sincronia total.
Impressionado com a habilidade de ambos, Ture franziu o cenho para Zarya. ―Você tem
certeza Maris é gay?
Ela sorriu para ele. ―Absolutamente.
Ture não tinha tanta certeza. Não que ele acreditava em estereótipos de qualquer tipo. Ele
conhecia muitos homens gays que não traiam a si mesmo. Pelo menos não para estranhos. Mas
com Maris...
Ele realmente escondia bem.
Maris voltou para os ajudar a ficar de pé, enquanto Darling ficava de guarda na porta.
Eles ficaram trás de Maris e Darling com Zarya abrindo fogo de cobertura enquanto eles
caminhavam lentamente pelo corredor, em seguida, subindo as escadas com Darling e Maris
revezando para os ajudar. A cabeça de Ture era leve e seu estômago revirou. Pior, o cheiro de fios
queimados agravada sua náusea.

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A Liga 07

Por favor, não me deixe ficar doente. Não quando estavam tão perto de finalmente sair
daqui. Ele não queria que nada atrasasse esta fuga. Especialmente não com algo que iria fazê-lo
parecer fraco na frente de Maris e Darling.
Assim que eles chegaram ao patamar do andar superior, todo o edifício ficou às escuras.
Maris e Darling recuaram para os cobrir.
Darling trocou sua carga. ―Nós estamos retornando,― ele disse a alguém que devia ter
falado com ele através de seu link. ―Apenas alguns minutos mais.
Eles se moveram para frente novamente.
Como eles dobraram uma esquina, um grupo de assassinos abriram fogo. Darling protegeu
Zarya enquanto Maris cobria Ture.
―Não se preocupe,― Maris disse baixinho para Ture quando ele colocava a mão em seu
ombro ileso. ―Eu não vou deixar nada acontecer com você.
Essas palavras o surpreenderam tanto quanto o aperto possessivo de Maris. Ele não estava
acostumado a pessoas que não se desfaziam dos outros para proteger suas próprias bundas.
Darling amaldiçoou. ―Eu poderia realmente usar o Tricom agora.
Zarya fez uma careta de desculpa. ―Sinto muito. Ele foi quebrado quando me prenderam.
―Imaginei.― Darling limpou os assassinos com uma pequena bomba, em seguida, acenou
para Maris. Eles começaram a se mover novamente.
Lentamente, eles andaram pelo corredor até que eles se encontraram com Nemesis, que
estava ajudando um grande grupo de prisioneiros a ficar em segurança.
Ture congelou quando ele avistou ao mais temido assassino conhecido. Esta era uma
criatura que não tinha misericórdia de ninguém. Foi dito que ele mesmo matou o próprio pai.
Apenas por prática. E enquanto Ture estava longe de ser pequeno, esta criatura se elevava sobre
ele.
Puta merda...
Ainda assim, Darling e Maris o cumprimentaram como um amigo.
―Está todo mundo fora?― Darling perguntou ao lendário assassino.
Nemesis assenIu. ―O último grupo está vindo atrás de você, agora mesmo.
Graças aos deuses Nemesis estava do seu lado. Mas ainda assim...
Este dia não poderia ficar mais surreal ou bizarro.
Prisioneiros e soldados da Sentella enchendo o corredor. Para sua surpresa absoluta, Maris
segurou o rosto de Ture na mão enluvada. ―Você ainda está com a gente?
Ture assentiu enquanto sua visão escurecida. Como ele desejava saber como Maris se
parecia. Mas naquele momento, Maris poderia ter duas cabeças e pele de réptil e ele seria bonito
para ele.
Maris verificava o pulso de Ture. ―Recupere o fôlego, docinho. Estamos quase saindo daqui.
Apenas se apoie em mim, tanto quanto você precisar.
Aquelas palavras tão patéticas eram a coisa mais amável que alguém já dissera a ele.
Mais do que isso, Maris envolveu o braço de Ture ao redor de seus ombros e o segurou com
força contra o seu lado, enquanto ele mantinha a outra mão livre para atirar.

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A Liga 07

De repente, as paredes ao redor deles cintilaram e piscaram como se alguém ligasse


monitores de vídeo. Do nada, o rosto de um homem apareceu ao redor deles, em cada parede. Do
chão ao teto. Bonito e cruel, o homem tinha um olho coberto por um tapa olho.
Maris amaldiçoou sob sua respiração.
―Quem é?― Ture perguntou.
―Kyr Zemin. Alto comandante da Liga e meu irmão idiota.
Agora havia algo que Zarya se esqueceu de dizer a ele. O homem que ela tinha estado
planejando o juntar era relacionado com o muito louco que os pegou e torturou.
O que não augura nada de bom para a estabilidade mental de Maris. O que significava que
Ture iria se apaixonar por ele e, em seguida, ter seu traseiro chutado por ele.
Um furioso tic batia no queixo de Kyr. ―Você sabe quem eu sou?
Nemesis bufou com desdém. ―Nós sabemos. Nós simplesmente não damos à mínima.
Franzindo o lábio, Kyr deu um olhar repugnante. ―Você violou a santidade de uma de
nossas prisões. Tem alguma ideia da sentença que caíra sobre suas cabeças?
Agora foi a vez de Darling zombar. ―Acrescente às outras doze dúzias de sentenças de
morte que temos.
O Ic de Kyr ganhou velocidade. ―Eu não acho que você realmente entende a magnitude do
que está fazendo. Devolvam meus prisioneiros a suas celas ou...
―Vá. Se. Foder.― Darling grunhiu, pontuando cada palavra.
As narinas de Kyr se dilataram. ―Esses presos não pertencem a você. Eles são propriedade
da Liga. Você não tem absolutamente nenhum direito sobre eles.
Antes que alguém percebesse o que ele estava fazendo, Darling arrancou o capacete e o
jogou no chão com tanta força, que ricocheteou um metro de altura.
O agarre de Maris em Ture apertou. ―Maldito seja o seu temperamento. Como você pode
amar alguém tanto e ainda querem colocar o pé em seu esfíncter?
Ture não tinha ideia, e Kyr tinha a mesma expressão chocada que ele tinha certeza que
marcou a sua própria face. Enquanto todos ao seu redor, incluindo Kyr, ficou sem palavras e
fascinado pela verdadeira identidade de Kere, o choque de Ture veio da estupidez de Darling se
revelar a uma pessoa que poderia seriamente estragar sua vida.
Mas o que fez Ture quer sufocar Darling mais, foi o fato de que Zarya foi torturada por um
segredo que ele tinha acabado de insensivelmente revelar. Ela deveria ter se salvado da miséria e
cedido no primeiro dia em que foram pegos.
Destemido estúpido, Darling foi direto para a parede da direita e fixou um olhar letal em Kyr.
―Que diabos esta dizendo. Eles são meu povo, não seu. Você enviou o seu exército em meu
território e levou não apenas os meus cidadãos, mas minha consorte. Como você se atreve!
Kyr deu a Zarya um olhar que dizia que ela não tomava banho a um mês ou mais. ―Ela não é
sua consorte.
Darling negou com a cabeça. ―Ela usa meu anel e fomos oficialmente promeIdos quando
éramos crianças, algo santificado e aprovado pelo seu pai.
Zarya engasgou com sua revelação inesperada.
Ture ficou boquiaberto. Algo disso é verdade?
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A Liga 07

―Segundo todas as leis,― Darling conInuou, ―ela é minha consorte. E cinco minutos
depois de voltarmos para casa, ela será oficialmente minha esposa.
Kyr arqueou uma sobrancelha com audácia. ―Assim então está nos declarando guerra.
Yeah, não havia como voltar agora.
Mas, Darling não era outra coisa se não um político brilhante. ―Um conceito interessante.
Eu diria que você nos declarou quando marchou com seu exército em Nosso Império e destruiu
Nossa propriedade, e sequestrou Nossos cidadãos. E agora Nós estamos respondendo. Ninguém
toma o meu povo. Eu não me importo quem você é.
―A Liga foi convidada por seu próprio conselho que queria afastá-lo do poder.
―Foram?― perguntou Darling com uma pitada de riso em sua voz. ―Isso não é o que eu
ouvi. Na verdade, eu tenho todo o ADC2 jurando que nunca pediu que você interviesse. Que foi
sua decisão nos atacar.
Kyr bateu a mão na mesa. ―Você não tem ideia do que está desencadeando agora, verikon.
Ture não tinha ideia do que essa palavra significava, ou o idioma ao que pertencia, mas pela
reação de Darling, era óbvio que ele conhecia bem.
E não era um elogio.
―E nem você, ciratile. Você tenta outra vez foder comigo ou aos meus, e eu invadirei e
violarei o complexo, e o queimarei até os alicerces, imbecil...― Ele olhou para os corpos no chão.
―E como você viu aqui hoje, não há nada que suas putas podem fazer para me deter. Falar é fácil.
A dor é de graça. E eu vendo esta merda. Assim se apressa e leve algo.
Kyr riu como se ele adorasse a ideia. ―É a guerra. Boa sorte, Sua Majestade,― ele zombou
do título. ―Ninguém nunca vai te apoiar neste processo. Você está prestes a descobrir o que
acontece com as nações que lutam sozinhas.
Nemesis empurrou o capacete e se moveu para ficar ao lado de Darling. A mandíbula de
Ture ficou frouxa. Nemesis era o príncipe e herdeiro Andarion, Nykyrian Quiakides?
Caia fora da cidade rapidamente. Quem teria adivinhado isso?
Cada vez mais atordoado, ele prendeu a respiração enquanto Nykyrian balançava a cabeça.
―Você está errado, Zemen. Não só ele tem o apoio total de Nemesis e da Sentella, ele tem o do
meu povo. De ambos os lados. Humano e Andarion.
―E você pode adicionar o meu também,― outro membro da Sentella disse enquanto ele
expunha sua face. Novamente, Ture ficou boquiaberto ao ver o príncipe Exterian, Caillen. ―Os
Exterians não tem medo de nada, e eu tenho certeza que os Qillaqs vão nos apoiar, também.
Afinal de contas, eles adoram uma boa luta. Quanto maior e mais sangrenta, melhor.
Nenhum dos outros expostos seus rostos, mas eles estavam ombro a ombro atrás de
Darling. ―O Tavali sempre luta e apoia a Sentella, especialmente contra a Liga.
Oh yeah, ia ser uma guerra sangrenta, esta que essas pessoas estavam começando.
E tudo por uma mulher, que ele chamou de tola por sua crença de que alguém a amava o
suficiente para resgatá-la, não se importando em começar uma guerra por sua captura.
Wow...

2
ADC - Assembleia de Dirigentes Caronese
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A Liga 07

Kyr levou um minuto inteiro antes de falar novamente. ―Todos vocês vão se arrepender.
Darling sorriu. ―A guerra está em marcha. Mal posso esperar para a nossa primeira dança.
Um instante depois, as telas se apagaram.
―Que grosseiro!― Uma soldado do sexo feminino estalou. ―É uma coisa boa que ele está
do outro lado dos Nove Sistemas, caso contrário, eu teria que caçá-lo e machucá-lo.
O homem que estava ao lado Nykyrian soltou uma risada maligna. ―Sim, mas não foi uma
grosseria por sua parte.― Ele ergueu a computador de pulso. ―Desconectei a conexão. Mais de
cinco segundos olhando para ele e eu teria vomitado.― Ele voltou sua atenção para Darling. ―Me
lembre mais tarde que nós realmente precisamos enviá-lo a terapia para controlar sua raiva.
Darling arregalou os olhos inocentemente para o homem enquanto atraía Zarya para ele.
―Eu não tenho ideia do que você está falando, Rit. Eu estou bem.
―Sim, mas nós não estamos,― disse outro homem incrivelmente alto. ―Simplesmente
estamos fodidos.
Um dos soldados Tavali passou um braço ao redor de seus ombros. ―Nós não estamos
fodidos, irmão. Só os imbecis que mostraram seus rostos.― Ele passou um aguçado olhar por
Nykyrian, Darling e Caillen.
Caillen encolheu os ombros. ―Mas que diabos? Eu nunca gostei de me senIr seguro, de
qualquer maneira. Isso é para velhinhas.
A fêmea que falou desceu as escadas, segurando outro homem contra ela. Darling correu em
direção a eles. ―O que aconteceu?
―Protegeu-me e recebeu um disparo.
―Vou ficar bem,― disse o homem com uma careta.
―Pensei que não fosse vidente?― Darling perguntou.
―Eu não sou. Mas conheço meu corpo e neste momento, minha cabeça realmente odeia
você, Dar.― Ele fez uma careta de dor enquanto ele encontrava o olhar de Zarya. ―Não se
preocupe. Ambos estão bem.
Explodindo em lágrimas, correu para o abraçar. ―Obrigado! Eu estava tão assustada.
Ture franziu a testa com a reação dela.
O homem deu um tapinha em suas costas, e logo se afastou. ―Darling? Você realmente
deveria mostrar a ela os papéis que encontrou.
Darling suspirou. ―Odeio quando você faz isso, Nero.
―Eu sei. Agora eu preciso deitar.
Ture sentia da mesma maneira.
O soldado mais alto entre eles tomou o homem das mãos da mulher. ―Vamos todos sair
daqui antes que venham reforços. Kyr pode estar no outro lado do universo, mas nem todo o seu
exército está com ele.
Maris acenou com a cabeça, antes de pegar Ture e o levar para fora da prisão e para dentro
do transporte à espera.
Do lado de fora da porta, Maris se virou para outro soldado que estava passando. ―Hei
Drake? Você pode rebocar minha nave daqui para mim?

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Drake, que estava completamente coberto por seu uniforme, subiu rapidamente a rampa
para ficar ao lado deles. ―Você se machucou muito para voar?― Não havia como perder a
preocupação em seu tom de voz enquanto ele examinava o corpo de Maris e tocava vários dos
feridos para os inspecionar. Por alguma razão, Ture sentiu uma pontada de um feroz ciúme. Drake
devia ser o namorado de Maris.
―Eu estou bem, pequeno. Eu só tenho alguém mais importante para cuidar.
―Okay.― Drake bateu no ombro de Maris. ―Me deixe saber se você precisar de qualquer
outra coisa.
Ture olhou para a mão que permaneceu no corpo de Maris. E ele se perguntou se Drake
sabia como era sortudo por ter alguém como Maris em sua vida.
Todos que Ture encontrou eram idiotas egoístas que nunca hesitavam em verbalmente o
esfaquear.
Quando Drake saiu, Maris fez Ture entrar na nave, numa pequena sala onde ele poderia
deitá-lo numa pequena cama na enfermaria. Ele se moveu para pegar um cobertor.
―Espero que eu não te deixe em apuros com seu namorado.
Maris congelou quando ele colocou o cobertor em torno de seu corpo. ―Huh?
―Drake... lá fora. Espero que ele não seja do tipo ciumento.
Ele soltou uma gargalhada. ―Confie em mim, Drake não é meu namorado. Eu teria que me
matar se ele fosse. Ele é mais como um irmão mais novo que eu conheço pela maior parte de sua
irritante vida.― Retornando para cama, Maris bateu na liberação de seu capacete, em seguida o
retirou.
Por um minuto, Ture não conseguia respirar como o total impacto da aparência Maris o
sobrecarregado. Seu rosto de ossos finos e bem cinzelado, Maris era a beleza masculina
personificada. Olhos escuros, profundos, o mantinham cativo enquanto eles traíram a
profundidade da inteligência e entusiasmo pela vida de Maris. O suor da batalha deixou seu cabelo
escuro curto colado na cabeça, mas não diminuía a sua beleza em nada. Pelo contrário, o deixava
ainda mais atraente, mais masculino. No entanto, foram aqueles lábios cheios, carnudos, que
fizeram a garganta de Ture secar. Lábios que ele queria provar tanto que por um momento,
afastou todos os pensamentos de dor.
Droga...
Ele deveria ter deixado Zarya o apresentar a Maris há muito tempo. Qual era seu problema?
Obviamente era algo chamado estupidez.
Maris hesitou enquanto uma onda feroz de nervosismo o derrubava para o chão. Eu deveria
ter deixado o meu capacete. Porque agora, por razões que ele não podia compreender, ele se
sentia nu e exposto.
Vulnerável.
E ele não tinha ideia do por que.
Pior, ele tinha certeza de que ele parecia uma porcaria, e ele teria sorte se Ture não
estivesse encolhendo de desgosto de seu grotesco suor. Por favor, não me deixe cheirar tão mal
quanto eu temo que eu esteja... Embora serviria a ele corretamente, dada quantas vezes ele
zombou de Darling por seu fedor sempre que seu amigo retornava de missões.
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A Liga 07

Repentinamente autoconsciente, ele passou a mão enluvada sobre seu cabelo, esperando o
ajeitar e não o fazer levantar mais.
Realmente, havia alguma coisa mais feia do que o cabelo capacete?
Incerto, ele foi para o armário e procurou suprimentos para parar alguns dos sangramentos
de Ture. Os reunindo, se obrigou a pensar em cuidar das feridas e não no fato de que o melhor
amigo de Zarya era absolutamente lindo. Sexy. Completamente comestível...
Mesmo que Ture tenha sido espancado e torturado, não pode tirar sua incrível boa
aparência. Seu cabelo castanho avermelhado era dois tons mais claros que o de Darling com
pontas destacadas que tinham crescido durante sua prisão. Assim como tinha sua barba. Algo que
Maris nunca achou atraente em qualquer homem e ainda...
Em Ture parecia bem.
Malditamente bem.
Pior, Maris foi sempre um otário por um homem com dor. Era provavelmente por isso que
ele se apaixonou por Darling anos atrás. O pestinha levou uma surra por ele no primeiro dia que se
conheceram na escola. Essa ação heroica juntamente com a visão de Darling sangrando para o
proteger o conquistou instantaneamente.
Mas isso era muito diferente. Ture não era um menino. Ele era um homem feito e
totalmente delicioso. Hormônios estúpidos. Ao contrário dele, eles não tinham lealdade. E eles
estavam todos de pé em atenção enquanto olhava para um homem que era tão lindo como
ninguém que Maris já conhecera.
Forçando seus pensamentos longe do fato de que os músculos de Ture eram bem definidos
e duros, Maris colocou seus suprimentos sobre a mesa ao lado da cama. Ele abriu o pano que
estava embebido em desinfetante, em seguida se voltou para Ture. ―Eu não tenho certeza se
posso dar um analgésico assim que isto, provavelmente, vai arder.
―Está tudo bem. A dor eu posso aguentar.
Palavras corajosas. Mas quando Maris colocou o pano sobre a ferida mais profunda no rosto
de Ture, ele percebeu que o homem não estava se vangloriando. Ele nem sequer pestanejou.
E isso era mais sexy do que o inferno.
Tão cuidadosamente quanto pôde, Maris limpou o sangue, suor e sujeira do rosto de Ture
para que ele pudesse ver quão ruim eram as lesões. No entanto, tudo o que ele realmente
descobriu foi um conjunto de traços rudes que não fizeram nada pela sua sanidade. E não ajudava
que ele soubesse que Ture estava definitivamente no menu...
Seu olhar fixo o queimando, Ture estendeu a mão e cobriu a mão de Maris que estava em
seu rosto, com a sua própria. ―Obrigado.
A gratidão de Ture o confundiu. ―Pelo que?
―Ser o homem que Zarya disse que você era.
Maris bufou com o elogio que o fez profundamente desconfortável. Nascido e criado em
uma cultura guerreira, onde eles tinham trinta e três palavras para honra, vinte para lealdade e
nenhuma para o amor, Maris poderia contar numa mão o número de vezes que alguém o elogiou
por nada. ―Confie em mim, eu sou mais cadela do que herói.
Ture riu, em seguida fez uma careta, como se a dor cortasse através dele.
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A Liga 07

A porta se abriu. Maris se virou para ver Syn entrando sem o capacete. O ladrão Ritadarion e
assassino era quase da sua altura. Syn tinha o cabelo escuro puxado para trás num rabo de cavalo,
e a proteção que Syn habitualmente usava para a batalha estava um pouco manchado ao redor de
seu olho esquerdo. ―Como ele está?
Maris deu um passo atrás para dar espaço. ―Não sou um médico.
―Yeah, bem, ouvi Kip dizer que na maioria dos dias eu não sou também.
Maris riu enquanto Syn começava a examinar os cortes e hematomas no rosto de Ture.
Ture não tinha certeza do que fazer com o recém-chegado. Não até que ele abriu uma
gaveta ao lado da cama e Irou um tablet Biotec. ―Eu sou Syn,― ele disse num tom uniforme,
calmo enquanto ele virava o tablet e entrava com um código médico. ―E eu realmente sou um
médico devidamente licenciado... o melhor aluno na minha turma.― Ele olhou para Ture. ―Eu
estou supondo que você é puramente Caronese?
―Eu sou.
Syn estreitou seu olhar sobre ele. ―Cem por cento? Eu não quero dar alguma coisa e ter
uma surpresa desagradável sobre isso.
Desde Ture só foi a médicos locais em seu planeta natal, ele nunca pensou sobre como era
difícil um trabalho que é obrigado a tratar de formas de vida híbridas. ―Sim. Como puro-sangue
como qualquer um pode ser.
―Okay.― Syn colocou a mão no bolso na perna esquerda de seu uniforme. ―Eu estou te
dando algo para a dor, então eu vou te colocar no soro. Tenho certeza de que você está mais do
que ciente do fato de que você está desidratado e desnutrido.― Uma vez que ele deu a injeção
em Ture, ele olhou para Maris. ―E você, amigo? É seu sangue por todo seu uniforme?
―Infelizmente. Os bastardos o arruinaram.
Syn apertou os dentes. ―Eu posso parar o sangramento, mas você sabe que eu não tenho
nada para te dar, né?
―Eu não iria querer, mesmo que você tivesse. Apenas limpe e eu vou curar. ―Cansado
demais para se mover mais, Maris se sentou na cadeira de canto. ―Como está Zarya?
―Melhor agora que eu fiz Darling baixar a bola. Eu juro, eu quase tranquei sua bunda. Eu
definitivamente não quero estar no lugar do seu irmão agora. Nós vamos ter que montar guarda
em volta de Darling... duro. Caso contrário, ele vai fazer alguma coisa realmente estúpida para
chegar a Kyr. Mas voltando à sua pergunta, ela está muito machucada. Felizmente, ela vai ficar
bem em poucos dias, e o bebê que ela está carregando parece não ter sido afetado com tudo isso.
Se Deus quiser.― Syn começou o IV.
Ture piscou duro como sua visão escureceu. Syn não tinha dado apenas um analgésico. Ele
colocou algo nele para nocauteá-lo. Ele queria ficar acordado, mas era uma batalha perdida. Em
questão de segundos, ele estava dormindo.
Maris franziu a testa quando viu Ture ficar mole. ―Você...
―Yeah. Ele precisava. Além disso, eu não acho que você queria que ele testemunhasse o
que estou prestes a fazer para tratá-lo.

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Bom ponto. Os seres humanos muitas vezes tinham dificuldade em lidar com as esquisitices
dos Phrixians. Darling era um dos poucos que conseguia entender e tolerar as necessidades
especiais de saúde de Maris.
Syn se moveu em direção a pia. ―Tire a sua blusa.
Maris ronronou ao seu comando. ―Sabe, eu esIve esperando por anos para ouvir isso
saindo de sua boca, pequeno. Devo tirar minhas calças, também? Tenho certeza de que eu
poderia mostrar alguma coisa lá que pudesse exigir a sua atenção pessoal imediata.
Syn riu de seu provocante convite. ―Você é o único homem que pode dizer isso para mim e
ainda manter o seu melhor amigo preso ao seu corpo. Você tem sorte de eu te amar, Mari.
―Eu sei, irmão.― Maris abriu o uniforme enquanto Syn trazia uma bacia de água.
Quando Syn se virou para o encarar, ele congelou. Seus olhos se arregalaram de horror.
Maris começou a se cobrir depois parou. Qual era a finalidade? Syn já tinha visto as cicatrizes
horríveis que marcavam sua carne. Por que encobrir agora?
―Eu não tinha ideia,― Syn tomou fôlego.
Maris encolheu os ombros. ―Você não cresce gay numa cultura ferozmente guerreira
heterossexual sem conseguir muito dano.― Sem mencionar sua adorável temporada como um
prisioneiro político com seus inimigos por uma década inteira. Obrigado, pai e Liga, por aqueles
pesadelos atrozes. ―Apesar do que minha família diz, eu tenho certeza que eles sabiam o tempo
todo, e eles se esforçaram para o bater para fora de mim.
―Darling sabe?
Maris balançou a cabeça. ―Eu não fico nu perto de Darling.― Era por isso que ele sempre se
mantinha coberto da cabeça aos pés. Muitas vezes, ele até usava luvas. Apenas seus amantes já
viram o seu corpo, e mesmo assim ele manteve o quarto tão escuro quanto possível, de modo que
ninguém sabia o peso da vergonha que ele carregava com ele.
―Se isso faz você se sentir melhor, Nykyrian e eu temos mais cicatrizes do que você tem.
E assim tinha Darling.
Ele olhou para Syn. ―Para registro, Syn, não me faz sentir melhor saber que as pessoas que
eu mais amo sofreram ainda mais do que eu. Realmente não.
Syn colocou uma mão reconfortante no ombro e deu um leve aperto. ―E é por isso que nós
amamos você, Mari.
Maris não respondeu quando Syn começou a trabalhar em suas numerosas lesões. Ele, no
entanto, fez uma careta quando a dor se intensificou. Se ele pudesse chegar a uma banheira de
água...
Droga.
―Você está bem?― Syn perguntou, a voz tensa com preocupação.
―Eu não vou morrer. Darling nunca iria me perdoar por isso.
Syn riu. ―Conhecendo-o, ele te seguiria até o inferno e o arrastasse de volta.
―E todos vocês estariam certamente ao seu lado, lutando contra os demônios durante todo
o caminho, dentro e fora.
―Yeah, bem... nós somos estúpidos assim.
Sim, eles eram. E era por isso que ele era dedicado a todos eles.
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A Liga 07

Syn se levantou e limpou as mãos num pano limpo. ―Qualquer coisa que eu posso fazer por
você?
Maris balançou a cabeça. ―Obrigado, apesar de tudo.
―Se você precisa de mim, chame. Estou voltando para Zarya.
Maris puxou seu uniforme novamente quando Syn saiu. Então ele se levantou e voltou para
o lado de Ture. Ele não podia imaginar ao que os dois foram submetidos por causa da loucura
sádica de seu irmão. Culpa o esfaqueou duro. Ele não devia se sentir responsável pelas ações de
Kyr, e ainda assim, ele sempre fazia.
―Eu não vou deixar ele te machucar de agora em diante,― ele sussurrou, roçando a mão
pelo cabelo de Ture. ―Eu prometo.

Ture despertou com a sensação de alguém começando a levantá-lo. Pensando que era um
soldado da Liga, ele abriu os olhos, pronto para lutar, então relaxou quando ele encontrou o olhar
escuro de Maris.
Maris o soltou imediatamente. ―Desculpe amor. Eu não queria assustá-lo.
Ture sorriu pelo sotaque profundo, agradável de Maris. Às vezes, ele achava difícil entender
as palavras de Maris. Ainda assim, ele adorava o som de sua cadência ritmada. ―Está tudo bem.
Eu prefiro acordar com você que com um guarda da Liga.
―Isso não é exatamente um elogio, pois eu estou bastante certo que o próprio diabo seria
preferível a isso.
Verdade.
Ture mordeu o lábio quando ele percebeu que enquanto ele dormia Maris tinha penteado os
cabelos e se refrescado. Porra, ele era requintado.
―Maris? Seria rude se eu perguntasse de onde você é? Eu sei pelo seu sotaque que você
não é Caronese.
―Não parece rude. Eu sou de Phrixian.
―Ah.
Maris deu a ele um sorriso perverso, sarcástico. ―Você não faz ideia, não é?
―Nenhuma pista. Na verdade, se eu Ivesse uma Carta Estrelar na minha frente, eu ainda
não saberia por onde começar mesmo olhando para ela. Já ouvi falar do seu povo, mas na verdade
sei muito pouco além do nome.
―Essa é uma escolha pessoal.― Maris piscou para ele. ―Nós não gostamos ou confiamos
em estranhos, por isso não somos realmente abertos com detalhes sobre nosso povo e territórios.
―Sério?
Ele assentiu com a cabeça. ―Se você estiver disposto, nós atracamos a uns dez minutos
atrás. Zarya quer te levar para o palácio com ela até Syn confirmar que você está bem de saúde.
Ela disse que você não tem ninguém em casa para cuidar de você.
―Eu poderia argumentar, mas ela está certa.― A única pessoa em seu apartamento era
Anachelle, e era ele que cuidava dela. Ela não estava em forma para vigiá-lo enquanto ele curava.

20
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A Liga 07

Quando ele começou a levantar, Maris o parou. Ele indicou a máquina ao lado da cama.
―Você ainda está ligado, amor.
Syn reentrou na sala. ―Como ele está?
―Não sou um médico.
Syn revirou os olhos para Ture nas palavras de Maris. ―Ele sempre diz isso.
Maris levantou as mãos num gesto muito feminino e adorável. ―Hei, eu respeito perícia e
quando se trata de saúde, eu não sei nada. Especialmente sobre outras raças.
Sem uma palavra, Syn separou do leito da parede de modo que pudesse ser utilizado como
uma maca. Ele colocou o saco de fluido num poste menor, que estava perto da cabeça de Ture.
―Você vem?― ele perguntou Maris.
―Logo atrás de você, precioso.
Ture me sentiu estranho sendo levado para o palácio de Darling. Enquanto ele tinha visto a
morada real milhares de vezes em sua vida, e percorrido as seções públicas do administrativo
como parte de uma viagem escolar décadas atrás, ele nunca sonhou em ver as áreas particulares.
Eles entraram por uma porta dos fundos, e fora para um elevador. Os funcionários se
viraram para olhar para eles, mas ninguém disse nada ou os parou. Syn o levou até um quarto que
os criados estavam preparando rapidamente.
O queixo de Ture caiu pelo luxo. Ele nunca viram nada mais fino. O teto sobre sua cabeça era
segurado por uma elaborada guarnição do ouro, e fora pintado com uma cena celestial de tirar o
fôlego. Era como olhar para o céu.
A cama era maior do que o quarto inteiro de Ture... bem, um pouco de exagero. Ainda
assim, era gigante. A cama tinha um dossel azul marinho, que era guarnecido em ouro e marrom -
as cores reais Caronese.
A porta se abriu.
Ture esperava que fosse um guarda dizendo para eles saírem. Então, quando ele viu Darling,
o governador real, entrando no quarto para o verificar, ele ficou atordoado.
―Como ele está?
Syn o levou para a cama. ―Bastante machucado. Braço e tíbia quebrados. Trauma grave da
mão, mas nós devemos ser capazes de coloca-lo de pé e funcionando em poucas semanas. Chamei
um amigo meu para fazer a cirurgia em sua mão. Ele deve recuperar pelo menos noventa por
cento de uso.
―Noventa?― Ture engasgou.
―Desculpe... você pode ter uma recuperação completa. Eu não sou um especialista, que é
por isso que eu estou pedindo um favor ao meu amigo que é. Ele vai ser capaz de dar um
prognóstico melhor do que eu.
Ture queria gritar. ―Quanto tudo isso vai me custar?
―Nada,― Darling disse. ―Eu vou cobrir cada pedacinho disso.
Sua oferta ofendeu Ture. ―Isso não é necessário.
―Você protegeu minha esposa. Zarya disse que ela não teria conseguido passar por isso,
senão fosse por você. Eu não posso fazer o suficiente para retribuir esse favor. Você precisando de
algo, Você me avise.
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A Liga 07

Maris engasgou de indignação pelas palavras de Darling. Mãos nos quadris, ele cuspiu em
Darling antes de falar. ―Você se casou com Lady Z sem mim? Sua besta! Estou com o coração
partido. Como você pôde? Era para eu ser sua dama de honra.― Ele vez um beicinho falso
adorável.
Fechando a distância entre eles, Darling puxou Maris num abraço apertado. ―Você estava lá
em espírito. Além disso, foi tão rápido, nós estávamos casados antes de chegar ao meu quarto.
Ture arqueou as sobrancelhas. ―Você realmente não estava brincando.
Darling balançou a cabeça. ―Como eu disse Kyr, o padre estava esperando na porta, do lado
de dentro, e começou as formalidades no instante em que entramos. Cheguei muito perto de
perdê-la. Que se dane se eu alguma vez vou deixar isso acontecer novamente.
Ture ainda estava espantado e chocado com os homens nesta sala. Que eles eram tudo
Zarya tinha prometido a ele.
Darling beijou a bochecha de Maris. ―Me deixe saber se um de vocês precisar de alguma
coisa. Estou voltando para Zarya para me certificar de que ela não levante nada mais pesado do
que uma colher.
Maris riu. ―Boa sorte com isso.
Darling deu um suspiro pesado. ―Eu sei, certo?― Então, ele os deixou sozinhos.
―Eu estou indo para me limpar e estarei de volta em alguns minutos.― Maris foi a uma
porta diferente da que Darling usou. Na verdade esta estava no meio da parede e levava a um
outro quarto.
Ture não tinha certeza se deveria ficar lisonjeado ou insultado que o quarto de Maris estava
ligado ao seu. Será que Maris pensava nele como uma puta para ser mantida como um animal de
estimação?
Syn colocou as cobertas em torno dele, e então verificou seus fluidos. ―Desculpe sobre a
violação de confidencialidade. Mas...
―Darling é tecnicamente o governo. Nada que ele não poderia ter descoberto de qualquer
maneira.
―É isso aí.― Syn fez com que ele ficasse confortável e checou todas as ataduras e
medicamentos. Em seguida, ele entregou a Ture uma campainha. ―Se você precisar de alguma
coisa aperte isso.
―Obrigado.
Syn deu um breve aceno de cabeça antes de deixar o quarto.
Sozinho, Ture não tinha certeza do que fazer com tudo isso. Com toda a honestidade, isso o
assustava. As pessoas não eram gentis como regra, e eles eram cruéis com ele em particular. Isso
ele esperava.
Mesmo que ele parece estar em segurança, havia uma parte dele esperando que isso fosse
algum tipo de piada de mau gosto. Ele não iria colocar suas mãos no fogo por um imperador que
subiu ao trono por assassinar brutalmente seu tio, e um cujo sobrenome era Cruel.

Capítulo 2
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A Liga 07

Ture acordou ao som de uma batida leve. ―Entre.


Vestido com calça marrom e uma jaqueta de couro verde brilhante, Maris entrou no quarto
com uma bandeja nas mãos. No instante em que ele entrou as luzes acenderam num brilho
ofuscante. Ele se moveu para a por sobre a mesa ao lado da cama. ―Eu sei que Syn tem você
ligado3, mas achei que você gostaria de algo saboroso para comer e beber.
Ture rangeu os dentes quando ele se levantou. Ele ainda estava com muita dor. ―Obrigado.
Quanto tempo eu dormi?
―Dois dias.
Ture engasgou. Com as pesadas cortinas fechadas, ele não poderia dizer se era dia ou noite
lá fora. ―Que horas são?
―Início da noite.
Ele não podia acreditar. ―Eu não tinha ideia.
Maris serviu a ele uma xícara de chocolate quente, em seguida, acrescentou um pouco de
creme. ―Não se preocupe. Syn, Darling, Zarya e eu viemos ter ver de vez em quando para nos
certificarmos de que estava tudo bem.
Ture pegou o copo de suas mãos. ―É realmente preocupante saber que todos vocês
estiveram aqui e eu não tive consciência disso.
Maris deu um sorriso diabólico. ―Você sabia que você é absolutamente lindo quando você
dorme? E você tem o mais leve ronco. É realmente muito adorável.
O calor se apoderou de seu rosto, enquanto aqueles olhos escuros brincavam com humor.
Não importa quão exigente você fosse, Maris era o homem mais sexy que ele já viu. Havia tanto
magnetismo nele.
Tal uma intrigante mistura de charme pueril e predador letal. Na maioria das vezes, Maris
era relaxado e exuberante. No entanto, mesmo assim, ele estava sempre procurando com o olhar,
como se para se assegurar de que nenhum assassino rastejasse para perto. E ele definitivamente
tinha o charme de um guerreiro.
De cabeça baixa, olhar atento.
Corpo de Ture reagiu com uma intensidade embaraçosa. Levantando o joelho um pouco
para disfarçar seu interesse, Ture pigarreou. ―Então que alimento você trouxe?
―Uma variedade de sanduíches. Desde que eu não sei o que você gosta, eu pensei que o
melhor era tudo.― Maris puxou a tampa de prata do prato e o estendeu para Ture olhar.
Um tremor passou por Ture quando ele acidentalmente roçou sua mão contra a de Maris.
Ele se recusou a deixar Maris saber como o despertava estar meramente em sua presença. Nada
de bom podia vir disso. ―Isso é mais do que eu posso comer. Gostaria de compartilhar?
Maris torceu o nariz de brincadeira. ―Doçura, eu nunca recuso comida. Minha mãe
costumava dizer que eu nasci morto de fome, e praticamente ataquei o médico que fez meu parto
para obter uma mamadeira dele.

3
Maris está se referindo a que Syn o deixou no soro.
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A Liga 07

―Sério?
Maris assentiu enquanto delicadamente pegava um dos pequenos sanduíches e dava uma
mordida.
A maneira que Maris saboreou a comida fez Ture sorrir. ―Você sabe o que eu faço para
viver, não sabe?
―Nenhuma pista. Zarya nunca me disse.
Ture engoliu seu bocado. ―Eu sou um chef.
Ele arqueou uma sobrancelha intrigada. ―Sério?
Ture assentiu.
Seus olhos escuros dançaram de alegria enquanto ele deslizava para a cama ao lado de Ture.
―Ooo, doçura... onde você trabalha?
―Angericos na Quinta, centro da cidade.
Maris engasgou. ―Esse é você? Eu amo esse lugar. Como lá o tempo todo... pelo menos
quando eu consigo uma reserva. O seu restaurante só trabalha com reserva. Mesmo Darling tem
problemas para ir.
Ture corou com os elogios. ―Eu tento o meu melhor para não ser sugado pelo meu
trabalho.
―Pequeno, você tem um sucesso admirável. ― Maris pegou um guardanapo quando a porta
se abriu para Syn entrar.
Ele se deteve rapidamente ao ver os dois juntos. Em seguida, ele fez uma careta para Maris.
―Você o acordou?
―Se eu disser que sim, você vai me bater?
Syn revirou os olhos. ―Você é terrível, Mari.
Maris deslizou para fora da cama para dar espaço para Syn verificar os sinais vitais de Ture.
―Não posso evitar. Eu tinha muitos irmãos que incomodar. Agora é apenas inato em mim ser uma
grande puta.
Ture franziu a testa. Ele conhecia um dos irmãos de Maris muito melhor do que ele queria.
―Quantos irmãos você tem?
―Oito. Quer um? Eu esIve tentando dar alguns deles por anos.
Ele ignorou a pergunta. ―E irmãs?
―Não. Os deuses decidiram não serem tão cruéis a ponto de lançar uma menina num antro
de testosterona. Então, novamente, talvez eles devessem. Eu nasci nele, depois de tudo.
Inseguro quanto ao que dizer sobre isso, Ture encontrou o olhar escuro de Syn. ―E você?
―Eu Inha uma irmã. Ela morreu há muito tempo.
―Sinto muito, Syn. Eu perdi a minha, também, quando eu era adolescente. Eu ainda sinto
falta dela.
Syn deu um tapinha no ombro. ―Eu sinto muito pela sua perda, também.
Silêncio constrangedor encheu o quarto até Syn terminar a sua revisão. ―Você está fazendo
um bom progresso. Amanhã, precisamos te pôr de pé e em movimento. Vou marcar um
fisioterapeuta para a tarde. E o meu amigo cirurgião estará aqui depois de amanhã para olhar sua
mão. Eu já enviei os exames. Ele acha que você vai ter uma recuperação completa.
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A Liga 07

Ture sentiu uma onda de excitação com essas palavras. ―Obrigado, Syn. Sério.
―Sem problema. Agora vocês dois fiquem fora de problemas e descansem hoje à noite.―
Ele se virou para Maris. ―E isso quer dizer você, Mari. Eu sei que você não dormiu por dois dias e
você ainda está curando, também.
Maris deu uma saudação militar muito sarcástica.
Syn ignorou e os deixou.
―Você não dormiu?
Maris desviou o olhar. Ele optou por não responder, que era o seu modo padrão de
operação em torno dos outros, mas por alguma razão a verdade veio à tona antes que ele pudesse
a deter. ―Eu não durmo bem em meus melhores dias. E a batalha traz sempre à tona o pior em
mim.
―Como assim?
Memórias surgiram com uma mordida cruel conforme ele revivia as batalhas que desejavam,
pelos deuses, nunca ter lutado. Era duro conhecer a besta que vivia dentro dele, saber do que ele
era capaz quando acuado. Nada o deixava mais doente do que algumas das coisas que a guerra e
sua família o obrigaram a fazer em seu passado. ―Você já matou alguém?
Ture balançou a cabeça.
―Não é como você vê nos filmes ou programas. É sangrento e assustador. Nojento e
horripilante. Ver o olhar em seus rostos e em seus olhos no momento em que eles percebem que
sua vida acabou... e cada vez que você manda alguém para sua sepultura, uma parte de você vai
com ele.
―Então por que você faz isso?
Maris senIu a garganta apertar. ―Eu parei de lutar por mim mesmo há muito tempo. Mas
tanto quanto eu desprezo matar, eu odeio perder alguém que eu amo muito mais. Como, com
toda a minha formação e competências, posso ficar para trás e deixar os que eu mais amo
arriscarem ou perderem as suas vidas e não fazer nada por eles?
Ture acenou com simpaIa. ―Eu entendo. Então, quantos anos você tinha na primeira vez
que matou alguém?
Maris se encolheu com o horror desse pesadelo. ―Dezessete.
Ture ficou boquiaberto com a idade. ―Você era uma criança.
―Não em Phrixus. Eu estava no meu segundo ano de serviço militar obrigatório.
―Foi uma batalha, então?
Ele balançou a cabeça. ―Phrixians não são como as outras raças. Temos um sistema muito
ruim de governo. E uma das coisas que muito nos diferencia dos outros, não temos força policial.
―Eu não entendo. Quem faz cumprir a lei?
―Os cidadãos. Minha gente acredita que se você não pode se defender e àqueles que estão
sob sua proteção, então não precisamos de seu DNA em nosso genes. Levamos a sobrevivência do
mais apto ao seu extremo. Mas o que está sendo dito, é que nós principalmente deixamos o outro
sozinho, porque nós sabemos como altamente treinado e armado todo mundo é. A única vez que
alguém é atacado é quando eles são vistos como fracos.

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Ture franziu o cenho enquanto tentava entender o mundo terrível que Maris descrevia.
―Vocês foram atacados?
―Meu irmão mais novo. Eu estava atrasado para o pegar para o meu pai.
Ture estremeceu com a dor que ele ouviu na voz de Maris. ―Graças aos deuses você estava
lá.
Maris soltou um riso amargo. ―Yeah, mas essa foi à razão pela qual ele foi atacado em
primeiro lugar.
―Você me desorientou novamente.
Havia tanta agonia nos olhos escuros que fez Ture chorar por ele. ―Eles achavam que meu
irmão estava comigo, uma vez que foi dito que era onde eu estaria naquele exato momento. Se eu
estivesse na hora, meu irmão não teria sido transformado numa polpa.
Sua mandíbula se afrouxou. Seria difícil o suficiente ter seu irmão atacado. Para depois
descobrir que deveria ser você... Quão terrível. ―Por que eles foram atrás de você?
―Limpando a piscina genética.― Maris desviou o olhar quando ele se lembrou do riso e
escárnio que foi empurrado goela abaixo.
―Você é um desperdício patético. Eu deveria ter cortado o seu coração quando você nasceu
em vez de desperdiçar recursos da família em você.― Maris ainda podia ver o ódio nos olhos de
seu pai enquanto ele tinha desdenhado dele.
Ele encontrou o olhar de Ture e tentou segurar a amargura de sua voz. ―Tinha vazado que
eu tive dificuldade de manter uma ereção num bordel com uma mulher. E tal coisa é considerada
vergonhosa e considerada uma marca grave contra minha família e sua honra.
―Você está brincando.
Maris balançou a cabeça. ―A disfunção erétil é considerado uma ofensa capital em nosso
império.
Ture ficou horrorizado com o que ele descreveu. ―Eles realmente matam alguém por isso?
Maris assenIu. ―No momento em que eu cheguei, meu irmãozinho estava quase morto de
seu ataque feroz. A fúria dentro de mim era aterrorizante. E eu liberei cada pedaço dela sobre os
três homens pesadões que estiveram sobre ele. Eu nem sequer percebi o que fiz até que eles
estavam em pedaços no chão e eu estava vomitando contra a parede.
Ture pegou sua mão na dele e a segurou firme. ―Eu sinto muito. Eu não posso acreditar que
alguém faria tal coisa por um motivo tão estúpido. Quem os enviou atrás de você?
Meu pai. Maris apertou a mão em torno da de Ture quando a resposta ecoou em sua
cabeça. Até hoje, ele não conseguira dizer isso em voz alta. Era algo que ele nunca disse a uma
única alma.
Nem mesmo a Darling.
A parte mais triste? Seu pai se gabou de Maris quando ele voltou para casa, carregando uma
Safir quase morto nos braços.
Um sorriso se espalhou pelo rosto de seu pai quando ele os viu. ―Eu nunca esEve mais
orgulhoso de você, rapaz. Aqui todos nós pensávamos que estaríamos enterrando uma mulher
defeituosa numa cova anônima esta noite. Em vez disso, você chega em casa redimido e usando o
sangue de três dos meus melhores soldados. Bom trabalho, Maris. Você restaurou a nossa honra.
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Foi à única vez em sua vida que seu pai o elogiou. Mas o que mais doeu foi o fato de que seu
pai não se importava que ele colocou Safir em perigo. Pouco mais que uma criança, Safir foi
considerado um dano colateral por seu pai e a família.
Assim como ele.
Suspirando, ele fez o seu melhor para enterrar a memória. ―Isso não importa. Três homens
foram mortos por uma coisa ridícula.
Ture o puxou para seus braços e segurou. ―Sinto muito, Mari. Mas estou feliz que você
ainda está aqui.
Maris deu um tapinha em suas costas. ―Alguns dias, eu também estou.― Fechando os
olhos, ele sentiu o cheiro do corpo quente de Ture. Ele poderia ter ficado mole com a prostituta
que o denunciou para seu pai, mas esse definitivamente não era o problema dele agora.
Ture ateou fogo nele.
E tudo o que fez foi lembrá-lo porque seu corpo estava formigando de tal necessidade
exigente. Ele não esteve com alguém por mais de dois anos. Primeiro era a sua necessidade de
encontrar Darling depois da Resistência Caronese o capturar. Nada mais tinha importância
durante os meses de procura. E sexo era à última coisa em sua mente. Então Darling foi
encontrado numa condição, que fez as de Ture e Zarya combinadas parecer como um piquenique.
A tortura e humilhação que Darling sofreu nas mãos de pessoas que eram seus aliados o deixou
psicótico.
Maris esteve tão ocupado em salvar a vida de Darling e sua sanidade que prescindiu de
qualquer outra necessidade. Além disso, não importava. Ele estava apaixonado por Darling e
embora ele pudesse ter relações com outros homens, eles sempre o deixavam se sentindo oco.
Aqueles homens não eram Darling.
No entanto, enquanto ele segurava Ture, a antiga necessidade de estar apaixonado por
alguém que poderia o amar de volta fisicamente subiu. Apenas uma vez em sua vida, ele queria ir
para a cama com alguém cuja felicidade significava mais para ele do que a sua própria. Ele daria
qualquer coisa se ele pudesse sentir em direção a um amante um décimo do que ele sentia por
Darling.
Só por uma batida de coração.
Mas não era para ser.
Ele admitiu isso há muito tempo atrás. Darling sempre seria heterossexual. Nada poderia
mudar isso, e seu melhor amigo iria morrer antes de dormir com ele.
Por que eu não posso me afastar de Darling?
Honestamente, ele tentou. Ele foi de um homem para outro, esperando, ansiando que um
deles encontraria um caminho para o seu coração cansado.
E cada um deles o desapontou e deixou com cicatrizes que eram mais profundas e mais feias
do que as desfigurando seu corpo.
Mas, quando ele inalou Ture, essa parte dele que ele mais odiava avançou. A esperança era
uma prostituta volúvel, e odiava o fato de que ele era sua puta.
Você já andou neste caminho um milhão de vezes, Mari.
Apenas Darling era Darling. Todo o resto foi uma pobre substituição.
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Cerrando os dentes contra a onda de dor, Maris recuou e se levantou. Ele não iria lamentar
algo que não podia mudar. Esqueça a esperança.
Ele era, e sempre seria, a puta de Darling.
Ture franziu o cenho enquanto observava Maris limpar a comida que ele trouxe. Havia uma
escuridão nele agora que Ture não entendia. Uma parede espessa de tristeza.
As histórias de Zarya sobre Maris passaram por sua cabeça. Como ele, Zarya não confiava
facilmente. Ela era extremamente desconfiada e cautelosa.
No entanto Maris a venceu com pouco esforço. Ela idolatrava esse homem. Originalmente,
Ture tinha repudiado todas as suas histórias como culto ao herói e delírios. Ele nunca sonhou que
um homem como Maris realmente existisse.
Um rei entre os príncipes.
Alguém que não hesitaria em proteger aqueles que ele amava. Um homem capaz de colocar
as necessidades dos outros acima da sua própria. Esses animais eram tão raros quanto o iksen
lendário, aquele que contavam só sair de sua caverna uma vez a cada mil anos.
Agora que Ture encontrou um, ele queria o segurar por algum tempo. Mas mesmo quando
esse pensamento passou por ele, ele sabia a verdade.
O amor nunca durava. Pessoas traíam. E os amantes inevitavelmente decepcionavam um ao
outro.
E se eles não fizessem?
Ture tentou esmagar esse pensamento traiçoeiro. Ele não queria ter esperança. A esperança
nunca foi gentil com ele.
Nunca.
Ainda assim, ele não podia deixar de se perguntar se Maris poderia ser tão leal a ele como
foi a Zarya e Darling. Se Maris conseguiria segurar seu coração na mão e não quebrá-lo.

Capítulo 3

Maris congelou quando ouviu uma batida na porta que ligava seu quarto ao de Ture. Nas
últimas duas semanas, enquanto Ture esteve aqui, ele nenhuma vez tinha batido. Teria acontecido
alguma coisa?
Mais assustado com esse pensamento que ele deveria estar, ele atravessou o quarto e abriu
a porta. Ture estava do outro lado, parecendo lindo, mas tímido. ―Tem alguma coisa errada?
―Eu não posso acreditar que eu estou admitindo isso... Eu não consigo dormir e eu estou
solitário.
Maris sorriu em compreensão. Ele sempre sofreu com isso também. Antes de Zarya, ele
sempre tinha Darling o consolando naquelas noites. Eles ficavam por horas, jogando e fazendo
brincadeiras.
Agora, ele tinha Hauk como um oponente, mas apenas enquanto Hauk não estava com uma
mulher. Embora ultimamente, Hauk esteve num período de seca que rivalizaria com Maris.
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―Você quer entrar?


Um rubor se espalhou pelo rosto de Ture.
Maris sorriu. ―Eu não espero que você fique nu, querido. Nós somos amigos.
Ele bufou. ―Eu não tenho muitos.
―Bem, você tem um em mim.― Maris deu um passo atrás para que ele pudesse entrar.
Ture ainda estava hesitante. Nas duas últimas semanas, ele propositadamente manteve uma
grande distância entre ele e Maris. Ele tinha mais bom senso do que estar atraído pelo amigo de
um amigo, especialmente um que era tão amado como Maris era por Zarya. Se eles se envolvesse
e não desse certo, seria difícil para todos eles.
Essa era à última coisa que ele queria.
Mas esta noite era o aniversário da morte de sua irmã, e ele não conseguia respirar com as
memórias e a dor da sua perda. Ele só precisava de algo para distrair seus pensamentos por um
tempo.
Mordendo os lábios, ele se dirigiu para o pequeno sofá que estava no centro da sala de estar
de Mari. ―Wow,― ele respirou, olhando para a área elegante e espaçosa. ―E eu pensei que o
meu quarto era enorme.
Maris sorriu. ―Este são os aposentos da rainha. Bastante conveniente, considerando todas
as coisas.
Ture riu quando ele se sentou. ―Como é que você veio parar aqui?
―Quando Darling assumiu o poder, ele me mudou do meu pequeno quarto na ala de
hóspedes para este, assim eu estaria mais perto de seus aposentos, que são apenas descendo o
corredor agora.
―Eu aposto que levantou algumas sobrancelhas.
Maris foi para o balcão da cozinha na parede distante e serviu uma xícara de chá, em
seguida, trouxe para ele. Havia um brilho adorável em seus olhos quando ele torceu o nariz.
―Ainda levanta. Mesmo com ele casado, metade dos funcionários e a maioria da ADC ainda
acredita que ele é realmente gay e apenas finge ser marido de Zarya.
Ture pegou o copo de sua mão. ―Então, se você está nos aposentos da rainha, onde Zarya
fica?
―No quarto de Darling. Antes da Liga sequestrar vocês dois, ele estava mal por deixá-la fora
de sua vista. Agora... Eu não tenho certeza que ele permite a ela ir ao banheiro sem ele.
―Sim, mas eu gosto disso nele.
Maris se sentou no outro lado da mesa de café, numa confortável cadeira estofada. Ele
estendeu a mão para a sua própria xícara de chá. ―Você quer falar sobre o que está em sua
mente?
Ture desviou o olhar quando sentiu as lágrimas picando seus olhos. ―Minha irmã morreu de
câncer quando eu era adolescente, e...― Ele parou incapaz de terminar a frase. ―Eu ainda não
posso acreditar que ela se foi.
Maris se ajoelhou ao lado dele. Ele colocou uma mão amável sobre o joelho de Ture. ―Eu
sinto muito.

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Ture engoliu contra o nó doloroso na garganta. ―É tão difícil, sabe? Ela era o único membro
da minha família que realmente me amava. O único que não me julgava.
―Ela era o sua única irmã?
―Não, eu tenho um irmão idiota que vem por aí sempre que ele precisa de um favor ou
dinheiro.
Maris zombou. ―Irmãos idiotas Eu sei muito sobre isso.
―Yeah, eu aposto que você sabe. Será que algum deles já entrou em contato com você?
―Safir. Mas é muito perigoso para ele fazer isso. Tenho sorte que ele me ama o suficiente
para ser estúpido.
Ture riu. ―Eu adoro a forma como você descrever as coisas. É único.
Maris piscou para ele. ―Longe de eu ser sempre normal. Eu não gosto de fazer o que é
esperado de mim.― Ele deu um aperto de joelho de Ture, em seguida, voltou para sua cadeira e
seu chá. ―E você?
―DefiniIvamente não normal.
―A normalidade é superestimada.
―Um dia fora do comum, isso é sanidade.
Maris riu. ―Eu não poderia concordar mais.
Ture agitou o creme em seu chá enquanto observava a maneira elegante que Maris sentava.
Ele tinha tanta graça e dignidade. Majestoso refinamento sangrava por toda parte e, às vezes,
deixava Ture parecendo inadequado. Como um caipira atrapalhado. No entanto Maris nunca
pareceu se importar com o fato de que ele era de origem humilde. ―Então como é isso de ser tipo
um príncipe?
―Não é diferente de qualquer outra vida, exceto que você tem que olhar a sua volta com
mais cuidado. Inimigos e repórteres desesperados abundam. Isso faz alguns extremamente
paranoicos.
―Você parece lidar bem com isso.
―Principalmente porque eu não me importo. O que eles vão fazer comigo? Me xingar? Oh,
o horror! Alguém me salve de ouvir a opinião de alguém que eu não poderia me importar menos.
Ture balançou a cabeça. ―Eu respeito isso em você. Eu odeio ser criticado. É como uma faca
no meu coração.
Maris brincou com a alça de sua xicara. ―Eu acho que isso vem da minha infância, onde eu
fui tão insultado, que eu sinceramente pensei que o meu nome era idiota e imbecil.
―Você não foi.
―Oh, eu asseguro, eu fui. Darling é o único quem me chamou pelo nome.
―Sinto muito, Mari.
Ele encolheu os ombros com uma indiferença que Ture estava começando a suspeitar que
fosse uma fachada. ―Nada sobre o que você se desculpar. Nós todos temos nossos fardos.
Apenas alguns de nós têm os que se esforçam para nos matar de forma vingativa.
―Você faz piadas sobre essa coisas.
―Sim, bem, eu tentei uma vez ser serio e achei um pouco deprimente. Quem quer viver
assim?
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Nesse momento, a vontade de beijar Maris era tão forte, que ele não tinha certeza de como
ele se absteve. Tudo o que podia pensar era tirar as camadas de roupa, até que ele o tivesse nu
em seus braços. Se Maris fosse um décimo animado na cama como era numa conversa casual, ele
seria um amante incrível.
O link de Maris tocou. Ele o puxou e olhou, depois sorriu. ―Por favor, me desculpe por um
segundo.― Ele abriu. ―Hei, Hauk. Como está o meu Andarion delicioso hoje?
Ture engoliu contra a facada estranha de ciúme que ele não conseguia entender. Ele não
tinha o direito de ser possessivo com Maris, e ainda...
Ele queria ter o direito de reclamar quando Mari flertasse com outros homens.
―Não, docinho. Na verdade, tenho companhia esta noite.― Maris riu. ―Você fica falando
comigo assim e você terá mais de mim do que você pode manipular.
Se sentindo de repente estranho, Ture estava prestes a se desculpar quando Maris terminou
a ligação.
―Claro. Eu vou falar com você mais tarde.― Ele desligou.
Ture sabia que deveria manter a boca fechada, mas ele não pôde resistir a perguntar a coisa
mais importante em sua mente. ―Namorado?
Maris lançou um sorriso adorável. ―Você pode parar de me perguntar isso. Eu não tenho
um e não tenho interesse em estar amarrado a um único homem.
Aquilo doeu como um tapa. ―Ah. Você é um daqueles.
Maris arqueou uma sobrancelha. ―Daqueles?
―Jogadores.
Maris ri tanto que engasgou. ―Dificilmente. Eu asseguro, eu nunca jogo no campo. O meu
único problema é que o homem que eu amo está na cama com sua melhor amiga.
―Darling?
Ele acenou com a cabeça.
―Então, você e ele...
―Nunca nos tocamos.
―Nem mesmo um beijo?
―Nem mesmo―. Maris suspirou. ―Estou sempre atraído pelo que eu não posso ter. É
extremamente irritante.
Ture conhecia o senImento. ―Você acha que nunca vai encontrar alguém?
―Honestamente? Eu parei de procurar. Há apenas um certo número sonhos que um
homem pode ter quebrado numa só vida. Eu acho que excedi a minha quota quando eu tinha três
anos. ―Maris tomou um gole de seu chá. ―E você?
―Meu trabalho é o meu amor. Nenhum homem jamais foi tão sedutor ou tão gratificante. É
a única coisa que vale o meu tempo.
―Então, você ama a sua cozinha.
Ture assenIu. ―Eu estou tão casado com ela como Zarya está com Darling. É onde eu perco
quase todas as minhas horas acordado.
―Você está nervoso por ter ficado longe dele por tanto tempo?
―Eu estava. Mas Anachelle disse que ela olhou tudo para mim, enquanto eu estiver fora.
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A Liga 07

―Anachelle?
Ture sorriu. ―É como Zarya, eu de fato a adotei. Ela era uma garçonete no restaurante onde
eu trabalhava e quando ela ficou grávida, ela perdeu tudo. Então eu ofereci uma cama e ela esteve
comigo nos últimos meses.
Maris ficou impressionado com sua bondade. ―O que fez você confiar nela?
―Se você a encontrar, você vai entender. Ela é muito parecida com Zarya. Machucada e
ferida. No entanto, há uma esperança dentro dela que todas as suas dificuldades ainda não
extinguiram. Para não mencionar, ela é preciosa e amável.
―Eu já gosto dela.― Maris se levantou para reabastecer seus chás depois voltou para
conversar com Ture, até o sol nascer.
Bocejando, Maris ficou boquiaberto quando ele percebeu que horas eram. Ele não conseguia
se lembrar da última vez que ele ficou a noite toda conversando com alguém.
Mesmo com Darling.
―Você sabia que já são sete?
O queixo de Ture caiu quando ele se virou para olhar para as janelas. ―Onde a noite foi?
―Ela se transformou em amanhecer.
Ture copiou o bocejo de Maris. ―Não é à toa que eu estou tão cansado.― Levantando, ele
gemeu.
―Você está bem?
Bocejando novamente, Ture assentiu. Eles passaram a noite inteira conversando sobre tudo
e nada. Maris definitivamente manteve sua promessa de distrair os pensamentos de Ture de sua
irmã. ―Obrigado, Mari.
Ele inclinou a cabeça para ele. ―A qualquer hora.
Ture beijou sua bochecha, em seguida ele foi para seu próprio quarto.
Maris não se mexeu enquanto seu rosto formigava por causa aqueles lábios. Lábios que ele
queria provar com uma loucura que não fazia sentido.
Por que eu estou sempre atraído pelo que eu não posso ter?
E ele não tinha ideia o que tinha Ture que o fascinava assim. Bem, não é inteiramente
verdade. Havia algo nele que vez Maris achar fácil conversar. Ele não sentia que Ture o julgaria. Ao
contrário, ele parecia estar bem com todos os caprichos de Maris.
Era o suficiente para o fazer reconsiderar seu voto de solidão. Mas os sonhos são para os
tolos.
E Maris não estava mais interessado em ser ferido.

Capítulo 4

―Se esforce mais.


Ture parou, no meio da braçada para encarar Maris quando ele o auxiliava ao lado da grande
piscina dentro do Palácio de Inverno Caronese, onde ele ainda estava se recuperando. ―Eu estou
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me esforçando tão quanto eu posso. Se você acha que pode fazer melhor, eu te desafio a vir aqui
e tentar.
Maris deu um sorriso encantador para ele. ―Eu odeio me mostrar, meu amor. Isto é sobre o
seu progresso, não a minha grandeza.
Mal-humorado, Ture revirou os olhos para a forma pomposa. Essa era a única coisa que
podia o deixar irritado com Maris. Seu ego era tão grande quanto o universo. Mas Ture também
sabia que era uma fachada. Apesar de toda sua fanfarronice, Maris era realmente muito inseguro
e tímido. Preciosamente assim às vezes.
Durante quase um mês, Ture esteve na fisioterapia enquanto seu corpo curava, e ele
aprendeu a usá-lo novamente e reconstruiu os músculos atrofiados. Estranhamente, estas sessões
pareciam estar ficando mais duras, em vez de mais fáceis.
E agora...
Ture engasgou quando a perna travou. Por ele ter tão pouca gordura corporal, ele foi para o
fundo da piscina como uma âncora. Ele tentou nadar para cima, mas não conseguia que seu corpo
cooperasse. Seu coração bateu forte, ele sabia que Maris não sabia nadar. Foi por isso que ele
nunca se juntou a ele em qualquer um dos exercícios aquáticos.
Se ele não chegasse à superfície...
Ele entrou em pânico ainda mais.
De repente, alguém o agarrou por trás e o puxou para cima.
Ture tossiu e engasgou quando eles saíram à superfície. Ele olhou em volta para Maris. Sua
jaqueta e camisa estavam onde ele esteve, mas não havia sinal dele.
Pelo menos não até que o homem o segurou e levantou para fora da água com uma
facilidade que era aterrorizante.
Maris?
Ainda asfixiado, ele se virou em direção à piscina.
―Não olhe para mim,― Maris rosnou. Ele se manteve abaixo da borda da piscina, para que
Ture pudesse ver só sua mão.
A mão que agora parecia de uma estranha cor prata, translúcida e unhas longas que eram
mais como garra do que a manicure impecável de Maris...
―Mari?
―Eu estou bem, Ture. Só não olhe para mim.
Mas ele não podia ajudar a si mesmo. Sua curiosidade era muito grande. Antes que pudesse
pensar melhor, ele avançou lentamente em direção a Maris e espiou sobre a borda. Seus olhos se
arregalaram com o que encontrou na água.
Ofegante, ele cambaleou para trás quando o medo cru se apoderou dele. Mas que diabos?
Maris estremeceu com o olhar que ele viu no rosto de Ture. Com exceção de Darling, os
seres humanos não lidavam bem com ver um Phrixians em seu estado natural. Quem poderia
culpá-los? Sua espécie era repugnante.
Oh, bem... não era como se pudesse haver nada entre eles de qualquer maneira.
De repente, Ture estava de volta na borda, se inclinando sobre ele. Seus olhos cauteloso, ele
estendeu a mão para tocar o cabelo molhado de Maris.
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―Eu sei,― Maris suspirou. ―Eu sou nojento.


―Não. Você é muito bonito assim.
Atordoado, Maris olhou para cima, sem saber o que esperar. Mas ele viu a verdade nos
olhos de Ture, não horror.
Ture segurou o rosto de Maris, enquanto o olhava, admirado com a aparência atual do
homem. Ele nunca viu nada parecido com isso. A pele de Mari lembrava um elegante, prateado
peixe. Só que não era escamada e era tão suave como veludo quente. Até mesmo seus olhos eram
agora uma cor prata brilhante, misteriosa. Não o seu chocolate escuro normal. A parte mais legal
era o belo design que agora era visível ao redor dos olhos. Como se alguém tivesse usado sombra
cinza escuro e preta para desenhar um padrão circular contínuo complicado.
Ele colocou a mão sobre a de Maris enquanto ele estudava suas diferenças também. Suas
unhas eram um pouco maiores, chegando justo sobre o final de seus dedos, e ele agora tinha
membranas entre as falanges. ―Os seus pés são assim também?
Maris assenIu. ―Para que possamos agarrar melhor em ambientes úmidos.― Ele apertou
uma unha profundamente no concreto, com quase nenhum esforço e nenhum efeito em seu
dedo, mas deixou uma profunda linha franzida na sua esteira quando ele a puxou de volta para
ele. ―Somos anfíbios. Mas nós somos muito mais fortes na água do que em terra. É o que faz o
meu povo um assassino tão letal. Se conseguirmos nosso alvo na água, eles são nossos e nada
pode nos deter.
Isso era terrível de pensar. ―Por que você não me contou?
Maris desviou o olhar. ―Nós não deveríamos deixar ninguém fora do nosso próprio meio
saber. Nunca. Em Phrixus, eu estaria morto por isso.
Ture ficou boquiaberto. ―Você teria me deixado morrer?
Ele esboçou um sorriso malicioso. ―Em Phrixus... sim.
Rindo de algo que ele sabia que Maris realmente não iria fazer, Ture balançou a cabeça. Seu
olhar caiu para o bem esculpido corpo molhado de Maris. Enquanto ele suspeitava como
finamente tonificado era, ele nunca o vira antes. Nem mesmo um vislumbre. Por toda a sua
exuberância, Mari sempre se manteve completamente coberto do pescoço aos pés e todo o
caminho até seus pulsos.
Agora Ture sabia o porquê. As costas de Maris era um roteiro desagradável de cicatrizes.
Cicatrizes que corriam seus braços e em seu peito. Sem pensar, Ture estendeu a mão para tocar
uma que mal perdeu o coração de Maris. ―O que aconteceu?
―Eu era um soldado com um monte de experiência de batalha.― Maris cobriu a mão de
Ture com a dele. ―Esse é um presente do meu irmão mais velho, uma vez que ele descobriu que
eu era gay e tentou me matar pela desonra que eu trouxe para a minha família.
Ture estremeceu com as palavras que cortam seu próprio coração e o lembrou quão mal
seus pais reagiram. Embora, para ser honesto, ninguém tentou matá-lo por isso. ―Eu sinto muito.
Maris deu de ombros quando ele soltou a mão de Ture. ―É o que é. Se todo mundo fosse
decente, como poderíamos legitimamente lutar um com o outro? Idiotas nos manter afiados.
Um sorriso triste curvou seus lábios enquanto observava a facilidade com que Maris se
mexia na água. ―Você parece estar gostando da piscina.
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―Eu disse, somos anfíbios, e nascemos debaixo d'água. É o nosso ambiente mais natural.
Nós realmente não andamos na terra até que estamos quase na escola.
―Sério? E eu pensando que você evitava a água porque não sabia nadar.
Maris riu. ―Dificilmente. Eu não me aventurei em terra até que eu tinha cinco anos.
―Você se lembra disso?
A sombra escura caiu sobre os olhos, deixando Ture saber que era uma memória dolorosa.
―Eu lembro.― Esquecendo isso, Maris estendeu a mão para Ture. ―Quer se juntar a mim?
O olhar de Ture caiu para as calças escuras que Maris ainda estava vestindo. ―Você vai
nadar metade vestido?
―Nós não nadamos nu em casa. Ele tende a ser desaprovado. Phrixians são letais, mas
civilizado. Claro, nossas roupas são resistentes à água, mas eu estou acostumado a isso, também.
Isso não me incomoda nem um pouco.
Ture voltou para a piscina.
Espantado, ele estudou Maris quando ele ia direto para o fundo para nadar por alguns
minutos. Ele era fascinante de se ver. Mari torceu e virou de forma que Ture não teria pensado
que qualquer pessoa com uma espinha conseguisse. Mas o que era realmente chocante era a
velocidade que ele tinha. Ele poderia disparar a partir de uma extremidade da piscina enorme para
a outra tão rápido, que Ture podia apenas seguir com os seus olhos.
Maris era realmente uma coisa linda. E cheio de surpresas agradáveis que o intrigava muito
mais do que deveria.
Não vá lá.
Ele tinha mais bom senso do que se envolver com o amigo de um amigo. Isso nunca
funcionava. Nunca. E ainda assim, ele não podia deixar de ver Maris como a coisa mais desejável
sobre duas pernas. Algo ajudado pelo fato de que Maris parecia sentir o mesmo por ele. No
entanto Maris mantinha distância.
Outra coisa que era sexy como o inferno. Ele tinha integridade, onde a maioria das pessoas
não tinha.
Maris emergiu rapidamente, a poucos metros, com um sorriso no rosto que deixou Ture
realmente feliz que ele estava na água. Caso contrário, Maris saberia exatamente como lambível
ele o achava.
―É tão bom,― Maris suspirou. ―Você não tem ideia como tem sido difícil cuidar de sua
terapia, enquanto morro de vontade de pular dentro. A água é como o ar que respiramos.― Ele
afundou de modo que tudo o que Ture podia ver era esse conjunto incrível de olhos.
―Eu posso dizer. Eu não acho que eu já vi você mais animado.
Maris subiu instantaneamente.
Ture franziu a testa com a reação dele. ―Eu aIngi um nervo?
Maris passou as mãos pelo cabelo molhado. Droga... ele tinha as características mais
perfeitas de qualquer homem que Ture já viu.
―Fantasmas. Desculpe. Eu tento mantê-los escondido, mas às vezes eles saem nos piores
momentos.
Ture nadou para perto dele. ―Sim, eu sei tudo sobre isso.
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Maris engoliu quando Ture tocou seu ombro em simpatia. O calor de sua mão combinado
com o olhar no rosto de Ture o manteve imóvel. Ele sabia que deveria ir para trás. No entanto, ele
não poderia fazer seu corpo cooperar.
Não quando tudo o que ele realmente queria fazer era nadar mais perto.
Antes que ele pudesse se mover, Ture capturou seus lábios com os dele. Maris rosnou para o
sabor doce. Passou muito tempo desde que ele esteve tão perto de alguém, exceto Darling. Cada
hormônio em seu corpo entrou em combustão, e era tudo o que podia fazer para não mostrar a
Ture exatamente como ágil e poderoso ele era na água.
Sua respiração ficou trabalhosa, Maris beliscou o queixo de Ture enquanto fantasias a muito
enterradas sobre sexo na água subiam. Desde que seu povo matava alguém que não fosse
heterossexual, ele nunca se atreveu a deixar qualquer um saber sobre esse lado dele, ele só ficava
nu na água com um amante em seus sonhos.
Mas agora...
Não vá lá.
Ture não conseguia respirar quando ele sentiu todo o poder de Maris em seus braços. De
alguma forma, Maris conseguia os manter estáveis na água.
Por tão tempo quando Ture conseguia se lembrar, ele sonhou em ter um guerreiro quente,
másculo só dele. Mas nunca pensou em encontrar aquele que poderia ser tão incrivelmente hábil
na guerra e ainda afetuoso com os outros. Todos os seus soldados do passado foram tão cruéis
com ele como foram com suas vítimas. Maris era à estranha dicotomia de assassino brutal e
sedutor brincalhão. Às vezes, era como se dois homens habitassem seu corpo exuberante.
E Ture achava ambos deliciosos.
Maris aprofundou o beijo, em seguida, puxou de volta. Sua respiração pesada, ele deslizou o
olhar por Ture, que só o fez mais faminto. ―Nós não podemos fazer isso.
Ture pressionou sua bochecha em Maris. ―Eu sei, docinho. Eu sinto muito... Eu não pude
resistir a você.― Ele deu um beijo casto nele, então se afastou.
Maris rangeu os dentes enquanto observava Ture retornar à sua rotina de fisioterapia. O
fato de que Ture entendia e aceitava o fez ainda mais sedutor. Era raro encontrar alguém que
estava disposto a colocar as necessidades dos outros acima das suas próprias. Isso estava no
coração e na alma de Darling, e era o que manteve Maris vinculado a ele todos esses anos. Por que
ele nunca foi capaz de se afastar de seu melhor amigo, mesmo quando ele sabia que deveria.
Porque essa era sua força vital, também. Ele nunca iria lutar por si mesmo. Ele não poderia
se importar menos com o que aconteceu com ele. Ele só lutou por quem e o que ele amava.
Darling , acima de todos os outros, pelo simples fato de que Darling sangrou por ele em mais
de uma ocasião.
O resto estava numa pequena lista composta pelo único irmão que Maris ainda falava, Safir,
família imediata de Darling, a Sentella e Caillen Dagan.
Agora Ture se levantou para herdar esse pequeno círculo. Apenas se ele não quebrasse o
coração de Maris. E embora ele dissesse qualquer coisa para introduzir Ture, ele sabia melhor. Ele
foi por este caminho sangrento muitas vezes. Assim que seus amantes percebiam que eles nunca
poderiam suplantar Darling em seu coração, eles se voltaram contra ele com um ódio justificado.
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Maris não podia ajudar como ele se sentia. Darling o possuía. Ele sempre tinha. Mesmo que
eles nunca pudessem ser nada mais do que melhores amigos, Darling era seu coração. Ele esteve
lá por Maris, quando ninguém mais esteve. Quando todo o Universo bateu nele e ninguém se
importou, Darling sozinho, atravessou o próprio inferno para salvar a vida de Maris.
Ele travava cada vez que pensava onde ele estaria sem seu nobre príncipe. Se ele ainda
estaria vivo.
Suspirando, ele se ergueu para fora da água para se sentar na borda da piscina enquanto
Ture continuava a nadar. Memórias surgiram quando ele pegava uma toalha. Mesmo agora, ele
podia ver Darling no dia em que se conheceram como pequenas crianças num playground.
Por causa de sua tenra idade, Maris estava enclausurado em Phrixus e não aprendeu
totalmente a língua universal. Por falar nisso, ele mal sabia andar. Um dia, ele era um anfíbio,
aprendendo sobre o seu próprio povo e as leis, e no próximo ele foi arrancado de seu mundo e
enviado a viver entre os seres humanos e suas estranhas regras exóticas. Regras que o confundiam
e assustavam.
Seu pai só impôs que o comportamento fosse rígido. Nos envergonhe ou nos traia e eu vou
cortar o seu coração e te alimentar com ele antes de você morrer. Uma palavra sua que viole
qualquer código humano ou costume, e você vai ser morto por isso.
O homem não estava brincando ou exagerando.
Com apenas cinco anos, Maris tinha medo de cometer um único erro.
E mesmo agora, tantos anos depois, ele viu os olhos redondos do Senhor Trustan quando ele
deu a Maris seu novo código de conduta. Você sequer respirar numa de nossas crianças, ou fizer
qualquer ato de violência contra qualquer ser humano, será mandado para casa, para seu pai, em
pedaços. Entendido?
O momento que Trustan disse essas palavras, seus próprios filhos entenderam que Maris era
um alvo fácil para o seu abuso.
E eles o sangravam bem por nenhuma outra razão senão que o seu povo esteve em guerra
com eles durante séculos.
Até o momento que era tempo da escola começar, Maris era um capacho bem usado que
não se atrevia a lutar por medo do que a sua família iria fazer por essa desonra, ou senão Trustan,
por esse assunto.
O filho mais velho de Trustan, Crispin, foi o único que o perseguiu em todo o pátio da escola
naquele dia fatídico. Enquanto Maris realmente não entendia os insultos que gritava, ele conhecia
a miséria de receber um soco e um bofetão enquanto era incapaz de contra-atacar.
Cansado disso tudo, ele estava orando pela morte, quando do nada um menino com a
metade do seu tamanho bateu em Crispin e o levou para longe Maris.
Como um herói mítico, Darling bateu no bastardo e disse que era melhor ele nunca tocar em
Maris novamente. Então ele se virou, sangrando e ferido, e estendeu a mão para Maris. ―Oi, eu
sou Darling Cruel. Devemos ser amigos.― Naquele baImento cardíaco, Maris tinha mergulhado
de cabeça, se apaixonando por ele. E ele estava assim desde então.
Ele nunca conheceu ninguém que chegasse perto da lealdade de Darling, bondade, ou o
espírito generoso.
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A Liga 07

Até Ture.
Por Zarya, ele colocou sua vida em risco, sem hesitação. Uma mulher que não era da família,
mas uma amiga que amou e colocou acima de si mesmo. Não havia muitas pessoas que fariam tal
coisa por qualquer um.
Não doía que Ture tivesse um dos corpos mais quentes que ele viu em algum tempo,
também. O melhor de tudo, Ture não se assustou com a singularidade de Maris.
Ture nadou até ele e corajosamente colocou a mão na borda da piscina, mesmo entre as
coxas ligeiramente entreabertas de Maris. ―Posso ainda te chamar um dia?
Não foi fácil de entender essas palavras quando uma fantasia passou por sua mente e deixou
seu cérebro desprovido de todo o fluxo de sangue. ―Hum, sim.
Gah, eu espero que eu apenas não prometa te comprar algo muito caro...
Ture se afastou e saiu da piscina ao lado dele. Ele pegou uma toalha e começou a secar o
cabelo. Uma mistura atraente de franzir a testa e um sorriso surgiu em seu rosto. ―Não é preciso
muito tempo para voltar, não é?
Maris olhou para seu tom carnal normal. ―Não. Poucos minutos depois de sair da água,
voltamos para a aparência humana.
―E quanto à transpiração? Faz você mudar?
Maris balançou a cabeça. ―Tem que ser completa submersão. O único perigo real de
exposições acidentais são chuvas torrenciais.
Ture pegou a mão na sua e examinou. ―Isso é tão legal. Dói quando você muda?
―Não. Nós nem sequer percebemos, realmente.
―Deve ser estranho, apesar de tudo.
―Como assim?
―A menos que você esteja com um Phrixian, você não pode tomar banho com o seu
amante.
Maris abriu um sorriso. ―Uma definida dificuldade no passado. Eu ofendi vários homens
assim.
Ture o levantou, em seguida abraçou. ―Obrigado por salvar minha vida... duas vezes.
Maris se obrigou a liberar Ture quando ele se afastou. Seu corpo duro e dolorido, ele
observou enquanto Ture se vestia.
Fome se instalou no fundo de seu estômago, mas ele tinha mais bom senso. Nada de bom
poderia vir de namorar Ture. Seria um erro gigantesco.
Suspirando, Maris tinha acabou de vestir sua camisa e casaco quando Darling entrou na sala.
Ele ofegou quando viu as calças molhadas de Maris.
Sua mandíbula afrouxou, ele rapidamente se virou para ver se Ture indo embora. ―O que
aconteceu?
Maris secava o cabelo com a toalha. ―Ele quase se afogou. Eu pulei para salvá-lo.
―Então Ture sabe?
Maris assentiu.
O que causou o franzir da testa de Darling. ―Você está bem, cara?

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Maris fez uma pausa enquanto pensava sobre a melhor forma de responder.
―Honestamente? Eu não sei. Ele realmente não reagiu a isso... o que é bom, eu acho.
Darling esboçou um sorriso maroto. ―Mas o mal?
Maris riu da capacidade de Darling lê-lo tão bem. ―Para a minha sanidade mental, sim. É
terrível.
―Por quê? Ele está disponível... Você está disponível.
Nem por isso e esse era o problema. Seu coração só queria amar um homem, Darling. ―Sim,
mas quando acabar, vai ser difícil de o ver sempre que estiver com Zarya. Eu gosto de ter
namorados que posso afastar e nunca mais colocar os olhos novamente. Você entende?
―Desde que a única namorada que eu já tive é a minha esposa, não realmente. Mas eu
respeito a sua decisão. Eu sempre faço.
―E é por isso que eu te amo.― Maris beijou Darling na bochecha, em seguida foi trocar as
calças.
Mas quando ele o deixou, seus pensamentos se voltaram para a única coisa que ele sempre
quis, mas nunca encontrou.
Alguém que estaria com ele para sempre. Uma pessoa que poderia manter o seu coração em
suas mãos e não o despedaçar.

Capítulo 5

Maris caminhou ao redor do quarto de Ture com um nó no estômago. Ele soube no início
que, tão logo Ture estivesse curado, ele voltaria para casa e ele não iria vê-lo, exceto por visitas
ocasionais a Zarya. E enquanto isso parecia aceitável para ele no momento...
Agora...
Ele realmente sentia falta dele e ele só tinha ido a uma semana. Mas foi a semana mais
longa da vida de Maris. Pior, ele sentiu como se algo estivesse faltando agora. Quanto isso era
triste?
Eu sou patético.
Honestamente, ele deveria sair daqui e encontrar o seu próprio lugar para morar. Darling
não precisava mais dele. Ele tinha Zarya agora e os dois passavam a maior parte de seu tempo
juntos. E era assim que deveria ser. O cônjuge de um homem deve ser seu foco principal.
Mas isso deixou Maris terrivelmente solitário. Ture tinha sido uma boa distração para ele.
Eles comeram juntos e conversavam sobre absolutamente nada por horas a fio. Assistindo velhos
filmes...
Maris suspirou melancolicamente. O único problema era que ele não tinha outro lugar para
ir. Ele estava morto para sua família. Por causa das diferenças entre as espécies e o fato de que ele
estava cansado a um nível assustador, ele realmente não tinha amigos, exceto pela Sentella, que
eram todos casados.
Não Hauk.
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Ele sorriu com o pensamento. Hauk era, provavelmente, a única pessoa que o fazia parecer
otimista em comparação. E enquanto ele adorava o gigantesco Andarion, eles eram muito
diferentes para sair numa base regular. Além de jogos e amigos em comum, eles não tinham nada
em comum.
Seu link tocou. Maris começou a ignorá-lo, mas assim que ele olhou para baixo, viu ID de
Ture. Um sorriso eclodiu antes que ele pudesse detê-lo.
Ele atendeu imediatamente.
Ture pigarreou. ―Hey... eu hum... como você está?
Maris sorriu ainda mais pela hesitação na voz de Ture. ―Tudo bem.― Sentindo sua falta
como um louco. Ele segurou a si mesmo antes de dizer isso em voz alta. Absolutamente nada de
bom pode vir de Ture sabendo quanto Maris ansiava por sua companhia. ―Como você está?
―Tudo bem.
Um súbito silêncio constrangedor encheu a linha quando Maris tentou pensar em algo meio
inteligente para dizer que não iria fazê-lo aparecer como um idiota apaixonado. ―Como está o seu
apartamento?
―Tudo bem.
Mais estranheza.
―Como está Zarya―, perguntou Ture.
Maris saiu do quarto e voltou para o seu próprio. Ele sabia Ture não podia vê-lo, a menos
que ele ligasse o sinal de vídeo, mas por alguma razão, pareceu estranho estar no quarto de Ture
enquanto conversava com ele. ―Ela está muito bem. Um pouco estressada pela magnitude de
planejar um casamento de estado para garantir a legitimidade do seu bebê, mas... ela está muito
melhor.
―Bom.
Maris mordeu o lábio. Ele não tinha ideia de por que isso era tão difícil. Eles nunca tiveram
dificuldade para falar um com o outro antes e ainda...
Isto é uma merda.
―Então, Mari, eu estava pensando... Eu sei o quanto você gosta de boa comida...
Ele se encolheu com medo de ter que estar com Ture num encontro.
―Hoje à noite, o especial no meu restaurante é Lasca de Oryan. Desde que eu sei que é um
de seus pratos favoritos e você gosta de comer aqui, eu queria te avisar. Se você estiver
interessado, posso reservar uma mesa para você. É a nossa noite mais movimentada e eu não vou
ser capaz de dizer mais do que um Olá de passagem enquanto você janta, mas eu tenho que dizer
que eu faço o melhor nos Nove Mundos. Você vai chorar por sua mãe por quanto ele é bom, e eu
vou te estragar para sempre de comer o de qualquer outro.
Maris riu de um convite que não podia recusar. ―Claro,― ele disse antes que pudesse se
conter. ―Eu adoraria ver se você é metade do chefe você diz ser.
―Oh, pequeno, eu sou melhor.
Maris puxou sua respiração no carinho. Ele não sabia por que, mas o som do sotaque de
Ture quando ele era irreverente e doce...
Enchia sua boca de água.
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―Então, a que horas devo esperar você,― Ture perguntou.


―Oito?
―Perfeito. Eu estou entrando agora. Eles terão a mesa pronta para você quando você
chegar aqui. Basta dar o seu nome.
―Obrigado. Eu realmente aprecio isso.
―Não tem problema. Até mais tarde.
Maris desligou, em seguida, colocou o link em seu bolso e verificou o tempo.
Tudo bem, eu tenho seis horas. Era melhor ele começar a se vestir agora ou estaria atrasado.

Maris hesitou quando viu a longa fila de pessoas esperando para entrar no restaurante onde
trabalhava Ture. Mas então, sempre foi assim. Ele sabia de suas visitas anteriores que Ture era um
grande chef. Tanto é assim que levou quase meia hora só para chegar ao maitre parado.
O homem nem sequer olhou para cima a partir de seu e-livro. ―Nome de reserva?
― Maris Sulle.
―Com um S?
―Sim.
Com um esnobismo fulminante que faria um dos senadores de Darling orgulhosos, o homem
olhou por cima do livro. ―Sinto muito.― A falsa pena anulada quando ele finalmente olhou para
cima e varreu Maris com um arrogante frisar de lábios que dizia suspeitar que Maris estava
menIndo sobre ter uma reserva. ―Não há Sulle. Existe outro nome?
Maris engolido como constrangimento o enchendo, e ele odiava o homem por o fazer sentir
isso na frente de tantas pessoas.
Se ele tivesse enganado a noite? Ou Ture se esqueceu de o adicionar, depois de tudo?
―Você poderia verificar de novo?
O maitre olhou com um sorriso de escárnio, arrogante mesmo. ―Eu sou altamente
alfabetizado... em vários idiomas. Seu nome não está aqui.
Maris foi para o seu próprio ciclo de esnobismo de nobreza militar. A única coisa sobre a sua
nobre e guerreira família... nenhum não aristocrata nunca condescendeu com eles.
Pelo menos não se queria manter seus testículos preso ao seu corpo.
―Como eu sou. Talvez seja debaixo de um dos meus títulos. Príncipe ou embaixador?
Isso baixou o filho da puta um pouco. ―Hum... não, Alteza. Eu ainda não vejo você na lista.
Sinto muito.― Desta vez, pelo menos, havia um mínimo de sinceridade para essa palavra.
―Obrigado.― Mesmo que ele se senIsse extremamente puto, Maris reuniu o pouco de
dignidade que pôde e se virou para sair.
Quando ele chegou à porta, alguém tocou em seu braço. Ele se virou para encontrar uma
pequena mulher grávida que mal chegava ao meio do seu peito.
―Você é Maris, meu senhor?
Ainda consciente das faces presunçosas, de quem viu a sua humilhação olhando de soslaio,
ele deu um breve aceno de cabeça.

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Ela soltou um suspiro exasperado. ―Eu sabia disso quando eu o vi! Você parece exatamente
como Ture descreveu. Eu sinto muito, Bertram é um imbecil. Por favor, venha comigo. Ture
perguntou e perguntou a noite toda se você já estava aqui.
Com essas poucas palavras, ela o fez senIr imediatamente melhor. ―Depois de você,
madame.
Ela sorriu e se virou para o levar de volta para o restaurante.
―Desculpe-me?― Bertram estalou quando começaram a passar por sua mesa. ―Onde você
pensa que vai?
Ela olhou para ele com um sorriso arIficial. ― Com sorte, salvar o seu trabalho e sua bunda
estúpida. Em vez de mostrar essa atitude, você devia estar dizendo, obrigado.
Cor encheu suas bochechas.
Ela contornou Bertram para mostrar a nota manuscrita que estava pregada no suporte.
Soltando-a, ela bateu contra o peito dele e deixou pendurada. ―Senhor Maris é um amigo de
Ture, seu idiota. Ele teria mastigado seu traseiro como sobremesa se eu não tivesse saído do
banheiro a tempo de avistar o homem que ele disse para todos nós mantermos os nossos olhos
abertos. Se lembra da reunião?
Consideravelmente pálido, ele olhou para o papel, então Maris. ―Eu sou tão incrivelmente
arrependido. Eu... eu ... eu ...
―Mantenha a compostura,― ela disse, ―então nos encontre quando você finalmente tiver
um pensamento inteligente de novo.― Ela voltou para Maris com um sorriso sincero amigável.
―Por favor, meu senhor, venha comigo.
Maris ofereceu o braço.
Ela o pegou e o levou para restaurante e, em seguida para sua completa confusão, pelas
portas duplas e para a área de cozinha comercial. Realmente desconfortável, ele abrandou.
Sem uma palavra, ela o puxou para um canto na parte traseira, onde a mesa estava posta
ainda melhor do que as de sua clientela. Ela puxou uma cadeira acolchoada para ele. ―Anachelle
é meu nome. O que posso trazer para você beber, meu senhor?
Portanto, esta era a mulher que Ture tinha recolhido. Como Ture previra, Maris entendia
agora porque Ture era tão gentil com ela. Algo nela era muito gentil e doce, e não foi só porque
ela corajosamente salvou seu ego. ―O vinho seco da casa.
―Muito bom, meu senhor. Eu estarei de volta.
Ainda desconfortável, Maris assumiu seu porte aristocrático integral quando notou o
número de olhares curiosos que recebeu da equipe que trabalhava enquanto Ture estava longe de
ser visto.
Isso era realmente estranho.
Talvez ele devesse ter ficado em casa...

Ture ficou completamente paralisado quando ele saiu do congelador e finalmente viu o
rosto que ele estava morrendo de vontade de ver por dias. Ele estava agitado e nervoso desde o
momento que Maris aceitou o seu convite.
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Agora Maris estava aqui...


E ele era ainda mais bonito do que ele se lembrava.
Ture engoliu em seco enquanto admirava a aparência de Maris. Vestido com um terno preto
caro, que era muito mais conservador do que o homem o usando, Maris era o mesmo
comandante militar rígido que o resgatou. Sangrava total masculinidade e ferocidade. Confiança e
elegância.
A palavra sexy era um eufemismo, quando aplicada a um homem como ele.
―Mari?
Ele se virou com porte aristocrático completo e ficou lentamente de pé. ―Ture.― Ele
inclinou a cabeça para ele.
Confuso por ele manter uma rígida formalidade, Ture franziu a testa quando ele reduziu a
distância entre eles. ―Tem alguma coisa errada?
Mantendo uma distância respeitosa e insuportável, Maris se inclinou ligeiramente para
sussurrar em seu ouvido. ―Eu não sei quão fora você está, e eu não quero trazer problemas no
trabalho com seu chefe.
Essa foi à coisa mais amável que alguém já disse ou fez por ele em sua vida. E explicou a
roupa conservadora, que abraçava o corpo magro e musculoso. E agora que Ture pensava sobre
isso, parecia que Maris emprestou as roupas sombrias de Darling.
Naquele momento, Ture sabia que ele estava definitivamente apaixonado por esse homem.
Mesmo que ele mal o conhecesse.
Sorrindo, ele virou a cabeça e capturou os lábios de Maris com os seus para um beijo
carinhoso antes que Maris se afastasse ―Todos sabem onde está o meu gosto, docinho. Quanto
ao outro? Eu mando no meu próprio restaurante e enquanto eu fico chateado comigo mesmo por
inumerável razões, você não é definitivamente uma delas.
Maris devolveu o sorriso e visivelmente relaxou. ―Oh. Desculpe. Eu não tive a intenção de
insultá-lo ou presumir nada. Do seu jeito de falar sobre isso, eu pensei que você só trabalhava
aqui.
Era verdade. Ele fazia. ―Força do hábito. Comecei como um cozinheiro e o comprei do
antigo proprietário há três anos.
―Ah.
Anachelle voltou com o vinho e o serviu.
Ture franziu o cenho para ela. ―O que foi que eu disse, senhorita?
Ela recuou com um olhar culpado. ―Eu Ive que ir ao banheiro. Sinto muito.― Ela fugiu para
o canto onde outra cadeira acolchoada foi posta. ―Além disso, estamos muito ocupados. Eu
deveria estar lá fora ajudando.
Maris observou que Anachelle não fez nenhuma menção a Ture sobre Bertram e o que ele
fez. Dizia muito sobre seu caráter que ela o manteve para si mesma, e não procurou prejudicar
alguém que era obviamente cruel por natureza.
―E eu não quero que você coloque em risco o bebê. Dobre guardanapos!

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A Liga 07

―Sim, senhor.― Bufando, ela obedientemente pegou o carro ao seu lado e puxou um
guardanapo de Borgonha para baixo para que ela pudesse transformá-lo em uma forma intrincada
de estrela. Ela o colocou em um recipiente de plástico com outras criações parecidas.
Maris sorriu para a bondade de Ture. ―Eu nunca vi você mandão antes.
―Você não é o único que pode ser dominante.― Ele torceu o nariz de brincadeira.
―Gostaria de ver um menu?
―Sua casa. Suas regras. Eu vou comer qualquer coisa, contanto que não seja crianças
pequenas, bebês ou roedores.
Ture apertou seu braço. ―Tudo bem. Uma porção de aperitivo misterioso chegando.
Quando Ture se dirigiu para a área principal de cozinha, Maris se voltou para Anachelle que
o observava com curiosidade. ―Tem alguma coisa errada?
―Não. Eu gosto de você muito mais do que seu último namorado. Ele era um idiota total, eu
acho o que é por isso que se passou tanto tempo desde a última vez que Ture trouxe alguém. E eu
quero dizer M-U-I-T-O tempo. Você parece muito doce.
Okay... Ele não tinha certeza do que fazer com ela ou aquele comentário. ―Eu não sou seu
namorado. Somos apenas amigos.
―Se você diz.
―Você não acredita em mim?
Ela pegou outro guardanapo. ―Eu vejo como vocês dois se entreolham. Mesmo aqui, eu
estou um pouco chamuscada.
Maris não sabia o porquê, mas ele realmente gostava dela. ―Aqui... ― Ele moveu a cadeira
para perto da mesa, em seguida, posicionou a sua para que ela pudesse colocar os pés para cima
em sua coxa. ―É preciso mantê-los elevados ou eles vão inchar.
Ela arqueou uma sobrancelha para ele. ―Conhece um monte de mulheres grávidas, não é?
―A esposa do meu melhor amigo está esperando, então eu fiz meu dever de casa para o
manter são e Zarya de fazer algo estúpido.
Seu rosto se iluminou ao ouvir o nome. ―Zarya Starska?
―Você a conhece?― Maris perguntou, surpreso com seu entusiasmo.
―Oh, eu a amo e adoro! Ela costumava vir e comer todo o tempo. Esta mesa foi realmente
colocada aqui só para ela... Como está minha menina? Eu não a vejo faz muito tempo. Eu sinto
falta dela. Ela está realmente grávida?
―Tudo bem, e sim.
Ela riu de suas respostas simples para sua divagação caótica. ―Bem, então está resolvido.
Você deve ser gente boa por Zarya gostar de você. Ela confia em muito poucos.
―Ela fala muito de você, também. ― Maris removeu seus sapatos, então bebericava seu
vinho ao mesmo tempo que massageava seus pés. ―Para quando é o seu bebê?
―Mais um mês.
―Menino ou menina?
Seu sorriso desapareceu. ―Menino.
Maris franziu o cenho para seu tom de voz triste. ―Você e o pai devem estar animados.

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A Liga 07

Ela cerrou os dentes enquanto seus olhos escureceram de raiva. ―Seu pai é um homem
casado que correu de volta para sua esposa e bloqueou minhas ligações no momento em que
descobriu que estava grávida.
Ele estremeceu com a crueldade. ―Oh, querida, eu sinto muito. Em nome da espécie
masculina, eu gostaria de bater exaustivamente nesse estúpido por ser um filho da puta.
―Obrigado, meu senhor.
―Por favor, me chame de Maris ou Mari.
Ture se aproximou com uma expressão divertida quando ele avistou seus pés nas mãos de
Maris. ―Vocês dois estão bastante confortáveis?
Suas bochechas coraram. ―Maris fez isso.
Maris engasgou indignado por sua exclamação rápida. ―Acabei de ser atropelado por um
ônibus? Espero que alguém tenha o número de série do mesmo.
Sorrindo, Ture pôs um prato de queijos regado com molho e um prato separado de
biscoitos. ―Nem um pouco. Eu gosto de ver alguém cuidando da minha menina. Alguém precisa.
Anachelle fez um som de extrema irritação. ―Ele acha que eu sou um cão vadio. Ele até me
levou para viver no apartamento dele até depois do bebê nascer.
―Eu nunca pensei que você fosse um cão vadio, doçura. Você anda sem sorte, o que
infelizmente, acontece com todos nós em algum momento. ―Ture serviu mais vinho para Maris.
Em seguida, ele indicou a pasta numa Igela pequena no prato biscoito. ―Esse é um patê com
amêndoas e gixon. Se você não gostar dele, me diga e eu posso pegar outra coisa.
―Ele parece e cheira delicioso.
Ture tirou vários pacotes pequenos de seu bolso para Maris usar para higienizar as mãos.
―Eu mesmo estou fazendo suas Lascas de Oryan, então é melhor eu voltar para elas antes que
queimem.
Assim que ele se foi, Anachelle se inclinou para sussurrar. ―É realmente o melhor que você
jamais vai provar, mas não alimente o ego de Ture. Ele é arrogante o suficiente sobre suas
habilidades culinárias.
Tão logo Maris provou o patê, ele entendeu o porquê. ―Oh meu Deus, isso é fabuloso!― Ele
encheu um biscoito para Anachelle. ―Você gostaria de um pouco?
―Grávida e com fome o tempo todo... Com certeza. Obrigado.― Ela o pegou e alcançou a
garrafa de água que estava perto dos guardanapos. ―Então o que você faz para ganhar a vida,
meu... Maris.
Ele sorriu de sua quase escorregada. ―Eu sou o embaixador Andarion para o Império Caron.
Ela fez uma careta. ―Você não deveria realmente ser um Andarion para isso?
Ele riu de sua confusão, o que era a reação típica de todos que ele conhecia.
―Normalmente. Mas o príncipe Andarion é um bom amigo do meu melhor amigo. Ele me
atribuído aqui antes da morte do Grande Conselho para garantir a segurança da família real de
verdade.
Ela ficou pálida. ―Seu melhor amigo é Darling Cruel? O bastardo estúpido que acaba de nos
lançar numa guerra contra a Liga?

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Maris enrijeceu com as palavras que normalmente o mandava para um frenesi assassino. Só
não contra as mulheres grávidas. ―Darling é um dos homens mais inteligentes que já nasceu. Um
pouco cabeça quente, é verdade, mas nunca estúpido. Nem ele é arrogante com a vida de
ninguém. E eu estava lá quando tudo aconteceu. A Liga começou esta guerra prendendo Zarya.
Queriam a manter na prisão, juntamente com Ture, e uma série de outros cidadãos Caronese.
Darling é a única razão por eles estarem vivos hoje.
―E eu vou confirmar isso.― Ture pôs um prato na frente de Maris. Ele falou com Anachelle.
―Você sabe que eu não tinha nenhum amor pela família real. Isso definitivamente mudou quando
Darling, ele mesmo, junto com Maris entraram na minha cela e libertaram a mim e a Zarya. Não
sei de nenhum outro imperador que teria feito isso por alguém. E ele tinha a intenção de partir em
paz. Mas a Liga não permitiu que ele fizesse isso. Eu apoio o nosso imperador e vou fazê-lo até o
dia em que eu morrer.
Maris arqueou uma sobrancelha com as palavras de Ture.
Ture encontrou seu olhar. ―Nunca me esqueço de dívidas de sangue. Eu tive muitas pessoas
tentando me machucar para desperdiçar a decência de quem protege a minha bunda. ―Ele se
inclinou para sussurrar no ouvido de Maris. ―Eu sou tão leal aos amigos e familiares como você é.
Essas palavras, combinadas com a sua proximidade, deixaram Maris em chamas novamente.
Ture apertou sua mão, em seguida os deixou para que ele pudesse voltar a trabalhar.
Maris voltou sua atenção para Anachelle.
Ela levantou as mãos em sinal de rendição. ―Eu confio em Ture e como ele disse, eu me
lembro bem de quantas vezes ele e Zarya queriam a cabeça do nosso nobre líder. Se você pode
convertê-los, então eu vou me submeter a vocês três. Obviamente, há muito sobre o imperador
eu não sei, e eu sou sábia o suficiente para perceber isso ao invés de que confiar na mídia e suas
mentiras disfarçadas.
―Boa mulher. Porque Darling é uma das poucas pessoas que eu mataria ou morreria.― Ele
provou sua comida enquanto ela voltou a dobrar guardanapos.
Seus olhos se arregalaram como o sabor salgado batendo com força total. Ture tinha um
dom definitivo.
―Eu disse... ― Ela o brindou com um sorriso brilhante. ―Ture é um deus na cozinha. É por
isso que eles estão alinhados em fila para entrar.
―Como ele faz isso?
Ela encolheu os ombros. ―O coisa mesquinha não vai compartilhar essa informação. Mas eu
já vi muitos homens e mulheres, de baixa e de alta linhagem, implorando para casar com ele só
pelos seus pratos de massa.
Divertido com a anedota, Maris viu Ture. Ele era tão feroz e organizado como um
comandante de batalha enquanto verificava a temperatura dos alimentos, preparação,
apresentação, e mil outras coisas que deixaram a cabeça de Maris cambaleando. Era realmente
um feito impressionante. Ture se movia como um dançarino num ballet. Gracioso e bem-
humorado. Sempre que alguém tinha um problema, Ture se movia para o ajudar sorrindo
novamente. Da mesma forma, ele entrou em cena para resolver disputas entre seus
trabalhadores. Durante todo o tempo mantendo um temperamento jovial.
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A Liga 07

Verdadeiramente, verdadeiramente impressionante.


E era óbvio que este restaurante era tudo para Ture. Era aqui que ele estava vivo. A
felicidade brilhava nos seus olhos e mesmo que ele se esgotasse, Ture tinha um passo leve e fácil.
Maris mal terminou o jantar quando Ture voltou com duas sobremesas exuberantes. Uma
delas era uma montanha de delícias de chocolate fumegante para Maris e um morango e creme
parfait4 para Anachelle cujo rosto inteiro acendeu quando o viu.
―Eu te amo, Ture. Se case comigo!― Ela riu enquanto pegava uma colher e pegava um
pedaço.
Voltando a rir, Ture beijou na bochecha. ―Se eu andasse nessa linha, querida, eu faria.
Ela suspirou. ―Por que todos os homens bons são gays ou estão mortos?
―Ou são casados?― Maris perguntou sem pensar. Ele se encolheu quando ela fez uma
careta para ele, e ele percebeu o quão insensível foi para dizer isso para ela. ―Sinto muito.
Esqueci.
―Está tudo bem. Eu era a idiota que dormiu com ele. Eu nunca teria feito se soubesse que
ele tinha uma esposa em casa. Isso é o que eu recebo por pensar que alguém teria a integridade
para não mentir sobre seu estado civil.
Maris engoliu sua comida. ―Alguns de nós fazemos.
―Sim, mas não é suficiente.
Ele segurou seu copo de vinho para ela. ―Eu concordo plenamente. Eu Ive meu coração
esculpido vezes suficientes para saber do que você fala.
―Sim... homens estúpidos.
―Mas não todos.― Maris piscou para ela.
―A presente companhia e os deuses da comida que me trazem doces estão sempre
excluídos.― Ela cavou novamente com uma alegre avidez.
Assim que eles terminaram, Anachelle se levantou para tomar o seu prato. Ture apareceu do
nada para ralhar com ela. Tirando de suas mãos, ele os levou para a pia.
Suspirando, ela deu Maris um olhar diverIdo. ―Eu me sinto como uma inválida.
―Eu acho que ele está se vingando em você pelo jeito que eu o tratei, enquanto ele estava
ferido.
Ela se sentou. ―Sério?
―Sim, é verdade. Eu não o deixava levantar qualquer coisa. Fiquei muito exigente.
―Ele era muito chato de uma forma muito doce e preciosa.― Ture serviu um copo de vinho
de sobremesa.
Maris franziu o cenho. ―Você está tentando me embebedar?
―Depende... será que funciona?
Maris sorriu. ―Sinto muito. Eu conheço meus limites e eu nunca chego perto deles.

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A Liga 07

―É uma pena. Mas isso não vai. É muito pouco alcoólico e aumenta o sabor do chocolate.
Experimente.
Anachelle pegou outro guardanapo. ―Você deveria. Ele está sempre certo sobre comida...
Pessoas, nem tanto.― Ela pegou seu suco da mão de Ture. ―Obrigado, chefe.
―De nada.― Ele correu de volta para apagar um incêndio.
Literalmente.
Maris começou a se levantar, mas Anachelle o deteve.
―Não se preocupe. Acontece muito com os novos chefs. Ture só fica maluco quando pega
alguém pegando fogo.
―Alguém?
―Cozinhar pode ser mortal.
Depois de alguns minutos, Ture voltou para a mesa. ―Eu estava certo sobre o vinho, ou eu
estava errado?
―Sim, você estava. Sobre tudo. Sinceramente, tenho que dizer que foi a melhor refeição
que eu já comi. Muito obrigado por isso.
Ture sorriu.
Anachelle fez uma careta e soltou um gemido audível. ―Ah não, você alimentou o animal.
Mari? Como você pode me trair assim? Eu tenho que viver com esse ego enorme que já ocupa
metade do apartamento!
Ture revirou os olhos. ―Você precisa ir para casa e dormir um pouco por mim.
―Eu ainda tenho mais uma hora para bater o ponto.
―Não se preocupe com isso. Dirija antes do tráfego aumentar.
Ela sorriu para Maris. ―Caramba, eu deveria ter ficado grávida de um filho da puta idiota há
muito tempo.― Se levantando, ela parou ao lado de Ture e beijou sua bochecha. ―Eu te vejo mais
tarde.
Ture atirou a toalha em sua mão por cima do ombro, em seguida se virou para Maris.
―Há quanto tempo vocês são amigos?― Maris perguntou.
―Uns bons cinco anos. Ela é um anjo, mas o pai do bebê é o filho de um senador. Eu não sei
qual. Aquele desgraçado fez sua vida um inferno. Ele a expulsou de seu antigo apartamento e vem
causando todos os tipos de problemas para ela.
―Por quê?
―Ele quer que ela deixe o planeta e desapareça. Meu medo é que ele poderia tê-la matado.
Maris viu tudo vermelho por isso. ―Você quer movê-la para o palácio por segurança?
Ture se encolheu. ―Eu odiaria impor.
―Eu posso falar por Darling. O lugar é grande o suficiente, ninguém sequer saberá que ela
está lá. E ele iria estender o convite ele mesmo se estivesse aqui, especialmente tendo em conta
que é um membro de uma das famílias da ADC que a está assediando.
Ture amou a proteção tanto de Maris como de Darling com as pessoas ao seu redor, até
mesmo estranhos. ―Eu posso perguntar a ela, mas nós, os plebeus somos um pouco intimidados
pelos lugares que você frequenta tão naturalmente.

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Maris sorriu. ―Eu não sei do que você está falando. Não vejo nada de comum em você, ou
Anachelle.
Ture sorriu com o elogio inesperado. Era por isso que ele amava Maris tanto. Não importa o
que ele dissesse ou fizesse, o homem fazia ele se sentir especial e confortável.
Seguro e protegido.
Querido.
Coisas que ele não sentia desde que ele tinha dezessete anos e seu pai o pegou beijando seu
primeiro namorado e o jogado para fora da casa.
Você é nojento! Vá para o inferno! Eu não posso acreditar que eu enterrei a minha filha e não
você! Saia. Eu espero que você morra de uma infecção antes que qualquer dos meus amigos
descubra sobre você!
Até hoje, nenhum dos seus pais falava com ele. E a brutalidade fria de suas ações era nada
comparado com as palavras que tinham dito, essas ainda estavam marcadas em sua alma.
A pior parte? Seus pais haviam chamado a mãe e o pai de seu namorado para contar, e em
retaliação seu namorado o tinha espancado por isso. Ture ainda tinha a cicatriz na bochecha
esquerda do anel de formatura de seu namorado, que rasgou seu rosto enquanto Devilyn chovia
socos no rosto de Ture.
Mas isso foi há muito tempo e ele se recusava a pensar mais nisso.
Maris se levantou e olhou em volta, sem jeito. ―Quanto devo pela comida?
―Sem nenhum custo, amor. Meu presente de agradecimento a você. Por tudo.
―Obrigado, então.― Maris hesitou. ―Eu acho que eu deveria deixá-lo para você trabalhar.
―Eu prefiro que você fique.
Maris engoliu em seco ao ouvir as palavras que significam muito mais para ele do que
deveriam. Você precisa ir.
Mas ele realmente não queria. ―Você tem certeza?
Ele acenou com a cabeça. ―Estamos abertos apenas por mais 30 minutos, de qualquer
maneira.
―Então eu vou esperar aqui.
Ture adorava a maneira como Maris expressava as coisas. Ele era tão correto e ainda
extravagante e divertido de estar ao redor. Parte disso provinha do fato que ele ainda não era de
todo fluente em Universal, e parte eram que ele gostava de manter os outros desestabilizados,
onde lhe dizia respeito. ―Na verdade, você provavelmente estaria mais confortável em meu
escritório, enquanto nós fechamos. Tentei conseguir que Ana o usasse, mas ela tem uma aversão
estranha. Ela tem medo que o resto do pessoal vai odiá-la por seu tratamento especial.― Ture
levou para a sala nos fundos, que era decorada com uma pequena mesa coberta de papéis, um
monitor de parede e um confortável sofá de couro. ―Você não tem que ficar aqui, mas é onde eu
passo grande parte do meu tempo.
Maris vez uma breve reverência. ―Então eu vou estar aqui quando você terminar.
Ture se virou, então girou tão rápido que Maris mal percebeu que ele fez isso. Antes que ele
pudesse reagir, Ture o puxou em seus braços e beijou com uma paixão que fez sua cabeça girar.

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A Liga 07

Maris rosnou no fundo de sua garganta, enquanto ele passava os braços ao redor do corpo
esbelto de Ture e o abraçava. Ele ansiava pelo amigo de Zarya muito mais do que deveria. Muito
mais do que fazia qualquer tipo de sentido para ele.
Ture deslizou a mão pelas costas de Maris e pressionou seus quadris contra os dele, até que
ele sentiu que de fato Ture estava tão duro por ele, quando ele estava por Ture.
Droga.
Por que o seu corpo, por uma vez, não ouvia o seu cérebro?
―Isso é um erro,― ele respirou contra os lábios de Ture. Ele sabia disso com cada parte de si
mesmo.
Passando a mão no cabelo de Maris, Ture brincou com o lóbulo da orelha com a língua,
enviando ainda mais calafrios sobre seu corpo. ―Eu juro para você, Mari... Eu não iria nunca ser o
seu erro. Me deixe dar o amor que você merece.
Essas palavras se esculpiram em seu coração e queimaram com uma dor indescritível.
Querendo acreditar em Ture, apesar de um passado que o ensinou a não confiar, Maris
encontrou seu olhar e viu a sinceridade ali estampada. Ele podia confiar nela? ―Ture... Eu não
posso mais ser ferido. Estou cansado disso.― Apertando os dentes, ele estremeceu com as
memórias ruins que marcavam sua alma profundamente. ―Veja, aqui está o que vai acontecer se
enredarmos nossas vidas. Você vai me dizer que não se incomoda que eu estou apaixonado por
um homem hetero, pensando que você pode tirar Darling do meu coração e da minha vida. Por
alguns dias, semanas ou meses, vamos nos divertir. Mas depois de algum tempo você vai começar
a ficar irritado quando Darling ligar e eu for, não importa o que está acontecendo ou quão nu
estamos. Então um dia ou uma noite, eu vou chamar você de darling5 e você não vai saber se é um
carinho ou se eu estou fingindo que você é ele. Então você vai começar a me odiar e isso vai
acabar mal. É sempre assim.
Ture fez uma careta para ele. ―Santo Deus, Mari, que Ipo de idiotas inseguros que você
namorou?
Ele riu amargamente. ―Eles não são inseguros até eles me namorarem.
Ture pressionou a testa contra a de Maris de uma forma similar a como Maris fazia com
Darling, às vezes. ―Sim, eles eram. Porque eu posso jurar que eu nunca vou ter ciúmes do seu
amor por Darling. É a lealdade e o amor que você tem por ele que eu aprecio. Mostra a verdadeira
profundidade do seu caráter e coração, que você pode estar lá para ele, sem dúvida ou hesitação,
quando não há nada mais a ser ganho com isso do que amizade platônica. ―Ele beijou a testa de
Maris. ―Eu não quero tirar Darling do seu coração ou substituí-lo de forma alguma. Eu só quero
compartilhar você às vezes. Acredite em mim, eu entendo divisão e obrigações pesadas.
Ainda assim, Maris estava inseguro. ―Você diz isso agora, mas...
―Eu vou dizer isso amanhã, também.― Ele pegou a mão de Maris na sua e a levou para sua
virilha, para que ele pudesse pressioná-la contra seu pau duro. Seus olhos cinzentos queimaram
Maris profundamente com seu amor e sinceridade. ―Basta pensar nisso, Mari. Confie em mim. Se
você ainda estiver aqui, quando eu fechar, então eu posso te prometer uma noite que você não

5
Darling quer dizer querido, por isso o comentário de Maris.
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A Liga 07

vai esquecer tão cedo. E se você partir... Vou ficar de coração partido. Mas eu vou entender e
poderemos continuar como nada mais do que amigos civilizados, platônicos.
Yeah, mas como Ture, ele queria mais. Ele desejava o mesmo conto de fadas que Darling
compartilhava com Zarya. Ter aquela pessoa em sua vida, com quem ele podia contar. Ir dormir e
acordar nos braços de alguém que iria envelhecer com ele. Alguém que ele podia confiar que não
o machucaria ou julgaria pelas coisas que ele não poderia evitar.
Alguém que o aceitasse, com falhas e tudo.
Talvez sua família tivesse razão. Talvez ele não merecesse nada.
Ainda assim, ele esperava.
E ele se odiava por isso.
Rezando para que ele não estivesse prestes a fazer outro terrível engano, Maris assentiu.
Ture pressionou o rosto contra o cabelo de Maris, para que ele pudesse inalar o cheiro dele.
―Eu não vou te machucar, Mari. Meu coração está com cicatrizes e em pedaços também. Eu não
confio de ânimo leve, mas eu quero confiar em você.
Essas palavras trouxeram lágrimas aos seus olhos. Ele segurou o rosto de Ture na palma da
mão. ―Eu vou estar aqui. Esperando.
―Então eu vou fechar rapidamente... antes de você mude de ideia.― Ele deu um beijo leve,
em seguida se afastou.

Aterrorizado de Maris se cansar e ir embora, Ture correu para fechar e deixar tudo limpo e
liberado para que seu povo pudesse ir para casa e ele pudesse estar com Maris. Mas por alguma
razão estúpida, levou o dobro do tempo para fazer a tarefa mais simples.
Por favor não parta, Mari...
Maldito o destino, por conspirar contra mim.
No momento em que ele retornou ao seu escritório para fazer o último pedaço de papelada,
ele teve uma sensação de mal estar na boca do estômago que era tarde demais.
Evaporou o minuto em que ele abriu a porta e encontrou Maris dormindo em seu sofá. Um
lento sorriso se espalhou pelo rosto de Ture quando notou como Mari parecia jovem e doce. Suas
longas pernas estavam dobradas, e ainda assim elas pendiam sobre a borda do sofá. Ele tirou o
paletó e o usou como um cobertor improvisado, enquanto tinha a cabeça apoiada em seu braço.
Nunca viu Maris mais à vontade.
Ou, mais delicioso.
A necessidade de passar a mão sobre aquela visão deliciosa era tão irresistível que ele não
tinha certeza de como ele conseguiu. Mas ele não queria o perturbar até que ele pudesse dar a
Maris toda a sua atenção. Silenciosamente, ele se dirigiu para sua mesa. Mas no instante em que
ele se moveu, Maris disparou do sofá numa pose letal.
Ele relaxou assim que seu olhar focou em Ture. ―Sinto muito. Eu deveria tê-lo avisado que
eu tenho um sono leve.
Sem brincadeira. Alguém que despertava como um soldado, pronto para a batalha.

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A Liga 07

Ture arquivou aquilo como um aviso para não fazer nenhum movimento súbito enquanto
Maris dormia. ―Não tem problema. Eu tenho um pouco de papelada para terminar aqui, e eu não
queria te perturbar.
Maris pegou o casaco do chão. ―Você precisa que eu saia?
―Não.― Ture corou quando percebeu o quão rápido e contundente que a resposta saiu.
―Quero dizer...
Maris cortou suas palavras com uma risada. ―Por que estamos tão nervosos um ao redor do
outro? Eu não dançava em torno de um homem assim, desde os dias que antecederam eu dizer a
Darling que era gay, e eu estava com medo que ele descobrisse e me odiasse.
Porque eu nunca estive apaixonado com um homem assim antes...
Ture mal segurou essas palavras. Elas eram a verdade. Ele tinha uma fome por Maris
diferente de tudo que ele já conheceu. Mas era muito cedo para dizer isso a ele. ―Eu não sei. Eu
acho que é a sua aura feroz que me intimida.
―Minha aura feroz?
Ture assenIu. ―É como estar na mesma sala com uma besta selvagem exótico. Você é
elegante e bonito. Cada movimento é uma sinfonia de graça. E, ao mesmo tempo, eu sei como
você pode facilmente tomar uma vida e não piscar. Quão rapidamente você pode se transformar
num assassino sanguinário.
―Eu não sou sanguinário.
Ture fechou a distância entre eles para endireitar as dobras na camisa de Maris. ―Mas eu vi
você matar sem remorsos. E eu tive uma série de pessoas más que me machucaram. Então... sim,
você me deixa nervoso. Eu não quero que você tenha algum mau de flashback e me mate.
Ele segurou o rosto de Ture na palma da mão enquanto aqueles olhos escuros o queimaram
com a sua intensidade. ―Eu nunca iria te machucar, Ture.― Maris baixou os lábios nos dele e deu
o beijo mais doce que ele já conheceu.
Ture fechou os olhos e saboreou ser segurado novamente. Como ele esperava que isto não
fosse o erro que Maris temia que fosse. ―Acho que minha papelada pode esperar.
Maris se afastou com uma risada profunda, doce. ―O trabalho em primeiro lugar. Eu ainda
vou estar aqui e eu ainda vou estar duro por você.
Sua sobrancelha se levantou pela última parte. Foi tão fora do seu personagem afetado e
apropriado para o soldado-estadista.
Maris beijou sua testa e deu um passo para trás, em seguida empurrou gentilmente Ture em
direção à sua mesa. ―Quanto mais rápido você conseguir terminar...
Mais rápido que ele poderia comer o que ele ansiava por mais.
Mordendo o lábio, Ture foi lançar a receita e o lote de comprovante de crédito, além
colocava novos pedidos para a manhã. Durante todo o tempo, seu olhar continuou desviando para
Maris, que estava sentado no sofá com seu link em suas mãos. ―O que você está fazendo?
Um adorável sorriso curvou seus lábios. ―Eu sou um jogador feroz. Agora mesmo, eu estou
massacrando Hauk, que está jogando contra mim.
Isso o surpreendeu. Ele nunca teria imaginado Maris era um daqueles. ―Você joga?

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A Liga 07

Maris encolheu os ombros. ―Era parte de nossa formação, quando eu era um soldado,
enquanto eu não aprecio uma morte real, a contagem de corpos falsos me entreter imensamente.
―Eu nunca teria pensado isso de vocês.
―Eu sei, certo? Debaixo de toda essa montanha de sensualidade incrível bate o coração de
uma criança.
Ture riu da imagem em sua cabeça. Uma parte dele invejado Darling pelo longo passado que
ele Ivera com Maris. ―Como você era quando criança?
―Deprimido. Irritadiço. Temperamental... Realmente não mudei, agora que penso nisso.
―Eu não classificaria você como deprimido ou temperamental.
Maris esboçou um sorriso. ―Nenhum repudio ao irritadiço. Notável.
Ture riu novamente. ―Você não é irritadiço, Mari.
―Espere. Você não me viu na parte da manhã. Eu asseguro, eu tenho TPM até duas... às
vezes três horas da tarde. Nem mesmo Darling quer lidar com essa cadela.
―Eu ouvi que sexo cura esses sintomas.
Maris levantou os olhos de seu jogo. ―Me desculpe?
Ture encolheu os ombros, brincando. ―É o que as mulheres que trabalham para mim dizem.
Não que eu saiba. Eu nunca dormi com uma mulher. E você?― Ele sabia, do que Maris disse
algumas semanas atrás, que ao contrário dele, Mari tinha pelo menos uma tentativa. Mas ele não
sabia se Maris já tinha ido até o fim.
Um belo tom de vermelho se arrastou de seu pescoço para cobrir o rosto. ―Eu esIve noivo
de uma mulher uma vez.
Essa divulgação o derrubou. Engraçado como isso nunca tinha surgido. ―Sério?
Maris assentiu com a cabeça enquanto voltava para seu jogo. ―Eu ainda a amo, mas não
assim. Ela é mais uma irmãzinha. É por isso que eu não poderia ir adiante com o casamento,
quando eu sabia além de qualquer dúvida que eu era gay. Ela queria ter filhos e eu não a forçaria,
e a eles, a viverem uma mentira comigo. E para responder a sua pergunta anterior, eu tive mais do
que a minha cota de mulheres. Acredite em mim, eu tentei tudo o que pude para ser hetero. Eu
realmente fiz. A última coisa que eu queria era contar a minha família de sangue azul, cruéis heróis
militares e assassinos, que seu filho não era como todos os outros. Eu sabia que nenhum deles iria
levar isso bem, e eles não decepcionaram os meus temores.
―Deve ter sido difícil para você.
Maris suspirou. ―Eu não acho que é fácil para ninguém. Ninguém quer ser diferente,
especialmente quando se é jovem.
Isso era verdade. Como Maris, ele fez o seu melhor para negar, também. Mas no final, foi
uma batalha fútil. Não importa o que ele fez, ele sempre voltava para o fato inegável de que seu
corpo não reagia a uma mulher do jeito que fazia com um homem.
Nem seu coração.
―Então, como você se abriu para Darling?
Maris riu. ―Eu não fiz. Ele me pegou babando.
Se encolhendo, Ture não conseguia imaginar quão assustador aquilo deve ter sido. ―Ele
machucou você?
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A Liga 07

―Não, ele não poderia ter se importado menos. Isso é o que eu amo sobre ele. Ele me disse
que não nunca importou para ele que eu fosse gay, mas que se eu agarrasse sua sucata, eu estaria
perdendo a minha.
Ture arqueou uma sobrancelha.
―Foi engraçado quando Darling disse. Geralmente eu sou mais engraçado também. Mas
estou de volta para que o nervosismo você evoca.
Ture deixou sua mesa e se moveu para ficar na frente de Maris. ―Acho extremamente
engraçado que eu deixo você nervoso, quando você é o único que foi treinado para matar.
Ele desligou o jogo e se levantou. O calor em seu olhar queimou Ture. ―Eu não deveria estar
aqui. Eu nem deveria estar pensando nisso.
―Eu disse a você, Mari. Eu sou um adulto. Eu não jogo os jogos infantis com as emoções das
pessoas. Eu respeito o que você compartilha com Darling e eu sempre farei. Tudo que eu quero é
uma chance de provar para você que nem todo mundo é um idiota. Que eu posso te compartilhar
e tratar do jeito que você merece ser tratado.
Ele segurou o rosto de Ture na mão. ―Não quebre meu coração, Ture. Foi despedaçado o
suficiente.
Ture o puxou em seus braços de modo que pudesse mostrar o quanto ele queria ser uma
parte de seu mundo. Fechando os olhos, ele inspirou Maris. ―Vem para casa comigo, Mari. Me
deixe te abraçar como eu tenho estado morrendo de vontade desde o momento que eu vi você
derrapando na minha cela com as duas blaster em chamas.
Ele riu. ―Tudo bem. Me leve para casa e eu sou seu.
Sem outra palavra, Ture trancou o restaurante e o levou para o seu transporte.
Maris estava ainda mais nervoso do que tinha estado, enquanto observava o jogo de luz e
sombras contra características perfeitas de Ture. Enquanto seu corpo ainda estava se curando dos
danos que a Liga fez a ele, Ture tinha muito poucos ferimentos externos. Maris esperava que
nenhum de seus próprios ferimentos, em processo de cura, interferissem com seus planos para
esta noite. Tudo o que ele queria era fazer amor com Ture até que eles estivessem
impossibilitados de andar.
―O que você faz na chuva?― Ture perguntou de repente.
―Desculpe?
―Pensamento curioso aleatório sobre quando você estava na piscina. Você disse que chuvas
torrenciais podem expô-lo. O que você faz em dias de chuva?
―Tentamos ficar dentro. Se Ivermos que sair, vamos usar um monte de capa de chuva e
nos certificar que a chuva não toque nossa pele.
―Alguma vez você já foi acidentalmente exposto?
―Não como um adulto. A última vez que isso aconteceu, um idiota na escola havia me
jogado para fora e fechado as portas da nossa academia numa tempestade recorde, enquanto eu
estava trocando de roupa. Darling saiu para me encontrar e ajudou a me esconder até que eu
voltasse ao normal.
―Eu posso ver porque você o ama.
―Yeah... Ele me acompanhou num monte de merda.
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Ture virou uma esquina. ―Estou surpreso, dada a sua singularidade, que os seus pais o
enviaram para uma escola com os humanos. Isso é normal?
―Nem um pouco. A maioria dos Phrixians nunca sequer conheceu um ser humano. Os
poucos que encontramos são normalmente em batalha. Eu era a lamentável exceção.
―Por quê?
―Ordem da Liga. Eles queriam um membro direto da família governante estudando o
comportamento humano, de modo que não seriamos tão beligerantes contra eles. Eles não
poderiam ter Kyr porque ele era o herdeiro naquela época, então meu pai fez um sorteio pelo
resto de nós, e o meu foi o nome que o computador cuspiu.
Ture ouviu a amargura na voz de Maris. ―Você realmente não gosta dos seres humanos,
não é?
―Eu não gosto dos meus colegas de classe. Os seres humanos estão bem, desde que eles
são humanos.
Ele não poderia estar mais de acordo. ―O plano da Liga funcionou?
―Poderia ter, se o filho gay não fosse enviado. Como foi, meu pai culpou a minha escolha
pessoal pela exposição a uma espécie inferior numa idade tão impressionável. No final, tudo o que
fez foi alimentar Kyr a subir nas fileiras da Liga, e travar a sua própria guerra contra o resto do
mundo. E o meu pai agora odeia todos os seres humanos com uma loucura irracional.
―Sinto muito, Mari.
―Obrigado, mas não faça. Eu não sei o que aconteceu com Kyr. Ele não era desalmado, até
que ele tinha dezessete anos. Algo, sobre o que ele não vai falar, o mudou para sempre. Fosse o
que fosse, matou o pouco de compaixão que ele tinha e o transformou no monstro que é hoje.
Ture ouviu a tristeza e pesar no tom de Maris. ―Você ainda o ama?
―Ele é meu irmão. Eu não sou o único que ele renegou. E apesar de eu não concordar com
suas ações ou opiniões, não corta o laço de sangue que compartilhamos.
Esse era o coração que ganhou o afeto de Ture.
Ture puxou para uma pequena garagem e estacionou. Maris saiu primeiro e esperou até
Ture se juntar a ele. Era um belo prédio de apartamento à poucos quarteirões do restaurante. Um
porteiro uniformizado os deixou entrar.
Maris não falou enquanto eles entraram no elevador que os levaria para o andar superior. A
casa de Ture era no final de um longo, elegante corredor.
Ture destrancou a porta. ―Eu estou esperando que Anachelle esteja dormindo.
―Ela não está dormindo,― Anachelle falou de um quarto nos fundos. ―Mas ela está
fechando a porta e colocando seus fones de ouvido com cancelamento de ruído. Vocês dois tenha
toda a diversão que queriam e nem sequer pensem que eu estou aqui. Meu frigobar está
totalmente abastecido e estou fechado para a noite.
Maris riu. ―Eu realmente gosto dela.
―Assim como eu. Me deixe ver como ela estava e eu já volto.
Maris permaneceu na sala de estar, mas ele podia ouvir a troca brincalhona conforme Ture
mexia com ela por estar acordada e não descansando.

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―Vai mamãe para o namorado que você não tem e diga a ele que sim, meus pés estão para
cima. Eu estou bem, vovó.
Ture ainda estava sorrindo quando ele voltou, sacudindo a cabeça. ―Ela é incorrigível.― Ele
se dirigiu para a cozinha. ―Você gostaria de um pouco de vinho?
―É não melhor. Eu não quero estar embriagado.
Ture arqueou uma sobrancelha.
―Eu Ive problemas com drogas e bebida por um tempo. Realmente não quero voltar para
isso.
―Sinto muito. Eu não sabia.
Maris colocou seu casaco sobre o encosto de uma cadeira. ―Não é algo que as pessoas
usam num colar escaneável em torno de seus pescoços. Ei, Universo, eu sou um viciado em
recuperação.
―Se isso faz você se sentir melhor, eu tive meu um breve período ruim, também.
Maris o bloqueou com um olhar que enviou um arrepio na espinha. ―O que não me faz
sentir melhor por você. É chato ficar sozinho no inferno.
―Mas você sempre teve Darling.
Maris não comentou. Houve um breve período de tempo, devido à sua própria estupidez,
quando ele estava sozinho. Mas ele tentou não pensar sobre isso.
E orou aos deuses que ele nunca tivesse que passar por algo assim novamente.
Ture veio por trás dele e passou os braços ao redor da cintura de Maris. ―Eu tenho que
dizer que você parecia delicioso hoje à noite, mas nada parecido com o que eu esperava.
Ele puxou sua respiração quando Ture brincou o lóbulo da orelha, com os dentes. ―Eu não
sou sempre uma rainha extravagante. Eu tenho momentos ocasionais gritando normalidade.
―Não vai nunca importar para mim como você se vestia, Mari. Eu adoro todas as facetas de
sua personalidade.― Ele deslizou a mão para baixo enquanto ele continuava a girar a língua em
volta da orelha de Maris. Sua respiração virou irregular.
Se inclinando para trás, Maris passou a mão pelo cabelo de Ture, e fechou os olhos
enquanto ele saboreava a sensação de ser abraçado e tocado novamente. Fazia muito tempo. E
isso o fez sofrer por uma coisa que sempre escapava dele.
Um relacionamento real com alguém que pudesse dar tanto quanto tomava.
Ele estava tão cansado de exploradores egoístas. De pessoas que eram ainda mais
emocionalmente danificadas do que ele.
Seu coração batendo forte, ele capturou os lábios de Ture conforme ele afundava a mão
dentro da calça Maris e o acariciava. Ele rosnou por quanto isso era bom de sentir.
―Você está realmente duro.
Maris sorriu. ―Eu esIve assim desde que você ligou.
A sobrancelha de Ture se ergueu.
Se virando para o encarar, Maris torceu o nariz. ―Eu tenho um tipo de vigor que é
lendário.― Ele puxou a camisa de Ture então passou a mão sobre o peito musculoso. ―E quando
você pode ser o mestre da cozinha, suas habilidades empalidecem em comparação com o que eu
posso fazer num quarto.
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―DefiniIvamente, me deixe ver essas habilidades de que você fala, meu senhor.― Ture
engasgou quando Maris o pegou e carregou como se ele não pesasse nada. Enquanto Ture não era
fraco, por qualquer meio, a força de Maris era desumana.
Literalmente.
Ture o guiou para o quarto. Quando ele começou a acender a luz, Maris o parou.
―Eu trabalho melhor no escuro.
Sabendo como Maris era autoconsciente de suas cicatrizes físicas, Ture puxou sua mão de
volta. ―Da próxima vez, eu quero luz e acho que estou muito ofendido que você acabou de
chamar isto de trabalho.
Riso profundo retumbou em seu ouvido enquanto Maris o deitava na cama. ―Tudo bem
então, eu me sinto mas a vontade no escuro.
―Isso ainda não parece certo.
―Sim, bem, eu posso usar a minha língua para falar com você, ou para...
Ture engasgou quando Maris brincou com seu mamilo. Calafrios se espalharam por todo seu
corpo enquanto ele endurecia a ponto de doer. ―DefiniIvamente, não me deixe interferir com
isso.
Outra risada quente o emocionou enquanto Maris fazia uma trilha lenta, deliberada e
quente de seu mamilo para seu abdômen. Ele soltou um suspiro profundo quando Maris lambeu
seu umbigo, enquanto ele magistralmente se desfez das calças de Ture. Levantando seus quadris,
ele permitiu a Maris a deslizar junto com seus sapatos e meias.
Então, Maris chupou seus dedos do pé. Seus olhos reviraram em sua cabeça quando prazer o
assaltou. Ele não tinha ideia de quão bom isso seria. Maris correu os dedos e a língua ao redor e
entre cada dedo, em seguida pelo arco do pé.
Não é à toa que Anachelle parecia tão satisfeita enquanto Maris massageava seus pés. Era
incrível.
Maris mordeu o calcanhar de Ture com os dentes, então lentamente pelas pernas
musculosas de Ture. O cheiro de sua pele encheu sua cabeça, o fazendo mais bêbado do que
qualquer vinho. Desde o momento que Maris o viu pela primeira vez, ele estava morrendo por
isso. Qualquer homem que podia ter humor enquanto debaixo de fogo...
Para não mencionar, a lealdade que ele deu Zarya.
Seu coração batendo forte, Maris passou a mão contra o pau de Ture e se encantou com o
prazer que ele viu no rosto de Ture. Ao contrário de um ser humano, Phrixians podiam ver bem na
escuridão total, como eles podiam em plena luz do dia, a cortesia de ser anfíbio. Como a luz não
poderia penetrar nas profundezas da água, onde muitos deles moravam, eles desenvolveram essa
capacidade há muito tempo.
Ele beliscou o ilíaco de Ture, enquanto Ture enterrava sua mão em seu cabelo e massageou
seu couro cabeludo. Era tão bom ser tocado novamente. Tão bom estar com alguém que pudesse
respeitar.
Morrendo de fome pela intimidade, ele roçou os lábios sobre a ponta do pau de Ture, em
seguida, o puxou lentamente na boca.

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Ture gritou quando Maris engoliu todo. Ele se sacudiu todo com a sensação da respiração e
língua de Maris em seu corpo. Nunca ninguém foi tão cuidadoso com ele. Maris não exagerou suas
habilidades no mínimo. Era como se Maris obtivesse seu prazer de dar aos outros.
Com cuidado e devagar para não o machucar, Ture empurrou seus quadris contra a cabeça
de Maris, enquanto as mãos de Maris deslizavam por seu corpo, com mais força a cada lambida.
Ture queria ficar assim, saborear isso por tanto tempo quanto pudesse, mas fiel ao alarde de
Maris... Ele não poderia durar. Maris espremeu muito prazer do corpo de Ture. Cedo demais, ele
gozou numa explosão de puro êxtase.
E Maris ainda o provou. Ele não vacilou ou recuou. Não até que ele sugou até a última gota
de prazer dele.
Ofegante e fraco, Ture jazia ali com a cabeça girando. ―Isso foi incrível.
Maris não falou enquanto ele lentamente beijou seu caminho até o estômago de Ture, até
que chegou a seu mamilo novamente. Ele parecia ter um fraco por eles. Sua língua girou em torno
dele enquanto Maris levantava os quadris de Ture. Ele se afastou um pouco, então se deslizou
dentro.
Ture gemeu em voz alta quando Maris empurrou contra ele com habilidade inacreditável.
―Duro, Mari.
Maris mordeu o lábio enquanto saboreava essas palavras. Segurando o rosto de Ture, ele
olhou em seus olhos. ―Você é lindo.
Ture virou o rosto para que ele pudesse beijar a palma de Maris. ―Eu empalideço em
comparação com você.
Ali ele estava errado. Maris foi marcado por dentro e por fora. Muitos anos tentando viver
uma mentira, de tentar agradar as pessoas que não se preocupavam com ele, cobrou seu pedágio.
Ele tinha estado no inferno e que foi queimado por cada chama.
Mas agora, com Ture, ele quase se sentia normal. Não fazia sentido para ele. No entanto,
por algum motivo, era como estar em casa.
Ele olhou para aqueles olhos cinzentos inteligentes e se perdeu completamente. Um
instante depois, ele sacudiu quando sua própria libertação finalmente chegou.
Ture o manteve perto enquanto ele tocava nos cabelos de Maris. Um doce sorriso curvou
seus lábios. ―Quando você tirou suas roupas?
Maris riu sobre o fato de que Ture ainda não tinha notado quando ele lentamente se despiu
entre dar prazer a ele. ―Eu te disse, eu sou muito bom.
―Sim, pequeno, você é.
Maris se moveu para o lado de Ture para que pudesse o puxar em seus braços e segurá-lo.
Ture colocou a mão sobre a de Maris enquanto se inclinava contra seu peito e jogava uma
perna sobre suas coxas. ― Estremeço com quantas pessoas você esteve para adquirir seu nível da
perícia.
Se encolhendo por algo que ele odiava pensar ou falar, Maris suspirou. Infelizmente, ele
também tinha mais bom senso do que mentir sobre isso. Mais cedo ou mais tarde, Ture iria
descobrir e ou ele poderia aceitar ou partir. E se ele fosse partir, Maris preferia que Ture saísse
agora, antes que mais de suas afeições criassem raízes. ―Você quer a verdade?
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―Não... mas sim. Eu não gosto de mentiras.


Com uma respiração profunda para tomar coragem, Maris se preparou para a ira de Ture e
condenação moral. ―Eu era uma prosItuta.
―Mari, você não deve se insultar como...
―Não, Ture. Eu era uma prostituta treinada. Comprada e vendida.
Ture endureceu. ―O que?
Aí vem...
―Não se preocupe. Eu não estou doente. Fui exaustivamente testado. ―Ele rangeu os
dentes quando a dor avançou para rasgar seu coração. ―E isso foi há muito tempo atrás... Quando
meus pais descobriram que eu era gay, eles me deserdaram. Meu pai levou tudo que eu tinha e
destruiu. Mesmo minhas roupas, e o dinheiro que eu ganhei legalmente e guardei. Todos os meus
bens foram apreendidos pelo governo Phrixian, a beleza de ter pais nobres com força política. Eu
não tinha nada, exceto o uniforme que vestia e um punhado de créditos no bolso. Eu tive
vergonha de dizer a Darling... ou a qualquer pessoa, aliás, o que eles tinham me feito. Humilhado e
querendo fugir dos horrores da minha vida, eu fugi. Desde que eu não queria ser um soldado ou
um assassino, e eu não tinha absolutamente nenhuma outra habilidade comercializável, acabei
com o primeiro cara disposto a me acolher. Eu pensei que ele gostava de mim, mas ele era um
traficante de escravos, procurando alvos fáceis. Dentro de uma semana, ele me viciou em drogas e
me vendeu para um bordel.
―Oh, docinho...
Maris saboreou a falta de condenação quando Ture passou a mão pelos seus cabelos e o
beijou levemente nos lábios.
―Eu sinto muito, Mari. Quanto tempo você ficou lá?
―Mais do que eu quero admiIr. Eu provavelmente ainda estaria lá, se Darling não tivesse
explodido o próprio inferno para me encontrar, arriscando sua própria segurança com o seu tio
para fazer isso. No momento que ele me localizou, eu estava tão alto e doente que nem sequer o
reconheci.
Mas Maris nunca iria esquecer a visão de Darling quando ele envolveu um cobertor em
torno dele para cobrir seu corpo nu naquela suja, nojenta cama no quarto onde ele estava preso e
acorrentado. Furioso com o que foi feito para Maris contra a sua vontade, Darling o segurou perto
de seu peito. Ele estava igualmente tão furioso que Maris não tinha conseguido ir até ele quando
ele precisava de ajuda.
―Darling me segurou contra seu coração e me disse que ele estava me levando para casa
com ele, o traficante de escravos que se danasse. Que ele nunca iria me deixar sofrer tanto
enquanto ele vivesse. E ele teve que lutar muito para conseguir me libertar. Prostitutas treinadas
valem um monte de dinheiro. Eles enviaram tudo o que Inham para o deter.― E Darling Inha
passado por eles e levado Maris para longe.
Ele sorriu para Ture. ―Como um símbolo da minha gratidão eterna por me resgatar, eu
vomitei em cima dele a caminho de casa. Ele não disse uma única palavra sobre o assunto. Em vez
disso, ele me levou para seu amigo Nykyrian e eles, com Syn, me trouxeram de volta à saúde. E

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assim que eu estava seguro, Darling encontrou o cara que me vendeu e o dono do bordel e os
rasgou em pedaços.
―Só por isso, eu amo Darling.
Maris zombou. ―Você diz isso agora...
Ture se levantou para olhar para ele. ―Eu vou sempre dizer, Mari. Ele salvou você para mim.
Eu devo a ele por isso.
Ainda assim, Maris não acredito nisso. Ele teve muitos caras dizendo que nunca iriam ficar
com ciúmes de Darling e com o tempo, nenhum deles foi capaz de tolerar o fato de que se Darling
chamasse, ele iria sem hesitação.
De dia ou de noite.
Ele devia a Darling muito.
Maris puxou Ture contra ele e segurou a cabeça dele contra o centro de seu peito. Ele se
moveu um pouco para que o corpo de Ture se estendesse entre suas pernas. ―E quanto a você?
Como seus pais reagiram quando souberam?
―Assim como o seu. Meu pai aIrou tudo que eu Inha para o gramado e ateou fogo. Em
seguida, eles se mudaram e fizeram com que eu não tivesse o seu novo endereço. Eles ficaram
mortificados com o pensamento de alguém saber a verdade, de modo que disseram a todos os
nossos amigos e familiares que eu morri. Eles até mesmo fizeram um funeral.
Maris vacilou quando a raiva crua passou por ele. Ele nunca iria entender a crueldade dos
outros. Especialmente contra os seus próprios filhos. ―Você está brincando?
Ture balançou a cabeça.
Maris suspirou com simpaIa ―Minha mãe queimou meu registro de nascimento e meu pai
teve todos os meus registros apagados dos arquivos do governo Phrixian. Por um tempo, eu não
podia fazer nada... não podia nem mesmo alugar um lugar para morar. Pobre Syn, teve que me
forjar todos os novos registros. Mas está tudo bem. Ele tirou dois anos da minha idade para mim.
Ture riu. ―Você está falando sério?
Sorrindo, ele acenou com a cabeça. ―Eu tenho grandes amigos.
―E eu tenho um amante incrível.― Ture se arrastou para beijá-lo.
Maris fechou os olhos e acalentou essas palavras e a sensação do corpo de Ture em cima
dele. Era por isso que ele esvoaçava de um amante para o próximo com mais frequência do que a
maioria das pessoas mudaram seus lençóis. Manter relações físicas curtas, sem compromisso ou
sentimentos reais. Era muito mais fácil do que ter seu coração partido. Mas para ser honesto, ele
mataria pelo conforto de saber que a pessoa com ele não o deixaria ir. Que ele era seu mundo e
assim continuará a ser, para sempre.
Apenas uma vez.
Rolando para o lado dele, em seguida deslizando de costas na cama, Ture deitou de
conchinha contra ele. Maris sorriu quando ele enterrou seu rosto contra a nuca de Ture e inalou o
cheiro quente de sua pele. Honestamente, ele sentiu saudades de Ture mais do que ele queria
admitir. Desde que Ture voltou para casa, Maris se sentia estranhamente à deriva. Como se algo
estivesse faltando.

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Mas esse sentimento desapareceu completamente agora. Ele se sentia melhor do que tinha
num longo tempo.
A cabeça de Ture descansou contra seus bíceps e outro braço de Maris se estendeu sobre as
costelas de Ture para que ele pudesse o segurar perto de seu peito. Fechando os olhos, ele se
perdeu neste momento perfeito e tentou não pensar sobre o dia quando Ture aprenderia a odiá-lo
e sairia rapidamente de sua vida.
Mas nada dura. Não o mal...
E especialmente, não o bom.

Capítulo 6

Maris despertou numa cama vazia, mas o mais incrível aroma que ele já cheirou flutuava
pelo quarto. Ele fez seu estômago roncar e ter cãibras de fome. Salivando, ele deixou a cama e viu
o robe que Ture deixou drapeado sobre suas roupas numa cadeira próxima.
Ele o vestiu, então foi investigar o aroma quente. Cauteloso, ele manteve os olhos em
Anachelle que ou estava entrincheirada em seu quarto, ou saíra. Desde que ele tinha tantas
cicatrizes em suas pernas como no resto de seu corpo, ele não gostava que os outros o vissem. Se
a fome não fosse tão feroz, ele teria se vestido primeiro.
Seguindo seu nariz, ele encontrou Ture sozinho na cozinha.
Como se sentisse sua presença, Ture virou com um sorriso. ―Ei, docinho. Dormiu bem?
Surpreendentemente, ele Inha. ―Eu dormi. Você?
―Como um bebê.― Ture deu um beijo rápido em seus lábios, em seguida, voltou para o
fogão.
―Onde está Anachelle?
―Ela saiu há poucos minutos para uma consulta médica.― Ele entregou a Maris um copo de
suco. ―Espremido na hora, é a minha própria mistura de suco e especiarias, que garanto acorda
até mesmo a coruja da noite mais obstinada.
Boa sorte com isso. Nem mesmo os exercícios militares conseguiram, daí metade de suas
cicatrizes físicas. Mas quando Maris bebeu, isso o acordou, e era delicioso. ―Caramba, você é um
deus na cozinha.
―Eu prefiro deusa.― Ture balançou as sobrancelhas com orgulho.
Sorrindo, ele se aproximou. ―Posso fazer alguma coisa para ajudar?
―Quer picar a cebola?― Ture gesticulou em direção à ilha onde esperou.
Maris se moveu para a tabua de corte. Próximo a ele, Ture tinha um bife em cubos. Ele
pegou a faca que estava entre os dois itens, em seguida pegou à cebola.
Ture soltou um grito de protesto. ―Oh meu Deus, pare! Não se mova.
Perplexo com o pânico na voz de Ture, ele franziu a testa. ―O que?
―Eu juro você é tão mortal na cozinha enquanto você é numa batalha.
Completamente confuso Maris olhou para ele. ―O que?― ele repeIu.
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A Liga 07

Ture tomou a faca de sua mão. ―A contaminação cruzada. Sua mãe não ensinou alguma
coisa?
―Não sobre culinária. Príncipes não tem exatamente permissão para fazer isso. Aliás, eu
nem sei em qual parte do nosso palácio está à cozinha.
Ture parou. ―Eu esqueci por um minuto que você é da realeza. De qualquer forma, você
nunca usa a mesma tábua de corte ou uma faca sobre a proteína que você usa em seus legumes.
Gracioso, cara. Você vai matar todos nós!
Maris riu de sua indignação. ―Sinto muito.
Ture apertou seu braço enquanto ele empurrava Maris longe da comida crua. ―Você pode
bater um ovo?
―Eu posso tentar. Nunca fiz isso antes, mas eu sou bom em embaralhar os pensamentos das
pessoas. Quão mais difícil é para confundir um ovo sem falar?
Ture balançou a cabeça. ―Venha aqui, e me deixe mostrar como é feito.
Maris obedeceu. Ture o puxou para ficar entre ele e o fogão onde uma panela tinha um
pouco de óleo aquecendo sobre uma chama. Pegando sua mão na dele, Ture a levou para os ovos
e quebrou um. Ele mostrou a Maris como quebrar com uma mão e colocar na panela, em seguida
usar uma espátula para misturar.
Na verdade, era um tipo organizado.
Em seguida, Ture mostrou como colocar o ovo num prato, então ele regou com molho
avermelhado sobre ele. ―Olha você já sabe como cozinhar.
Maris sorriu com orgulho. ―Eu posso me alimentar. Quem diria?
De repente, Ture fez uma careta. ―Bem, sim, você pode cozinhar um ovo agora, e morrer no
processo.
―Como assim?
Ture pegou a mão de Maris e virou para mostrar a clara de ovo crua em sua pele. ―Germes,
pequeno. Eles são um assassino mais silencioso do que os melhores assassinos da Liga.― Ele levou
Maris até a pia para que ele pudesse lavar as mãos.
Para sua surpresa, Ture não se afastou. Ao contrário, ele lavou as mãos de Maris para ele e
brincou com a membrana natatória, que alongou do contato prolongado com a água.
Maris prendeu a respiração com a sensação dos dedos de Ture deslizando entre os ele e
sobre sua pele e membrana natatória, que sempre foram muito mais sensíveis em sua forma
aquática. Isso levantou arrepios nele. E ele percebeu a mudança na respiração de Ture, também.
Ele desligou a água, em seguida deslizou a mão pelo peito de Maris, abrindo seu robe para
que ele pudesse deslizar sua mão sobre a pele de Maris. Puxando o fôlego bruscamente, Maris se
recostou nos braços de Ture e segurou sua cabeça em sua mão. Ele podia sentir como Ture estava
duro contra suas nádegas. ―Me lembre de sempre deixar ovo na minha mão quando eu estiver
em sua cozinha.
Ture riu em seu ouvido quando ele abaixou a mão para o acariciar suavemente enquanto ele
puxava o robe dos ombros de Maris e deixava cair no chão. Alcançando em suas costas, Maris
puxou as calças de Ture para baixo até que ele pudesse retribuir o favor. Ture lambeu sua orelha o
fazendo ainda mais quente, antes de Ture aceitar o convite e se deslizar para dentro.
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A Liga 07

Maris grunhiu de prazer enquanto Ture empurrava contra ele e acariciava seu pênis.
Respiração quente de Ture roçava contra o seu pescoço enquanto ele mordiscava e brincava
com sua pele. Maris sugou sua respiração bruscamente. ―Eu adoro a forma como te sinto.
―Eu também, pequeno.― Ture lambeu seu pescoço enquanto o acariciava ainda mais
rápido.
―Oh merda. Eu pensei que você ia estar sozinho.
Ambos congelaram ao som de uma voz masculina na porta. Alto, loiro, e extremamente
bonito, o homem parecia estar em seus vinte e poucos anos.
Ture recuou imediatamente e puxou as calças para cima, em seguida se moveu para
bloquear a visão do homem de Maris, que rapidamente pegou o robe do chão e colocou sobre ele
quando tentava acalmar sua respiração.
―Que diabos você está fazendo aqui, Bristol? Você deveria me encontrar no restaurante.
Mais tarde.
―Eu não podia esperar para te ver.― Seus olhos azuis foram para Maris. Eles estreitaram
perigosamente com um ódio que atingiu Maris com um golpe físico. ―Eu não tinha ideia de que
eu estaria te interrompendo com outro homem.
Ture rosnou baixo em sua garganta. ―Eu já volto.― Ele agarrou Bristol pelo braço e o
arrastou para fora da sala.
Maris podia ouvi-los discutindo em voz baixa, o que o deixou mais curioso sobre Bristol.
Quem era ele?
Mais importante ainda, o que ele era para Ture?
Ture teria mentido para ele sobre ter outro amante?
Quando Maris foi para o quarto para tomar banho, Bristol saiu do escritório de Ture e
arqueou uma sobrancelha para ele. Ele tinha uma penetrante careta enquanto avaliava o corpo de
Maris. ―Você parece muito familiar. Você trabalha no restaurante de Ture?
―Não.
―Bristol!― Ture ladrou. ―O deixe em paz e vá embora. Agora!
―Sim, Vossa Alteza Real.― Bristol voltou para Maris. ―Espero que ele te trate melhor do
que ele me tratou.― Com essas últimas palavras cruéis, ele deixou.
Ture saiu do escritório e congelou quando ele pegou a expressão no rosto de Maris. Ele
parecia como se tivesse sido chutado na virilha. Mas pior do que a sua palidez fantasmagórica era
a dor em seus olhos escuros.
Maldição, Bristol, seu idiota!
Quando ele se aproximou para tocar Maris, Maris recuou.
―Mari, ele é meu irmão,― ele disse rapidamente. ―Eu juro. Ele só vem quando ele quer o
meu dinheiro.
Maris expulsou um alongado suspiro quando essas palavras, finalmente, tiraram a dor de
suas emoções feridas. ―Sério?
Ture assenIu. ―Eu tenho fotos do pequeno punk da nossa infância, bem como fotos de
família. Eu estarei mais do que feliz em as mostrar para você. Ele só disse aquilo para te machucar

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e afastar de mim. Ele é esse tipo de bastardo. Aqui, eu vou provar isso.― Ele começou a voltar
para seu escritório.
Maris pegou seu braço para o deter. ―Você não tem que pegar as fotos. Eu acredito em
você.
Ture voltou e puxou Maris para um abraço. ―Eu sinto muito. Eu não iria te magoar por nada
e eu posso ser um monte de coisas, mas eu não engano os outros. Nunca.
Maris o apertou com força, em seguida deu um passo atrás. ―Se ele é um idiota, por que
você continua dando o dinheiro?
―Porque eu sou estúpido. Minha irmã morreu quando éramos crianças e, tanto quanto
Bristol me irrita, eu não posso suportar a ideia de algo acontecendo com ele. Além disso, ele é o
único membro da minha família que ainda fala comigo.
Maris beijou sua cabeça. ―Sinto muito, pequeno.
Ture colocou sua cabeça no ombro de Maris. ―Lealdade é uma merda.
―Só quando é dada para a pessoa errada.
Ture envolveu seus braços ao redor dele. ―Você sabe qual meu medo é, Mari?
―Não, docinho.
―Que você vai descobrir em breve o meu Darling, e me deixe como todos os outros fizeram.
Ele franziu a testa enquanto tentava dar senIdo a isso. ―Seu Darling é o seu irmão?
―Não. Meu restaurante. Absolutamente me consome, e é por isso que eu nunca mantive
um único namorado. Em primeiro lugar, todos eles adoram a ideia de entrar num dos restaurantes
mais exclusivos do planeta sem uma reserva, e comer de graça. Mas depois de algumas semanas
ou meses, eles ficam com inveja e raiva que eu não posso ter mais de um dia de folga a cada duas
semanas. Que ele ocupa minha mente, dia e noite. Que eu gasto quase todo o meu tempo
acordado lá. Com você, os homens estão com ciúmes de outro homem. Comigo, é um objeto
inanimado que eles não compreendem.
Maris recuou e sorriu para ele. ―Eu prometo que nunca vou ter ciúmes de um edifício.
Ture riu. ―Isso é o que todos dizem.
Maris passou o dedo ao longo da mandíbula de Ture. ―Paixões ardentes, entendo. Você é
um empresário bem sucedido. Você não pode simplesmente desligar e ir embora. Se o restaurante
fracassar, você perde tudo o que tem, e tudo pelo que você trabalhou. Ele deve ser o foco
principal.
―Você é o único que já entendeu isso.
Maris beijou. ―Se esse é o seu maior medo, ponha isso de lado. Eu sei o que é preciso para
ser bem sucedido, e eu nunca iria te estressar por cuidar dos negócios. É como quando eu era um
soldado. Você tem que manter o foco. Você tira os olhos da missão e você perde sua cabeça. A
última coisa que você precisa é um idiota te criando um drama desnecessário por isso.
―E é por isso que eu te amo, Mari.
Maris congelou quando essas palavras o atingiram como um golpe. Ele queria acreditar. Ele
queria. Mas ele não podia. Muitas pessoas o tinham machucado. O amor era tão fácil professar. Se
ele vinha muito fácil, então ele tinha uma morte rápida. Ele sabia disso.

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Ture segurou sua bochecha. ―Eu sei Mari. Eu vejo o medo em seus olhos. Como você com o
meu restaurante, eu entendo. Mas eu vou te provar que eu posso compartilhar você com Darling e
não ficar com ciúmes. Eu aceito o fato de que eu nunca vou ter a parte de você que ele tem. Pelo
contrário, eu quero criar meu próprio lugar no seu coração, e eu vou ter sempre a uma parte de
você que ele não tem.
―E qual é?
Ture sorriu quando ele segurou Maris em sua mão. ―Este corpo delicioso que me deixa
louco de tesão. Eu juro que, mesmo se eu fosse hetero, eu desejaria você.
Maris capturou seus lábios e o manteve perto. Não quebre meu coração, Ture. Mas no
fundo, ele sabia que Ture faria.
Mais cedo ou mais tarde, todos os homens faziam.
Até Darling.

Capítulo 7

Ture congelou enquanto ele tomava um minuto para ver Maris interagindo com sua equipe.
Nas últimas três semanas, eles estavam juntos dia e noite, quase sem interrupção. Ainda o
espantava que Maris ainda não tinha lhe dado nos nervos. Ele nunca esteve com ninguém por este
período de tempo, sem ter pelo menos uma discussão sobre algo.
E a equipe amava Mari.
Até Bertram, e Bertram odiava todos.
Com suas mãos cobertas por luvas de borracha, Maris estava na pia, ajudando a lavar pratos
já que um dos lavadores de louça ficou doente e teve que sair mais cedo. Vestido com seu traje
preto de motoqueiro com gola alta e listras reflexiva branca, Maris era uma visão estranha com o
avental branco o cobrindo. O couro acolchoado costurado que protegia o corpo de Maris, sempre
que ele montava sua moto aérea, abraçava cada centímetro de seu corpo musculoso e abraçava
sua bunda de uma maneira que deveria ser ilegal. Porra, ele parecia tão robusto e masculino que
era difícil para Ture respirar.
O melhor de tudo, Maris deixou crescer o cabelo para Ture. E uma vez que ele não fez a
barba em dois dias, ele tinha uma sombra linda de bigodes que não ajudava o tesão de Ture, em
nada.
―Você é tão apaixonado por ele,― Anachelle sussurrou enquanto ela parou ao seu lado.
―É óbvio?
Ela assentiu com a cabeça. ―Você está absolutamente o lambendo com os seus olhos.
Rindo, Ture balançou a cabeça para ela. ―Você é terrível.
―Hey, não sou eu a pessoa mentalmente molestando o pobre homem que está tentando
lavar a louça para você.
―Alguém já te disse que é uma má ideia atormentar seu chefe?

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―Não. Devo ter perdido o e-mail.― Franzindo o nariz de brincadeira, ela voltou para seu
canto para dobrar guardanapos e separar os talheres.
Ture foi para o forno e tirou a sua mais recente experiência. Pelo menos uma vez por
semana, ele tentava algo novo. Felizmente, cheirava bem. Ele cortou um pedaço e o levou para
Maris, para que ele pudesse ser sua cobaia.
Maris tirou as luvas antes dele obedientemente abrir a boca e permitir a Ture o colocar em
sua língua.
―E então?
Maris o mastigou, em seguida fez uma careta.
Ah, merda. Ele nunca fez isso antes. Ture inspirou. ―O que está faltando?
―Alguma coisa...― Maris inclinou a cabeça para baixo e o beijou ferozmente. Se afastando,
ele sorriu. ―Sim, isso era definiIvamente o ingrediente que falta.― Ele piscou. ―É perfeito.
Delicioso. Você precisa provar.
Ture entregou o garfo para lavar e começou a voltar para o assado quando viu um garçom
que parecia que estava prestes a chorar. Ele desviou curso em direção a ele. ―O que há de
errado?
Tyryn suspirou. ―Cliente desagradável.
Sua visão escureceu com essas palavras, enquanto Tyryn pegou dois pratos e colocava em
uma bandeja de servir. ― Esses são para essa mesa?
Ele acenou com a cabeça. ―Talvez na quarta vez de certo.
―Quarta?
―Estava mal cozido. Muito cozido. E, em seguida, muito frio.
Ture pegou a bandeja das mãos. ―Aqui, eu vou lidar com isso. Você tire uma hora e meia e
descontraia. Vá pegar Glee para cobrir seu setor... Qual mesa?
―Trinta e quatro, e obrigado, chefe.
―Sem problema.― Ture se dirigiu para a porta da sala de jantar.
Maris franziu a testa quando viu Ture sair com uma bandeja e uma grande careta. Isso era
estranho. Ele foi até Tyryn que agora estava sentado num banquinho com a cabeça em sua mão
como se tivesse uma enxaqueca enorme. ―Ei, o que aconteceu?
―Duas palavras. Idiota. Cuzões― Tyryn suspirou. ―Os aristocratas entraram e decidiram
que nada era bom o suficiente para eles, e que nosso restaurante foi seriamente superestimado.
Maris estremeceu. Ture ficaria arrasado se eles atacassem o seu orgulho e alegria. Puxando
o avental fora, ele foi até a janela e olhou para fora para ver quem estava na mesa do problema.
No minuto em seu olhar focou nos desordeiros, sua fúria aumentou. Brux Nylan e seu melhor
amigo Aston Hyrun. O pai de Nylan foi o senador que um dia desgraçou Darling pelas costas, e
quase custou sua vida. Aston era um canalha desde que ele e Darling foram para a escola. O amigo
de Crispin. E o mesmo bastardo que jogou Maris na chuva nu, e trancou a porta.
Tremendo com o peso de sua raiva, Maris deixou a cozinha atrás de Ture, que não tinha
ideia da magnitude da crueldade que ele estava prestes a encontrar.
Nylan cuspiu a comida de sua boca no prato. ―Isto é ainda pior. Inaceitável. Como isso pode
ser o melhor restaurante quando serve comida de cachorro?
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O olhar de dor no rosto de Ture cortou o coração. Incapaz de suportar, Maris parou ao lado
de Ture e pôs a mão em seu ombro. ―Você vai ter que perdoá-los, Tur. Eles estão tão
acostumados com a palatabilidade das botas que eles lambem, que tudo tem um gosto estranho.
Talvez, se você mergulhar os alimentos na terra, eles vão achar que está mais do seu agrado.
Aston franziu os lábios enquanto olhava pelo restaurante. ―Bem, bem, olha quem está aqui.
Estou impressionado que Darling o deixou de pé tempo suficiente para sair do palácio. Ou será
que ele assumiu o papel de puta? Eu nunca descobri qual de vocês é a mulher.
―Oh querido, a puta é toda minha. Se você tivesse um pau, você saberia disso.
Aston levantou, mas Maris não piscou ou recuou.
Maris varreu Aston com um sorriso de escárnio. ―Você perdeu a sua língua ou a coragem?
―Eu não quero espirrar sangue de viado em mim, e pegar qualquer doença que você tenha.
―Então certamente, posso mostrar a porta... ou prefere sair através de uma parede?
―Vamos lá,― Nylan disse, se levantando. ―Eu perdi meu apeIte.
―Você perdeu mais do que isso.
Maris olhou sobre o ombro de Nylan para ver Drake parado ali, com uma expressão no rosto
que dizia que ele ouviu a maior parte dessa conversa.
Drake deu um passo atrás para que os guardas tivessem acesso aos dois homens. ― Brux
Nylan e Aston Hyrun, ambos estão preso por traição e qualquer outra acusação que eu possa
pensar, enquanto eu como.― Um brilho mal brilhava nos olhos de Drake, quando ele encontrava
o olhar de Maris. ―Eu acho que os dois vão descobrir tudo sobre a posição de puta na cadeia.
―Você não pode estar falando sério!― Aston rosnou.
―Isso é ultrajante!― Nylan gritou. ―Vou chamar o meu pai.
Drake deu um tapinha na bochecha dele. ―Faça isso, babaca. Eu não posso esperar para seu
pai confrontar o meu irmão.― Ele sorriu para Maris. ―Nós provavelmente deveríamos vender
ingressos para esse evento, né, Mari?
―De fato.
Conforme os guardas de Drake os arrastaram para fora, enquanto eles gritavam
obscenidades, Maris olhou ao redor, para os comensais chocados. ―Desculpem pelo drama. Dois
criminosos sendo presos é sempre interessante. Mas para compensar a todos por isso, seus
jantares são por minha conta.
Ture ficou boquiaberto com sua oferta extraordinária.
Drake se inclinou para sussurrar a Maris. ―Eu vou cobrir isso para você.
―Você não precisa.
―Então vamos dividir.
―Se isso vai fazer você se sentir melhor.― Maris fez uma careta. ―Por que você está aqui?
Drake inclinou a cabeça para uma bela loira sentada em uma mesa. ―Encontro. A
impressionou que eu consegui aqui, obrigado por isso, a propósito.
Maris revirou os olhos como precisava de pouco para fazer Drake feliz. ―Obrigado por sua
ajuda.

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―Sem problema. Eu não gosto de pessoas insultando qualquer um dos meus irmãos.― Ele
ergueu a mão para Maris. Quando Maris pegou, Drake o puxou para seus braços. ―Amo você,
mano.
―Eu também te amo.
Drake bateu nas costas, em seguida, retornou ao seu encontro.
Maris parou quando ele pegou o olhar estranho no rosto de Ture. ―Me desculpe se eu
envergonhei você.
―Você não me envergonha. Eu não posso acreditar que você veio em meu socorro.
Maris roçou os dedos contra o queixo de Ture. ―Eu disse que eu não iria deixar ninguém te
machucar. Isso inclui idiotas insensíveis.
Ture ajudou Maris a limpar a mesa quando a surpresa o enchia. Ninguém jamais se levantou
por ele antes. Ele olhou para Drake que estava rindo com sua companheira. O príncipe era muito
mais bonito do que ele parecia em fotos oficiais. E Ture conseguia entender a devoção de Maris
pela família real. Eles ficavam juntos de uma maneira que poucas famílias faziam.
Acima de tudo, eles cuidavam das costas uns dos outros.
Quando eles voltaram para a cozinha, Maris disse aos garçons para trazer as contas dos
comensais que estiveram presentes durante o confronto.
Ture tocou no braço. ―Você não tem que fazer isso.
―Sim, eu tenho. Eu não vou ter um restaurante cheio de gente tapada falando do meu
homem ou de seu negócio por algo que eu fiz. Que tipo de puta você acha que eu sou?
A respiração de Ture prendeu em sua garganta. Foi a primeira vez que Maris se referia a eles
como um casal ou usou qualquer tipo de termo propriedade para ele. Maris ainda não tinha
percebido que ele tinha feito isso quando retomou a lavagem dos pratos.
Mas Ture ouviu e isso trouxe lágrimas aos seus olhos. Para Maris, este foi um grande passo.
E isso significava que o universo era dele.

Horas mais tarde, Ture estava limpando o forno quando sentiu Maris atrás dele. Quando ele
se virou, Maris deu um beijo leve e doce.
―Estou prestes a lançar os recibos por minha conta. Você quer que eu veja o resto?
Ture ficou surpreendido pela oferta. ―Você sabe como?
Maris sorriu. ―Eu sei. Ana me mostrou.
―Então, sim. Por favor.
―Você sabe, eu também posso entrar com os pedidos e fazer a folha de pagamento.
―Oh meu Deus, eu te amo para sempre se você fizer.
Uma luz perversa surgiu nos olhos escuros de Maris. ―Para sempre?
―E então mais.
Maris apertou seu braço antes que ele fosse para o escritório de Ture fazer a papelada que
Ture desprezava com cada parte do seu ser. Ele quis dizer o que disse. Se Maris não tivesse sido
perfeito antes disso, isso certamente o faria.
―Ture?
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Ele olhou para Bertram.


―Eu terminei a sala de jantar. Existe alguma coisa que você precisa que eu faça?
―Não. Pode ir. Obrigado pela ajuda.
―O prazer é meu.
Realmente não era. Bertram tinha reclamado baixinho o tempo todo. Mas ele era confiável
e, na maioria das vezes, extremamente eficiente em seu trabalho.
Ture o acompanhou até a porta da frente e deu boa noite antes de trancar novamente e
verificar os banheiros. Satisfeito que todo mundo foi embora, ele voltou para a cozinha para
finalizar a limpeza e encerrar por hoje.
Assim que isso foi feito, ele foi ao seu escritório para encontrar Maris dando entrada nos
pedidos. Suas mãos voavam sobre as teclas. Ele era muito mais eficiente nisso do que Ture.
Ele avançou e parou quando viu uma grande sacola de compras no sofá. ―O que é isso?―
ele perguntou com uma careta.
―Foi entregue logo após Ana ir para casa. É apenas algumas coisas que eu comprei para o
bebê.
Ture sorriu. Todos os dias algo novo, que Maris comprou tanto para o bebê como para
Anachelle, aparecia. ― Você continua assim e todo mundo vai pensar que você é o pai do bebê.
―Eu não posso evitar. Zarya e Darling ficam me enviando e-mail pedindo minha opinião
sobre as coisas que estão comprando para seu pequeno e quando eu as vejo e gosto delas, eu as
quero para Ana, também. Todo bebê precisa ser mimado.
―Você está fazendo um trabalho incrível.― Ture piscou para conter as lágrimas por como
Maris era generoso. Ele nunca conheceu ninguém com um coração maior, e o fato de que muitos
o tinha machucado, fez que Ture quisesse o sangue deles por isso.
Como alguém não poderia amar e adorar Maris?
Ele se moveu para ficar atrás da cadeira para que ele pudesse esfregar os ombros de Maris,
enquanto ele terminava. ―Quanto mais você tem?
―Só isso, então eu acabei.
―Wow, você é rápido.
―Isso não é nada. Tente fazer relatórios de voo, esquemas, checagens e planos todas as
noites depois que você passou o dia todo em patrulha. Se eu me esquecer de pedir chalotas6,
ninguém vai perder a vida e eu não vou explodir em chamas um instante antes que o vácuo no
espaço rasgue minha nave em pedaços.
Ture encolheu. ―Eu não gosto desse pensamento.
―Nem eu. E gosto muito menos do que eu gostava então.― Se inclinando para trás na
cadeira, Maris olhou para ele enquanto enviava a ordem. ―Tudo feito.
―Tudo feito,― Ture repeIdo como virou a cadeira para que Maris o encarasse. ―Hmmm,
acho que merece uma recompensa de algum tipo.

6
A chalota ou echalotas é uma planta bulbosa do gênero Allium, originária da Ásia central. Seu nome vem de Ascalão, cidade da
antiga Palestina de onde foi trazida para França durante a Primeira Cruzada. Como a maioria das plantas deste gênero, é utilizada
com fins culinários. A parte comestível está na base das bainhas foliares, que formam bulbos ovais e seu sabor pode ser definido
entre o do alho e o da cebola.
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Maris arqueou a sobrancelha. ―Que Ipo de recompensa?


Mordendo o lábio, Ture encolheu os ombros. ―Eu não sei...
Maris congelou no olhar quente nos olhos de Ture, enquanto ele corria as mãos pelas coxas
de Maris. Ele endureceu instantaneamente.
Ture montou suas pernas, em seguida, o puxou para um beijo ardente.
Rosnando de prazer, Maris passou as mãos sob a camisa de Ture, sobre os músculos rígidos.
―Você continua assim e você nunca vai ter que fazer a papelada de novo.
Ture riu quando ele segurou Maris, em seguida, desabotoou as calças. Sua respiração
ofegante, ele escorregou para o chão, entre as coxas de Maris. Assim que ele se inclinou para
frente para o saborear, o link de Maris tocou com o tom singular que era reservado
exclusivamente para Darling, de modo que Maris nunca perdesse suas chamadas.
Silenciosamente, Ture xingou o timing do homem.
Maris pegou e respondeu enquanto Ture se sentava de cócoras. Apoiou o cotovelo na coxa
de Maris e apoiou a cabeça na mão.
―Não, está tudo bem. Você precisa de algo?
Ture revirou os olhos. Isso realmente não estava bem. Pelo menos duas vezes por semana
Darling os interrompia. A única coisa que o impedia de amaldiçoar os dois era o conhecimento de
Darling ser a única razão dele ter Maris. Mais do que isso, Darling era a razão dele estar vivo agora.
Consequentemente isso o permitia aceitar algo que teria normalmente o teria feito insano.
―Yeah, eu vou estar lá em poucos minutos... tudo bem.
Ture suspirou pesadamente enquanto ele fechava o zíper de Maris.
―Eu sinto muito,― disse Maris Imidamente. ―A Liga está intensificando seus esforços por
nossas cabeças e ele quer...
Ture interrompeu suas palavras com um beijo. ―Está tudo bem, Mari. Eu disse. Eu não estou
ciumento. Irritado, mas não com ciúmes. E eu não estou irritado com você.― Era o pescoço de
Darling que ele queria torcer. ―Vá em frente. Vou levar para casa o presente de Ana e comer
mousse de chocolate enquanto espero por você voltar.
Maris roçou o dedo na bochecha de Ture, enquanto olhava para ele com espanto. Fiel à sua
palavra, Ture ainda tinha que ficar com raiva pelas ligações de Darling ou sempre que Maris ia ao
encontro dele. Em vez disso, Ture o subornava a voltar logo com coisas más, com a mousse
deliciosa que ele fazia, aquela que derretia na boca de Maris e deixava todas as papilas gustativas
em sua cabeça cantando. ―Com cobertura adicional?
―Absolutamente.
Maris hesitou quando Ture recuou. ―Você ainda vai me amar depois que você me deixar
muito gordo para as minhas roupas?
―Vai ter apenas mais de você para amar.
Se levantando, Maris pressionou sua bochecha com a de Ture, e fechou os olhos enquanto
saboreava o cheiro quente da pele de Ture. Pela primeira vez em sua vida, ele estava dividido
entre querer ficar e ter que ir.
Ele quase disse a Darling que isso poderia esperar. Nunca em sua vida sentiu essa
compunção.
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A Liga 07

Esta noite ele sentiu.


E, honestamente, aquilo o assustou como um inferno. Ele não gostava de mudanças. Ele
nunca gostou.
Mas as coisas estavam mudando rapidamente e ele não tinha certeza se era para melhor ou
para pior. Se afastando, ele segurou o rosto de Ture. ―Eu vou voltar em breve.
―Eu estarei esperando.
Maris acenou com a cabeça, mas quando ele saiu, ele se perguntava quanto tempo Ture
estaria disposto a esperar.

Capítulo 8

―Você está quase acabando?


Maris olhou para cima dos pedidos que ele estava colocando para pegar Ture de pé na porta
do escritório. ―Quase... Será que você realmente quer pedir duzentos rabanetes?
Um sorriso maligno se espalhou pelo seu rosto lindo. ―Eu quero. Você tem alguma coisa
contra o poderoso rabanete?
Maris levantou as mãos em sinal de rendição. ―Você é o cozinheiro, mas eca. No entanto,
se alguém pode fazer algo tão repugnante saboroso, eu tenho toda a fé em suas habilidades.
Sorrindo, Ture se moveu para ficar atrás da cadeira de Maris para que ele pudesse rever os
pedidos de Maris que estavam terminando para ele. ―Eu ainda não posso acreditar que você faça
isso por mim sem reclamar. Eu detesto esta parte do negócio.
Maris deu de ombros quando se inclinava para trás na cadeira. ―Papelada não me
incomoda nem um pouco. E isso me faz sentir mais útil do que arruinando na noite de Hauk
quando eu o venço online. Sem mencionar a verdadeira razão de eu fazer...
―E qual é?
Ele virou a cadeira e puxou Ture em seu colo. ―Quanto mais cedo eu chegar na sua casa,
mais cedo eu posso te agarrar.
Mordendo o lábio, Ture colocou os braços ao redor do pescoço de Maris. ―Eu
definitivamente gostei do pensamento.
Maris o beijou até que alguém limpou sua garganta. Eles olharam para a porta para ver
Anachelle ali descaradamente.
―Rapazes? Eu realmente odeio me intrometer, mas minha bolsa estourou.
Com um suspiro suave, Ture se esticou rapidamente. Em pânico total, ele foi para Anachelle,
em seguida, se virou para Maris, em seguida, girou de volta novamente. Seria cômico se Ana não
precisasse ir para o hospital.
Maris o pegou pelos braços. ―Respire pequeno. Está tudo bem. Eu vou trancar e terminar...
e limpar a água do chão. Você a leve ao hospital, e eu vou te encontrar lá.
―Tudo bem.― Ele entrou em pânico ainda mais.
―Ture,― Maris disse calmamente. ―Olhe para mim, querido.
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A Liga 07

Ele obedeceu.
―Se acalme. Ela não vai ter o bebê em você. Eu prometo. Dirija com segurança. São apenas
cinco quarteirões de distância. Deixe-a nas portas da emergência, estacione e, em seguida, entre.
Okay?
―Deuses, eu amo você, Mari.― Ele deu um beijo rápido, então foi para Anachelle para a
tirar do restaurante.
Ana e Darling foram às razões por que eles sempre iam em veículos separados para o
trabalho. No caso de um deles tivesse que sair, o outro tinha condução para casa.
Maris os seguiu até a porta para que ele pudesse se certificar de Ture realmente a colocasse
em seu transporte. Ele sorriu quando Ture continuou a correr de um lado para outro enquanto
tentava a ajudar e então ir para o seu lado do carro, em seguida voltar para se certificar de que ela
estava lá dentro e protegida. Todo o tempo, Ture estava respirando tão rapidamente, que era de
admirar que ele não desmaiasse.
Aquele homem não lidava bem com uma crise. Seus neurônios tinham sinapses em tantas
direções que ele nunca poderia se concentrar num único pensamento ou tarefa. Era algo que seus
namorados do passado haviam desprezado sobre ele, mas Maris achava estranhamente adorável.
E quando realmente importava — quando estavam escapando da prisão, Ture conseguiu se
controlar com uma força que ainda o surpreendia. Era só agora que ele conhecia Ture melhor que
ele totalmente viu como era difícil para ele.
Ao entrar, Maris trancou a porta, em seguida, limpou a bagunça de Ana antes dele correr
com a papelada. Ele não tinha nenhuma dúvida de que Ture estaria cavando um buraco em forma
de anel no chão do hospital, até que ele chegasse lá. Maris era o único capaz de o acalmar quando
ele estava num desses modos frenéticos. Principalmente porque ele aprendeu a controlar suas
emoções no campo de batalha. E porque a ansiedade de Ture fazia emergir o protetor nele, em
vez de sua impaciência. Aquela vulnerabilidade o fazia se sentir necessário.
Porque, exceto isso, Ture era extremamente autossuficiente e muito orgulhoso desse fato.
Maris parou quando viu uma sombra na porta. Instintivamente, sua mão foi para a pequena
Blaster que mantinha no coldre na base de sua espinha. A princípio Ture estava aterrorizado com
o fato de que Maris estava sempre armado, mas uma vez que ele viu o preço pela cabeça de
Maris, ele insistiu que Maris usasse ainda mais armas do que ele usava no passado.
E após a última rodada de contratos que foram emitidos pela Liga contra eles, eles estavam
todos em alerta máximo.
Usando as sombras como cobertura, ele se encaminhou para a frente. Uma vez que a pessoa
estava visível através do vidro fosco, ele duvidou que fosse treinado pela Liga. Mas ele ainda podia
ser um ladrão querendo os roubar.
Maris inclinou a cabeça para que ele pudesse ver através da pequena linha de vidro
transparente, enquanto se certificava de que a pessoa do lado de fora não poderia detectá-lo. Ele
relaxou ao reconhecer Bristol.
Revirando os olhos, ele moveu a mão para longe de sua arma e vestiu o casaco de volta. Ele
abriu a porta. ―Posso ajudar?
―Onde está meu irmão?
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A Liga 07

―Ele não está aqui.


Bristol fez uma careta enquanto olhava para ele por um minuto. ―Você é o cara que eu
conheci com Ture de algumas semanas atrás?
―Sou eu.
―Wow, Ture está com alguém por mais de um mês. Essa é a primeira vez.― Ele estreitou
seu olhar sobre Maris. ―Desculpe, eu não te reconheci com suas roupas, e sem o pau de Ture na
sua bunda. Qual era o seu nome?
Maris desprezava violência, mas agora... Ele definitivamente poderia ver o apelo de arrancar
aquela presunção do rosto de Bristol. ―Eu não dei.― Ele trancou a porta e ligou o alarme com o
controle remoto na mão, o que deixou Bristol ainda mais curioso.
―Ture não deixa seus namorados terem as chaves para seu restaurante. Onde ele está?
Maris deslizou o cartão de segurança em seu bolso. ―Ele teve que sair mais cedo.
Raiva estalou nos olhos de Bristol quando ele olhou para ele. ―Não jogue essa merda
comigo. Eu sou seu irmão. Agora, onde ele está?
Maris rangeu os dentes com a frustração de lidar com isso. Ture foi muito insistente que ele
nunca desse qualquer informação a seu irmão. Quanto menos ele souber, melhor... Confie em
mim, Mari. Não se envolva. Ao contrário de mim, ele não tem lealdade ou inibições.
Desde que Ture conhecia seu irmão muito melhor do que Maris, ele atendeu ao aviso de
Ture.
―Eu posso pedir para ele ligar pra você quando o vir.― Maris começou andar, mas Bristol o
parou com um aperto agressivo que fez a sua visão turvar.
―É melhor você me responder, chupador de pau. Ou eu vou fazer sua vida um inferno.
Maris baixou a voz uma oitava e caiu em seu treinamento militar convicto. ―Rapaz, você
está prestes a ir por um caminho que vai levá-lo para um ano muito ruim. Agora tire a sua mão no
meu braço, dois passos para trás, e você pode passar a noite sem um passeio de ambulância.
Choque substituiu o sorriso. Ainda assim, ele não afrouxou seu aperto. ―Você não age como
uma bicha.
―E eu não bato como uma menina, filho da puta. Agora, a menos que você esteja
almejando um extenso trabalho dental e cirurgia reconstrutiva, saia do meu caminho.
O rosnado conseguiu fazer com que Bristol o soltasse. ―Quem é você?
―O sortudo bastardo que por acaso é o namorado de seu irmão. E eu vou ter certeza que
ele ligue mais tarde, antes que ele meta o pau na minha bunda. Agora, boa noite.― Maris o
contornou e foi para sua moto aérea que estava estacionada a poucos metros de distância.
Quando ele puxou o capacete, ele olhou para trás para ver Bristol ainda olhando.
Tanto faz.
Cada família tinha o seu babaca. E no caso de Maris, a sua tinha uma sólida dúzia. Pondo isso
para fora de sua mente, e se dirigiu para o hospital.

Ture verificou o relógio quando sua ansiedade se agravou. Maris deveria estar aqui já...
E se alguma coisa aconteceu com ele?
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A Liga 07

Incapaz de respirar pelo pânico, ele pegou o telefone para ligar.


―Onde está Ana?
Alívio passou através dele quando ouviu o sotaque profundo, glorioso. Virando, ele se atirou
nos braços de Maris. ―Por que você demorou tanto tempo? Você me preocupou.
―Sinto muito. Seu irmão apareceu quando eu estava saindo.
―Você não deu o seu nome, não é?
Maris balançou a cabeça. ―Você me disse para não fazer.― Ele estendeu o cartão de
segurança do restaurante para Ture.
―Guarde.
―Você tem certeza?
Ture assenIu. ―E para responder à sua pergunta, o médico de Ana me jogou para fora até
que eu pudesse, e cito, me controlar.
Maris deu um sorriso adorável. ―Parece certo. Quer tentar de novo?
―Claro.
Maris ofereceu o braço. Ture enfiou a mão em seu cotovelo e o levou para o quarto de
Anachelle. Ela estava deitada na cama, mastigando gelo picado, enquanto uma enfermeira
verificava os sinais vitais.
A enfermeira arqueou a sobrancelha para Ture. ―Você está calmo agora?
Ture revirou os olhos. ―Sim, minha sanidade acabou de chegar.
O olhar dela praticamente lambeu Maris da cabeça aos pés. Vestido com toda sua roupa
protetora preta de motociclista, ele estava lindo. Especialmente desde que ele deixou os bigodes
crescerem e uma barba sexy, bem aparada. Um sorriso lento se espalhou em seu rosto. ―Eu odeio
fazer esta pergunta, mas você é a família?
―Ele é o pai do bebê,― Anachelle respondeu antes de Maris ter a chance de falar.
Maris arqueou uma sobrancelha, mas não a contradisse. Afinal de contas, eles o estavam
provocando sobre como agir como um pai expectante durante semanas.
―Oh, bom,― disse a enfermeira, estendendo a mão dela para Mari. ―Eu sou Aundrea e eu
sou a enfermeira designada para o parto. Eu estava dizendo a sua...
―Namorada,― Anachelle falou.
―Namorada, que ela está com três centímetros, por isso devemos ter um pouco de tempo.
Mas não devemos assumir nada. Vou deixar o médico saber que você está aqui, e logo estarei de
volta.― Ela os deixou.
Maris franziu o cenho para Anachelle. ―Namorado?
Ela encolheu os ombros. ―Eu já disse a eles que Ture era meu irmão para que ele pudesse
ficar comigo, enquanto esperávamos por você, e eu não queria arriscar que eles pensassem que os
dois eram incestuosos ou algo assim.
―Ótimo,― Maris bufou. ―Então, ao invés de ser seu assustador irmão incestuoso, eu sou
seu namorado repulsivo que está desfilando na sua frente com seu irmão. Adorável. Apenas o
rótulo que eu estava procurando.― Ele se moveu para beijá-la no rosto. ―Como você está se
sentindo, querida?

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A Liga 07

―É um pouco doloroso. Eu não vou mentir. Mas viável para o momento. Estou feliz por
vocês dois estarem aqui. A despeito do que eles pensam, você e Ture são toda a família que eu
tenho. Obrigado aos dois por cuidarem de mim.― Lágrimas encheram seus olhos, em seguida,
correram pelo seu rosto.
Maris a abraçou. ―Oh, querida. Nós te amamos. Estaremos sempre aqui por você, você sabe
disso.
Ture segurou sua mão. ―Não se preocupe com nada, a não ser com esse menininho.
Sorvendo as lágrimas, ela balançou a cabeça.

Horas mais tarde, Maris deixou a sala de parto para encontrar Ture dormindo num sofá da
sala de espera. Desde que Ana o vinculou como pai do bebê e Ture como seu irmão, o médico
permitiu a Maris ficar e forçou Ture a sair uma vez o trabalho sério começou.
Abalado por tudo isso, ele se ajoelhou ao lado do sofá e tocou o braço de Ture.
Ture acordou com uma sacudida, então franziu o cenho. ―Tem alguma coisa errada,
pequeno?
―Eu estou tão feliz de não ser uma mulher.― Ele soltou uma respiração irregular. ―Isso...
foi terrível. Estou pensando que será melhor trancar Darling quando Zarya entrar em trabalho de
parto. Vai ficar feio.
Ture segurou sua bochecha. ―Como ela e o bebê estão?
―Ela está bem e dormindo. O menino... Foi incrível, Ture. Eu gostaria que você estivesse lá.
Um minuto, Ana estava gritando que todos os testículos no universo deveriam ser cortados, e no
outro... esta pequena pessoinha estava nas mãos do médico. Ele deu o bebê para mim, enquanto
eles cortavam o cordão umbilical, e eu olhei para esses olhos escuros, que olhavam para mim. Ele
é tão pequeno e perfeito. Lindo. Você quer vê-lo?
―Com certeza.― Ture se sentou. ―Como você está passando?
―Bem, mas exausto.― Maris bocejou em seguida, colocou o braço em volta dos ombros de
Ture quando ele o levava para o berçário. ―Eu daria qualquer coisa se você pudesse me carregar
para casa.
―Oh, pequeno, quem me dera.
Maris parou na frente de uma grande janela e acenou para uma das enfermeiras presentes.
Ela sorriu, em seguida, se moveu para pegar um dos bebês enrolados numa coberta azul. Ela o
trouxe para mais perto para Ture ver.
Lágrimas nublaram seus olhos. ―Oh, Mari, ele é lindo.
―Eu sei, certo?
―Como ela vai chamá-lo?
―Terek Andros. . . Sulle.
Ture arqueou uma sobrancelha para isso.
Sorrindo Imidamente, Maris encolheu os ombros. ―Eles acham que eu sou o pai, e ela teve
que dar o nome do pai para o seu registro. Pelo menos assim o seu verdadeiro pai não pode vir e o
usar contra ela mais tarde. Eles nunca vão ter um registro de seu nome real em qualquer lugar.
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A Liga 07

Isso era muito verdadeiro. ―Então você tem que pagar pensão alimentícia?
Ele riu. ―Não. Vou assinar a custódia assim que ela possa ter a documentação pronta.
Se voltando para o bebê, Ture sorriu. ―Hei, pequeno Terek,― ele disse, embora o bebê não
pudesse ouvi-lo. Então, ele acenou para o bebê.
Foi à coisa mais adorável que Maris já viu. Ele bocejou novamente.
Ture franziu a testa. ―Eu preciso te levar para cama.
Os olhos de Maris arregalaram em animado interesse enquanto seu corpo se animava
imediatamente. ―Esse é meu garoto.
Rindo, Ture balançou a cabeça. ―É tudo o que você pensa?
―Claro que não. Comida... que você também me dá. Droga, Tur, eu acho que você é o
homem perfeito.
Ambos congelaram quando Maris percebeu o que ele disse. Foi à coisa mais próxima de uma
confissão de amor que ele fez. Terror o encheu.
―Relaxe, querido. Eu sei que você está cansado e eu não estou fazendo nada demais com
isso.― Ture o acompanhou até a porta. ―Me deixe te levar para casa e deita-lo.
Maris seguido Ture ao seu transporte, em seguida, se dirigiu para sua moto aérea. Esta foi à
única parte de seu passado Phrixian que ele realmente gostava. Ele ainda se lembrava do olhar
estupefato no rosto de Darling a primeira vez que ele viu Maris montando uma.
―Isso não é você.
Maris sorriu enquanto prendeu seu capacete. Darling estava certo. Ele normalmente não ia
para as coisas que desarrumavam seu cabelo ou roupa. Mas ele amava a liberdade. A sensação de
voar através do ar a mais de trezentos e vinte quilômetros por hora... Não havia nada como esse
tipo de liberdade.
Ture odiava que ele dirigisse isso. Ele pensava que era perigoso. Mas então, também era
respirar.
Maris checou seus espelhos. Ele estreitou os olhos quando viu alguém do lado de fora do
hospital, olhando para ele. Era atração ou maldade?
Desta distância, ele não poderia dizer. Ainda assim, ele ligou para a Sentella para que eles
pudessem estabelecer uma guarda para Anachelle e o bebê.
Melhor prevenir do que remediar.
E quando ele se voltou para Ture, um novo temor se apoderou dele. Ao contrário de Darling
e do muito pequeno grupo de amigos de Maris, Ture não tinha treinamento militar. Ele era
puramente civil.
Indefeso.
Se a Liga ou um caçador de recompensas fosse atrás Ture, não havia nada que ele pudesse
fazer para se proteger.
De repente, apavorado, Maris ligou o motor e foi para o prédio em tempo recorde. Ele
estacionou e trancou rapidamente, em seguida, correu para dentro.
Segurando o fôlego, ele tentou não entrar em pânico. Mas ele não poderia se ajudar.
―Ture?― Ele examinou o apartamento.
Não havia nenhum sinal dele.
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Ainda mais frenético, ele olhou os quartos. Ele apenas varreu o banheiro quando ouviu
alguém na frente. Seu coração acelerou, ele correu pelo corredor até encontrar Ture trancando a
porta.
Ture mal se virou quando alguém o agarrou e empurrou contra a parede. Não
dolorosamente, mas o ato inesperado o assustou. Ele começou a entrar em pânico até que o
maravilhoso perfume da pele e da colônia de Maris o atingiu. Quando ele abriu a boca para
perguntar o que estava errado, Maris reivindicou seus lábios com um beijo tão quente que fez sua
cabeça virar. Maris o abraçou com um desespero que era tão preocupante quanto era incrível.
Quando Maris finalmente se afastou, ele deitou sua cabeça no ombro de Ture e ainda o
manteve preso em seus braços. Ele podia sentir o coração de Maris batendo selvagem, forte,
contra seu peito.
―Pequeno? O que há de errado?
Maris deu uma respiração irregular. ―Eu só estou cansado. Eu não queria te assustar. Sinto
muito.
―Está tudo bem. Eu não me importo quando você vem todo militar sobre mim. Contanto
que você não me machuque, eu estou bem com isso.
Ele levantou a cabeça para o perfurar com um olhar sincero. ―Eu nunca iria te machucar.
Extremamente preocupado agora, Ture assenIu. ―Eu sei.― Ele passou os dedos contra a
barba que ele pediu para Maris deixar crescer. Ele nunca tinha cuidado deles no passado, mas em
Maris parecer mais sexy do que o inferno. ―Eu realmente amo você, Mari. Insanidade e tudo.
Maris queria retornar essas palavras com cada parte de si mesmo. Mas ele não podia.
Especialmente esta noite. Dizer isso de volta poderia desafiar o destino a machucar Ture. Para o
cortar fora da vida de Maris.
Em vez disso, ele finalmente se afastou para que Ture pudesse entrar em seu apartamento.
Ainda assim, ele não conseguia se livrar da sensação ruim no estômago. Alguma coisa estava
errada. Cada instinto que ele tinha estava em alerta máximo.
Tirando o paletó, ele o colocou sobre a cadeira onde geralmente deixava.
―Você sabe, Mari... Eu estive pensando.
Seu intestino deu um nó de pavor. Aqui vem... Saia. Ele sabia que era bom demais para
durar. ―Yeah?
Ture hesitou, torcendo o estômago de Maris em um nó doloroso. ―Eu... hum... você
faria...― Ele soltou um suspiro duro. ―Okay, eu só vou dizer isso. Eu posso fazer isso. Realmente...
Você gostaria de morar comigo? Quero dizer, você já está aqui a maior parte do tempo, de
qualquer maneira. Certo?
Maris ficou mole com a oferta, enquanto a alegria rasgava através dele. ―Eu adoraria.
―Sério?
―Com certeza.
Ture mordeu o lábio quando a felicidade o encheu. Ele estava querendo pedir a Maris para
se mudar, mas estava com muito medo, uma vez que Maris estava tão relutante em dizer que o
amava. Não que ele tivesse que fazer. Aparecia em tudo que Maris fazia. Grande e pequeno. Tal
como assumir a papelada para que Ture pudesse se concentrar em organizar a cozinha e ir um
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A Liga 07

pouco mais cedo para casa. Entrando com um par de mãos dispostas sempre que Ture ou sua
equipe precisava de ajuda. Indo para a geladeira por ele para que não ficasse gelado. Deixando-o ir
primeiro no chuveiro todas as manhãs para que nunca tivesse que tomar um banho morno ou frio.
Um milhão de coisas atenciosas que se uniram para fazer Maris o mais doce, mais quente amante
que qualquer um poderia pedir. E enquanto Mari não era perfeito, ele tentava. Que mais do que
qualquer coisa significava o universo para ele.
Ele apertou a bochecha de Maris. ―Obrigado.
―Pelo quê?
―Por ser você, docinho.
Maris franziu a testa enquanto Ture saiu e foi para o quarto. ―Eu te amo,― ele sussurrou.
Mas cada vez que ele tentava dizer isso em voz alta, ele se engasgava com as palavras.
Apenas uma vez na sua vida, ele queria que tudo desse certo. Nada o faria mais feliz do que
reviver as últimas semanas, uma e outra vez, até que ele morresse de sobrecarga de pura alegria.
Ele não queria que nada disso mudasse.
Nunca.
Mas nada dura.
Não o ruim.
E, especialmente, não o bom.

Capítulo 9

Maris parou quando alguém bateu na porta de seu quarto. ―Entre.


Darling a abriu e entrou no quarto com uma carranca. ―Eu ouvi que você voltou e...― Sua
carranca se aprofundou quando viu as bolsas de Maris embaladas. Por causa da sua relutância em
desafiar o destino, Maris passou as duas últimas semanas movendo suas coisas para o
apartamento de Ture. Ele estava esperando que se ele fosse bem devagar, a má sorte não tomasse
conhecimento dele e o derrubasse por se atrever a ser feliz com outra pessoa.
―Você está indo embora?
Maris copiou sua carranca quando ele pegou a nota ferida na voz de Darling. ―Você não
está com ciúmes, está?
―Honestamente? Um pouco, sim. Eu sinto falta de ter você por perto, cara. Eu não vi você
por semanas.
Maris enfiou as camisas em sua bolsa, em seguida, fechou a distância entre eles. Ele puxou
Darling em seus braços e deu um abraço suave. ―Você sabe que você é meu primeiro amor.
Darling o apertou antes que o soltasse. ―Eu não estou acostumado a te partilhar assim. Eu
não gosto disso, Mari.
―Então você me ama?― ele brincou.
―Você sabe que eu amo.

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Mas não romanticamente. O coração e a alma da Darling sempre pertenceriam a Zarya


primeiro e Maris estava bem com isso. E agora que ele tinha Ture, ele entendia melhor o que
jamais tinha antes.
Darling engoliu em seco. ―Nos bons e maus momentos, irmãos até o fim, né?
Maris deu um olhar sincero. ―Sempre. Você precisa de mim, dia ou noite, você sabe que eu
estou aqui por você. Ture diz que ele aceita isso e está bem com isso.― Os deuses sabiam que
Ture já provou isso. Ele ainda tinha que dizer alguma coisa desagradável sobre quantas vezes
Maris desapareceu quando Darling acenou.
―Você realmente se preocupa com ele, não é?
Maris hesitou. O que ele sentia era tão complicado. Ele seriamente desfrutava ficar no
restaurante com Ture e sua equipe. Roubando beijos pelos cantos, quando ninguém estava
olhando. Não o incomodava absolutamente que eles passassem dezesseis a vinte horas por dia lá.
Ele até gostava de ajudar Ana a atender Terek no meio da noite. Observando o bebê durante
o dia para que ela pudesse descansar. Foi à primeira vez em sua vida que ele realmente se sentia
como se estivesse em casa. Que ele fazia parte de uma família que aceitava tudo sobre ele. Até
mesmo seu mau humor matinal.
Quando ele se mudou para o Palácio Caronese de Inverno como um embaixador, o tio de
Darling o fez se sentir como uma doença venérea num bordel. Arturo começou a atacar
verbalmente ele e Darling.
Em seguida, após a morte de Arturo, Darling foi... honestamente, insano. Por um tempo, ele
tinha até temido que Darling pudesse matá-lo.
Até Zarya.
Ela curou Darling e devolveu a ele o melhor amigo que teve enquanto crescia. Mas a partir
do momento em que ela se mudou, Darling se preocupava com ela, deixando Maris se sentindo
como uma terceira roda. Eles tentaram o incluir, mas queriam e precisavam ficar sozinhos às
vezes, e era assim que deveria ser.
Ainda assim, ele se sentiu um pouco abandonado e muito solitário.
Pelo menos até Ture entrar em sua vida. Ele não sabia o que tinha aquele homem, mas ele
acalmava a fúria dentro Maris, aquela que cozinhava em seu intestino desde o dia em que seus
pais o renegaram. Ture tocou uma parte dele que nem sabia que possuía. Tudo o que queria era
estar com ele. E ainda assim ele vivia num estado de medo constante de que iria perder tudo
novamente.
Isso o deixava torcido num nó e inseguro. Aterrorizado e ansioso, e ao mesmo tempo feliz e
sereno.
Nada disso fazia sentido para ele.
―Eu não tenho certeza de como responder.
Darling estreitou seu olhar desconfiado. ―Qual foi à primeira coisa que entrou em sua
mente, e eu sei que não foi o que você acabou de dizer.
Suspirando, Maris se afastou. Darling o conhecia melhor do que ninguém. Ainda mais que
ele mesmo. ―Sim. Eu gosto muito dele.
―Então qual é o problema?
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―Você sabe o problema.― Maris olhou para suas roupas e bagagem. ―O que estou
fazendo, Darling? Eu sei que isso não vai durar. Não pode. Nunca faz. E eu estou tão cansado de
ser ferido. Como você perdoou Zarya por trair você?
Darling bufou. ―Não foi fácil. Mas este grande amigo meu me bateu e me deixou sem
escolha, a não ser lidar com a dor do meu passado. E eu queria odiá-la de uma maneira que você
não pode imaginar. Eu ansiava por isso. No entanto, por mais duro que fosse confiar nela, a agonia
de existir sem ela era muito pior. Há apenas um punhado de pessoas neste universo que eu
preciso. O pensamento de perder um de vocês me envia num pânico que é indescritível. É por isso
que a visão dessas sacolas em sua cama me irrita, com uma raiva típica de um Andarion. Eu não
posso protegê-lo se você não está aqui.
―Enquanto estou sóbrio, eu faço um bom trabalho de proteger o meu próprio traseiro... e o
de vocês.
―Eu sei. Mas a parIr de ontem à noite, a Liga aumentou a recompensa por todas as nossas
cabeças novamente. Neste ponto, sua bunda vale quase o dobro do preço da mina. Acho que Kyr
está usando você para me machucar.
―E Zarya e Drake?
―Zarya é um pesadelo político para ele, de tal modo que está evitando publicamente. Quem
sabe o que ele está fazendo em particular? Da mesma forma, ele vai ficar longe de nomear meus
irmãos e irmã. Ele não tem certeza de quem ajudou a resgatar Zarya e Ture e os outros, assim
legalmente, ele não pode tocá-los.
Isso fez Maris se senIr um pouco melhor. ―Existe um preço pela cabeça de Ture?
―Não. Apenas para aqueles de nós que Kyr pode identificar no grupo de resgate.
―Eu, você, Nykyrian e Caillen.
Ele acenou com a cabeça. ―É apenas uma questão de tempo antes de começar o envio de
seus principais assassinos.
Maris fechou sua última sacola. ―Saf vai me avisar antes que eles venham atrás de mim.
―Se ele souber. Kyr pode não dizer.
Maris balançou a cabeça em negação. ―Kyr não sabe que ainda conversamos.― Se ele
soubesse, ele mataria seu irmão e então Maris o aniquilaria por isso. Desde que Saf foi confundido
com ele e brutalmente atacado quando seu pai tentou assassiná-lo, Maris era hiper protetor com
ele.
Ninguém tocava Saf impunemente.
―Está prestes a ficar ruim, Mari. Eu tive que enviar tropas para solidificar minhas fronteiras
uma hora atrás. A Liga está se dirigido para as nossas colônias e está tentando o bloqueio e
embargo. A maioria dos impérios se retiraram com medo deles. Eles atacaram duas bases
menores da Sentella ontem, e mataram quase duas centenas de pessoas. Eles feriram mais de mil.
―Eu não estou com medo.
―Nem eu. Não por mim. Mas para aqueles que eu amo... Eu não quero ver você machucado
porque eu bati em seu irmão, quando eu deveria ter mantido o meu temperamento sob controle.
Maris sorriu para ele. ―Eu disse quando fomos para resgatar Zarya que se você estivesse
indo para o inferno, eu estaria dirigindo o ônibus. Traga a chuva.
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Darling suspirou. ―E ela está vindo, meu irmão. Uma chuva torrencial. Uma que eu não
quero que você pegue.

Capítulo 10

Mais e mais, o aviso de Darling se repetiu na cabeça de Maris enquanto ele estava sentado
no transporte comercial, que estava travado no trânsito. Ele nunca foi paciente com essas coisas,
mas hoje...
Ele fez uma careta enquanto varria o cenário ao seu redor e uma sensação ruim passava por
ele. Quando caçado, engarrafamento era uma coisa perigosa. Era outra das razões pelas quais ele
normalmente dirigia uma moto aérea. Elas eram praticamente impossíveis de prender assim.
Mas com a bagagem, ele precisava de um porta-malas. E um transporte fazia dele um alvo
fácil.
Cada grama de seu treinamento militar foi posto a prova.
―Eu vou sair daqui,― ele disse ao motorista antes dele passar seu cartão. ―Entregue as
minhas malas no destino e eu vou ter certeza que você será bem recompensado.
―Sim, meu senhor.
Dois segundos depois de Maris passar seu cartão, ele se encolheu diante da estupidez
desenfreada. Porra, ele viveu como um civil muito tempo. Se a Liga os estava monitorando, ele
acabou de dar a sua localização. Idiota estúpido.
Se amaldiçoando, Maris deslizou para fora do transporte e prendeu sua menor sacola
através de seu corpo de modo que ambos os braços estavam livres. Ele não fez uma pausa ou
hesitou quando ele manobrou através da rua movimentada a pé. Se certificando de manter uma
mão em sua blaster escondida, ele ficou vigilante e odiou cada segundo.
Mesmo que isso tivesse sido entranhado nele por incontáveis horas de treinamento e
exercícios, este grau de alerta máximo o jogava de volta há um tempo e lugar que ele não queria
revisitar.
O que você é, uma bicha patética? Mantenha sua guarda! Somente bichas de merda confiam
em seus amigas para os proteger. Você é um soldado, não uma bicha de merda.
Naquela época, ele vivia num estado de perpétua irritação. Tinha sido bastante ruim ser
insultado, mas ouvir o desdém aberto e hostil sobre uma preferência que ele tinha feito de tudo
para negar e “curar” só piorava. Ele tentou de tudo para ser como os outros homens de sua
família, da academia e da armada. Dizer a si mesmo que ele não era realmente gay. Que era uma
inquietação ou curiosidade. Ou qualquer outra coisa do que aquilo que realmente era.
Apenas sua noiva, Tams, era suportável. Porque ela não era Phrixian, ela assumiu seu
comportamento estranho e a relutância de tocá-la como seu próprio nervosismo de ser uma
espécie diferente.
O melhor de tudo, ela deu a ele uma desculpa fácil para permanecer celibatário. Ele disse a
ela que ele não queria a desonrar antes de seu casamento. Tams pensou que era doce, mesmo
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A Liga 07

quando seu pai revirou os olhos para algo que ele considerava pouco viril. Homens Phrixian eram
escravos de seus ids7. Moralidade era ditada apenas quando ia contra alguém que pudesse chutar
o seu traseiro. Caso contrário, o universo era seu playground e você fazia o que queria.
As mentiras e o medo implacável de ser exposto trouxeram Maris a um tímido passo da
insanidade.
Apenas Darling sabia a verdade e ele treinou Maris sobre como imitar o caminhar de um
guerreiro. Sobre como passar despercebido pelo ferrenho machismo que ia contra as suas
tendências naturais. Sem Darling e sua ajuda, Maris teria sido morto antes de chegar a sua
maturidade. Não havia tal coisa como um Phrixian homossexual. Nunca em sua vida Maris
conheceu ou ouviu falar de alguém fora ele.
E ser um príncipe para completar...
Isso, mais do que qualquer outra coisa, era por sua recompensa era maior do que a de
Darling ou de Nykyrian. Nykyrian poderia ter tomado o olho de Kyr, mas enquanto Maris vivesse,
ele era uma praga sobre a honra da família. E se um de seus irmãos pudesse reivindicar sua vida,
ele seria agraciados por seus pais por limpar sua piscina genética. O assassino de Maris seria
honrado como um herói nacional.
Um súbito clarão à sua direita chamou sua atenção.
Reagindo por instinto, Maris caiu um instante antes de um dardo preto navegar tão perto de
seu rosto, ele sentiu o ar queimar pela passagem do mesmo. Por trás, um assassino com uma faca,
enquanto a multidão percebia o que estava acontecendo e entrava em pânico. As pessoas corriam
em todas as direções, gritando enquanto buscavam abrigo. Maris girou e pegou o pulso do
homem. O assassino gritou quando Maris torceu e quebrou o osso. O assassino puxou sua blaster,
mas antes que pudesse disparar, Maris atingiu seu nariz com a palma da mão. Ele arrancou a
blaster das garras do assassino, enquanto o homem caia na rua. Ligando-a em atordoar, Maris
atirou nele e ficou abaixado enquanto olhava para o seu próximo alvo.
Ele viu o que atirou o dardo nele e se moveu em direção a ele com determinação crua. Sem
perceber, ele caiu na fixação do alvo e perdeu o terceiro assassino que afundou um punhal em seu
lado. Assobiando, ele se virou para seu agressor. Quando ele se moveu para agarrar seu pescoço,
Maris congelou.
Draygon...
Seu irmão mais novo, que era apenas um ano mais velho do que Saf.
Ele estremeceu ao vê-lo. Mudando de tática, ele segurou Draygon no chão num aperto forte
contra o seu pescoço. Um homem inteligente iria acabar com ele. Irmão ou não. No entanto,
quando Maris estava pronto para matar, ele não via um soldado. Ele viu seu irmão rindo enquanto
eles tentavam pular uma vala que deixou Maris com uma perna quebrada. Mesmo que Draygon
também estivesse ferido, ele tinha levado Maris para casa.
Este não era um inimigo.
Era seu irmão mais novo.

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Na teoria freudiana, a parte da psique que é totalmente inconsciente e serve como fonte de impulsos instintivos e exigências de
satisfação imediata das necessidades primitivas.
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A Liga 07

Os olhos escuros de Draygon o desafiavam agora, assim quando eles fizeram quando
crianças sempre que eles se pegavam por algo. Maris podia ouvir a provocação em sua cabeça. Vá
em frente e me bata! Eu posso aguentar.
Assim era como ambos tinham sido criados.
Silencioso, Draygon olhou desafiadoramente, esperando por um golpe fatal.
Maris puxou o punhal que Draygon plantou, de seu ferimento. Sem dizer uma palavra, ele se
abaixou e o atirou diretamente no coração do assassino em que ele esteve fixado.
Ainda assim, o olhar de seu irmão nunca vacilou enquanto esperava que Maris o matasse.
Maris o prendeu num aperto paralisante, que Draygon nunca seria capaz de escapar. Se Maris o
deixasse ir, a honra de Draygon seria eternamente danificada. Ser derrotado por um alvo era o
insulto Phrixian final.
Que o alvo fosse homossexual...
O ato mais gentil seria cortar a garganta de Draygon e o deixar morto na rua. Mas quando
Maris olhou para os olhos idênticos aos seus, ele não poderia fazê-lo.
Apesar de tudo.
Deixando Draygon inconsciente, ele rapidamente se afastou através dos civis gritando, com
a mão pressionada contra sua ferida profunda.
Eu tenho que pedir ajuda. No ritmo que ele estava sangrando, ele nunca faria isso para um
hospital. Ele só tinha tempo suficiente para uma ligação antes de desmaiar, e muito
provavelmente morrer na rua...
Sem hesitar, ele ligou para única voz que ele precisava mais ouvir.
―Hei o amor. Você já está voltando?
Maris ofegou com o peso de sua dor, sua visão escurecendo. ―Eu estou muito ferido, Ture.
―O que?
Maris entrou num beco e pressionou as costas na parede de pedra quando ele deslizou para
baixo, mais profundo nas sombras. Ele olhou ao redor por mais assassinos. ―Eu fui atacado.
―Pequeno, onde você está?
Maris tentou se concentrar, mas o sangue se mantinha fluindo sobre sua mão e para baixo
por sua perna. Ele deslizou e sentou na rua.
―Mari! Fala comigo.
―Um...― Tudo girava em torno dele. Ele tentou se levantar e não conseguiu. Ele estava
morrendo e ele sabia disso. ―Ture... Eu te amo.

―Maris!― Ture gritou, as palavras sussurradas de Maris perfurando seu coração.


Não houve resposta.
Aterrorizado, enquanto as lágrimas enchiam seus olhos, ele tirou o avental e ligou para
Darling. Ele entregou seu avental para seu sous chef8. ―Você está no comando até eu voltar.

8
Sous-Chef (sub-chef) é o segundo-no-comando e assistente direto do Chef.
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O queixo dele caiu enquanto Ture corria para a porta. No momento que chegou à rua,
Darling atendeu.
―Darling? É Ture. Maris me ligou, ele foi atacado e está ferido. Eu acho que ele desmaiou
enquanto ele estava falando comigo. Ele não teve a chance de me dizer onde ele estava. Ajude-o,
por favor. Me diga como encontrá-lo.
―Onde está você?
―Estou fora do meu restaurante.
Ele podia ouvir os sons de Darling correndo. ―Tudo bem... ele saiu daqui faz cerca de vinte
minutos. Ele deve estar mais perto do restaurante que do palácio. Ele teria ido automaticamente
para um abrigo. Um beco provavelmente. Eu estou indo, mas eu tenho que desligar para localizar.
Lágrimas escorriam pelo rosto de Ture. ―Encontre-o, por favor.― Sua respiração era
irregular enquanto o pânico ameaçava o sobrepujar, ele desligou o telefone e correu pela rota de
Maris, tentando descobrir onde Maris poderia ter ido.
No quarto beco vazio, ele estava pronto para gritar.
Por favor, não esteja morto...
Raiva, agonia absoluta o encheram. Era tão desgastante que ele queria cair de joelhos e
gritar com seu peso. Só o conhecimento que Maris precisava dele o mantinha de pé. Ele tinha que
se controlar.
Se Mari estivesse aqui, ele diria a ele para ficar calmo. Para respirar.
Quando chegou ao sexto beco, ouviu os sons de sirenes. Havia três corpos no chão à frente,
e as pessoas se reuniram em torno deles.
Fechando a distância, notou gotas de sangue manchando a calçada e parou de repente.
Maris. Ele deve ter percebido que ele estava deixando um rastro.
Com medo e tremendo, Ture se dirigiu para o beco mais próximo do sangue. Ele abriu a boca
para gritar, em seguida, parou. E se houvesse mais atacantes no meio da multidão? Eles poderiam
o ouvir e matar Maris.
Todo o seu corpo fraco com medo e agonia, ele procurou no beco por quaisquer sinais
reveladores. Ele estava prestes a sair quando ele notou uma pequena mancha vermelha num tijolo
a seus pés. Então ele viu o salto de uma bota marrom escuro enterrada nos escombros...
―Mari,― ele sussurrou, correndo em direção disso.
De alguma forma, Maris conseguiu se colocar atrás de uma pequena unidade elétrica. Com
cuidado para não o machucar, Ture o puxou para fora.
Oh Deus, não.
Sangue secou ao lado de Maris. Seu rosto estava pálido, com um tom azulado. Ture o
embalou em seu peito enquanto chorava copiosamente. ―Não se atreva a morrer sobre mim,
Mari! Você me ouve! Não morra. Eu não posso viver sem você.
De repente, ele ouviu alguém correndo para o beco. Temendo que fosse um assassino, Ture
agarrou a blaster reserva de Maris de sua bota e virou para o intruso.
Darling congelou e levantou as mãos. ―Não dispare. São os caras bons.
Ture baixou isso instantaneamente. Ele não podia falar quando ele percebeu o quanto do
sangue de Maris estava sobre ele agora. Seus lábios tremiam.
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A Liga 07

Darling e Hauk se ajoelharam ao seu lado. Ele tomou Maris dos braços de Ture e o deitou no
chão. ―Eu sei que você vai me odiar por isso, Mari, mas...― Ele rasgou a camisa de Maris e expôs
a ferida irregular de seu lado.
Abrindo uma maleta de médico, Hauk ligou para Syn.
Ture lutou para conter as lágrimas. A última coisa que ele queria fazer era os distrair com sua
histeria inútil. Mas era tão difícil quando por dentro estava gritando.
Com sua mão tremendo, ele afastou os cabelos do rosto de Maris enquanto Darling e Hauk
trabalhavam.
Darling amaldiçoou no mesmo instante que os olhos de Hauk se arregalaram de pânico. Ele
inclinou a cabeça para trás e começou a fazer em Maris compressões torácicas. ―Respire maldito,
respire,― ele rosnou.
De repente, Syn estava lá com eles.
Darling se afastou e o permitiu assumir. Quando os olhos verdes agoniados de Darling
encontraram o de Ture, e ele viu o quanto Maris significava para Darling, também.
Nesta temerosa miséria, eles eram almas gêmeas.
―Você bastardo Phrixian teimoso. Dor na minha bunda,― Syn rosnou baixinho. ―Não faça
isso com a gente.― Ele puxou um injetor de sua bolsa.
Os olhos de Ture se arregalaram com o tamanho.
Quando Syn foi enterrá-lo no centro do coração de Maris, Ture foi para ele, mas Darling o
pegou e segurou de volta. ―Não olhe.
Ele não conseguia tirar os olhos deles enquanto Syn injetava adrenalina diretamente no
coração de Maris.
Justamente quando Ture estava prestes a gritar, Maris deu uma respiração profunda,
frenética e abriu os olhos. Ofegante e tremendo, Maris olhou ao redor até que ele viu Ture com
Darling. Ele estendeu a mão na direção a eles.
A princípio, Ture pensou que ele estava estendendo a mão para Darling. Mas foram os seus
dedos que Maris segurou. Ele puxou Ture mais perto até que ele pode dar um beijo leve, fraco em
seus dedos.
Mais lágrimas sufocaram Ture enquanto voltava para afagar o cabelo de Maris enquanto Syn
o estabilizava para o transporte.
Darling se sentou ao lado de Ture e apertou o ombro de Maris. ―Da próxima vez que você
sair, quando eu disser que não, eu juro que eu mesmo vou atirar em você.
Maris tossiu. ―Só não bata na minha virilha.
―Você não é engraçado,― Ture e Darling disseram simultaneamente.
Hauk riu. ―Eu acho que ele é hilário.
Ambos olharam para ele.
Irritado ao extremo, Darling virou as costas para Hauk enquanto Maris acariciava a palma de
Ture. Foi só então que ocorreu a Darling que Maris não ligou para ele quando foi atingido.
Ele ligou para Ture ao invés.

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A Liga 07

Por um batimento cardíaco, uma facada louca de ciúme passou por ele. Desde a infância,
Maris foi a única constante que Darling pode contar, não importa o quê. Ele teve Mari para si
mesmo por tantos anos que era difícil aceitar o fato de que Maris finalmente tinha alguém.
Alguém que ele amava o suficiente para que fosse a voz de Ture, a única que ele queria ouvir
antes de morrer.
Não a de Darling.
Mas isso não era algo sobre o que estar ciumento. Maris merecia ser amado e querido por
alguém que poderia dar a ele tudo o que ele precisava. E enquanto Darling podia dar a sua
amizade e seu coração, ele nunca poderia compartilhar seu corpo com Maris. Não importa o
quanto ele o amava.
Pela primeira vez, ele totalmente compreendeu a profundidade do amor de Maris por ele.
Mesmo que ele estivesse apaixonado por ele, Mari seguiu Zarya e a trouxe de volta para a vida de
Darling, para curar sua alma devastada. Quantas pessoas seriam tão altruístas?
Se inclinando, Darling beijou o rosto barbudo de Maris. ―Amo você, Mari.
―Eu também te amo,― Maris respondeu automaticamente. Ele sorriu com as palavras
sinceras de Darling até o medo se apoderar dele. Ele olhou para Ture, esperando o pior.
Não houve julgamento ou ódio naqueles bonitos olhos cinzentos. Nem hesitação em seu
toque, enquanto ele continuava a pentear os cabelos de Maris.
Hauk foi se encontrar com os médicos que estavam trazendo uma maca para Maris.
Syn verificou os sinais vitais. ―Salvo infecção, eu acho que você vai superar isso, amigo. E
não se atreva a ter uma infecção. Isto é tão perto da morte quanto eu quero que você chegue na
minha vida.
Maris tossiu. ―Eu tento evitar a morte da melhor forma possível. A bastarda é implacável.
Eu acho que ela trabalha para a Liga.
Ture e Darling se levantaram e afastaram para que os médicos pudessem levantar Maris na
maca.
Quando chegaram ao transporte, os dois começaram a entrar e Ture hesitou.
Darling sorriu genIlmente. ―Sinto muito. Hábito. Eu sei que ele prefere ter você com ele.
Ture não tinha certeza sobre isso. Não que isso realmente importasse agora. Ele baixou o
olhar para a blaster de Darling. ―Você deveria ir. Eu não posso o proteger de outro atacante. Não
como você pode. Eu vou encontrá-lo no hospital.
Seu sorriso derreteu numa carranca. ―Você tem certeza?
―PosiIvo. Isto não é sobre o meu ego. É sobre a vida de Mari. O mantenha seguro para
mim. Por favor.
Darling o abraçou antes que ele subisse no transporte trás de Syn.
―Não se preocupe,― Hauk disse, enquanto ele passava o braço em volta dos ombros de
Ture. ―Eu vou chegar lá antes do transporte.

Maris tirou a máscara de seu rosto quando o transporte decolou. ―Onde está Ture?

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A Liga 07

Darling a retornou para sua boca e nariz, em seguida segurou no lugar para que Maris não
pudesse retirá-la novamente. ―Ele me disse para ir com você.
Estremecendo, Maris cerrou os dentes. Depois de todas as vezes que Ture havia professado
seu amor, Maris nunca tinha respondido a ele. Mas com Darling...
Maris não tinha ainda pensado sobre isso, ou como soaria para Ture.
Droga. Tinha que cortar profundo. Não é à toa que ele ficou para trás. Com sua sorte, Ture
nunca iria falar com ele novamente.
―Shh,― Syn disse, se inclinando sobre ele. ―Você precisa se acalmar.
Mais fácil dizer do que fazer. Ele não teria ferido Ture por nada.
O que eu fiz?
Quando ele não conseguiu relaxar, Syn fez por ele.

Fiel à sua palavra, Hauk levou Ture para o hospital em sua moto aérea antes do transporte
chegar. Ele estava mole de medo pela forma que Hauk dirigia, mas ele estava aqui numa única
peça. Fisicamente, pelo menos.
Mentalmente, era uma questão totalmente diferente.
Hauk o levou para dentro do lobby, onde Zarya, a Princesa Annalise, Drake e um homem que
se parecia muito com Hauk estavam esperando por eles. A gravidez de Zarya agora era tão
evidente como a de Ana foi há algumas semanas.
Ture mordeu o lábio quando ele viu quão pálida ela parecia. ―Você está bem, docinho?
Você deve estar de pé?
Seu olhar esvoaçou sobre o sangue na roupa e na pele de Ture enquanto ela empalidecia
ainda mais. ―Mari?― Sua voz tremeu.
―Ele está vivo.
Fechando os olhos, ela suspirou de alívio e colocou a mão em seu coração. ―Eu estava
apavorada quando Darling me disse que Maris foi emboscado. Você está bem?
―Assustado como você, mas eu não estou ferido.― Ture a puxa contra ele e abraçou. ―Eu
senti sua falta.
―Eu também.― Ela inclinou a cabeça para trás a sorrir para ele. ―Eu disse, não disse?
Ele esfregou o nariz contra o dela. ―Sim. Você estava certa. Eu amo Mari. Ele é tudo o que
você disse, e ainda mais.
Drake soltou um assobio para chamar sua atenção. ―Você deixa o meu irmão ver você
molestar sua esposa assim, e eu vou ter que raspar seus restos com uma espátula. Sem ofensa, eu
odeio a limpeza.
Zarya riu. ―Relaxe, Drake. Darling não vai dizer uma palavra.
Drake pareceu altamente duvidoso quando ele se moveu para ficar ao lado de sua irmã,
Annalise.
As portas se abriram. Ture se virou para ver a maca com Darling e Syn. Sem parar, Syn levou
Maris com ele pelas portas da emergências.

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A Liga 07

Darling parou ao seu lado. ―Mari está estável. Ele entrou em pânico quando percebeu que
eu estava com ele e que você ficou para trás, assim Syn resolveu manter seus sinais vitais estáveis.
Ture suspirou. ―Ele nunca vai acreditar que eu não tenho ciúmes de você. Eu não sei como
o convencer de que seu relacionamento com os outros não me incomoda.
Darling arqueou uma sobrancelha cética, que era muito semelhante a uma expressão usada
por Maris. Eles conheciam um ao outro por tanto tempo que compartilhavam muitas dessas
peculiaridades. ―Não tem?
―Não. Por que deveria? Você já esteve em sua vida muito mais do que eu. Não é como se
você dormisse com ele ou fosse... eu teria problemas com isso. Até agora, eu pensei em você mais
como um irritante cunhado que Maris cuida... aquele cuja existência eu tenho que suportar em
silêncio.
A mandíbula de Darling ficou frouxa. ―Eu acho que estou insultado... E o que quer dizer até
agora?
Ture serenou. ―Ele teria morrido hoje se você não estivesse aqui. Eu poderia o estrangular
por me chamar e não você. Exceto por você, eu não teria nenhuma ideia de onde o procurar ou
alguma maneira de o localizar. Obrigado, Darling.
―Você não tem que me agradecer por salvar a Mari. Esse é o meu trabalho.― Darling puxou
Zarya em seus braços para a abraçar. ―Só cuide dele por mim. Isso é tudo que eu peço.
―Majestade?
Darling voltou como oficial se juntando a eles.
O oficial masculino se curvou. ―Dois assassinos estavam mortos quando chegamos. O
terceiro matou três policiais e fugiu. Nós já notificamos todas as agências para estarem à procura.
Com sorte, nós vamos pegá-lo.
Darling inclinou a cabeça. ―Obrigado por seu serviço e relatório.
O policial começou a deixá-los, em seguida, puxou sua arma fora e apontou para a porta.
Assustado, Ture olhou além dele para ver um assassino da Liga fardado entrar no lobby.
Assim que viu o policial, ele levantou as mãos e congelou.
Darling pressionou a blaster do homem em direção ao chão. ―Está tudo bem, policial
Dalens. Ele está do nosso lado.
Se curvando, novamente, o policial recuou.
Só então o assassino se aproximou. Alto, musculoso, bem armado e de cabelos negros, se
movia com a graça fluida de um assassino letal. No entanto, havia algo estranhamente familiar
sobre ele.
―Como ele está?― O assassino perguntou a Darling.
―Ele vai viver. Alguma ideia de quem fugiu de nós?
Um tic começou na mandíbula do assassino. ―Draygon. Meu palpite é que Mari o deixou ir.
De nenhuma maneira Dray poderia fugir dele por conta própria... o que significa que ele veio num
asetum por pena.
―Um o quê?― Ture perguntou.
Darling fez um som de extrema irritação. ―Vingança de sangue para vingar sua honra. Mas
mais grave do que parece. Quando um Phrixian fez um asetum, é a morte.
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A Liga 07

―Neste caso, de Dray... a menos que Mari o permita ter a sua cabeça. Estúpido bastardo
maldito pode fazer isso, também.
Ture viu vermelho com essas palavras. Sem pensar, ele empurrou o assassino de volta.
―Não se atreva a insultá-lo!
Darling veio entre eles antes que o assassino pudesse retaliar. ―As emoções estão fervendo
aqui para todos nós. Mas antes que vocês dois se peguem, deixe-me fazer as apresentações. Ture
Xans este é Safir Jari. Saf é irmão de Maris. Ture é o namorado.
Isso levou a luta de Ture, e o fogo morreu nos olhos escuros de Saf.
―Desculpe,― eles disseram ao mesmo tempo.
Portanto, este era o irmão que foi espancado no lugar de Maris.
O único que Mari amava acima de todos os outros.
Pela expressão ligeiramente suavizada no rosto de Saf, Ture soube que Maris falou com seu
irmão sobre seu relacionamento. Mas ele não tinha certeza do que fazer com isso. Como todos os
assassinos, Saf mantinha suas emoções visivelmente controladas.
―Eu não quis ser desrespeito com Mari,― Saf explicou. ―Ele é bondoso quando se trata de
nossos irmãos idiotas. Pessoalmente, eu gostaria de ter um tiro legal em Kyr... e na maioria dos
dias, Dray, também.
―Sim, mas Dray não é da Liga,― Darling disse. ―Os outros dois mortos eram.
Saf rangeu os dentes. ―Kyr chamou toda a família sobre Maris, para que possamos vingar a
vergonha que ele trouxe para a nossa casa. Seu pequeno golpe na prisão matou o último pingo de
sanidade que Kyr possuía. Enquanto ele adoraria ter sua cabeça na parede, é em Mari que ele está
obcecado.
Ture fez uma careta. ―Por quê?
O tic voltou na mandíbula de Saf, algo que Mari tinha quando ele estava chateado. ―Seria
ruim se Maris só fosse gay. O fato de que ele é gay e o melhor, o guerreiro mais condecorado na
nossa família... Kyr quer seus testículos num frasco para provar que ele é o maioral.
―Mari é melhor do que você?― Ture não poderia deixar de perguntar.
Safir ficou rígido. ―Eu sou muito bom no que faço. Eu colocaria minhas habilidades contra
qualquer um, a qualquer hora, em qualquer lugar... exceto Maris e Nykryian.― Ele olhou para
Darling. ―E o homem que ensinou Mari como realmente lutar, e explodir a merda em pedaços.
Crescendo, eu entrei em brigas suficientes com Mari para saber que ele pode varrer o chão com a
minha bunda, e isso como ele se segurando, porque ele realmente não queria me machucar.
Embora eu possa o fazer sangrar, não posso o parar, e eu sei disso. Ao contrário do resto da minha
família, eu tenho um respeito saudável e apreço pelas habilidades e competências do meu irmão.
Darling encolheu os ombros. ―Yeah, bem, eu aprendi muito do que eu sei de Nyk.
―É por isso que eu não vou levar esse contrato. Ou vocês. Eu posso ser arrogante, mas eu
não sou estúpido. Felizmente, Kyr e Dray monopolizaram a participação da família nisso.
Ture estava começando realmente a gostar de Saf. Ao contrário dos outros de sua laia, Saf
era estranhamente humilde e gentil.
Safir olhou ao redor da sala. ―Falando nisso, é melhor eu ir. Não é exatamente inteligente
vir e ser visto aqui. Mas quando eu ouvi o relatório de Dray, entrei em pânico e queria ter certeza
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A Liga 07

de que ele estava menIndo sobre a gravidade do estado de Mari.― Ele estendeu a mão para
Darling.
―Paz, meu irmão.― Darling tomou sua mão, em seguida, o abraçou.
Para choque completo de Ture, Saf o puxou para um abraço de corpo inteiro. ―Cuide do
meu irmão por mim. Diga a ele que não pode morrer e me deixar a única fonte de sanidade da
família. Estou dependendo dele para me ajudar a manter a linha.
Depois de dar a Hauk o mesmo abraço que ele deu em Darling e beijando a bochecha de
Zarya, Saf fez um sinal da Liga de respeito e solidariedade sobre seu coração, então partiu.
Ture arqueou uma sobrancelha para Zarya. ―Foi inesperado.
Ela assentiu com a cabeça. ―Eu amei Safir desde o momento em que o conheci. Você sabe
que ele é a única razão que você e eu estamos vivos, certo?
Ture franziu a testa. ―Não. Como assim?
Darling cruzou os braços sobre o peito. ―Depois que todos os nossos recursos combinados
não conseguiram os localizar, Saf foi o único que descobriu onde estavam detidos e enviou a
informação para Maris. Você estaria ainda na prisão, ou morto, se não fosse Safir.
Ture gelou com a coragem que Safir tinha para ir contra Kyr e o resto da Liga. Se eles alguma
vez descobrissem o que ele fez, eles teriam a certeza que sua morte fosse simbólica, dolorosa e
prolongada. ―Eu gosto dele ainda mais, agora.― Ele franziu a testa. ―Por que Maris não me disse
isso?
―Mari protege os que ele ama. Isso não significa que ele não confia em você. Mas, dada sua
educação severa, ele aprendeu a dizer o menos possível quando se trata de entregar a informação
que poderia matar alguém. Você não tem ideia dos horrores que ele e Saf já passaram. Há uma
razão para toda a sua família ser louca. E Maris é a única razão de Saf ser meio normal. Ele saiu do
seu caminho para proteger seu irmão, e mostrar a ele que haviam outras maneiras de viver do que
a vida severa em que tinha nascido.
Ture digerido isso. ―Mari nunca fala sobre sua família ou do passado.― Toda vez que ele
tentou abordar o tema, Maris habilmente alterou o assunto.
―Porque iria quebrar seu coração.― Darling o levou para longe dos outros, para que
pudessem conversar em parIcular. ―Você sabia que os Phrixians tem trinta e três palavras para
honra? Vinte para lealdade? Três dúzias para traição, mas nem uma única palavra para amor?
Ture ficou boquiaberto. ―Você está brincando.
Darling balançou a cabeça lentamente. ―Sua declaração de afeto de um para outro são duas
palavras que traduzem, Não farei nenhuma desonra a você. Ou esera diya kya, o que significa Eu
vou morrer antes de envergonhar você. Sua gente realmente não têm noção social do amor.
―Nada?
―Nem mesmo de pai para filho. As crianças Phrixian são vistas como propriedades do
governo. Os pais não os têm, nem os criam, porque eles os querem ou amam. Eles fazem isso
porque é seu dever nacional produzir guerreiros para lutar, e filhas para procriar a próxima
geração de soldados.
Horrorizado com o que descreveu Darling, ele olhou para ele. ―Eu não posso nem imaginar
o que você está me dizendo.
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A Liga 07

―Eu sei. Seu mundo é incompreensível. As crianças podem ser, e serão tomada de
quaisquer pais que sejam considerados demasiados brandos com eles. Aos dezesseis anos, seus
homens são recrutados para o serviço militar. Algumas meninas, se elas tiverem o talhe, podem
participar, mas é desaprovado. Lá, eles são vistos como propriedade do governo até que eles
estejam com 42 anos de idade. Até então, eles não podem possuir nada, nem casar. Se eles têm
um filho, é levado pelo governo e eles não sabem nada da educação da criança.
―O que acontece com as suas filhas?
Darling revirou os olhos com nojo. ―Se elas forem consideradas bonitas ou tiverem a
linhagem certa, elas são colocadas na piscina de casamento como troféus virgens, para os
guerreiros que se aposentam escolherem uma companheira. O resto se torna servas sociais, o que
inclui o atendimento aos soldados na ativa, sempre que eles ganham privilégios sexuais.
Ture franziu a testa. ―Estou confuso. Mari estava compromeIdo e Inha propriedades ao
mesmo tempo. Ele me disse isso.
―Maris é um príncipe. Enquanto eles ainda têm de cumprir as mesmas leis de todos os
outros, eles, exclusivamente, são autorizados a possuir propriedade antes de deixarem o serviço
militar, e podem se casar se seu pai precisar deles para um jogo político. Mesmo casados, eles
ainda não podem viver com a sua esposa até que tenham quarenta e dois e sejam liberados do
serviço. A única outra saída honrosa, para qualquer um deles, é ser bom o suficiente para se juntar
a Liga como assassinos, como Saf e Kyr.
Onde eles são forçados a serem celibatários, e onde ninguém pode se aposentar. Assassinos
são mortos no momento em que se tornavam muito velhos ou muito feridos para continuar suas
funções.
Lágrimas encheram os olhos de Ture, enquanto tentava imaginar como a existência foi
horrível para seu Maris, amante da paz. ―Mari disse que a Liga obrigou seu pai a ceder um filho
para se misturar com os seres humanos.
Darling assenIu. ―Maris foi um prisioneiro político por dez anos.
Ture estreitou seu olhar para Darling. ―Prisioneiro? Da forma como ele explicou, eu pensei
que ele estava apenas hospedado com uma família humana.
Darling soltou uma risada amarga, com raiva. ― Eu amo tanto como Mari dourar a pílula das
coisas para aqueles que ele ama.― Seu olhar queimou Ture. ―Ele Inha apenas cinco anos, e não
conseguia entender uma única palavra da Universal ou qualquer outra língua que não Phrixian,
quando seu pai o algemou e entregou a Liga sua custódia com uma ordem... Você traz qualquer
vergonha para Phrixus e vamos jantar seu fígado.
Com náuseas, Ture olhou para ele. ―O quê?
Olhando para trás em direção a Zarya, Darling suspirou profundamente. ―Seu pai não
estava brincando. Ele teria matado Mari se tivesse recebido qualquer relatório de mau
comportamento ou problemas. Então, Mari, sem compreensão da bondade ou amor ou
compaixão de qualquer tipo, incapaz de compreender o que as pessoas estrangeiras ao seu redor
estavam dizendo, foi jogado aos lobos. Sozinho.
Pouco mais que uma criança.

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A Liga 07

E Darling não fez nenhuma menção de natureza anfíbia de Mari e o stress de manter esse
segredo. Mesmo que ele detestasse violência, Ture queria matar a família de Maris pela crueldade
de abandonar um menino tão jovem.
―Em Phrixus,― Darling conInuou ―se alguém faz algo que você não gosta, você dois lutam
até que um de vocês perde a consciência ou morre. Essa é a Lei Primordial. De repente, Maris foi
jogado num mundo onde ele foi proibido de atacar a todos. Por qualquer motivo. Tudo o que ele
foi treinado e ensinado desde o nascimento era o exato oposto do que se esperava dele uma vez
que ele saiu do território Phrixian. Ele teve que conter todos os instintos que possuía ou morrer
por eles. A Liga disse a ele que era melhor nem mesmo golpear e matar uma mosca ou eles
retaliariam. Primeiro contra ele. Então o seu povo.
O estômago de Ture apertou por Maris e o horror de se sentir como uma criança pequena,
sozinha num mundo que ele não entendia. ―Onde ele foi morar?
―A Liga o entregou para a família real Ultaran.
Ture não tinha certeza de onde Ultara ficava, mas ele sabia o nome do planeta. ―Por que
lá?
―Os Ultarans esIveram em guerra com os Phrixians durante séculos. Ninguém se
preocupava com isso, até que um transporte da Liga foi pego no fogo cruzado. Desde que os
Phrixians foram os que os explodiram em pedaços, eles foram punidos mais severamente do que
os Ultarans. O Alto Comando da Liga exigiu que o imperador Phrixian entregasse um filho por uma
década para os Ultarans para garantir um cessar-fogo entre seus impérios.
―E aos Ultarans? Qual foi o seu casIgo?
―Eles basicamente se safaram com um tapinha na mão.
Ture estava desgostoso pela forma como a Liga operou. ―Então, Mari foi entregue aos
inimigos do seu pai?
A expressão no rosto de Darling confirmou os temores de Ture. ―Ele foi.
E como o filho de seu inimigo... ―Acho que eles não foram amáveis.
―Você sabe como eu conheci Maris, certo?
Era uma das melhores lembranças de Mari. ―Você salvou de um tirano.
―O príncipe Ultaran. Crispin. Eu admito que eu esteja morrendo de medo naquele dia. Era a
primeira vez que eu estava longe de casa ou da família, e tudo o que eu queria era que o dia
acabasse para meu pai vir me buscar.― Darling fez uma pausa enquanto a memória passava
através de sua mente. Mesmo todos esses anos mais tarde, ele podia vê-la como se fosse ontem.
Ele estava brincando com outro rapaz quando Crispin, que sobrepujava ele e Maris, jogou
Maris no chão e o segurou ali por seu cabelo. O olho de Maris estava machucado e seu nariz
sangrando do socos Crispin já dera.
―Você não é tão duro, não é, Phrixian? Você não passa de uma bichona. Diga, eu sou uma
puta com medo. Diga!
Um grupo de meninos mais velhos, os amigos de Crispin, fizeram um circulo em torno deles
e riam sobre o abuso de Maris.
―Diga Phrixian escória!
Se Darling vivesse mil anos, ele nunca iria esquecer o medo que ele viu no rosto de Maris.
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A Liga 07

Por causa do pai de Darling, que muitas vezes participou de sessões e reuniões com Darling
em seu colo, Darling era bem avançado na política para sua pouca idade, e ele sabia quem era
Maris e por que ele estava em sua escola. Acima de tudo, ele sabia que Maris foi proibido de se
defender. Se ele ousasse lutar, um relatório seria apresentado para a Liga, e Maris teria sido
executado por ele. Se não fosse pela Liga ou os Ultarans, então por seu próprio pai.
Maris disse algo em Phrixian, mas a compreensão de Darling da língua naquela época era tão
pobre como Maris da deles.
―O quê?― Crispin gritou em seu ouvido. ―Você quer chupar o meu pau? É isso o que você
disse, você enlouqueceu?― Ele se levantou com a mão ainda envolta no cabelo de Maris.
Porque ele já tinha começado o treinamento militar antes de ser entregue à Liga, Maris
fintou para a direita, em seguida, mudou de curso. E mesmo que ele deixasse um chumaço de
cabelo ensanguentado na mão de Crispin, ele atravessou o pátio com os outros em sua
perseguição.
Dois dos alunos mais velhos passaram uma rasteira quando ele passou por eles. Com uma
graça fluida, Maris rolou e se levantou. Mas assim que ele recuperou o equilíbrio Crispin o bateu
contra a parede e começou a bater nele de novo.
Darling olhou para os professores que estavam ignorando. Eles sabiam que o pai de Crispin
só iria puni-los se eles intervissem. Como imperador, ele tinha poder total sobre eles. E uma vez
que o pai de Maris não faria nada para ajudar seu filho, eles se recusaram a prestar ajuda e
arriscar suas cabeças ou empregos.
Incapaz de suportar mais um minuto da crueldade, Darling atravessou correndo todo o pátio
e bateu com o corpo em Crispin, o derrubando longe de Maris. Cego pela fúria, Darling deu uma
surra no covarde chorão.
Dobro do seu tamanho e idade, Crispin chorou como um bebê.
―Jure que você não vai atingi-lo mais! Nunca!― Darling exigiu.
―Não!
Darling deu um soco, uma e outra vez, até que seus próprios dedos estavam sangrando e
feridos. ―Jure! Ou que Deus me ajude, vou bater em você toda vez que eu te ver!
―Okay! Eu juro que nunca vou atingi-lo novamente.
―Nem mesmo em casa!
―Nem mesmo em casa.
Só então Darling recuou. Dolorido e sem fôlego, ele se virou para ver Maris ainda contra a
parede, olhando para ele como se com medo de Darling assumir de onde Crispin parou.
Darling sorriu para ele e tentou pensar em algo que Maris entendesse em Universal. ―Oi, eu
sou Darling Cruel. Devemos ser amigos.
Maris franziu a testa enquanto ele lutava para traduzir o que Darling estava dizendo.
Então Darling puxou seu pequeno notepad do bolso, e baixou um tradutor para dizer a ele
em Phrixian.
Só então Maris devolveu o sorriso. Ele pegou o notepad e digitou uma resposta. ―Seus
serviços eram necessários e memorizados.

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A Liga 07

Levaria meses antes que Darling entender aquele estranho comentário. Phrixians não tinha
palavras para amigo, gratidão ou agradecimento.
Ele apontou para si mesmo. ―Darling.
Maris fez o mesmo. ―MAH-ress...
Daquele momento em diante, Darling manteve Maris perto, observando suas costas
enquanto ele ensinava a Mari o Universal e Mari ensinava Phrixian bem o suficiente para que eles
pudessem conversar entre si fluentemente. Esses dias foram tão difíceis para Maris. Darling não
podia nem contar quantas vezes Maris veio para a escola com hematomas e cortes aonde os
Ultarans o tinham agredido quando estava em seu território.
Mari nunca disse uma palavra sobre isso. Também não tentava fazer amizade com ninguém.
Eu sou fiel só a você, Darling. Eles são confiáveis.
Sua desconfiança só cresceu quando ele viu como viciosamente seus colegas tinham virado
sobre Darling quando, para salvar sua mãe de ser executada por seu amante ter sido visto,
reivindicou seu amante masculino como dele. Depois disso, Maris nunca confiou em alguém com
alguma coisa sobre ele que pudesse causar danos ao seu corpo ou coração.
Foi por isso que os dois eram mais próximos do que irmãos. Por que Darling mataria quem
causasse danos à Maris.
Os pensamentos de Darling voltando ao presente, enquanto olhava nos olhos de Ture. Em
todos esses anos, Ture era o único que Maris já deu seu coração.
Só isso já dizia o quanto Maris amava Ture. ―Assustado como eu estava, eu sabia que Maris
estava ainda mais. E eu não poderia ficar de lado e vê-lo ser machucado.
―Você é um homem bom, Darling.
Ele zombou do elogio de Ture. ―Não é verdade. Falho como qualquer outra pessoa. Mas eu
tento. E eu sou apenas grato que Crispin foi para a mesma academia que eu, caso contrário, eu
nunca conheceria Maris. E eu estremeço com o que teria acontecido a um de nós se não
tivéssemos encontrado um ao outro. Eu sei que eu não teria passado por isso sem ele.
―Ele sente o mesmo por você, Darling. E agora eu entendo exatamente o por que. Eu não
posso imaginar como deve ter sido terrível para ele.
―Sim, foi duro. Enquanto o resto de nós íamos para casa para férias e feriados, Maris não
podia. Sua família só foi autorizada a o visitar com os acompanhantes da Liga, e só por algumas
horas de cada vez. O que muito raramente faziam.― E então era só para ameaçá-lo. ―Entretanto,
depois de nossas aulas regulares terminavam, ele passava seis horas por dia, com tutores Phrixian
que continuavam suas lições que contradiziam tudo o que nossa academia ensinava. Falando
sobre lição de casa... você não pode imaginar o trabalho que ele carregava, e ele não tinha
permissão para afrouxar ou ir mal em qualquer assunto, fosse humano ou Phrixian.
―Por que não?
―Honra. Falhar ou permiIr que um ser humano o superasse envergonharia sua família. Ele
passava dias sem dormir, apenas para que pudesse se manter na frente.
Ture estremeceu. Não é à toa Maris raramente cansava, e nunca se queixava de permanecer
as longas horas que eles ficavam no restaurante. Ele estava acostumado a isso. ―Será que ele
nunca teve uma pausa?
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A Liga 07

―Às vezes. Por causa da nossa amizade, meu pai interveio o melhor que pôde entre a Liga,
Phrixians e Ultarans para que fosse permitido que Maris ficasse com a gente, ou visitasse. Durante
sete anos, fizemos um trabalho muito bom intervindo.
―Apenas sete?
Os olhos de Darling ficaram escuro com a dor. ―Meu pai foi assassinado quando eu tinha
doze anos. E, embora algumas das aberturas que ele criou para Mari permitissem que as visitas
permanecessem, meu tio me queria isolado. Ele deixou claro que preferia que Maris ficasse longe.
Assim, por dois anos e meio, ele ficou na academia sem mim. É algo que ele nunca falou, então eu
sei que foi ruim para ele.
―E depois disso ele entrou na armada Phrixian.
Darling assenIu. ―Isso, também, foi um pesadelo para ele. Porque ele tinha sido
‘humanizado’ por algo que ele foi forçado a fazer contra a sua vontade, o Phrixians encontraram
uma forma de o punir por isso. Eles o assinalavam como fraco e contaminado por seu tempo com
os Ultarans. É por isso que seu pai escolheu uma não Phrixian para se casar com ele. Ele não
queria Maris envergonhando sua família com suas simpatias humanas e modos efeminados. Nem
queria um de seus outros imaculados filhos contaminados pelo mau cheiro de um ser humano.
―Como Maris suportou isso?
Darling riu amargamente. ―Principalmente, ele atacava. Ele estava com raiva o tempo todo
naquela época. Furioso com seu pai, sua família. Às vezes até comigo. Foi o que fez dele um
grande guerreiro. Ele tinha que liberar fúria e a liberava com qualquer pessoa que estivesse perto.
Ture deu uma respiração irregular quando ele finalmente compreendeu os dois lados
contraditórios da personalidade de Maris, e como ele pode oscilar do paquerador para assassino
cruel tão rápido. ―Você sabe, eu costumava te odiar muito. Passei incontáveis horas xingando
tudo sobre você e sua família real. Desejando que vocês estivessem todos mortos e enterrado...
sinto muito, Darling. Eu não deveria ter julgado você ou odiado, quando eu não sabia nada sobre a
sua vida ou situação. E eu não posso agradecer o suficiente por tudo que você fez por Maris. Eu
entendo totalmente sua devoção agora.
Darling deu um sorriso triste. ―Maris e eu fomos ao inferno e voltamos para casa juntos.
Costa com costa, temos defendido um ao outro com tudo o que possuímos. Sempre que
precisávamos recorrer a alguém, chamávamos um ao outro. Até hoje. Quando ele pensou que
estava morrendo, era a sua voz que ele queria ouvir pela última vez. Não a minha. Honestamente,
uma parte de mim ficou um pouco magoada. Eu nunca tive que dividi-lo com ninguém antes. Mas
eu o amo o suficiente para deixá-lo ir. Sua felicidade é tudo para mim.
―Para mim também.
Darling o abraçou. ―Obrigado por me ligar.
―Obrigado por salvá-lo.
Ele se afastou e ofereceu sua mão para Ture. ―Irmãos?
―Irmãos.

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A Liga 07

Maris despertou com uma dor lancinante em seu lado. Fazendo uma careta, ele abriu os
olhos para encontrar Syn verificando o curativo sobre as costelas. Quando ele percebeu que
estava num hospital, tudo voltou correndo para ele.
O ataque.
Draygon...
Ture se recusando a entrar na ambulância após Maris dizer a Darling que o amava.
Merda. As repercussões estavam fadadas a serem nucleares.
Syn levantou a cabeça para o encarar enquanto Maris tentava falar. ―Fácil, Mari. Você está
preso.
Incapaz de falar, ele usou sua única mão livre para sinalizar para Syn.
―Darling está lá fora com os outros.
Maris tinha apenas começado a perguntar sobre Ture quando a porta do banheiro se abriu,
e Ture saiu.
―Ele está acordado?
Syn assenIu. ―Ele abriu os olhos.
Ture correu para o lado oposto da cama. Se debruçando sobre o trilho, ele sorriu para Maris
enquanto passava a mão pelo seu cabelo. ―Hey, pequeno. Você deu a todos nós um grande susto.
Confuso, Maris tentou dar sentido a isso. Ele esperava a ira de Ture.
Não o seu amor.
Syn tirou a máscara de seu rosto, em seguida entregou um pequeno copo de água. ― Beba
lentamente.
Ture ajudou com isso.
Maris tossiu, então encontrou os olhos cinzentos de Ture. ―Você não está com raiva de
mim?
―Por quê? Ser apunhalado? Eu não acho que você fez isso de propósito, não é?
―Não... por Darling.
Ture copiou sua carranca. ―Por Darling o quê?
―Pelo o que eu disse a ele.
Agora ele parecia irritado. ―Que você o amava?
Maris assentiu.
Ture revirou os olhos. ―Por que eu iria ficar com raiva sobre isso? Eu sei que você o ama.
Não é como se você alguma vez manteve isso em segredo.
―Então por que você não entrou na ambulância?
Seus traços se suavizaram quando ele passou a mão sobre o rosto de Maris. ―Eu estava com
medo de você ser atacado novamente, amor. Eu queria homens com você que soubessem algo de
açougueiro além de cortar um bife.
―Sério?
Ture suspirou profundamente. ―Eu não estou com ciúmes de você e Darling, Mari. Quantas
vezes eu tenho que dizer antes de você acreditar em mim? Eu nunca ficaria entre vocês dois, e o
que vocês compartilham. E no futuro, quando você estiver morrendo, pelo amor dos deuses, por
favor, ligue para quem for capaz de salvar sua vida e não para quem não pode.
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A Liga 07

Maris entrelaçou os dedos com os de Ture. ―Você é minha vida.


Ture sorriu quando ele levantou sua mão aos lábios e beijou os dedos. ―Eu me sinto da
mesma maneira sobre você, é por isso que eu quero bater em você por me ligar quando você
deveria ter ligado para uma ambulância.― Ele olhou para Syn. ―Então, como é que ele está indo,
Doutor?
―Melhor.― Trancou olhares com Maris. ―Você levou uma baita de uma facada, no
entanto. Seu irmão cortou sua artéria e foi direto em seus intestinos. Se recuperar disso vai doer.
―O que eu posso dizer? Dray é bom no que faz. Eu nem sequer o vi, até que ele estivesse
em mim.
Syn franziu os lábios. ―Não elogie aquele bastardo para mim. Eu quero o seu coração no
meu punho. E por falar em...― Ele começou a retirar os monitores do corpo de Maris. ―Você vai
ficar melhor se pudermos te levar para dentro da banheira por um tempo. Eu estou assumindo
que você prefere Ture te ajudando com isso.
―Se você não se importar, eu gostaria.
Um sorriso apareceu no rosto de Syn. ―Bem, tanto quanto eu amo ver você nu, Mari, eu
vou com prazer te entregar para o seu namorado.
Maris arqueou uma sobrancelha ante essas palavras. Era a primeira vez que Syn brincava
com ele desse jeito. Normalmente, ele era o único a assediar Syn. Ele teria respondido, mas a
última coisa que ele queria era que Ture o levasse a sério e ficasse com seus sentimentos feridos.
Syn respondeu de volta. ―Você quer tentar caminhar ou devo chamar alguém?
―Eu vou caminhar.
―Tudo bem. Me dê alguns minutos para ligar a água e eu vou estar de volta.― Ele foi para o
banheiro.
Ture baixou o trilho e se sentou na beirada da cama de Maris. ―Eles rasparam a barba.
―Sinto muito. Eu vou deixar crescer de volta para você.
Lágrimas encheram os olhos de Ture por essas palavras. ―Para que conste, eu não quero
nunca me sentir assim novamente, Mari. Quando a linha ficou em silêncio e eu pensei que você
esIvesse morto...― Uma única lágrima correu pelo seu rosto. ―Eu não me sinto assim desde que
minha irmãzinha morreu. E o que eu senti quando eu pensei que você estava morto fez disso uma
paródia.
Maris apertou os lábios para não sorrir. ―Eu me sinto terrível que eu assustei. Que eu te
machuquei, mas...― Ele deixou seu sorriso livre. ―Eu te amo, Ture.
―Eu também te amo. Mas nunca morra sobre mim.
―Eu não tenho nenhuma intenção disso.
Ture cuidadosamente deitou seu corpo contra o de Maris e o segurou. Recuando, ele limpou
as lágrimas. ―A propósito, o tamanho de sua família me assusta.
―O que você quer dizer?
―Você deveria ver quantas pessoas estão do lado de fora. Isso é ridículo. Darling, seus dois
irmãos, sua irmã. Zarya e Sorche. Fain e Hauk têm posições na porta e não vão deixar ninguém da
equipe médica, que não seja Syn, entrar aqui sem eles pairarem sobre eles. E eles olham cada
crachá antes de os deixar entrar, Nykyrian e sua esposa, e sua filha mais velha e um de seus filhos.
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A Liga 07

A esposa de Syn e filho, e suas duas irmãs, e Caillen. Sua esposa e sua filha. Chayden e seu amigo.
Jayne e seu marido e três filhos. Nero. E Safir continua verificando. Todos eles estão desesperados
para vê-lo e saber como você está indo.
― E o mais importante está sentado bem aqui.
Ture sorriu. ―Eu adoro quando você me fala doce.
―Tudo bem,― Syn disse quando ele voltou. ―Vamos levá-lo para mergulhar.
Ture se moveu de lado para que Syn pudesse o ajudar até a banheira. Então Syn entregou a
custódia para Ture.
―Há um link aqui.― Syn mostrou. ―Se você precisar de alguma coisa chame. Estarei de
volta daqui a pouco para vê-lo.
―Obrigado, Syn,― eles disseram ao mesmo tempo.
Ele inclinou a cabeça e saiu.
Maris se recostou na banheira e suspirou enquanto a água o acalmava. Ele franziu a testa
quando pegou o olhar estranho no rosto de Ture. ―O quê?
―Seus olhos ficam prateados, mesmo quando a cabeça não está na água.
―Eu sei.
―É tão estranho para mim que não te doa a mudança. Parece que deveria.
Maris encolheu os ombros. ―Eu nunca penso sobre isso.― Ele afastou o cabelo de Ture de
seus olhos. ―Quanto tempo eu esIve fora?
―Três dias.
Ele engasgou com o tempo. ―Que horas são?
Ture consultou o relógio. ―Início da noite. Pouco depois das sete.
―Você não deveria estar no restaurante?
―Você sabe que aqui está a coisa engraçada... Eu não quero deixá-lo. Eu não me importo se
o restaurante queimar até o chão agora.
―Ture...
Ele colocou os dedos sobre os lábios de Maris, cortando suas palavras. ―É verdade. Eu fui
ontem para fechar e... me senti tão vazio sem você lá. Fiquei esperando para vê-lo na minha mesa
ou na porta. Você absolutamente me arruinou, Mari. Eu devia atirar em você por isso.
Maris tomou sua mão na dele e olhou para elas entrelaçadas. Sua pele brilhava com sua
tonalidade prata peculiar contra a carne mais escura de Ture. ―Eu não posso acreditar que eu
finalmente te encontrei.
―Apenas se cerIfique de você me manter.
Maris sorriu, mas debaixo de sua felicidade estava o medo do que estava por vir para eles.
Dray não descansaria até que ele estivesse morto. Nem Kyr.
No passado, ele não se importava. Mas Ture era uma fraqueza que ele nunca teve antes.
Hoje, ele era o único no hospital.
Mas o que aconteceria se Ture estivesse com ele? E se Dray, por pura crueldade, fosse pela
vida de Ture?
Como é que ele iria viver com ele mesmo se ele causasse a morte da única pessoa que ele
amava acima de todos os outros?
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A Liga 07

Ele não disse isso em voz alta, mas em seu coração, ele sabia a verdade. De alguma forma,
ele ia ter que encontrar a coragem para ir embora.
Antes que seus irmãos matassem os dois.

Capítulo 11

Esta foi à semana mais longa da vida de Ture. O que nenhum deles sabia era que a faca de
Dray fora revestida com um veneno de ação lenta, que deu a Maris convulsões. Tivesse sido
qualquer outro que não Syn o médico o atendendo, Maris teria morrido.
Eles finalmente o tiveram fora de perigo e descansando.
Mas Ture não poderia afastar a imagem da Maris caído. Se ele colocasse as mãos em Dray,
ele, o pacifista, ia arrancar o coração, refogar com cebola, e alimentar Kyr.
Ele ouviu seu link zumbir. Atendendo, ele sorriu para a imagem de Mari em sua cama de
hospital. ―Ei, bonitão.
―Oi, lindo. Você já está no restaurante?
―Entrando agora.― Ture deslizou pela porta dos fundos. Ele ainda odiava que Ivesse
permitido que Maris o convencesse a retornar tão cedo. Se fosse por ele, ele teria ficado com
Maris até Syn o liberar para voltar para casa. Mas Ture tinha posto uma condição. Ele só voltaria a
trabalhar se Mari viesse com ele.
Ture enviou a transmissão do link para o grande monitor na parede, ao mesmo tempo que
sua equipe o bombardeava com perguntas sobre a saúde de Maris. ―Vejam por si mesmos, ele
está no caminho da completa recuperação.― Ture sorriu Maris. ―Te disse que eles sentem sua
falta, também.
Maris riu. ―Olá a todos.
Ture ficou para trás enquanto sua equipe se revezava conversando com Maris enquanto eles
se preparavam para a correria do jantar. Ele não percebeu o quanto sua equipe tinha abraçado
Maris como parte de sua eclética família, até Mari ser ferido. Num tempo muito curto, Mari tinha
chegado a significar muito para todos eles.
Anachelle engasgou quando ela entrou pela porta dos fundos e o vi no monitor. Ela correu
para frente com Terek e acenou com a mãozinha para Maris. ―Ei, Io Mari, papai! Tentamos te
visitar, mas não deixaram seu filho entrar, ele é muito jovem.
Os olhos de Maris se arregalaram. ―Olha como ele está grande. Ah! Eu gostaria de poder
abraçá-lo.
Ture riu enquanto Maris falou igual a bebê com a criança careca que olhava para ele com
uma expressão adorável de confusão total.
Quando Terek começou a chorar, Ana pediu licença para trocá-lo.
Ture avançou. ―Tudo bem, todos, temos de nos concentrar e ficar prontos. Maris vai ficar
com a gente enquanto ele está acordado então o ignorem como sempre fazemos quando ele está
realmente aqui.
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A Liga 07

Sua sous chef, Amberlia, riu. ―Só você o ignora quando ele está aqui. O resto de nós
realmente fala com ele.
―É verdade,― disse Maris, com um sorriso malicioso. ―Você só fala comigo quando você
quer me usar como cobaia.
Ture arqueou uma sobrancelha para ele. ―Se comporte. Eu tenho o controle posso desligá-
lo com ele.
A luz veio para aqueles olhos escuros que o deixou saber que Maris tinha um comentário
sexual para isso, mas segurou. É por isso que eu te amo, tanto.
Seu guerreiro feroz sempre era um cavalheiro.

Maris enfiou o braço atrás da cabeça, enquanto observava Ture e sua equipe trabalhando.
Até agora, ele não percebeu o quanto sentia falta de estar com eles. Ele procurou por todos os
lados um lugar para pertencer. Mas em todas as suas imaginações mais ousadas, ele nunca
sonhou que seria numa cozinha comercial.
A porta de seu quarto abriu.
Ele colocou seu microfone em mudo enquanto ele olhava para cima para encontrar Darling
se movendo em direção à cama.
―Como você está se sentindo?
―Bem.
―Então o que há de errado?
Maris desviou o olhar. Ele tinha mas bom senso do que tentar esconder seus sentimentos de
Darling. Milhares de imagens passaram por sua cabeça enquanto pensava em todas às vezes em
seu passado quando ele precisou de alguém, e Darling apareceu como se tivesse sentido a dor de
Maris. ―Eu não sei o que fazer.
―Sobre?
―Ture.
Darling se sentou na beirada da cama e prendeu-o com um olhar duro. ―Eu acho que não
entendi o problema. Você o ama, então...
―Eu o ponho em perigo.― Maris engoliu em seco o nó na garganta. ―Mais e mais, eu
continuo vendo você quando Nykyrian disse que Zarya estava morta. Eu sinto quando você
balançou em meus braços, e a dor dilacerante, crua em seus olhos. Eu realmente entendo agora.
Darling pegou sua mão na dele. ―É assustador como o inferno. Honestamente, eu não sei
como Nyk lida com Kiara sendo uma civil. Com Zarya, eu sei que ela é treinada para se defender e
matar qualquer atacante. Ainda assim, com ela grávida, ela não pode fazer isso e cada segundo de
cada minuto, eu estou uma pilha de nervos. Eu só quero amarrá-la comigo para me certificar de
que nada de ruim aconteça com ela novamente, e eu só posso imaginar como vai ficar pior
quando o meu filho nascer e eu tiver a ele para me preocupar, também. Mas que escolha temos?
―Nós partimos.
―Mare-urso... você não acabou de dizer isso para mim.

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A Liga 07

Maris fungou segurando as lágrimas no apelido provocativo que Darling não tinha usado
desde que eram crianças. ―Eu não gosto de me sentir assim. Você conhece meus irmãos, Dar. Eles
estariam tontos de alegria, se pudessem colocar as mãos sobre Ture.
―Eu sei. Kyr é uma ameaça tão grande para mim como ele é para você. Mas você e Ture
pode se mudar para o palácio, onde temos vigilância vinte e quatro horas, e uma guarda militar
completa. Eu vou atribuir o melhor da minha guarda pessoal. Mesmo a Sentella se quiser. Ele pode
ficar em tempo integral.
―Deus, eu te amo.
―Eu também te amo, Mari. Não há nada que eu não faria por você, você sabe disso. E o que
posso dizer? Estar apaixonado é uma merda. A vida é bastante difícil quando você só tem que se
preocupar com o seu próprio rabo. Quando há alguém cuja vida significa ainda mais para você...
Eles têm você pelas bolas.
―Você soa como Drake.
―Yeah, eu acho que o desgraçado está começando a me contagiar. Uma vez que você está
passando tanto tempo com Ture, você me forçou a começar realmente a falar com o meu irmão.
Devo a você uma séria surra na bunda por isso.
Ele riu. ―Você ama Drake.
―Em pequenas doses.― Darling se inclinou para frente quando ele finalmente percebeu o
pequeno tablet na mesa bandeja de Maris. ―O que é isso?
Maris virou na direção dele para que ele pudesse ver a cozinha. ―Ture se recusou a ir para o
trabalho, a menos que eu fosse com ele. Desta forma, podemos manter o olho um sobre o outro.
Darling acenou para Ture que ainda não podia ouvi-los. Sorrindo, Ture acenou de volta,
então correu para apagar um pequeno incêndio. ―Eu sempre soube que você iria se apaixonar
por um cozinheiro.
―Yeah, eu sei.― Maris respirou irregular quando ele voltou à bandeja à sua posição original.
―Obrigado, Darling. Agradeço a conversa.
―Não tenho certeza se fiz algo.
―Você fez o que sempre faz, me deu esperança. E o que você falou fez sentido para mim.
―A qualquer hora, irmão.
Maris sentiu o familiar triste vazio quando Darling soltou sua mão e saiu do quarto. Ele
nunca realmente pensou que qualquer outro homem pudesse fazê-lo sentir aquela sensação.
Não até Ture.
Ligando o som, ele moveu a mão para que ele pudesse traçar a linha do queixo de Ture
enquanto ele andava pela cozinha, com graça incomparável. Ele podia ver o homem se mover
durante todo o dia. Nada dava mais prazer.
Como posso sequer pensar em deixá-lo?
Mas a verdadeira questão era como ele poderia o pôr em perigo por ficar?

Ture congelou quando ele olhou para o monitor e pegou a expressão vulnerável no rosto de
Mari. Por um minuto, ele não podia se mover. Ninguém nunca olhou para ele daquele jeito.
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A Liga 07

Como se ele fosse o ar que Maris respirava.


Eu me sinto da mesma maneira sobre você, pequeno.
E a última coisa que ele queria era estar aqui, esta noite, sem ele. Ele sentia falta de estar
com Maris mais do que ele jamais teria pensado possível. Mesmo que ele pudesse ver Maris no
monitor, não era o mesmo que roubar um beijo rápido quando ele passava. De Maris andando
atrás dele para um abraço rápido enquanto Ture dava uma colher para Maris provar no que ele
estava trabalhando...
Amo você, ele articulou para a tela.
Eu, também, Maris murmurou de volta.
―Ture?
Virou-se ao ouvir a voz da Ana. ―Sim, docinho?
―Posso deitar T em seu escritório enquanto ele cochila?
―Claro. Eu coloquei um pequeno berço para ele lá, ontem.― Desde que ela estava
administrando as coisas para ele de novo, enquanto ele ficava com Maris, ele pensou que a
melhor coisa a fazer era deixar o bebê mais confortável.
Ela ficou boquiaberta. ―Você realmente fez?
―Claro. O mínimo que eu poderia fazer para o filho do meu namorado.
Rindo, ela revirou os olhos. ―Me lembre mais tarde que eu tenho os papéis da custódia para
entregar para Maris no meu saco de fraldas. Eles vieram hoje, e você pode levá-los até o hospital
mais tarde.
―Vou levar docinho.― Ele se virou para Maris. ―Você está prestes a não ter filho
novamente, querido.
Maris fez beicinho. ―Diga a Ana que ainda quero o direito de visitação do meu filho.
―Tenho certeza que ela vai nos deixar cuidar.― Ture parou quando viu Maris reprimir um
bocejo. ―Você está cansado?
―Eu estou bem.
Ele estreitou seu olhar sobre ele. ―Desligue e vá dormir. Estarei de volta assim que fechar.
A relutância naqueles olhos escuros tocaram profundamente. ―Eu prefiro ficar com você.
―Como eu gostaria, mas eu não acho que você quer que todos saibam quão alto é seu
roncossauro.
Maris riu. ―Eu não ronco. Você faz.
―Hmm-mmm, vá em frente e acredite nas mentiras que você diz.
―Tudo bem. Eu estou indo. Vejo você mais tarde, docinho.
Ture soprou um beijo antes de fechar e desligar. Mas, quando ele fez isso, uma onda de
lágrimas o sufocou quando sentiu a ausência de Maris como uma dor física. É apenas mais
algumas horas. Ele viveu a maior parte de sua vida sem Maris. Então, por que era tão difícil agora?
No passado, ele estava ansioso para ter um tempo sozinho. Enquanto ele gostava de seu tempo
com seus namorados, ele também precisava de um tempo para si mesmo algumas vezes.
Ele nunca sentiu isso que sentia com Mari. Quanto mais ele estava com ele, mais ele não
tinha nenhum desejo de ficar sozinho. Nunca. Ele queria compartilhar tudo com Maris.
Não fazia sentido, mas ele não podia negar o que estava em seu coração.
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A Liga 07

Tentando colocar isso fora de sua mente, ele forçou seus pensamentos em cozinhar e
administrar seu restaurante.

―Ele ainda está dormindo?


Ana balançou a cabeça quando ela olhou Ture na pia. ―Eu verifiquei apenas para me
certificar de que ele estava respirando. Ele nunca dormiu muito antes. Mas ele parece bem.
Concedido, é estranho e inquietante.
―Acho que ele estava cansado.― Ele terminou de enxaguar a pia. ―Você conseguiu os
pedidos?
―Tudo feito. Você?
Limpou as mãos na toalha, então retirou o avental. ―Concluído. Finalmente.
―Então eu vou pegar Terek e podemos chamar isso pela noite.― Ela deu um passo para
longe dele e congelou.
Ture abriu a boca para perguntar o que estava errado, mas as palavras engasgaram quando
viu três assassinos da Liga uniformizados com seu irmão.
Bristol estalou a língua para ele. ―Eu finalmente percebi por que seu atual namorado
parecia tão familiar para mim, e por que nenhum de vocês me disse o nome dele... Maris Sulle. Ele
deve ser capaz de sugar fora o revestimento de uma nave para você não desistir dele pelos
créditos que a bunda dele vale.
Pavor rasgou Ture com essas palavras, e aquilo que se irmão tinha obviamente feito. ―Me
diga você não fez.
―Eu fiz, e você deveria ter me dado o dinheiro que eu pedi Ture. Ele teria nos salvado de um
monte de problemas.

Capítulo 12

Maris saltou acordado em sua cama. ―Ture?


―Darling.
Ele se virou para ver Darling sentado na cadeira que Ture muitas vezes dormia ―Que horas
são?
―Só depois da uma.
Ele ficou gelado com essa resposta. ―Onde está Ture?
―Ele deveria estar aqui?
―Yeah. Ele estava vindo após o fechamento. Ele deveria estar aqui horas atrás.― Maris
começou a sair da cama, mas Darling pegou.
―Não entre em pânico. Ligue para ele.― Darling entregou o seu link.
Maris fez a chamada.

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A Liga 07

Não houve resposta. Sua respiração ofegante, ele encontrou o olhar preocupado de Darling,
enquanto tentava chamar Anachelle que estava com Ture.
Mais uma vez, ninguém atendeu.
Seu pânico cresceu ainda mais. ―Ele não teria ido para casa, Dar. E mesmo se tivesse, ele
teria respondido a minha chamada.
―Okay. Você fica aqui, caso eles estejam vindo, e eu vou verificar o restaurante e seu
apartamento.
Maris desesperadamente queria ir com ele, mas Darling estava certo. Ele precisava ficar no
caso de que eles estivessem numa área de baixa recepção à caminho do hospital. Satélites
ocasionalmente com defeito e fora do ar...
Podia não ser nada. Terek poderia ter ficado doente e eles poderiam estar numa clínica
pediátrica 24 horas com ele.
―Por favor, depressa.
Darling inclinou a cabeça para ele. ―Você sabe que eu vou. Vou ligar assim que chegar lá.
Maris assentiu enquanto Darling partia. Hauk entrou um segundo depois.
―O que você está fazendo aqui?
Hauk sorriu. ―Sentado em você enquanto você entra em pânico. Certificando que não faça
algo estúpido. Você está planejando ser estúpido?
―Eu tento evitá-lo.
―Bom para você. Eu não. Preferencialmente eu abraço a minha estupidez natural, com
ambos os braços.
Apesar de seu pânico, Maris riu. Ele amava o Andarion ranzinza. Hauk sempre valeu seu peso
em gargalhadas. Mas ainda assim, ele estava preocupado. ―Eles estão bem, certo, Hauk?
―Claro. Você sabe que nós não vamos deixar nada acontecer com sua família.
Maris estava desesperado para acreditar nisso. Mas enquanto ele esperava por Darling, se
amaldiçoando por ter desligado o monitor. Como ele poderia ter ido dormir e deixando Ture
sozinho?
Por favor, que dê tudo certo...
Ele nunca se perdoaria se algo acontecesse enquanto ele dormia.
O tempo se arrastou até que ele finalmente viu Darling chamando. Ele pegou e ouviu um
bebê chorando no fundo. ―É Terek?
―Yeah.
Seu estômago afundou quando Darling ficou em silêncio e não ouviu nada além do bebê.
―O que houve?
―Hauk está com você?
Isso era ruim...
―Eu estou bem aqui. Por quê?
―Eu preciso que você segure Mari para mim.
―O quê!― Maris rosnou. ―Darling, me diga o que diabos está acontecendo.
Quando ele finalmente falou, sua voz estava tensa e profunda. ―Anachelle está morta na
cozinha, e é óbvio que houve uma luta feia aqui.
104
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A Liga 07

―Ture?
―Nenhum sinal dele. Pela aparência disso, acho que ele foi levado.
Maris não podia respirar enquanto aquelas palavras o esbofetearam forte.
―Terek parece estar bem. Por alguma razão, eles o deixaram em seu berço no escritório de
Ture. Eu já tenho todos nisto e Jayne está levando Terek para casa com ela enquanto nos
mobilizamos. Vamos encontrá-lo, Mari, você sabe que nós o faremos.
Mas em que condições?
Terror o consumiu. Era tão sujo e cortante que fez suas orelhas zumbirem. Sua visão
esmaeceu quando seu sangue corria grosso e duro em suas veias. Ele trocou olhares com Hauk.
―Tire suas mãos de mim, ou as perderá.
―Maris...
―Hauk... você já viu o que é um Phrixian pode fazer quando encurralado?
―Maris, não!― Darling estalou.
―Se isso fosse Zarya?
Darling amaldiçoou. ―Deixe-o ir, Hauk. Ele está certo. Tão durão como você é, no humor de
Mari, você precisaria de apoio. Phrixians são como animais raivosos quando feridos. Eles são três
vezes mais forte que o normal, e não sentem dor até a sua adrenalina parar de correr. Pense em
Nykyrian com um tiro de Prinam nele.
E agora mesmo, Maris não sentiu nada, exceto o desejo de rasgar a garganta de quem foi
burro o suficiente para tomar Ture dele.
Hauk deu um passo para trás, em seguida ficou boquiaberto quando Maris puxou os
monitores fora e se pôs de pé sem vacilar. Como Darling disse, ele não sentia dor, não até que ele
se acalmasse novamente.
Ele foi para o saco que Ture trouxe de casa e se vestiu. A última vez que Maris se sentiu
assim foi quando a Resistência havia sequestrado Darling. Ele estava insano, até que o encontrou.
Tão logo ele estava vestido, retornou para Hauk e o despojou de suas armas. Hauk não disse
uma palavra ou tentou pará-lo. Ele simplesmente entregou, uma por uma.
―Você vai precisar de uma carona.
Maris amarrou a blaster em seus quadris. ―Eu vou dirigir.
Hauk hesitou. ―Você é uma merda dirigindo.
―Assim como você.
Ele deu um sorriso com presas, em seguida, entregou as chaves. ―Oh, Yeah, eu sou.
Maris saiu com Hauk e Fain o flanqueando. Ele estava indo para encontrar Ture, e ele
planejou rasgar qualquer pessoa com seu namorado em pedaços pequenos, sangrentos.

Capítulo 13

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A Liga 07

Ture viu o sangue escorrendo de seu nariz e boca, enquanto respingava contra o chão
branco ao lado da cadeira em que estava amarrado. Ele estava tão machucado, que não podia
respirar sem os olhos lacrimejarem.
O oficial da Liga enterrou uma mão enluvada em seu cabelo e jogou a cabeça para trás para
que Ture fosse forçado a encarar fixamente o bastardo. ―Ou nos diz onde ele está ou o chama!
―Foda-se.
O soldado bateu novamente. ―Responda a pergunta, sua bicha estúpida!― Ele bateu
novamente.
Ture riu. ―Eu posso ser gay, mas você é o único que vai ficar publicamente com a bunda
comida quando Maris chegar aqui. Ele vai rasgar todos vocês pelo que você fez.― Pela primeira
vez em sua vida, ele acreditava nisso. Ele não tinha nenhuma dúvida de que Maris viria por ele.
O soldado bateu de novo e de novo. Finalmente, ele se afastou. ―Teve o suficiente?
Ture zombou. ―Você bateu como uma menina. Quem ensinou a lutar? Sua avó decrépita?
Guinchando, o soldado da Liga chutou sua cadeira, o derrubando. Ture gemeu quando a dor
bateu por todo seu corpo.
―Estou cansado disso.― O outro assassino abriu a porta e falou com alguém no corredor.
―Traga seu irmão aqui.
Enquanto esperavam, os assassinos o colocaram de volta na cadeira. Sangue encheu sua
boca enquanto sua visão escurecia. Eles estavam nisso a horas. Era como se o que aconteceu com
Zarya repetisse tudo de novo, só que desta vez ele sabia a resposta que queriam.
Mas ele iria morrer antes que ele desse Maris.
A primeira rodada de tortura foi água e eletrocussão. Em seguida, eles se mudaram para as
drogas e expurgos. Asfixia.
Agora, o espancamento à moda antiga.
Nada disso importava enquanto ele finalmente entendia como Zarya conseguiu passar por
tudo sem falar. E pensar que ele a criticou por isso.
Ele riria da ironia, se não doeu tanto respirar.
Outro soldado da Liga trouxe Bristol para dentro da cela e o obrigou a ficar de joelhos na
frente de Ture. Suas mãos estavam algemadas atrás das costas e alguém amordaçou. Os olhos
arregalados de medo, ele tentou dizer algo para Ture, mas ele não conseguia entender uma única
palavra.
O soldado que deu a maior parte da sua surra puxou sua blaster para fora e mirou na cabeça
de Bristol. ―Agora, responda a pergunta ou eu vou pintar a parede com a massa encefálica do seu
irmão.
Bristol gritou contra sua mordaça.
O estômago de Ture torceu com a ameaça. O tempo parou enquanto ele olhava para os
mesmos olhos que sua irmã tinha, e se lembrou de segurar sua mão enquanto ela dava seu último
suspiro. O som estridente das televisões dos monitores ficou gravado para sempre em seu
coração. Bristol era apenas um menino e Ture o segurou por horas enquanto ele chorava.
O assassino removeu a mordaça de Bristol.

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A Liga 07

Lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ele soluçava. ―P-p-por favor, Ture. Não deixe
que eles me machuquem!
Era o mesmo apelo que Anachelle fez.
Completamente insensível, Bristol tinha franziu os lábios para ela. ―Calem essa cadela.
Eles tinham atirado nela um segundo depois. O horror de vê-la morrer sem motivo o
adoeceu. O fato de que seu próprio irmão disse para silenciá-la...
Imperdoável.
―Eu te amo, Bristol,― Ture sussurrou.
Bristol sorriu. ―Então, diga onde está Sulle. Podemos dividir a recompensa. Você e eu! É
uma fortuna, Ture. Podemos nos aposentar. Nós nunca vamos ter que trabalhar novamente.
Lágrimas quentes fizeram os cortes em seu rosto arderem enquanto elas caíam. Ture deu
uma respiração irregular e balançou a cabeça. ―Sinto muito. Eu amo Mari mais.
―Eu sou seu irmão!
E Maris era seu coração.
O soldado da Liga afundou a mão no cabelo de Bristol e pressionou a ponta da blaster em
sua têmpora. ―Eu vou fazer isso.
Ture não tinha nenhuma dúvida. Matar pessoas era sua especialidade. ―Eu sei.
―Ture... você não pode me deixar morrer.
―Eu não fiz isso, Bristol. Você fez.― Se Bristol não chamasse a Liga, querendo reivindicar a
recompensa pela vida de Maris, eles não estariam aqui agora.
―Eles vão me matar, grande irmão! Por favor, me ajude!
Ture gritou quando a agonia o rasgou em pedaços. Ele não queria fazer isso. Que tipo de
monstro entregava seu próprio irmão à morte?
―Uma última vez, jockey de pau. Onde está Sulle?
Antes que ele pudesse até mesmo puxar o fôlego, a porta atrás do soldado explodiu.
―Eu estou bem aqui, idiota.― Maris abriu fogo contra ele e, em seguida, virou sua blaster
para os outros dois na sala. Antes que Ture pudesse piscar, eles estavam mortos.
Ignorando Bristol, Maris correu para Ture e se ajoelhou ao lado de sua cadeira. Com a mão
tremendo, ele afastou o cabelo do rosto machucado de Ture. ―Pequeno?
―Eu sabia que você ia me encontrar.
Maris cortou suas restrições e o puxou em seus braços enquanto Darling se juntava a eles na
sala. ―Graças aos deuses você está vivo.
―E quanto a este?― Hauk perguntou enquanto ele manInha Bristol sob sua blaster.
―Amigo ou inimigo?
Maris ajudou Ture a levantar. ―Ture?
―Ele é meu irmão.
Hauk livrou Bristol enquanto Maris inclinavam Ture contra a parede e inspecionavam suas
feridas.
Darling verificou o corredor por mais soldados da Liga.
Maris clicou em seu link. ―Caillen? Relatório?
―Eu acho que tenho todos eles no chão. Você deve estar livre para o transporte.
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A Liga 07

Maris estendeu a mão para Ture. Para sua surpresa completa, Ture agarrou a blaster reserva
de seu quadril e levantou. Atordoado, ele não conseguia se mexer para se defender quando o
cano apontou para sua cabeça.
Então Ture o empurrou e disparou atrás dele.
Ele se virou para ver Bristol afundando no chão como uma blaster caindo de suas mãos.
Ture desmoronou contra ele. ―Ele ia aIrar em você pelas costas, com a blaster que Hauk
entregou para que ele se defendesse.
Boquiaberto, Hauk olhou para Darling, então para Maris, e finalmente para Ture. ―Você
disse que era irmão.
Ture engoliu em seco. ―Ele era.
O coração de Maris se rompeu com essas palavras. Por ele, Ture matou seu próprio irmão.
Antes que ele pudesse parar a si mesmo, ele abriu a viseira no capacete e o beijou.
―Caras!― Hauk gritou. ―Precisamos sair daqui enquanto podemos. Coloque suas calças de
volta. Vamos lá!
―Eu ainda tenho três cargas,― Darling disse Hauk. ―Isso deve nos levar à baía.
Maris se afastou e fez questão de manter Ture ao seu lado enquanto se dirigiam para o seu
transporte. Como uma mãe galinha, Darling os guardou enquanto Hauk ia primeiro, como seu
batedor.
Eles estavam no meio do caminho quando a voz de Caillen veio no link.
―Temos companhia, e eles estão dando uma festa de boas-vindas.
Maris estremeceu ao som do disparo da Blaster e maldições de Fain. Ele fechou seu escudo
de rosto, depois tirou a jaqueta resistente a explosão e a colocou em Ture. Não era tanta proteção
quanto ele gostaria, mas era melhor que nada. Ele inclinou a cabeça para Hauk para os cobrir
quando eles avançavam com Darling cobrindo suas costas.
Quando chegaram à baía, que estava formigando com o pessoal da Liga. Seu coração
martelou, Maris sabia que ele não podia levar Ture com suas feridas atuais e Ture não estava em
condições de correr. ―Hauk? Darling? Peguem Ture e o leve a bordo. Eu vou chamar o fogo.
Darling o amaldiçoou.
―Tem certeza?― Hauk perguntou.
―Yeah.
Ture empalideceu. ―Mari?
Ele segurou o rosto de Ture enquanto uma onda de arrependimento o lavava. Eu quero fazer
isso e voltar para você...
Mas havia uma grande quantidade de poder de fogo aqui.
―Vá com eles, pequeno. Eu estarei bem atrás de você.
Ele viu a dúvida nos olhos cinzentos de Ture enquanto Hauk tirava a própria jaqueta.
Jogando Ture por cima do ombro, Hauk usou seu casaco para proteger as pernas de Ture. ―Em
três eu estou correndo para o transporte com Ture,― Hauk anunciou aos membros da Sentella
que estavam com eles. ―Não atire se alguém abrir a maldita porta.
―Nisso,― Caillen disse.
Darling puxou suas bombas. ―Vou bloqueá-los com duas cargas.
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Maris deu uma última olhada no rosto danificado de Ture e rezou por um milagre. Quando
Hauk acertou dois, Maris tirou o capacete para que a Liga soubesse que ele era o alvo principal
que eles queriam. Ele o colocou sobre a cabeça de Ture para o proteger, em seguida, correu para
dentro da baía antes que os outros pudessem impedi-lo de fazer isso.
A blasfêmia de Darling ecoou em seus ouvidos enquanto Darling tentava cobri-lo.
―Sulle!― um dos seus inimigos gritou antes que eles abrissem fogo.
Darling disparou duas cargas, os forçando a recuar temporariamente.
Maris correu entre as naves e cargueiro atracado, longe do transporte, se certificando de
que os soldados tinham uma linha limpa de vista sobre ele.
―Droga, Mari!― Darling gritou através do link em seu ouvido. ―Onde você desapareceu? E
o que diabos você está fazendo?
―Protegendo o que eu amo. Não se preocupe comigo, Darling. Eu quero que você decole
tão logo Ture esteja a bordo.
Darling começou uma rodada de maldições Phrixian que teria feito o pai de Maris orgulhoso.
―Hauk, leve Darling para a nave, mesmo se você tenha que matá-lo. Fain sente em seu rabo
apertado.― Maris abaixou quando uma explosão de plasma passou zunindo por sua cabeça.
―Tranque e saia.
Maris correu em direção a uma grande pilha de caixas. Caindo de joelhos, ele derrapou e
abriu fogo contra os soldados que estavam se aproximando pela suas costa. Em seguida, ele pulou
e mergulhou para cobertura.
E bateu contra um assassino a Liga.
Merda...
Ele esperou a morte. Até o assassino abrir seu elmo.
Era Safir, quem os trouxe aqui para salvar Ture.
Maris fez uma careta para o seu irmão. Saf deveria já ter saído. ―O que você está fazendo?
Saf entregou seu blaster. ―Me use como seu escudo.
―Você está louco?
―Não. Estou pagando uma dívida de sangue. Pelo menos parcialmente. Agora, faça isso,
Maris, ou eu vou ter que mata-lo.
Ainda assim, ele hesitou. ―Se eu fizer isso, você vai perder o seu posto.
―Melhor do que perder o meu irmão.― Saf fechou seu escudo. ―Não se preocupe comigo,
Mari. Eu vou viver. Só pegue os outros e saia. Você sabe que sua equipe nunca vai deixar você aqui
para morrer e a Liga nunca vai deixar qualquer um de vocês vivo.
Saf estava certo.
Seu coração quebrou sobre o que ele tinha que fazer, Maris o puxou para um abraço antes
que ele desse a volta por trás de Saf e agarrasse seu pescoço. ―Darling? Você está dentro?
―Na rampa, olhando para o seu traseiro estúpido. Nós não estamos deixando você, Mari.
Nunca.
Ele foi um tolo de pensar que sim. Mas então, foi por isso que eles eram família.
Família ficava junta, mesmo quando ela era louca por fazer isso. Eles não deixariam o outro
para morrer.
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A Liga 07

―Eu estou indo.


Saf fingiu lutar enquanto Maris o arrastava em direção a nave. Enquanto os assassinos eram
treinados para matar uns aos outros numa situação como essa, os homens na baía eram soldados
de infantaria. Eles não iriam atirar enquanto Maris mantivesse um deles.
―Eu amo você, irmão,― ele sussurrou para Saf.
Saf apertou seu braço para que ele soubesse que sentia da mesma maneira.
Maris hesitou quando chegou à rampa. Kyr teria Saf espancado e despido de sua posição por
isso. Ambos sabiam disso. Mas se Saf permitisse Maris escapar sem ferimentos, sua punição seria
a morte.
Pressionando o capacete contra Saf, Maris pôs seu irmão perto. Ele queria levar Saf com ele,
mas isso seria ainda pior. Então Saf estaria marcado para morrer e caçado por cada assassino da
Liga. Seria mais gentil atirar em sua própria cabeça do que relegar seu irmão para esse destino.
―AIre!― Saf gritou para os outros soldados, cobrindo sua bunda.
Quando um dos soldados chegou perto o suficiente, Darling detonou sua última carga.
Enquanto isso eclodia, Maris empurrou Saf para longe e fora da rampa. Com uma respiração
profunda de coragem, ele atirou no ombro de Saf e subiu correu o resto da rampa.
Darling e Hauk estavam no topo. Hauk fechou com força e o segurou contra a parede de aço
enquanto Caillen decolava a nave antes da rampa terminar de fechar.
Darling se segurava numa alça, no lado oposto.
Hauk aumentou seu apertou em Maris. ―Ture está amarrado ao lado de Caillen.
Maris deu um tapinha no braço. ―Obrigado, Hauk. Por tudo.
―Qualquer hora, amigo.
Darling estendeu a mão para Maris tomar. Eles não disseram uma palavra um ao outro.
Não era preciso.
Através dos bons e maus momentos, irmãos até o amargo fim.
A nave se virou bruscamente enquanto Caillen se evadia de seus perseguidores. Como Hauk
conseguiu o manter preso à parede, Maris não tinha ideia. Droga, o Andarion era forte.
Quando chegaram à velocidade de escape, Nykyrian, Syn, Nero, Jayne e Fain trouxeram seus
combatentes para lutar com as naves menores atrás deles.
Hauk o soltou. Maris foi para a ponte, onde Chayden proporcionava fogo de cobertura
enquanto Caillen pilotava a nave. Ele mal os viu, com seu olhar fixo em Ture. Se apressando para
ele, ele caiu de joelhos, jogou os braços ao redor da cintura de Ture e colocou a cabeça em seu
colo.
Ture passou a mão nos cabelos úmidos de Maris, enquanto as lágrimas o cegavam. ―Você
nunca arrisque sua vida desse jeito de novo, e eu vou fazer Darling bater em você.
―Entendido,― Darling rosnou. ―Só eu estou autorizado a ser tão estúpido.
Maris riu deles. Ele levantou a cabeça para ver Darling repassando suas configurações. ―O
que aconteceu com Saf?
―Ele está a caminho do hospital e está suspenso, enquanto se aguarda investigação.
―Não se preocupe Mari,― Nykyrian disse na linha. ―Kyr vai puni-lo, mas ele não vai matá-
lo.
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A Liga 07

―Você tem certeza?


―PosiIvo. Ele não vai confia em Safir num futuro previsível. No entanto, ele sabe que uma
das duas coisas aconteceu. Ou você caiu acidentalmente sobre seu irmão e o usou, e você não vale
a perda de um assassino altamente treinado que tem lealdade familiar com ele. Ou Saf o ajudou, e
agora você tem uma dívida de sangue com ele. Que, Kyr pode usar para te pegar no futuro.
E era por isso que Nykyrian ainda estava vivo, apesar da Liga o querer morto. Era assustador
o quanto ele entendia os meandros de outras espécies e suas políticas.
Darling olhou para ele e deu um sorriso. ―Nós também temos um dos nossos espiões
cobrindo as costas de Saf. Se alguém fizer um movimento na direção dele, vamos tirá-lo
imediatamente. Eu prometo a você, ninguém vai machucar seu irmão.
―Obrigado.― Maris olhou para Ture. ―Você está bem?
―Agora que você está seguro, eu estou.
Maris entesourou essas palavras enquanto forçava seus pensamentos longe da tragédia da
noite. A Liga deu um golpe duro.
O irmão de Ture estava morto.
Por minha causa.
Tomando a mão de Ture, ele a segurou nos lábios, enquanto afundava na dura realidade.
Ninguém, exceto Darling ou Saf, o tinha protegido assim. Era algo que ele nunca esqueceria.
―Eu te amo,― ele respirou.
Uma única lágrima caiu pelo rosto de Ture. ―Eu também te amo.
Pela primeira vez em sua vida, Maris sabia que não era da boca para fora.
Isto era verdadeiro.
E seria para sempre.
―Darling9?
―Sim?
Maris riu quando tanto Darling como Ture responderam. Fiel à sua promessa, Ture nunca se
ofendeu das vezes que Maris o chamou de ‘darling’. Ao invés disso, ele tomava como o carinho
que era para ser, e nunca assumiu que Maris o chamava pelo nome errado.
―Ture,― ele disse com um sorriso para esclarecer quem ele estava falando. ―O imperador
ofereceu nos permitir viver no palácio com a sua guarda. Você vai morar comigo?
Ture sorriu. ―Claro, eu vou. Você já viu os riscos idiotas que você toma? Eu não tenho a
intenção de te deixar sozinho novamente. Eu não posso me dar ao luxo.
Maris riu. ―Bom. Caso contrário, eu estava com medo que você estivesse prestes a me
relegar ao status perseguidor louco.
Apertando a mão de Maris, Ture balançou a cabeça. Até outro pensamento o atingir. ―Onde
está Terek?
―O marido de Jayne esta com ele. Ele não estava ferido, e ele foi alimentado e está
dormindo quando eu verifiquei.

9
Darling é querido em inglês, deixei no original para o texto não perder o sentido.
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Ture soltou um suspiro de alívio. ―Você sabe que ainda está registrado como seu pai legal, e
Ana não tinha outra família. Eu tenho os papéis de rescisão de custódia que ela tinha elaborado,
mas...
A respiração de Maris prendeu em sua garganta enquanto ele esperava que Ture estivesse
perguntando o que ele achava que era. ―Você quer ficar com ele?
―Eu adoraria. Você?
Maris assenIu. ―Eu sempre quis ser uma mãe para outra pessoa que não Darling e seus
voluntariosos irmãos.
Todos riram com isso.
Maris travou os olhos com Ture. ―Você sabe isso oficialmente faz de nos uma família,
certo?
Ture olhou para Darling, então Hauk. ―Eu acho que nós éramos uma família muito antes
disso.
―Só não me faça o tio assustador,― disse Hauk. ―Lembre-se, temos Fain para isso.
Bufando, Maris varreu seu olhar sobre algumas das poucas pessoas que significavam tudo
para ele. Não, eles não eram relacionados por sangue. Mas eles estavam ligados por algo muito
mais forte e mais poderoso.
Amor e respeito mútuos. E essa era a única coisa no universo que era verdadeiramente
indestrutível.
Ele passou toda a sua vida tentando encontrar o lugar que ele pertencia. Agora ele tinha, e
que era muito melhor do que qualquer um de seus sonhos.
Não, as pessoas ao seu redor não eram perfeitas. Nem ele era. Mas eles tentavam e eles o
amavam.
Assim como ele os amava.
Isso era tudo o que realmente importava. Era o melhor que alguém poderia esperar e, agora
mesmo, ele sabia de uma verdade inegável...
Ele realmente era a cadela mais sortuda do universo.
E, enquanto ele tivesse Ture e seu filho com ele, nada jamais seria mais importante.

Não perca a próxima emocionante aventura de A Liga...

Nascido of Fury - 2014

A guerra está em marcha...


Contado entre os guerreiros mais ferozes de Andarion que já nasceram, Hauk é um dos cinco
membros fundadores da Sentella — uma organização que declarou guerra contra a Liga, que
governa o universo Ichidian com um punho de ferro e o aterrorizam com um exército de
assassinos bem treinados. Os inimigos de Hauk são uma legião, mas ele não teme nada, nem
ninguém. Ele vai fazer o que for preciso para sobreviver e proteger os seus irmãos da Sentella.

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Sumi Antaxas é uma das melhores assassinas da Liga já treinadas. Em seu mundo, o fracasso
não é uma opção e ela nunca conheceu um alvo que não pudesse executar. Então, quando ela é
atribuída a Hauk, ela acredita que vai ser uma missão fácil e rápida.
Mas nada é tão simples como parece, e Hauk é muito melhor treinado e qualificado do que
seu dossiê mostra. Mais do que isso, enquanto ela o persegue, ela se depara com a chave que vai
derrubar não só Hauk, mas toda organização Sentella — e acabar com a vida de seu Alto
Comando.
Na corrida para relatar suas informações, Sumi é sobrepujada por inimigos que vão matá-la
de forma tão eficaz como ela pretendia matar Hauk. Agora sua única chave para a sobrevivência é
o homem que foi enviada para matar. E Hauk não confia nela absolutamente.
A única questão é — ele vai ajudá-la a viver... ou mandá-la para a sua sepultura.

Fim

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