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BRASILEIRA 7483
Quarta edição
23.02.2021
Número de referência
ABNT NBR 7483:2021
14 páginas
© ABNT 2021
Impresso por: Warley Ricardo dos Santos
ABNT NBR 7483:2021
Exemplar para uso exclusivo - BELGO BEKAERT ARAMES - PARA PARTICIPANTE DE COMISSÃO DE ESTUDOS DA ABNT -
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reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................iv
Introdução.............................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos gerais................................................................................................................3
4.1 Classificação.......................................................................................................................3
4.2 Fabricação ..........................................................................................................................4
4.2.1 Fio.........................................................................................................................................4
4.2.2 Qualidade do fio..................................................................................................................4
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4.2.4 Emendas..............................................................................................................................4
4.2.5 Cobrimento..........................................................................................................................5
4.2.6 Tratamento final...................................................................................................................5
4.2.7 Acondicionamento e embalagem......................................................................................6
4.2.8 Transporte e armazenamento............................................................................................6
4.3 Marcação e designação......................................................................................................6
4.3.1 Marcação..............................................................................................................................6
4.3.2 Designação..........................................................................................................................6
4.4 Encomenda..........................................................................................................................7
5 Requisitos específicos.......................................................................................................7
6 Inspeção...............................................................................................................................8
6.1 Procedimento de inspeção.................................................................................................8
6.2 Amostragem e frequência de ensaio.................................................................................8
6.3 Ensaios.................................................................................................................................8
7 Aceitação e rejeição............................................................................................................9
Anexo A (normativo) Especificações da cordoalha........................................................................10
Tabelas
Tabela A.1 – Características das cordoalhas nuas de três e sete fios com relaxação baixa – RB..... 11
Tabela A.2 – Especificações de graxa e cera para cordoalhas revestidas...................................13
Tabela A.3 – Referência de massa linear mínima e máxima por diâmetro...................................14
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
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Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 7483 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Siderurgia (ABNT/CB-028), pela Comissão
de Estudo de Aços para Concreto Armado e Protendido (CE-028:002.001). O Projeto de Revisão
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 25.11.2019 a 23.01.2020. O Projeto
de Emenda 1 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 19.01.2021 a 17.02.2021.
A ABNT NBR 7483 é baseada nas ASTM A416; BS5896 e PTI M10.2.
A ABNT NBR 7483:2021 equivale ao conjunto ABNT NBR 7483:2020 e Emenda 1, de 23.02.2021, que
cancela e substitui a ABNT NBR 7483:2020.
Scope
This Standard establishes the demanded requirements for the manufacturing, ordering, shipping and
reception of high-tensile steel strands, 3-wired, 7-wired, bright, indented or sheathed (wax/grease-coated
and polymer-sheathed) for prestressed or post-stressed concrete structures
Introdução
b) inclusão de produtos amplamente utilizados no mercado e que não existiam na versão de 2008,
como cordoalhas engraxadas e plastificadas, cordoalhas enceradas e plastificadas, cordoalhas
entalhadas, criando assim critérios de compra, fabricação, aceitação e utilizações destes produtos,
referenciados em especial pela ASTM A886 e PTI-M10.2;
Além disso, esta nova edição buscou o refinamento de definições e expressões para melhor
compreensão dos usuários.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para fabricação, encomenda, fornecimento e recebimento
de cordoalhas de aço de alta resistência de três e sete fios, nuas, entalhadas ou revestidas (engraxadas
e plastificadas), destinadas às armaduras de pré-tensão e pós-tensão.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
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constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 6349, Fio, barras e cordoalhas de aço para armaduras de protensão – Ensaio de tração
– Método de ensaio
ABNT NBR 7484, Fios, barras e cordoalhas de aço destinados a armaduras de protensão – Ensaio de
relaxação isotérmica – Método de ensaio;
ABNT NBR 14236, Produtos de petróleo e materiais betuminosos – Determinação do teor de água por
destilação
ABNT NBR 11341, Derivados de petróleo – Determinação dos pontos de fulgor e de combustão em
vaso aberto Cleveland
ABNT NBR 13797, Água – Determinação de cloretos – Métodos titulométricos do nitrato mercúrico
e do nitrato de prata
ASTM B117, Standard practice for operating salt spray (fog) apparatus
ASTM D4289, Standard test method for elastomer compatibility of lubricating greases and fluids
ASTM D792, Standard test methods for density and specific gravity (relative density) of plastics by
displacement
ASTM D938, Standard Test Method for Congealing Point of Petroleum Waxes, Including Petrolatum
ASTM D1321, Standard Test Method for Needle Penetration of Petroleum Waxes
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
cordoalha de sete fios
cordoalha constituída por sete fios, sendo seis fios com o mesmo diâmetro nominal, encordoados
juntos, em uma forma helicoidal, com passo uniforme, em torno do fio central (alma)
3.2
cordoalha de três fios
cordoalha constituída por três fios com o mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, em uma
forma helicoidal, com passo uniforme
3.3
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3.4
cordoalha de sete fios revestida (engraxada e plastificada ou encerada e plastificada)
cordoalha constituída por sete fios, sendo seis fios com o mesmo diâmetro nominal, encordoados
juntos, entalhados, em uma forma helicoidal, com passo uniforme, em torno do fio central liso (alma),
recoberta por uma camada de graxa ou cera e por uma capa extrudada de polietileno ou polipropileno
de alta densidade
3.5
graxa de pós-tensão
lubrificante utilizado entre a cordoalha e a capa polimérica
3.6
cera de pós-tensão
lubrificante utilizado entre a cordoalha e a capa polimérica
3.7
capa polimérica extrudada
recobrimento plástico à base de polipropileno ou polietileno de alta densidade extrudado sobre a cor-
doalha revestida com graxa ou cera
3.8
passo da hélice
comprimento ao longo do eixo de uma volta completa do fio helicoidal em torno do fio central (alma)
3.9
diâmetro de cordoalha
diâmetro da circunferência metálica que a circunscreve, não sendo considerada a dimensão adicional
formada pela graxa ou cera e pela capa polimérica (ver Tabela A.1)
3.10
lance
segmento contínuo de cordoalha sem emendas
3.11
rolo
certo segmento de cordoalha apresentado em espiras concêntricas, formando um volume compacto,
que pode ser composto no máximo por dois lances
3.12
lote
quantidade de cordoalha produzida sob as mesmas condições na etapa de encordoamento
NOTA Um fornecimento ou embarque pode ser constituído por um ou mais lotes ou partes deles.
3.13
emenda
qualquer tipo de união entre segmentos adjacentes de fios ou cabos
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3.14
flecha
medida da distância máxima entre a linha que une as duas pontas de um segmento amostral e a face
interna da cordoalha
4 Requisitos gerais
4.1 Classificação
a) categoria CP-190;
b) categoria CP-210;
c) categoria CP-220;
d) categoria CP-230;
e) categoria CP-240.
4.1.4 Os números 190, 210, 220, 230 e 240 correspondem ao limite mínimo da resistência à tração
na unidade quilogramas-força por milímetro quadrado. Para os efeitos desta Norma, considera-se
1 kgf/mm2 = 9,81 MPa.
4.1.5 As cordoalhas de três e sete fios são produzidas sempre na condição de relaxação baixa (ver
tabela A.1).
4.2 Fabricação
4.2.1 Fio
O fio usado na fabricação da cordoalha deve ser produzido por trefilação a frio a partir de fio-máquina
de aço-carbono. Os teores de fósforo e enxofre do aço não podem exceder os seguintes valores:
a) fósforo: 0,020 %;
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b) enxofre: 0,025 %.
Não há especificação para os outros elementos químicos. A composição química do aço utilizado deve
garantir que as características mecânicas especificadas nesta Norma sejam atendidas pelo produto
final.
O fio deve ser isento de defeitos superficiais ou internos, prejudiciais ao seu emprego.
4.2.3 Encordoamento
A cordoalha deve ter o fio central com diâmetro nominal pelo menos 3 % maior do que o dos fios exter-
nos. Os seis fios externos devem ser firmemente dispostos em torno do fio central (alma), com um
passo de 14 a 18 vezes o diâmetro nominal da cordoalha.
A cordoalha deve ser produzida com fios com o mesmo diâmetro nominal, firmemente encordoados
com um passo de 14 a 18 vezes o diâmetro nominal da cordoalha.
O processo de fabricação da cordoalha de três e sete fios deve garantir que os fios componentes da
cordoalha, ao serem cortados com discos, não saiam de sua posição original ou, caso saiam, que
possam ser reposicionados manualmente.
4.2.4 Emendas
Permite-se que soldas entre bobinas de fio-máquina, necessárias para continuidade do processo de
trefilação, sejam incorporadas à cordoalha.
Quando solicitado pelo comprador um produto de apenas um lance, não é permitida a incorporação de
emendas no produto final, originadas durante ou após o processo de trefilação ou durante o processo
de encordoamento.
4.2.5 Cobrimento
4.2.5.1.1 O filme de graxa deve ser uniforme em torno da superfície metálica da cordoalha,
utilizando-se material que garanta proteção contra a corrosão do aço e lubrificação entre a cordoalha
e a capa polimérica. Além disso, deve ser química e fisicamente estável e não reativo com o aço e a
capa polimérica.
4.2.5.1.2 Para cordoalhas de 12,70 mm, o peso mínimo da graxa deve ser de 37 g/m de cordoa-
lha. Para cordoalhas com diâmetros de 15,20 mm e 15,70 mm, o peso mínimo de graxa deve ser de
44 g/m de cordoalha.
4.2.5.1.3 O fabricante deve garantir, em uma frequência de ensaios de cinco em cinco anos, que
a graxa seja compatível com os critérios discriminados na Tabela A.2.
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4.2.5.2.1 O filme de cera deve ser uniforme em torno da superfície dos fios que constituem a cor-
doalha, utilizando-se material que garanta proteção contra a corrosão do aço e lubrificação entre
a cordoalha e a capa polimérica. Além disso, deve ser química e fisicamente estável e não reativo com
o aço e a capa polimérica.
4.2.5.2.2 O fabricante deve garantir, em uma frequência de ensaios de cinco em cinco anos, que
a cera seja compatível com os critérios discriminados na Tabela A.2.
4.2.5.3.1 A capa polimérica extrudada sobre o conjunto aço-graxa ou aço-cera deve ser à prova
d’água e garantir proteção completa à penetração de concreto e perda de graxa ou cera durante apli-
cação, sendo contínua por todo o comprimento da cordoalha. O polímero deve ser suficientemente
resistente para que tenha sua integridade garantida contra danos causados durante o processo de
fabricação, transporte, instalação, concretagem e pós-tensão, além de ser quimicamente estável, de
forma que não se fragilize diante da exposição à variação de temperaturas e vida útil da estrutura.
A capa também não pode ser reativa ao concreto, aço e cobrimento de proteção contra corrosão.
4.2.5.3.3 A espessura mínima da parede de capa polimérica deve ser de 1,0 mm e o seu diâmetro
interno mínimo deve ser 0,75 mm maior que o máximo diâmetro da cordoalha. Ligeiras variações
dimensionais na parede da capa polimérica são admissíveis, devido ao processo de extrusão. A den-
sidade mínima do polímero deve ser de 0,941 g/cm3.
4.2.6.1 As cordoalhas devem ser submetidas a um tratamento termomecânico final apropriado, a fim
de atender aos requisitos especificados em 5.2 e na Tabela A.1. No caso das cordoalhas engraxadas
e plastificadas, os requisitos são os mesmos discriminados na Tabela A.1, somados aos requisitos
específicos discriminados em 4.2.5. No caso das cordoalhas entalhadas, também são aplicáveis os
requisitos discriminados na Tabela A.1, e, adicionalmente, a profundidade de entalhe em cada fio das
cordoalhas entalhadas, medida por duas vezes em cada geratriz, deve ter profundidade média máxima
de 3,5 % da dimensão do arame liso.
4.2.6.2 As cordoalhas, ao serem desenroladas e deixadas livremente sobre uma superfície plana
e lisa, não podem apresentar uma curvatura com flecha permanente superior a 15 cm, em compri-
mento de 2 m.
A cordoalha deve ser fornecida em rolo firmemente amarrado, com diâmetro interno não inferior
a 750 mm.
Os produtos de aço para protensão devem ser protegidos durante o transporte e armazenamento
contra qualquer dano ou contaminação, especialmente contra substâncias ou líquidos que possam
produzir ou provocar corrosão.
4.3.1 Marcação
Cada rolo deve ser identificado por uma etiqueta suficientemente resistente, com inscrição indelével,
firmemente presa, que deve indicar:
c) designação do produto:
4.3.2 Designação
a) CP – Concreto protendido;
c) RB – Relaxação baixa;
d) diâmetro nominal;
g) recobrimento (no caso de cordoalha engraxada e plastificada – EGP; no caso de cordoalha ence-
rada e plastificada – ECP).
EXEMPLO CP-190 RB 12,7 EGP significa uma cordoalha de sete fios para concreto protendido (CP),
categoria 190, relaxação baixa (RB) e diâmetro nominal de 12,7 mm (12,7), engraxada e plastificada (EGP);
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CP-190 RB 15,2 ENT significa uma cordoalha de sete fios para concreto protendido (CP), categoria 190,
relaxação baixa (RB) e diâmetro nominal de 15,2 mm (15,2), entalhada (ENT); CP 190 RB 3 × 3,0 significa
uma cordoalha para concreto protendido (CP), categoria 190, relaxação baixa (RB), cordoalha de três fios (n)
e diâmetro nominal de 3 mm (d) por fio.
NOTA Caso seja explicitamente declarado na etiqueta do produto o aspecto superficial ou da cordoalha,
não é necessária a utilização dos nomes “EGP”, “ECP” ou “ENT”.
4.4 Encomenda
5 Requisitos específicos
5.1 As cordoalhas fabricadas conforme 4.2 e inspecionadas, amostradas e ensaiadas conforme
a Seção 6 devem atender aos valores especificados nesta Norma.
5.2 O módulo de elasticidade é função do material. Para o aço-carbono comum, o valor nominal do
módulo de elasticidade é de 200 GPa. Ensaios individuais que resultem em desvios maiores que 5 %
em relação a 200 GPa indicam erros cometidos no ensaio ou de outra natureza, não sendo, todavia,
motivo de rejeição do material ensaiado. Este módulo deve ser fornecido por ensaio do produtor ou
obtido em ensaio realizado em laboratório independente.
NOTA Para valores divergentes de ensaios referentes ao mesmo lote, utilizar o valor do ensaio mais
próximo de 200 GPa.
5.3 As propriedades mecânicas das cordoalhas de três e sete fios com relaxação baixa são especi-
ficadas na Tabela A.1
6 Inspeção
6.1 Procedimento de inspeção
6.1.1 O produtor deve informar ao comprador os resultados dos ensaios por meio do certificado.
Os resultados dos ensaios do produtor devem estar disponíveis para exame pelo comprador ou seu
representante, durante pelo menos cinco anos.
b) identificação do rolo;
6.1.4 A partir da recepção do material, o comprador torna-se responsável pela integridade física do
produto no decorrer das operações de transporte, de manuseio, de estocagem, aplicação e manuten-
ção na estrutura.
6.1.5 O comprador deve verificar a integridade física das cordoalhas e adotar pelo menos um dos
seguintes procedimentos:
b) analisar as características do material utilizado. Por meio dos ensaios já realizados pelo produtor;
6.2.1 Para os ensaios especificados em 6.3.1, deve-se retirar uma amostra da extremidade externa
de um rolo para cada 30 000 kg do mesmo lote. Para lotes que não atingirem 30 000 kg, deve-se
extrair uma única amostra.
6.2.2 As amostras não podem ser submetidas a qualquer forma de tensionamento e/ou de aqueci-
mento, e todo o procedimento deve obedecer à ABNT NBR 6349.
6.3 Ensaios
6.3.1 O ensaio de tração das cordoalhas deve ser executado conforme a ABNT NBR 6349, deter-
minando-se o diagrama “Carga-Deformação”, a carga a 1 % de alongamento, a carga de ruptura,
o alongamento total após ruptura e o módulo de elasticidade em todos os corpos de prova.
6.3.2 O ensaio de relaxação das cordoalhas deve ser executado conforme a ABNT NBR 7484, determi-
nando-se os valores da relaxação para uma carga inicial aplicada de 80 % da carga de ruptura mínima
especificada.
7 Aceitação e rejeição
7.1 O produto inspecionado, amostrado e ensaiado conforme a Seção 6 é aceito, desde que todos
os resultados (exceto o módulo de elasticidade) atendam aos valores especificados nesta Norma.
7.2 Se qualquer corpo de prova não atender aos valores especificados, uma nova amostra com-
posta de dois corpos de prova deve ser retirada do mesmo rolo ensaiado e submetida a reensaio.
7.2.1 Se o resultado deste reensaio atender aos valores especificados nesta Norma, o lote corres-
pondente é considerado aprovado.
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7.2.2 Se o resultado de pelo menos um dos corpos de prova deste reensaio não atender a qualquer
valor especificado nesta Norma, o rolo correspondente deve ser considerado reprovado e todos os
demais rolos que compõem o lote devem ser ensaiados.
7.3 Pode-se admitir oxidação do produto, desde que esta seja superficial, leve e uniforme e não
apresente pontos de corrosão localizada (cavidades) na superfície.
7.3.1 Para verificação da oxidação superficial, um tecido grosseiro (estopa ou ráfia) ou uma esponja
plástica abrasiva podem ser utilizados para remoção manual do óxido, esfregando-se os fios da cor-
doalha. Em caso de dúvida quanto à gravidade do dano provocado pela oxidação, o material deve
ser submetido aos ensaios especiais para a comprovação de suas propriedades mecânicas originais.
7.3.2 A partir da aceitação do produto na entrega, a manutenção da condição física do material passa
a ser de responsabilidade do comprador. Para cordoalha nua, salvo acordo prévio entre o comprador
e o fornecedor, a superfície do fio não pode conter qualquer lubrificante, óleo ou outra substância
capaz de prejudicar a sua aplicação.
7.3.3 Recomenda-se, para manuseio das cordoalhas revestidas, a utilização de cintas de náilon,
ganchos emborrachados ou empilhadeiras com lanças emborrachadas, sem que haja atrito entre
o dispositivo de içamento e a capa polimérica. Não seguir esta recomendação pode levar ao enruga-
mento ou rasgo da camada plástica.
Caso o comprador deseje efetuar a inspeção do material na fábrica, após este ter sido submetido aos
ensaios de rotina, os eventuais ensaios adicionais, às expensas do produtor, são limitados no máximo
a uma amostra por lote. Não é requisito desta Norma que uma cordoalha específica seja submetida
ao ensaio de relaxação.
7.4 A liberação e o emprego do produto não são condicionados ao resultado do ensaio de relaxa-
ção, devido à sua longa duração. O produtor deve entregar ao comprador um certificado de ensaio de
relaxação realizado em no máximo seis meses, obtido de fios de mesma designação, comprovando
sua capacidade de produzir fios na categoria a que pertence o aço fornecido conforme a Tabela 1.
O comprador pode se basear em resultados recentes e regularmente obtidos com material de mesma
categoria e mesmo produtor.
Anexo A
(normativo)
Especificações da cordoalha
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Tabela A.1 – Características das cordoalhas nuas de três e sete fios com relaxação baixa – RB (continua)
CP 190 RB 15,7 15,7 147,1 150,1 153,1 1 180 274,2 27 951 246,8 25 158
RB 190 CP 190 RB 3 × 3,0 3 × 3,00 21,5 21,8 22,8 171 40,1 4 088 36,1 3 680
CP 190 RB 3 × 3,5 3 × 3,50 30,0 30,3 31,8 238 55,9 5 698 50,3 5 127
três fios CP 190 RB 3 × 4,0 3 × 4,00 +/– 0,3 37,6 38,7 39,8 304 70,1 7 146 63,1 6 432
CP 190 RB 3 × 4,5 3 × 4,50 46,2 46,6 48,9 366 86,1 8 777 77,5 7 900
CP 190 RB 3 × 5,0 3 × 5,00 65,7 66,2 69,6 520 122,4 12 477 110,2 11 233 3,5 %
3,5 % mín.
CP 210 RB 9,5 9,5 54,9 56,2 57,3 441 113,1 11 529 101,8 10 377 max.
CP 210 RB 12,7 12,7 98,6 100,9 102,9 792 203,1 20 703 182,8 18 634
sete fios – 0,2 / + 0,4
CP 210 RB 15,2 15,2 139,9 143,4 146,3 1 126 288,2 29 378 259,4 26 442
CP 210 RB 15,7 15,7 147,1 150,1 153,1 1 180 303,0 30 887 272,7 27 798
RB 210 CP 210 RB 3 × 3,0 3 × 3,00 21,5 21,8 22,8 171 44,3 4 516 39,9 4 067
CP 210 RB 3 × 3,5 3 × 3,50 30,0 30,3 31,8 238 61,8 6 300 55,6 5 668
três fios CP 210 RB 3 × 4,0 3 × 4,00 +/– 0,3 37,6 38,7 39,8 304 77,5 7 900 69,7 7 105
CP 210 RB 3 × 4,5 3 × 4,50 46,2 46,6 48,9 366 95,2 9 704 85,7 8 736
CP 210 RB 3 × 5,0 3 × 5,00 65,7 66,2 69,6 520 135,3 13 792 121,8 12 416
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11
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12
Tolerância Área da seção de aço da Massa Carga mínima c Relaxação
Diâmetro Carga mínima Alongamento
no diâmetro cordoalha nominal da a 1 % de máxima
Número nominal da de ruptura total mínimo d
Categoria Designação a nominal da 2 cordoalha b alongamento após
cordoalha mm após ruptura
de fios
cordoalha 1 000 h e
mm %
mm %
Mínimo Nominal Máximo kg/1 000 m kN kgf kN kgf
ABNT NBR 7483:2021
CP 220 RB 9,5 9,5 54,9 56,2 57,3 441 118,5 12 080 106,6 10 866
CP 220 RB 15,7 15,7 147,1 150,1 153,1 1 180 317,5 32 365 285,7 29 123
CP 230 RB 9,5 9,5 54,9 56,2 57,3 441 123,9 12 630 111,5 11 366
sete CP 230 RB 12,7 12,7 98,6 100,9 102,9 792 222,5 22 681 200,2 20 408
RB 230 – 0,2 / + 0,4
fios CP 230 RB 15,2 15,2 139,9 143,4 146,3 1 126 315,7 32 181 284,1 28 960
CP 230 RB 15,7 15,7 147,1 150,1 153,1 1 180 331,9 33 833 298,7 30 449
CP 240 RB 9,5 9,5 54,9 56,2 57,3 441 129,3 13 180 116,3 11 855
CP 240 RB 12,7 12,7 98,6 100,9 102,9 792 232,1 23 660 208,9 21 295
RB 240
CP 240 RB 15,2 15,2 139,9 143,4 146,3 1 126 329,4 33 578 296,4 30 214
CP 240 RB 15,7 15,7 147,1 150,1 153,1 1 180 346,3 35 301 311,7 31 774
a Os três dígitos constantes na designação correspondem ao limite mínimo da resistência à tração em kgf/mm2. Para os efeitos desta Norma, considera-se 1 kgf/mm2 = 9,81 MPa.
b Os valores mínimos e máximos de massa linear da cordoalha são obtidos pelo produto da área da seção de aço pela densidade do aço, assumida como 7 850 kg/m3. Estes valores são
apresentados no anexo A.
c Os valores da carga a 1 % de alongamento são considerados equivalentes à carga a 0,2 % de alongamento permanente.
d Base da medida: no mínimo 600 mm.
e Medida a 20 °C com aplicação de carga inicial aplicada de 80 % da carga de ruptura, conforme a ABNT NBR 7484. Os resultados de relaxação após 1 000 h podem ser obtidos por
extrapolação de ensaios de 100 h de duração.
NOTA Recomenda-se, para o cálculo estrutural, a utilização do valor nominal da área.
10 Penetração b, Cone sem Carga 25 °C/5 s, 1/10 mm ASTM D1321 Máximo 100
Para o ensaio de íons solúveis em água, o fundo e as laterais internas de um béquer de 1 L devem ser completamente recobertos de
material anticorrosivo (cera ou graxa). O béquer recoberto é enchido com aproximadamente 900 mL de água destilada e aquecido em um
forno com temperatura controlada em (37,8 + – 1,1) °C, por 4 h. A água extraída é ensaiada de acordo com os procedimentos aplicáveis
para cada íon. Os resultados são reportados em ppm em relação à agua amostrada.
a Ensaio aplicável somente à graxa.
b Ensaio aplicável somente à cera.