Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ETERNO compensado
TRADICIONAL, ESSE PAINEL É BASTANTE
USADO NO SUL E SUDESTE DO BRASIL por Mariana Branco
2
Tipos de Por Mariana Branco
Fotos Osiris Lambert
COMPENSADO
CONHEÇA VARIAÇÕES, U ma forma de classificar as chapas de madeira
compensada é por meio de seu local de utilização.
CARACTERÍSTICAS E De acordo com o projeto de norma 31:000.05-001/
APLICAÇÕES DO PAINEL, 2, do Comitê Brasileiro de Madeiras, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os
E APRENDA A USÁ-LO compensados são classificados em três tipos
básicos, principalmente de acordo com o tipo de
DE FORMA MAIS resina empregada: a) Interior (IR) – para uso em
COMPETITIVA, SEM PERDAS locais protegidos da ação da água ou de alta
umidade relativa; b) Intermediário (IM) – para
ambientes com alta umidade relativa e c) Exterior
(EX) – para uso exterior ou em ambientes fechados
submetidos à ação de água.
De forma geral, as alternativas a) e b) são
mais indicadas às marcenarias, embora o de uso
externo também possa ser útil em móveis como
gabinetes de banheiro. Segundo Nilson Franco,
engenheiro-civil responsável pelo Laboratório de
Propriedades Físicas e Mecânicas da Madeira, do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São
Paulo (SP), o tipo IR (para interior) pode ser usado
em móveis que serão instalados em ambientes
secos, como dormitórios e salas. Já, os tipos IM
(intermediário) e EX (exterior) devem ser mais
indicados, justamente, em gabinetes para pias e
armários de banheiro.
Os painéis de compensado ainda se
diferenciam por outros fatores, como preço. O
chamado blockboard, desenvolvido para suprir as
necessidades dos marceneiros na produção de
portas, é considerado um dos mais caros.
A qualidade também pode variar,
principalmente de acordo com o fornecedor
(marca). Um item fundamental que o marceneiro
precisa levar em conta na escolha do painel é a
resistência. Ela depende da própria forma como o
painel é constituído – em relação ao tipo de
madeira, de cola e, inclusive, da espessura das
lâminas empregadas na fabricação do compensado.
Recomenda-se ao fabricante de móveis sob
medida revestir o painel nas duas faces.
Portanto, é uma questão de você, leitor,
analisar o custo-benefício na hora de escolher seu
Hoje, o marceneiro encontra vários tipos de
compensado, nas versões cru ou revestido
compensado. Confira, na próxima página, alguns
tipos do produto oferecidos pelo mercado.
3
Painéis
MULTILAMINADO
SARRAFEADO
É formado com sarrafos de madeira, colados
lado a lado e recobertos com duas lâminas de
madeira torneada (as mesmas usadas nos
multilaminados), dispostas transversalmente no
sentido das fibras da madeira, o que impede que o
painel trabalhe, ou seja, contraia ou dilate.
Normalmente, é produzido em uma prensa de
alta-freqüência, especial para secar a cola, e que une
os sarrafos, que também são “amarrados” com um
fio. O objetivo é “travar” o painel. Os sarrafos podem
ser de madeira maciça – nativa e de pínus.
De acordo com o projeto de norma
31:000.05-001/2, o miolo desse compensado deve
ser feito com sarrafos com largura máxima de 40
mm. Feito com cola uréia-formoldeído, esse
compensado não é à prova d’água.
É produzido com lâminas de madeira torneada, que são Aplicação: em caixarias em geral e tampos.
montadas em número ímpar, sempre a cruzar o sentido das Não é recomendável em peças de grande área livre,
fibras da madeira. Essas lâminas são coladas com cola de cura como portas.
quente, ou seja, em prensas aquecidas, e podem ser
provenientes de madeira maciça, pínus ou eucalipto.
Existem dois tipos do multilaminado: o comum,
construído com cola uréia-formoldeído, que não é à prova
d’água, e o naval, feito com cola fenol-formoldeído – à prova
d’água. O naval também pode ser fabricado com madeira que
apresenta melhor desempenho na construção naval, como o
cedro (por ser mais resistente, leve e oleosa) e o Pinheiro do
Paraná (a Araucária).
Aplicação (multilaminado comum): em caixarias em
geral e tampos. Não é recomendável em peças de grande área
livre, como portas.
Aplicação (multilaminado na val): é ideal para partes do
nav
móvel que precisam de resistência ao contado constante com
água ou elevados índices de umidade, normalmente sob forma
de vapor. Seu preço é elevado e, portanto, só deve ser
utilizado quando as condições de utilização do móvel exigirem.
Dica: Os multilaminados de melhor qualidade são aqueles
que tem maior número de lâminas. Estas, devem possuir, em BLOCKBOARD
média, de 1 milímetro a 1,5 milímetro de espessura.
É um painel de lâminas de madeira torneada
(lâminas mais espessas que as usadas nos
compensados multilaminados), e que são dispostas
perpendicularmente à face do painel, recobertas
com, normalmente, duas camadas de lâmina de
madeira torneada.
As lâminas são coladas umas sobre as outras, no
mesmo sentido das fibras, e não entrelaçadas, o que
forma um grande bloco. Cortado em fatias na
espessura desejada, esse bloco irá receber um
revestimento de mais duas lâminas entrelaçadas em
cada face do painel.
Feito com cola uréia-formoldeído, o blockboard
não é à prova d’água.
Aplicação: específico para portas de móveis,
por não empenar com facilidade – devido a sua
estabilidade dimensional longitudinal.
Fontes: IPT, Abimci e A.M.P.L.Y. Consultoria Empresarial
4
Fotos: Divulgação Placas do Paarná
VARIAÇÕES
Existem vários tipos de chapas semelhantes ao MDF no
mercado, como os painéis de leve e de alta densidade.
Além destes, é possível encontrar o MDF hidrorresistente
e o superleve. Quanto ao uso, recomenda-se:
Alta
densidade para pisos
(HDF) EQUIPAMENTOS
Densidades FIXAÇÃO
Tipo em kg/m3 Não se recomenda o uso de parafu-
Leve até 550 sos convencionais para madeira de alma
Standart até 750 cônica (os chamados de “rosca soberba”).
Pesado acima de 900
5
Painéis
Construa
letras em MDF
APRENDA A FAZER ESSE TRABALHO QUE,
Por Mariana Branco
A CADA DIA, CONQUISTA MAIS CLIENTES Fotos passo a passo Danilo Herek
V
Juliana Braz
6
PASSO A PASSO
2
Com grana 120, lixe toda a peça a
ser trabalhada, retirando as rebarbas
1
Corte o MDF nas dimensões e tamanhos desejados. No nosso
exemplo, usamos uma fresadora computadorizada para produzir
as letras, mas pode-se optar por tupia ou até serra circular
4
Com a pistola de pintura, aplique o PU (fundo melamínico
branco para madeira) com 5% de catalisador e de 20% a
50% de diluente. Aplique essa mistura em todas as peças
3
Aplique uma fita dupla face na régua de madeira. Ela servirá de
apoio para pintar as peças. Ao final, retire a película da fita
6
Novamente com a pistola de pintura, aplique a tinta
automotiva nas cores desejadas (misture 50% de tinta
e 50% de tinner). Durante a execução desse passo a
5 passo, usamos as cores preta, vermelha e prata
Com lixa de grana 220, retire o
excesso de acabamento. Lixe
toda a peça e, em seguida, use
lixa de grana 320 para deixar a
superfície ainda mais lisa
EXECUÇÃO
Studio EME Multidesign
Tel.: (41) 253-7269
ou site: www.studioeme.com.br
7
Painéis
APROVEITAMENTO
de espaço Por Mariana Branco
Fotos Osiris Lambert
PASSO A PASSO
Outros materiais
Materiais necessários
• 1 cola branca extra para madeira
• 1 régua de aço
• Lixa n.º 60 (para iniciar o trabalho)
• 1 esquadro (90º)
• Chapas do painel de sua escolha (tamanho
• 1 cavilheira
padrão de mercado)
• 1 alicate de corte (para cor-
• Cavilhas
tar cavilha)
• 2 sargentos (para fixar as
peças na bancada)
• 1 furadeira
• 1 serra circular
Dica: use broca para madeira
com limitador, a fim de padro-
nizar os furos para as cavilhas
8
1 2 3
4 5 6
Após prender a peça no torno da bancada, Apóie a cavilheira e faça cinco furos com a Insira a cavilha no furo e corte com o
meça no topo 3,5 centímetros da borda para o furadeira (a quantidade de furos varia de alicate/cortador (uma espécie de
centro. Faça um risco com o esquadro para as acordo com o tamanho da peça) “super tesoura”)
marcações onde serão os furos das cavilhas.
7 8 9
Em outra peça, marque na superfície uma linha Após prender as duas peças com o sargento Prenda as peças de letra D com dois
correspondente a espessura utilizada, fazendo (para que a de baixo não desloque a de cima), sargentos. Corte a borda das peças com a
um risco de uma extremidade à outra. Dentro apóie a cavilheira e fure. Esse processo deve ser serra em um ângulo de 45º para dar o efeito
desta linha, risque mais outra linha no meio, feito em todas as peças (incluindo as de letra B e chanfrado*
que será o eixo. A marcação da cavilha irá C, como mostra o desenho no início dessa *O termo vem de chanfradura que significa
coincidir com essa linha do meio (onde serão matéria). recorte em ângulo
feitos os furos para as cavilhas). Dica: para Dica: comece o cavilhamento pelo topo da
encontrar a metade de 1,5 centímetros, faça madeira, pois essas cavilhas irão servir de
um “X” nas duas extremidades, unindo o centro referência para a furação do encaixe na outra 12
dos dois “X” de uma ponta a outra peça
11
10
9
Painéis
O que é OSB
Um painel estrutural de tiras de madeira orienta-
das perpendicularmente, em diversas camadas, NO EXTERIOR
o que aumenta sua resistência mecânica e rigi-
dez. Essas tiras são unidas com resinas aplica- Dados da Structural Board
das sob altas temperaturas e pressão. Association, entidade funda-
da em 1976 no Canadá e
que representa mais de 30
fábricas de OSB no mundo,
VANTAGENS
Divulgação Masisa
10
Potenciais do painel
REVESTIDO
CONHEÇA,
DETALHADAMENTE,
CONCEITOS E Osiris Lambert
UTILIZAÇÕES
11
Painéis
Manuseio e armazenagem
Cuidados simples que fazem diferença
Marli Caron
DICAS
1 Para não haver deformações, observe se os apoios
estão alinhados verticalmente
RECOMENDAÇÕES
2 4
12