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Extrativismo no Brasil

Introdução Hoje, o Brasil é um país urbano-industrial;


mesmo assim, o extrativismo vegetal se cons-
titui em importante atividade econômica, princi-
As atividades extrativas, notadamente a
palmente para a população que vive nas áreas
pesca, a caça e a coleta de produtos vegetais
afastadas dos grandes centros urbanos.
comestíveis, foram os primórdios da atividade
econômica humana e são, ainda hoje, denomi- Quase sempre o extrativismo é acompanha-
nadas atividades primárias, juntamente com a do por outras atividades, como a agricultura e a
agropecuária. pecuária de subsistência.
Entre os produtos extrativos, destacam-se:
Abordagem teórica madeira, borracha (látex), castanha-do-pará,
babaçu, carnaúba, erva-mate, oiticica, piaçava,
entre outros.

Extrativismo vegetal
As atividades extrativas vegetais iniciaram-
se com a exploração do pau-brasil pelos colo-

Istockphoto.
nizadores portugueses, o que contribuiu para a
devastação de nossas florestas. Nos dias de
hoje, o extrativismo vegetal é também pratica-
do sob formas mais modernas de extração, e
emprega aproximadamente 2% da população
economicamente ativa. Extração do látex na seringueira é uma das atividades
mais tradicionais da região amazônica.
87
Ressalte-se aí a relativa expressão que
essa atividade acarreta em regiões como a
Amazônia, onde a atividade está intimamente
coordenada por empresas agroindustriais ou co- Extração do pinheiro
merciais, por exemplo, para a extração do látex
e nas demais regiões do país, como a extração O local de maior incidência dessa atividade
de madeira em áreas de reflorestamento de é o planalto meridional.
Pinus (árvore muito utilizada pela de indústria
Cientificamente conhecida como Araucaria
de papel e celulose).
angustifolia ou A. brasiliensis e popularmente
Falamos em relativa expressão porque aí conhecida como pinheiro-do-paraná, esta árvore
se questiona a exploração não planejada e não típica da região Sul brasileira, até a década de
criteriosa que acarreta problemas ambientais 1950, foi a madeira mais explorada economi-
que geram maiores prejuízos do que aquele lucro camente no nosso país, com grande aplicação
obtido em termos econômicos. em marcenaria, carpintaria, construção civil e
na fabricação do papel.

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Área de ocorrência dos bosques nativos:
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
com extensões ao Mato Grosso do Sul.

Creative Commons/United States


Botanic Garden.
Domínio público.

Ilex paraguariensis (Erva-mate).

A coleta das folhas desse arbusto é re-


alizada da seguinte forma: roça-se à foice a
vegetação de pequeno porte e poda-se as árvo-
Araucaria angustifolia.
res para limitar o seu crescimento e facilitar a
A árvore, de porte imponente, tem a copa colheita. Após esta, é realizada a secagem, ou
achatada, ramos em candelabro e alcança, em seja, os ramos enfolhados que foram podados
média, cerca de 30 metros de altura e 1,50 são passados rapidamente pela chama de uma
metro de diâmetro. Seu crescimento é lento, fogueira. A seguir, o mate é levado à secagem
embora, comparativamente, seja mais rápido e as partes a serem aproveitadas são trituradas
do que o das madeiras de lei e fornece ainda a e peneiradas.
semente – pinhão –, que é comestível. Para o chimarrão utiliza-se o resíduo fino de
88 A devastação rápida das florestas de pi- peneiragem, submetido à nova secagem.
nheirais deveu-se pela característica de homo- Embora a produção anual seja insuficiente
geneidade e, portanto, pela facilidade em ser para o consumo interno, a maior parte da pro-
explorada. Na década de 1960 a comercialização dução destina-se à exportação.
do pinheiro iniciou um processo de crise; atu-
almente seu corte só poderá ocorrer mediante
uma autorização prévia dos órgãos ambientais, Outros produtos
devido a sua quase extinção.
Entre os vários produtos extrativos também
vamos encontrar: a piaçava, fibra utilizada na
Erva-mate confecção de vassouras; a oiticica, cujo óleo é
utilizado na fabricação de anticorrosivos, tintas
O nome científico desta pequena árvore e vernizes; o açaí, fruto utilizado no preparo de
é Ilex paraguariensis. Suas folhas são muito produtos alimentares; além de palmitos, fibras
utilizadas para o consumo na forma de chás e vegetais e ervas medicinais, látex (borracha),
em bebidas como o chimarrão (na região Sul) e entre outros.
o tereré (na região Centro-Oeste).

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brasil – recursos vegetais jazidas desse mineral localizadas em terrenos
proterozoicos (algonquianos), que geralmente
aparece combinado com o oxigênio, o carbono, o
enxofre e outros elementos. As maiores reservas
encontram-se no Quadrilátero Ferrífero, em Minas
Gerais, e na Serra dos Carajás, no Pará.
A exploração em Minas Gerais é feita por
duas vias: pelo Vale do Rio Doce, que exporta pelo
porto de Tubarão, no Espírito Santo, e pelo Vale
do Paraopeba, para o Rio de Janeiro, por onde é
exportado.
No Pará, na Serra dos Carajás, os recur-

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sos para a exploração do ferro foram obtidos
por meio de empréstimos feitos pelo projeto
Grande Carajás. Foram realizadas obras como:
a estrada de ferro Carajás/São Luís, o porto
0 640 1.280

Escala gráfica
Km Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão,
Projeção Policônica
e a hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins,
Borracha para viabilizar a extração não só do ferro, como
Babaçu
também a do manganês e alumínio.
Castanha-do- Carnaúba
-pará
Açaí
Piaçaba
Oiticica
Madeira

Domínio público.
Erva-mate
Araucária

89
Extrativismo mineral
Mina de ferro em Carajás vista por satélite em julho de
O extrativismo mineral no Brasil é uma 2009.
atividade de bastante destaque, pois no seu
território são encontradas diversas reservas O Maciço de Urucum, no Mato Grosso do
de minerais metálicos (ferro, alumínio, cobre, Sul, encontra sérios desafios para a sua explo-
entre outros) e não metálicos (calcário, argila, ração, devido à grande distância dos centros
sal marinho, entre outros). consumidores e à falta de infraestrutura para
o escoamento da produção. A maior parte da
produção de ferro do Brasil é exportada para o
Extração do minério de ferro Japão e os países da União Europeia e o restante
é utilizado nas indústrias siderúrgicas locais.
A principal atividade extrativa do país é a
do minério de ferro. O Brasil possui gigantescas

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O Brasil praticamente é abastecido interna-
Extração do minério de mente pelas jazidas de Minas Gerais.
manganês
Estanho
O estanho tem grande aplicação industrial,
contribuindo para a composição de ligas metáli-
cas e na fabricação de folha-de-flandres (lata).

Shutterstock.
O principal minério do estanho é a cassi-
terita.
No Brasil, sua exploração ocorre principal-
mente em Rondônia, que contribui com 70% do
Manganês.
total nacional.

Atualmente, o Brasil é o segundo país com


as maiores reservas de manganês. O manganês Alumínio
é de grande importância para a siderurgia, pois,
associado ao ferro, possibilita a fabricação de A bauxita é o principal minério de alumínio,
aços especiais de grande dureza. Na indústria que, por sua vez, possibilita enorme utilização
química contribui para a fabricação do vidro e industrial na construção civil, na siderurgia,
de baterias elétricas. na indústria de utensílios domésticos e eletro-
As maiores reservas encontram-se na Serra domésticos, na indústria automobilística, na
do Navio, no Amapá; Serra dos Carajás, no Pará; indústria aeronáutica etc.
no Maciço de Urucum, no Mato Grosso do Sul;
no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais; e
também na Bahia e no Mato Grosso. Fontes energéticas
90 Aproximadamente 75% da produção bra-
sileira é extraída do Amapá, através da Ico-
mi, subsidiária da empresa estadunidense Petróleo
Bethlehem Steel Corporation. Durante 50 anos
essa empresa explorou a jazida da Serra do Até o início da década de 1970, o petróleo
Navio, prazo esse que se esgotou no ano de nacional era produzido em pequena quantidade
2003. Toda essa produção de manganês teve (apenas no Nordeste), pois seu preço interna-
um destino certo, os Estados Unidos, através da cional era baixo e a Petrobrás concentrava seus
ferrovia que liga a jazida ao porto de Santana, investimentos na construção de refinarias.
no Amapá.
Mais de 80% do que consumíamos era impor-
Na Serra dos Carajás, a exploração é para tado, principalmente de países do Golfo Pérsico.
abastecer o mercado externo, mas já existem Os “choques” (aumentos de preços internacionais)
estudos para o abastecimento do mercado brasi- de 1973 e 1979 mudaram o curso dessa história,
leiro. No Maciço de Urucum, a exploração visa ao pois o petróleo passou a significar um grande
mercado externo, como a Argentina e o Paraguai, aumento no déficit de nossa balança comercial,
sendo realizada através do Rio Paraguai, pelo devido aos altos custos para a sua importação.
porto de Corumbá.

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Desde então, a prioridade passou a ser a autos-
suficiência interna, com aumento da prospecção e
produção própria, bem como a adoção de medidas
de contenção do consumo de derivados.
O declínio da produção verificado a partir de
1985-1986 é explicado pela queda dos preços
internacionais e pela crise financeira vivida pela

Comstock Complete.
Petrobras naquele período. Atualmente, a Petro-
bras destaca-se no cenário internacional pela sua
tecnologia de extração de petróleo no fundo oceâ-
nico e pela descoberta de novas grandes bacias,
como na camada de pré-sal que, possivelmente,
além de trazer autossuficiência, tornará o Brasil
exportador deste recurso energético.
Brasil: dependência externa de petróleo – 1970-2006
Ministério das Minas e Energia.

90%
80%
70%
60%
Exploração de petróleo por poços terrestres.
50%
40%
•• Bacia do Nordeste
30%
As maiores reservas encontram-se nos es-
20%
10%
tados de Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará,
0% onde o petróleo é extraído principalmente da
plataforma continental.
70

75

80

85

90

95

00

04

06
19

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19

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19

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20

20

•• Bacia do Espírito Santo


Principais áreas extrativas de petróleo:
A maior parte de sua produção é obtida em
•• Bacia de Campos
poços submarinos. 91
Localizada no Rio de Janeiro, possui poços •• Camada de pré-sal
submarinos com exploração na plataforma con-
tinental e lidera a produção nacional. Refere-se a uma grande área de reserva
de petróleo localizada na zona econômica de
exploração marítima exclusiva do Brasil, a qual
se estende do Norte da Bacia de Campos ao
Sul da Bacia de Santos (alto Vitória até alto
Shutterstock.

Florianópolis) e foi descoberta pela Petrobras


em 2006.

Plataforma de exploração de petróleo na Bacia de Campos.

•• Bacia do Recôncavo Baiano


Localizada no estado da Bahia, sua produção
é obtida principalmente de poços terrestres.

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Reserva de petróleo da Brasil – refinarias de petróleo
camada de pré-sal (2006)

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0 190 380 0 640 1.280
Km Km
Escala gráfica Escala gráfica
Projeção Policônica Projeção Policônica

Refinarias da Petrobras
Refinarias particulares
O petróleo localiza-se em águas profundas,
logo abaixo da camada de sal, pois a sua forma- 2,7 Quantidade refinada (milhões de barris,
ção geológica é mais antiga do que a deposição jan. a jul. de 2006)
de sal no fundo marinho. Esta reserva é a maior Fonte: Adaptado.: AGÊNCIA nacional do petróleo. Disponível em: <www.anp.
de petróleo pré-sal já identificada, podendo produ- gov.br>. Extraído de <http://www.scipione.com.br/ap/ggb/atualizacoes/
unidade5_c3_p402.htm>.
zir dezenas de bilhões de barris de petróleo. Sua
92 exploração foi iniciada pela Petrobras em 2008,
no Campo de Jubarte (na Bacia de Campos), em Carvão mineral
pequenas quantidades. Atualmente, ainda discu-
te-se a melhor forma de exploração deste recurso
O carvão mineral é uma rocha sedimentar
natural, a tecnologia empregada e a destinação
de origem orgânica, ou seja, originário de trans-
da renda obtida por meio desta extração.
formações de vegetais que se desenvolveram em
grande quantidade em certas regiões da Terra,
A distribuição espacial principalmente na Era Paleozoica.

das refinarias de petróleo Esses vegetais, devido às instabilidades


geológicas, foram cobertos por sedimentos,
dando origem ao carvão. Conforme seu estágio
As refinarias de petróleo processam a fase de formação, apresenta maior ou menor poder
inicial do petróleo e a separação dos seus deriva- calorífico, podendo ser utilizado em diversas ati-
dos como: óleo diesel, querosene, gasolina, naf- vidades, conforme a necessidade energética.
ta, asfalto, lubrificantes etc. Observe a localização
das principais refinarias de petróleo no Brasil:

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Principais jazidas de carvão cevada etc. Desde épocas remotas, ele é usado
no Brasil em bebidas alcoólicas, como anestésico e como
desinfetante. Mas, de alguns anos para cá, dian-
te da duração limitada das reservas de petróleo
e de carvão, já que estes combustíveis não são
renováveis pela natureza, surgiu a preocupação
em aproveitar o álcool como fonte de energia.
Neste sentido, destaca-se a Rússia que,
para tanto, desenvolve grandes plantações de
eucalipto, e o Brasil, que produz álcool combus-

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tível a partir da cana-de-açúcar.
Devido à dependência do petróleo importa-
do e, sobretudo, à elevação dos preços desse
produto no mercado internacional, ocorrida em
meados da década de 1970, o governo brasi-
leiro instituiu o Programa Nacional do Álcool
(Proálcool). Assim, estimulada por incentivos
0 175 350
Km governamentais e com o emprego de tecnologia
Escala gráfica
Projeção Policônica própria, a produção nacional cresceu bastante,
principalmente na primeira metade da década
de 1980. Dessa maneira, o álcool passou a
ter uma presença significativa como fonte de
Álcool energia, sendo utilizado como combustível de
veículos automotores. Com isso, tornou-se uma
fonte alternativa para o consumo da gasolina,
O álcool pode ser produzido a partir de
que é derivada do petróleo.
numerosos vegetais: cana-de-açúcar, batata,

93
Brasil: produção de álcool combustível

16
14
12
Bilhões de litros

10
8
6
4
2
0
6

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/8

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Ano de colheita

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Xisto
Ocorrência: Vale do Rio Paraíba do Sul e nos terrenos permianos do sul do Brasil, desde o Rio
Grande do Sul até São Paulo, na bacia sedimentar do Paraná.
No século passado, o xisto era explorado em países como Estados Unidos e França. O uso do
petróleo pelo mercado mundial popularizou e barateou mais este produto, que passou a ser um amplo
substitutivo, tornando a produção do xisto antieconômica.
O Brasil está entre os países de maior reserva mundial de xisto explorado principalmente nos
terrenos localizados na formação Irati (PR) (área de terrenos sedimentares do período Permiano), em
São Mateus do Sul (PR)), sendo utilizado como uma importante matéria-prima para as indústrias.
O xisto, ou o folhelho pirobetuminoso, tem seu alto valor em virtude de ser uma rocha sedimentar
com alto teor de hidrocarbonetos podendo, portanto, uma vez industrializado, derivar óleo mineral, gás
natural e também enxofre (matéria-prima para a indústria de fertilizantes). A produção brasileira atual
ainda não é economicamente viável para o consumo em grande escala, em função do alto custo.

Energia nuclear no Brasil


A definição do Programa Nuclear Brasileiro começou com a formação, em 1967, de um grupo de
trabalho composto pela Eletrobrás, Ministério de Minas e Energia, Conselho de Segurança Nacional e
a Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Porém, foi apenas em 1969 que o Brasil comprou da Westinghouse sua primeira usina termonu-
clear: Angra I, localizada no estado do Rio de Janeiro. Em 2000, entrou em operação a Usina Nuclear
Angra II e já se encontra em processo de construção a Usina Nuclear Angra III.

94
Creative Commons/Roberto Soldon.

Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, onde


localizam-se as Usinas Nucleares Angra I e II, Angra
dos Reis (RJ).

Embora o Brasil possua uma das maiores reservas de Urânio (mineral usado nas usinas nuclea-
res), o seu enriquecimento é feito externamente, uma vez que não há tecnologia nacional disponível
para esta finalidade.

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Para saber mais
Sustentabilidade na Era do Pré-sal

O petróleo é um líquido formado basicamente por hidrocarbonetos e poucos compostos


e contém oxigênio, enxofre e nitrogênio. O petróleo e o gás estão geralmente confinados a
grandes profundidades, tanto abaixo dos continentes como dos mares. Em geral, o petróleo
está disperso em cavidades e em fraturas de formações rochosas. O petróleo mais valioso,
conhecido como leve, contém poucas impurezas de enxofre e grande quantidade de compostos
orgânicos facilmente refináveis em gasolina; quanto menor for a quantidade de enxofre, menor
a quantidade de dióxido de enxofre (SO2) lançado na atmosfera. O petróleo menos valioso é
chamado de pesado; esse tipo possui muitas impurezas e exige maiores recursos de refino
para obtenção de gasolina.
Uma vez retirado do poço, o petróleo é enviado para as refinarias. Na refinaria, ele é aquecido
e destilado para separar a gasolina, o óleo combustível, o óleo diesel e outros componentes. Os
produtos petroquímicos são utilizados como matéria-prima em indústrias de produtos químicos,
de fertilizantes, de pesticidas, de plásticos, de fibras sintéticas, de tintas, de remédios e de mui-
tos outros produtos. Cerca de 3% do petróleo mundial é utilizado na indústria petroquímica.
As megarreservas de petróleo descobertas na costa brasileira farão do nosso país uma das
três maiores petrolíferas do mundo. Pré-sal é a denominação da faixa de petróleo considerado de
alta qualidade que se localiza em uma área de 112 mil km² na costa marinha, entre os estados
do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo de uma camada de sal, a cerca de 7 000 metros
de profundidade. O anúncio da descoberta das reservas do pré-sal, em 2008, tem provocado
grandes debates em todo o país. Muitos defendem novos modelos de regulação para preservar
uma parte maior desta riqueza para o país, já que o marco legal vigente para a exploração de
petróleo no Brasil ainda é a Lei 9.478 de 1997. A Petrobras afirma já possuir tecnologia sufi-
ciente para extrair o óleo da camada. Um problema a ser enfrentado pelo país diz respeito ao
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ritmo de extração de petróleo e o destino desta riqueza. Se o Brasil extrair todo o petróleo muito
rapidamente, este pode se esgotar em uma geração. Se o país se tornar um grande exportador
de petróleo bruto, isto pode provocar a sobrevalorização do câmbio, dificultando as exportações
e facilitando as importações. Hoje, mais de 80% do óleo brasileiro vêm do fundo do mar.
O petróleo ainda é a mais importante fonte de energia do planeta. A sociedade moderna é
extremamente dependente do uso de petróleo, não apenas para a locomoção através de gasolina
ou óleo diesel nos automóveis, assim como combustível de avião, mas também através do uso
de derivados do petróleo em produtos de uso diário, principalmente plásticos e medicamentos.
Para vários países, especialmente aqueles localizados no Oriente Médio, o petróleo é a principal
fonte de renda. Por causa deste recurso estratégico, muitos países entravam e ainda entram
em guerra. Quase todos os últimos conflitos armados passam pela busca do controle das re-
servas de petróleo. Desde o anúncio da existência da camada pré-sal, vários questionamentos
têm sido feitos mundo afora em relação ao nosso limite de autonomia além das 200 milhas
da costa brasileira, principalmente pelos Estados Unidos. De fato, a existência de grandes
reservas de petróleo, mesmo com o alto custo atual de extração, coloca o Brasil em posição
favorável no cenário geopolítico atual, garantindo uma autossuficiência, ou seja, a produção
necessária para garantir o consumo e contribuindo de forma significativa ao fortalecimento da
soberania do país.

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Com as reservas do pré-sal, as preocupações sobre o futuro do país também estão na
pauta de vários setores da sociedade e principalmente das entidades que atuam na defesa
socioambiental desse território e do planeta terra. Como justificar uma atividade econômica,
em tempos de aquecimento global e mudanças climáticas cujos impactos já se manifestam
nas várias regiões do país, que tenha alto potencial de contribuir ainda mais com o aumento da
temperatura da Terra? Enfrentar esta realidade será o grande desafio que teremos pela frente
com relação às atividades do pré-sal. Inúmeros são os exemplos de como estamos aquém do
almejado para lidar com as consequências que já estamos sofrendo com relação às mudanças
climáticas no planeta, decorrentes não apenas pelo uso de combustíveis fósseis, mas princi-
palmente pela emissão de gases do efeito estufa oriundos do desmatamento e mudanças no
uso do solo no bioma amazônico e demais biomas do país.
Uma sociedade sustentável é aquela que satisfaz as necessidades do ser humano sem
diminuir as perspectivas das gerações futuras. Esse ideal é o oposto do ideal de crescimento
material ilimitado, baseado em combustíveis fósseis. A sustentabilidade enfatiza a durabilidade
e a permanência, um futuro garantido para um número razoável de seres humanos, em vez de
um consumo e uma população sempre crescente. Nenhum de nossos sistemas correntes de
produção básica de alimentos e mercadorias satisfaz esses critérios de sustentabilidade.
Para garantir a sustentabilidade de qualquer atividade econômica, do planejamento inicial até
o consumo, a variável socioambiental tem que estar no centro das decisões. Mas, infelizmen-
te, o Estado brasileiro ainda não está preparado estruturalmente para enfrentar este desafio!
Mesmo com uma legislação ambiental avançada, a realidade dos órgãos públicos de fiscali-
zação ambiental, quando existentes nos estados e municípios, são de extrema precariedade.
Não temos políticas de Estado para garantir o pleno atendimento das exigências legais para
o exercício das atividades produtivas. Pior, estamos assistindo a um desmonte da legislação
ambiental brasileira e uma ausência de um debate sério na sociedade para reorientar os atuais
padrões de produção e consumo. As atuais políticas e programas governamentais ignoram até
mesmo os compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças
96 Climáticas. Assim, o Plano Decenal de Energia (2008-2017), lançado pelo Ministério de Minas
e Energia sem respeitar, aliás, um processo de consulta público verdadeiro, prevê a construção
de grande número de termelétricas com um considerável aumento de CO2 na atmosfera.
É fundamental que se implementem propostas ambiciosas, principalmente provenientes da
sociedade civil, com relação à promoção de energias renováveis e sustentáveis e o aumento da
eficiência energética. Mas estas medidas por si só não serão capazes de promover as transfor-
mações econômicas e sociais necessárias na sociedade se não forem vinculadas a um debate
sério, amplo, profundo e inclusive sobre o modelo econômico e o modelo de desenvolvimento
que queremos para o nosso país e o planeta.
Estamos, de fato, diante do enorme desafio de garantir prosperidade para toda a população
brasileira, que passa pela tarefa de sanar as mazelas sociais e ambientais geradas e herdadas
durante cinco séculos de história. A visão próspera no campo teórico é bastante positiva para
o país, mas a visão sobre o passado e o presente nos obrigam a não cometermos os mes-
mos erros e equívocos da ação predatória e excludente com relação aos recursos naturais e
à distribuição das riquezas geradas neste país e entregues, até então, sempre a uma minoria
que ficou com o lucro! Um olhar sistêmico é a melhor direção desta discussão para garantir a
sustentabilidade do desenvolvimento econômico e social na era do pré-sal.
(NEVES, Ivan Marcelo. Sustentabilidade na Era do Pré-sal. Disponível em: <http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabili-
dade/sustentabilidade-na-era-do-pre-sal/>. Acesso em: jan. 2011.)

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Exercício resolvido Exercícios de aplicação
1. (Unicamp) Observe na figura a seguir o perfil 1. As principais jazidas brasileiras de manga-
esquemático da costa brasileira e responda nês estão situadas:
às questões: a) no Amapá, em Minas Gerais e no Mato
Grosso do Sul.
Plataforma Continental
Nível do mar
b) no Rio Grande do Norte, em Minas Ge-
rais e no Pará.
c) na Bahia, no Paraná e em Minas Gerais.
d) no Rio Grande do Sul, em Santa Catari-
na e na Bahia.
e) em Alagoas, São Paulo e Minas Gerais.
Camada de Sal
Sedimentos Clássicos (areia, silite e argila)
2. (Fuvest) Em se tratando de commodities,
Rochas Vulcânicas
Rochas do Embasamento Cristalino o Brasil tem papel relevante no mercado
mundial, graças à exportação de minérios.
a) Em termos de composição rochosa, como Destacam-se os minérios de ferro e de man-
se diferencia uma ilha situada na platafor- ganês, bases para a produção de aço, e a
ma continental de uma ilha oceânica? bauxita, da qual deriva o alumínio. A relação
`` Solução:
entre minério e sua localização no território
brasileiro está corretamente expressa em:
As ilhas localizadas na plataforma continental,
também chamadas ilhas costeiras são constitu-
ídas principalmente de rochas sedimentares. As Minério Localização geográfica
ilhas oceânicas são picos de grandes dorsais,
Quadrilátero Ferrífero
cadeias montanhosas submersas formadas prin- a) ferro
(Planalto da Borborema)
cipalmente de basalto de origem vulcânica. 97
Serra dos Carajás
b) Recentemente, significativas reservas de b) ferro
(Planalto das Guianas)
petróleo foram encontradas na platafor-
ma continental brasileira, na denomina- Vale do Trombetas
c) bauxita
da Bacia de Santos. Esse petróleo foi for- (Serra do Espinhaço)
mado, em parte, em ambiente de águas Maciço do Urucum
doces e existem reservatórios muito si- d) manganês
(Pantanal Mato-Grossense)
milares na África. Explique esses fatos.
Vale do Aço
e) manganês
`` Solução: (Chapada dos Parecis)
A Bacia de Santos foi formada, em sua maior
parte, em ambiente de águas doces antes da 3. (UFOP) Pará e Minas Gerais são líderes do
formação do Oceano Atlântico, acumulando
setor mínero-metalúrgico no país e respon-
matéria orgânica que levaria à formação do pe-
tróleo a partir de depósitos orgânicos em áreas dem por 66% da produção. Os dois estados
lacustres. A similaridade de formação na África ocupam posição de destaque no cenário da
indica que os dois continentes ainda estavam produção mineral brasileira. Enquanto Minas
juntos. Os posteriores deslocamentos de placas Gerais é líder em produção de minério de
tectônicas acabaram resultando nos depósitos ferro, o Pará é o maior em bauxita. Para
de petróleo na atual plataforma continental. Minas Gerais, têm-se os seguintes dados
sobre as exportações:

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Produtos US$ Total Variação
Minérios de ferro não aglomerados 4 625,9 25,5% 28,7%
Café não torrado, não descafeinado, em grão 2 531,4 13,8% 20,7%
Ferronióbio 959,7 5,2% 101,3%
Ferro fundido bruto não ligado 668,6 3,6% 6,1%
Pasta Química madeira (celulose) 554,4 3,0% 28,5%
Ouro em barras 516,3 2,8% 24,3%
Automóveis c/motor explosão 1 000<cm3<=3 000 385,0 2,1% 2,0%
Automóveis c/motor explosão 1 000<cm3<=1 500 351,9 1,9% 15,9%
Bilets de ferro/aço 302,6 1,6% 2,3%
Outros 292,5 1,6% 29,1
Total – dez principais produtos 11 188,5 61,0% 26,5%
Total – todos os produtos 18 355,2 100,0% 17,2%
Fonte: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, 2008.

Considerando esses dados, assinale a afirmativa incorreta.


a) Tais posições de destaque são resultados de localização geográfica estratégica, grandes
reservas minerais e logística favorável.
b) Minas Gerais é grande produtor de vários bens minerais, com destaque para o minério de
ferro, ouro e ferronióbio.
c) O crescimento da produção mineral está relacionado com o bom ritmo da economia mun-
dial, com demanda forte dos países asiáticos, da Alemanha e dos Estados Unidos.
d) A indústria extrativa mineral (mineração e metalurgia) de Minas Gerais não tem exportado sua
produção em função da diminuição da demanda por minério de ferro em âmbito mundial.

4. (PUCRS - adap.) Responder à questão com base na área assinalada no mapa, e nas afirma-
98 tivas.
IESDE Brasil S.A.

0 640 1.280
Km
Escala gráfica
Projeção Policônica

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Sobre a área assinalada no mapa, é correto
afirmar:
I. Representa Carajás, uma das maiores
concentrações de minério de ferro no
planeta, cuja exportação se destina, en-
tre outros países, ao Japão.
II. Trata-se da Serra do Navio, constituída
por rochas cristalinas e grande produtora
de bauxita.
III. Os minérios explorados nessa área
(como ocorre em outras regiões do Bra-

IESDE Brasil S.A.


sil) são comercializados a baixos preços
no mercado internacional, o que desva-
loriza esses produtos e reduz o lucro.
IV. Compreende o Maciço de Urucum, im- 0 640 1.280
portante concentração de minério de Escala gráfica
Km

manganês, que é exportado principal- Projeção Policônica

mente para a Argentina.


Origem da madeira (Pará, Mato Grosso,

Está/Estão correta(s) apenas: Rondônia, Amazônia, Acre, Roraima)

a) I e II. Destino

b) I e III. Mercado interno


Exportação
c) II e III.
0,1 0,5 1 milhão de m3
d) II e IV.
e) III e IV. Fonte: Imazon e Amigos da Terra.

a) A partir das informações apresentadas


no cartograma, indique e justifique o des-
99
5. (PUC-Rio) O extrativismo da madeira no Bra-
sil representa cerca de 4% do PIB nacional, tino principal da madeira amazônica.
concentrado principalmente no sul da Bahia, b) Apresente uma vantagem do uso de ma-
no Paraná e na Amazônia. De acordo com o deira proveniente de manejo florestal
Código Florestal Brasileiro, as florestas da para a atividade industrial.
Amazônia só podem ser exploradas através
de planos de manejo, um conjunto de técni-
cas que permite colher as árvores de grande Questões de
porte protegendo as árvores menores que
serão extraídas futuramente.
processos seletivos
O cartograma a seguir representa o fluxo 1. (UERJ) Lula defende biocombustíveis das
de comercialização das madeiras amazô- críticas crescentes
nicas.
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva defendeu a produção de biocom-
bustíveis pelo Brasil, rejeitando as críticas
de que ela acelera o aumento dos preços
dos alimentos em todo o mundo e prejudica
o meio ambiente.

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d) do Meio-Norte.
As crescentes críticas são um desafio
à diplomacia brasileira e ao auge das ex- e) do Recôncavo Baiano.
portações agrícolas, que transformaram o
Brasil no maior exportador mundial de etanol 3. (U.F. Diamantina-MG) Em Rondônia, Serra
derivado da cana de açúcar. dos Carajás e Serra Pelada há, respectiva-
Competidores e críticos tentaram rela- mente, importantes jazidas minerais de:
cionar várias das exportações agrícolas do a) carvão, manganês e ouro.
país, da carne à soja, com a destruição do
b) cassiterita, ferro e ouro.
meio ambiente e com más condições de
trabalho. c) manganês, bauxita e ouro.
(COLITT, Raymond. Disponível em: <www.estadao.com.br>. d) ouro, manganês e petróleo.
Acesso em: 16 abr. 2008. Adaptado.) e) petróleo, ouro e bauxita.

O debate a respeito do uso de biocombustíveis


não envolve apenas questões ambientais, 4. (UFG) Observe a figura.
mas também diferentes interesses econômi-
cos. Neste último caso, encontram-se países
e empresas que lucram com a utilização em
larga escala dos combustíveis fósseis e pro-
dutores de biocombustíveis. Nesse campo

Domínio público.
de lutas, o Brasil emerge como um potencial
ator de primeira grandeza, posicionando-se
no centro dessa polêmica. Um alegado risco
ambiental decorrente da maior produção de
biocombustíveis no Brasil e uma vantagem
territorial que fundamenta a defesa desta
política de Estado, respectivamente, são:
100 a) desertificação – abundância de recursos
hídricos. A vegetação predominante do Brasil Meridio-
nal era a Mata de Araucárias ou Mata dos
b) degradação dos solos – predomínio de so- Pinhais, um tipo de conífera que outrora for-
los férteis. neceu produtos muito utilizados na Região
c) desmatamento – disponibilidade de terras Sul e em outras áreas do país. Com base
não cultivadas. nessa afirmação,
d) disseminação de pragas – ocorrência de a) indique uma característica da vegetação
climas temperados. de araucárias e uma característica do
clima subtropical.
2. (Fuvest) Na última década, a ampliação das b) cite dois produtos do extrativismo vege-
reservas e da extração de petróleo no Brasil tal dessa região.
foi possibilitada pela descoberta de novos
campos localizados, principalmente, nas 5. (Unesp)
bacias sedimentares:
O pau-brasil foi a primeira matéria tinto-
a) do Amazonas. rial vinda da América a ser comercializada
b) da Plataforma Continental. na Europa [...]. A exploração do pau-brasil
é reconhecida como o primeiro ciclo eco-
c) do Planalto Atlântico.

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nômico da história do Brasil. [...] Foi explorado pelas maiores potências comerciais de então
(portugueses, franceses, holandeses e ingleses, entre outros). [...] Em 1501, Dom Manuel
declarou o pau-brasil monopólio da Coroa portuguesa. [...] Embora tenha sido oficialmente
designado como espécie em perigo de extinção, o pau-brasil continua sendo alvo de comér-
cio ilegal e também avança incessantemente o desmatamento de seu habitat natural. [...]
A redução da área original é o fator que mais coloca em risco a sobrevivência do pau-brasil,
implacavelmente devastada ao longo dos últimos 500 anos.
(BUENO, Eduardo. Pau-Brasil, 2002. Adaptado.)

O habitat natural do pau-brasil é o bioma:


a) Amazônico.
b) Cerrado.
c) Mata Atlântica.
d) Caatinga.
e) Pantanal.

6. (PUC-RIO)

IESDE Brasil S.A.


101

“Projeto etanol”

O aumento do consumo energético no mundo vem causando problemas socioespaciais ex-


pressivos que afetam a qualidade de vida em diversos países. A charge selecionada trata de
importantes questões da geopolítica internacional que merecem crescente atenção para que
problemas estruturais não sejam ampliados, notadamente nos “Países do Sul”.
a) Interprete a charge à luz da importância do projeto mostrado para os “Países do Norte”.
b) Identifique e explique o problema estrutural da agricultura dos “Países do Sul” ao qual a
charge se refere.

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102

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Gabarito
•• ocorrência em altitudes superiores a
Exercícios de aplicação 1 000m;
•• ambientes com alta umidade (chuvas
1. A e/ou vales onde formam florestas ga-
lerias);
2. D •• formato de guarda-chuva invertido (re-
tenção de umidade e sustentação de
3. D precipitação niveal);
•• principais ocorrências em solos férteis
4. B (terra roxa);
•• aciculifoliada (folhas duras e pontiagudas
5. em formato de agulhas/espinhos);
a) A extração de madeira em toras da
•• árvores separadas por sexo (machos e
Amazônia é destinada basicamente ao
fêmeas);
mercado interno, notadamente para o
Sul e Sudeste, onde se concentram o •• pinhões que alimentam os animais de
mercado consumidor com maior poder pequeno porte.
aquisitivo e as principais indústrias mo-
Características do clima subtropical:
veleiras, em São Paulo e no Paraná.
b) O manejo florestal a partir do corte se- •• estações do ano bem marcadas;
letivo de espécies de valor comercial •• grandes amplitudes térmicas anuais;
revela-se uma prática mais sustentável,
•• chuvas distribuídas durante todo o ano;
garantindo o ciclo de reprodução natural
das espécies. •• índices pluviométricos acima de 1 250 103
mm anuais;

Questões de •• temperatura média anual em torno de


18o C.
processos seletivos b) a erva-mate (folhas)/chimarrão;

••a madeira (da imbuia, do ipê, do cedro


1. C ou do pinheiro-do-paraná);
••pinhão;
2. B
••canela;
3. B ••xaxim.

4. 5. C

a) Características da vegetação de araucá-


6.
rias:
a) A crescente demanda por energia dos
•• adaptação ao clima de temperaturas “Países do Norte” (os EUA, notadamen-
baixas no inverno; te), além da busca por fontes energé-

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ticas alternativas ao petróleo, forçam
políticas de incentivo à produção e des-
tinação da biomassa advinda de ativida-
des agrícolas diversas para a indústria
de energia, sendo a produção do etanol
uma delas.
b) O problema estrutural identificado é o
da manutenção da submissão do setor
agrícola dos “Países do Sul” aos inte-
resses dos mercados internacionais,
notadamente os dos “Países do Norte”.
Ainda nos dias atuais, muitos “Países
do Sul” submetem a sua organização
produtiva a um padrão de economia
agroexportadora.

104

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